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BREVE RELATÓRIO SOBRE MOVIMENTO GREVISTA DOS ACS DE TOUROS/RN

PLEITO

Vimos através deste apresentar a V. Ex.ª as razões do movimento grevista mobilizado pela
categoria dos ACS (Agentes comunitários de Saúde) de Touros/RN.

REIVINDICAÇÕES

● Melhores condições de trabalho e salário;

● Nas condições de trabalho reivindicamos:

1. Fardamento completo (calças, camisas, tênis, boné, crachá de identificação);

2. Equipamentos de EPI (protetor solar, protetor labial, bolsa, fita métrica, máscaras, caderno
de notificação, agenda, lápis, caneta, borracha, régua, almofada para carimbo).

● Transporte para deslocamento das áreas para as microáreas , para desenvolvimento de


atividades individuais e em equipe.

● Nas condições de salário reivindicamos:

1. O repasse integral do governo federal para o agente comunitário de saúde como salário base,
que atualmente está atualizado no valor de R$ 714,00.

POR QUÊ REIVINDICAMOS O REPASSE INTEGRAL DO GOVERNO FEDERAL?

Porque a PORTARIA Nº 650/GM, de 28 de março de 2006 resolve no Art. 4º que definiu o


valor do incentivo financeiro para os ACS de R$ 350,00 por ACS a cada mês, que na época era
equivalente a um salário mínimo, esse valor era totalmente repassado sem descontos para pagar
qualquer obrigações patronais, encargos previdenciários e outras despesas como materiais para os
ACS.
Fala também no parágrafo único que no último trimestre de cada ano, será repassada uma parcela
extra, calculada com base no número de ACS registrados e cadastrados no SIAB.
A PORTARIA Nº 1. 761, de 24 de julho de 2007, o salário mínimo era de R$380,00 e para o
ACS teve um reajuste de incentivo de 40% em cima do salário mínimo, ficou no valor de R$ 532,00
por ACS a cada mês. A partir desta portaria os gestores não repassaram mais esse valor e sim o
valor do salário mínimo. Se observarem as PORTARIAS 648/GM, de 28 de março de 2006; Nº
2.008, de 1 de setembro de 2009 e a Nº 3.178, de 19 de outubro de 2010. Verão que:
Os artigos 1º e 2º de todas estas portarias, trata-se do assunto referente a incentivo e parcela extra,
havendo alteração apenas nos valores corrigidos anualmente e não em seu sentido.
Os gestores alegam que o valor que trata a última PORTARIA Nº 3.178, de 19 de outubro de
2010, não pode ser repassada como salário base, a prefeitura alega que não pode repassar
integralmente o repasse do governo federal, porque têm as despesas dos encargos sociais.
Considerando que o financiamento do SUS é de responsabilidade conjunta das três esferas: união,
estado, distrito federal e município, onde especifica a PORTARIA de Nº 698/GM, de 30 de março
de 2006.
A PORTARIA 648/GM, de 28 de março de 2006, diz que: compete a secretaria municipal de
saúde e ao distrito federal garantir infra-estrutura necessária ao funcionamento das equipes de saúde
da família (PSF) e aos agentes comunitários de saúde (ACS), dotando-se de recursos materiais,
equipamentos e insumos suficiente para o conjunto de ações propostas.
Fica claro que desta forma a maior parte das despesas está sendo retirada do governo federal onde
a contrapartida do município está sendo mínima.
Queremos esclarecer que desde o ano de 2009 a categoria procura os gestores local para
negociação de reposição de salário e só no mês de setembro/2009 foi aberta a mesa para nova
negociação onde conseguimos uma gratificação de R$ 75,00 (lei em anexo) dizendo os gestores
que quando fosse publicada a nova portaria em 2010 seria aberta a mesa novamente para
negociarmos o repasse do governo federal.
N a última reunião com a comissão dos ACS e representante do SINDSAÚDE, a secretaria de
saúde, a secretaria de administração, a contadora municipal, advogado e a Ex.ª prefeita, não tivemos
êxito nas negociações, segundo eles não podiam dar aumento de salário ainda que a greve durasse
10 anos, fechando assim a mesa de negociação.
Por esta razão em uma assembléia realizada em janeiro/2011, foi deliberada a greve pela
categoria dos ACS de Touros/RN por tempo indeterminado.
Os gestores antes apresentaram uma proposta de R$ 27,00 depois que eles fizessem o balanço
orçamentário dia 16/02/2010 nos daria um valor determinado para nos propor e no entanto a
resposta foi que iriam retirar R$ 9,00 da gratificação de incentivo para ficar da seguinte forma:
R$ 540,00 salário base
R$ 108,00 insalubridade
E retiraria R$ 9,00 dos R$ 75,00
A categoria deseja negociar, mas a prefeitura alega que o limite prudencial está sob lei de
responsabilidade fiscal. Onde é contraditório, pois o poder executivo editou a lei 002/2011 de 17 de
janeiro de 2011 (em anexo) com a finalidade de realizar contratos por prazo determinado.

Touros/RN, 25 de fevereiro de 2011.

A comissão dos ACS

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Francisca Evânia dos Santos

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Ana Cláudia Pinto de Moura

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Luciana Patricio de Lima

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Aracely França de Lima

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