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3.1 - Introdução
Para que um produto , seja ele um conjunto mecânico ou não, tenha
boa aceitação pelo mercado consumidor, não é suficiente que tenha um bom
projeto de dimensionamento, com suas verificações dos esforços, desgastes,
vidas úteis, etc.
Dentro do ciclo de produção deste produto, a fase de projeto dimensionamento é
apenas uma das muitas que deverá ser percorrida até que o produto seja colocado no
mercado.
As condições posteriores, a serem previstas são:
1) A Intercambiabilidade entre as diversas peças componentes, fabricada em épocas
diferentes e, eventualmente, por fábricas diferentes, deverá ser mantida. Somente
através desta condição, o produto atingirá um índice de credibilidade suficiente
para ser consumido em larga escala, sem preocupação de reposição de peças que
não venham a ter a mesmo desempenho da peça original.
Esta condição pode ser atingida ainda em fase de projeto, com a introdução dos
conceitos de tolerâncias de ajuste entre as peças, especificações de desvios de
forma e posição, rugosidade superficial, além do estudo dos acúmulos de
tolerâncias que permitem a montagem do conjunto dentro das condições previstas
em cálculos de dimensionamento.
Este assunto já foi bastante discutido no primeiro volume da série “Princípios e
Fabricação Mecânica”, o trabalho “Ajustes, Tolerâncias, Desvio e Análise de
Dimensões”.
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É muito comum ouvir-se a afirmação, quando é feita a comparação entre um
produto nacional e o equivalente importado: - “Apesar de serem iguais, o importado é
melhor”, ou ainda “O produto nacional não mantém a qualidade ao longo da sua
utilização como o importado”, ou então “As vezes o produto nacional é tão bom quanto
o importado, às vezes é bem pior”.Afirmações como estas, bastante comuns aos
consumidores, de uma maneira geral tendem a levar a uma conclusão: - “Há
necessidade de se manter o produto dentro de uma qualidade constante ao longo do
mercado tempo, sem o que, o produto perderá sua credibilidade”. Por conseqüência, o
consumidor tenderá a utilizar-se do produto similar que lhe for mais confiável.
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3.2 – Organização da Manufatura
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Ressalte-se que todo sistema de informações só mantém vitalidade se tiver feed back
conveniente e contínuo, estruturado de forma procedural.
Dentro desse diagrama funcional, que representa com bastante aproximação a
organização da grande maioria das indústrias fabricantes de peças e equipamentos
observa-se que alguns setores ou departamentos desempenham papel fundamental:
2) Produção
A este conjunto de processos de negócio e atividades cabe a função de produzir
as quantidades programadas dentro do prazo definido, dispondo de máquinas e
homens para este fim.
Naturalmente, dentro de sua função específica de produzir peças, cumprindo um
determinado programa estabelecido de acordo com as necessidade de venda, este
departamento deverá ser subsidiado com informações técnicas bastante
detalhadas com previsões e antecipações de todos os eventuais problemas. Suas
principais preocupações devem ser:
a) manter o nível de peças rejeitadas dentro dos limites permissíveis;
b) manter a eficiência das máquinas dentro de limites aceitáveis, ou seja, o tempo
de fabricação das peças deve ser o mais próximo possível do tempo padrão pré-
estabelecido;
c) fazer com que as horas utilizadas para produzir sejam bastante próximas das
horas disponíveis de produção;
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d) determinar lotes econômicos de fabricação;
e) melhorar o fluxo das peças em fabricação, a fim de diminuir seu ciclo. Quanto
menor for o tempo necessário para que a matéria prima se transforme em produto
final, maior será a aceitabilidade daqueles produtos devido à diminuição do
inventário de materiais em processo.
3) Qualidade
Para que se assegure que a peça no fim do seu ciclo de fabricação, seja uma cópia
fiel do desenho originado em Produto, haverá necessidade de pessoal que faça cumprir
as exigências dimensionais, metalúrgicas e especificações técnicas nela contidas. Esta
função está determinada aos processos de Qualidade.
A fim de se colocar os processos de Qualidade no seu devido nível de
responsabilidade, deve-se diferenciar a sua função da de inspeção.
Inspeção é uma operação de segurança, que serve somente para medir e separar
peças que estão conforme as especificações das que estão em desacordo.A operação de
inspeção, em si, não acrescenta nada à melhoria do produto, pois não o altera nem
melhora sua qualidade.
A função do controle de qualidade, em contraste com a inspeção, é estabelecer um
nível de qualidade definido, que deve ser aceito simultaneamente pela firma produtiva e
seus clientes.
As principais metas a serem atingidas pela Qualidade são:
a- Determinar as tolerâncias funcionais possíveis de serem obtidas , a partir
das tolerancias pelo desenho do produto. Este retorno de informações
técnicas à Engenharia do Produto é importante para adequação do
projeto à capacidade produtiva de fábrica;
b- Determinar plano de Qualidade a partir dos resultados obtidos pelos
processos de fabricação . Esta comunicação com a Engenharia de
Fabricação, através de estudos de capacidade de máquinas ou
processos, além do controles de Qualidade, permite melhorar
continuamente os processos de fabricação;
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c- Conhecer a estabilidade oferecida pelas montagens das máquinas nas
diversas operações do processo de fabricação. Este conhecimento
permite à produção fabricar peças dentro dos limites de rejeição pré -
estabelecidos.
d- Desempenhar corretamente, através das três atribuições anteriores, a
função de fazer respeitar a qualidade do produto compatível com o
desempenho dele esperado e sua respectiva adequação aos meios
produtivos à disposição.
4 ) Engenharia de Fabricação
Inserida entre o projeto do produto e a sua produção propriamente dita, encontra-
se uma metodologia de análise e tratamento tecnológico dos problemas surgidos da
necessidade de se fazer cumprir e respeitar essas duas importantes fases do ciclo
produtivo de um produto, denominada Engenharia de Fabricação . Pode-ser-ia dizer que é
preocupação da Engenharia de Fabricação também procurar fabricar peças em condições
tecnológicas iguais dentro das diversas fases da produção, a fim de se manter a
intercambiabilidade das peças em suas diversos fases de manufatura., estabelecendo o
elo de ligação entre as possibilidades de projetar, produzir e controlar a qualidade .
Para algumas organizações de manufatura, muitas vezes não é possível distinguir-se
com nitidez as suas diversas situações, visto que existe um conceito pelo qual o “como
fazer”. Perde-se assim, por diluição de responsabilidades, grande chance de se executar
um planejamento técnico a priori. Para se conseguir uma produção competitiva, há
necessidade de enfoque de engenharia, a partir do reconhecimento que os problemas
fundamentais de fabricação são basicamente os mesmos para todas as indústrias.
Existem sempre soluções satisfatórias para todos os problemas que são enfrentados,
determinados por conhecimentos básicos de engenharia . Sob o aspecto de fabricação o
produto obtido é sempre um compromisso entre uma qualidade aceitável e um custo
aceitável. A meta a ser atingida é a máxima qualidade compatível a um mínimo custo.
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A Engenharia de Fabricação deve abranger, em princípio:
Através dessas atribuições e, partindo-se que detem a função especifica de definir como
o produto deve ser feito economicamente, deve-se deteminar :
a) folhas de processo detalhadas
b) ferramentas e dispositivos para a execução das operacoes
c) calibradores e dispositivos de medição
d) condições de usinagem
e) tempos padrões para operacões
f) métodos operacionais
g) arranjo físico e análise de fluxo de fábrica .
2) Projeto de Ferramental
Projeto do ferramental determinado nas operacoes de processo, seja ele de corte,
fixação ou medição.
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3) Fabricação do ferramental
Manufatura-se o ferramental projetado anteriormente. A construção poderá
ser feita internamente ou comprada externamente . Caso seja construido
internamente em ferramentarias,estas devem possuir máquinas adequadas , tais
como madriladoras de precisão, frezadoras copiadoras, furadeiras de coordenadas,
retificadoras universais, retificadoras planas, assim como a mão de obra melhor
especializada da fabrica. Desempenhando serviço análogo ao da ferramentaria,
porem somente para a manutenção de ferramentas de corte, a Afiação deverá
mantê-las afiadas após o uso pela producao. As principais ferramentas a serem
afiadas são ferramentas de torno, fresas ,brochas, cortadores de engrenagem tipo
caracol, “shavers”, etc. - Apesar de não ter essa atribuição, poderá eventualmente
construir ferramentas dos tipos mais convencionais, de acordo com a necessidade.
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Sugestões para alterações
de desenhos; estudos Sugestões
Alterações, econômicos; soluções problemas
simplificações, alternativas
melhoria de
desempenho
Engenharia Engenharia
Marketing do de Produção
Produto Fabricação
Processos de
Desenhos,
fabricação
especificações
Tempos, métodos,
ferram. arranjo físico
Calibradores,
especificações
Experiências
Capacidade dos
processos
Normas,
especificações
Produto
Qualidade Final
Alterações de especificações
Alterações de desenhos Qualidade
pré-especificada
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5) Determinação e controle de tempos e métodos
A partir da seqüência da fabricacao estabelecida pelos processos de
fabricacao, determina, para as diversas operacoes, os tempos padrões para a sua
execução, seja através de cronometragem no local ou por estimativas. Os tempos
assim determinados serão usados para determinação do custo da peca, controle
de eficiência do operador, relação entre horas trabalhadas e horas disponíveis e,
eventualmente, prêmios de producao. Participa também da determinação das
condições operacionais (avanço, rotação, profundidades de corte, fluido de corte,
etc.) juntamente com o setor de processos.Determina também o melhor método de
operação, prevendo-se movimentos, movimentação, etc.
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ferramental), assim como possibilitar a geração de relatórios de analise” (relatórios de
rejeição, de oscilação de tempo padrão, de numero de maquinas e homens necessários,
eficiência da producao, etc.), que fornecem dados para iniciar e manter a planificação a
ser adotada.
A maior eficiácia produtiva possível é obtida quando é produzido um produto com a
qualidade necessária, no tempo previsto, pelo método melhor e a custo mais baixo . Este
deve ser o objetivo de toda administração de producao. Assegura-se este objetivo
prevendo-se a quantidade de material necessário, maquinas e ferramental adequados,
pessoal necessário, alem das instruções adequadas nos lugares e tempos corretos. Para
se atingir, ou mesmo aproximar-se deste objetivo, 'e necessário o planejamento. A esse
respeito, um dos precursores do planejamento industrial, Henry L. Gantt, estabeleceu que
planos bem elaborados, juntamente com instruções completas e detalhadas, podem
resultar em um aumento de producao acima de 100%, quando o esforço físico é o fator
limitante.
A fabricacao de um produto envolve sempre uma serie de operacoes que constituem o
seu método ou processo. Geralmente é possível determinar-se, para a efetivação de um
produto, de vários processos alternativos ou mesmo variações dentro de um mesmo
processo.A programação para abastecimento , alem de qualidade adequada de
ferramental é importante para a correta operacionalização dos processos ,visando
prevenir problemas que podem ocorrer na fabricacao, resultando em :
a) a eliminação de perdas causada pelo mau dimensionamento dos projetos de
ferramentas de corte, dispositivos, matrizes e calibradores;
b) a eliminação, ou pelo menos, minoração dos métodos de tentativa e erro na escolha e
dimensionamento de ferramental ,que usualmente conduz a um reprojeto ou alteração,
resultando altos custos adicionais.
Uma fabricacao eficiente deve ser planejada em princípios ou regras básicas que
definem seu melhor aproveitamento. Alguns são aplicados fora da área de influencia da
Engenharia de Fabricacao; a maioria, entretanto, são fundamentais ao planejamento de
processos e de ferramental. Eles prescrevem, diretamente ou por implicação, o que deve
ser atingido e observado.
Estes princípios relacionam-se com:
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.a.1 – Determinação de Objetivos
A condição preliminar e obrigatória para um projeto industrial, 'é o estabelecimento
do seu objetivo, com o qual cada atividade pode ser harmonizada.
Conseqüentemente, um processo de fabricacao deve ser inteiramente determinado.
Seu planejamento deve estipular o produto para o qual se tem intençao de utilizá-lo, a
quantidade prevista de pecas a serem produzidas, sua inter-relação com o
planejamento geral e o tempo no qual ele deve ser usado.
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furadeiras múltiplas, tornos verticais, ou automação programável com o uso de maquinas
de controle numérico e Sistemas e Células Flexíveis
A fim de promover a especialização e a simplificação, o trabalho mental da producao deve
ser reduzido ao mínimo através de planejamento antecipado, ou seja ; qual trabalho deve
ser executado, onde, como e quando.
Operários não especializados ou semi-especializados podem ser empregados.Não se
poderá esperar destes, no entanto, que compreendam a complexidade do trabalho
planejado da fabrica, e ainda, em alguns casos, como direcionar seu próprio esforço. Com
menor capacidade dos subordinados, os supervisores e encarregados terão a maior parte
do seu tempo consumido em um grande numero de detalhes, perdendo-se neles a visão
de conjunto dos problemas. Devido à escolha de mão de obra menos especializada, a
tendência será de se ter supervisores e encarregados com maiores aptidões de
organização e trato com o pessoal, e, consequentemente, a necessidade de um
atendimento técnico aos setores produtivos . Como a tendência à especialização é
crescente, a necessidade de planejamento da forma e da seqüência das operacoes
antecipadamente torna-se necessária . Portanto, em sua forma mais geral, um
planejamento de processo deve especificar os resultados em cada operação e apresentar
as orientações para obtê-los eficientemente.
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Dentro de um processo de fabricacao, as pecas intercambiáveis de operação para
operação podem ser fixadas e localizadas dentro dos limites definidos, podendo, portanto
ser produzida de maneira prevista. Assume proporção importante o estudo de tolerâncias
de fabricacao, erros de fixação e localização, sobremetal a ser removido, etc.
A intercambialidade é obtida prevendo-se uma variação ou tolerância da dimensão
nominal. Esta poderá ser aberta ou estreita, dependendo das exigências em cada
operação, sendo que sua observância dependera dos controles operacionais. Nos
processos produtivos ,as pecas a serem produzidas numa determinada operação deverão
sempre manter, ao longo do lote , as mesmas suerficies de localização e fixação. Este 'e
o motivo do uso de dispositivos de fixação e mascaras de furação, que localizam as peças
sempre uniformemente. Como é conhecido , são introduzidos desvios pelas variações na
localização da peca, pela ação das ferramentas de corte, pelas imprecisões da maquina,
alem do fator humano.. Então, para se assegurar que os desvios erros não ultrapassem
as especificações dos desenhos de produto , a natureza de cada fator de variabilidade
deve ser estabelecida. Em outras palavras, o planejamento do processo deve garantir a
localização da peca especificando as superfícies de localização na peca e no dispositivo
para garantir o contacto efetivo entre elas. Deve ainda incluir a descrição das ferramentas
e maquinas, relacionando nas fases da fabricacao em que foram previstas. E, finalmente,
dentro da mesma escala de valores, não deve deixar de considerar o fator humano,
prevendo os meios necessários a fim de auxiliar o operador, a executar corretamente o
seu trabalho.
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• Transferência de potencia, através do qual as maquinas ferramentas são providas
de meios para a aplicação de potencia de uma fonte externa, a fim de suplementar
ou mesmo substituir o esforço humano.
• Transferência de habilidade e necessidade de raciocínio, para as maquinas e
ferramentas que aumentam o desempenho do artesão, alem de necessitarem de
atenção pessoal relativamente inexperiente. Uma mascara de furação é um
exemplo típico; outro exemplo é uma máquina automática que repete cada fase de
um ciclo sem atenção continua.
• Simultaneamente de ações, através do qual vários elementos de uma mesma
operação são executados simultaneamente. Uma maquina ferramenta programada
para usinar varias superfícies simultaneamente, 'e um exemplo típico.Outra
aplicação deste princípio é a operação planejada tal que o operador carrega m
dispositivo de fixação com uma peca, enquanto que a maquina esta usinando outra
peca em outro dispositivo.
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devem ser transportadas, alem de se prever transportadores eficientes. As considerações
detalhadas, em caráter de projeto, sobre movimentação de materiais, geralmente não
esta afeta ao planejamento de processo, porem, sua inter-relação não deve ser
esquecida. Qualquer planejamento de processo ou de ferramental deve levar em conta
fatores como a localização das maquinas na fabrica, pontos de transporte no projeto dos
dispositivos, etc.
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concluir que dever-se-á sempre justificar economicamente as suas necessidades
técnicas a fim de que este torne-se viável e competitivo.
1- Introdução
Será dada atenção especial aos processos de Fabricacao, tanto sob o aspecto
puramente de aplicação tecnológica como também sob o aspecto metodológico e
organizacional que esta atividade imprime a qualquer atividade produtiva.
Existe a necessidade de organização das atividades produtivas, de modo a permitir
analise e tomada de decisões nos planos superiores de gestão , econômico e estratégico
Decisões tais como política estratégica da empresa, metas de redução de custos através
da redução de tempos produtivos, determinação do nível ótimo de inventario, qualificação
do nível de rejeição, programas de reequipamento e modernização de equipamentos,
somente podem ser tomadas se houver a disposição dados provenientes de uma
organização de fabricação bem estruturada. A maioria dos dados gerados para essas
análises provém dos conceitos e práticas constantes do Plano de Infraestrutura
Tecnológica :
• seqüência de fabricacao das pecas;
• máquinas utilizadas na fabricação destas pecas;
• caminho da peças pela fabrica, determinado pela seqüência de fabricacao;
• ferramental adequado para cada operação, seja de producao ou controle
• dimensões a serem adotadas nas diversas operacoes, com previsão de desvios de
forma, posição, tolerâncias dimensionais nas dimensões, previsão de sobremetal,
etc.
Todas estas informações são transmitidas aos processos produtivos constantes no Chão
de Fábrica através dos Processos de Fabricacao, gerados em um dos setores da
Engenharia de Fabricação, cujo nome varia de organização para organização, sendo
mais comuns os de Setor de Processos, Planejamento Técnico, etc.
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2 - Objetivos e Implicações
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O processo de fabricação ,é o documento oficial de fabricacao da peca em
questão dentro da Producao, resultando as seguintes conseqüências imediatas.
• estabelecimento do caminhamento da peça pelos diversos setores
• definição das máquinas a serem utilizadas
• definição de utilização de cada máquina, produtividade, a determinação de sua
carga horária e, consequentemente, definindo carga de máquinas para toda a
fábrica;
• possibilidade de determinação de tempos padrões para cada operação;
• definição de arranjo físico da fábrica;
• possibilidade de programação correta das peças, através da determinação dos
tempos de fabricação.
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• quantidade de maquinas ou conjuntos a serem fabricados na unidade de tempo
(ano, mês, semestre), se se tratar de fabricação em lotes, ou quantidade mensal se
se tratar de fabricacao seriada.
• quantidade de maquinas a serem fabricadas sem alteração do desenho. Esta
informação é importante, para o projeto de ferramental, que adota critérios
diferentes, se não houver previsão de alteração com datas pré-estabelecidas.
• condições nas quais a producao das pecas devera ser feita, tais como: instalações
ou existentes, equipamentos disponíveis, possibilidades de obtenção de novos
equipamentos, etc.
• avaliação de mão de obra direta (operadores de maquinas operatrizes,
ajustadores, etc.) e indireta (montadores de maquinas, inspetores de qualidade,
encarregados de secção).
• previsão de datas de entrega do produto ,para avaliação dos prazos l, de seus
cronogramas de trabalho, que estabeleçam datas e prazos para os diversos
estágios do processamento.
Esses dados são necessários para definir os parâmetros básicos para o detalhamento do
processo, assim como as quais ele deve ser colocado em uso.
Quanto maior a precisão das informações fornecidas quanto às condições de
efetivação do processamento, tanto mais rapidamente, a um custo menor, estas poderão
ser atendidas e efetivadas.
A experiência mostra que na preparação para fabricação em caráter normal de
muitas peças ou conjunto de pecas sem os dados anteiores , torna-se necessário
introdução de correções durante a fase de preparação para produção (lotes pilotos,
amostras), ou mesmo, durante a produção normal. Estas alterações nas especificações
de fabricação podem conduzir a revisão das folhas de processo, mudança de projetos e
retrabalho de ferramentas, rearranjo de equipamentos, etc. Como conseqüência, a
preparação e o inicio de producao poderão sofrer adiamentos alem dos permitidos pelo
cronograma previamente estabelecido.
As tolerâncias dimensionais e geométricas devem permitir que a qualidade assim
obtida mantenha a qualidade e o desempenho do conjunto total.
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A quantidade de maquinas ou conjuntos a serem fabricados na unidade de tempo e com
desenhos realterados, é um dos itens que permite a escolha do processo de usinagem
mais econômico, alem do equipamento, ferramental, grau de mecanização e automação,
e sua estrutura organizacional.
É também muito importante conhecer-se as condições na qual o processo de
fabricacao deve ser efetivado. Quando os processos são planejados para serem
efetivados em uma fabrica nova, haverá muito mais liberdade de escolha do
processamento, equipamento e ferramental do que se estes forem utilizados em uma
fabrica existente. No ultimo caso, a seleção dos processos a serem utilizados serão
influenciados pelo equipamento disponível, por carga horária de utilização deste
equipamento, pela possibilidade de escolha de equipamentos novos, pela capacidade
técnica e de producao de dispositivos e ferramentas , alem da possibilidade de
intercambio de informações com fabricas similares, etc.
A localização da fabrica é um dado importante para se determinar ate onde é
possível a cooperação e interligação com outras fabricas do mesmo local na fabricacao
de pecas em bruto, alguns tipos especiais de pecas, tais como estampados, fundidos,
alem de se poder avaliar o fornecimento de pecas, tais como estampados, fundidos, alem
de se poder avaliar o fornecimento de pecas acabadas e usinadas (retentores,rolamentos
de esferas e rolos, O-Rings, equipamentos elétricos, hidráulicos pneumáticos, sistemas
de lubrificação, motores elétricos, etc.).
A avaliação de mão de obra e as possibilidades de seleção e treinamento de
funcionários também podem influenciar o planejamento dos processos de fabricação.
Quanto menor for o nível do pessoal envolvido diretamente ou indiretamente na Producao
e maior o volume de produção, tanto mais detalhado, tanto em numero de informação
como em detalhes de croqui, e projeto de ferramental devera ser o processo.As
informações que compõem o processo de fabricacao devem ser tais que habilitem o
operador, montador e encarregado de seção a executarem a operação prevista sozinhos,
sem necessidade de informações suplementares, usinando as pecas de tal modo que, na
montagem final, reproduzam o conjunto montado em todas as suas especificações e
exigências.
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4- Implantação de Processos de Fabricação
De acordo com as indicações gerais dadas no parágrafo anterior, a implantação
dos processos de fabricacao de uma maquina ou conjunto mecânico devera seguir a
seguinte seqüência de analise:
a) Volume de produção desejado
Antes de se iniciar as atividades de planejamento a execução dos processos será
necessário definir:
1- Quantidade de maquinas ou conjunto mecânico a serem fabricados na unidade
de tempo (ano, mês etc.).
2- a quantidade total de maquinas a serem fabricadas sem alteração de desenho,
ou, em outras palavras, o intervalo de tempo durante o qual será fabricado aquele
produto com os desenhos a disposição.
Estes dados são necessários para se selecionar as versões mais econômicas do
processamento, tipos de equipamentos e ferramentas de corte a serem utilizados,
quantidade de ferramental, estrutura organizacional dos processos, alem do grau de
mecanização e automação.
Frequentemente estes dados iniciais de producao são alterados devido a fatores
que ocorrem após a colocação das pecas em fabricacao, tais como aumento ou
diminuição de demanda, devido à oscilação de mercado, melhoria de pesquisa de
marketing anteriormente feita, etc. O processamento de fabricacao devera ser planejado
com flexibilidade suficiente para absorver variações.
b) Análise dos desenhos das peças
Antes da analise dimensional propriamente dita das pecas, será necessário um estudo de
aplicação da referida peca do desenho de conjunto ‘a qual ela pertence, para a avaliação
das necessidades da peca, tanto em tolerâncias dimensionais quanto geométricas. Após
esta analise inicial, passa se ‘a análise do desenho propriamente dito.
Estes deverão conter:
a) projeções vistas em corte dando uma idéia completa do projeto e das formas da
peca;
b) dimensões com as respectivas tolerâncias;
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c) indicação de rugosidade superficial das superfícies, através de valores
normalizados (Ra.,Rx, Rmax, etc.);
d) tolerâncias permissíveis de desvios de forma e posição;
e) tipo e especificação do material;
f)peso da peca e tolerâncias de peso, se necessário;
Outras especificações-tratamento térmico, dureza, camadas de proteção
(zincagem, cromação, etc.), balanceamento, etc.
Após todas essas verificações, o desenho devera ser analisado, enfocando-se
agora para o problema da produtividade possível das pecas em função da producao
prevista e do equipamento disponível.
Com relação a estes aspectos, alguns problemas terão que ser analisados, tais como:
• Dificuldades de producao devido a formas construtivas ou tolerâncias do desenho.
Se se constatar dificuldades de grande porte, que poderão encarecer a manufatura
devido a baixa produtividade ou ferramental de alto custo, devera ser seguida a
alteração do desenho original sem alterar a performance da peça.
• Possibilidade de aplicação de métodos de alta producao, quando estes forem
necessários. Tais métodos poderão conduzir a alterações de projeto, tais como
colocação de bossas de referencia para usinagem, reestudo de tolerâncias,
dimensões, etc.
• Um exemplo típico deste tipo de analise é a substituição de estrias cortadas
através de sistema de geração ( caracol) para conformadas,através do sistema de
rolagem a frio.
• Rugosidade superficial coerente com as maquinas-ferramenta disponíveis
(retificadoras, tornos) e aparelhos de medição. Há que se considerar também,
neste tipo de analise, as tolerâncias dimensionais. Neste caso, a analise deve ser
conduzida para que as tolerâncias sejam obtidas em uma única operação de
processo ou, em ultimo caso, com o desmembramento em duas ou mais
operacoes.
• Os desvios de forma (ovalização, conicidade, etc.),e posição ( perpendicularismo,
paralelismo , etc ) devem ser no máximo metade das tolerâncias correspondentes
e devem ser compatíveis com as tolerâncias possíveis de serem obtidas com o
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equipamento `a disposição. Caso não seja possível obtê-los com o equipamento a
disposição, dever-se discutir o projeto da peca a fim de se verificar a possibilidade
de adequação ao equipamento. Caso isto não seja mais possível, haverá
necessidade de investimento em maquinas ferramentas mais precisas. Será
necessário conhecer a função de cada peca e suas condições de montagem no
conjunto para equacionar todos esses problemas. Portanto, ao processamento de
usinagem não basta somente um estudo de desenho das pecas em separado,
havendo sempre necessidade de se estudar a unidade a que elas pertencem, alem
das suas funções na maquina montada.
1 ) Roteiro de Manufatura
24
.
50 Rebarbar Bancada
25
2 ) Planejamento das Operações
O processo de fabricação básico de uma peça deverá conter as seguintes
informações:
• ferramental de inspeção.
única superfície de uma ou várias peças, por uma ou várias ferramentas iguais ;
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• furação simples de um (1) só furo;
em uma ou várias peças por uma ou várias ferramentas de corte, ou ainda, pela
usinagem de uma superfície única em uma ou várias peças com várias ferramentas
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• Geração de programas CN, quando for necessário.
c ) Operações fundamentais
Na determinação do roteiro e do processo de fabricação , é necessário definir-se quais
as operações que são consideradas essencias , sem as quais a peça não será fabricada
mantendo-se a necessária correlação bi-univoca com o se desenho de produto respectivo .
Assim , define-se :
Operações fundamentais : são as operações indispensáveis ao processamento da
peça., e que atendem as especificações contidas no projeto das peças .
A omissão de qualquer uma das operações fundamentais provocará a interrupção da
usinagem sem possibilidades de continuidade. É importante ainda, que estas sejam
processamento.
• retíficas finais tanto internas como externas, que definem medidas finais de
diâmetro e face;
• furação e rosqueamento .
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Também são consideradas como fundamentais operações intermediárias que
permitam a execução das operações finais, assim como operações iniciais para criação
do sistema de referência.
Assim, tem-se:
1
o torneamento de eixos (e engrenagens ≅ 1 ), a partir da peça em bruto, seja
D
forjado ou barra. Normalmente, dependendo das tolerâncias e precisão das
máquinas, é possível obter-se algumas dimensões finais;
Ressalta-se mais uma vez que as operações fundamentais terão sempre que ser
colocadas em ordem lógica de execução. Assim, por exemplo, não é possível acabar-se
sem o prévio tratamento, tornear-se sem facear e centrar, mandrilar furos de precisão
sem referência usinadas, etc. A ordenação lógica das operações fundamentais será feita
São aquelas que introduzem o sistema inicial de referência a ser seguido nas
operações seguintes do roteiro de fabricação.Sempre que possível, o sistema de referência
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introduzido para o roteiro de manufatura deverá ser o mesmo que foi adotado no projeto da
peça correspondente.
Exemplificando, quando se manufaturar um eixo, o sistema de referência adotado no
seu projeto serão os assentos de rolamento, gerando a correspondente linha de centro;
sempre que possível, a operação inicial deverá manter esta referência; caso não seja
possível, adota-se a criação de centros em operação de faceamento e centragem, causando
acúmulo de tolerância entre a referência criada no projeto da peça e a referência adotada
para a sua manufatura.
c- 2 Operações Intermediárias
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DIMENSÕES
TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS
TOLERÂNCIAS RUGOSIDADE
SUPERFICIAL
ESPECIFICAÇÕES - T°T°
SUPERFICIAL
PEÇA EM
BRUTO
SOBREMETAL
DIMENSÕES INTERMEDIÁRIAS
OPERAÇÕES
TOLERÂNCIAS COMPATÍVEIS A
INTERMEDIÁRIAS
OPERACÃO
TRATAMENTO TÉRMICO E
QUIMICOS
USINAGEM ALTA TAXA DE
OPERAÇÕES
REMOÇÃO
FINAIS
USINAGEM BAIXA TAXA DE
REMOÇÃO
DIMENSÕES
TOLERÂNCIAS DIMENSIONAIS
TOLERÂNCIAS RUGOSIDADE
SUPERFICIAL
ESPECIFICAÇÕES - T°T°
SUPERFICIAL
d ) operações complementares:
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São operações que são criadas por conseqüência da execução das operações
fundamentais, ou ainda por serem necessárias para que seja possível a execução da
, forma-se rebarbas que deverão ser eliminadas. Esta eliminação deve ser feita
solução, visto ser quase sempre manual e de baixa produtividade, o que ocasiona,
custo final.
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o cortadores “shaver”.
e) Operações auxiliares:
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requerida na operação a ser executada. São bastante empregadas nos seguintes
casos:
operação de facear e centrar. É sabido também que, qualquer erro introduzido nos
retificadora.
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e.3) Desempenamento de eixos após tratamento térmico
de tratamento térmico, o que ode provocar falha de material nas operações finais.
Operações opcionais: são, como o próprio nome indica, necessárias somente em alguns
lotes de peças, sendo desnecessárias em outros. A sua participação no processo
produtivo é ocasional, sendo utilizada somente em condições especiais, tais como:
As operações opcionais também devem ser evitadas, pois que irão aumentar os
intens ferramental em consumo, com um conseqüente aumento de invetário. Outro
incoveniente que elas apresentam, é viciar a Produção em processos de manufatura de
mais simples controle, apensar de menos produtivo, freiando-se a evolução de processos
mais modernos. É o caso típico de introdução de equipamentos e máquinas mais
sofisticadas que exisgem, para sua perfeita utilização, de aprendizado e suas técnicas de
operação. As vezes torna-se mais cômodo recorrer a uma operação opcional pelo sistema
antigo de usinagem, prática que deve ser evitada a qualquer custo.
35
O ferramental de inspeção nas operções supracitadas, deverá ser especificado
pela respectiva operação de inspeção.
O processo completo de uma peça será sempre composto de:
1 – Operação Fundamentais;
2 – Operações Auxiliares;
3 – Operações Complementares;
4 – Operações Opcionais;
5 – Operações de Inspeção.
6 - Regras de Precedência
• Tolerâncias especificadas
• Dispersões do sistema máquina - ferramenta - dispositivo - peça
• Capacidade dos processos, obtidos através das técnicas de controle
estatístico dos processos
• Determinação de sobremetal entre operações do roteiro.
36
térmicos; levam ainda em conta as teorias de acúmulo de tolerância, capacidade de
processos, etc.
As regras de precedência aplicadas aos processos de manufatura são um caso particular
das regras de precedência aplicadas as atividades dos processos de negócio.
A seguir , serão detalhadas as regras de precedência , com suas respectivas conexões com
as tecnologias e metodologias correspondentes :
Regra de precedência 1 - A última operação do roteiro deve gerar a peça, a qual deve
ser equivalente ao respectivo desenho.
Esta regra estabelece que a última operação do roteiro de manufatura deverá gerar a peça ,
que deverá ser equivalente ao seu respectivo desenho
37
Regra de precedencia 2 - As especificações finais são obtidas de acordo com a
capacidade dos processos.
Esta regra estabelece que , após a determinação da operação final , conforme explicitado na
regra 1 , é necessário selecionar-se das maquinas-ferramenta, dispositivos, ferramentas de
corte , numa verificação da capacidade de processo , a dispersão de características (
dimensões, tolerâncias dimensionais, tolerâncias geométricas , rugosidade superficial ,
caracteristicas mecânicas de dureza superficial , etc ) do sistema MFDP ( maquina-
ferramenta , ferramenta de corte, dispositivo de fixação , alem da própria peça ), esteja
contida dentro de valores aceitáveis e compatíveis com as tolerâncias correspondentes . As
informações da capacidade de cada processo de manufatura devem estar residentes na
base de dados das tolerâncias de manufatura .
Regra de Precedencia 3 - A evolução da precisão do roteiro vai dos processos menos
precisos para os mais precisos.
Esta regra leva em consideração a capacidade do sistema MFDP – maquina ferramenta-
ferramenta de corte- dispositivo de fixação – peça ) , e a sua respectiva dispersão , para
facilitar a ordenação das operações . Esta regra será mais facilmente aplicada quando for
disponível um banco de dados com as capacidades dos processos para cada sistema
MFDP..
Regra de precedência 4 - A colocação lógica e ordenada das operações do roteiro
depende da limitação dos processos.
Esta regra considera que os processos de manufatura tem as suas limitações naturais .
Assim, operações de frezamento, mandrilamento, furação, alargamento são executados
sem movimento das peças e com movimento das ferramentas de corte , enquanto que
operações de torneamento podem ser executadas em certas faixas de dureza superficial,
operações de retifica devem ser executadas com baixas remoções de sobremetal e
ferramentas multicortantes ( rebolos ) e assim por diante .
Regra de precedência 5 - As tolerâncias e especificações devem manter
compatibilidade com as dispersões do sistema máquina - ferramenta - dispositivo –
peça.
Esta regra estabelece o critério de seleção dos sistemas MFDP , que geram as dispersões
das caracterisiticas do produto, as quais devem ser menores que as tolerâncias
38
especificadas na operação . Os desvios gerados a partir das dimensões nominais das
características de qualidade resultam da ação conjunta dos dispositivos para fixar e localizar
as peças , dos suportes das ferramentas de corte e da peça propriamente dita . Esta
dispersão é resultado da ação combinada de desvios sistemáticos e aleatórios . Desvios
sistemáticos são aqueles que se repetem regularmente, sendo detectados por um critério
conhecido e pré-estabelecido ( ex: desgaste do fio de corte de ferramentas ).Desvios
aleatórios são definidos como os que ocorrem durante o processo produtivo, como
consequencia da ação de um grande número de fatoresde mesma ordem de grandeza . e
mutuamente independentes , sem qualquer interrelação entre eles . Os fatores que
influenciam os desvios aleatórios são o aumento de temperatura do sistema MFDP,
vibrações , entre outros . A caracterização de um fator particular como aleatório ou
sistemático é difícil , dependendo bastante das condições internas a operação sendo
executada . O desvio total deve ser menor que as tolerâncias especificadas na operação
.Em empresas com organizações tecnológicas estáveis, o conjunto de informações
correspondentes aos desvios do sistema MFDP devem estar disponíveis nos bancos de
dados tecnológicos .
Regra de Precedência 6 - A condição necessária para que uma determinada operação
do roteiro seja efetivada consiste que ela permita a execução das operações
posteriores, encadeadas a ela.
Esta regra é aplicada para permitir a sequencia de operações após a execução de uma
determinada operação. Cada operação , seja ela final ou intermediária, deve prover as
especificações dimensionais, geométricas e metalúrgicas .Ela será atendida quando os
parâmetros projetados para a operação permitem a execução das operações susequentes ,
através da obtenção de suas especificações . Em operações de usinagem, a viabilização da
operação é obtida através do dimensionamento correto de sobremetal a ser removido nas
operações subseqüentes do roteiro, para atingir as tolerâncias dimensionais, geométricas e
de rugosidade superficial, além da camada metalurgicamente afetada . A mínima espessura
de sobremetal Sn entre duas operações é aquela que assegura a qualidade da superfície
usinada ao mínimo custo de processamento. Os valores do sobremetal mínimo Sm entre
operações é obtido aplicando-se um fator de segurança k , para compensar variações tais
39
como a idade da máquina ferramenta, seleção aleatória das maquinas ferramentas na
operação normal de uma fábrica, entre outros . Resulta-se então que :
Sm = k.Sn
Adotando-se a sequencia de duas operações encadeadas i , i+1 , onde :
Ti – tolerancia da operação i ,
Ti +1 – tolerancia da operação i +1 ;
Pode-se estabelecer que a máxima dimensão Di+1M da operação a ser executada é igual
a mínima dimensão Dim acrescentado da mínima remoção de sobremetal Sm . A minima o
da operação sendo executada Di+1m é igual a máxima dimensão da operação sendo
executada DiM mais a máxima remoção de material SM . A máxima remoção de material SM
é igual a minima remoção de material Sm acrescentada das tolerâncias operacionais Ti e
Ti+1 ., ou seja :
Di+1M = Dim + Sm
Di+1m = DiM + SM
Sm = Sm + Ti + Ti+1
O mesmo raciocinio é aplicado para um roteiro consistindo de n operações . Os
parâmetros a serem determinados nas operações encadeadas segue o procedimento
anexo . Para se aplicar convenientemete a regra de precedência 6 , é necessário dispor-
se de base de dados com os dados de tolerâncias operacionais e sobremetais .
40
A regra de precedência 7 é aplicada para viabilizar a própria operação , provendo as
especificações da operação anterior i- 1 . As mesmas considerações desenvolvidas para a
operação anterior i-1 e a operação i do roteiro de fabricação .
41
7 – Metodologia de encadeamento de operações no roteiro de manufatura .
42
a)Regra de precedência 3 – O processo de manufatura deve ser selecionado deve operar
com tolerâncias maiores que as especificações dimensionais, geométricas e metalúrgicas da
peça em suas operações finais .
b)Regra de precedência 4 – Seleciona-se a geometria da peça em bruto que melhor se
ajuste com a geometria da peça em suas operações finais .
c)Regra de precedência 6 – A operação atual permite que as operações subseqüentes do
roteiro tem capacidade de manter suas especificações .Neste caso , levando-se em
consideração as tolerâncias operacionais e de tratamento térmico da peça em bruto, será
necessário dimensionar o sobremetal a ser removido nas operações subseqüentes, assim
como a operação de tratamento térmico para se atingir as especificações das operações
metalúrgicas finais .
Passo 3 – Determinação das operações intermediárias .
O roteiro é completado com a determinação das operações intermediárias, colocadas entre
a primeira e última operação. As operações intermediárias complementam e asseguram a
obtençãodas especificações finais das peças , a partir das especificações da operação
inicial. As operações intermediárias são dimensionadas aplicando-se as seguintes regras de
precedência :
a)Regra de precedência 2 – Conforme explicado anteriormente
b)Regra de precedência 3 – estabelece a evolução da precisão dos processos de
manufatura .
c)Regra de precedência 4- Estabelece as limitações dos processos da sequencia de
operações .
d)Regra de precedência 5 –Estabelece a tolerância a ser obtida para atender o sistema
MFDP.
e)Regra de precedência 6 – Estabelece as necessidades do projeto das tolerâncias
operacionais i e i+1, determinando os sobremetais máximos e mínimos para a operação i+1
f)Regra de precedência 7 –Estabelece as condições de dimensionamento das operações i e
i+1, dimensionando o sobremetal a ser estabelecido para a operação i-1 , a ser removido na
operação i.
A aplicação da metodologia detalhada acima facilita o encadeamento lógico das operações ,
facilitando , portanto , a geração estruturada do roteiro de manufatura .
43
As atividades de geração de roteiros de manufatura e o respectivo detalhamento das
operações , com especificações dimensionais, geométricas e metalúrgicas ainda são feitas
com o conhecimento tácito dos engenheiros e técnicos de manufatura.Esta condição conduz
ao dimensionamento de roteiros e operações de modo praticamente individual , bastante
dependente do nível de conhecimento tácito e da criatividade desses profissionais. O
desenvolvimento de roteiros e operações , baseado num conjunto de regras de precedência,
impõem uma sequencia lógica , baseada em conhecimento estruturado, determinando as
espécificações, encadeamento e ordenação das operações e seleção de tolerâncias e
sobremetais entre operações . A utilização de várias bases de dados e conhecimento, e a
sua aplicação nos passos metodológicos e nas regras de precedência proverá condições de
desdobramento deste conhecimentopara engenheiros e técnicos de manufatura, permitindo
também a automação da geração do planejamento de processos através de recursos
computacionais ( Planejamento de Processos com Auxilio Computacional – Computer Aided
in Process Planning – CAPP ).
8-Exercicio de Aplicação .
Para exemplificar a aplicação das regras de precedência na ordenação das operações, será
utilizada uma única dimensão de uma determinada peça, conforme figura 3.5.
0 0,05
0,02
m 0,02
50
DUREZA SUPERFICIAL:
44 58 - 62 RC
Figura 3.5.: Uma dimensão em peça genérica
As especificações são:
* Dimensão - diâmetro- 50 mm
0,02
* Tolerância Rugosidade: R =
A
* Dureza Superficial: 58 - 62 RC
45
1. A especificação de dureza superficial de 58-62 RC conduz à escolha de processos de
usinagem com baixa taxa de remoção de material. Neste caso aplica-se a regra de
precedência nº 4.
2. De acordo com esta regra, não será possível prever-se um processo de usinagem com
alta taxa de remoção de material (torneamento, por exemplo), pois este processo é
incompatível com a dureza superficial de 58RC a 62RC.
* Têmpera
* Cementação e têmpera
* Nivelação e têmpera
* Cianetação e têmpera
Assim, após o 1º passo, o roteiro fica esquematizado como segue, na figura 3.6
46
.
CEMENTAÇÃO E
n-1
TÊMPERA
n RETIFICAÇÃO
+- 0,02
50
0 0,05
0,02
RC 58 - 62
47
2. A condição inicial deve-se compatível com os processos de fabricação que permitem a
sua obtenção.
* Laminação
* Trefilação
* Forjamento
Como a peça inicial é cilíndrica, assim como a peça final, a escolha poderia ser entre os
processos de laminação e trefilação.
Portanto, após o segundo passo, o roteiro ficará esquematizado conforme figura 3.7
RETIFICAÇÃO
n
CEMENTAÇÃO E
TÊMPERA
n-1
n - 2 LAMINAÇÃO
48
3º Passo: Determinação das operações intermediárias.
49
OP. INICIAL n-3 LAMINAÇÃO
50
3.5- Medidas do Trabalho - Tempos
1 - Tempo Padrão
O conceito de tempo standard (ou padrão) como medida do trabalho foi criado no
início do século, através dos estudos de Taylor, Gilbert, etc.Ele foi aplicado inicialmente em
todas as operações e atividades feitas no chão de fábrica; apesar das atuais mudanças de
organização, o seu conteúdo básico pode ser ainda aplicado, principalmente para a
formação da base de dados, necessária para o dimensionamento de instalações e controles
gerencias.
Assim, serão dados a seguir os principais conceitos e definições de tempos padrão
Matematicamente, tem-se:
ts tp (1)
T = m +
onde:
51
tempo necessário para se familiarizar com o desenho da peça ou folhas de
processo;
tempo de preparação do local de trabalho, equipamento, dispositivos e ferramentas;
tempo para desmontar a máquina após o lote usinado e devolver o ferramental até o
depósito;
t p = t p r + th + t I + t f (2)
52
manual e de máquina quando o trabalho é feito com a ajuda de máquina e a simultânea
participação do operador.
É evidente da fórmula (2) que o tempo padrão somente pode ser estabelecido após a
determinação de seus componentes, como o tempo de processamento básico t pr e o tempo
de carga e descarga t h . O tempo de carga e descarga pode ser obtido através da
observação dos movimentos do operador ou através de tabelas experimentais.
O tempo de máquina t m normalmente pode ser determinado pelas equações conhecidas da
usinagem dos metais, quando se tratar de operações de usinagem. Exemplificando a fórmula
básica em operações de torneamento será:
km = l . k
va . j . s
onde:
53
Figura 3.9 : Componentes do Curso L
L = l + L + l2
1 p
onde:
j = 1000 v
d
54
onde:
t = d.l. k
m 1000v . s
55
iTempo de carga e descarga t h
É gasto em movimentos durante o trabalho acessório à mudança de forma,
dimensões e outros. Tais movimentos incluem: carga, montagem e fixação da peça em
bruto, liberação e descarga da peça acabada; dar partida e parar máquinas e dispositivos de
movimentação de materiais; carregar e remover peças de fornos e banhos de recobrimento;
medir e movimentar peças ao local de trabalho; avançar a ferramenta à peça e retirar a
ferramenta da peça, entre outros.
iTempo de fadiga t f
Inclui somente o tempo estipulado para certas condições de trabalho; por exemplo
para serviços que requeiram trabalho intensivo e esforço físico extenuante. Em condições
normais, o tempo de fadiga inclui somente necessidades pessoais. Os valores normalmente
adotados variam de 2% a 5% do tempo de ciclo. O tempo de fadiga é também conhecido
como tolerância de fadiga.
No cálculo do tempo padrão por peça t p , o tempo de preparação do local de trabalho t I e
o tempo de fadiga t f são usualmente assumidos como porcentagem de tempo de ciclo.
56
Neste caso, a fórmula do tempo padrão pode ser expressa como:
tI + t
tp = tc f
1 +
100
chamando:
t I + tf = h , tem-se:
h
t = t 1+ (3)
p c 100
Q 1 (4)
=
p
tp
Q 1 (5)
=
T
57
2 . Métodos de Medida do Tempo Padrão
Assim, pode-se dividir a obtenção do tempo padrão em várias etapas sucessivas, como se
segue:
58
a) avanço por volta;
b) velocidade de corte e rotação;
c) profundidade de corte.
Para outras operações que envolvam outros processos de manufaturas, os dados deverão
ser escolhidos de modo que se definam com clareza a operação sendo analisada.
Nesta etapa é importante que o operador esteja avisado que a coleta de tempos será
iniciada. As observações deverão ser feitas, de acordo com a divisão dos elementos
previamente determinada. Durante a tomada de tempo podem aparecer muitas vezes
elementos estranhos à operação, ou ainda, pequenos incidentes devem ser anotados em
lugar conveniente.
59
de indivíduo para indivíduo. A avaliação correta do ritmo irá determinar se a fixação
posterior do tempo padrão irá ser super dimensionada (com prejuízo para a empresa) ou
sub dimensionada (com prejuízo para o operador).
Uma das conseqüências imediatas da determinação e fixação dos tempos padrão das
operações do processo da manufatura é a possibilidade de determinação das necessidades
de máquinas e equipamentos, que devem estar disponíveis para o cumprimento dos
programas de produção.
A determinação da carga horária de um determinado equipamento é dado fundamental para
o dimensionamento das necessidades fabris. Os dados iniciais a serem disponibilizados
são:
Supondo-se que por uma máquina i qualquer de uma instalação fabril fabrica-se um
determinado número de peças. O tempo padrão necessário para se fabricar n peças nas
respectivas quantidades será:
60
Máquina i
1 a1 tp1 a1 . tp1
2 a2 tp2 a2 . tp2
3 a3 tp3 a3 . tp3
n an tpn an . tpn
n n
Σ tpi Σ ai tpi
i=1 i=1
n
t = t t Σ t Zi
t d - I -
i=1 s
i i i i
(6)
onde:
61
n
Σ tp • a
i=1 i i
gi =
tt
i
tp . a
N n i i
g = Σ . Σ .
i=1 i=1 t
t
i
Exercício de aplicação :
A figura 3.10 mostra um conjunto composto de um eixo , uma engrenagem e um
espaçador , alem de dois rolamentos de esferas . A engrenagem , eixo e espaçador são
construidos em aço ABNT 1020 , e cementados e temperados para a dureza superficial
de 58 / 62 RC , conforme especifica o desenho das peças . As quantidades a serem
produzidas do conjunto abaixo é de 1000 conjuntos / mês .
62
São ainda fornecidos os respectivos roteiros de fabricação de cada uma das peças ,
conforme pode ser verificado abaixo . O regime de trabalho da empresa é de dois turnos
, 8horas por turno , com parada para almoço e jantar de 45 minutos .
Determinar as máquinas necessárias para se fabricar o conjunto mecânico nas
quantidades especificadas .
1. Eixo
Oper. Descrição T.Padrão Máquina
10 Tornear .090 Torno Mecânico
20 Tornear .065 Torno Mecânico
30 Fresar Rasgo .009 Fresad. Univ.
40 Trat. Térmico .0011 Forno
50 Retificar Assento .040 Retificadora
de Rolamento
60 Retificar Assento .040 Retificadora
de Rolamento
2. Engrenagem
Oper. Descrição T.Padrão Máquina
10 Tornear .070 Torno Mecânico
20 Tornear .085 Torno Mecânico
30 Fazer Rasgo .120 Plaina Limadora
40 Fazer Dentes .085 Cortadora Dentes
50 Trat. Térmico .010 Forno
60 Retificar Furo .055 Retificadora
63
3. Espaçador
Oper. Descrição T.Padrão Máquina
10 Serrar .090 Serra
20 Tornear e Furar .037 Torno
30 Tornear .043 Torno
40 Trat. Térmico .009 Forno
50 Retificar .033 Retificadora
Adota-se ainda que o tempo t d seja expresso por dois turnos de trabalho de 8 horas, com
45 minutos para almoço e jantar.
Assim:
1. Torno Mecânico
2. Fresadora
64
3. Serra
4. Plaina
5. Forno
6. Retífica Externa
283
1 ) Introdução
Após sua definição, o tempo padrão passa a ser parâmetro de medida para todos os
controles subsequentes do chão-de-fábrica. As suas principais aplicações são:
a) definição dos controles gerenciais de manufatura;
b)definição de arranjo físico (lay-out) juntamente com o roteiro de fabricação;
c) definição dos tempos totais de fabricação (lead time).
Os controles gerenciais são definidos a partir da fromulação dos tempos padrões e dos
respectivos portfólios de produtos a serem manufaturados na organização sendo analizada :
65
Assim, define-se inicialmente que, o tempo padrão de um produto será dado pela equação:
g
t pi = Σ t pi (1)
i=1 i
onde:
p
tpi = Σ tpo (2)
i i=1 i
onde:
g p
tpi = Σ Σ tpo (3)
i=1 i=1 i
66
o tempo padrão necessário para N produtos diferentes será:
n g p
tp = Σ Σ Σ tpo (4)
i=1 i=1 i=1 i
Produto Quantidade
1 a1
2 a2
3 a3
. .
. .
. .
N aN
N
tpt = Σ ai tpi (5)
i=1
ou:
n g p
tp = Σ ai Σ Σ tpo (6)
T i=1 i=1 i=1 i
67
Assim se houver na fábrica r máquinas, o tempo real trabalhado num certo espaço de
tempo será:
r
tt = Σ tt
i
T i=1
r
t = Σ t
dT i=1 d i
r
t = Σ t
IT i=1 I i
tem-se:
r r
t = Σ t - Σ t (7)
tT i=1 d i i=1 I i
2 - Índices de Controle
a) eficiência operacional
68
t
p
T
e = (8)
t
t
T
A eficiência operacional mostra a precisão que foram definidos e fixados os tempos padrões
das operações de manufatura, em outras palavras, a eficiência operacional será 1 se todo o
tempo trabalhado na máquina foi convertido em tempo padrão.
tem-se:
n g p
Σ ai Σ Σ t po
i
e = i=1 i=1 i=1
r r (9)
Σ td - Σ tI
i i
i=1 i=1
b) utilização de equipamentos
t
t (10)
T
u = t
d
T
69
ou seja:
r r
Σ td - Σ ti
i=1 i i=1
u =
r td
Σ i
i=1
ou:
r
Σ t
Ii
i=1 (11)
u = 1-
r
Σ t
di
i=1
70
c) Índice de produtividade
t
p
T
P =e×u =
t
d
T
ou seja:
t
p
T
P = (12)
t
d
T
portanto:
n q p
Σ a Σ Σ t po i
i=1 i i=1 i=1 (13)
P = r
Σ t
d
i=1 i
71
A partir das equações (9), (11) e (13), é possível controlar-se completamente qualquer
instalação fabril cujos produtos tenham seus roteiros de fabricação e tempos padrões bem
definidos. Os índices de eficiência, utilização e produtividade podem ser definidos a priori,
como metas administrativas a serem atingidas ao longo de um período de tempo. Assim, a
eficiência tende a ser próxima de 100% se o tempo padrão foi bem dimensionado. A
utilização u deverá ser administrada de modo a ser maior possível. Reduções de atividade
de manufatura são espelhadas por esse índice. Assim, quando a instalação fabril entra em
processo de redução de atividade de manufatura, fatalmente ter-se-á também uma queda
do índice de utilização de equipamentos.
É evidente que a partir da determinação correta dos tempos padrões, a eficiência
operacional será basicamente um índice de medição da estrutura organizacional do setor
sendo analisado. Por outro lado, o índice de utilização representa a situação estratégica e
de penetração de vendas da empresa, alem de poder permitir análise de desempenho dos
departamentos de suporte , tais como Manutenção , Suprimentos , Vendas , Marketing,
Operações , etc . Os dois índices juntos definem a produtividade global. A análise do índice
de produtividade nem sempre é fácil, quando assumido globalmente. É sempre mais
conveniente analisá-lo separadamente de seus índices componentes.
Há que se ressaltar também que esses índices, assumindo-se que todas as paradas de
máquinas devam ser incluídas no tempo produtivo tI, tendem a revelar certos parâmetros
que estão se tornando importantes, devido aos problemas anteriormente citados. Um dos
parâmetros mais evidentes são os tempos de montagem de máquinas ts, que assumem
grande importância à medida que cresce a diversificação de produtos e peças a serem
fabricadas.
O s indices de eficiencia , utilização e produtividade são importantes e tornam-se uma
ferramenta adequada de gestão , quando se pode disponibilizar os dados referentes a
tempos improdutivos , desdobrados pelas causas de parada da máquinas , etc . As bases
de dados para esses indices devem ser coletadas capilarmente , operação a operação e
serem reportados do chão de fábrica através de um sistema de informação estruturado
72
3.8 . Sistema de chão de fábrica - Desenvolvimento Analítico
a. Sistema Elementar
b. Sistema para uma Peça
c. Sistema Completo
a. Sistema Elementar
PEÇAS / QUANTIDADES
TEMPOS
ESTAÇÃO
DE TRANSFORMAÇÃO DE t t
TRABALHO FORMA, DIMENSÕES pr s
E ESPECIFICAÇÕES
CARGA E DESCARGA t
c
TRANSPORTE t
t
ESTOCAGEM t
e
e
Figura 2.9 - Sistema Elementar de Manufatura
73
onde:
t pr - tempo de processamento básico de 1 peça
As atividades de manutenção de qualidade das peças sendo fabricadas serão feitas através
de controle da qualidade, com suas potencialidades e recursos necessários.
O sistema de manufatura para uma peça deverá abranger o roteiro de fabricação completo
de peça sendo fabricada em diversas estações
de trabalho.
74
Roteiro de
Fabricação Peça Atividade Tempos
Operação 1
E.T.
→ (Transf.)1 tpr 1 ts 1
1
(Carga / Descarga)1 tc
1
↓ ↑
⇑ (Transporte)1 - 2 tt
1....2
⇓
(Estocagem) t c 1....2
Operação 2
E.T. → (Transf.)2 tpr 2 ts 2
2
(Carga / Descarga)2 tc2
↓ ↑
⇑ (Transporte)2 - 3 tt
2....... 3
⇓
(Estocagem) 2 - 3 te
2....... 3
E.T.
Operação 3 3 → (Transf.)3 tpr 3 ts 3
(Carga / Descarga)3 tc
↓ ↑ 3
⇑ (Transporte)3 . . . p tt
3...p
⇓
(Estocagem)3 . . . p te
3...p
Operação p E.T.
p → (Transf.)p tpr tsp
p
(Transporte)p . . .. ttp . . .
(Estocagem)p. . . . te
p
75
O tempo total de manufatura da peça para quantidades unitárias será:
T = t + t + t + t + t + ...
pr 1 s1 c1 t 1-2 e 1-2
... t + t + t + t + t
pr p sp cp ep ... ...
ou
p
T = Σ ( t + t + t + t + t + ) (1)
i=1 pr i si ci t i , i+1 e i , 1+1
p
T* = Σ m ( t + t + t + t + t ) (2)
pr i c i si t i, i + 1 e i, i + 1
i=1
76
c. Sistema Completo
O sistema completo será aquele que se aproxima das condições reais de operação dos
sistemas de manufatura. Isto ocorrerá quando se fabricar toda a gama de peças
correspondentes aos produtos que compõem o seu programa. Para isso, um número de
peças diferentes fabricadas n, ter-se-á que seus roteiros de fabricação poderão ser descritos
como se segue:
Peça
Operações 1 2 3 ........ n
1 11 12 13 ........ 1n
2 21 22 23 ........ 2n
3 31 32 33 ........ 3n
4 41 42 43 ........ 4n
. . . . .
. . . . .
. . . . .
. . . . .
p p1 p2 p3 ........ pn
77
Esquematicamente, as peças 1...n deverão cumprir o seu roteiro de fabricação (operação
1...p) em várias estações de trabalho. Supõe-se também que as peças não terão
necessariamente o mesmo roteiro de fabricação, daí não devem passar necessariamente
pelas mesmas estações de trabalho. Esquematicamente, a figura abaixo mostra as
principais inter-relações de um sistema de manufatura completo.
Roteiro de
Fabricação Peças Atividade Tempos
1 2 3.... n
↓ ↓ ↓ ↓
E.T. Transf. t t t t
1 pr11 pr12 pr13... pr1n
Oper.Peças ↑ ↓
t t t t
1 2... n ⇑ s11 s12 s13... s1n
1 11 12 1n ⇓
Carga/Desc. t t t t
c11 c12 c13... c1n
Transporte t t t
t1 ( 1 - 2 ) t 2( 1 - 2 )... n( 1 - 2 )
Estocagem t t
e1 ( 1 - 2 ) ............ n( 1 - 2 )
78
.
.
. E.T. Transf. t t t t
. 2 pr21 pr22 pr23... pr2n
.
. ↑ ↓
. t t t t
. ⇑ s21 s22 s23... s2n
2 21 22 ..... 2n
⇓
Carga/Desc.t t t t t
c21 c22 c23... c2n
Transporte t t t
t (2-3) 1 t (2-3) 2 .... t (2-3) 3
Estocagem t t
e 1 ( 2 - 3) .............. e n ( 2 - 3)
79
. E.T.
. 3 Transf. t t t t
. pr31 pr32 pr33... pr3n
.
. ↑ ↓
. t t t t
. ⇑ s31 s32 s33... s3n
3 31 32 ..... 3n
⇓
Carga/Desc. t t t t
c31 c32 c33... c3n
Transporte t t t
t 1 (3...p) t 2 (3...p) ... t n (3...p)
Estocagem t t t
e1 (3...p) e2 (3...p) en (3...p)
Nesse caso, o tempo total de manufatura TT * será obtido através da expressão (3),
quando se fabrica as n peças diferentes em quantidades mi.
80
n p n p
TT* = Σ Σ mi ( t p + t ) + Σ Σ ( t + t + t )
i=1 i=1 r i ci i=1 i=1 s t i,i+1 e i, i+1
i
Observa-se que:
81
Sabe-se que a participação percentual dos componentes da fórmula (3) será:
n p
a) Σ Σ mi ( t + t ) - 5%
i=1 i=1 pr ci
i
n p
b) Σ Σ (t + t + t ) -95%
i=1 i=1 s t e
i i i
3.9 - Conclusão :
82
Neste capítulo desenvolveu-se os conceitos principais que suportam o dimensionamento e
gerenciamento das atividades correspondentes aos processos de chão-de-fábrica. Roteiros de
fabricação, processos de fabricação e tempos padrões são as grandezas básicas para o
gerenciamento do chão-de-fábrica, através dos índices de controle e desenvolvimento de
novas necessidades.
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