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Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

ESTATUTOS DA FACULDADE DE CIÊNCIAS 

Os Estatutos da Faculdade de Ciências, estão publicados na II Série do Diário da República, de 18 de Março de 1996. Aos
Estatutos foram introduzidas alterações pelo Despacho n.º 5301/98, publicado na II Série do Diário da República, de 30 de Março
de 1998, (artigos 8.º e 87.º) e por Rectificação publicada na II Série do Dário da República de 29 de Abril de 1997 (artigo 106.º n.º
4). 

Os Estatutos da Faculdade são a pedra basilar sobre a qual assenta a identidade da Faculdade, na verdade, são eles que definem
a sua estrutura de gestão, a sua organização interna e os princípios a que deve obedecer a gestão das suas unidades orgânicas e
dos seus estabelecimentos dependentes.

Os Estatutos da Faculdade estão estruturalmente organizados por capítulos:

Capítulo I – Natureza, Fins e Autonomia;
Capítulo II – Da Estrutura da Faculdade de Ciências;
Capítulo III – Órgãos de Gestão da Faculdade Ciências;
Capítulo IV – Da Gestão dos Departamentos;
Capítulo V – Da Gestão dos Estabelecimentos Dependentes;
Capítulo VI – Dos Serviços;
Capítulo VII – Do Conselho Consultivo;
Capítulo VIII – Da Gestão Financeira e Patrimonial;
Capítulo IX – Disposições Gerais;
Capítulo X – Processo Eleitoral;
Capítulo XI – Ensino e Avaliação;
Capítulo XII – Disposições Finais e Transitórias;

CAPÍTULO I

Natureza, fins e autonomia

Artigo 1º
Natureza jurídica

A Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, adiante abreviadamente designada por Faculdade de Ciências, criada em
1911 e detentora de uma herança histórico­cultural que abrange, nomeadamente, a Aula de Náutica (1762), a Real Academia da
Marinha e Comércio (1803) e a Academia Polytechnica (1837), é uma pessoa colectiva de direito público, que goza de autonomia
científica, pedagógica, administrativa e financeira, nos termos da lei, dos estatutos da Universidade do Porto e destes estatutos.

Artigo 2º
Autonomia científica

1­   A   autonomia   científica   confere   à  Faculdade   de   Ciências   a   capacidade   de   livremente   definir,   programar   e   executar   a
investigação e demais actividades científicas e culturais.
2­ Sem prejuízo da cooperação entre os seus membros, a Faculdade deve estimular e promover a liberdade fundamental de
criação e investigação científica dos seus docentes e investigadores.

Artigo 3º
Autonomia pedagógica

1­ No exercício da sua autonomia pedagógica a Faculdade de Ciências goza da possibilidade de propor a criação, suspensão
e extinção de cursos.
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2­ A Faculdade de Ciências tem autonomia para propor planos de estudo e para elaborar os programas das disciplinas, definir
os métodos de ensino, escolher os processos de avaliação de conhecimentos e ensaiar novas experiências pedagógicas.
3­  No   uso   desta  autonomia  a Faculdade  de  Ciências  assegurará  a  pluralidade  de  doutrinas  e  métodos  que  garantam  a
liberdade de ensinar e aprender.

Artigo 4º
Autonomia administrativa e financeira

1­ A Faculdade de Ciências exerce autonomia administrativa no quadro da legislação aplicável, estando dispensada do visto
prévio do Tribunal de Contas, salvo nos casos de recrutamento de pessoal com vínculo à função pública.
2­ No âmbito da sua autonomia financeira, a Faculdade de Ciências dispõe do seu património, sem outras limitações além das
estabelecidas por lei, gere livremente as dotações orçamentais que lhe são atribuídas, tem capacidade para propor a transferência
de verbas  entre  as diferentes rubricas  e capítulos orçamentais, elabora  o seu plano  plurianual  e tem capacidade  para obter
receitas próprias, que gere anualmente através do seu orçamento privativo.
3­ A Faculdade pode arrendar directamente os edifícios necessários ao seu funcionamento e celebrar, com individualidades
nacionais ou estrangeiras, contratos que não confiram a qualidade de funcionário público ou agente administrativo, de acordo com
as normas que venham a ser definidas pelo Senado da Universidade do Porto.

Artigo 5º 
Ensino e investigação

1­ A Faculdade de Ciências é, na Universidade do Porto, a escola onde se centra o ensino e a investigação, fundamental ou
aplicada, em Ciências Exactas e Ciências Naturais, concedendo graus de licenciado, mestre, doutor e agregado em domínios
mono, pluri ou interdisciplinares abrangidos naquelas áreas ou nas tecnologias que lhe estão associadas. 
2­ A Faculdade de Ciências pode, em conjunto com outras unidades orgânicas da Universidade do Porto, propor a organização
de cursos de licenciatura,   mestrado, ou pós­graduação sendo então a atribuição de graus ou diplomas da responsabilidade
conjunta das diferentes escolas.
3 ­ A Faculdade de Ciências é ainda responsável, na Universidade do Porto, pela formação de professores do ensino básico e
secundário nas áreas da sua competência.

Artigo 6º
Cooperação, serviços à comunidade e extensão universitária

1­ A Faculdade de Ciências pode celebrar, nos termos da lei, acordos,  protocolos e convénios com instituições públicas,
privadas ou cooperativas, nacionais ou estrangeiras, tendo em vista o desenvolvimento de actividades de ensino ou investigação e
o intercâmbio científico.
2­ A Faculdade de Ciências poderá prestar a outras entidades, públicas, privadas ou cooperativas, serviços para os quais
tenha reconhecida capacidade técnico­científica, sendo­lhe aplicável o regulamento aprovado pelo Senado da Universidade do
Porto.
3­   A   Faculdade   de   Ciências   deverá   organizar   actividades   de   extensão   universitária,   orientadas   para   a   actualização   ou
divulgação de conhecimentos científicos.

Artigo 7º
Autonomia de participação 

A Faculdade de Ciências pode criar ou participar em associações ou empresas, com ou sem fins  lucrativos, desde que as suas
finalidades sejam compatíveis com as finalidades e interesses da Faculdade.
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CAPÍTULO II

Da estrutura da Faculdade de Ciências

Artigo 8º
Departamentos e secçõe s autónomas

1­  A   Faculdade   de   Ciências   está   funcionalmente   organizada   em   departamentos,   secções   autónomas,   serviços   e   outros
organismos de âmbito específico nos domínios da ciência, da cultura, da tecnologia e da prestação de serviços.
2­ Os departamentos são unidades orgânicas, de ensino graduado e pós­graduado, de investigação fundamental e aplicada,
de apoio ao desenvolvimento tecnológico, de prestação de serviços à comunidade e de divulgação da cultura nos domínios que
lhe são próprios, compreendidos nos fins da Faculdade. 
3­ Os departamentos poderão, por sua iniciativa, subdividir­se em secções; estas são entendidas como unidades diferenciadas
relativamente à especificidade das suas áreas científicas ou dos seus objectivos e o seu  funcionamento e forma de gestão  serão
objecto de normas a incluir no regulamento de departamento.
4­ As secções autónomas são unidades orgânicas correspondentes a uma área científica diferenciada que pela sua dimensão
não podem constituir­se em departamentos, ficando na dependência directa dos órgãos centrais da Faculdade.
5­  Cada secção  autónoma   será dirigida  por  um coordenador  eleito  segundo as  normas definidas  no seu  regulamento; o
coordenador   deve   ser   professor   catedrático   ou   associado   em   dedicação   exclusiva   podendo,   em   casos   devidamente
fundamentados, ser um professor auxiliar em dedicação exclusiva.
6­ Os regulamentos das secções autónomas serão homologados pelo conselho directivo, sob parecer do conselho científico. 
7­ As unidades orgânicas da Faculdade de Ciências são actualmente as seguintes:

a) Departamento de Matemática Pura;
b) Departamento de Matemática Aplicada;
c) Departamento de Física;
d) Departamento de Química;
e) Departamento de Geologia;
f) Departamento de Botânica;
g) Departamento de Zoologia e Antropologia;
h) Departamento de Ciências de Computadores;
i)  Secção Autónoma de Engenharia das Ciências Agrárias

Artigo 9º
Estabelecimentos dependentes

1­ São estabelecimentos dependentes da Faculdade de Ciências:

a) O Instituto Geofísico (Observatório Meteorológico da Serra do Pilar);
b) O Observatório Astronómico do Prof. Manuel de Barros;
c) O Centro de Cálculo;
d) O Museu de História Natural ;
e) O Museu da Ciência.
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2­  O  Museu  de História  Natural compreende   diferentes pólos,  correspondentes  aos núcleos  museológicos dos anteriores


estabelecimentos anexos, Museu e Laboratório Mineralógico e Geológico, Instituto de Botânica do Dr. Gonçalo Sampaio (Museu,
Laboratório e Jardim Botânico), Instituto de Zoologia e Estação de Zoologia Marítima do Dr. Augusto Nobre (Museu e Laboratório
Zoológico),   Instituto   de   Antropologia   do   Dr.   Mendes   Correia   (Museu   e   Laboratório   Antropológico),   agora   integrados   nos
departamentos de Geologia, Botânica e Zoologia e Antropologia, respectivamente.
3­ Os regulamentos dos departamentos mencionados no número anterior definirão os modos de integração das estruturas dos
anteriores estabelecimentos anexos.

Artigo 10º
Serviços

São serviços da Faculdade de Ciências:

a) A secretaria;
b) A tesouraria;
c) A biblioteca;
d) O gabinete de relações públicas e de apoio ao aluno.

Artigo 11º
Centros e Institutos da Faculdade

Na Faculdade de Ciências poderão, ainda, existir centros ou institutos com ou sem carácter interdisciplinar, os quais poderão estar
associados   a  instituições   financiadoras   de  actividades   de   investigação   e  desenvolvimento,   desde   que   as  suas   finalidades   e
interesses sejam compatíveis com os da Faculdade.

Artigo 12º
Criação, modificação e extinção de unidades orgânicas

1­  A   criação  de  novas  unidades   orgânicas   compete  à  assembleia   de   representantes,   de   acordo  com   o  preceituado   nos
números seguintes.
2­   A   proposta   de   criação   de   uma   unidade   orgânica,   devidamente   fundamentada   e   acompanhada   de   um   projecto   de
regulamento,  é apresentada ao presidente do conselho directivo da Faculdade de Ciências, que a submete à assembleia de
representantes depois de obter os pareceres favoráveis do conselho científico e do conselho directivo.
3­ Se um dos conselhos mencionados no número anterior se pronunciar desfavoravelmente à criação da unidade orgânica a
proposta será devolvida aos subscritores.
4­ A proposta de criação de um departamento deve ser subscrita pelo mínimo dez docentes ou investigadores da Faculdade de
Ciências, dispostos a dele fazer parte, em regime de dedicação exclusiva, cinco dos quais, pelo menos, devem ser doutores; o
departamento   a  criar   deverá   ser   responsável,   maioritariamente,   pelo   menos  por   uma   licenciatura   ou  deverá   ter   contribuição
determinante em diversas licenciaturas.
5­ A proposta de criação de uma secção autónoma deve ser apresentada pelo mínimo cinco docentes ou investigadores da
Faculdade de Ciências, dispostos a dela fazer parte, em regime de dedicação exclusiva, dois dos quais, pelo menos, devem ser
doutores ou, ainda, pelo presidente do conselho científico.
6­  As   propostas   de   alteração  de  departamentos   que   envolvam   o  reagrupamento   de  áreas   científicas  diferenciadas,   para
criação de um novo departamento, devem ser subscritas por, pelo menos, dois terços dos docentes e investigadores doutorados
de  cada   uma   das   áreas,   todos   da   Faculdade   de   Ciências,   em   regime   de  dedicação   exclusiva   dispostos   a   integrá­lo;   estas
propostas serão consideradas como propostas de criação de unidades orgânicas de acordo com o regulamentado no presente
artigo.
7­ Das propostas mencionadas nos números 4, 5 e 6 do presente artigo constará sempre a relação detalhada dos recursos
necessários para o desenvolvimento das suas actividades e a forma de os obter.
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8­ A proposta de alteração do nome de uma unidade orgânica, deve ser subscrita por, pelo menos, dois terços dos docentes e
investigadores dessa unidade sendo apresentada ao presidente do conselho directivo da Faculdade de Ciências, que a submete à
assembleia de representantes depois de obter os pareceres favoráveis do conselho científico e do conselho directivo.
9­   A   iniciativa   de   extinção   de   uma   unidade   orgânica   compete   aos   professores   e   investigadores   dessa   unidade   ou   aos
conselhos directivo e científico de acordo com o disposto nas alíneas seguintes:
a) Da proposta de extinção deve constar o novo enquadramento orgânico e 
funcional dos seus recursos humanos e materiais;
b) A proposta de extinção carece de parecer do conselho científico e do conselho 
directivo cabendo a decisão final à assembleia de representantes.

Artigo 13º
Organismos autónomos

1­ São organismos autónomos que funcionam na Faculdade os seguintes:

a) Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto;
b) Núcleo de informática dos alunos da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto;
c) Grupo de folclore da Faculdade de Ciências;
d) Núcleo de actividades subaquáticas.

2­ Poderão funcionar na Faculdade de Ciências do Porto outros organismos autónomos, uma vez obtido o acordo do conselho
directivo.
3­ Os organismos autónomos regem­se por estatutos próprios, não dependendo dos órgãos de gestão da Faculdade.

CAPÍTULO III

Órgãos de gestão da Faculdade de Ciências

Artigo 14º
Órgãos de gestão 

São órgãos de gestão da Faculdade de Ciências:
a) A assembleia de representantes;
b) O conselho directivo;
c) O conselho científico;
d) O conselho pedagógico;
e) O conselho administrativo.

SECÇÃO I

Assembleia de representantes

Artigo 15º
Composição da assembleia de representantes

1­ A assembleia de representantes é composta por professores, outros docentes e investigadores, alunos e elementos do
pessoal técnico, administrativo e auxiliar.
2­ A assembleia de representantes integra 20 professores, outros docentes e investigadores, 20 alunos e 10 elementos do
pessoal técnico, administrativo e auxiliar; a representação dos docentes e investigadores deverá incluir professores, bem como
membros do conjunto dos outros docentes e investigadores, num total de 20.

Artigo 16º
Eleição dos membros da assembleia de representantes 
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Os   membros   da   assembleia   de   representantes   são   eleitos   directamente   pelo   respectivo   corpo,   por   listas   concorrentes,
segundo o sistema de representação proporcional e o método de Hondt.

Artigo 17º
Competências da assembleia de representantes

São competências da assembleia de representantes:

a) Eleger e destituir o conselho directivo, estando presente a maioria dos membros de cada corpo e exigindo o acto de
destituição fundamentação e a aprovação por dois terços dos membros efectivos da assembleia;
b) Decidir sobre a revisão dos estatutos da Faculdade, volvidos quatro anos sobre a sua publicação ou última revisão, ou, a
qualquer momento, por decisão de dois terços dos seus membros em exercício efectivo de funções;
c) Aprovar alterações aos estatutos por maioria de dois terços dos votos expressos, desde que representem a maioria
absoluta dos membros em exercício efectivo de funções;
d) Aprovar as propostas de criação, alteração ou extinção de unidades orgânicas da Faculdade, exigindo­se a mesma
maioria qualificada da alínea anterior;
e) Apreciar e aprovar o plano de actividades, apreciar o relatório anual e formular  propostas   sobre   orientação   e
desenvolvimento da Faculdade;
f) Fiscalizar genericamente os actos do conselho directivo, com salvaguarda do exercício efectivo da competência própria
deste.

Artigo 18º
Funcionamento da assembleia de representantes

1­ A assembleia de representantes terá, além da reunião bienal destinada à eleição do conselho directivo, duas reuniões
ordinárias anuais e reuniões extraordinárias.
2­ As reuniões extraordinárias realizar­se­ão a requerimento de um quinto dos seus membros, por iniciativa do presidente da
respectiva mesa, ou a solicitação do conselho directivo.

Artigo 19º
Mesa da assembleia de representantes

1­ A mesa da assembleia de representantes é constituída por um presidente, um vice­presidente e dois secretários, eleitos por
maioria simples das listas concorrentes, sendo o presidente obrigatoriamente um professor ou investigador doutorado.
2­ O presidente terá por funções convocar e dirigir as reuniões, estabelecer a ligação com o conselho directivo, assinar as
actas e comunicar ao reitor a constituição do conselho directivo.
3­ Os secretários redigirão as actas e diligenciarão pela sua afixação.

Artigo 20º
Perda e renúncia de mandatos

1­ Perdem o mandato os membros que:

a) Estejam impossibilitados permanentemente de exercer as suas funções;
b) Faltem a mais de duas reuniões consecutivas ou três alternadas, excepto se a assembleia aceitar como justificáveis os
motivos indicados;
c) Sejam condenados em processo disciplinar durante o período do mandato.

2­ Os membros da assembleia de representantes que forem eleitos para o conselho directivo conservam a sua qualidade de
membros da assembleia, salvo se a ela renunciarem expressamente.
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3­ As vagas criadas na assembleia de representantes, por perda ou renúncia de mandato, serão preenchidas pelos elementos
que figuram seguidamente na respectiva lista e segundo a ordem indicada; na ausência destes, proceder­se­á a nova eleição pelo
respectivo corpo, desde que as vagas criadas na sua representação atinjam mais de metade.
4­ Os novos membros eleitos nos termos do número anterior apenas completarão o mandato dos cessantes.

SECÇÃO II

Conselho directivo

Artigo 21º
Composição do conselho directivo

1­ O conselho directivo terá a seguinte composição: quatro docentes ou investigadores não docentes, dois dos quais serão
necessariamente professores catedráticos ou associados, quatro alunos e dois elementos do pessoal técnico, administrativo e
auxiliar.
2­  Na  sua  primeira  reunião   os membros   do  conselho  directivo   elegerão,  entre  os  professores que   dele  fazem   parte,   um
presidente e um vice­presidente.
3­ O presidente do conselho directivo, designado por director, será obrigatoriamente um professor catedrático ou associado. 
4­ O exercício do cargo de director é incompatível com o desempenho das funções de
a) Presidente da assembleia de representantes;
b) Presidente de departamento;
c) Coordenador de secção autónoma.

Artigo 22º
Eleição do conselho directivo

1­ Os membros do conselho directivo são eleitos, por listas, pelos respectivos corpos da assembleia de representantes, por
escrutínio secreto, de entre todos os elementos da Faculdade.
2­ A eleição dos membros de cada corpo do conselho directivo recairá na lista que obtenha, em primeiro escrutínio, mais de
metade dos votos expressos.
3­ Não havendo nenhuma lista que obtenha aquela maioria, proceder­se­á a segundo escrutínio entre as duas listas mais
votadas.
4­ Se houver empate, será convocada nova assembleia, procedendo­se a terceiro escrutínio entre as duas listas mais votadas;
se mesmo assim nenhuma das listas obtiver a maioria, consideram­se eleitos os primeiros candidatos constantes de cada lista, de
modo que a representação das duas listas seja paritária.

Artigo 23º
Competências do conselho directivo

1­ Compete ao conselho directivo da Faculdade de Ciências:

a) Zelar pelo cumprimento da lei e dos estatutos;
b) Administrar e gerir a Faculdade em todos os assuntos que não sejam da expressa competência dos outros órgãos,
assegurando o seu regular funcionamento;
c) Dar execução aos actos emanados dos restantes órgãos da Faculdade, com ressalva da sua intervenção sempre que
existam incidências financeiras ou  problemas graves de funcionamento da própria escola;
d) Assegurar a ligação com a Universidade, a Reitoria e o ministério da tutela nas  questões   de   interesse   para   a
Faculdade, para a Universidade e para o ensino superior;
e) Propor a abertura de concursos para provimento de todos os lugares do quadro e demais pessoal da Faculdade;
f) Propor a constituição de todos os júris relativos a concursos de pessoal não adstrito a actividades científicas;
g) Elaborar o relatório anual, bem como o plano de actividades e o projecto de orçamento;
h) Definir, executar e apoiar actividades de extensão cultural;
i) Organizar os processos eleitorais, com excepção dos relativos ao conselho científico;
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

j) Aprovar a criação  ou participação da Faculdade em associações ou empresas,  nos termos do artigo 7º, depois de


consultados o conselho científico e o conselho pedagógico;
k) Aprovar a criação ou funcionamento, na Faculdade, de centros ou institutos 
previstos no artigo 11º, depois de obtido parecer favorável do conselho científico
da Faculdade;
l) Dar parecer sobre a criação, alteração ou extinção de departamentos ou secções autónomas;
m) Homologar os regulamentos dos departamentos, das secções autónomas e dos  estabelecimentos dependentes;
n) Designar os responsáveis pelos serviços e estruturas centrais de apoio;
o) Promover a imagem e dinamizar as relações da Faculdade de Ciências com o exterior, nomeadamente através de um
serviço de relações públicas;
p) Propor ao Senado da Universidade alterações aos quadros de pessoal;
q) Deliberar sobre qualquer assunto que não seja da competência de outro órgão.
2­ O conselho directivo pode delegar no seu presidente as funções que considere necessárias para o melhor funcionamento da
Faculdade.

Artigo 24º
Funcionamento do conselho directivo

O conselho directivo terá reuniões ordinárias mensais, excepto durante o período de férias, e extraordinárias sempre que tal for
julgado necessário pelo presidente ou pela maioria dos representantes de qualquer dos corpos.

Artigo 25º
Competências do director

Ao director compete:

a) Conduzir as reuniões do conselho directivo, a que preside com voto de qualidade, e o exercício em permanência das
funções deste, bem como o despacho normal do expediente, podendo decidir por si em todos os assuntos em que lhe tenha sido
delegada competência;
b) Decidir por si em casos de urgência, submetendo depois as decisões assim  tomadas à ratificação do conselho;
c) Convocar para reuniões do conselho directivo, sem direito a voto, os presidentes do conselhos científico e pedagógico,
quando exigido pelo interesse da Faculdade, bem assim como outros elementos de qualquer corpo cuja presença seja julgada
conveniente;
d) Representar a Faculdade em todos os actos públicos em que esta intervenha;
e) Presidir ao conselho administrativo;
f) Efectuar as nomeações de membros de órgãos de gestão previstas nos presentes estatutos;
g) Dar posse aos presidentes dos departamentos, directores de estabelecimentos  dependentes,   coordenadores   das
secções autónomas e responsáveis pelos serviços centrais de apoio.

Artigo 26º
Perda e renúncia de mandatos

1­ Os membros do conselho directivo perdem o mandato:

a) No caso de destituição pela assembleia de representantes;
b) Quando renunciarem expressamente ao exercício das suas funções, sendo tal renúncia aceite pelo conselho;
c) Quando derem mais de três faltas consecutivas ou cinco alternadas às reuniões, excepto se o conselho entender
justificável o motivo apresentado;
d) No caso de impedimento permanente, apreciado pelo conselho;
e) Quando tiverem sido condenados em processo disciplinar durante o período do mandato.

2­ As vagas ocorridas no conselho directivo por força do disposto no número anterior serão preenchidas por eleição uninominal
pela assembleia de representantes.
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

Artigo 27º
Destituição do presidente ou do vice­presidente do conselho directivo

O presidente ou vice­presidente do conselho directivo podem ser destituídos mediante proposta fundamentada, subscrita pela
maioria  dos membros do  conselho  em  exercício  de funções,   com  representação  dos  três corpos; a  destituição exige  o voto
favorável de pelo menos dois terços dos membros em exercício de funções.

SECÇÃO III

Conselho científico

Artigo 28º
Composição do conselho científico

1­ O conselho científico da Faculdade de Ciências é composto pelos professores catedráticos, associados e auxiliares, pelos
investigadores doutorados e pelos professores convidados em regime de tempo integral, quando possuidores do grau de doutor.
2­ O conselho científico terá um presidente e um vice­presidente, necessariamente professores catedráticos ou associados,
eleitos de entre os seus membros.
3­ Ao presidente incumbe a condução das reuniões do plenário, da comissão coordenadora e da comissão coordenadora de
ciência e tecnologia, bem como a representação do conselho.
4­ Quando o presidente do conselho científico for simultaneamente presidente do conselho directivo, o vice­presidente do
conselho científico será membro de pleno direito da assembleia da universidade e do senado universitário. 

Artigo 29º
Competências do conselho científico

1­ O conselho científico é um órgão de gestão empenhado em desenvolver sob todas as formas a actividade científica da
Faculdade,   promovendo   o   aperfeiçoamento   dos   docentes   e   investigadores,   suscitando   o   apoio   de   instituições   nacionais   ou
estrangeiras no apetrechamento e no intercâmbio, fomentando a diversificação e actualização do ensino e tomando, na esfera da
sua competência, outras iniciativas compatíveis com as finalidades da Faculdade.
2­ Ao conselho científico compete:

a) Pronunciar­se, nos termos legais, sobre todos os actos relativos às carreiras de pessoal docente, investigador e técnico
adstrito   a   actividades   científicas,   nomeadamente   quanto   à   abertura   de   concursos   e   composição   dos   respectivos   júris,
contratações, nomeações ou provimentos definitivos, reconduções e renovações  de contratos;
b)   Pronunciar­se   sobre   as   condições   de   admissão   dos   candidatos   às  provas   académicas,   em   conformidade   com   os
critérios legais, estabelecendo a organização dessas provas e propondo os respectivos júris;
c) Fazer propostas e dar parecer sobre a organização de planos de estudo, ouvido o  conselho pedagógico;
d) Fixar normas para cálculo de classificações finais das licenciaturas;
e) Proceder à distribuição de serviço docente e propor a homologação dos respectivos mapas;
f) Propor a criação, suspensão ou extinção de cursos, ouvidos os conselhos pedagógico, directivo e, sempre que possível,
o conselho consultivo;
g) Fazer  propostas sobre  o desenvolvimento da actividade científica, actividades de extensão cultural e prestação de
serviços à comunidade;
h) Decidir sobre o regime de ingresso nos cursos professados na Faculdade, ouvido o conselho pedagógico;
i) Propor a atribuição de graus académicos honoríficos;
j) Proceder à atribuição dos prémios escolares;
k) Pronunciar­se sobre pedidos de equivalência de graus estrangeiros e planos de estudo requeridos pelos alunos;
l) Dar parecer sobre a celebração de acordos, protocolos ou convénios, sobre a prestação de serviços à comunidade e a
colaboração de docentes da Faculdade com  outras escolas ou instituições;
m) Dar parecer sobre a criação, alteração ou extinção de departamentos e secções autónomas;
n) Dar parecer sobre os regulamentos dos departamentos e secções autónomas;
o) Propor alterações aos quadros do pessoal docente e investigador, das unidades orgânicas.
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

3­ Para efeitos do disposto nas alíneas a) e b) do número anterior só têm direito a voto os docentes de categoria igual ou
superior à dos lugares ou graus em candidatura.
4­ O conselho científico pode delegar no seu presidente as funções que considere necessárias ao melhor funcionamento do
conselho.

Artigo 30º
Funcionamento do conselho científico

1­ O conselho científico funcionará em plenário, em comissão coordenadora, em comissões científicas de departamento e em
comissão coordenadora de ciência e tecnologia.
2­ Todos os membros que constituem o conselho científico têm o direito e o dever de participar nas reuniões, qualquer que
seja a ordem de trabalhos.
3­  O direito   e  o  dever  de  participar  atribuído  a  cada   membro  do  conselho   científico  implica  a  capacidade  de  intervir   na
discussão de todos os assuntos analisados, ainda mesmo daqueles em que, eventualmente, não tenha direito a voto.

Artigo 31º
Plenário do conselho científico

1­ O plenário é o órgão de recurso das decisões da comissão coordenadora, competindo­lhe, ainda, a eleição do presidente e
do   vice­presidente   do   conselho   científico,   além   das   competências   que   lhe   sejam   especificamente   fixadas   na   legislação
universitária.
2­  Os recursos  para plenário,  que   terão  de ser devidamente  fundamentados,  poderão  ser  interpostos por  uma  comissão
científica de departamento, por qualquer membro do conselho científico ou por quem tenha interesse directo, pessoal e legítimo na
interposição do recurso.
3­ Os recursos para plenário terão de ser interpostos no prazo máximo de sete dias, contados a partir da data da afixação das
deliberações da comissão coordenadora.
4­  Quando   a   legislação   universitária   exija   uma   aprovação  pela  maioria   de  um  subconjunto   de   membros   do  plenário  em
exercício efectivo de funções, pode o conselho científico, sem prejuízo da discussão em reunião do plenário, promover que a
votação se realize em período alargado, previamente definido.

Artigo 32º
Comissão coordenadora do conselho científico

1­ A comissão coordenadora é composta pelo presidente do conselho científico e pelos presidentes dos departamentos.
2­ Em caso de impedimento o presidente do departamento é substituído, nas reuniões da comissão coordenadora, pelo vice­
presidente do departamento.
3­   O   presidente   do   conselho   científico   pode,   quando   entenda   necessário,   convocar   pessoas   estranhas   à   comissão
coordenadora para reuniões, sem direito a voto, bem como solicitar a presença dos presidentes do conselho directivo ou do
conselho pedagógico; pode ainda convidar individualidades de reconhecido prestígio científico a intervir, sem direito a voto, no
debate de estratégias de desenvolvimento do ensino e investigação, da cooperação ou intercâmbio.
4­ A comissão coordenadora terá reuniões ordinárias mensais, excepto durante o período de férias, e extraordinárias, sempre
que tal for julgado necessário pelo presidente ou a requerimento da maioria dos seus membros.

Artigo 33 º
Comissões científicas de departamento

1­ Todos os professores e investigadores do departamento, nas condições referidas no nº1 do artigo 28º, têm assento na
respectiva comissão científica de departamento.
2­ Compete à comissão científica desenvolver, a nível do departamento, a acção dinamizadora prevista no nº1 do artigo 29º.
3­ A comissão científica tem genericamente e a nível do departamento, as competências referidas no n.º 2 do artigo 29º,
cabendo­lhe ainda:
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

a) A eleição do presidente do departamento;
b) A criação ou extinção de secções do departamento;
c) A eleição de coordenadores de licenciaturas;
d) O exercício de outras funções que lhe sejam fixadas no regulamento do departamento  e que não colidam com os
Estatutos da Faculdade, ou da  Universidade.

3­ As decisões tomadas pelas comissões científicas do departamento estão sujeitas a ratificação da comissão coordenadora
do conselho científico.
4­   As   comissões   científicas   de   departamento   terão   reuniões   sempre   que   tal   seja   julgado   necessário   pelo   presidente   do
departamento ou a requerimento de um terço dos seus membros que o solicitem por escrito, indicando o assunto que desejam ver
tratado.
5­ Quando uma comissão científica de departamento tenha mais de dez membros poderá existir uma comissão restrita, não
excedendo aquela dimensão; a criação ou extinção de uma comissão restrita exige o voto favorável da maioria dos membros da
comissão científica de departamento.
6­ A comissão restrita terá as competências da comissão científica de departamento e nela devem estar representadas todas
as áreas disciplinares reconhecidas no departamento; o presidente e o vice­presidente do departamento farão sempre parte da
comissão restrita.

Artigo 34º
Comissão coordenadora de ciência e tecnologia

1­ A comissão coordenadora de ciência e tecnologia tem a seguinte composição:

a) Presidente do conselho científico;
b) Vice­presidente do conselho directivo;
c) Um representante doutorado de cada um dos centros ou institutos da  Faculdade de Ciências.

2­ O Presidente do conselho científico pode convocar, para participar em reuniões, doutorados que representem grupos de
docentes ou investigadores da Faculdade não incluídos nos centros ou institutos referidos no art. 11º. 
3­ A comissão coordenadora de ciência e tecnologia é um órgão consultivo ao qual compete:

a) Dar parecer sobre contratos ou propostas de desenvolvimento de actividades de investigação, ou de prestação de
serviços á comunidade;
b) Acompanhar as actividades de investigação por forma a contribuir para a  elaboração do plano de desenvolvimento e do
relatório anual dessas actividades;
c) Dar parecer sobre assuntos relacionados com as actividades de I&D. 
d) Elaborar e aprovar o seu regulamento. 

Artigo 35º
Eleição do presidente e do vice­presidente do conselho científico

1­ O presidente e o vice­presidente do conselho científico são  eleitos por listas assinadas pelos professores propostos e
subscritas por, pelo menos, 10% dos membros do plenário em exercício efectivo de funções, não podendo nenhum membro ser
proponente de mais de duas listas.
2­ Considera­se eleita a lista mais votada, caso tenha obtido voto favorável de, pelo menos, 25% da totalidade dos membros
do plenário, tendo votado mais de metade desses membros.
3­ No caso de empate entre duas ou mais listas satisfazendo a condição do número anterior, o desempate será feito em
reunião do plenário; se, após duas votações, persistir um empate, será declarada eleita a lista cujo presidente seja professor mais
antigo de categoria mais elevada.
4­ Se não houver  listas,  ou se nenhuma  satisfazer  a condição do nº2, o plenário  procederá a votações nominais, sendo
declarado eleito presidente o membro que colher a maioria absoluta dos votos expressos; neste caso, o vice­presidente será
escolhido pelo presidente.
5­ Se nenhum membro obtiver a maioria absoluta no primeiro escrutínio, proceder­se­á a novas votações entre os nomes que
tenham  obtido, pelo menos, 15%  dos votos expressos,  com  eliminação  sucessiva  dos  nomes menos votados;  se o primeiro
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

escrutínio não tiver permitido apurar pelo menos dois nomes nas condições referidas, terão lugar votações intercalares, igualmente
com eliminações sucessivas dos nomes menos votados.
6­ Em caso de empate que persista depois de repetida a votação, será declarado eleito o professor mais antigo de categoria
mais elevada.

Artigo 36º
Destituição do presidente ou do vice­presidente do conselho científico

O presidente ou o vice­presidente do conselho científico podem ser destituídos mediante proposta fundamentada, subscrita pela
maioria dos membros do conselho científico em exercício efectivo de funções, a qual determinará a convocação do plenário; a
destituição exige voto favorável de, pelo menos, dois terços dos membros em exercício efectivo de funções.

SECÇÃO IV

Conselho pedagógico e comissões pedagógicas de licenciatura

Artigo 37º
Composição das comissões pedagógicas de licenciatura

1­ As comissões pedagógicas de licenciatura são constituídas paritariamente por docentes doutorados e por alunos.
2­ Nas comissões pedagógicas de licenciatura em que um departamento intervém como único responsável:
a) A comissão pedagógica é constituída por dois coordenadores e por dois alunos dessa licenciatura;
b) Os coordenadores são eleitos pela comissão científica de departamento.
3­ Nas comissões pedagógicas de licenciatura interdepartamental:
a) A comissão pedagógica é constituída por coordenadores eleitos pelos departamentos com intervenção determinante
nessa licenciatura e por igual  número de alunos;
b)   Por   cada   licenciatura   interdepartamental   em   que   um   departamento   tenha   intervenção   determinante,   a   respectiva
comissão científica elege, para  coordenador, um docente doutorado.
4­ Um docente doutorado pode coordenar mais que uma licenciatura em que o seu departamento intervenha.
5­ No início de cada mandato, e para efeitos de constituição das comissões pedagógicas de licenciatura, o presidente do
conselho científico definirá quais os departamentos com intervenção determinante nas diferentes licenciaturas.
6­ No  caso de não ser possível  uma comissão  científica de departamento eleger  coordenadores de licenciaturas da sua
responsabilidade,   ou   em   que   tem   intervenção   determinante,   compete   ao   presidente   do   conselho   directivo   nomear   os
coordenadores.

Artigo 38º
Competências das comissões pedagógicas de licenciatura

1­ No âmbito do conselho pedagógico cada comissão pedagógica de licenciatura tem as competências daquele conselho
quanto a matérias que digam respeito a essa licenciatura; as suas decisões serão sempre comunicadas ao presidente do conselho
pedagógico e aos presidentes dos departamentos.
2­ No exercício das suas funções de assessoria à comissão executiva de departamento cabe às comissões pedagógicas de
licenciatura:
a)   Propor   medidas   que   visem   melhorar   o   funcionamento   da   licenciatura   nomeadamente   nos   aspectos   de   natureza
curricular;
b) Elaborar anualmente um relatório sobre a licenciatura, incorporando os dados dos inquéritos pedagógicos promovidos
pelo departamento;
c) Diligenciar para que os alunos tenham acesso à informação e aos meios de  estudo disponíveis;
d) Contribuir para identificar carências notadas no funcionamento da  licenciatura.
3­ As decisões da comissão pedagógica de licenciatura carecem de ratificação pelo conselho pedagógico, sempre que o
presidente ou a maioria dos membros do conselho pedagógico o determine, ou quando requerido por uma comissão científica de
departamento, comissão pedagógica de licenciatura, ou por docentes das disciplinas a que a decisão diga respeito.
4­   O   pedido   de   ratificação   terá   de   ser   apresentado   no   prazo   de   sete   dias   contados   a   partir   da   data   da   publicação   da
deliberação.
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

Artigo 39º
Funcionamento das comissões pedagógicas de licenciatura

1­  As   comissões   pedagógicas   de   licenciatura   terão   reuniões   ordinárias   mensais,   excepto   durante   o   período   de  férias,   e
extraordinárias a pedido de pelo menos metade dos seus membros.
2­ Na sua primeira reunião cada comissão pedagógica de licenciatura escolhe o docente que presidirá à comissão.
3­ As comissões pedagógicas de licenciatura podem, quando tal se entender necessário, convidar, para participar nas reuniões
sem direito a voto, alunos ou docentes para melhor esclarecimento de qualquer ponto em análise.

Artigo 40º 
Composição do conselho pedagógico

1­ O conselho pedagógico é constituído paritariamente por docentes doutorados e alunos das licenciaturas.
2­ Na eleição dos representantes dos alunos para a comissão pedagógica de licenciatura as listas deverão indicar qual o aluno
candidato a membro do conselho pedagógico.
3­ Os docentes coordenadores de licenciatura serão membros do conselho pedagógico quando forem os únicos docentes
coordenadores de licenciatura de um determinado departamento.
4­ No caso de existirem mais de dois coordenadores de licenciatura num departamento a respectiva comissão científica deverá
escolher, entre eles, os dois representantes do departamento no conselho pedagógico.
5­ Se a um departamento corresponder apenas um coordenador de licenciatura, a respectiva comissão científica deverá eleger
mais um docente doutorado para integrar o conselho pedagógico.
6­ Quando o número de licenciaturas for superior ao número de docentes que resulta da aplicação dos pontos anteriores, o
conselho pedagógico incluirá um terceiro docente doutorado dos departamentos representados no maior número de comissões
pedagógicas de licenciatura de modo a assegurar a composição paritária, em caso de igualdade atender­se­á ao maior número de
doutorados
7­ Quando o número de licenciaturas for inferior ao número de docentes membros do conselho pedagógico este incluirá um
segundo aluno de cada uma das licenciaturas com maior número de alunos inscritos, de modo a assegurar a composição paritária.
8­ O conselho pedagógico elegerá presidente um dos seus membros, necessariamente professor catedrático ou associado,
que terá voto de qualidade, orientará as reuniões e representará o conselho.
9­ Se na composição do conselho pedagógico não houver pelo menos dois professores que satisfaçam as condições exigidas
no número anterior, a eleição do presidente poderá recair num professor auxiliar.
10­ O conselho pedagógico elegerá vice­presidente um dos seus membros, necessariamente um professor.

Artigo 41º 
Competências do conselho pedagógico

Ao conselho pedagógico compete:

a) Definir as normas de avaliação aplicáveis aos cursos ministrados na Faculdade, proceder à sua revisão e verificar o seu
cumprimento;
b) Proceder à avaliação dos processos de ensino e de aprendizagem com finalidade de elaborar  relatórios regulares,
recorrendo à auscultação e recolha de opiniões dos diferentes intervenientes naqueles processos;
c) Formular orientações em matéria pedagógica, designadamente no que se refere a métodos que assegurem um bom
desenvolvimento dos processos de ensino e aprendizagem;
d) Tomar conhecimento dos relatórios elaborados pelas comissões pedagógicas de licenciatura, analisando­os com vista a
propor medidas que contribuam para o  objectivo de prestigiar as licenciaturas e os diplomados da Faculdade;
e) Promover, em colaboração com outros órgãos de gestão, a realização de inquéritos com o objectivo de obter dados
estatísticos sobre a realidade pedagógica da Faculdade;
f)  Propor   iniciativas   julgadas   convenientes   para   melhoria   da   actividade   pedagógica   tais   como   acções   de   formação   e
experiências pedagógicas;
g) Promover conferências, estudos ou seminários destinados a fomentar a excelência do ensino e da divulgação científica;
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

h) Definir e aprovar o calendário lectivo e de exames;
i) Pronunciar­se sobre a criação, suspensão ou extinção de cursos;
j) Emitir parecer sobre o regime de ingresso nos cursos professados na Faculdade;
k) Pronunciar­se sobre a organização ou alteração dos planos de estudo;
l) Propor a instituição de prémios escolares;
m) Apreciar exposições sobre matérias de índole pedagógica, remetendo­as,  quando   necessário,   a   outros   órgãos   de
gestão;
n) Propor a aquisição de material didáctico, audiovisual ou bibliográfico de  interesse geral.

Artigo 42º
Funcionamento do conselho pedagógico

1­ O conselho pedagógico terá reuniões ordinárias mensais, excepto durante o período de férias, e extraordinárias, sempre
que tal for julgado necessário pelo presidente ou a requerimento da maioria dos seus membros.
2­ O presidente do conselho pedagógico tem competência para convocar qualquer comissão pedagógica de licenciatura, para
reuniões isoladas ou conjuntas, por sua iniciativa ou a solicitação de uma comissão pedagógica de licenciatura.

Artigo 43º
Perda e renúncia de mandatos

1­ Os membros do conselho pedagógico perdem o mandato:

a) Quando renunciarem expressamente ao exercício das suas funções, sendo tal renúncia aceite pelo conselho;
b) Quando derem  mais de três faltas consecutivas ou cinco  alternadas  às reuniões,  excepto  se o conselho entender
justificável o motivo apresentado;
c) No caso de impedimento permanente, apreciado pelo conselho;
d) Quando tiverem sido condenados em processo disciplinar durante o período do mandato.

2­ Sempre que um membro  do conselho pedagógico perca a qualidade em que foi eleito haverá uma eleição intercalar para
substituição do membro em falta.

Artigo 44º
Destituição do presidente ou do vice­presidente do conselho pedagógico

O presidente ou o vice­presidente do conselho pedagógico poderão ser destituídos mediante proposta fundamentada, subscrita
pela maioria dos membros do conselho pedagógico, com representação dos professores e alunos, e aprovada por dois terços dos
membros em exercício efectivo de funções.
SECÇÃO V

Conselho administrativo

Artigo 45º
Composição do conselho administrativo

1­ O conselho  administrativo é constituído pelo presidente  do conselho  directivo, pelo director  de serviços e pelo técnico


superior de gestão.
2­ Na inexistência, falta ou impedimento de qualquer dos vogais, estes serão substituídos pelo chefe de repartição, ou seu
substituto legal, ou pelo membro do conselho directivo designado pelo presidente.

Artigo 46º
Competências do conselho administrativo

O conselho administrativo é um órgão técnico, com as competências dos conselhos administrativos dos organismos dotados
de autonomia administrativa e financeira, competindo­lhe:
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

a) Autorizar  e efectuar  directamente o pagamento das suas despesas, até ao limite das verbas dos seus orçamentos


privativos;
b) Organizar contas de exercício e submetê­las à aprovação superior, através da Reitoria da Universidade;
c) Arrecadar receitas próprias, sem prejuízo das competências próprias da Universidade do Porto.

CAPITULO IV

Da gestão dos departamentos

Artigo 47º
Órgãos de gestão

Cada departamento possui obrigatoriamente os seguintes órgãos de gestão:

a) O conselho de departamento;
b) A comissão executiva;
c) A comissão científica de departamento.

SECÇÃO I

Conselho de departamento

Artigo 48º
Composição do conselho de departamento

1­ O conselho de departamento é formado por todos os membros da comissão científica de departamento, por representantes
dos docentes e investigadores não doutorados e por representantes do pessoal técnico, administrativo e auxiliar; qualquer das
duas representações não pode exceder um terço do número de membros da comissão científica de departamento.
2­ O presidente do departamento é eleito pelos membros da comissão científica de departamento de entre os professores
catedráticos ou associados, desse departamento, em regime de dedicação exclusiva.
3­  A   eleição   do   presidente   de   departamento   deve   ser   ratificada,   por   maioria,   em   reunião   do   conselho   de   departamento
convocada para o efeito.
4­ No caso do conselho de departamento não ratificar a eleição efectuada no comissão científica o processo deverá regressar
a esta comissão, para ter lugar uma nova eleição; se o conselho de departamento voltar a não ratificar a escolha da comissão
científica caberá ao director da Faculdade a nomeação do presidente do departamento.
5­ O presidente do departamento é eleito pelo período de dois anos e preside aos três órgãos de gestão do departamento.

Artigo 49º
Competências do conselho de departamento

1 ­ Compete ao conselho de departamento:

a) Ratificar a eleição do Presidente do departamento;
b) Aprovar o regulamento do departamento e propostas de alteração;
c) Apreciar o relatório de actividades do departamento, apresentado anualmente pela comissão executiva, do qual deve
constar a distribuição, por rubricas,  das verbas que foram atribuídas ao departamento.
d) Apreciar o plano de actividades, o qual deverá referir os correspondentes pressupostos financeiros.

Artigo 50º
Funcionamento do conselho de departamento
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

1­ O conselho de departamento reúne ordinariamente pelo menos uma vez em cada ano lectivo e extraordinariamente quando
convocado pelo presidente do departamento, ou pela maioria dos seus membros de pleno direito.
2­ Os alunos assessores da comissão executiva para os assuntos pedagógicos podem participar, sem direito a voto, nas
reuniões do conselho de departamento.

SECÇÃO II

Comissão executiva

Artigo 51º
Composição da comissão executiva

1­ A comissão executiva de departamento é constituída pelo presidente do departamento e por dois ou mais docentes ou
investigadores, por ele designados, sendo um deles, pelo menos, um docente doutorado;  de entre os docentes doutorados que
integram a comissão o presidente designará um deles para vice­presidente.
2­ A comissão executiva poderá nomear membros do departamento para a  assessorar em funções específicas, a definir no
regulamento de departamento.
3 ­ Para um acompanhamento adequado de todas as actividades pedagógicas em que o departamento está envolvido, a comissão
executiva   será   assessorada   pelos   docentes   do   departamento   e   pelos   alunos   que   integram   as   comissões   pedagógicas   das
licenciaturas em que o departamento tem intervenção determinante.
4  ­  Para  acompanhamento  de  todos  os assuntos  relacionados com pessoal  técnico,  administrativo   e auxiliar  a comissão
executiva será, obrigatoriamente, assessorada por dois representantes deste corpo, eleitos pelos seus pares.
5 ­ Os assessores da comissão executiva podem propor ao presidente a realização de reuniões específicas, nas quais podem
deixar registadas em acta as suas posições.

Artigo 52º
Competências da comissão executiva

Compete à comissão executiva:

a) Zelar pelo cumprimento da lei e dos estatutos da Faculdade em todos os  aspectos   da   actividade   do   departamento,


incluindo funcionamento de aulas epublicação de sumários;
b) Organizar e superintender o trabalho do pessoal técnico, administrativo e auxiliar que presta serviço no departamento,
zelando pelo funcionamento dos serviços, tais como secretaria, biblioteca, oficinas e laboratórios;
c) Fazer propostas ao conselho directivo de novos contratos, renovação dos existentes, abertura de vagas e constituição
de júris de concurso para pessoal não docente nem adstrito à actividade científica;
d) Propor ao conselho directivo os notadores do pessoal técnico, administrativo e auxiliar, com parecer prévio da comissão
científica de departamento, no que respeita aos que estiverem adstritos à actividade científica;
e) Elaborar propostas relativas a actividades de ligação  à comunidade, de acordo com o regulamento  que vier a ser
definido pelo Senado da Universidade do Porto;
f) Elaborar propostas a submeter ao conselho directivo, relativas à aquisição de equipamentos, as quais terão de ser
acompanhadas de parecer da comissão científica de departamento, sempre que se trate de equipamento adstrito à  actividade
científica;
g) Gerir as verbas que lhe sejam atribuídas;
h) Promover anualmente a realização de inquéritos pedagógicos;
i) Apresentar anualmente ao conselho de departamento o relatório e o plano de actividades;
j) Elaborar os horários, de acordo com a distribuição do serviço docente, em colaboração com as comissões pedagógicas
de licenciatura;
k) Exercer outras competências que lhe sejam fixadas no regulamento do departamento e que não contrariem os estatutos
da Faculdade e da Universidade.

Artigo 53º
Competências do presidente de departamento
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

Compete ao presidente do departamento:

a) Convocar e conduzir as reuniões do conselho de departamento, da comissão científica do departamento e da comissão
executiva;
b) Representar o departamento;
c)  Exercer,   em   permanência,   as   funções   que   lhe   forem   cometidas   pela   comissão   científica   de   departamento   e   pela
comissão executiva;
d) Fazer parte, por inerência de funções, da comissão coordenadora do conselho científico e do conselho consultivo.

Artigo 54º
Destituição do presidente do departamento

1­ O Presidente do departamento poderá ser destituído pelo conselho de departamento, sob proposta fundamentada subscrita
pela maioria dos seus membros, exigindo o voto favorável de pelo menos dois terços dos membros em exercício efectivo de
funções.
2­ A destituição do presidente do departamento implica a cessação de funções da comissão executiva.

SECÇÃO III

Comissão científica de departamento

Artigo 55º
Composição, competências, modo de funcionamento

A comissão científica de departamento tem a composição, competências e modo de funcionamento fixados no artigo 33º dos
presentes estatutos.

CAPITULO V

Da gestão dos estabelecimentos dependentes

Artigo 56º
Direcção dos estabelecimentos dependentes

1­   Cada   estabelecimento   dependente   mencionado   no   artigo   9º  terá   um   director,   professor   catedrático   ou   associado,
investigador coordenador ou principal, em regime de dedicação exclusiva.
2­ Para directores dos estabelecimentos dependentes mencionados   nas alíneas d) e e) do artigo 9º é ainda aplicável o
disposto no nº2 do artigo 83º dos presentes estatutos. 
3­ O director do Instituto Geofísico é eleito pela comissão científica do Departamento de Física.
4­ O director do Observatório Astronómico é eleito pela comissão científica desse estabelecimento dependente.
5­ Os directores do Centro de Cálculo, do Museu de História Natural e do Museu de Ciência são escolhidos pelo conselho
directivo da Faculdade, ouvidos os conselhos científico e pedagógico.
6­ Os directores do Centro de Cálculo e do Museu de Ciência devem provir das áreas das Ciências Exactas, enquanto que o
director do Museu de História Natural deve ser escolhido entre os responsáveis pelos núcleos museológicos mencionadas no nº2
do artigo 9º.

Artigo 57º
Competências dos directores

1­ Os directores serão os dinamizadores das acções dos estabelecimentos que dirigem, nas vertentes cultural, de ensino,
investigação, divulgação, desenvolvimento ou prestação de serviços, conforme a índole de cada estabelecimento dependente.
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

2­  Cada director  poderá  ser  coadjuvado  por uma  comissão,   da sua  escolha, constituída   por docentes,  investigadores ou
técnicos; no caso do Museu de História Natural a comissão incluirá, pelo menos, os responsáveis pelas  entidades museológicas
mencionadas no nº2 do art.º 9º.
3­ Compete a cada director a gestão de todos os assuntos relativos ao estabelecimento, incluindo os concernentes ao pessoal
que aí se encontre a prestar serviço, sem prejuízo da orientação geral dos órgãos directivos da Faculdade.

Artigo 58º
Comissão Científica do Observatório

1­ A comissão científica do Observatório, presidida pelo director por ela eleito, é constituída pelos professores catedráticos,
associados e auxiliares, pelos investigadores doutorados e pelos professores convidados em regime de tempo integral quando
possuidores do grau de doutor, que exerçam na Faculdade de Ciências actividade nas áreas disciplinares da Astronomia, ou da
Engenharia Geográfica.
2­ Compete à comissão científica fazer propostas conducentes ao desenvolvimento das actividades de investigação e ensino
que decorram no Observatório Astronómico, bem como dar parecer sobre questões de índole científica que lhe sejam submetidas
pelo director.

Artigo 59º
Centro de Cálculo

Compete ao Centro de Cálculo:

a)   Proporcionar   aos   membros   da   Faculdade,   a   nível   central,   meios   de   cálculo   e   outras   ferramentas   informáticas
necessários à prossecução das suas actividades,  nomeadamente nos domínios do ensino, investigação e gestão;
b) Criar e manter meios electrónicos de comunicação interna e de divulgação de informação de interesse geral e coordenar
a sua disponibilização;
c) Assegurar as comunicações por rede entre a Faculdade e o exterior e gerir tecnicamente um servidor de informação que
os órgãos competentes da Faculdade vierem a disponibilizar;
d) Criar e manter infra­estruturas informáticas de interesse geral, que, pela sua dimensão, não encontrem justificação a
nível departamental;
e) Assegurar o apoio adequado à utilização dos meios existentes, nomeadamente  através da organização de acções de
formação;
f) Manter contactos estreitos com os departamentos, estabelecimentos, centros e  outros organismos da Faculdade, com
eles colaborando no sentido de optimizar a  utilização dos meios de cálculo e equipamentos existentes;
g) Colaborar com os serviços administrativos na procura de soluções técnicas que garantam a segurança de armazenagem
informática de informação de responsabilidade.

Artigo 60º
Museu de Ciência

O Museu de Ciência da Faculdade, orientado para as áreas das Ciências Exactas, terá como objectivos principais:

a) Organizar uma exposição permanente, de caracter interactivo, que procurará renovar e desenvolver.
b) Velar pela conservação do equipamento científico antigo, pertencente ao  Museu ou nele depositado,  integrando­o em
exposições permanentes ou temporárias.
c) Promover exposições temporárias, visitas, palestras e quaisquer outras actividades que visem suscitar vocações para a
ciência e tecnologia ou divulgar a  importância e valor cultural da Ciência.

Artigo 61º
Museu de História Natural

O Museu de História Natural através dos seu diferentes pólos, terá como objectivos principais :

a) Realizar exposições permanentes do seu património;
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

b) Promover exposições temporárias, itinerantes, visitas, palestras e quaisquer  outras   actividades   que   divulguem   as


Ciências Naturais nos seus múltiplos aspectos;
c) Zelar pela conservação do material pertencente ao Museu, ou nele depositado.

CAPÍTULO VI

Dos serviços

Artigo 62º

Secretaria

A secretaria da Faculdade de Ciências desenvolve as suas actividades nos domínios do expediente, dos assuntos académicos, do
pessoal e da contabilidade e património.

Artigo 63º
Tesouraria

A Tesouraria da Faculdade de Ciências tem as competências que lhe forem atribuídas por lei.

Artigo 64º
Biblioteca

1­ A biblioteca da Faculdade de Ciências do Porto é o conjunto dos acervos iconográficos e bibliográficos pertencentes à
Faculdade.
2­  A   biblioteca   da   Faculdade   de   Ciências   terá   um   director,   professor   catedrático   ou   associado,   escolhido   pelo   conselho
directivo, ouvidos o conselho científico e o conselho pedagógico.
3­ A biblioteca manterá contactos estreitos com os departamentos, estabelecimentos, centros e institutos da Faculdade, de
modo a coordenar os programas de aquisição de espécies bibliográficas e a permitir o acesso generalizado e descentralizado a
ficheiros gerais.
4­ O director da biblioteca, coadjuvado pelo bibliotecário, elaborará um regulamento, que submeterá à aprovação do conselho
directivo.
5­ A biblioteca da Faculdade de Ciências velará pelo seu importante acervo iconográfico e bibliográfico, promovendo a sua
divulgação na Universidade e perante o público em geral.

Artigo 65º
Gabinete de relações públicas e de apoio ao aluno

O Gabinete de relações públicas e de apoio ao aluno será responsável, nomeadamente, por:

a) Distribuição da informação escrita relativa a cursos da Faculdade, relatórios de  actividades, catálogos de exposições
e programas de realizações;
b) Organização, em colaboração com os órgãos competentes da Faculdade, de iniciativas destinadas a divulgar a índole
dos cursos, actividades de investigação ou desenvolvimento e os serviços à comunidade;
c) Colaborar na procura, por parte dos alunos, de alojamento, ocupação  temporária   ou   em   tempo   parcial,   estágios   ou
emprego;
d) Divulgar informações que possam facilitar a aquisição de instrumentos de trabalho e o acesso a actividades culturais;
e) Manter contactos com os diplomados pela Faculdade, informando­os da  evolução   da   sua   escola   e   auscultando   as
suas necessidades de aperfeiçoamento, ou reciclagem.

CAPÍTULO VII
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

Do conselho consultivo

Artigo 66º

1­ O conselho consultivo da Faculdade é o órgão que assegura a ligação permanente com a comunidade, competindo­lhe
emitir   pareceres   sobre   linhas   gerais   de   orientação   da   vida   da   Faculdade   e   sobre   planos   de   desenvolvimento,   bem   como
pronunciar­se sobre outras matérias que lhe sejam submetidas pelo conselho directivo.

2­ O conselho consultivo é constituído por:

a) Presidentes do conselho directivo, conselho científico, conselho pedagógico e da associação de estudantes;
b) Presidentes dos departamentos , coordenadores das secções autónomas e   directores   do   Centro   de   Cálculo,   do
Museu de História Natural, do Museu da Ciência e da Biblioteca;
c) Os professores jubilados da Faculdade de Ciências que aceitem integrá­lo; 
d) Representantes de instituições com fins culturais, económicos, sociais, ou de planeamento, a indicar bienalmente pelos
conselhos directivo e científico;
e) Até cinco individualidades sem vínculo à Faculdade, escolhidas pelo conselho directivo, por períodos renováveis de dois
anos.

3­ O conselho consultivo reúne, pelo menos, uma vez por ano e será convocado pelo presidente do conselho directivo.
4­ Os membros mencionados nas alíneas a) e b) do nº2 constituem um conselho restrito, que pode reunir como órgão de
coordenação e reflexão sobre a actividade e planos de desenvolvimento da Faculdade.

CAPÍTULO VIII

Da gestão financeira e patrimonial

Artigo 67º
Património da Faculdade

1­ Constitui património da Faculdade de Ciências o conjunto dos bens e direitos que pelo Estado, ou outras entidades públicas,
privadas ou cooperativas sejam afectados à realização dos seus fins.
2­ O património da Faculdade inclui, nomeadamente, o edifício da Praça Gomes Teixeira e do Campo Alegre (polo 3), bem
como   os   edifícios   e   terrenos   onde   funcionam   o   Instituto   de   Botânica   do   Dr.   Gonçalo   Sampaio   (Quinta   Andersen   e   Quinta
Burmester), a Estação de Zoologia Marítima, o Instituto Geofísico e o Observatório Astronómico do Prof. Manuel de Barros, bem
como o edifício da rua das Taipas, originalmente destinado a laboratório de cálculo automático.
3­ O património da Faculdade inclui igualmente todo o recheio das suas bibliotecas, museus e laboratórios, em particular o
fundo de gravuras e livros antigos da biblioteca da Faculdade.
4­ São receitas da Faculdade de Ciências:
a) As dotações que lhe forem concedidas pelo Estado;
b) Os rendimentos de bens próprios ou de que tenha fruição;
c) As receitas provenientes do pagamento de propinas;
d) As receitas derivadas da prestação de serviços e da venda de publicações;
e) Os subsídios, subvenções, comparticipações, doações, heranças e legados;
f) O produto da venda de bens imóveis, quando autorizado por lei, bem como de  outros bens;
g) Os juros de contas de depósito;
h) Os saldos de contas de gerência de anos anteriores;
I) O produto de taxas, emolumentos, multas e penalidades;
j) O produto de empréstimos contraídos;
k) Quaisquer outras receitas que legalmente lhe advenham.

Artigo 68º
Organização contabilística
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

A Faculdade de Ciências adoptará um plano sectorial que, além de propiciar a informação necessária para a elaboração do
plano geral da Universidade, reuna os requisitos necessários à consolidação global das contas da Universidade do Porto.

Artigo 69º
Relatório anual

A   Faculdade   elaborará   anualmente   um   relatório   circunstanciado,   ao   qual   será   dada   ampla   publicidade,   em   que,
designadamente, se contemplem:

a) O desempenho de actividades inerentes aos seus fins;
b) Aspectos relevantes concernentes aos recursos humanos, afectos ou não à docência, aos recursos financeiros e às
instalações;
c) A evolução da frequência e os indicadores de avaliação;
d) A lista dos trabalhos publicados pelos membros da Faculdade;
e) Um resumo do relatório de contas anual.

Artigo 70º
Contas anuais

As contas de exercício, a submeter à aprovação superior através da Reitoria da Universidade, serão integradas pelas seguintes
peças, elaboradas segundo os modelos da lei e organizadas de harmonia com o nº2 do artigo 42º dos estatutos da Universidade
do Porto:

a) Balanço definidor da situação patrimonial da Faculdade;
b) Conta de exercício;
c) Balanço de origem e aplicação de fundos;
d) Memorial de notas e comentários de esclarecimento às peças referidas nas alíneas anteriores, quando necessários;
e) Todos os documentos exigidos por lei e necessários à justificação de receitas e despesas.

Artigo 71º
Isenções fiscais

A Faculdade de Ciências está isenta, nos termos que a lei prescreve, de impostos, taxas, custas, emolumentos e selos.

CAPÍTULO IX

Disposições gerais

Artigo 72º
Entrada em funcionamento dos órgãos de gestão

Os órgãos previstos nestes estatutos, com excepção da assembleia de representantes, entram em funcionamento no dia 2 de
Janeiro.

Artigo 73º
Mandatos

A duração dos mandatos dos órgãos de gestão é de dois anos e só termina com a entrada em funções dos novos membros.

Artigo 74º
Funcionamento dos órgãos de gestão

1­ Nos órgãos de gestão em que exista um vice­presidente, este substituirá o presidente nas suas faltas ou impedimentos.
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

2­ As reuniões dos órgãos de gestão não poderão ser convocadas com antecedência inferior a dois dias úteis, sendo a ordem
de trabalhos enviada a todos os seus membros.
3­ As reuniões de órgãos de gestão cuja convocatória não seja da iniciativa do presidente terão de ser efectuadas até 10 dias
úteis após o respectivo requerimento.
4­ Os órgãos de gestão só podem deliberar estando presentes a maioria dos seus membros e as deliberações são aprovadas
por maioria de votos, excepto nos casos em que a lei, ou os presentes estatutos, exijam maiorias qualificadas.
5­ As deliberações serão afixadas, em local próprio, no prazo de três dias úteis.

Artigo 75º
Nulidade de deliberações

São nulas e de nenhum efeito as deliberações tomadas por qualquer dos órgãos previstos nestes estatutos quando:

a) Incidam sobre matéria estranha às suas atribuições e competências;
b) Não hajam sido regularmente convocadas as reuniões em que foram tomadas;
c) Incidam sobre matéria fora da ordem de trabalhos constante da respectiva  convocatória;
d) Estejam em contravenção com o disposto nestes estatutos e demais legislação  em vigor.

Artigo 76º
Elegibilidade

Só são elegíveis para membros da assembleia de representantes ou do conselho directivo, para presidentes de departamentos
ou directores de estabelecimentos dependentes os cidadãos de nacionalidade portuguesa.

Artigo 77º
Aceitação e escusa de cargos

1­ Os cargos de presidente do conselho directivo, conselho científico, conselho pedagógico ou departamento, director eleito de
estabelecimento   dependente,   ou   coordenador   de   licenciatura,   deverão   ser   aceites,   salvo   motivo   ponderoso,   devidamente
justificado.
2­ É motivo de escusa de aceitação do cargo de presidente dos conselhos directivo, científico e pedagógico o facto de o
membro eleito ter cumprido mandato de presidente dos conselhos directivo, científico, ou pedagógico, terminado há menos de 10
anos.
3­ É motivo de escusa da aceitação do cargo de presidente do departamento, director eleito de estabelecimento dependente,
ou coordenador de licenciatura o facto de ter terminado há menos de seis anos mandato idêntico, ou mandato de presidente dos
conselhos directivo, científico, ou pedagógico.
4­ Os motivos ponderosos de escusa, nos termos do nº1, poderão ser aceites depois de apreciados pelo órgão eleitor ou, no
caso de designação, pela individualidade competente.
5­ A nenhum docente pode ser exigido o desempenho simultâneo de dois dos mandatos referidos no nº1, prevalecendo as
funções a nível da Faculdade sobre as funções a nível de departamento, estabelecimento dependente, ou licenciatura.

Artigo 78º
Condição de membro de órgão de gestão

1­   O   presidente   do   conselho   directivo,   o   presidente   do   conselho   científico,   o   presidente   do   conselho   pedagógico   e   os


presidentes de departamento e os directores de estabelecimentos dependentes terão de ser necessariamente docentes em regime
de dedicação exclusiva.
2­ Todos os membros docentes, ou investigadores, de órgãos de gestão da Faculdade terão de se encontrar em regime de
tempo integral.

Artigo 79º
Exercício de cargos

1­ O exercício dos cargos de presidente do conselho directivo e do conselho científico equivale, para efeitos de contagem do
serviço docente, à prestação do mínimo legal.
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

2­ O exercício dos cargos de presidente do conselho pedagógico, presidente de departamento ou director de estabelecimento
dependente equivale, nos termos do número anterior, a 50% do serviço docente mínimo legal.
3­ Aos professores que exerçam os cargos referidos nos números anteriores só poderá ser distribuído serviço docente superior
ao mínimo legal com a anuência expressa desses professores.
4­ Se o desempenho de qualquer dos mandatos referidos no ponto anterior der origem a adiamento de um período de licença
sabática, a contagem de tempo que condicionará a licença seguinte será feita como se o aditamento não tivesse ocorrido.
5­ Compete ao conselho directivo comunicar superiormente qualquer recusa de exercício de cargo por parte de um membro da
Faculdade, quando regularmente eleito ou designado nos termos dos presentes estatutos; a Faculdade deverá ainda, através dos
seus órgãos de gestão, adoptar como medida de compensação a recusa de dispensa de serviço docente e a sua fixação no
máximo legal durante toda a duração do mandato não cumprido.

Artigo 80º

Responsabilidade dos membros dos órgãos de gestão

1­ Os membros dos órgãos dotados de poder deliberativo são criminal, civil e disciplinarmente responsáveis pelas infracções à
lei cometidas no exercício das suas funções. 
2­ São excluídos do disposto no número anterior os que fizeram exarar em acta a sua oposição às deliberações tomadas e os
ausentes, que o façam na sessão seguinte.

Artigo 81º
Faltas a reuniões

1­ Quanto às reuniões em que devam participar, no exercício de qualquer dos cargos previstos neste estatuto, os docentes,
investigadores e pessoal técnico, administrativo e auxiliar estão sujeitos ao regime de faltas aplicável ao funcionalismo público.
2­ Para o efeito, as reuniões deverão realizar­se dentro das horas de serviço daqueles elementos e a comparência às mesmas
precede sobre os demais serviços escolares, à excepção de exames, concursos e participação em júris.
3­   A   justificação   de   faltas   dadas   por   outros   motivos   será   analisada,   caso   a   caso,   pelo   presidente,   ou   individualidade
responsável pela reunião em causa.

Artigo 82º
Paralisação da Faculdade

Quando a actividade normal da Faculdade estiver em risco de paralisação por acção deliberada, alheamento, ou omissão dos
seus órgãos internos, compete ao reitor da Universidade do Porto tomar as medidas consideradas adequadas.

Artigo 83º
Professores jubilados

1­ Os professores catedráticos, atingidos pelo limite de idade terão direito a conservar o seu gabinete e a utilizar as instalações
da Faculdade para os seus trabalhos de carácter científico, ou outros julgados de interesse para a Faculdade.
2­ Os professores jubilados poderão também exercer funções de directores do Museu de História Natural ou do Museu da
Ciência.
3­ Os referidos professores poderão leccionar disciplinas não incluídas em planos de estudo obrigatórios, mediante prévia
autorização do conselho científico.

CAPÍTULO X

Processo eleitoral 

Artigo 84º
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

Cadernos eleitorais

O conselho directivo diligenciará para  que  sejam elaborados e publicados os cadernos eleitorais actualizados dos corpos de


docentes e investigadores não docentes, estudantes e pessoal técnico, administrativo e auxiliar, havendo o prazo de cinco dias
para reclamação dos mesmos, a contar da data da sua afixação.

Artigo 85º
Data de realização das eleições

1­ O Conselho directivo fixará a data de realização de eleições para a assembleia de representantes e conselho pedagógico
durante o mês de Novembro, não podendo recair num sábado, domingo ou dia feriado.
2­ Na fixação da data das eleições, à qual deverá ser dada a máxima publicidade interna, o conselho directivo salvaguardará
uma margem mínima de cinco dias entre a publicação da versão definitiva dos cadernos eleitorais e a data em que devem ser
apresentadas as listas concorrentes.

Artigo 86º
Apresentação de listas concorrentes

1­ Até ao 8º dia anterior à data das eleições serão entregues ao conselho directivo as listas dos candidatos concorrentes à
eleição para cada um dos corpos, sendo rejeitadas as que forem entregues após aquela data.
2­ As listas dos alunos deverão integrar tantos elementos efectivos e suplentes quantos os lugares que lhes correspondem,
devendo as listas de candidatos pelos corpos de docentes e investigadores não docentes e do pessoal técnico, administrativo e
auxiliar conter apenas 50% de elementos suplentes.
3­  As  listas  devem  ser  subscritas  por   um  mínimo  de  2%  dos  elementos  que  constituem   o  colégio  eleitoral   do corpo  de
estudantes, sendo aquela percentagem de 5% para os docentes e investigadores não docentes e pessoal técnico, administrativo e
auxiliar.
4­ Não podem os candidatos de uma lista ser proponentes dessa mesma lista.

Artigo 87º
Ausência de listas concorrentes

1­ No caso de ausência de lista de qualquer dos corpos para  Assembleia de Representantes proceder­se­á à eleição, na data
antecipadamente marcada, para aqueles que as entregarem dentro do prazo fixado, marcando­se novo prazo para a entrega de
listas do corpo ou corpos em falta.
2­ Se após a nova marcação não se verificar apresentação de listas pelos corpos de docentes e investigadores não docentes ou
de pessoal técnico, administrativo e auxiliar, o Conselho Directivo promoverá a eleição nominal, por voto secreto, dos respectivos
representantes sendo eleitos como efectivos e suplentes os mais votados, devendo o mandato ser aceite.
3­ É motivo de escusa o facto de já ter desempenhado funções na anterior Assembleia de Representantes.
4­ Eventuais empates na eleição nominal serão resolvidos pelo critério de maior tempo de serviço na Faculdade de Ciências.

5­ Caso seja necessário, a representação de um corpo na Assembleia de Representantes será completada por designação de
elementos seguindo o critério do maior tempo de serviço na Faculdade de Ciências, sem prejuízo do disposto nos números 3 e 6.
6­ A eleição dos representantes dos estudantes será obrigatoriamente por lista, mantendo­se os anteriores representantes em
exercício de funções até que a eleição esteja concluída.

Artigo 88º
Verificação de listas concorrentes

O conselho directivo verificará, no próprio dia da apresentação das listas, a regularidade formal das mesmas, diligenciando de
imediato,   junto   do   primeiro   candidato,   a   correcção   das   irregularidades   detectadas,   devendo   rejeitar   as   listas   quando   essas
irregularidades não sejam sanadas no prazo de 24 horas.

Artigo 89º
Assembleias de voto
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

As assembleias de voto abrem às 9 horas e encerram às 18 horas.

Artigo 90º
Contagem de votos

Após o fecho das urnas, proceder­se­á à contagem dos votos, elaborando uma acta assinada pelos membros da mesa eleitoral,
onde serão registados os resultados finais.

Artigo 91º
Protestos

Qualquer elemento da mesa ou qualquer eleitor poderá apresentar, por escrito, protestos fundamentados, que ficarão apensos à
acta.

Artigo 92º
Afixação de resultados e sua comunicação

1­ Os resultados das eleições serão afixados na Faculdade no prazo de 24 horas a contar do fecho das urnas.
2­ O conselho directo comunicará, no prazo de dois dias úteis, o resultado das eleições ao reitor da Universidade do Porto,
após decisão sobre os protestos eventualmente apresentados relativos ao acto eleitoral.

Artigo 93º
Posses

1­ Os membros do conselho directivo, os presidentes do conselho científico e do conselho pedagógico e o presidente da mesa
da assembleia de representantes tomarão posse perante o reitor da Universidade do Porto.
2­ Os restantes  membros  da mesa da assembleia de representantes tomam posse perante  o respectivo presidente  e os
membros dos outros órgãos de gestão da Faculdade tomarão posse perante o presidente do conselho directivo.

Artigo 94º
Processo eleitoral do conselho pedagógico

As   eleições   para   o   conselho   pedagógico   regem­se,   com   as   necessárias   adaptações,   pelas   normas   constantes   do   presente
capítulo, devendo, no entanto, os suplentes ser em número igual ao dos candidatos.

Artigo 95º
Eleições  para a assembleia da Universidade e para o Senado

As eleições dos representantes da Faculdade para a assembleia da Universidade e para o Senado serão efectuados por listas e
corpos, em escrutínio secreto, segundo o sistema proporcional e o método de Hondt.

CAPITULO XI

Ensino e avaliação

Artigo 96º
Aulas

1­ As disciplinas poderão ter aulas teóricas, teórico­práticas e práticas, que podem revestir carácter laboratorial e de campo, de
seminário e, quando a Faculdade o julgar conveniente, aulas tutoriais.
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

2­ As regências teóricas deverão ser desdobradas a partir de 100 alunos, se a distribuição de serviço o permitir.
3­ O número máximo de alunos por turma é de 15 nas aulas práticas de campo, ou de índole laboratorial e de 30 nas outras
aulas práticas, ou teórico­práticas.
4­ O número máximo de alunos por turma de seminário é de cinco.

Artigo 97º
Programas e sumários

1­ O docente responsável por cada disciplina deverá comunicar ao conselho pedagógico e aos alunos, até duas semanas após
o início das aulas da sua disciplina, o programa previsto, bibliografia básica e regime de avaliação.
2. Os sumários das aulas teóricas devem ser semanalmente enviados à biblioteca do departamento para aí constarem de um
arquivo ao qual os alunos tenham acesso.
3­ Os sumários devem referir a matéria dada nas aulas com detalhe suficiente para servir de orientação para estudo e de modo
a constituírem, no seu conjunto, uma indicação da matéria de avaliação.

Artigo 98º
Disciplinas extracurriculares

Os alunos poderão requerer a sua inscrição em outras disciplinas que considerem convenientes para a sua formação, no máximo
correspondente a duas disciplinas anuais, para além das que constituem o plano de estudos da sua licenciatura, respeitando as
normas a elas aplicáveis, como alunos extraordinários.

Artigo  99º
Cursos especiais.

A Faculdade poderá organizar ou dar apoio a cursos intensivos, cursos de férias, cursos de aperfeiçoamento e actualização, ou
outros que sejam julgados convenientes para a formação humana, cultural, científica e técnica.

Artigo 100º
Ano lectivo e exames.

1. Antes do início do ano lectivo será afixado o respectivo calendário, com indicação do número de aulas previsto. 
2­ O calendário de exames será afixado nos vinte dias úteis após o início das aulas; quaisquer propostas de alteração ao
calendário de exames deverão ser remetidas ao conselho pedagógico nos dez dias úteis que se sigam à afixação e divulgação do
calendário.

Artigo 101º
Faltas e frequência

1­ Haverá registo de assistência às aulas práticas, teórico­práticas e de seminário.
2­ Perde a frequência numa disciplina o aluno que faltar a mais de um quarto das aulas práticas, ou teórico­práticas previstas,
ou não realizar satisfatoriamente, pelo menos dois terços dos trabalhos de indole laboratorial, ou de campo igualmente previstos.
3­ Os alunos que tenham obtido frequência no ano lectivo anterior podem, eventualmente, ser dispensados das aulas.

Artigo 102º
Avaliação e admissão a exames.

1­ A avaliação dos alunos nas aulas práticas e teórico­práticas será feita ao longo do semestre, ou ano lectivo, com base em
trabalhos de laboratório e de campo, relatórios e outros elementos que o professor julgar conveniente.
2. O resultado da avaliação referida no número anterior deverá, no caso de trabalhos de laboratório ou de campo, contribuir
para nota final da disciplina, com um peso a ser divulgado no início do ano, ou semestre lectivo. 
3 ­ Só poderão ser excluídos de acesso a exame final os alunos que não tenham obtido frequência nos termos do nº2 do artigo
anterior.

Artigo 103º 
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

Relevação de faltas

1­ Constituirão motivo de relevação de faltas a aulas ou exames, além dos previstos na lei geral, os seguintes:

a) No caso de falecimento de cônjuge, ou de parente ou afim no 1º grau da linha recta, até oito dias consecutivos, e por
falecimento de parente, ou afim em  qualquer outro grau da linha recta, ou no 2º e 3º graus da linha colateral, até três dias
consecutivos;
b) Internamento hospitalar devidamente comprovado e atestado médico  imediatamente subsequente a esse internamento;
c) Representação da Faculdade, ou Universidade, em provas desportivas  universitárias   oficiais,   ou   em   manifestações
culturais universitárias, a nível nacional ou internacional, bem como representação do País em provas  desportivas,   ou
manifestações culturais internacionais.

2 ­ Constitui motivo de relevação de faltas a aulas a presença comprovada em reuniões do conselho directivo, conselho
pedagógico, assembleia de representantes, ou órgãos de governo da Universidade.
3 ­ No caso de faltas a exames nas circunstâncias previstas no nº1 do presente artigo, o presidente do conselho directivo
autorizará,   a   requerimento   do   aluno,   a   marcação   de   novas   datas   para   os   referidos   exames,   os   quais   deverão   ser   sempre
realizados antes do final da época de exames seguinte.
4 ­ Quando um aluno tenha obtido relevação de faltas a aulas em que deveria realizar trabalhos referidos no nº2 do artigo 101º
a satisfação da condição relativa ao número mínimo de trabalhos deverá ser assegurada mediante acesso a outras aulas, em
número que não exceda o das faltas relevadas; poderá ainda recorrer­se a uma prova prática adequada.

Artigo 104º 
Exames

1­ Os exames poderão constar de provas escritas sobre matéria das aulas, provas práticas de laboratório ou de campo e
provas orais.
2­ No caso de seminários, ou monografias, haverá discussão oral do relatório, elaborado sobre os trabalhos realizados, ou do
trabalho monográfico entregue.

Artigo 105º 
Júris

1­ Os júris de exames serão formados por um mínimo de dois elementos, pelo menos um deles doutorado, competindo à
comissão científica de departamento deliberar sobre a sua composição, a qual será comunicada, antes do início de cada época de
exames, ao conselho científico e ao conselho pedagógico.
2­ Dos júris farão sempre parte, salvo impedimento legal, os docentes encarregados das regências teóricas das disciplinas,
bem como, sempre que possível, pelo menos um outro docente da mesma disciplina; um júri não poderá funcionar com menos de
dois elementos.

Artigo 106º 
Classificações

1­ A classificação dos testes escritos e exames é feita de 0 a 20 valores.
2­ A afixação das classificações dos testes escritos deverá ter lugar até vinte dias úteis após a sua realização e de modo a
mediarem pelo menos quatro dias úteis entre a afixação e a data do exame.
3­ Quando justificadamente não possa ser respeitado o intervalo referido na parte final do número anterior, haverá adiamento
do exame para data a fixar pelo presidente do conselho pedagógico.
4­ Os alunos com classificação superior a 8,0 valores poderão solicitar ao júri, por escrito, no prazo de dois dias, a realização de
uma prova complementar de avaliação oral.
5­ Às diferentes valorizações numéricas finais correspondem as seguintes qualificações:
a) De 0 a 9 ­ Reprovado;
b) De 10 a 13 ­ Suficiente;
c) 14 e 15 ­ Bom;
d) 16 e 17 ­ Bom com distinção;
e) 18 e 19 ­ Muito bom com distinção;
Estatutosda Faculdadede Ciênciasda Universidadedo Porto

f) 20 ­ Muito bom com distinção e louvor.

Artigo 107º 
Repetição de exames.

1­ Os alunos poderão repetir, uma vez, exames para melhoria de nota, numa das duas épocas seguintes em que se realize
exame dessa disciplina, considerando­se válida a classificação mais elevada que obtiverem.
2­ O direito referido no número anterior mantém­se mesmo quando a disciplina tenha deixado de ser leccionada e o exame
tenha de ser feito expressamente para garantir o exercício desse direito.

Artigo 108º 
Dispensa de exames.

1 ­ Os alunos podem ser dispensados de exame final mediante a realização de provas parcelares de avaliação ao longo do
semestre, ou ano lectivo, desde que não tenham perdido frequência nos termos do n.º 2 do artigo 101º.
2­ Se as provas parcelares incluírem a realização de testes escritos, o número destes não poderá exceder dois nas disciplinas
semestrais e três nas anuais.
3 ­ Os testes devem ser marcados sem sobreposição com aulas de outras disciplinas do mesmo ano.

Artigo 109º 
Acesso às provas de avaliação

Será   sempre   facultada   aos   alunos   a  consulta   das  suas   provas   escritas   corrigidas,   bem   como   o   correspondente   sistema   de
cotações, quer se trate de exames finais, quer de testes escritos.

Artigo 110º 
Melhoria de nota

Os alunos que forem dispensados de exame final poderão realizá­lo, para efeito de melhoria de nota, na época normal de exames
da respectiva disciplina, considerando­se válida a classificação mais elevada que obtiverem.

Artigo 111º
Recursos

1. Os alunos podem solicitar ao júri a revisão das suas provas escritas , no prazo de três dias úteis, após o início do período de
acesso às provas corrigidas; a revisão poderá alterar a classificação em qualquer sentido. 
2­ O recurso tem efeito suspensivo em relação a prazos relativos a uma eventual prova oral.
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Artigo 112º 
Termos de exame

1­ Os termos de exame com as classificações dos alunos têm de dar entrada na secretaria da Faculdade até sete dias úteis
após o último dia da época de exame a que dizem respeito.
2­ O não cumprimento do número anterior implica marcação de faltas diárias aos membros do júri de exame até à data da
entrega das pautas.
3­ A disposição do número anterior não é aplicável quando haja impedimento legal; do mesmo modo não é aplicável aos
membros do júri a quem não seja imputável a falta de cumprimento do disposto neste artigo, competindo ao conselho directivo
decidir sobre tais casos.

CAPITULO XII

Disposições finais e transitórias

Artigo 113º 

Os processos eleitorais correspondentes a novos cargos, ou a novos corpos eleitorais, fixados nos presentes estatutos, seguir­se­
ão à sua publicação, terminando os correspondentes mandatos no fim de 1997

Artigo 114º

Os titulares de outros órgãos de gestão, eleitos para o biénio de 1996/97, cumprirão os mandatos para que tenham sido eleitos. 

Artigo 115º

Os presentes estatutos entram em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

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