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ADRIANE LEITE
BELÉM-PA
2009
ADRIANE LEITE
BELÉM-PA
2009
1-INTRODUÇÃO:
2- ASPECTOS GERAIS:
3- INCIDÊNCIA E ETIOLOGIA:
O perfil das amputações vem mudando nos últimos anos. Isso se deve
por exemplo ao advento de novos medicamentos, à quimioterapia e
radioterapia, à utilização de fixadores externos , câmaras hiperbáricas e às
técnicas cirúrgicas de revestimento cutâneo. Portanto, tenta-se preservar o
membro o máximo possível por meio de condutas mais conservadoras: a
amputação é a última alternativa. (CARVALHO, 1998)
As amputações dos membros superiores são menos comuns que a
dos membros inferiores , provavelmente por serem estas últimas ocasionadas
por grande número de alterações vasculares.
As amputações consistem em cerca de 20% do total. As causas mais
freqüentes, cerca de 75%, são traumáticas (acidentes de trabalho e explosivos)
e tumorais.
As amputações traumáticas acometem principalmente pacientes
adolescentes e adultos jovens, os quais estão mais expostos a acidentes de
trabalho e acidentes por meios de transporte, frutos da tecnologia moderna. É
comum também indivíduos mais jovens sofrerem acidentes com arma de fogo,
queimaduras severas e descarga elétrica. Já em crianças os tumores são
responsáveis pelo maior número de amputações dos membros superiores e
inferiores. (CARVALHO, 1998)
4- DIAGNÓSTICO:
As caudas mais comuns de amputação do membro superior são
traumas, infecção prolongada, comprometimento neuromuscular graves e
tumores. Os sinais e sintomas típicos incluem a perda ou o comprometimento
do osso, do feixe, do tecido muscular, das funções do membro, das sensações
e preocupações cosméticas. Quanto mais alto for o nível de amputação,
maiores serão as perdas.
As amputações traumáticas normalmente geram cotos que podem
dificultar a colocação de uma prótese. Para sustentação de cabos e correias,
bem como a movimentação através de sinais elétricos detectados na superfície
da pele (prótese mioelétrica), é necessário um mínimo de alavanca que
possibilite o movimento do coto. Portanto, as amputações eletivas possibilitam
ao médico um planejamento, a fim de potencializar a indicação e uso da
prótese.
Além do tamanho do coto, o formato e a qualidade da cicatriz poderão
influenciar na protetização do paciente, pois um coto com áreas cutâneas
frágeis e proeminências ósseas pode comprometer a tolerância sensorial do
contato entre o encaixe e o sistema de controle da prótese. (SPENCER apud
SPACKMAN)
Os tecidos devem ter uma tenção especial, e os nervos devem
cuidadosamente transeccionados para permitir que se retraiam e não fiquem
aderidos à cicatriz ou áreas de contato com prótese. Nos músculos devem ser
feitas sutura miofacial e ancoragem ao osso para proporcionar bom controle
motor do coto de amputação sobre a prótese. A pele deve permitir sobra
suficiente pata que não haja tensão no fechamento do coto e para que a
cicatriz não fique aderida, em especial a uma eventual espícula óssea. É
necessário arredondar o osso para homogeneizar sua extremidade.
5- PROGNÓSTICO:
Inúmeros fatores influenciam no tratamento e na evolução do paciente
amputado, fatores que vão desde a forma em que ocorreu a amputação até a
situação socioeconômica do indivíduo e adesão ao tratamento.
Pacientes que sofrem amputações traumáticas tendem a negar o fato, ao
passo que o paciente que depende da amputação para sobreviver pode aceita-
la e incorporar o uso da prótese com maior facilidade.
A colocação da prótese, seja ela estética ou funcional, dependerá da
vontade do paciente e de sua condição física e psíquica. Nem todos os
amputados de membro superior são candidatos à protetização, uma vez que
muitos realizam suas atividades de forma independente. Portanto, a opção, por
parte do paciente ou da equipe de reabilitação, pela não-utilização de uma
prótese de membro superior não deve ser encarada como uma falha do
processo de reabilitação. (SALES apud CAVALCANTI)
6- CLASSIFICAÇÃO DAS PRÓTESES DE MEMBRO SUPERIOR:
As próteses podem ser classificadas de acordo com a capacidade funcional,
suas características de construção e fontes de energia.
A classificação é feita da seguinte forma:
• Próteses estéticas
• Próteses ativas
• Próteses mio elétricas
• Próteses híbridas.
8- COMPLICAÇÕES:
Os cotos estão sujeitos a complicações precoces ou tardias. Algumas
dessas dificuldades são atribuídas às condições cirúrgicas inadequadas ou
protéticas; outras surgem de causas conhecidas, mas inevitáveis. As
complicações tardias mais freqüentes são ulcerações, infecções e condições
por dor ou hipersensibilidade:
• Ulcerações: geralmente associadas a isquemia local, e aparecem
ao longo da cicatriz cirúrgica.
• Infecção: causada por algum agente microbiano e pode evoluir
para um quadro grave, caso não seja tratada. Quando a ferida
fica aberta para cicatriz por segunda intenção, está mais sujeita a
contaminação.
• Sensação fantasma: ocorre, normalmente, no pós- operatório
imediato e tende a diminuir de intensidade com o tempo. Trata-se
da persistência da representação sensorial do membro no
cérebro depois que o membro foi removido; a sensação da parte
ausente (sensação fantasma) pode ser deflagrada ou reforçada
por estímulo sensorial de outro ponto do corpo. As sensações
fantasmas podem ser experimentadas pelo amputado como
formigamento, preensão, aperto, queimação ou cãibra.
Geralmente faz-se uso da sensação fantasma para treino e
fortalecimento da musculatura restante que será utilizada para o
funcionamento de uma prótese mioelétrica.
• Dor fantasma: dor sentida no membro ausente em cerca de 50%
dos amputados, descritas como picadas de faca ou como uma
forte corrente elétrica.
Todas as complicações devem ser tratadas com especial cuidado. O
uso de antibióticos profiláticos pode reduzir o risco de infecção. O tratamento
adequado do coto pode evitar ulcerações, e o uso de antidepressivos, técnicas
de enfaixamento e a protetização mais precoce pode contribuir para minimizar
a sensação de dor fantasma. (FISHER apud TEIXEIRA)
9.1 Avaliação:
Devem constar os dados de identificação do paciente: nome, idade,
sexo, profissão, escolaridade, estado civil, situação econômica. Deve conter a
história da amputação e dados do exame físico: nível de amputação,
comprimento do coto, espessura, cobertura cutânea, sensibilidade, edema,
aspecto da cicatriz, presença de neuroma, infecção, seroma. Anotar a
presença de sensação e/ou dor fantasma, amplitude de movimento das
articulações remanescentes, tônus e força muscular.
Deve-se avaliar o que o paciente é capaz de realizar nas atividades de
vida diária (AVD), como uso de talheres, instrumentos para a realização de
tarefas domésticas, e finalmente nas atividades profissionais que envolvem uso
de computador, de materiais de escritório, canetas etc.
9.2- TRATAMENTO
9.2.1- Tratamento pré-cirúrgico:
Nessa fase é fundamental a amplitude de movimento, a força muscular ,
o grau de independência nas atividades de vida diária (AVD), o
condicionamento físico, o suporte social e a reação do paciente perante a
cirurgia. O paciente deve ser orientado sobre o procedimento que será
realizado, bem como sobre a possibiliadde de protetização.