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“JAR TEST” (TESTE DOS JARROS)

NOMES: Ayeska M. P. Barbosa e Mariana M. Fraga


TURMA: QUI-3ª – T1
DISCIPLINA: Laboratório de Processos Industriais
PROFESSORA: Patrícia Procópio Pontes

Belo Horizonte
16 de fevereiro de 2011
“Jar Test” (Teste dos Jarros)

Relatório apresentado para avaliação na disciplina


de Processos Industriais Prática, do Curso Técnico
de Química do Centro Federal de Educação
Tecnológica de Minas Gerais, ministrado sob
orientação da professora Patrícia Procópio Pontes.

Belo Horizonte
16 de fevereiro de 2011
INTRODUÇÃO

As águas brutas que chegam na estação de tratamento contém material particulado


suspenso responsável pela cor e turbidez. Em geral, são partículas de argila na forma
de suspensões coloidais ou partículas grosseiras. A turbidez é causada por partículas
de argila, na forma de suspensões coloidais ou partículas grosseiras, provenientes de
erosão do solo e devido à presença de algas ou crescimento bacteriano. Já a cor é
causada pelas substâncias provenientes da degradação da matéria orgânica.

Para remover as partículas coloidais é necessário o uso de coagulantes. O mais


utilizado nas estações de tratamento é o sulfato de alumínio. Ele se hidrolisa na
presença de água formando diversos compostos, podendo assim desestabilizar o
sistema coloidal pela adsorção das espécies solúveis ou arrastar as partículas
suspensas ao precipitar como hidróxido. A reação do sulfato com a alcalinidade da
água é responsável pela formação do floco de hidróxido de alumínio. Para manter o pH
na faixa adequada a precipitação, é necessário adicionar o hidróxido de cálcio.

Al2(SO4)3 .14 H2O + 3 Ca(OH)2 ↔ 2 Al(OH)3 + 3 CaSO4 + 14 H2O

O jar test é um método muito aplicado nas empresas de tratamento de água. A partir
dele é possível determinar as condições ideais para a floculação. Estas condições
envolvem as dosagens de coagulantes e pH além do tempo e gradiente de agitação
necessária.

OBJETIVOS

Determinar a quantidade ideal de coagulante para floculação.

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

- Tubos de ensaio
- Aparelho para “Jar test”;
- Turbidímetro;
- Fitas de pH
- Cubas de vidro
- Pipetas e pipetadores
- Béquers

SUBSTÂNCIAS

- Sulfato de alumínio Al2(SO4)3 10g/L ;


- Solução de cal Ca(OH)2 1,2g/L

PROCEDIMENTOS

- Determinar o pH da amostra de água bruta;


- Determinar a turbidez da amostra de água bruta;
- Adicionar 1 litro de água em cada uma das 6 cubas e iniciar a agitação (100rpm) por 3
minutos.
- Adicionar sulfato de alumínio nas dosagens estabelecidas em cada cuba, e,
simultaneamente as dosagens de base necessária para se atingir o pH do teste;
- Reduzir a velocidade para 40 rpm e continuar por 10 minutos;
- Reduzir a velocidade para 10 rpm e continuar por 10 minutos;
- Interromper a agitação e deixar os flocos sedimentarem por 5 minutos, determinar a
turbidez nesse instante.
- Deixar os flocos sedimentarem até o instante 15 min, determinar a turbidez nesse
instante.

CÁLCULOS

Dosagem Al2(SO4)3 Solução Al2(SO4)3 Cal Solução de cal


10mg ----- 1L 10000mg -- 1000mL 0,33mg/L + 50% 1200mg --- 1000mL
10mg ---- x = 1mL 0,49 ------- 1mg/L 4,9mg ----- x
4,9 --------- 10mg/L x = 4,08
Tabela 1 – Dosagens de produtos químicos
AMOSTRAS Dosagem Volume da Dosagem de Volume da
Al2(SO4)3 solução de cal solução de cal
(mg) sulfato a 1% (mg/L) 1,2g/L
(mL) (mL)
1 10 1 4,9 4,1
2 16 1,6 7,9 6,6
3 24 2,4 11,8 9,9
4 28 2,8 14,8 12,4
5 32 3,2 15,9 13,3
6 36 3,6 17,6 14,7

RESULTADOS

Tempo Turbidez do sobrenadante (NTU)


AM-1 AM-2 AM-3 AM-4 AM-5 AM-6
5 min 2 1,3 0,5 0,6 0,5 10
15 min 1,9 1,1 1,3 1,6 1 8

- pH da água bruta: 6
- Turbidez da água bruta: 65

DISCUSSÃO

Durante a realização da prática ocorreram problemas na cuba 6, os reagentes Al2(SO4)3


e Ca(OH)2 foram vertidos fora da cuba impedindo uma correta coagulação das
partículas em suspensão e acarretando posteriormente uma ineficiente floculação. Além
disso, a agitação nessa cuba foi menor que a ideal, impedindo o contato entre as
moléculas do reagente e as partículas em suspensão.

Na cuba 5, também ocorreram problemas ao verter os reagentes. Parte do Ca(OH) 2 foi


vertida fora da cuba reduzindo a coagulação.

A cuba 1 recebeu a menor quantidade de coagulante, como apresentou maior turbidez


que as outras cubas, podemos afirmar que a quantidade de reagente usada foi menor
que a necessária.
Na cuba 2 foi adicionada uma quantidade um pouco maior de coagulante que na cuba 1,
portanto sua coagulação foi maior e o valor de turbidez medido foi menor.

As cubas 3, 4 e 5 obtiveram na primeira amostragem os menores valores de turbidez.


As dosagens de coagulante nelas utilizadas seriam então as mais adequadas para o
tratamento da água bruta analisada.
Ao fazer a segunda amostragem para medida de turbidez, as cubas 3, 4 e 5 foram
agitadas, suspendendo os sólidos que haviam sedimentado, ocasionando um valor de
turbidez maior que o da amostragem anterior, enquanto esperávamos um valor menor já
que a sedimentação se torna maior de acordo com o tempo de repouso.

CONCLUSÃO

Considerando as primeiras medidas de turbidez, a dosagem ideal de Al2(SO4)3 e


Ca(OH)2 para a floculação da água bruta analisada é a usada na cuba 3, já que nessa
cuba obtivemos o menor valor de turbidez com a menor quantidade de reagentes.

Referências Bibliográficas:

• FERREIRA, Heloísa Helena de Jesus. Processos Industriais I Prática. Belo


Horizonte, 2008.

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