Professional Documents
Culture Documents
Ensaio
O não-lugar do Outro:
Hibridismos do Mentoring Digital
Thais Barros*
Resumo
Resumo
A cultura digital contemporânea convida à análise do fenômeno “redes sociais”, entre as quais ganha relevo o mentoring que se
desenvolve por meios e processos audiovisuais. A questão apresentada propõe a reflexão sobre as conectividades virtuais entre
empresas, escolas e organizações. Utilizando mídias digitais essas interfaces podem reduzir assimetrias de informação e criar ex-
pectativas de trabalho e vida. O objetivo é dar contribuição ao pensamento comunicacional, buscando referenciais da Educomu-
Palavras-chave
Palavras-chave
Palavras-chave: Mentoring social. Tecnologias da informação e comunicação. Educomunicação. Iconomia. Psicanálise.
Abstract
Abstract
Contemporary digital culture requires analyses of “social networks” such as mentoring programs developed on audiovisual plat-
forms. The aim of this paper is to understand conectivities among enterprises, schools and organizations. We argue that Digital
mediation can reduce information asymmetries and create new work and lifestyle expectations. Our objective is to contribute to
communicational thinking by exploring theoretical references from Educommunication, Iconomics and Psychoanalysis.
Keywords
Keywords
Social mentoring, Information and communication technologies, Educommunication, Iconomics, Psychoanalysis.
* Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Meios e Processos Audiovisuais, ECAUSP e Pesquisadora do Grupo de Pesquisa
Iconomia, sob orientação de Gilson Schwartz. email: thais.barros@usp.br
http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo
Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero 2
Introdução: esse Outro que é só meu
Alguns termos ganham tanta força na língua inglesa, que se torna praticamente inviável
pensar em traduzi-los para outras línguas. Há inúmeros exemplos: software, hardware, marke-
1 Na psicanálise lacania-
ting, mídia,”deletar”, “scanear”, “xerocar”... na um conceito que trata
da relação do sujeito com
Na área organizacional o fenômeno tem sua notoriedade e conceitos como “mentoring” e o simbólico, a cultura, as
“coaching” são usados com frequência, discutidos a partir de inúmeros referenciais e com cons- leis e a linguagem
Comtempo – Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero – Edição nº 1, Ano I - Dezembro 09
http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo
Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero 3
Por suas características de transdiciplinaridade e abertura de novas perspectivas de
desenvolvimento pessoal e profissional, a incorporação de ferramentas digitais para mediar
relações interpessoais em processos de aprendizado e desenvolvimento de indivíduos e gru-
pos é uma tendência que apenas se confirmou e ampliou desde esses primeiros experimentos,
tornou-se mesmo irreversível e vai sendo aceita como a principal característica da “web 2.0”.
O termo “mentor” vem da Grécia antiga (séc. VIII a.C),
já num contexto de formação para entrada no mundo adulto.6 6 Na obra Odisséia, de
Homero, Ulisses pede ao amigo
Em uma abordagem menos ortodoxa – o Tao mentoring – busca-se ler o processo atra- Mentor para cuidar do seu filho
Telêmaco e responsabilizar-se
vés da filosofia oriental com o desafio, e o atrativo, de uma experiência transformadora em que por sua instrução e formação,
enquanto estiver ausente.
mentor e mentorado se disponibilizam para uma relação fortemente sustentada na troca, na expe-
rimentação – uma verdadeira “dança” – destacando a fertilidade do espaço vazio, da possibilida-
de, do não pronto, relação não-linear, zen, entre mestres e discípulos. (Chungliang e Lynch, 1995)
Mentoring pode ser entendido como processo educativo, de aprimoramento, proposta
que traz em sua essência uma questão intrigante: a “crença na existência de um saber completo”
(Mrech, 2005: 24) que, fortalecida pelo incremento dos recursos tecnológicos que disponibilizam
inúmeras possibilidades de acesso permanente, intenso, ágil a todo e qualquer tipo de informa-
ção e conhecimento, leva a crer, ao menos ilusoriamente, que tudo se pode saber e aprender, rá-
pida e imediatamente. Paradigma presente tanto no ambiente profissional quanto educacional.
No mundo globalizado, em que regras não são mais únicas e aplicáveis a tudo e todos que-
rer preparar uma pessoa para uma carreira mostra-se inadequado e até mesmo inviável. Não
mais existe um caminho único, mas uma trajetória construída a cada circunstância e para cada
pessoa seja pelo cenário mutante ou pelo sujeito em busca da sua singularidade. (Forbes, 2005)
Talvez como contraponto ou antídoto à globalização pasteurizada da informação abun-
dante o mentoring vai ganhando espaço e relevância como oportunidade de personalização ou
singularização da experiência comunicacional. Mais que interagir midiaticamente com os ou-
tros, esse espaço fluido da comunicação digital parece querer com o mentoring atingir um
status de tempo vital reconstruído pela inspiração provocada no contato com o Outro.
Comtempo – Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero – Edição nº 1, Ano I - Dezembro 09
http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo
4
Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero
tão da força de trabalho. Nos Estados Unidos, na transição para o século 20, destacam-se estudos e
propostas voltados aos processos de trabalho, com destaque para H. Ford e a “divisão do trabalho
em bases tecnológicas” e F. W. Taylor e a “administração do tempo-movimento” (ibid.: 45). Não só
surge um novo entendimento do papel do trabalhador e sua relação com o capital como as em-
presas passam a desempenhar uma função reguladora das relações econômicas e interpessoais.
O trabalho ganha novo estatuto e inserção no tempo e no espaço (com o fortalecimento do te-
letrabalho e dos modelos de educação a distância). No pós-guerra incrementam-se os estudos e apli-
cações das teorias motivacionais e a preocupação com fatores humanos nas organizações. A partir,
especialmente, da década de 1970 muitas ações voltaram-se para o treinamento buscando a adapta-
ção e qualificação dos empregados. Mas será apenas na década de 1990 que virá uma participação
mais estratégica das áreas chamadas de “recursos humanos”, principalmente em função do grande
aumento da competitividade no mercado e da integração do conhecimento como ativo essencial no
processo de inovação tecnológica que regula a acumulação de capital e a sobrevivência da empresa.
Reich (2002) ressalta as mudanças que aproximam as pessoas de novas oportunidades e pos-
sibilidades de escolhas: uma idéia de independência no sentido de poder escolher o que deseja fa-
zer, mas também a obrigatoriedade de ser produtivo. Essa tendência do trabalho como fator cons-
tituinte de identidade - já presente no século 19 (Lippmann, cit Sennett, 2008) - se fortalece durante
a primeira metade do século 20: ter uma carreira sólida é sinal de status e estabilidade e também,
algo que se acreditava possível de realizar. O novo modelo que se afirma no capitalismo do conhe-
cimento é mais imediatista e mutante - o “capitalismo flexível” (ibid) cria dificuldades para que
as pessoas construam relações mais consistentes e uma trajetória de vida mais linear e integrada.
No século 21, o trabalhador tem mais autonomia e responsabilidade por suas ações - e re-
sultados - mas nos momentos críticos, muitas vezes, é responsabilizado pelo fracasso. (Enriquez,
2006) Este modelo apóia-se nos recursos virtuais que permitem agilidade e mobilidade a custos re-
duzidos, aumentando a competitividade e reorganizando os modos de trabalho e de remuneração.
Essas mudanças nas relações virtualizadas de trabalho impõem alterações análogas nos
processos educacionais. O acesso à educação - agora um diferencial e fator de mobilidade, que
altera o poder de negociação sindical (Reich, 2002) - possibilita a criação e desenvolvimento de
novos projetos, produtos e estratégias que permitam a inserção do trabalhador no mercado.
Esta convergência entre aprendizado e novas tecnologias durante longo perío-
do esteve mais restrita aos programas formais de educação a distância (EaD), cujo ob-
jetivo inicial era proporcionar canais de acesso ao conhecimento institucional às ca-
madas da população menos privilegiadas ou fisicamente isoladas dos grande centros.
As mudanças sócio-culturais ocorridas no século 20, fortemente impactadas pela globaliza-
ção, dão novo sentido a esta dinâmica; são criados canais de comunicação voltados ao fomento de ex-
perimentações que ampliam esta ação, proporcionando desenvolvimento individual e coletivo. Este
Comtempo – Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero – Edição nº 1, Ano I - Dezembro 09
http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo
Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero 5
processo se fortalece na passagem para o século 21, em particular na transição da “web 1.0” para a
“web 2.0”; informação deixa de ser o centro das atenções dando lugar aos meios de acesso e produ-
ção de conhecimento e desenvolvimento, com destaque para os recursos audiovisuais, instaurando
uma nova economia e inúmeras conexões entre culturas, saberes e “fazeres.” Nas empresas e nas es-
colas crescem iniciativas voltadas à formação de gestores, aprimoramento profissional, incentivo e
apoio nos momentos de escolha de carreira. As práticas de mentoring se enquadram neste contexto.
Os recursos tecnológicos são incorporados a este processo, ampliando-se também o po-
tencial de pesquisa sobre esse agir, sobretudo nos EUA e Europa7; no Brasil a pesquisa tem 7 Disponível em :<http://
www.tnellen.com/ted/
sido mais pontual e as ações de implementação de tais programas ainda são restritas, faltan- telebook.html>
Comtempo – Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero – Edição nº 1, Ano I - Dezembro 09
http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo
6
Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero
ficação contínua para seus empregados. A EaD torna-se mais complexa e sofisticada e estende sua
área de atuação (Litto, 2009).
Amplia-se o ponto de contato entre mentoring (ou tutoria - por vezes usado em ambientes
virtuais de aprendizado) e educação a distância: o interesse em criar condições facilitadoras para o
aprimoramento profissional e a construção de novos conhecimentos de maneira mais criativa, não se
atendo a padrões formais e a restrições de tempo / espaço, facilitando a sinergia entre dinheiro e saber.
Pierre Lévy (1999), notável pela sua profissão de fé numa inteligência coletiva, destaca o
“saber-fluxo”, o saber-transação de conhecimento, as novas tecnologias da inteligência individual
e coletiva. Trata das questões dos novos paradigmas da formação e da educação a partir de novos
modelos de criação de espaços de conhecimento não lineares, o que denomina “aprendizado aber-
to e a distância (AAD)”, refletindo sobre possibilidades de organização entre empresas, universi-
dades, recursos de aprendizado com clara interferência em uma nova economia do conhecimento.
A implementação de iniciativas com esta configuração, em uma primeira leitura, apon-
ta para uma avaliação positiva e estimuladora, uma vez que amplia a criação de novos canais de
acesso à informação e ao conhecimento.
Há que se considerar, contudo, que aí se instala um forte desafio, tanto prático quanto
conceitual: o de se estabelecer analítica e criticamente as estratégias individuais e coletivas de pro-
dução e difusão de saberes conectivos, que não estão armazenados como ativos sólidos neste ou
naquele “lugar”, pois são fluxos que desenham trajetórias instáveis e arriscadas, “não-lugares” de
conexão entre saberes, espaços líquidos (Santaella, 2005), que além do hardware e do software ins-
tauram um knowware:
O campo da conexão:
tensões entre hiperindividualismo e a (inter)face do Outro
No mundo contemporâneo o ser humano se vê inserido em ambientes cada vez mais
configurados por complexos e sofisticados recursos tecnológicos. Novas subjetividades esta-
rão emergindo nesses fluxos? Que relações se estabelecem em um mundo no qual a comunica-
Comtempo – Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero – Edição nº 1, Ano I - Dezembro 09
http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo
Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero 7
ção interpessoal vai sendo substituída em inúmeras situações por uma comunicação irradiada, à
distância, tecnologicamente intermediada? As respostas não podem ser dadas conclusivamente.
No ciberespaço há o risco do mergulho alienante no imaginário, na ficção, mas
abrem-se possibilidades de outras experimentações para se lidar com a nova ordem social,
que vem se destituindo de regras únicas e de padrões verticalizados, não mais pai-orienta-
do (Miller, 2005). Tempo de novas relações, de avatares que podem levar à alienação ou a des-
cobertas de si que conduzem a uma nova maneira de estabelecer vínculos interpessoais.
A digitalização da realidade é um movimento que se delineia como irreversível e vai sen-
do progressivamente integrado as diversas formas de interação entre pessoas, grupos, sistemas
de educação, empresas, mercado em não-lugares móveis, flexíveis.
Comtempo – Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero – Edição nº 1, Ano I - Dezembro 09
http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo
8
Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero
Comtempo – Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero – Edição nº 1, Ano I - Dezembro 09
http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo
9
Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero
Referências
ARAÚJO, Ane. Coach: um parceiro para o seu sucesso. São Paulo: Editora Gente, 1999.
CHUNGLIANG, Al Huang e LYNCH, Jerry. Mentoring. The Tao of Giving and Receiving Wis-
dom. San Francisco: HarperCollins Publisher. 1995.
FLABERTY, James. Coaching – Evoking Excellence in Others. USA: Butterworth Heinemann. 1999.
FORBES, Jorge. IIn: Opção Lacaniana - Revista Brasileira Internacional de Psicanálise. nº 42. São
Paulo: Editora Eolia, 2005, p 30-33.
HOMERO. Odisseia. Trad. Carlos Alberto Nunes; Rev. Marcus Rei Pinheiro. Rio de Janeiro: Ediou-
ro. 1997.
JOHNSON, Harold E. Mentoring For Exceptional Performance. Glendale, California: Griffin Pu-
blishing. 1997.
MRECH, Leny (org). O impacto da Psicanálise na educação. São Paulo: Editora Avercamp, 2005
PELTIER, Bruce. Psychology of Executive Coaching - Theory and Aplication. USA: Routledge,
2001.
SANTAELLA, Lucia. Os espaços líquidos da cibermídia. In. Revista da Associação Nacional dos
Programas de Pós-Graduação em Comunicação. Abril de 2005. (p.2-13)
SCHWARTZ, Gilson. LEMOS, Paulo. East meets West: The Teletao of knowware. 2000. Disponível
em http://www.cddc.vt.edu/knownet/articles/east-west.doc
Comtempo – Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero – Edição nº 1, Ano I - Dezembro 09
http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo
10
Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero
Comtempo – Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero – Edição nº 1, Ano I - Dezembro 09
http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo
Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero
Expediente
CoMtempo
Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero
São Paulo, v.1, n.1, dez.2009/maio 2010
A revista CoMtempo é uma publicação científica semestral em formato eletrônico do Programa de Pós-graduação em Comuni-
cação Social da Faculdade Cásper Líbero. Lançada em novembro de 2009, tem como principal finalidade divulgar a produção
acadêmica inédita dos mestrandos e recém mestres de todos os Programas de Pós-graduação em Comunicação do Brasil.
Coordenador da Pós-Graduação
Dimas Antônio Künsch
Editor
Walter Teixeira Lima Junior
Comissão Editorial
Ângela Cristina Salgueiro Marques (Faculdade Cásper Líbero) * Carlos Costa (Faculdade Cásper Líbero)
Luis Mauro de Sá Martino (Faculdade Cásper Líbero) * Maria Goreti Frizzarini (Faculdade Cásper Líbero)
Liráucio Girardi Junior (Faculdade Cásper Líbero) * Walter Teixeira Lima Júnior (Faculdade Cásper Líbero)
Conselho Editorial
Adalton Franciozo Diniz (Faculdade Cásper Líbero) * Ângela Cristina Salgueiro Marques (Faculdade Cásper Líbero)
Carlos Roberto da Costa (Faculdade Cásper Líbero) * Cláudio Novaes Pinto Coelho (Faculdade Cásper Líbero)
Dulcília Schroeder Buitoni (Faculdade Cásper Líbero) * Eliany Salvatierra (Faculdade Cásper Líbero)
José Augusto Dias Júnior (Faculdade Cásper Líbero) * José Eugenio de Oliveira Menezes (Faculdade Cásper Líbero)
Liráucio Girardi Junior (Faculdade Cásper Líbero) * Luis Mauro Sá Martino (Faculdade Cásper Líbero)
Maria Goretti Frizzarini (Faculdade Cásper Líbero) * Maria Ivoneti Ramadan (Faculdade Cásper Líbero)
Pedro Ortiz (Faculdade Cásper Líbero) * Silvio Henrique Viera Barbosa (Faculdade Cásper Líbero)
Sônia Castino (Faculdade Cásper Líbero) * Walter Teixeira Lima Junior (Faculdade Cásper Líbero)
Assistente Editorial
Paulo Lutero * Tel. (11) 3170-5969 | 3170-5841 * comtempo@facasper.com.br
Revisão de textos
Ângela Cristina Salgueiro Marques * Walter Teixeira Lima Junior
Editoração eletrônica
Walter Teixeira Lima Junior
Correspondência
Faculdade Cásper Líbero – Pós-graduação
Av. Paulista, 900 – 5º andar
01310-940 – São Paulo (SP) – Brasil
Tel.: (11) 3170.5969 – 3170.5875
Comtempo – Revista Eletrônica do Programa de Pós-graduação da Faculdade Cásper Líbero – Edição nº 1, Ano I - Dezembro 09
http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/comtempo