o c rescime nto da sa ntida de na Igr ela
"
Também ent re os bons, nao se julgue que a sa ntlda dc
chcgou a sua plcnitudc. Nao. Enquanto a Igrcja é peregrina
na terra, caminha Ela semprc de ascensño cm ascensño, no
sent ido de scmprc mclhor se asscmcíhar iI sua Cubccu, Jcsus
Cristo, scu Divino Espóso. A Igreja, pois, a umenta cm sa ntída-
de, crcscc enquanto crcsccm scus filhos que do estado de pecado
se convertem para a vida habitual da greca, e de grau c m grau
vño lomando scmprc mnis pcrfclta a asslmilnc ño da vida do
Divino Salvador. v ñc assim divu lgando no mundo pelo cxcrn-
plo, o espirilo de pobreza, abncgac ño e candadc, com qu e Jcsus
a
Cristo atralu as multidOcs sua seqücla.
Voco~áa Q so nt idode
Q que dissemos sóbre a santidade da lgreja ~ sufic iente
para vcrmcs que o ingresso na familia de Dcua importa uma
vccac áo. uro chamamemo a santidade, que é comum a lodos
os membros da Igreja, desde os mais altos hicrarcas até o malss
obscuro dos fiéis. A todos endereca o Divino Mestre a exortacñc:
"SMt' per íeitos, como o Pai Ceíene i f't'rft'ilo" ( Mal. S, 48 ) .
Sao, pcís. lodos os fiéis, m disliOl;ao de estado de vida ou
condicño social, chamados a samidade. Cada qua l se esforc é,
portante, por aüngi-la. cumprlndo a le¡ de Dcus, e exercita ndc-se
nas virtudes, especialmente na ca ridade, que é o vínculo da
pcrfeic;iio, segundo o estado ou condicño de vida em que o colo-
cou a Providéncia: como eclesiástico ou vivcndo no século,
casado, sollciro ou viúvo, opcrárlc ou cmprcgadcr, rico ou pobre ,
nobre ou plebcu. ESlcjam, pois, os fiéis ale nlos, de maneira a
vigiar seus 'lfelos, nao v.:nh:lm a se 'Ip:g'l r ao mundo e as
riq uezas, contra o esp irilO de pob reza, di fieullando o caminho
da sanl illade. Lcmbrcm-sc da :Idverlc ncia do Ap6stolo : "os que
se S("7\'("/1I dhle ""/IIJo, St"jam como s~ "ao se st'n'issé'm, porq/lé'
a figl/rtl ,1"Mt' 11Iflllcld flllSSU" ( 1 Co ro 7, 3 1),
Don! espcda is na o rdem do sontidode
A maio r demonslrac;ao d l caridade esl50 no martfri o - ou
scja, a morle violenta nceila pacie ntemen te parn comc rvar a fé
ou virlude erisla - no qua l há urna irniwc;iio mais próxima de
I e!ous Cristo, que dc u su:! vida pela s:dva¡;50 dos homens.
Embora seja o marlirio um do m especial de IJ.:us, n50 conce did o
a todos , devem lodos os fiéis esla r prepa rados a confessa r a
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Jesus Cristo diant c do mundo, até a efusño do próprio sanguc,
certos de que a graca de Dcus nao Ihes faltar50 no momento
oportuno. .
A sa ntlda de da Igrcja é, outrosslm, fomentada especialmente
por outro do m de Dcus, Iontc fecunda de cspirituulidadc no
mundo, a saber, a greca de serv ir a D cus na virgindadc e no
celiba to, coro coracso indiviso.
Fora do Igreja na o há solvoliáa
Outra vcrdadc que acima apomamos e conv érn se]a muis
míüdamente exp lanada é a contída no axioma teológico: "tora
da 19reja niio há salm{"do".
IX fato, Jcsus Cristo instituiu sua Igrej3 como mcío único
de salvacáo. Scmclbante verdadc foi prefigurada na Arca de
Noé, fora da qual pcrcccram todos no diluvio, e também pela
dignidade da cidadc de Jerusal ém. única cm que se prestava a
Deus o culto vcrdadciro.
D cpois, Jesus Cristo a rcvelou explícitamente. quando,
enviando os Apóstolos a prcgar a todos os povos. declarou:
"Qllt'm crer e fór txuizodo sl'Tá salvo, que", 11I10 crcr sná co"-
denado" ( Marc. 16, 16), Com estas palavrns imp..lc o Salvador
como condicñc par a a salvacño a ncccssídade do Baüsmo e
da adesáo a prcgacñc dos Apóstolos, e é na lgrc]a que ternos
o Batismo e a prcgacño apostól ica. De ende, sem a lgrcja é
imposs ível a salvacéo.
Normalm ente, a pes..o a dcve pcrtenccr a lgrcja, nEh in-
gressando pelo Batistuo, nñla protcssando a ré católica, segun-
do a qu al dcve vívcr. n.'ilc é o caml nho ordinario da snívncüo.
Qua ndo dlzcmos "ordinárto", quere mos signiricar qU~ fora dele,
ainda que a pessoa possa sa lva~.se, a salv~l;ao lleve co nsidl:rar.~e
mais rara. Mas, mesmo aquelcs q u~ nao perlcncem a IgrcJ<i
e pela miseric6r dia dc I)¡:us se s:llvam, s6 conseg ucm a entrada
no Par aiso med iante urna rcl a~.io com a Igrcja de Crisl0. T :tl
relar;ao r: habi tual nos calecumc nos qu~ , movidos pdo Espí rito
Santo, aspi ra m a ingrcssar na Igreja. e se prepara m pa r~ o
Batismo. H 50 ainda urna relal;ao naquclcs que, scmpre mOVIdos
pelo Espírilo San to, ma nlcm no corneao up1 amor sohren·.tlural
a D.:us Nosso Sl:nhor, desc josos de realizar tuda quanlo t ic
prescreve r. T ais pcssoas, se con hecesse m a Igreja tic Cris to,
ccr ta menle nEb e nlrariam. Con ..erva m, porlanto, urn desejo
implícito de aderir a vcrdadcira Igreja. Fora dc!otes casos, nao
h5. sa lvar;ao.
Quem vier a conhccer a Igreja de Deus, a Igreja Católica,
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e a Eln nao adcrlr. difacilm ente nao se torna rá r éu em mat éria
grave, qu ul :1 de Investigar a vontadc de Dcus a respcíto da
vcnladcira Rcligiáo, Nao nos csq uccn mos de q ue Deos a tédas
as alm as dá a graca suficie nte para se sa lva rem. ,\ tanto Ele Se
obriga qu mdo decl ara qu e qu cr a salval;a\' de tod os os homcns.
e que ningu ém sed condenad o ser a culpa grave . Ora, co mo o
ingrcsso na lgrcja é necessario para a sulvccño. segué-se q ue
habitualm en te Dcus S ns <.o Scnhor conced e aos nom ens a graca
de vir a conhcccr a verdadcira lgrcja. O s que, pol-. a conhccem
e nfila náo cntra m. no co mum du" ca sos indicam uma neglig~lII::ia
grave cm rnatéria seri'-sim;I, qu al a da pr óprla salvucíio.
Non a otit ud e com os qu e esta o foro d o Igreja
O fato de pcncuccrmcs á Igrcja de Cri sto excita cm nós
um profundo e continuo agradccirncnto. ~ ele a maior graca que
Nosso Scnhor no s conccdcu. scm ncnhnm mcrcclmemo de
nos"a part e. E quando recebemos um bcn cñclo. cuja cxceléncla
rrunsccnd c tód as as riquezas e os Jemai" don.. da alOl1 e do
COTPO, é justo que nao nos cuns mos de ;¡gradecc-Io g ondadc a dcsta socl cdudc :-;uhre na\llral instituida pura a sah-nl;ao do genero
Divina.
~Ic dcvc. outrossim, cnchc r-nos 1.1..: temo r, porquantc co m-
pele -nos Iazcr truüñcur o talento que gratuitamente rec ebe-
mos, e nao ternos cert eza de le-lo Icito co O"cnicntemente.
Pod e mcsrno aco ntecer quc um ex-i me sincere de nossa ccns-
ciencia nos conv ence (Iu contrario. Pois a vocac áo ti F é, co mo
vimo s. Importa cm cada fiel um cmpe nbo co ntinuo de mclhorar
:1 vida CriSt¡"1 pela :lpro:\imal;50 scmpre maior do ni,·ino :.o1odclo .
Jc ~u s Cri sto.
PN (lutw lado. a gra¡;a de per tcncer a 19rcja de D.:us n:io
justific:!, dc modo algum, um Je<;inter~<,¡; pelos qu c a Ela nao
estao filiadtls, ou. menos :linda , um desprel..o por ~U:lS p.:ssoas.
Pois sao clcs taro bem objcto da Bond aJe Divina. D;;: us qu er a
salv;u;iio dc IOdo!' os homen ", c a lolios p¡;rsegue co m os
d.:signios de sua miscrid m.lia. A<;"im . a Tradi¡;ao con sidera como
prcp ;lra¡;ao :LO Evangelho os r~'sl{lS de vcrdade e be m q ue soh re-
vivem nas rcligiocs p:lgas. W lcs !-oc servc o Espírito Santo p;lra
d cspertar no!-o cor;u;ües dCs>;..s povos an"cios de possc integral
d a \wdad e e do b..m, qu.: Sll :1 Re\·.:la¡;au proporci\llla.
O nh.' snw se dá C<lm as rl'lig ¡~l "s ('h:llllad :ls cr isla", e qu::
se eo oslituíra m cm virtudc dc um ahandono d:l Casa pal erna.
,' clas lam bém a mi">Crit.:ó rd ia de D.:us m antém cs pa rsas riqu.: -
las _ co mo Sacram ent os. succ"s ao apostólica, Sagradas Escri-
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turas _ que pcncnccm a
verdadclra 19reja J c Dcus. e devem
servir corno ponto de partida pura retorno no sclo da Inmjlia.
~stc fato traz-no- a mcm{¡ria a parMlt.lla J o Iilho pród igo.
Nelu propóc-nos o Divino :"'lcstrc a figur a do Pal Cel este, a guar-
dando ans iO'iame ntc a volta d o ülh o qu e ab:lOJonu u o lar, Ei..,
carís!io imos ülhcs. os senlimcnws qu e dcvcm an ima r nossa can -
dud e. Ta mbém n ós ücvcmos descjar nnícntcrncntc o rctórno
dos Iilhos 1.1 3 Igrej;¡ qu e a aha ndon:lT:IIll, bcm co mo a conv crs ño
(hl S ínüéis q ue ja mai... a con heccrnm. Co rn seml'lha nte intcn c áo
:¡fcrvo remos no"sns ora ¡;i,.:s, suc nñcios e ohras de aposlolado,
de nc órdo com as di rctr izes de 1I0S<;0>; cnpcr lorcs hlcrárquicos, u
qu cm compe te julg Ir do mod o e oportunid:ldc da a¡;ao apos-
la ica, com vistas ;1 C\lnVcrsau dos pagáos e hcr..:ges.
CA!' I I ULO I I I
Após t érmos record ado as notas caraelerísticas da Igrc]a de
Cri..ro. e:\punhamO!oo o que :1 Rcvelal;ao nos diz silbre os p ast órcs
h um ano.
A Igreja, soci edode desiguol e monó rquic o
Obser\'Cmos primciramcntc. coro Sao Pie X. q ue a Igrcja
" po r sua ,W(ltn ' :.(l (: l/111ll sodt' llclllt' d l'J ig fllJl , ísto 1' , (om/lOr fll
Im lll Ilu/1ld orl1l'/1I cl(' p l'ssmH, os " uHtirt'.f t' (l Rr á. 011 seja,
IUll1 N es '11/(' .\11 0 cofocado,f ' lOS \'Ii,.ios ¡.!rtl/l,f Il a //ic'r ar C¡ lI ill, e 11
tIlul ticltio Ilof /iéi.f. 1;' j'sftl.f d J/ll.f IIn/n /s SilO di' tal tIlanártl
(Ii.\ ti mtu, C¡1It' sá ,la I/i t'r arquh, residí' l. lliráto (' fl aUlOr i c1cll le ,it'
mil' IItar t' llirigir os am)('il'l /os ad Jim da .mcit',latit", 00 pa.rso
(///1' (1 dl'I 'Cf ,la mllll idllo t l I/l'ixar-.\I' gOI'I'rJwr, " scgllir COIl!
l/m' r egt'lIl" (Ene. " Vehe me nter" , de
II/Wllit;/Id ll Il d irl'{'tj o 110.f
I I de fe\crciro de 1906 ) .
Em se};undo lugar , notemos que na Igrcja os Illembros d:l
U ierarq uia n5.o sao deilos pdt1 pavo ; nmilo Illenos S:l(l 11I:llld:l-
tários da multidao (d. Ene , " :\k d ialtlr Iki" , de Pio X II -
,\,,\,S,, \'tll. 39 , p. 538 ). O .. prim .:iro... hicrarc;ls for am co nsti·
tu ido s ",,'lo prúprio l esu s Cri ,,\o, e os :lluais sao sueessorcs da-
qu cles nunta sáic ininlcrrupt:l. Entre os hierarcas, u Divino
Mcstre estahckceu Ulll, Sao 1'l.'Jro, comu chde dc tOda a Igreja ,
dando a cs t:l. po is, urna estr ulura mo nárquica ,
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