INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO TEOLÓGICO

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA – SÃO PAULO

Aluno: Vinicius Marujo RA: 00045477 Sala: NB-2

Disciplina: IPT II Curso: Direito

1) Indicar a argumentação transcendental (universal, não-individual) alegada,
respectivamente, por Kant, Apel/Hábermas e Rawls, para fundamentar sua ética.

A – Kant:

Kant, filósofo racionalista alemão, fundamentou sua Ética em duas partições da Razão, a
Razão Pura e a Razão Prática. A Razão Pura é o método pelo qual nós obtemos o
conhecimento através da observação do mundo sensível e como formamos representações
dos estímulos em nossa mente. A Razão Prática é a forma como devemos agir
manifestando ato de vontade motivado pelo espírito não pela razão. Para isso Kant criou o
Imperativo Categórico que classifica a norma como válida quando esta atende a três
requisitos: Ser Universal, Racional e Necessária. Assim Kant cria os dois fundamentos
principais de sua Ética, a natureza humana e a universalidade da norma moral.

B – Apel e Hábermas

Apel e Habernas fundamentam sua Ética na capacidade comunicativa de cada indivíduo da

sociedade. A partir de um determinado momento todos os indivíduos percebem essa
capacidade comunicativa e percebem que todos têm o dom da fala, a liberdade de falar e a
responsabilidade pelo que falam. A partir desse momento podem construir juntos uma
definição consensual do que é bom e o que é mau.

C - Rawls

Rawls fundamenta sua Ética teorizando um ambiente de estudo em que todos os indivíduos
são neutros, desconhecem bens materiais e hierarquia social, e a partir desse postulado ele
afirma que todos possuem um senso de justiça. A partir desse encontro de entes com senso
de justiça e desprovidos de relações sociais e matérias, eles iriam perceber um padrão em
seus sensos de justiça e perceberiam que este padrão estava incrustado em seu eu interior
sendo esse o moral sense. Perceberiam também como padrão a defesa dos elos mais fracos,
mesmo que isso fosse desigual, pelo padrão de justiça substancial que haveria em todos.
 2) Desenvolver o argumento da “Original Position” e do “Veil of Ignorance”, e os
dois princípios decorrentes, em Rawls.

Rawls em sua Ética cria um ambiente teórico de estudo em que seria criada uma nova
sociedade. Para isso os indivíduos que esta iriam compor seriam pessoas desprovidas de
quaisquer bens matérias, posições de hierarquia social e conhecimento dessa nova
sociedade. A partir desse ponto Rawls definiu que estes indivíduos cobertos por um Veil of
Ignorance que os impediria de construir essa nova sociedade em beneficio próprio, pois não
conheciam seu status econômico, social e político e apenas possuíam conhecimentos do
funcionamento de uma sociedade. Rawls denominou esse ponto de Original Position,
composto por indivíduos livres e sem qualquer conhecimento de como seria a sociedade
que iriam criar.

A partir desse ambiente de estudo Rawls observou dois princípios consensuais a todos os
indivíduos dessa nova sociedade, O Principio de Liberdade e o Principio de Justiça nas
Diferenças. O Princípio de Liberdade estabelece que a Liberdade individual teria um limite
definido, esta iria acabar no mesmo ponto que começasse a Liberdade de outro indivíduo. O
Princípio de Justiça nas diferenças estabelece que as desigualdades nesse sociedade
poderiam existir, porém se respeitassem obrigatoriamente um critério de validade, sempre
estivessem a favor dos elos mais fracos e pudessem atingir a todos indivíduos.

3) Qual é o limite insuperável da ética materialista.

A ética materialista fundamenta-se no respeito. O Materialista não possui princípios morais

fundamentais, a moral sense, permite que cada um de crie sua própria Ética pessoal, o que
foge do princípio de Ética, que deve ser ao menos Universal a todos os entes do corpo
social ao qual convivemos. Portanto quando as Éticas pessoais de vários entes sociais
entram em desacordo, por não haver um fundamento entre eles, o homem materialista se vê
em uma posição conflitante, porque terá de responder todas as perguntas sozinho, devido ao
fato de que seu principio primeiro de vida é fundamentado na matéria e, portanto nele
mesmo.
A partir daí a total independência do Homem materialista que se vê como seu próprio
absoluto está ameaçada, porque seu princípio de Ética possui como limite insuperável, a
total individualidade de seus conceitos que nunca iram atingir a Universalidade das Éticas
Teístas e Panteítas. Tal individualidade que não garante o respeito a princípios como a vida,
a tolerância e a benevolência poderá ser o algoz do homem materialista.

Bibliografia:

MARCHIONNI, A. Ética, a arte do bom. São Paulo: Editoras Vozes, 2010.

http://efartigos.atspace.org/efescolar/artigo56.html

http://paginasdefilosofia.blogspot.com/2009/02/john-rawls-uma-teoria-da-justica.html

http://www.fic.br/geppes/trabalhos/MariaObireneFreireBarros.doc