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CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI

ABATE

TRABALHO DE CONCLUSAO DE CURSO

São Bernardo do Campo

2010
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RESUMO DO CAPITULO 1 AO 5:

Livro Unmanned Aviation – A Brief history of UAV

DEFINICAO

O termo UAV vem sendo utilizado desde meados de 1990 para abreviar
“Unmanned Aerial Vehicle” que em português ficou conhecido como Vant “Veiculo
aéreo não tripulado”. Este tipo de veiculo descreve uma aeronave de pequeno porte,
manipulado através de um radio-controlador. Porem durante a guerra do Vietnã surgiu a
denominação RPV “Remotely piloted Vehicle”.

Segundo o Dicionário do Departamento de Defesa Americano a definição de um


UAV e:

“Veículo aéreo que não leva um operador humano, usa forças aerodinâmicas
para levantar o veículo, pode voar de forma autônoma ou ser pilotados remotamente,
pode ser dispensável ou recuperável e pode transportar uma carga letal ou não-letal. Os
mísseis balísticos ou semibalisticos, misseis cruzeiros e projetos de artilharia não são
considerados veículos aéreos não tripulados.”

NOMENCLATURA

Existem doze tipos de nomes existentes desde o aparecimento deste tipo de


aeronave, tais nomes seguem na figura abaixo:
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Fonte: Unmanned Vehicle – A brief history of UAV

FIGURA I – Arvore Genealógica De Uma Aeronave Não Tripulada

Os UAVs têm sido aplicados em diversos ramos comerciais como aplicações na


agricultura, aplicações cinematográficas e de forma esmagadoramente predominante em
aplicações militares.

Por esta razão os UAVs tiveram um novo nome, UCAV que significa “Veiculo
aéreo de combate não tripulado”. Logo passamos a ter uma distinção entre UAV e
UCAV.

UAVs são agora designados para missões de busca e quando estes são
associados com a capacidade de ataque e outras tecnologias de guerra, como por
exemplo, as tecnologias dos mísseis Hellfire denominaram-se este tipo de aeronave de
UCAVs. Contudo um apelido usual e duradouro para estas aeronaves não tripuladas tem
sido Drones, que possivelmente originou-se da junção de nomes dos fundadores da
Fairey Aircraft Copany (1930), com um personagem do Milton’s Paradise Lost. Outra
possibilidade do surgimento do nome Drones foi através da disputa comercial, ditada
pela concorrencia. Uma vez que a DeHavilland nomeou seu UAV de Queen Bees
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(Abelhas Rainha), então para manter-se na disputa com um nome mais desafiador a
Fairey chamou seu UAV de Drones (Zangões), que é o membro do sexo masculino
entre as abelhas, responsável pela segurança de uma colméia.

O nome Drones começou efetivamente a ser utilizado nos relatórios de projetos


do tenente comandante Delmer (1936).

Os nomes dados as aeronaves não tripuladas foram mudando conforme o tempo


foi passando, seguem os nomes em ordem cronológica na figura II.

Fonte: Unmanned Vehicle – A brief history of UAV

FIGURA II – Nomes De Aeronaves Não Tripuladas Em Ordem Cronológica

REGULAMENTACAO

Em 1999 a FAA “Federal Aviation Administration” chamou este tipo de


aeronave como ROA que traduzido para o português quer dizer Aeronave Controlada
Remotamente. E a partir dai começou-se diferenciar o procedimento e regulamentações
sobre este tipo de aeronave.

Tratados e políticas de exportações tem se tornado um problema critico e


polemico no meio comercial, pois há diversos argumentos protecionistas para que os
países detentores deste tipo de armamento não queiram exportá-los, ou quando isso
acontece é de forma que sejam repassadas somente as tecnologias consideradas
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ultrapassadas pelos seus fabricantes, algo que tem ocorrido apenas nos últimos 40 anos.
Pode-se observar na tabela abaixo que o Brasil necessita de trabalhos e pesquisas para o
desenvolvimento nacional deste tipo de aeronave.

Fonte: Unmanned Vehicle – A brief history of UAV

TABELA I – Membros interessados em UAVs


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Fonte: Unmanned Vehicle – A brief history of UAV

TABELA I.I – Membros interessados em UAVs

Existe um acordo que define que os UAVs devem ser submetidos às mesmas
regulamentações de aeronaves, contendo documentos legais, políticas de segurança,
tratados de controle de armas e acordos de exportações. O primeiro pacto e acordo
internacional foi o chamado “Regime de Controle de Mísseis”, este foi um acordo
voluntário entre 33 países. Onde foi decidido que o limite de exportação de sistemas não
tripulados seria para aeronaves capazes de carregar 500 kg de carga com alcances de
300 km ou mais. Porém o governo americano entende que este acordo não impede a
exportação de UAVs.

O NASCIMENTO DO CONCEITO

Tesla (1908) já opinava sobre o futuro da aviação como, por exemplo, dos
dirigíveis, e sobre o vôo de aviões mais pesados que o ar, que apesar de serem
impraticáveis seriam inevitáveis a longo prazo. Ele recebeu todo o crédito por ter sido o
criador do conceito do míssil cruzeiro e de grande parte dos conceitos utilizados no
desenvolvimento do avião não tripulado. Oito anos depois a Inglaterra foi bombardeada
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por dirigíveis. Passado alguns anos, alguns passageiros já podiam viajar em dirigíveis
através do Oceano Atlântico (1920).

Os UAVs tiveram a sua origem na mesma era das aeronaves tripuladas. A


primeira guerra foi o que impulsionou o desenvolvimento ascendente do
desenvolvimento de aeronaves não tripuladas. Houveram algumas limitações
tecnológicas (1914) no desenvolvimento de aeronaves não tripuladas e articuladas. Três
problemas críticos foram encontrados nesta época:

1) Estabilização Automática da Aeronave,

2) Controle Remoto,

3) Navegação Autônoma.

Porem Elmer Ambrose Sperry foi a primeira pessoa e inventor que conseguiu
controlar estas três variáveis em um modelo de aeronave não tripulada.

Glenn Hammond Curtiss (1911) implementou os servo motores para obter


controle nas aeronaves.

Sperry (1912) continuou aprimorando a pesquisa e o desenvolvimento de


Curtiss.

Hewitt (1915) reconhecendo o potencial dos estudos de aeronaves não tripuladas


ofereceu a Sperry a quantia de $3000 para ser seu parceiro no desenvolvimento de tal
armamento. No mesmo ano Thomas Edison indicou Hewitt e Sperry para trabalharem
no conselho consultivo da Marinha Americana, que buscava desenvolvimentos
tecnológicos e lá desenvolveram os chamados Torpedos Aéreos.

Após ser observado por alguns membros da marinha, Sperry (1917) juntamente
com os seus experimentos e desenvolvimentos tecnológicos, foi convidado a participar
do desenvolvimento de torpedos, então deu-se o desenvolvimento do torpedo N-9,
porém ainda existiam inúmeros problemas tecnológicos quanto a mira, estabilidade
entre outros.

McCormik (1918) tentou fazer o lançamento do avião não tripulado através de


uma catapulta. Ainda na mesma data conseguiu-se fazer uma UAV sem problemas
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tecnológicos que voou cerca de 8 milhas a 4000 pés acima do nível do mar, porém este
nunca mais foi visto.

Finalmente a empresa de Sperry (1919) conseguiu trabalhar com estabilização


automática e então começou-se a utilizar o rádio-controlador.

DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO

Elmer Sperry (1917) havia conseguido resultados bons o suficiente em seu


projeto para agendar uma demonstração do hidroplano N-9 com estabilizador
giroscópio para um grupo da marinha. A demonstração impressionou o Major General
George O. Squier, que chegou a nomear um conselho de quatro homens para avaliar o
potencial militar do torpedo aéreo de Sperry para uso no mês seguinte. Ainda no mês,
três dos membros recomendaram a não prosseguir com o projeto de Sperry e,
posteriormente, rejeitaram a idéia de utilizar aviões sem pilotos para fins militares. O
quarto membro, Charles Franklin Kettering, concordou que o projeto de Sperry era
impraticável, pois devido a sua complexidade, não permitiria a produção em massa, mas
discordou com a opinião de que aviões não tripulados não teriam vantagens em guerra.

Kettering era assim como Sperry um inventor e empreendor, que já possuía em


seu currículo o invento da máquina registradora e do motor de partida para automóveis,
isso além de um contrato com as forças armadas para a produção dos motores Liberty
para aviões, através de sua empresa Dayton Wright Airplane Company. Então em
janeiro de 1918, as forças armadas concederam a Kettering o contrato para a produção
de 25 torpedos aéreos Liberty Eagle, desde que estes não excedessem o custo de 400
dólares (3200 dólares atualizados em 2002).

Os torpedos aéreos de Kettering ficaram conhecidos como Bug, inseto numa


tradução literal para o português. O Bug possuía asas cobertas com musselina e papel,
superfície da calda em papelão, cobertura do motor em alumínio, fuselagem com
estrutura de madeira e papelão e um motor de 4 cilindros que desenvolvia 41 hp. Isto
com um custo de produção que era de apenas 10% do valor estipulado por cada
unidade.

As inovações mais interessantes do Bug estavam nos controles de vôo, que se


combinavam eletricidade, pneumática e engrenagens. A altitude era controlada por um
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barômetro aneróide que poderia ser ajustado para que quando atingisse determinada
altitude entregasse o controle a um giroscópio para manter a altitude através de
conexões com o sistema de elevação. A direção era também mantida por giroscópio,
mas dependia do alinhamento na decolagem. A distância era medida por um
anemômetro situado na asa, que era conectado a um contador decrescente pneumático,
que ao chegar ao zero causava um curto-circuito na ignição do motor, fazendo com que
o Bug mergulhasse em direção ao alvo.

Muitos foram os testes efetuados com os Bugs, até seu último vôo (1920),
quando o exército decidiu passar o contrato de desenvolvimento das aeronaves não
tripuladas para a Sperry Aircraft Company. Contudo, o Bug consagrou-se como o
primeiro VANT a entrar em produção.

A Sperry Aircraft Company ficou encarregada de realizar modificações em


aeronaves mensageiras, para que essas não fossem tripuladas, mas durante os testes
percebeu-se o quanto a trajetória sofria com a ação de rajadas de vento, então houve a
idéia de Sperry de que o avião fosse rádio-controlado, para que esses obstáculos
pudessem ser contornados com maior eficiência. Os testes com as aeronaves rádio-
controlados foram muito bem vistos, apesar de que o alcance do sistema controlador era
muito curto, de aproximadamente 1,5 milhas, portanto em missões na qual a aeronave
necessitasse percorrer distâncias maiores, haveria a necessidade de um avião tripulado
com os comandos do rádio-controlador a bordo seguindo a aeronave controlada. O que
desinteressava momentaneamente o exército.

BIBLIOGRAFIA

NEWCOME, L.R. Unmanned Aviation: A Brief History of Unmanned Aerial


Vehicles. 1. ed. Virginia, USA: American Institute of Aeronautics and Astronautics, Inc., 2004.

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