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I-025 – GESTÃO OPERACIONAL PARA REDUÇÃO DE PERDAS NO SISTEMA DE

ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA UNIDADE DE NEGÓCIO NORTE - RMSP

Mário Alba Braghiroli *

Tecnólogo em construção civil na modalidade Obras hidráulicas pela faculdade de


Tecnologia de São Paulo ( FATEC-SP ) . Gerente da Divisão de Controle de Perdas
Norte** – SABESP.

Valdemir Viana de Freitas

Engenheiro civil pela Universidade Guarulhos ( UNG ), pós graduado em engenharia de


saneamento básico pela Universidade de São Paulo ( USP ). Engenheiro da Divisão de
Controle de Perdas Norte – SABESP.

Antonio José Molina

Tecnólogo em qualidade total pela Universidade Braz Cubas ( UBC ) , pós graduado em
Administração de Recursos Humanos pela Universidade Braz Cubas ( UBC ), Analista de
Sistemas de Saneamento da Divisão de Controle de Perdas – SABESP.

José Gilberto Kuhl

Historiador pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Guarulhos ( FAFICIL ) , Pós


graduado em Educação Ambiental pela Universidade de São Paulo ( USP ) . Analista de
Sistemas de Saneamento da Divisão de Controle de Perdas Norte – SABESP.

Nota: A Divisão de controle de perdas – MNEP , pertence a Unidade de Negócios Norte /


vice- presidência metropolitana de distribuição – RMSP / SABESP.

Endereço Comercial: Rua Conselheiro Saraiva, 519 – Santana – São Paulo - CEP: 02037-
021 – Brasil – Tel: +55 ( 11) 6971 4097 – Fax + 55 ( 11 ) 6971 4098 –

Endereço residencial: Rua Antonio Pereira de Souza, 350 – apto 42 – Santana – São Paulo
– CEP; 02404-060 – Brasil- Tel: + 55 (11) 6978 4260 .

e-mail: mbraghiroli@sabesp.com.br
RESUMO

Através desse trabalho iremos tratar um dos assuntos mais discutidos nos últimos anos nas
empresas de saneamento básico do país: o índice de perdas de água. Esse tema vem
ganhando importância devido à tão declarada escassez da matéria-prima utilizada: a água.
Enquanto os mananciais estão cada vez mais distantes, ainda continuamos a desperdiçar
água como se fosse um bem infinito, temos problemas com a ineficiência da operação dos
sistemas de abastecimento, tanto quanto com a população que não se sensibiliza da
realidade e continua a desperdiçar água com jatos em lavagem de quintais, carros e outros.

Apesar disso, não podemos desconsiderar que temos evoluído dentro da conscientização da
importância da conservação da água entre as empresas de saneamento e a população em
geral.Um dos grandes dilemas em abastecimento de água consiste em que nem toda água
produzida chega aos consumidores e, além disso, nem toda água consumida é faturada.

Dentro desse contexto temos a sabesp, Companhia de saneamento básico do estado de São
Paulo, uma empresa de economia mista que é responsável pelo saneamento básico da
maioria da população do estado de São Paulo e não sendo exceção, tem sérios problemas
com perdas de água e faturamentos operando no limite de seus mananciais.

PALAVRAS-CHAVE: Conceitos, controle, gestão, indicadores e perdas .

INTRODUÇÃO

A região metropolitana de São Paulo com sua complexidade no abastecimento tem sido
objeto de mudanças estruturais visando priorizar ações de combate às perdas, a mesma é
composta por cinco unidades de negócio que são responsáveis pelo saneamento básico em
suas regiões tendo sido denominada como norte, sul, leste, oeste e centro cada uma dessas
unidades a partir de 1999 teve sua estrutura adicionado uma divisão responsável pelo
controle de perdas, nesse ano também o programa de gestão integrada para a redução de
perdas no sistema de abastecimento de água da região metropolitana em São Paulo. Foram
previstos quarenta e três planos de ação, foram escolhidas nove que deveriam ser
implementados pelas unidades de negócio durante os quatro anos do plano, essas foram
denominadas "Ações Ancoras" pois representavam maior retorno em termos de volume
recuperado e redução de perdas.

Em relação às perdas físicas foram priorizadas as seguintes ações:

- Redução de tempo médio de reparo em 6 horas.


- Freqüência de duas vezes por ano na pesquisa de vazamentos não visíveis.

- Instalação de válvulas redutoras de pressão cobertura de 40% em extensão de rede.

- Implantar obras de ressetorização (1por ano).

Em relação às perdas não físicas, as ações são as seguintes:

- Troca otimizada de hidrômetros de pequeno porte (menor que 3,0 m3/h).

- Troca otimizada de hidrômetros de grande porte (maior que 3,0 m3/h).

- Desinclinação de hidrômetros.

- Combate às fraudes e ligações inativas.

O controle de pressão em sistema de abastecimento de água é um dos aspectos importantes


para definir e controlar as perdas sendo fundamental para a utilização racional e eficiente
dos recursos naturais . A instalação de válvulas redutoras de pressão ( vrp ) em sistemas de
distribuição de água já se mostrou um instrumento eficiente para controlar as perdas físicas
, pois a relação pressão x vazamento é comprovadamente um componente potencial para as
perdas.

A necessidade de se abastecer de água a população , na maioria das vezes não foi levada em
consideração à eficiência do sistema , tinha-se que acompanhar o crescimento desordenado
ampliando o sistema de distribuição sem se preocupar com a intensidade da pressão
inserida e o conseqüente aumento do número de vazamentos ocasionando um elevado nível
de perdas e desperdícios.

NOSSA UNIDADE DE NEGÓCIO .

A Unidade de Negócio Norte – MN é responsável pela expansão, operação e manutenção


das redes de distribuição de água e coleta de esgotos de 15 setores de abastecimento
integrados ao SAM – Sistema Adutor Metropolitano e 13 municípios operados, quais
sejam:

- Setores de Abastecimento: Brasilândia, Edu Chaves, Mirante, Cachoeirinha, freguesia do


Ó, Santana, Casa Verde, Guaraú, Vila Jaguara, Jaçanã, Pirituba, Vila Maria, Jaraguá, Perus
e Vila Medeiros.

- Municípios: Bragança Paulista, Mairiporã, Pedra Bela, Caieiras, Nazaré Paulista,


Pinhalzinho, Cajamar, Francisco Morato, Piracaia, Joanópolis, Franco da Rocha, Socorro e
Vargem.
Esta área apresenta diversidades na composição de seus perfis, no que se refere a padrões
econômicos de produção e ocupação do solo.

Os municípios de Bragança Paulista, Nazaré, Piracaia, Joanópolis, Vargem, Pedra Bela,


Pinhalzinho e Socorro que compõe a Gerência Divisional de Bragança Paulista, têm tido
um crescimento contido por sua própria natureza, delineando suas histórias pautadas em
suas raízes rurais interioranas.

A política local, de forma geral, na região, vem limitando a consolidação de distritos


industriais; a economia é formada pelos setores agro-pecuários estáveis de pequeno e médio
porte e pelo comércio varejista de demanda imediata. O grande centro de referência é
Bragança Paulista, que apresenta economicamente as mesmas características que os demais,
acrescendo-se, de forma significativa do ponto de vista cultural-científico, de um do
campus da Universidade São Francisco; é Bragança também que detém os grandes eventos
sociais e artísticos da região.

Essa região, portanto não se constitui num pólo migratório, e portanto com uma carga
previsível de expansão e ocupação urbanas: um crescimento vegetativo de reduzida taxa de
progressão, uma mobilidade social interna à própria região e externamente controlada pelas
suas próprias características de atração.

A Unidade de Negócio Norte, na área do município de São Paulo, corresponde às Sub-


prefeitura de Perus, Pirituba/Jaraguá, Freguesia do Ó, Casa Verde, Santana,
Jaçanã/Tremembé e Vila Maria/ Vila Guilherme.

Os setores da Unidade Norte pertencentes ao Município de São Paulo estão em um estágio


de intensa urbanização, próximo inclusive a saturação frente a atual Lei de Zoneamento.

Tratam-se áreas que se caracterizam, em grande parte, por possuírem uma urbanização
consolidada, com alta densidade ocupacional, constituída por uma população, em sua
grande maioria, com padrão sócio econômico situado entre as classes média e baixa.

Aliado a esta intensa ocupação, a Unidade de Negócios Norte possui áreas industriais ou de
serviços de porte, como os depósitos industriais, transportadoras, shopping centers (Center
Norte), áreas de eventos (Parque Anhembi) e ainda áreas públicas (Penitenciária do
Carandiru), que se desenvolvem ao longo da marginal direita do Rio Tietê.

No âmbito da ocupação residencial, o tecido urbano caracteriza-se por unidades


residenciais unifamiliares com casas de pavimento único, sendo a verticalização centrada
em núcleos individuais em Santana, Vila Maria, Casa Verde. Nos demais setores e
especialmente nos municípios independentes, a verticalização ainda é incipiente.

Em função destas condições heterogêneas de ocupação e uso do solo, as curvas típicas de


demandas são razoavelmente variáveis em termos temporais diários e sazonais, sendo
correto supor variações significativas entre os picos de máximas e mínimas vazões.
Em contrapartida, nas áreas de ocupação tipicamente residencial e com densidades
próximas à saturação, pode-se aventar a hipótese de uma curva de consumo mais constante;
no entanto, por se tratarem de ocupações mais antigas e com redes de grande idade, vem se
denotando um acréscimo de demanda decorrente, em grande parte, do acréscimo de perdas
físicas nas linhas de distribuição.

Apesar da acessibilidade garantida tanto pelo sistema ferroviário como pelo rodoviário, a
expansão da cidade na direção norte sempre foi incipiente, devido à barreira física
constituída pela Serra da Cantareira e o comprometimento do território com as amplas
extensões de reflorestamento da Cia. Melhoramentos.

Na região norte existe aproximadamente 580.000 pessoas distribuídas em cerca de 110.000


domicílios localizados em favelas, representando 30% do totalizado no município.

A incidência maior, na própria região, ocorre na área da Administração Regional

da Freguesia do Ó (52%), seguida da área da Administração Regional Pirituba/ Jaraguá


(23%); a menor incidência se dá na área da Administração Regional de Perus (0.8%).

Encontra-se também, na região norte, aproximadamente 94.000 pessoas, distribuídas em


cerca de 4.400 imóveis caracterizados como cortiços, representando 15% de habitantes em
18% de imóveis totalizados no município nessa categoria de habitação.

A incidência maior de habitantes e imóveis, na própria região, ocorre nos Pólos de


Manutenção Freguesia do Ó (46% de hab. e 40% de imóveis), seguida de Vila Maria (32%
de hab. e 27% de imóveis) e Santana (20% de hab. e 30% de imóveis). O abastecimento de
sua área de abrangência é feito pelo Sistema Produtor Cantareira e sistemas isolados de
abastecimento.

Sistema Cantareira: O Sistema Cantareira abastece toda a zona norte do município de São
Paulo, Guarulhos e também a área central da Capital e parte das Zonas Leste e Oeste e,
devido à elevada cota de sua Estação de Tratamento, a ETA – Guaraú, atende a quase toda
sua área de influência por gravidade, com poucas estações elevatórias associados .

Sistemas Isolados: abastecem os demais municípios , cada um com o seu sistema.

Figura 1 - Caracterização geral da MN

Tabela 1 - Características Principais dos Sistemas Operados pela MN


Discriminação

SAM

Sistemas Isolados

Global

Volume macromedido (m3)

280.643.622

23.068.059

303.711.681

Volume micromedido (m3)

152.905.803

14.237.791

167.143.594

Volume perdido (m3)

127.737.819

8.830.268

136.568.087

Extensão da rede (km)

3.585

806 *

4.391

Nº de ligações (rol normal)

501.119

65.289

566.408
- Grandes consumidores

885

11

896

- Cortiços

348

15

363

- Favelas

10.748

151

10.899

- Pró-morar

2.502

2.503

- Normais

486.636

65.111

551.747

Nº de economias (rol normal)

679.691

73.495
753.186

- Residencial

619.015

65.455

684.470

- Comercial

53.154

6.969

60.123

- Industrial

6.443

566

7.009

- Pública

1.079

505

1.584

- Índice de perdas de água em 1997 (IP1)

45,52

38,28

44,96

- Índice de perdas de faturamento de 1997 (IP2)

41,23

30,90
40,44

Fontes: Programa de Gestão Integrada para Redução de Perdas - Janeiro a Março/2001. *


Extensão estimada

Tabela 2 - Características Principais do Sistema de Distribuição da MN (JUN/01)

Dados

População atendida (hab)

3.0009.080

Extensão ramais (km)

3.831

Extensão de rede (km)*

4.611

Extensão total (km)

8.442

Número de Ligações *

638.520

Número de Economias

945.350

Índice de atendimento (%)

100

Índice de hidrometração (%)

100

Consumo "per capita" (l/hab.dia)


141

Densidade de ligações (lig/km)

138

Economias por ligação (econ./lig.)

1,41

MATERIAIS E MÉTODOS

O processo elaborado pelos técnicos da vice-presidência metropolitana de distribuição foi


implantado, no ano de 1999, nas unidades de negócio norte, sul, leste, oeste e centro.

As ações foram formuladas a partir das seguintes premissas:

- Gestão integrada das vice-presidências metropolitanas de distribuição e produção de água.

- Ações de caráter preventivo permanentes.

- Metodologias implantadas no redesenho de processos .

- Consolidação do setor de abastecimento como unidade de planejamento e controle.

- Desenvolvimento de indicadores específicos para avaliar ações e o processo.

- Implantação de matriz tipo " water audit " .

CONTROLE DE PRESSÃO

O programa de redução de pressão vem sendo constituído desde 1995 com os testes
realizados em bancada do Guarapiranga com válvulas de controle automático para redução
de pressão . No segundo semestre deste ano foram realizadas no Jardim Princesa as
primeiras experiências de campo para consolidar a nova tecnologia. Nessa área de
abastecimento do setor Jaraguá foi instalada a primeira válvula de controle automático em
rede de distribuição de água. Em novembro de 1996 essa válvula foi substituída por uma de
outro fabricante operada por controlador eletrônico. Com o sucesso das experiências , a
tecnologia estava praticamente consolidada , e o Jardim Princesa " internacionalmente "
conhecido, após as visitas de técnicos israelenses, canadenses , franceses e ingleses.

As experiências práticas obtidas na administração do primeiro contrato piloto para


instalação de válvulas redutoras de pressão na RMSP, mostraram que as contratações tipo "
turn key " ( estudo , projeto , fornecimento e instalação ) acelerariam o programa de
redução de pressão.

Na unidade de negócios norte, o mapeamento teórico de pressões estáticas apresentava a


seguinte composição:

16 % das redes de distribuição até 30 mca.

52 % das redes de distribuição de 30 a 60 mca.

32 % das redes de distribuição acima de 60 mca.

O programa de redução de pressão na Unidade de negócio norte foi planejado com os


seguintes pressupostos :

contratações tipo " turn key ". por setor de abastecimento

priorização de setores com abastecimento consolidado.

Utilização do mapeamento de pressões estáticas com ferramenta de trabalho.

Capacitação dos nossos técnicos no acompanhamento da execução dos contratos.

Pré operação e transferência de tecnologia como escopo do contrato.

A unidade de negócio norte atua no processo de gestão operacional para redução de perdas
no modelo proposto para região metropolitana de São Paulo e se destaca na ação de
controlar a rede de distribuição com válvulas redutoras de pressão .

Nesta ação a unidade de negócio norte tem 175 válvulas redutoras de pressão controlando
40,08% da sua rede de distribuição . As principais válvulas redutoras de pressão são
telemetrizadas " on line " com a divisão de controle de perdas norte – MNEP.

: O programa de redução de pressão nas redes de distribuição é uma das principais ações
em curso no processo de gestão operacional para redução de perdas no sistema de
abastecimento de água da unidade de negócios norte.

O programa consiste na diminuição de perdas físicas ( reais ).

Utilizando VRP (válvula redutora de pressão) que possui um circuito de pilotagem


hidráulico mecânico , mantendo a pressão de jusante constante independente da intensidade
e variedade da pressão à montante e da variação de vazão. Pode-se aprimorar o
funcionamento da válvula redutora instalando um controlador automático na válvula que
otimiza o funcionamento e trabalha em função do consumo do setor , tendo condições de
máxima vazão se libera a máxima pressão necessária para atender o ponto critico do setor ,
quando da mínima vazão se libera a mínima pressão, portanto existe uma modulação que
permite atender o setor de abastecimento com pressões adequadas tanto no abastecimento
dinâmico quanto no abastecimento estático. A definição dos locais de instalação são
previamente estudados através de campanhas de medição de pressão instantânea através de
manômetros e levando em consideração as cotas altimétricas . Cria-se subsetores com o
isolamento através de registros internos do setor de abastecimento, cada subsetor terá
apenas uma rede para entrada de água a qual deve ser suficiente para a demanda do
subsetor, faz-se uma medição de vazão do subsetor para o dimensionamento da válvula
redutora e em conjunto faz-se medição de pressão na entrada e no ponto mais crítico de
abastecimento para se analisar a viabilidade do controle de pressão dentro do subsetor.

Os novos conceitos:

1) As válvulas redutoras devem ser instaladas para atender os seguintes pressupostos:

Controle® Gerenciamento de vazões e pressões ( inclusive o ponto crítico )

Redução® Redução da vazão do vazamento através do rebaixamento e da modulação do


plano piezométrico

Proteção ® Redução do número de vazamentos .

As mega válvulas devem ser priorizadas mesmo que ela só reduza a pressão no período
noturno.

Em julho de 1999 participamos do 1° workshop de válvulas redutoras de pressão onde 70


técnicos das unidades de negócios da vice-presidência metropolitana de distribuição
avaliaram o programa de redução de pressão na RMSP e traçaram diretrizes para os
próximos quatro anos:

Controlar 40 % da extensão de rede da RMSP com vrp´s.

Contratação nos moldes da unidade de negócio norte.

Elaboração de um manual com procedimentos de : dimensionamento, projeto, instalação e


operação de vrp´s.

Desenvolver uma ferramenta benefício/custo para o programa de redução de pressão

O workshop nos deu a certeza que estávamos no caminho certo , porém colocar uma vrp no
chão é como ter um filho, tem que cuidar todos os dias.

De 1999 a 2002 vieram:

Operação flanelinha , onde as principais válvulas deveriam ser acompanhadas


semanalmente.
Montagem de estoque estratégico de peças para manutenção.

Nacionalização de alguns componentes para manutenção.

Estação de controle de pressão Freguesia do Ó , 100% de controle.

Telemetria das principais válvulas redutoras de pressão.

Ampliação da extensão de rede coberta por vrp.

Garantia do funcionamento do parque de vrp´s instaladas.

Desenvolvimento de bancada para testar equipamentos.

O dimensionamento da expectativa de redução de perdas num certo subsetor deve levar em


consideração a estimativa da relação custo/ benefício, para que o período de amortização do
investimento seja compatível com a política da empresa.

O controle de pressão tem como premissa diminuir as pressões nas redes, reduzir perdas e,
conseqüentemente, aumentar a oferta de água nas áreas submetidas ao sistema de rodízio de
suprimento. A problemática da falta d’água acarreta em impactos negativos que devem ser
fortemente combatidos:

- problema da imagem da empresa

- problema de qualidade da água

- diminuição do faturamento, aumento dos custos de manutenção e necessidade de recursos


para novas instalações.

É difícil quantificar os valores referentes ao problema de imagem e qualidade de água,


porém, é possível calcular os custos do terceiro ponto acima citado, como segue:

- redução de vazamento ao custo do produto (água) menos o "overhead" fixo

- aumento de faturamento (preço de venda)

- redução dos custos de manutenção devido a redução de reparos de vazamentos

- adiamento de aplicação de recursos para reservatórios, estações de tratamento e adutoras


novas, etc.

O cálculo dos custos para subsetores sem rodízio vai levar em consideração os itens a
seguir: custos de engenharia , custos de construção , custos de produto . Custos adicionais
de manutenção devido a novos equipamentos e softwares ,- diminuição de faturamento
devido a diminuição do uso da água relacionado com pressão, como rega de jardins e
vazamentos internos do consumidor ; podemos avaliar que essa perda é mínima devido ao
uso dos reservatórios superiores.

Dentro dos benefícios podemos considerar a redução de perdas ao custo do produto

redução do custo de manutenção pela redução da freqüência de vazamento,

calculado pelo custo do reparo de vazamentos em vários pontos do sistema multiplicado


pela quantidade reduzida devemos avaliar os benefícios dentro de um período de pelo
menos 24 meses. Indiretamente temos o aumento de faturamento a custo de venda da água ,
adiamento de aplicação de recursos para aumentar o suprimento de água pela construção de
novos reservatórios ou estações de tratamento e adutoras novas, que é calculado utilizando
o custo do empréstimo para construir, multiplicado pelo juro do empréstimo, multiplicado
pelo tempo que a construção pode ser adiada, antes que o aumento natural de demanda pelo
crescimento demográfico torne necessária a construção

Considerando o acima exposto, podemos priorizar as áreas para implantação de Controle de


Pressão, através de levantamentos de campo e analise do modelo, de forma a obter a
máxima relação custo/ benefício.

A redução de pressão gera diretamente dois grandes benefícios econômicos para a empresa
responsável pelo sistema, que decorrem da:

- redução do volume de água que se perde nos vazamentos aumentando a disponibilidade


de água e com isso, reduzindo o volume de água a aduzir e a produzir, para atender o
aumento das demandas, pois se terá disponível uma maior quantidade de água para
distribuir.

- redução do número de vazamentos e conseqüentemente o número de reparos Para


subsidiar a avaliação do custo/benefício da implantação do sistema de controle de pressão
de cada subsetor será feita a simulação da redução do volume aduzido ao subsetor e a
simulação da redução do custo de manutenção, com base na metodologia desenvolvida com
sucesso na Inglaterra e no Brasil, especialmente na RMSP .

Para realizar tais simulações serão utilizados os dados de pressão e vazão levantados na
primeira série de medições e também os dimensionamentos realizados na atividade anterior
(tipo de VRP, diâmetro, tipo de controlador, filtro e hidrômetro).

- consolidação do ambiente de trabalho de telemetria, intimamente ligado ao tipo de


controlador e marca instalada;

- consolidação de custos e benefícios a alcançar pelo sistema telemétrico;

- consolidação de um novo modus operandi da Unidade em relação a VRP;

planejamento de longo termo para a implantação da telemetria, priorizando as instalações


de maior retorno, importância ou complexidade;
Telemetria

A Unidade de Negócio Norte telemetrizou 12 válvulas redutoras de pressão e 10 pontos


críticos nas principais microzonas de controle de perdas.

No sistema desenvolvido as válvulas redutoras de pressão e seus respectivos pontos críticos


são interligados "On Line", através de linha telefônica comum (voz), com a Divisão de
Controle de Perdas Norte – MNEP.

A transmissão dos dados é realizada de duas formas :

O sistema supervisor o liga para cada VRP e Ponto Crítico nos horários previamente
programados e coleta um pacote de dados armazenados nos controladores ou nos data
loggers dos pontos críticos

O controlador da válvula redutora de pressão ou o Data Logger do ponto crítico liga para o
sistema supervisor no momento que algum parâmetro exceda o limite programado.

OBS: A transmissão em alarme é executada em tempo real

A Divisão de Controle de Perdas pode a qualquer momento entrar em contato com qualquer
válvula redutora de pressão ou ponto crítico e atualizar os dados ou alterar os parâmetros
programados.

Os tipos de dados transmitidos no sistema de supervisão são:

Vazão da VRP

Pressão a montante da VRP

Pressão a jusante da VRP

Pressão no Ponto Crítico da microzona de controle.

Os dados disponíveis no sistema supervisório podem desencadear dois tipos de ação:

Ação corretiva deslocamento de uma equipe de controle de pressão para identificar o


problema existente ;
Ação preventiva a análise dos dados históricos e alterações dos parâmetros programados ou
deslocamento de uma equipe de controle de pressão ou desencadeamento de varredura
parcial ou total com equipes de detecção de vazamento não visíveis.
O sistema supervisório permite a geração de gráficos ou tabelas com:

Seleção de períodos da série histórica;

Seleção sazonal de períodos ( diários, semanais, mensais e anuais );

Sobreposição de curvas;

Identificação de valores máximos, médios e mínimos por período selecionado.

Na primeira etapa foram telemetrizadas as seguintes microzonas de controle de perdas:

Tabela 3 – Vrp telemetrizadas ( fase 1 )

micro zona

setor

VRP

mm

ER

(km)

Vazão

média(l/s)

Freguesia do Ó

Z. ALTA

400

150
160

Freguesia do Ó

Z. BAIXA

300

90

380

300

Jaraguá

Leônidas Mormelo

400

40

140

Cantídio

250

Jaraguá

Taipas I

250

35

50

5
Vila Maria

Fábio Pavani

400

55

175

Vila Maria

Araritaguaba

300

40

100

Vila Maria

Amambaí

400

55

140

Mirante

Jovita

400

25

90

9
Mirante

Olavo Egídio

300

15

70

10

Perus

Augusto Durante

300

60

140

Atualmente a extensão de rede gerenciada por telemetria representa 31% da extensão de


rede sob controle de VRP:

Extensão de rede controlada por VRP ( telemetrizadas ) = 565 km

Extensão de rede controlada por VRP ( total ) = 1.825 km

No segundo semestre de 2002 foi iniciada a segunda etapa da telemetrização de microzonas


de controle de perdas.

Nessa etapa serão telemetrizadas 30 válvulas redutoras de pressão e 30 pontos críticos.

A novidade no novo sistema supervisório é a padronização de relatórios analíticos e a


possibilidade de disponibilizar o banco de informações da série histórica imediatamente na
rede.

As microzonas de controle de perdas devem ser gerenciadas por indicadores específicos


como:

Vazão noturna (média das 3 às 4 horas);

Vazão média diária;


Fator de perda FDP (vazão noturna / vazão média);

Vazão máxima diária;

Vazão mínima diária;

Volumes mensais e anuais.

Situação da Micromedição

Na MN as ligações são praticamente 100% hidrometradas.

Com relação ao programa de troca preventiva da MN dos últimos anos, não havia uma meta
definida para o ano de 1.999, mas foram executadas 17.354 trocas de hidrômetros de
pequena capacidade.

Já no ano de 2.000, a meta foi estipulada em 60.000 trocas e foram executadas 66.176.

São executadas trocas corretivas imediatas a partir do recebimento dos documentos gerados
pelos TACE’s e Agências de Atendimento, respeitando o cronograma de trocas.

A partir do ano 2.000 foram feitas trocas preventivas através de solicitações ao sistema
informatizado de todas as ligações com consumo médio maior de 20 m3/mês e com o
tempo de instalação maior que 05 anos, para hidrômetros de 1,5 m3/mês e 3 m3/mês, com o
objetivo de efetuar a instalação de hidrômetros classe C. A substituição é efetuada
principalmente através da mão de obra contratada. As substituições são feitas logo depois
do dia de leitura (de 1 a 4 dias), com atualização imediata no cadastro comercial.

A substituição preventiva dos hidrômetros é efetuada primordialmente pelo critério de


tempo de instalação, priorizando-se dessa forma os hidrômetros com vida útil superior a 10
anos. Não é feita nenhuma estimativa dos volumes recuperados pela implantação da ação.
A maioria dos novos hidrômetros utilizados é de classe B. Os hidrômetros de classe C
ficam reservados para a instalação em residências com alto consumo e ligações comerciais.

Controle de vazamentos na UN Norte

Dentro das ações contempladas no Programa de Redução de Perdas na RMSP, para o


período de 1999/2001, dirigidos para a redução das perdas físicas, foram priorizadas as
seguintes:

Redução do tempo médio de reparo dos vazamentos em 6 horas.


Freqüência de duas vezes por ano na pesquisa de vazamentos não visíveis (em áreas
críticas).

Instalação de VRPs.

Implantação de obras de ressetorização.

Tabela 4 - Evolução da Ação de Reparo de Vazamentos

Ano

Dados

1999

Meta estabelecida p/ a MN

16,0 hs

tmr atingido (1999)

12,5 hs

Número de reparos

78123

Extensão total de rede

4.600 km

2000

Meta estabelecida p/ a MN

16,0 h

tmr atingido (2000)

15,0 hs

Número de reparos

13.403

Extensão total de rede


4.600 km

2001

Meta estabelecida para a MN

15,0 hs

tmr atingido (médio)

18 hs

Número de reparos

94902

Extensão total de rede

4611 km

A meta para os anos de 1999 e 2000 era alcançar um tempo médio de reparo (tmr) de 16
horas que foi atingido. No ano de 2001 o tmr aumentou para 20 horas porque houve um
aumento significativo do número de vazamentos e as equipes de campo não foram
aumentadas na mesma proporção.

Tabela 5 - vazamentos não visíveis

Ano

Total de pesquisas de vazamentos.

1999

1 pesquisa em toda extensão da rede das áreas críticas

2000

Pesquisa em 1,5 da extensão da rede das áreas críticas


2001

2 Pesquisas em toda extensão da rede das áreas críticas

2002

2 Pesquisas em toda extensão da rede das áreas críticas

Tabela 6 - Pesquisas de Vazamento na MN

Ano

Dados

1999

Meta estabelecida

3.200

Extensão pesquisada

3.393

Vazamentos Detectados (Total)

4.759

2000

Meta estabelecida

3.200

Extensão pesquisada

3.475

Vazamentos Detectados (Total)

4.119

Índice de vazamento/km
1,19

2001

Meta estabelecida

3.200

Extensão pesquisada

711

Vazamentos Detectados (Total)

561

Índice de vazamento/km

0,79

Atualmente, encontra-se em fase final de licitação três contratos para detecção de


vazamentos não visíveis. Durante o ano de 2.001 todas as pesquisas efetuadas foram feitas
com mão de obra própria, sendo elas direcionadas preferencialmente nas áreas protegidas
por VRP’s, onde existiam suspeitas mais concretas de vazamentos, justamente pelo
controle proporcionadas pelas válvulas

Situação da Macromedição

No sistema de distribuição da MN existem atualmente 74 pontos fixos de medição, todos


com medição fixa, dos quais, 37 são pontos fixos de medição com macromedidores
preponderantemente do tipo deprimogêneo .

Avaliação de perdas reais na unidade de negócio norte

Os conceitos de perdas em sistemas de abastecimento de água variam bastante no mundo


não tendo ainda uma definição universalmente aceita. Atualmente utilizamos o indicador
percentual, muito disseminado tanto entre as empresas como na divulgação na imprensa
levando a sérias distorções como as que levam a simples comparação entre sistemas de
abastecimentos desconsiderando todos os demais itens que devem ser considerados como
nível de pressão, idade de rede, perfil de consumidores, etc.
A sabesp então está procurando seguir a padronização de conceitos e indicadores para os
diferente sistemas de abastecimento de água do mundo de forma a permitir uma
comparação mais adequada em diferentes sistemas baseando-se na I.W.A – International
Water Association.

Dentro da questão de perdas físicas ( reais ) técnicos vem desenvolvendo desde da década
de 80 conceitos e aplicações que são considerados balizadores mundiais. Um dos pioneiros
foi o professor Allam Lambert, autor de inúmeros trabalhos técnicos e prestando
consultoria tendo prestado acessória em quase cinqüenta países. No ínicio de 2002 foi
possível viabilizar a consultoria com o prof. Allam Lambert e o eng. Julian Thornton que
apresentaram um modelo para trabalhar com os sistemas de abastecimento da região
metropolitana.

O tema ainda esta em desenvolvimento e novos conceitos ou mesmo a revisão de alguns


deles poderão surgir em breve.

Para os técnicos da Sabesp tem sido importante amadurecer os ensinamentos do professor


Allam Lambert e implementar as sistemáticas para levantamento de dados e parâmetros
envolvidos na avaliação das perdas reais.

A nova terminologia

Os tipos de vazamentos nas perdas reais:

Vazamentos visíveis :

Aflorantes á superfície e comunicados por reclamação da população.

Vazamentos não visíveis :

Não aflorantes á superfície e localizáveis por equipamentos de detecção acústica.

Vazamentos inerentes:

Não visíveis e não detectáveis por equipamentos de detecção acústica ( geralmente com
vazão menor do que 250 l/hora )

Os indicadores de perdas reais propostos são:

Indicador especifico de perda real por ligação ( m³/lig x dia ):

- Recomendado quando a densidade de ligações for superior a 20 lig/km de rede.

Indicador de infra estrutura de perdas reais – IIE


IIE ( Adimensional ) = Perdas Reais Anuais (m³/ lig x dia ) /

Perdas Inevitáveis Anuais ( m³/ lig x dia )

Não é adequado para setores com menos de 5.000 ligações, pressão menor que 20 mca e
baixa densidade de ligações.

Os métodos de avaliação de perdas reais anuais são:

Balanço Hídrico

Método TOP-DOWN ( cima para baixo ) trabalha com volumes anuais

Vazão Mínima Noturna

Método BOTTOM-UP ( baixo para cima ) trabalha com vazões noturnas

Babe comps

Método dos componentes das perdas reais anuais permite testar diferentes estratégias de
gerenciamento de perdas.

O valor mais provável das perdas reais é o resultado da combinação de 2 ou dos 3 métodos
de avaliação

As perdas inevitáveis anuais são aquelas que dependem fundamentalmente das condições
da infra estrutura da rede. É uma sinalização " Ideal " aceitável que envolve:

Baixos índices de vazamentos inerentes

Baixa freqüência de novos vazamentos

Alto padrão de agilidade no conserto de vazamentos

A expressão adequara para a região Metropolitana de São Paulo a partir dos dados de
referencia da IWA obtidos em diversos ensaios em redes de boa qualidade é:

Perdas Inerentes Anuais = ( 18 x Lm = 0,8 x N1 x P/1000 ( m³/ dia )

O exemplo simplificado de calculo do indicador de Infra estrutura de perdas reais IIE para a
RMSP é:
Perdas reais anuais = 274 l/ lig x dia ( raro );

Pressão média adotada = 45 mca ;

Nº. de ligações = 3.000.000;

Extensão de rede = 24.500 km

Perdas inevitáveis anuais:

PIA = ( 18 x 24.500 + 0,8 x 3.000.000 )x 45 / 1000

PIA = 128.300 m³/ dia = 42,8 l/lig x dia

IIE = 274 l/ lig x dia = 6 ,4

42,8 l/lig x dia

Para avaliação das perdas reais anuais aparecem outros conceitos e fatores que necessitam
de ser calculados a partir de dados de campo:

Pressão no setor

Ponto de pressão média do setor ( PPMS );

Pressão média no setor ( PMS );

Pressão média noturna no setor ( PMNS ).

Fator N1

Coeficiente de correção no calculo da variação da vazão do vazamento em função da


variação da pressão para sistemas com diferentes tipos de materiais (ferro e plástico).

- Fator Noite – Dia ( FND )

Coeficiente que transforma a vazão dos vazamentos noturna em vazão média perdida por
dia

Fator da Condição da Infra-estrutura ( FCI )

Coeficiente de correção sobre as perdas inerentes referenciais da IWA em relação as perdas


inerentes levantadas em campo.

A avaliação preliminar das perdas reais e do indicador de infra-estrutura – IIE dos setores
de abastecimento da Unidade de Negócio Norte:
Tabela 7: Avaliação preliminar das perdas reais .

Setor de abastecimento

Extensão de rede

( km )

Numero de ligações

Perdas Reais

(l/ lig x dia)

IIE

V. MARIA

155

22.364

714,2

25,73

PERUS

120

16.324

1058,59

22,74

EDU CHAVES

260

47.298

696,23

22,12
CASA VERDE

130

13.867

729,01

21,55

VL. JAGUARA

60

8.940

762,27

20,86

SANTANA

210

43.936

699,96

17,56

JARAGUA

245

65.567

689,73

15,92

F. MORATO

205

31.169

525,38
12,72

FREG. DO Ó

250

35.937

444,25

11,42

F. ROCHA

175

28.236

365,75

8,40

V. MEDEIROS

220

41.555

288,43

8,05

CACHOEIRINHA

360

66.661

283,54

7,91

PIRITUBA

280
38.235

262,41

7,05

JAÇANA

310

64.757

278,9

7,00

BRASILANDIA

270

56.461

250,17

6,28

CAIEIRAS

80

19.799

210,01

6,02

Os nossos indicadores calculados por setor de abastecimento apresentaram variações não


lógicas.

O professor Allam Lambert na sua passagem pela Sabesp evidenciou a fragilidade de


apropriação de volumes micromedidos e faturados para setores de abastecimento e
recomendou uma avaliação criteriosa dos mesmos, bem como os volumes dos grandes
consumidores e favelas, visto que uma apropriação indevida pode distorcer os indicadores
na aplicação dos modelos desenvolvidos. Neste momento foi consenso entre as Unidades
de Negócio da necessidade de agrupar os setores de abastecimento vizinhos com
características parecidas em blocos:

Tabela 8: Avaliação preliminar de perdas reais por blocos.

BLOCOS

SETORES

EXT. DE REDE (km)

Nº. DE LIGAÇÕES

PERDAS REAIS

IIE

V. MARIA

635

111.217

575,92

18,22

V.MEDEIROS

EDU CHAVES

CACHERINHA

880

175.354

382,43

9,55

SANTANA
JAÇANA

BRASILANDIA

650

106.265

375,84

10,07

FREG.DO Ó

CASA VERDE

V. JAGUARA

585

112.742

548,27

13,66

PIRITUBA

JARAGUA

PERUS

580

95.528

500,51

12,24

CAIEIRAS
F. MORATO

F. ROCHA

RESULTADOS:

1) Índice de cobertura com válvula redutora de pressão.

Tabela 9 – Índices de cobertura da extensão total da rede de abastecimento.

UNN

1999

2000

2001

2002

PREVISTO

20%

30%

36%

40%

REALIZADO

21 %

32%

36%

40,08%
2) Volumes macromedidos de água e número de ligações ativas

Tabela 10 – Comparação entre volume macromedido e ligações ativas

UNN

1999

2000

2001

2002

V.M

312.895.511

313.320.615

304.072.966

306.261.870

N.L.A

625.519

687.443

712.284

717.109

VOL / N.L.A

500,22

455,78

426,90

427,08
3) Pressões estáticas na rede distribuição.

Tabela 11 – Pressão estática.

UNN

ANTES

DEPOIS

Até 30 mca.

16%

36%

De 30 a 60 mca.

52 %

40%

Acima de 60 mca

32 %

24%

O indicador de resultado do processo de gestão operacional para redução de perdas e o


índice de perdas de faturamento I.P.F

4)I.P.F = ( VM – VT – VF – U ) / VM x 100

VM ® volume macromedido ( comprado + produzido )

VT ® volume transferido .

VF ® volume faturado consumidor final .

U ® volume de usos ( emergenciais , operacionais e sociais ).


Tabela 12 – Índice de perdas de faturamento

UNN

1998

1999

2000

2001

2002

PREVISTO

40

39

38

37

35

REALIZADO

41,12

40,04

40,68

36,09

34,52

Conclusões:

A implantação do processo de gestão operacional para redução de perdas apresentou os


seguintes benefícios:
Na RMSP:

Integração entre as unidades de negócio ( modelo único de gestão ).

Integração entre as vice-presidências metropolitanas de distribuição e produção de água.

Nas unidades de negócio :

Envolvimento e integração entre as áreas de engenharia, comercial e serviços .

Ampliação do foro de discussão : " Perdas não é de uma área ou de uma pessoa, perdas é do
processo é de todos ". Responsabilidade de toda força de trabalho própria ou terceirizada
envolvida no processo de distribuição de água na unidade de negócio norte.

A instalação de válvulas redutoras de pressão é uma das poucas novidades desenvolvidas


para controlar perdas em sistemas de distribuição de água.

Metas cumpridas por dois anos seguidos.

A instalação de válvulas redutoras de pressão é uma das poucas novidades desenvolvidas


para controlar perdas em sistemas de distribuição de água.

Recomendações:

O modelo do processo de gestão operacional possibilitou que as ações âncora fossem


priorizadas nas unidades de negócio. Porém não podemos deixar de citar outras ações
importantes como :

compra dos data logger de ruído para detecção de vazamentos.

As exigências de profissionais certificados pela ABEND, para o processo de detecção de


vazamentos.

A capacitação nas novas metodologias para avaliação de perdas reais. ( Alam Lambert /
IWA )

REFERÊNCIAS

1 – Alves W C, Costa A J M P, Gomes J S , Peixoto J B, Leite S R. Micromedição .


Brasília; 1999. ( PNCDA - Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água, DTA
– D3 )

2 - Coelho A C. Combate a Perdas na rede de distribuição de água. Olinda . Comunigraf


Editora; 2001. Manual de Economia de água: conservação de água; p. 225 – 265.
3 – Coplaenge Projetos de Engenharia Ltda. Avaliação do perfil das perdas da unidade de
negócio norte . São Paulo – SP ; 1999 ( Relatório Técnico integrante do contrato n°
3568/97 – SABESP ).

4 – Etep – Consultoria , Gerenciamento e Serviços. Diagnóstico do Andamento das ações


do programa de redução de perdas no período 1999 – 2000 . São Paulo ( SP ) : 2001 (
Serviços de apoio técnico ao programa de gestão integrada para redução de perdas –
SABESP ).

6 – Yoshimoto P M, Filho J T , Sarzedas G L. Controle da pressão na rede . Brasília, 1999.


( PNCDA – Programa Nacional de Combate ao desperdício de água, DTA – D1 ).

7 – Silva R T; Conejo J G L, Alves R F K , Miranda E C. Indicadores de perdas nos


sistemas de abastecimento de água. Brasília, 1998 ( PNCDA – Programa Nacional de
Combate ao Desperdício de água, DTA – A2 )

8 –Lambert A., Thornton J. – Avaliação de perdas reais. São Paulo, 2002 ( Consultoria
prestada a SABESP em 2002 ) .

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