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Ondas

Definição:

Uma onda em física é uma perturbação oscilante de alguma grandeza


física no espaço e periódica no tempo. A oscilação espacial é caracterizada
pelo comprimento de onda e a periodicidade no tempo é medida pela
freqüência da onda, que é o inverso do seu período. Estas duas grandezas
estão relacionadas pela velocidade de propagação da onda.

Fisicamente uma onda é um pulso energético que se propaga através do


espaço ou através de um meio (líquido sólido ou gasoso). Segundo
alguns estudiosos e até agora observado, nada impede que uma onda
magnética se propague no vácuo ou através da matéria, como é o caso das
ondas eletromagnéticas no vácuo ou dos neutrinos através da matéria onde as
partículas do meio oscilam à volta de um ponto médio, mas não se deslocam.

Exceto pela radiação eletromagnética, e provavelmente as ondas


gravitacionais, que podem se propagar através do vácuo, as ondas existem em
um meio cuja deformação é capaz de produzir forças de restauração através
das quais elas viajam e podem transferir energiade um lugar para outro sem
que qualquer das partículas do meio seja deslocada permanentemente como
acontece num imã; isto é, nenhuma massa transportada associada pode anular
o efeito magnético. Em lugar disso, qualquer ponto particular oscila em volta de
um ponto fixo.

Uma onda pode ser longitudinal quando a oscilação ocorre na direção da


propagação, ou transversal quando a oscilação ocorre na direção perpendicular
à direção de propagação da onda.

Experimento de Hertz

Chama-se o experimento de Hertz ao experimento levado a cabo por


Hertz para provar a existência das ondas eletromagnéticas previstas na teoria
de Maxwell. Obteve êxito no intento, porém, ironicamente quanto possa
parecer, foi nessa experiência que se descobriu a existência do efeito
fotoelétrico. Este efeito, mais tarde, provou a existência dos quanta através da
explicação de Einstein em 1905.

Classificação das Ondas:

Quanto à natureza:

Onda Mecânica: Precisa de um meio natural para propagar-se

(não se propaga no vácuo). Ex.: corda ou onda sonora (som).


Onda Eletromagnética: Não necessita de um meio natural para
propagar-se. Ex.: ondas de rádio ou luz.

Quanto à direção da vibração:

Ondas Transversais: São aquelas que possuem vibrações


perpendiculares à direção da propagação.

Ondas Longitudinais: As vibrações coincidem com a direção da propagação.

Quanto à direção da propagação:

Unidimensionais: Propagam-se numa só direção. Ex.: ondas em corda.

Bidimensionais: Propagam-se num plano. Ex.: ondas na superfície de um


lago.

Tridimensionais: São aquelas que se propagam em todas as direções.


Ex.: ondas sonoras no ar atmosférico.

Ondas Periódicas:

São aquelas que recebem pulsos periódicos, ou seja, recebem pulsos em


intervalos de tempo iguais. Portanto, passam por um mesmo ponto com a
mesma freqüência.

f= freqüência (Hz )
t = T = tempo ( s )
s = = comprimento da onda ( m )
V = velocidade da onda ( m/s )

= O comprimento da onda é inversamente proporcional à freqüência.


Velocidade da Propagação:

A velocidade da propagação da onda depende da densidade linear da


corda (u) e da força da tração.

Reflexão:

É quando a onda, após incidir num segundo meio de características


diferentes, volta a se propagar no meio original.

Refração:

Ocorre quando a onda passa de um meio para outro de características


diferentes. Devido à mudança, a velocidade e o comprimento se modificam. Ex:
onda do mar passando do fundo para o raso.
OBS.: A freqüência não se altera porque esta depende apenas da fonte.

Difração:

Ocorre quando uma onda encontra obstáculos à sua propagação e seus


raios sofrem encurvamento.

Princípio da Superposição:

Ocorre pela superposição de duas ou mais ondas.

Ondas Estacionárias

São ondas resultantes da superposição de duas ondas com:

- mesma freqüência

- mesma amplitude

- mesmo comprimento de onda

- mesma direção

- sentidos opostos
Ao atingirem a extremidade fixa, elas se refletem, voltando com sentido
contrário ao anterior. Dessa forma, as perturbações se superpõem às outras
que estão chegando à parede, originando o fenômeno das ondas estacionárias.

Característica: amplitude variável de ponto para ponto, isto é, pontos que


não se movimentam (amplitude nula).

Nodos: pontos que não se movimentam

Ventres: pontos que vibram com amplitude máxima

É evidente que, entre os nós, os pontos da corda vibram com a mesma


freqüência, mas com amplitudes diferentes.

Ondas Sonoras

Ondas sonoras são as que possuem freqüência de vibração entre 20 e


20.000Hz, que naturalmente, são captadas e processadas por
nosso sistema auditivo. Que se origina a partir de vibrações do ar que são
captadas pelo tímpano com freqüência e amplitudes pré-definidas.

Intensidade sonora

Se observarmos a propagação de uma onda do ponto de vista geométrico


apenas teremos o meio em forma de onda, já ao observa-la do ponto de vista
físico teremos que uma onda é basicamente a propagação de energia.

A intensidade I de uma onda é definida como a média no tempo da


quantidade de energia que é transportada pela onda, por unidade de área ao
logo do tempo.
Assim: , onde P é a amplitude de pressão, é a densidade
média do ar e a velocidade da onda sonora. Deve-se notar que a intensidade
é proporcional ao quadrado da amplitude.

Nível de Intensidade e volume

Devido à grande gama de intensidades as quais o ouvido é sensível,


torna-se mais conveniente utilizarmos a escala logarítmica para representar o
nível de intensidade sonora ( ).

, onde I0 é a intensidade sonora mínima que é audível


sendo I0 = 10-12 W/ m2
A unidade de é o decibel (db) que representa um décimo de bel,
unidade adotada em homenagem a Alexander Graham Bell.

Observe o gráfico ao lado com valores representativos de alguns


produtores de ruídos.

Velocidade

cada onda se propaga c/ uma determinada velocidade. No ar a 0 c, as


ondas sonoras se propagam com a velocidade de 330 m/s ; as ondas
luminosas com a velocidade de cerca de 300.000 Km por segundo.
Para calcular a velocidade de uma onda, aplica-se a seguinte fórmula: V = x 1,
ou seja, velocidade igual á freqüência vezes o comprimento da onda. Por
exemplo: *A freqüência de uma onda que se propaga no ar é de 80 vibrações
por segundo, e seu comprimento é de 2m. Qual a velocidade de propagação
desta onda? V = x 1 ==> v = 80 x 2 ==> v = 160 m/s

Altura

É uma qualidade do som que nos permite distinguir os sons graves dos
agudos.

Quando além do som direto emitido recebemos o som refletido por um


obstáculo, podem ocorrer três situações: o reforço, a reverbação e o eco.
Reforço: ocorre quando a diferença entre os instantes de recebimento do som
refletido e do som direto é praticamente nula. Reverberação: ocorre quando a
diferença entre os instantes de recebimento dos sons é pouco inferior à 0,1s. A
reverbereção, quando não exagerada, ajuda a compreensão do que está sendo
dito por um orador num auditório. Eco: toda vez que o som, ao se propagar,
encontra um obstáculo, volta ao seu ponto de origem ocasionalmente o eco.
Ele só existe a partir de uma distância mínima de 17 metros entre a origem do
som e o obstáculo.
Efeito de Döppler

O efeito de Doppler é um fenômeno proposto em 1842 por Christian


Doppler e testado para as ondas sonoras em 1845.

O efeito de Doppler refere-se às alterações nos períodos das ondas


detectadas, quando há movimento de uma fonte relativamente ao observador.
O som de uma ambulância a aproximar-se é diferente do som quando se
afasta. É uma mudança na freqüência, que é quantificada por este efeito.

Neste caso torna-se necessário diferenciar as ondas que precisam de um


meio das outras ondas (por ex., das eletromagnéticas). No primeiro caso, as
velocidades do observador e da fonte são em relação ao meio. No entanto, no
caso da luz, por exemplo, temos de considerar a velocidade relativa entre o
observador e a fonte pelo que se torna necessário utilizar a Teoria da
Relatividade Restrita.

Para se efetuar um estudo completo do efeito de Doppler, deve-se estudar


todas as possibilidades. Contudo, nos exemplos aqui descritos vamos
considerar que o observador e a fonte estão alinhados com a direção do
movimento relativo e que, numa primeira fase, um deles está em repouso.
Assim, o primeiro caso possível é o observador a aproximar-se da fonte:

Fig. 1 - Observador a aproximar-se da fonte em repouso.


A velocidade das ondas relativa ao observador vai ser v' = v + v0 mas sem
mudança no cumprimento de onda λ, onde v é a velocidade da onda. Como
sabemos que v = λf então vamos ter

Ora também é verdade que λ = v/f. Assim podemos escrever

Suponhamos agora que nos encontrarmos na situação contrária

Fig. 2 - Observador a afastar-se da fonte em repouso.

A única diferença com o que vimos anteriormente é no sentido da


velocidade do observador, onde nem a norma nem a direcção se alteraram e
obtemos

O observador que se encontre em repouso e a fonte em movimento a


aproximar-se se apresentam como na figura seguinte
Fig. 3 - Fonte a aproximar-se do observador em repouso.

Vamos ter uma alteração no valor do comprimento de onda. Isto porque


as frentes de onda aproximam-se quando a fonte está a ir ao encontro do
observador. Ora como por cada vibração que dura o período T a fonte move-

se vfT ou , pelo que o comprimento de onda é da forma

onde vf é a velocidade da fonte. Assim neste caso, mantendo-se a


velocidade v, a freqüência passa a ser:

pelo que

Para o caso contrário, em que temos a fonte a afastar-se do observador


Fig. 4 - Fonte a afastar-se do observador em repouso.

O valor da freqüência será:

A partir das conclusões a que chegamos até aqui temos a seguinte


expressão genérica que resume todos os casos possíveis:

Devemos tomar em conta que 'aproximar' corresponde a colocar um sinal


positivo na velocidade (vO ou vf dependendo do caso) e 'afastar' indica que um
sinal negativo deve ser colocado na velocidade correspondente.

Sons musicais

O ouvido humano médio é capaz de distinguir cerca de 1400


freqüências discretas, variando entre cerca de 20 Hz e 20000 Hz. Sons fora
deste intervalo não são percebidos, ou porque não possuem energia
suficiente para excitar o tímpano, ou porque a freqüência é tão alta que o
tímpano não consegue perceber – é como se ele não tivesse tempo para se
preparar para mandar os sinais para o cérebro, já que eles chegam muito
mais rápido do que o tempo em que o tímpano é capaz de identificar uma
vibração. Entretanto, quando o som situa-se no intervalo mencionado acima,
a vibração do tímpano gera uma corrente elétrica, um estímulo, que será
enviado ao cérebro. A estes estímulos físicos mensuráveis correlacionamos
sensações mentais. Fisicamente, no espectro sonoro podem ser detectadas
uma freqüência, uma amplitude e uma composição de diferentes senóides,
todas múltiplas da fundamental. A cada um desses parâmetros físicos está
associada uma receita que ajuda na interpretação mental dos sons quanto à
sua altura, à sua intensidade e ao seu timbre, respectivamente.

Podemos então fazer dois tipos de análise sobre o som. Uma delas é a
análise qualitativa, que descreve as propriedades sonoras em termos da
nossa percepção., conforme a receita mencionada acima. Esse tipo de
análise não pode ser quantificado e, muitas vezes, modifica-se de acordo
com as nossas emoções. A outra forma, matemática, descreve as
propriedades físicas do som e é perfeita e unicamente mensurável. Vamos
começar a nossa análise pela parte qualitativa, associando em seguida a
percepção (propriedades qualitativas) às grandezas físicas correspondentes.

Como dissemos, em termos preceptivos, o som pode ser descrito em


termos da sua altura, timbre e intensidade. O timbre está associado à
qualidade do som. Ele pode ser comparado a uma "receita mental" para
distinguir sons complexos (formados por uma superposição de diversos sons
relacionados entre si). Sons provenientes de instrumentos diferentes são
perfeitamente distintos, mesmo que exatamente a mesma nota musical seja
tocada, uma vez que eles possuem diferentes "receitas de composição". O
timbre está associado à série harmônica do som, onde cada nota musical é
composta de uma nota fundamental e uma combinação de harmônicos
superiores com diferentes freqüências (múltiplas da freqüência fundamental),
diferentes intensidades e diferentes durações.
A altura está ligada à percepção de mais agudo e mais grave. Quanto
mais alto é um som, mais agudo ele é. Esta diferenciação é baseada nas
variações da freqüência de vibração destes sons. Aos sons graves
relacionam-se as baixas freqüências e aos agudos as altas. É importante
deixar claro que a freqüência (o número de ondas completas ou ciclos por
segundo) é um conceito objetivo e pode ser CIENTIFICAMENTE MEDIDO. A
altura do som depende da percepção sonora de quem está ouvindo o som e
é bastante subjetivo. Entretanto, a relação direta entre os dois pode ser
claramente percebida.

Quanto à intensidade pode-se dizer que um som é forte ou fraco. Nossa


percepção de intensidade é, talvez, a que mais se aproxime da grandeza
física, uma vez que estamos simplesmente percebendo a "quantidade de
som" que chega até nossos ouvidos. A correlação é estabelecida ao
interpretarmos a intensidade como a quantidade de energia sonora que
chega aos ouvidos humanos, ou seja, classifica-se como mais fortes os sons
provenientes de vibradores que oscilem em maiores amplitudes exercendo
assim uma maior pressão sobre o ar.

Pelo que já falamos você deve estar percebendo que o som é bastante
afetado pelas condições do ambiente. Quando percebemos um som, diversos
fatores externos à fonte sonora influenciam na qualidade deste: as paredes e
as propriedades de seus revestimentos, o volume de ar da sala, a densidade
do ar, a umidade, o coeficiente de reverberação do recinto, etc. Portanto, uma
fonte sonora não produz o mesmo som em ambientes diferentes,
principalmente se esta fonte for um instrumento musical. Nesse caso, ele está
sempre sujeito a alterações de timbre e volume quando submetido às
alterações climáticas. As ondas sonoras, ao deixarem a fonte, sofrem uma
série de alterações qualitativas. A maior interferência porém, se dá a nível da
interpretação humana dos sons. Nesta interpretação estão envolvidos a
estrutura mecânica do ouvido, a estimulação cerebral e os elementos da
memória sonora. Devido à natureza destes fatores a percepção e a
qualificação dos sons são inexoravelmente subjetivas. O mesmo som pode
soar completamente diferente para dois indivíduos dispostos no mesmo
ambiente acústico.

Da mesma forma, a escolha de um bom instrumento musical é algo


extremamente delicado, uma vez que a análise de sua qualidade sonora
pode ser comprometida em função do local em que ele se encontra, ou das
condições climáticas da época, além da percepção sonora da pessoa que
toca o instrumento. É interessante ressaltar que a percepção do timbre e do
volume, embora subjetiva, está relacionada com a série harmônica e com a
quantidade de energia sonora gerada por um instrumento musical. Assim,
sutilezas sonoras podem ser detectadas fisicamente, mas não serem
percebidas por dois instrumentistas tocando o mesmo instrumento.
Entretanto, sempre que ambos notarem algo diferente no instrumento, é certo
que a análise física também mostrará algum tipo de diferença.

Ondas eletromagnéticas

Ondas eletromagnéticas são ondas que se formam a partir da


combinação dos campos magnético e elétrico que se propagam no espaço
transportando energia. O conceito de onda eletromagnética foi postulado pelo
famoso físico escocês James C. Maxwell. É dele o trabalho mais notável no
campo do eletromagnetismo. Utilizando-se das leis experimentais de
Coulomb, Faraday, Ampère e também as suas próprias concepções, Maxwell
construiu um conjunto de equações que resumem os conhecimentos sobre o
eletromagnetismo. Hoje conhecemos essas equações como as equações de
Maxwell e sabemos que foram elas que possibilitaram a existência das ondas
eletromagnéticas. Essas equações são tão importantes para o estudo da
eletricidade assim como as leis de Newton são muito importantes para a
mecânica.
Maxwell provou, através das suas equações, que o distúrbio eletromagnético,
o qual é causado pela superposição do campo elétrico e campo magnético,
apresenta todas as características ondulatórias e que sendo assim, a
radiação eletromagnética também deveria sofrer os fenômenos da reflexão,
refração, difração e a interferência, assim como acontece em uma onda. Foi
por esse motivo que o distúrbio causado pelo campo elétrico e magnético
acabou por ser denominado de ondas eletromagnéticas.

Os campos elétrico e magnético que dão origem às ondas


eletromagnéticas se propagam perpendicularmente um ao outro. É
importante saber que, ao contrário das ondas mecânicas, a onda
eletromagnética não necessita de um meio material para se propagar, pois o
campo elétrico e o campo magnético podem ser estabelecidos na ausência
de matéria, ou seja, no vácuo. Sendo assim, a radiação eletromagnética pode
se propagar no espaço vazio.

Um resultado muito importante obtido por James Maxwell foi a


velocidade com que as ondas eletromagnéticas se propagam. Utilizando suas
equações e por meio de cálculos ele mostrou que no vácuo, como também
no ar, a velocidade de propagação da radiação eletromagnética é igual a: v =
3,0 x 108 m/s. Essa descoberta foi muito importante porque esse valor
coincide com a velocidade da luz, fato esse que levou Maxwell a suspeitar
que a luz era uma onda eletromagnética, no entanto, já no século XIX, os
físicos já sabiam que a luz se tratava de um fenômeno ondulatório, mas não
sabiam qual a natureza dela. Hoje já se sabe que a suspeita de Maxwell é
verdadeira, a luz é uma onda eletromagnética. A descoberta da natureza da
luz foi um fato muito importante, o qual possibilitou a unificação da Ótica e o
Eletromagnetismo. Como os fenômenos luminosos têm origem no
eletromagnetismo, por conseqüência a ótica pode ser considerado um ramo
do eletromagnetismo e suas leis podem ser deduzidas a partir das equações
de Maxwell.

Maxwell morreu muito cedo e por isso não viu suas idéias serem
confirmadas. Foi somente no final do século XIX que o físico alemão H. Hertz
conseguiu, em laboratório, obter ondas eletromagnéticas com todas as
propriedades e características propostas por Maxwell. As experiências que
Hertz realizou confirmaram as hipóteses elaboradas por Maxwell,
confirmando dessa forma que a luz é uma onda eletromagnética.

A geração das ondas eletromagnéticas


No artigo sobre força e campo elétrico mostramos que uma carga
elétrica é capaz de criar a sua volta uma região de perturbação conhecida
como campo elétrico. Para entender o processo de geração e propagação
das ondas eletromagnéticas, imagine uma carga elétrica oscilando. Essa
carga irá criar um campo elétrico oscilante, ou seja, um campo que varia com
o tempo.

Esse campo elétrico, por variar, será capaz de gerar um campo magnético,
que por sua vez, também é variável. Esse campo magnético variável será
capaz de gerar outro campo elétrico e esse novo campo elétrico irá criar outro
campo magnético e assim sucessivamente.

A sucessão de campos magnéticos e elétricos é definida como campo


eletromagnético, que irá se propagar pelo espaço de forma autônoma e
independente da fonte que o criou. Tal campo eletromagnético está sujeito a
fenômenos ondulatórios como reflexão, difração e refração, e por isso pode
ser chamado de onda eletromagnética.

O aspecto de uma onda eletromagnética é demonstrado na figura


abaixo. Note que os campos magnéticos (B) e elétricos (E) oscilam e são
perpendiculares entre si.

Na sua pesquisa, Maxwell também demonstrou a velocidade de


propagação de uma onda eletromagnética e obteve um valor igual ao da
velocidade da luz, ou seja, 300.000 km/s. Desse modo ele deduziu que a luz
também é uma onda eletromagnética.

O espectro eletromagnético
As ondas eletromagnéticas podem se manifestar de diversas formas
dependendo da sua freqüência de oscilação. Dessas manifestações, a mais
famosa é a luz visível, que ocupa uma faixa muito pequena do espectro
eletromagnético. Mas o que é o espectro eletromagnético?

O espectro eletromagnético é o conjunto de todas as ondas


eletromagnéticas, como está representado na figura abaixo:
Observe que, pela figura, as ondas que possuem a menor freqüência de
oscilação são as ondas de rádio e as de maior freqüência são os raios gama.
Já os comprimentos de onda agem de maneira inversa, ou seja, as ondas de
rádio possuem os maiores comprimentos, enquanto que os raios gama
apresentam o menor comprimento. Isso pode ser demonstrado pela equação
fundamental da ondulatória que está representada a seguir

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