A grande maioria dos compostos orgânicos utilizados regurlamente em
laboratórios de química é sólida ou líquida. O grau de pureza química destes compostos pode ser avaliado pela deteminação das contantes físicas, pois as substancias puras possuem propriedades físicas específicas e bem definidas. As constantes físicas mais utilizadas na caracterização dos compostos orgânicos são temperatura de fusão e ebulição. Outras como densidade, índice de refração e rotação específica também são utilizadas como critério de pureza para os compostos orgânicos. Uma substância orgânica e cristalina é considerada pura se a temperatura de fusão compreender uma variação de 0,5 a 1,0 ºC. impurezas produzem geralmente alargamento no intervalo de fusão, além de abaixarem a temperatura de fusão. A medida da temperatura de fusão pode ser feita em aparelhagem apropriada (aparelhos para determinação de temperatura de fusão) ou através de montagens e adaptações realizadas em laboratório. A fonte de aquecimento dependerá do tipo de aparelhagem usada, que pode ser um banho de aquecimento (óleo mineral ou glicerina, figura 1) ou aquecimento elétrico. Uma montagem simples utiliza um tubo de Thiele contendo glicerina ou óleo mineral como banho de aquecimento (figura 2), que proporciona um aquecimento uniforme em todoo sistema. Para determinar corretamente a temperatura de fusão de um sólido devem ser observadas todas as suas mudanças.
Figura 1: montagem para determinação da temperatura de ebulição
Figura 2: montagem para determinação da temperatura de fusão
No caso de líquidos, considera-se puro aquele cujo intervalo de temperatura não
exceda a 3,0 ºC. a temperatura de ebulição também está sujeita a vairiações decorrentes da presença de impurezas. Ela pode ser determinada utilizando-se a montagem apresentada apresentada na figura 2. existem soluçoes que , ao entrarem em ebulição, produzem vapores com a mesma composição do líquido. Elas são chamadas de azeótropos ou misturas azeotrópicas e, portanto, seus componentes não podem ser separados por destilação fracionada. Um bom exemplo é a mistura de etanol (96,5%) e água (4,4%), cuja temperatura de ebulição é 78,2 ºC. Para melhor compreensão da temperatura de ebulição de um líquido, algumas considerações práticas devem ser feitas. O líquido é colocado em um pequeno tubo de ensaio, juntamente com um tubo capilar especialmente preparado (capilar para ebulição) de acordo com a figura 1.
Figura 3: transformações ocorridas no intervalo de fusão
Durante o aqucimento, ocorre aumento da pressão de vapor do líquido, o que leva a formação lenta e gradual de bolhas de ar no líquido, até que se forme um ‘’colar’’ de bolhas de ar (fluxo contínuo de ar no líquido), nesse instante a temperatura do baho de aquecimento poderá exceder a temperatura do ponto de ebuliçao do líquido. Para se obter a temperatura de ebulição do líquido, deve-se, então, interromper o aquecimento do sistema para que a pressão de vapor do líquido se iguale à pressão atmosférica (condição para ebulição). A equivalência das pressões é alcançada quando o líquido se move para dentro do tudo capilar. A temperatura registrada nesas condições corresponde à temperatura de ebulição do líquido.
Nesta prática serão determinadas as temperaturas de fusão e ebulição para o
XXXXXXXXX e etanol, respectivamente.
Material e reagentes:
• Anelde borracha para fixação de tubo capilar
• Bico de bunsen • Capilar para temperatura de ebulição • Capilar para temperatura de fusão • Fósforos • Pipeta de de pasteur • Suporte universal com garra • Termômetro (0-300 ºC) • Tubo capilar • Tubo de ensaio (5 x 50 mm) • Tubo de thiele • Clorofórmio • Etanol • Glicerina • XXXXXXXXXX
PROCEDIMENTOS
Determinação da temperatura de fusão
Montagem com o tubode thiele
a) introduza pequena quantidade de XXXXXXXX em um tubo capilar
(aproximadamente 1,0 cm de altura). b) Ajuste o capilar ao termômetro, utilizando um anel de borracha, de modo que sua base fiqu a mesma altura do bulbo do termômetro (figura 2). c) Mergulhe o conjunto no tubo de thiele com glicerina e aqueça o sistema com bico de bunsen. d) Observe atentamente as mudanças ocorridas com o sólido durnate todo o aquecimento. e) Anote as temperaturas em que a fusão se inicia e s completa, de acordo com figura 3. Determinaçao do ponto de ebulição
a) coloque 0,5 mL de etanol em um tubo de ensaio (5 x 50 mm) e mergulhe um
tubo capilar (capilar apropriado para ebulição) com a extremidade aberta tocando o fundo do bulbo (figura 1). b) Ajuste o tubo com etanol e o capilar junto ao bulbo do temômetro emergulhe o conjunto no tubo de thiele, que deverá conter glicerina (banho de aquecimento). c) Aqueça lentamente o sistema com o bico de bunsen. Observe o aparecimento de bolhas que escapam da parte inferior do tubo capilar e percorrem o líquido. d) Quando se formar um ‘’colar’’ contínuo de bolhas, interrompa o aquecimento e continue observando atentamente o comportamento do líquido. Anote a temperatura registrada no termômetro neste momento e) Quando as bolhas de ar cessarem por completo, o líquido irá se mover pra dentro do tubo capilar. Neste momento, anote a tempertura registrada no termômetro (temperatura de ebulição). f) Faça uma comparação entre as duas temperaturas registradas durante o procedimento. Ambas devem coincidir.
Questões
a) Por que a temperatura de ebulição é registrada no momento em que o líquido se
move para dentro do tubo capilar? b) Comparando os resultados obtidos nesta prática (temperatura de fusão e ebulição) que conclusões você pode tirar a respeito do grau de pureza das substâncias analisadas?
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Soares, B. G., Souza, A. S., Pires, D. X. Química orgânica – teoria e técnicas
depreparação, purificação e indentificação de compostos orgânicos. Guanabara, 1988, p.27-30; 53-56.
Vogel, A. I. química orgânica – Análise orgânica qualitativa. 3 ed. Rio de janeiro: