Professional Documents
Culture Documents
RESUMO
Essas comissões são criadas no âmbito do sindicato, devendo ser por instrumento
coletivo, ou no âmbito da empresa, não sendo necessário tal requisito. No caso de
serem provocadas terão o prazo de 10 dias para marcar a audiência conciliatória.
Havendo acordo, este será homologado e valerá como título executivo, caso
contrário, será lavrada a declaração de tentativa conciliatória frustrada com a
descrição de seu objeto, a qual deverá ser juntada na futura reclamatória trabalhista.
Neste sentido há duas correntes, a primeira que considera a passagem dos litígios
pela comissão como sendo obrigatória,visto que está previsto em lei, mais
especificamente nos art. 625-A a 625-H da CLT, ou seja, para estes seria um
pressuposto processual.
1
Artigo apresentado ao Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, oferecido pela
Universidade para Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal e Curso PRIMA, sob orientação do Prof. Régis.
2
Bacharel em Direito, pós-graduado em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, 2007.
2
1. INTRODUÇÃO
2.1. CRIAÇÃO
3
VIANNA, Cláudia Salles Vilela. Manual prático das relações trabalhistas. 7. ed. São Paulo: LTR, 2005.
4
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 5.ed. São Paulo: LTR, 2006.
4
Para quem defende que as comissões não seriam obrigatórias, alega que o
problema está que tal obrigatoriedade estaria ferindo o direito constitucional do livre
acesso ao judiciário esculpido no art. 5º, XXXV da Constituição Federal, também
pelo motivo de que se não houver acordo na audiência de conciliação, estaria
suprida a necessidade de se levar tal litígio à Comissão de Conciliação Prévia, visto
que novamente não haveria conciliação, ferindo inclusive um dos preceitos do
Direito Processual do Trabalho que visa maior celeridade nas demandas
5
VIANNA, Cláudia Salles Vilela. Manual prático das relações trabalhistas. 7. ed. São Paulo: LTR, 2005.
5
Para Valentin Carrion além da obrigatoriedade da passagem prévia dos litígios pelas
comissões, também a criação destas é obrigatória. Assim leciona em sua obra
Comentários à consolidação das leis do trabalho:
6
RIBEIRO, Eraldo Teixeira. Direito e Processo do Trabalho. 5.ed. São Paulo: Premier Máxima, 2006.
7
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 5.ed. São Paulo: LTR, 2006.
6
Outro nobre doutrinador, Eduardo Gabriel Saad, em sua obra CLT Comentada, in
verbis:
8
CARRION, Valentin. Comentários à consolidação as leis do trabalho. 31.ed. atual. por Eduardo Carrion. São Paulo: Saraiva,
2006.
9
SAAD, Eduardo Gabriel; SAAD, José Eduardo Duarte; BRANCO, Ana Maria Saad C. CLT Comentada. 37. ed. São Paulo:
Editora LTr, 2004. (CLT Comentada).
7
10
http://www.trt2.gov.br/
11
TRT-DF 10ª Região, 00399-2007-001-10-00-5 RO (Ac. 3ª Turma), Juiz(a) Relator: MÁRCIA MAZONI CÚRCIO RIBEIRO,
07/12/2007.
8
12
TRT-PR, 9ª Região, 01491-2003-670-09-00-8-ACO-15149-2006, Relator: LUIZ CELSO NAPP, Publicado no DJPR em 23-
05-2006.
13
TRT-SC 12ª Região, 09006-2006-035-12-00-4, 25/01/2008, 3a TURMA DO TRIBUNAL, Juiz Relator: LIGIA M. TEIXEIRA
GOUVÊA.
9
14
RO NUM: 12121, 3ª Região, DJMG, 17-10-2001, Segunda Turma, RELATORA Juíza Alice Monteiro de Barros.
11
3. CONCLUSÃO
Após as exposições feitas sobre tema do presente artigo, ficou demonstrado que a
jurisprudência e a doutrina não chegaram a uma unanimidade para harmonizar a
15
http://ext02.tst.gov.br/pls/no01/no_noticias.Exibe_Noticia?p_cod_area_noticia=ASCS&p_cod_noticia=7156.
14
Concluo então, de que tal estipulação não pode vir a ser obstáculo ao ingresso de
reclamatória, prestigiando-se assim, mesmo que silente, os valores contidos na
Carta da República, em especial, o direito cidadão ao acesso à Justiça.
BIBLIOGRAFIA
DELGADO, Maurício Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 5.ed. São Paulo: LTR,
2006.
CARRION, Valentin. Comentários à consolidação as leis do trabalho. 31.ed. atual.
por Eduardo Carrion. São Paulo: Saraiva, 2006.
SAAD, Eduardo Gabriel; SAAD, José Eduardo Duarte; BRANCO, Ana Maria Saad C.
CLT Comentada. 37. ed. São Paulo: Editora LTr, 2004. (CLT Comentada).
RIBEIRO, Eraldo Teixeira. Direito e Processo do Trabalho. 5.ed. São Paulo: Premier
Máxima, 2006.
VIANNA, Cláudia Salles Vilela. Manual prático das relações trabalhistas. 7. ed. São
Paulo: LTR, 2005.
http://ext02.tst.gov.br/pls/no01/no_noticias.Exibe_Noticia?p_cod_area_noticia=ASCS
&p_cod_noticia=7156.
http://www.trt2.gov.br/
15
http://ext02.tst.gov.br/pls/no01/no_noticias.Exibe_Noticia?p_cod_area_noticia=ASCS
&p_cod_noticia=7156.