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J = C ⊗i ⊗n
Onde:
J = juro simples
C = capital
i = taxa unitária de juros
n = prazo
Observe que, na aplicação desta fórmula, o período da taxa deve coincidir com a unidade do
prazo da aplicação:
i = taxa anual → n = prazo anual
i = taxa trimestral → n = prazo trimestral
M = C ⊗ (1 + i ⊗ n)
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02 DESCONTO SIMPLES
2.1 DEFINIÇÕES PRELIMINARES
D=N–A
- Valor Nominal (N): é a importância que está indicada no título, isto é, a quantia a ser paga
(ou resgatada) em seu vencimento.
- Valor Atual (A): é o valor líquido recebido (ou pago) pelo título ao se efetuar uma
antecipação no seu vencimento.
- Períodos:
- Data de Emissão do Título (0): é a data em que a dívida foi contraída;
- Data de Pagamento do Título (p): é a data em que a dívida foi efetivamente paga;
- Data de Vencimento do Título (v): é a data prevista para o vencimento da dívida.
- Prazo (n): é o período de tempo decorrido entre a data do pagamento (p) e a data do
vencimento (v).
- Taxa de Juros (i): é a taxa percentual que se obtém pela divisão entre o valor do desconto
recebido (Dr) e o valor pago (Ar) pela dívida, sua unidade será dada no prazo de antecipação
da dívida.
- Taxa de Desconto (d): é a taxa percentual que se obtém pela divisão entre o valor do
desconto recebido (Dc), e o valor devido (N) na data prevista para seu vencimento, sua
unidade será data no prazo de antecipação da dívida.
Diz-se que, o desconto racional (Dr) corresponde ao juro produzido pelo valor líquido atual
(Ar) da dívida, considerando-se como prazo o número de períodos antecipados, e ao se aplicar uma
determinada taxa de juros (i), ou seja:
Se: Dr = Ar ⊗ i ⊗ n
Então: Dr = N − Ar
Ar = N − Dr
N ⊗i ⊗n
Dr =
1+ i ⊗ n
Com isso é possível calcular o desconto racional, partindo-se do valor nominal da dívida.
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2.1.2 Forma de obtenção do VALOR ATUAL no desconto racional
O valor atual no desconto racional é a diferença entre o valor da dívida e o valor pago pela
mesma, após se ter efetuado uma antecipação em seu vencimento.
O valor atual no desconto racional é dado por: Ar = N − Dr
N ⊗i ⊗n
Como: Dr =
1+ i ⊗ n
N ⊗i ⊗n
Então: Ar = N −
1+ i ⊗ n
N
Ar =
O que resulta em: 1+ i ⊗ n
Diz-se que, o desconto comercial (Dc) corresponde ao juro produzido pelo valor nominal
(N) da dívida, considerando-se como prazo o número de períodos antecipados, e ao se aplicar uma
determinada taxa de descontos (d), ou seja:
Dc = N ⊗ d ⊗ n
2.2.2 Forma de obtenção do VALOR ATUAL no desconto comercial
O valor atual no desconto comercial é a diferença entre o valor da dívida e o valor pago pela
mesma, após se ter efetuado uma antecipação em seu vencimento.
Para calcular o valor atual no desconto comercial a fórmula é: AC = N − DC
Como: DC = N ⊗ d ⊗ n
Então: AC = N − N ⊗ d ⊗ n
Ar = Ac
N
Como: Ar = e AC = N ⊗ (1 − d ⊗ n)
1+ i ⊗ n
N
Teremos: = N ⊗ (1 − d ⊗ n) Simplificando-se N, teremos:
1+ i ⊗ n
1
= (1 − d ⊗ n)
1+ i ⊗ n
De onde se conclui que:
d i
i= d=
1− d ⊗ n 1+ i ⊗ n
3.2 DESCONTOS PROPORCIONAIS
N ⊗i ⊗n
Dr = e que DC = N ⊗ d ⊗ n
1+ i ⊗ n
E, conforme estabelecido antes:
N ⊗ i⊗ n = N ⊗ d ⊗ n
Então podemos afirmar que:
Dc
Dr =
1+ i ⊗ n ou que:
DC = Dr ⊗ (1 + d ⊗ n)
3.3 EQUIVALÊNCIA DE CAPITAIS
Dizemos que dois ou mais capitais com vencimento futuro são equivalentes em determinada
data, se nesta data seus valores atuais forem iguais.
Para que se possa operacionalizar esta idéia, devemos escolher uma data, que é chamada de
data focal e, então, encontrar os valores atuais de cada uma das parcelas envolvidas na operação,
formando-se a denominada equação de equivalência de capitais, onde a soma do valor devido deve ser
igual à soma do valor que se passará a dever.
Devido = Nova Dívida
AC = AC
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4 CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
A unidade do prazo de aplicação (n) possua o mesmo padrão da unidade de
capitalização da taxa dos juros (i), isto é:
- Se a taxa (i) for capitalizada anualmente, o prazo de aplicação (n) necessariamente terá que ser
medido em anos.
Neste caso chamamos de capitalização anual.
- Se a taxa (i) for capitalizada mensalmente, o prazo de aplicação (n) necessariamente terá que ser
medido em meses.
- Se a taxa (i) for capitalizada trimestralmente, o prazo de aplicação (n) necessariamente terá que
ser medido em trimestres.
Nestes dois últimos exemplos a capitalização é chamada de subanual.
No entanto é importante lembrar que:
- Quando a unidade da taxa for igual à unidade da capitalização, chamamos de taxa efetiva.
- Quando a unidade da taxa não coincidir com a unidade da capitalização, chamamos de taxa
nominal.
Exemplificando:
- 80% ao ano, com capitalização anual (% aa/a) → taxa efetiva
- 42% ao ano, com capitalização mensal (% aa/m) → taxa nominal
- 3,5% ao mês, com capitalização mensal (% am/m) → taxa efetiva
FVn = FVn −1 ⊗ (1 + i )
FV = PV ⊗ (1 + i ) n
Isto é, o montante (FV), num período (n) qualquer, é igual ao capital (PV), devidamente
capitalizado pela taxa efetiva de juros ao longo do prazo de aplicação.
FV
PV =
E isolando o capital, teremos: (1 + i ) n
Ou, de outra forma:
−n
PV = FV ⊗ (1 + i )
Sendo que a expressão (1 + i) − n é denominada de fator de descapitalização:
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4.1.1.3 Cálculo do PRAZO
Tomando-se a fórmula do montante: FV = PV ⊗ (1 + i ) n
E aplicando-se nossos conhecimentos matemáticos para solucionar equações exponenciais de
bases distintas, concluímos que:
log( FV / PV )
n=
log(1 + i )
4.1.1.4 Cálculo da TAXA
Partindo-se da fórmula do montante, e isolando-se a taxa (i), teremos:
FV = PV ⊗ (1 + i ) n
FV
= (1 + i ) n
PV
FV
n = 1+ i
PV
FV
i= −1 →
n
PV
a taxa assim obtida é unitária
FV ' = PV ⊗ (1 + i ) n ⊗ (1 + i ⊗ p / q)
Onde: n: parte inteira do período
p/q: parte fracionária do período
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5 ESTUDO DAS TAXAS NO JURO COMPOSTO
As taxas de juros estão intrinsecamente ligadas aos juros, sejam eles simples ou compostos,
muito embora se possa definir qualquer destas espécies de juros sem que se utilize especificamente o
termo taxa de juros em sua definição.
No juro composto o entendimento das taxa e suas transformações são de fundamental
importância para a compreensão do processo de capitalização que ocorre a cada período.
A seguir apresentamos uma abordagem explorando os tipos de taxas utilizadas no juro
composto bem como suas transformações e aplicações.
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(1 + ia ) = (1 + is ) = (1 + iq ) = (1 + it ) = (1 + ib ) = (1 + im ) = (1 + id )
Taxas efetivas, capitalizadas em períodos diferentes, são equivalentes quando, aplicadas sobre
um mesmo capital, vierem a produzir um montante igual durante o mesmo período de aplicação.
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6 RENDAS OU SÉRIES DE PAGAMENTOS (PARTE I)
O valor capitalizado de cada um dos termos de uma renda (série de pagamentos) forma uma
progressão geométrica (PG), cuja soma resulta na seguinte expressão:
(1 + i ) n − 1
FV = PMT .
i
(1 + i ) − 1
n
Onde a parcela é denominada como fator de capitalização postecipado o
i
qual é representado por:
(1 + i ) n − 1
f (i %; n) =
i
Desta forma poderemos representar resumidamente o montante de uma renda postecipada
pela seguinte expressão:
FV = PMT . f (i %; n)
6.2.2 Cálculo do valor atual (PV) na renda postecipada
O valor atual de uma série de pagamentos é obtido fazendo-se a descapitalização de cada um
dos termos da série sendo ao final cada uma destas parcelas somadas, conforme apresentamos a
seguir:
PV = PMT .(1 + i ) −1 + PMT .(1 + i ) −2 + PMT .(1 + i ) −3 + .... + PMT .(1 + i ) − n
O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma renda (série de pagamentos) forma uma
progressão geométrica (PG) cuja soma resulta na seguinte expressão:
(1 + i ) n − 1
PV = PMT .
n
i.(1 + i ) Onde (1 + i )n − 1
a parcela: é denominada como fator de
i.(1 + i )n
descapitalização postecipado, o qual é representado por:
(1 + i ) n − 1
p(i%; n) = n
i.(1 + i) Desta forma, poderemos representar
resumidamente o valor atual de uma renda postecipada pela seguinte expressão:
PV = PMT . p (i %; n)
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7 RENDAS OU SÉRIES DE PAGAMENTOS (PARTE II)
(1 + i ) n − 1
FV ' = PMT . .(1 + I )
i
(1 + i ) − 1
n
Onde a parcela
.(1 + i ) é denominada como fator de capitalização antecipado, o qual
i
é representado por:
(1 + i) n − 1
f ' (i%; n) = .(1 + i )
i
Desta forma, poderemos representar resumidamente o montante de uma renda antecipada pela
seguinte expressão:
O valor descapitalizado de cada um dos termos de uma renda (série de pagamentos) forma uma
progressão geométrica (PG) cuja soma resulta na seguinte expressão:
(1 + i ) n − 1
PV ' = PMT .
n −1
i.(1 + i )
(1 + i ) n − 1
parcela
Onde a
i.(1 + i ) n −1 é denominada como fator de descapitalização antecipado, sendo
representado por:
(1 + i ) n − 1
p' (i %; n) =
n −1
i.(1 + i )
Desta forma poderemos representar resumidamente o valor atual de uma renda antecipada
pela seguinte expressão:
Consideramos que uma série de pagamentos possui diferimento quando ocorrer, no início
ou no final, um prazo de no mínimo dois períodos (m ≥ 2), onde não ocorrem pagamentos pertencentes
à série, ou seja, à parte parcelada do empréstimo não é amortizada (paga) neste período. Destaque-se
que podem existir outros pagamentos no período de diferimento de uma série, mas estes pagamentos não
podem amortizar à série.
Vejamos alguns exemplos:
a) Diferimento Inicial:
- Compra de equipamentos com financiamento do BRDE ou Badesul;
- Crédito educativo observado pelo lado do aluno;
- Financiamento de imóvel adquirido na fase de construção do prédio.
b) Diferimento Final
- Contrato de seguro de veículos pago em “n” parcelas;
- Crédito educativo observado pelo lado do agente financiador;
- Série de depósitos em poupança ou em títulos de capitalização, com resgate alguns
períodos após a ocorrência do último depósito.
FV ( FV1 ) = PMT . f m (i %; n; m)
Onde:
- “n” é o número de prestações da série de pagamentos
- “m” é o números de período do diferimento
- “fm” é o fator de capitalização postecipado com diferimento
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8.1.2 Diferimento Inicial
PV ( PV1 ) = PMT . p m (i %; n; m)
Onde:
- “n” é o número de prestações da série de pagamentos
- “m” é o números de período do diferimento
- “pm” é o fator de descapitalização postecipado com diferimento
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10 AMORTIZAÇÃO DE EMPRÉSTIMOS (PARTE II)
10.1 SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO FRANCÊS
Apresentamos a seguir as equações que dão origem a cada uma das parcelas que nos
interessa ter conhecimento na análise ou detalhamento do que ocorre com um empréstimo:
PV = PMT ⊗ p (i %; n) ⇒ PMT = ?
Onde:
- PV: é o valor do empréstimo
- i: é a taxa efetiva de juros utilizada no empréstimo
- n: é o número de prestações do empréstimo
- PMT: é a prestação que se deseja calcular
Ou, ainda:
(1 + i ) n − 1
PV = PMT ⊗ n
⇒ PMT = ?
i.(1 + i )
Note-se que se desejássemos obter o valor da prestação em uma renda antecipada,
apenas se alteraria a equação que deveríamos aplicar, passaríamos então a utilizar a equação
da renda antecipada a nosso empréstimo, ou seja:
PV = PMT ⊗ p (i %; n)
' '
J P = PVP −1 ⊗ i
Onde:
- PV: é o juro pago na prestação “p” sendo: 1 ≤ p ≤ n
- i: é a taxa efetiva de juros utilizada no empréstimo
- PVP-1: é o saldo devedor do período anterior
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10.1.3 Cálculo da AMORTIZAÇÃO em um período
No sistema de amortização francês, a amortização em um período é obtida pela
subtração entre a prestação e os juros de cada período, o que é representado pela seguinte
equação:
AP = PMT − J P
Onde:
- Ap: é a parcela de amortização do empréstimo no período “p”
- PMT: é a prestação que está sendo paga em todo empréstimo
- Jp: é o Juro pago na Prestação “p” sendo: 1 ≤ p ≤ n
(1 + i ) n − p − 1
PVP = PMT ⊗ n− p
⇒ PVP = ?
i.(1 + i )
10.1.5 Cálculo do TOTAL PAGO em um período
O total pago no sistema de amortização francês é obtido calculando-se a
diferença entre o saldo devedor inicial (valor tomado em empréstimo) e o saldo devedor
no período observado, podendo-se representá-lo pela seguinte equação:
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- PVp: é o valor que resta a ser pago no empréstimo, após terem sido pagas “p”
prestações
- FVp: é o total Pago no empréstimo, após terem sido pagas “p” prestações
Apresentamos a seguir as equações que dão origem a cada uma das parcelas que nos
interessa ter conhecimento na análise ou detalhamento do que ocorre com um empréstimo
segundo esse sistema.
PV
Ac =
n
Onde:
- Ac: é a amortização a ser realizada em cada parcela do empréstimo;
- n: é o número de prestações do empréstimo;
- PV: é o valor que foi tomado emprestado pelo mutuário no início do empréstimo.
J P = PVP −1 ⊗ i
Onde:
- JP: é o Juro pago na Prestação “p” sendo: 1 ≤ p ≤ n
- i: é a taxa efetiva de juros utilizada no empréstimo
- PVP-1: é o saldo devedor do período anterior
PMTP = Ac ⊕ J P
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Onde:
- PMTP: é o valor da prestação no período “p” sendo: 1 ≤ p ≤ n;
- Ac: é a Amortização Constante ocorrida a cada período do empréstimo;
- JP: é o Juro a ser pago no período “p”.
PVP = PV0 − Ac ⊗ p
Onde:
- PV0: é o valor inicial do empréstimo;
- Ac: é a amortização de cada parcela do empréstimo;
- p: é o número de prestações que já foram pagas no empréstimo,
- PVp: é o valor que resta a ser pago no empréstimo, após terem sido pagas “p”
prestações.
FVP = Ac ⊗ p
Onde:
- Ac: é a amortização de cada parcela do empréstimo;
- p: é o número de prestações que já foram pagas no empréstimo,
- FVp: é o valor que já foi pago no empréstimo, após terem sido quitadas “p”
prestações.
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