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Iremos, então, iniciar o nosso estudo pelo modelo simples de oferta e demanda
procurando mostrar como funcionam os mercados competitivos e a maneira pela
qual preços e quantidades são determinadas nesse tipo de mercado; a Teoria da
Produção e a Teoria dos Custos, cujos conceitos são básicos para o entendimento
da última parte, quando então faremos um analise das estruturas de mercado.
DEMANDA OU PROCURA
qi = f (pi,ps,pe,R,G)
Onde:
qi = quantidade do bem
pi = preço do bem
ps = preço dos bens substitutos
pe = preço dos complementares
R = renda dos consumidores
G = gasto, hábito e preferência do consumidor.
Preço 8 7 6 5 4 3 2 1 0
Quant. 0 1 2 3 4 5 6 7 8
1 – Preço do Bem:
2 – Renda do Consumidor
Outro fator que deve ser notado é que a demanda não é, necessariamente,
linear. Apresentamos a seguir, a título de exemplo, uma escala de demanda com
representação gráfica não linear.
Preço Quantidade
(R$ / unidade) Demanda
(em unidades / mês)
25,00 100
20,00 140
15,00 200
10,00 300
5,00 500
Figura 3
Curva de Demanda Não Linear
Observações Gerais
Vale dizer, ainda, que a procura por qualquer bem ou serviço pode ser uma
demanda composta, isto é, constituída de uma série de usos diferentes.
Exemplificando, a demanda por couro é um composto da demanda doe couro para
cintos, sapatos, casacos, etc.
Existe, também, a demanda conjunta, que ocorre quando os bens são
complementares. Nesse caso, um produto é procurado juntamente com outros.
Exemplificando, há uma demanda conjunta de raquetes e bolas de tênis, de
automóveis e pneus para automóveis.
Preço do bem
Custo de Produção
Tecnologia
Concorrência (nº de empresas no mercado)
Clima
Preço de outros bens produzidos pela empresa
Oferta de fatores de produção
A fórmula nos diz que a quantidade ofertada do bem i, depende de seu preço
(Pi), do custo de produção (C), da tecnologia (T), do clima (Cli), da competência
(Conc.), do preço de outros produtos produzidos pela empresa (Po), da oferta de
fatores de produção (Of).
Preço 8 7 6 5 4 3 2 1 0
Quant. 6 5 4 3 2 1 0 0 0
1 – Preço do bem:
2 – Custo de Produção
EXCEDENTE E ESCASSEZ
DE DEMANDA E OFERTA
Mesmo que se admita que a maioria dos equilíbrios é estável não haverá
razão para acreditar que o preço e a quantidade de equilíbrio permanecem
invariáveis.
Tão logo varie alguma das condições COETERIS PARIBUS da oferta, da procura
ou de ambas haverá deslocamento de uma ou de ambas as curvas. Quando o
deslocamento ocorre, um ou ambos valores de equilíbrio (preço e quantidade)
devem variar.
DESLOCAMENTO NA DEMANDA
DESLOCAMENTO NA OFERTA
DEMANDA ELÁSTICA
DEMANDA INELÁSTICA
DEMANDA UNITÁRIA
ELASTICIDADE
Q2 - Q1
P
P
ep = -Q1
= -
P2 - P1
P
P
P1
Q = Variação na quantidade
Q = Quantidade demandada
P = Variação no preço
P = Preço
Preço 8 7 6 5 4 3 2 1 0
Qde 0 1 2 3 4 5 6 7 8
Desp.T 0 7 12 15 16 15 12 7 0
Elast. ∞ 7 3 5/3 1 3/5 1/3 1/7 0
Q
Q
Er = = Var % Q
Var % R
R
R
Q = Variação na quantidade
Q = Quantidade
R = Variação na renda
R = Renda
Y = 1.000 Y = 1.300
A 40 36
B 50 60
C 60 78
D 20 30
3) Er (bem C) = 30% = 1
30%
Qx
Qx
Exy = = Var % Qx
Var % Py
Py
Py
4 – ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA
O conceito de elasticidade pode ser aplicado à curva de oferta tão bem quanto à
curva de demanda. Assim a elasticidade-preço da oferta mede a variação
percentual da quantidade ofertada de um bem em função da variação percentual
no preço do bem, COETERIS PARIBUS.
Q
Q
Es = = Var % Q
Var % P
P
P
1 – Elasticidade-Preço da Demanda
2 – Elasticidade-Renda da Demanda
5 – Elasticidade-Preco da Oferta
CONCEITOS BÁSICOS
A) Firma (ou empresa) – é uma unidade técnica que produz bens e serviços.
B) Empresário – é quem decide quanto e a maneira pela qual uma ou mais
mercadorias serão produzidas. Ele está sujeito a receber lucros ou incorrer em
prejuízos, conforme o resultado se sua decisão.
Capital Trabalho
Método Terra (há/mês) (Nº de (Nº de Produção
tratores/mês) trabalhadores/mês) (em toneladas/mês)
A 5 6 17 10
B 5 8 12 10
C 5 10 20 10
Método A
Fator de produção Quantidade (mês) Preço (R$/mês) Custo (R$/mês)
Método B
Fator de produção Quantidade (mês) Preço (R$/mês) Custo (R$/mês)
Método A
Fator de produção Quantidade (mês) Preço (R$/mês) Custo (R$/mês)
Método B
Fator de produção Quantidade (mês) Preço (R$/mês) Custo (R$/mês)
FUNÇÃO DE PRODUÇÃO
Q = f (L,K,T)
Onde:
q – é a quantidade total produzida (ou produto total), por unidade de tempo;
L – é a quantidade de mão-de-obra utilizada por unidade de tempo;
K – é o capital físico utilizado por unidade de tempo; e
T – é a quantidade de área utilizada por unidade de tempo.
O curto prazo: diz respeito ao período de tempo em que pelo menos um dos
fatores de produção empregados na produção é fixo. Assim, se o empresário quiser
aumentar o volume físico de produção, em curto prazo, só poderá fazê-lo mediante a
utilização mais intensa dos fatores de produção variáveis. Ele pode, por exemplo,
usar mais horas de trabalho com o mesmo conjunto de maquinas e equipamentos
existentes.
Por outro lado, ele pode, também, em curto prazo, querer reduzir seu volume
de produção. Nesse caso ele tem possibilidades de se desfazer rapidamente de
certos tipos de mão-de-obra. Entretanto, ele não tem condições de se desfazer,
rapidamente, de um prédio, de um alto-forno (no caso de uma usina siderúrgica) ou
de uma grande maquina qualquer, que são, conforme conceituamos, fatores de
produção fixos.
O longo Prazo: é definido como sendo o período de tempo em que todos os
fatores de produção são variáveis. No longo prazo o tamanho da empresa pode
mudar. Assim, ela pode aumentar sua capacidade instalada através da aquisição de
novas instalações e equipamentos. Da mesma forma, no longo prazo, a empresa
pode se retrair, ou vendendo seus equipamentos e instalações, ou simplesmente
não repondo à medida que se depreciam.
Devemos observar ainda que as definições apresentadas para curto e longo
prazo são gerais, variando conforme o tipo de empresa. Exemplificando, o curto
prazo para uma empresa de confecção será menor que o curto prazo para uma
companhia de navegação, operando com petroleiros, já que os navios levam muito
tempo para serem construídos. Nesse caso, o curto prazo pode durar, inclusive,
vários anos.
Logo, q = f(L)
Pme = q/L
Pmg = q/L
Um presente do amigo JULENIO BRAGA RODRIGUES
A Lei dos Rendimentos Decrescentes
As formas das curvas de produto total e marginal servem para ilustrar a “Lei
dos Rendimentos Decrescentes” (também conhecida como “Lei das Proporções
Variáveis” ou “Lei da Produtividade Marginal Decrescente”) que descreve a taxa de
mudança na produção de uma firma quando se varia a quantidade de apenas um
fator de produção. Ela é assim anunciada:
“Aumentando-se a quantidade de um fator de produção variável em iguais
incrementos por unidade de tempo, enquanto a quantidade dos demais
fatores se mantém fixa, a produção total aumentará, mas, a partir de certo
ponto os acréscimos resultantes no produto se tornarão cada vez menores.
Continuando o aumento na quantidade utilizada do fator variável a
produção alcançará um máximo podendo, então, decrescer”.
OS CUSTOS DE PRODUÇÃO
Custos Fixos (CF): os custos fixos estão associados ao emprego dos fatores de
produção fixos. Incluem certos tipos de impostos, aluguel de prédios, pagamentos
de juros seguros custos de conservação, depreciação, certos tipos de ordenados
etc. Incluem também os custos implícitos já mencionados anteriormente. Os custos
fixos respeito às despesas nas quais a firma terá de incorrer, quer a empresa
produza ou não, e serão sempre iguais, quaisquer que sejam os níveis de
produção.
Custos Variáveis (CV): os custos variáveis, por sua vez, dizem respeito aos
pagamentos que a firma terá de efetuar pela utilização de fatores de produção
variáveis. Os custos variáveis variam de acordo com o volume de produção da
empresa, e incluem itens tais como despesas com matérias-primas, energia
elétrica, mão-de-obra etc. Esses custos serão zero quando não houver produção
(uma vez que, nesse caso, nada se emprega fator variável) e aumentarão à medida
que a produção aumentar, por exemplo, quanto maior a produção de uma
confecção, maior quantidade de tecido terá de comprar e, conseqüentemente,
maiores serão seus custos com esse fator de produção.
Custo Total (CT): é o custo de produção total associado a cada possível nível de
produção. Ele é dado pela soma dos custos fixos mais os custos variáveis. É claro
que, se a produção for zero, o Custo Total será igual ao Custo Fixo.
Algebricamente:
CT = CF + CV
O quadro abaixo nos mostra valores hipotéticos de custo para uma empresa.
A coluna (1) nos fornece as possíveis taxas de produção da empresa.
A coluna (2) nos fornece os custos fixos. Eles atingem a cifra de R$ 180,00
qualquer que seja o volume de produção considerado (ou seja, eles mudam com
mudanças de produção).
Um presente do amigo JULENIO BRAGA RODRIGUES
A coluna (3) nos mostra supostos valores para os custos variáveis. Quando a
produção é zero o Custo Variáveis também é zero. Devemos observar que à medida
que a produção cresce, o Custo Variável também é zero. Devemos observar que à
medida que a produção cresce, o Custo Variável também cresce.
A coluna (4), finalmente, nos mostra o Custo Total. Ele é obtido a partir da
soma das colunas (2) e (3) – a soma dos custos fixos e variáveis.
a) O Custo Fixo
O custo Fixo
O Custo Variável
c) O Custo Total
Um presente do amigo JULENIO BRAGA RODRIGUES
Finalmente, nos fornece o Custo Total. Para qualquer nível de produção o Custo
Total resulta da soma do Custo Fixo mais o Custo Variável. Assim, ele começa em
$180 e também aumenta com os aumentos de produção. Na verdade, a curva de
Custo Total é idêntica à curva de Custo Variável, mas está acima desta pelo valor de
$180 relativos ao Custo Fixo.
Custo fixo Médio, Custo Variável Médio, Custo Médio e Custo Marginal
Vimos até agora que o Custo Total de produção pose ser dividido em Custo Fixo e
Variável. Sem dúvida, a determinação do Custo Total e de seus componentes é
muito importante para o empresário. Contudo, uma analise da empresa no curto
prazo de exige um conhecimento mais adequado sobre o comportamento dos custos
por unidade, ou custos médios, e do custo marginal.
Logo, o custo médio pode ser calculado pela soma do custo fixo médio e do
custo variável médio.
Cmg = CT / q
Definição
O Break-Even Point
ESTRURA DE MERCADO
No seu sentido geral econômico, a noção mais simples de mercado está associada
ao comércio. Constituiria o local onde os ofertantes expõem suas mercadorias para
vender e os compradores vão adquiri-las.
2 – Outras duas derivações dessa imperfeição mercadológica são o monopsônio, que atuam pelo
lado da procura e que é caracterizado por um mercado em que há apenas um único comprador. Um
exemplo interessante é uma região pulverizada por inúmeros pequenos produtores de leite e uma
apenas grande usina onde este leite pode ser pasteurizado. A usina será, assim, a única opção de
venda para os produtores dessa região e poderá impor o seu preço para a compra de leite. A outra
imperfeição pelo lado também da procura, é o oligopsônio, onde o mercado é caracterizado pela
existência de um pequeno número de grandes compradores. Um exemplo é a indústria
automobilística em relação à indústria de autopeças, onde a primeira, constituída por um pequeno
número de empresas, tem um poder oligopsonista em relação à indústria de autopeças, uma vez que
é responsável por um grande volume de compras da produção desta última.
3.2.1 – Monopólio
Sabe-se que para poder maximizar lucros, o monopolista deve em primeiro lugar
determinar as características da demanda de mercado, bem como seus custos. O
conhecimento da demanda e do custo é fundamental para a tomada de decisão
econômica por parte da empresa. Dispondo de tal informação, o monopolista terá
então de decidir qual a quantidade que produzirá e venderá. Tal situação está
exemplificada no gráfico I
Gráfico I
3 – Ganhos que se verificam no produto e/ou nos custos quando se aumenta, por exemplo, a
dimensão de uma fábrica, de uma indústria ou de uma loja. As economias de escala, ao reduzirem o
número de empresas, favorecem à criação de monopólios ou oligopólios.
Esse tipo de situação ocorre com freqüência nos serviços públicos. Como exemplo,
podemos citar uma empresa de gás, que usa tecnologia de ponta e tem em sua
planilha custos fixos elevados – instalação e manutenção de canos (tubulação) para
passagem do gás – e um custo marginal baixo para ofertar unidades extras de gás.
Uma vez instalada a tubulação, custa muito pouco bombear gás para seu interior.
De forma análoga, temos em mesmas condições os setores de comunicação,
ferroviário e petroquímico. Portanto, pode-se afirmar que quando há custos fixos
elevados e custos marginais pequenos, a empresa alcança a situação descrita no
gráfico II, qual seja o monopólio natural.
Gráfico II
De acordo com o gráfico II, se um monopolista natural operar onde o preço se iguala
ao custo marginal, então ele irá produzir um nível eficiente de produto YCMg, mas não
será capaz de cobrir os seus custos. Se for obrigado a produzir um produto que o
Um presente do amigo JULENIO BRAGA RODRIGUES
preço se iguala ao custo médio, YCme, então cobrirá seus custos, mas produzirá
muito pouco produto em relação à quantidade eficiente.
4 – De acordo com a Lei nº 9.279 de 14/05/96 que regula direitos e obrigações relativos à
propriedade intelectual, estabelece em seu artigo 40 – caput, que a patente de invenção vigorará
pelo prazo de 20 (vinte) anos e a de modelo de utilidade vigorará pelo prazo de 15 (quinze) anos
contados da data do depósito.
Cada empresa vende uma marca ou versão de um produto que difere em termos de
qualidade, aparência ou reputação, e cada empresa é a única produtora de sua
própria marca. A quantidade de poder de monopólio que a empresa terá dependerá
do seu sucesso na diferenciação do seu produto, em relação aos das demais
empresas.
Outro aspecto é que, embora uma empresa possa ter um monopólio legal nas suas
marcas registradas e nomes de marca, de forma que as outras empresas não
possam produzir exatamente o mesmo produto, é sempre possível para outras
empresas produzirem produtos similares. Do ponto de vista empresarial, as decisões
de produção de seus competidores serão um ponto a ser considerado no momento
de decidir exatamente quanto produzirá e qual preço cobrará. São tomadores, e não
fixadores de preços; as conseqüências de suas ações diluem-se totalmente no
mercado.
Vale lembrar que nesse mercado subsiste o princípio da livre mobilidade dos
agentes, ou seja, trata-se de um mercado de livre entrada e livre saída onde é
relativamente fácil a entrada de novas empresas com suas próprias marcas de
Esses lucros muito altos, atraíram novos interessados em montar novos restaurantes
a quilo e assim participar como ofertantes dessa atividade tão lucrativa. Como o
acesso a esse mercado era livre, verificou-se um forte incremento nas quantidades
de restaurantes que oferecem este tipo de serviço. Esse rápido crescimento da
oferta tem reduzido a procura em relação aos restaurantes instalados e
conseqüentemente, os lucros, outrora supernormal, passam por uma situação de
redução. Estes, imediatamente procurando manter uma posição que lhes garantam
uma situação favorável de lucros, lançaram mão da diferenciação: passaram a
oferecer além do tradicional cardápio, o churrasco, a comida japonesa, sorvetes e
tortas de vários sabores, e até brindes, como sorteio de automóveis, de bicicletas,
de viagens, entre outros.
Gráfico II a,b
Um presente do amigo JULENIO BRAGA RODRIGUES
Os gráficos acima objetivam fazer uma comparação entre equilíbrio monopolístico
competitivo e equilíbrio perfeitamente competitivo. Na perfeita competição, como
mostra o gráfico (a), o preço é igual ao custo marginal, porém na competição
monopolística o preço ultrapassa o custo marginal, gerando assim uma perda bruta
(de excedente), representada pela área hachuriada no gráfico (b). em ambos os
tipos de mercado, a entrada ocorre até que os lucros tenham sido reduzidos a zero.
Em resumo, pode-se dizer que uma estrutura de mercado conforme descrito acima,
traz consigo elementos de competição e monopólio, daí, ser referida como
concorrência monopolística. É monopolística na medida em que cada empresa
possui algum grau de monopólio, no sentido de poder estabelecer o seu preço ao
invés de aceitar passivamente o preço de mercado, como no regime de concorrência
perfeita. É competitiva, pois as empresas competem pelos clientes em termos tanto
do preço, quanto na diferenciação de produtos que fabricam para vender.
3.2.4 – Oligopólio
Cada jogador escolhe uma estratégia que leve em conta seus possíveis ganhos e
perdas se o outro participante reagir ao seu movimento de várias formas. O caso
mais simples, análogo à competição, é o do jogo de dois participantes. Se o que um
jogador ganha for exatamente igual ao que o outro perde, o jogo é de soma zero
(Zero-sum game). Mas na realidade, a rivalidade entre as empresas em regime de
oligopólio raramente se ajusta ao pressuposto da soma zero.
7 – Uma joint venture sendo uma associação entre empresas para o desenvolvimento e execução
de um projeto específico é, em princípio, um jogo cooperativo.
Prisioneiro B
Confessa não confessa
Prisioneiro A Confessa -3, -3 -0,6; -5
Não confessa -5; -0,6 -2, -2
De outro lado, a maior parte das decisões requerem uma especificação temporal, ou
seja, a introdução da variável tempo no conjunto de alternativas tende a causar
dificuldades operacionais consideráveis, pois a determinação das quantidades
necessárias para descrever a situação econômica no jogo torna-se uma limitação
prática.
CONSUMIDORES EMPRESAS
Oferta de Mão-de-obra
Pagamentos de Salários
CONSUMIDORES EMPRESAS
Para que posssamos analisar estes fluxos de forma mais precisa, alguns critérios
são adotados, para se agregar o conjunto de informações geradas nestas relações
entre indivíduos e empresas.
PN = DN = RN
Fluxo Real
Fluxo Monetário
Fluxo Real
Consumidores Empresas
Quadro 1
Medindo o Produto Nacional Bruto
PNB = Pa . Qa + Pb . Qb + Pc . Qc + Pd . Qd + Pe . Qe
O cálculo do PNB feito para essa economia simples pode ser utilizado em
uma economia mais complexa, incluindo bens como livros, camisas e serviços como
transporte ou uma consulta médica, desde que tenham preços e, portanto, possam
ser somados, como foi apresentado acima.
Quadro 2
O Método do Valor Adicionado
Por esses dados podemos dizer que o fazendeiro vende sua produção de
trigo a um moinho por R$ 700. O dono do moinho, por sua vez, processa o trigo
transformando-o em farinha, vendendo-a posteriormente a uma padaria por R$
1.000. O padeiro, por sua vez, utiliza-se da farinha para fabricar o pão, vendendo-o
aos consumidores por R$ 1.400. Vemos então que o valor adicionado na produção
de trigo é de R4700; na produção de farinha adicionam-se R$300 (R$300 = R$1000
– R$700); na produção de pão, finalmente, adicionam-se R$400 (R$400 = R$1.400 –
R$1000). A soma dos valores adicionados em cada estágio de produção totalizam
R$1.400 (R$700 + R$300 + R$400), que é igual ao valor do pão, que é o produto
final. Esse resultado não é fruto do acaso e origina-se do fato de que os dois
métodos evitam a contagem dos bens intermediários.
Quadro 3
PNB Nominal de 1995
(PNB de 1995 medido a preços de 1995)
Quadro 4
PNB Nominal de 1996
(PNB de 1996 medido a preços de 1996)
Quadro 5
PNB Real de 1996
(PNB de 1996 medido a preços de 1995)
Quadro 6
Como se Calcula o PNB Real (em R$ Milhões)
O PNB pode ser medido como a despesa total com a produção final da
economia. Essa despesa da sociedade por bens e serviços divide-se em: gastos
pessoais em consumo; gastos com investimentos efetuados pelas empresas, gastos
do governo (federal, estadual e municipal) em bens e serviços; e exportações
líquidas.
Consumo (C)
Investimentos (I)
A Questão da Depreciação
IL = Ib - Depreciação
IL = Ib – Depreciação
Assim, o PNL é o agregado econômico que define o valor dos bens e serviços
finais realmente acrescentados à riqueza nacional. Consistem na produção líquida
total gerada pela economia de um país no período de um ano. Inclui as despesas de
consumo em bens e serviços do setor privado (C), os gastos do governo em bens e
serviços (G), e as despesas em investimentos líquidos (IL), isto é, excluindo-se os
fundos destinados à depreciação.
Para calcular o PNL precisamos conhecer o índice de depreciação dos
estoques de bens depreciáveis, como edifícios, maquinarias, etc. Desta forma,
podemos chegar ao PNL a partir do próprio PNB, apenas fazendo a depreciação do
capital.
significando que o Produto Nacional Líquido a Custo dos Fatores é igual à Renda
Nacional.
Se da Renda Nacional excluirmos os lucros retidos pelas empresas, os
impostos diretos pagos pelas empresas, as contribuições à previdência e
adicionarmos os pagamentos de transferência e os juros pagos pelo governo
chegaremos ao conceito de Renda Pessoal (RP).
Se da Renda Pessoal excluirmos os Impostos Diretos Pagos pelos indivíduos
(Imposto de Renda, ISS, etc.) chegaremos ao conceito de Renda Pessoal Disponível
(RPD).
A Renda Pessoal Disponível (RPD) tem três destinos: parte vai para
consumo, parte vai para poupança e parte assume a forma de pagamentos de juros
e de prestações.
Vamos, agora, mostrar sinteticamente a alocação do PNB sob a ótica da
renda.
Quadro 7
Alocação do PNB – Ótica da Renda
PNB
Menos Reservas para Depreciação
PNL
Menos Impostos Indiretos das Empresas
Renda Nacional (RN)
Menos Lucros Retidos pelas Empresas
Impostos Diretos pagos pelas Empresas
Contribuições à Previdência
Mais Pagamentos de Transferência
Renda Pessoal (RP)
Menos Impostos Diretos
Renda Pessoal Disponível (RPD)
RN = C + S (1)
Pelo lado do produto, as firmas podem, por exemplo, ter reservado uma parte
de sua produção para investimento, financiando a aquisição de bens de capital com
as poupanças das famílias.
Nessas condições tudo o que é produzido, o Produto Nacional (PN), somente
pode ter dois destinos: consumo (C) e investimento (I). assim, temos que:
PN = C + I (2)
S=I
PN = C + I + G (6)
Que nos mostra que a renda nacional é destinada ao consumo, poupança e aos
impostos pagos para o governo. Desta forma, temos:
RN – T = C + S (8)
C+I+G=C+S+T (9)
PN = C + I + G + X (12)
RN – T = C + S + M (13)
Ou
RN = C + S + T + M (14)
C + I + G+ X = C + S + T + M (15)
Ou então
I+G+X=S+T+M (16)
E finalmente
A análise das funções econômicas e do dispêndio só pode ser feita à luz das
funções do próprio governo, pois se, de um lado, a tributação fornece os recursos
para realização da maior parte das atividades governamentais, o dispêndio, do outro
lado, é o principal instrumento de execução das políticas do setor público.
1. Introdução
Por alguns momentos, gostaríamos que o leitor imaginasse ser ele totalmente
auto-suficiente. Assim, teria de fazer suas próprias roupas, produzir seus próprios
alimentos, construir sua própria casa, enfim, teria de ter condições de sozinho, tentar
satisfazer a todas as suas necessidades e desejos.
Quadro 1
Países Altamente Dependentes de Exportações
PAÍS PRODUTO
Árabes Petróleo
Burundi Café
Sri Lanka Chá
México Petróleo
Jamaica Alumínio
Serra Leoa Diamantes
Gâmbia Amendoim
Islândia Pescado
Chile Cobre
Bolívia Estanho
Honduras Banana
Iremos, agora, dar uma visão geral a respeito das principais teorias que
procuram explicar a existência do comércio internacional.
Em 1776, Adam Smith publicou seu tratado A Riqueza das Nações, quando,
então, atacou o ponto de vista mercantilista a respeito do comércio, defendendo o
livre comércio como a melhor alternativa para todas as nações.
O argumento de Adam Smith residia no fato de que cada nação poderia
especializar-se na produção de mercadorias que ela produzisse com maior eficiência
que as outras nações, ou seja, em que tivesse uma vantagem absoluta, e importar
as mercadorias em que tivesse desvantagem absoluta (ou produzisse menos
eficientemente).
Esta especialização de fatores de produção e o comércio permitiria um
aumento na produção e do consumo, beneficiando as nações que comerciavam
entre si.
O Quadro 2 nos mostra um exemplo de vantagens absolutas. Nesse exemplo
estamos fazendo a suposição de que existam 2 países – Estados Unidos e Brasil – e
que produzam apenas 2 mercadorias: milho e tecido. A mão-de-obra é o único fator
de produção e ela está habilitada tanto a trabalhar na produção de milho quanto na
de tecido. Nesse exemplo, os Estados Unidos têm uma vantagem absoluta sobre o
Quadro 2
Exemplo de Vantagem Absoluta
Quadro 3
Os Dois Países Sem Especialização e Sem Comércio
Países Brasil Estados Unidos Produção
Produção Total
Produção Anual de 300 600 900
Milho (Kg)
Produção Anual de 400 200 600
Tecido (m)
Quadro 4
Os Estados Unidos Produzindo Somente Milho e o Brasil Somente Tecido
Países Brasil Estados Produção Ganho
Produção Unidos Total Líquido
Produção Anual 0 1200 1200 300
de
Milho (Kg)
Produção Anual 800 0 800 200
de
Tecido (m)
Quadro 5
Um Exemplo de Vantagem Comparativa
Países Fator de Produção PRODUTOS
Milho Tecido
Estados 1/ trabalhador/ ano 1.200 Kg ou 600 m
Unidos produz
Brasil 1/ trabalhador/ ano 400 Kg ou 400 m
produz
- Barreira Tarifária
O governo pode aplicar uma barreira tarifária, isto é um imposto que,
adicionada ao preço internacional do produto, poderá fazer com que o preço da
mercadoria produzida internamente se torne competitivo; desta forma, o governo
protege os produtos nacionais a fim de que não sofram a concorrência de produtos
importados mais baratos.
- Barreira não-tarifária
Neste caso, assim como no caso da barreira tarifária, o governo visa dar
maior competitividade ao produto nacional. A diferença básica é que não se aplica
um imposto, mas sim obstáculos quantitativos ou burocráticos que oneram ou
inviabilizam as importações. Como restrições burocráticas podemos citar os
certificados de origem e vistos consulares. Como restrições quantitativas temos a
fixação de cotas (volume máximo a ser importado).
3.1.3 Incentivos
3.1.4 Conclusão
Um presente do amigo JULENIO BRAGA RODRIGUES
A forma a que nos referimos nos itens anteriores, barreiras ou incentivos, é a
maneira mais usual de o governo intervir no comércio Internacional. No entanto, em
condições especiais da economia de um país, a aplicação das políticas adotadas
poderá ser exatamente inversa, ou seja, incentivar as importações e desestimular as
exportações.
4. Balanço de Pagamentos
Quadro 6
Estrutura geral do Balanço de Pagamentos
Discriminação
1. Balança Comercial (FOB)
Exportações
Um presente do amigo JULENIO BRAGA RODRIGUES
Importações
2. Balança de Serviços (líquido)
Viagens Internacionais
Transportes
Seguros
Renda de Capitais
Serviços Governamentais
Serviços Diverso
3. Transferências Unilaterais
4. Saldo de Balanço de Pagamentos em Transações Correntes (1+2+3)
Movimentos de Capitais
5. Movimento de Capitais Autônomos
Investimento (líquido)
Re-investimentos
Financiamentos
Amortizações
Empréstimos a médio e longo prazo
Capitais à curto prazo
Outros capitais
6. Erros e Omissões
7. Saldo Total do Balanço de Pagamentos (4+5+6)
Demonstrativo de Resultados
8. Movimento de Capitais Compensatórios
Haveres e obrigações no exterior
Empréstimos de regularização
Atrasados
Balança Comercial
Nela são registradas as exportações e as importações de mercadorias, sendo
as primeiras computadas com um sinal positivo (crédito) e as segundas com um
sinal negativo (débito). Elas são computadas pelo valor FOB (free on board), ou
seja, pelo valor de embarque, não incluídos os seguros e os fretes. Os lançamentos
são uniformizados em uma moeda, normalmente o dólar norte-americano ou DES
(Direitos Especiais de Saque, moeda escritural, no âmbito do FMI).
Balanço de Serviços
Neste grupo de contas são registradas as receitas e despesas de divisas
oriundas de transações de bens intangíveis, tais como, os recebimentos e
pagamentos de viagens de residentes ao exterior e de não-residentes ao país,
fretes, seguros, lucros, dividendos, etc. Registra também o item “Serviços
Governamentais”, que diz respeito aos gastos com embaixadas, consulados,
representações no exterior, etc. Engloba ainda, no item “Serviços Diversos” os
royalties, pagamentos e recebimentos de assistência técnica, aluguéis de filmes, etc.
Os pagamentos ao exterior são registrados com sinal menos (débito) e os
recebimentos com sinal mais (crédito).
Transações Correntes
É o resultado do somatório dos saldos da Balança Comercial, de Serviços e
de Transferências Unilaterais. O Saldo do Balanço de Transações Correntes indica
se houve poupança externa negativa ou positiva.
Se o Saldo em Transações Correntes foi deficitário, significará que o país
comprou mais bens e serviços do exterior do que vendeu, indicando ter havido uma
poupança externa positiva. Em outras palavras, é um montante de renda que não foi
consumido no “Resto do Mundo”, isto é, foi poupado, e transferido para o país que
apresentou o déficit em transações correntes. A poupança externa positiva é
chamada de Passivo Externo Líquido, uma vez que aumenta as obrigações
financeiras com o exterior.
Capitais Autônomos
É um dos componentes do lado financeiro do balanço de pagamentos, e
reflete a variação entre ativos e passivos no exterior. Nesse item são registrados as
entradas e saídas de capitais voluntários que tomam a forma de investimentos
diretos (aquisição ou venda de participações societárias), novos empréstimos e
amortizações de empréstimos anteriores, são contabilizadas com sinal positivo as
entradas de novos investimentos externos diretos, as entradas de novos
empréstimos externos, as amortizações de empréstimos concedidos pelo país ao
resto do mundo e as repartições de investimentos do país no exterior.
Por outro lado, são contabilizados com sinal negativo os novos investimentos
de residentes realizados no exterior, os novos empréstimos dos residentes no país
ao resto do mundo, as amortizações pagas ao exterior de empréstimos contraídos
pelos residentes no país e as repartições de investimentos estrangeiros diretos.
Erros e Omissões
O balanço de pagamentos é um fluxo contabilizado pelo método das partidas
dobradas, ou seja, todo débito tem um crédito. Assim sendo, o confronto do saldo do
balanço de pagamentos com o saldo de capitais compensatórios deve ser igual a
zero. No entanto, isso nem sempre ocorre. Assim este valor da diferença é lançado
neste item do balanço de pagamentos.
Capitais Compensatórios
Um presente do amigo JULENIO BRAGA RODRIGUES
Também chamados capitais induzidos ou financiamento oficial
compensatório, são geridos pelas Autoridades Monetárias e refletem o tratamento
dado ao saldo do balanço de pagamentos. Se superavitário, qual o destino dado ao
excesso de divisas e, se deficitário, a origem dos recursos que neutralizaram o
excesso de despesas de divisas.
Este item contém três tipos de contas: as de haveres e obrigações no exterior
(conta caixa); as contas referentes aos empréstimos de regularização do Fundo
Monetário Internacional e outra instituição, destinados a cobrir déficits no balanço de
pagamentos, e os atrasados, que são as contas vencidas no exterior e não pagas
pelo país.
As contas de caixa, mas especificamente, registram o movimento dos meios
de pagamento internacionais à disposição do país. São contabilizadas neste item as
variações de reservas internacionais. As contas de caixa são assim classificadas:
Haveres à curto prazo no exterior;
Ouro monetário;
Direitos especiais de saque;
Posição de reservas no FMI.
TAXAS DE CÂMBIO
5.1 Introdução
Sendo a taxa de câmbio um preço, ela também será influenciada pela oferta e
demanda, no caso, de divisas, ou seja, pela oferta e demanda de moeda estrangeira
num determinado país.
Quadro 8
Taxa de Câmbio e Exportação
Quadro 9
Taxa de Câmbio e Importação
Questões: