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Ciências Humanas / Ensino de História / História

DIFERENTES LINGUAGENS NO ENSINO DE HISTÓRIA EM ESCOLA DA REDE PÚBLICA


Adriana Maria de Araújo Santos
cyrene2002@hotmail.com
Depto.de Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE

Heider Víctor Cabral de Moura


Depto.de Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE

Max Rodolfo Roque da Silva


maxrodolfosilva@hotmail.com
Depto.de Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal Rural de Pernambuco - UFRPE

Lúcia Falcão Barbosa


Profa. Dra./Orientadora - Depto.de Letras e Ciências Humanas - UFRPE

Introdução

O presente trabalho é resultado das atividades desenvolvidas como bolsista do Programa


Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), pela Universidade Federal Rural de
Pernambuco, na Escola Estadual Joaquim Xavier de Brito, durante o segundo semestre de 2009,
com turmas do 1º ano do ensino médio e 8º ano do ensino fundamental. O principal objetivo era o
de trabalhar de forma interdisciplinar com os elementos curriculares possibilitando uma maior
participação dos alunos ante os conteúdos. Na componente curricular História, ações foram
desenvolvidas utilizando diferentes linguagens, onde temas das ciências tradicionais e da filosofia
fossem agregados, contextualizados e discutidos: Revolução Industrial, Revolução Científica,
Iluminismo e Felicidade. Nessas temáticas, alunos, professores, supervisor e bolsistas debateram,
em sala de aula – e em outros espaços da escola (biblioteca, sala de audiovisual) – sobre o ideal
de felicidade individual e coletiva, que incitaram as grandes mudanças sociais, econômicas e
científicas, que alcançaram as diferentes nações ocidentais. O objetivo dos bolsistas era
problematizar os conteúdos e temas, propiciando a reflexão, o debate e a formação de uma
opinião crítica e consciente, pelos alunos, sobre tais temas, e suas influências no presente.

Métodos

As atividades para o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência foram realizadas na


Escola Joaquim Xavier de Brito, por ser uma das escolas contempladas pelo PIBID. Para a
execução das atividades, reuniões prévias com a coordenadora, supervisor e professor foram
feitas, para o planejamento e elaboração dos trabalhos em sala de aula e outros espaços
(biblioteca e sala de audiovisual). Os encontros com os alunos aconteceram três vezes por
semana, sempre com a participação do supervisor de área da escola. Para trabalhar os temas
“Revolução Industrial”, “Revolução Científica”, “Felicidade” e “Iluminismo”, pediu-se para que os
alunos fizessem uma pesquisa, na sua comunidade, sobre a noção de felicidade. Em sala de aula
foram discutidos alguns conceitos históricos associados aos projetos Iluministas, os quais
propunham que os usos da razão e da lógica levariam o homem ao progresso e, por conseguinte,
à felicidade. Para a problematização dessa temática, em sala de aula, foram utilizados trechos do
filme “Tempos Modernos” (audiovisual) e excertos do livro “Frankstein” (literatura), para discutir o
progresso, a tecnologia, assim como a felicidade na modernidade. Desse modo, os alunos
refletiram e debateram sobre as rupturas e permanências do projeto Iluminista na
contemporaneidade.

Resultados e Discussão
De acordo com os objetivos esperados pelo PIBID, acreditamos ter conseguido resultados
satisfatórios, com as atividades executadas na escola. Ao estabelecermos relações entre a
Revolução Industrial, a Revolução Científica e a Felicidade, utilizando, no processo de construção
dos saberes, as linguagens audiovisuais e a literatura, percebemos uma maior participação nas
aulas, um melhor entendimento dos conceitos históricos, científicos e filosóficos, bem como um
crescente interesse pela literatura, pela pesquisa e pelo debate. Percebemos, igualmente, que ao
ligarmos os conceitos históricos e científicos com a busca pela felicidade, questionamentos, por
parte dos alunos, vieram à baila: “Somos realmente livres?”, “A felicidade está sempre ligada ao
„ter‟?”, “O lema „Igualdade, Liberdade e Fraternidade‟ dos Iluministas atingiam e atingem a todos
sem distinção?”, “O „sonho‟ de criar um ser perfeito, não levou ao „pesadelo‟ do próprio criador e
das pessoas à sua volta”? A partir desses questionamentos, intuímos que os alunos construíram
novos saberes de forma crítica e autônoma.

Conclusão
A utilização de diferentes linguagens no ensino de História, em uma escola da rede pública de
ensino, mostrou-se promissora, positiva e muito bem vinda por parte dos professores e alunos, que
almejam uma nova proposta de ensino, e, em particular, do ensino de História, assim como para a
formação de cidadãos autônomos, conscientes, críticos e participativos. Desse modo, sabemos
que é de suma importância o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, coordenado
pela Universidade Federal Rural de Pernambuco, o qual possibilita aos futuros professores,
pesquisar, elaborar e executar atividades, que contribuam para o ensino e para o desenvolvimento
pessoal, intelectual e profissional de alunos, professores e bolsistas. Sabemos que há muito por
fazer, pois as dificuldades são grandes, mas, acreditamos ter, dentro das nossas possibilidades,
contribuído para a educação e para a formação intelectual e pessoal dos alunos do ensino médio e
fundamental II, da Escola Estadual Joaquim Xavier de Brito, como também ter alcançado
elementos importantes para a nossa formação acadêmica.

Instituição de fomento: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior –


CAPES

Trabalho de Iniciação à Docência

Palavras-chave:

Linguagens
Escola Pública Joaquim Xavier de Brito
Iniciação à docência
Ensino de História

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