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Colégio Estadual Idália Rocha - Ensino Fundamental e Médio

IVAIPORÃ - 3472 5251

PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA


DE CIÊNCIAS

Professores: Noêmia Muchiutti


Paulo Afonso Ribeiro
Tercília Aparecido dos Santos

IVAIPORÃ/2007
Apresentação geral da disciplina

Ao se pensar em ciência como construção humana, falível e intencional, numa


perspectiva histórica, é fundamental considerar a evolução do pensamento do ser humano,
pois é a partir dele que a história da ciência se constrói.
Desde era primitiva que o homem se interessava pelos fenômenos que ocorria a sua
volta. Antes mesmo da descoberta do fogo o homem procurava meios de sobrevivência
para satisfazer suas necessidades básicas como alimentação, moradia, saúde, vestimenta
etc.
A descoberta do fogo foi muito importante e contribui muito para a ciência na sua
evolução química, fisica e biológica e a partir desse momento, o homem assumiu outras
condutas frete ao seu meio tornando se um observador ainda mais atento da natureza com
objetivo de explorar o meio ambiente para seu conforto.
Alguns processos importantes marcaram o pensamento do homem e em
conseqüência disso a ciência foi ganhando seu espaço como disciplina importante para os
pensadores da época bem como:
• Surgimento das universidades que colaborou com a revolução cientifica {século
XVI}.
• As cruzadas na disseminação da cultura e da ciência entre o Oriente e o
Ocidente.
• Revolução Industrial {século XVII e XVIII}.
• Grandes navegações e a invenção da imprensa {século XIV e XV}.
A partir desta época alguns pensadores se destacaram como, {Leonardo das Vinci
grande colhedor de anatomia, hidráulica, óptica, botânica, geologia, arquitetura,
matemática, engenharia e filosofia}; Nicolau Copérnico {1743-1543}; Galileu Galilei {1564-
1662}.
No século XIX a ciência ganha evidência quando a relaciona com o homem –
homem e homem – natureza vendo os avanços por ele conquistado através dos
conhecimentos cientifico, como a produção de energia, de combustíveis {extração do
carvão mineral}, os avanços na química orgânica e inorgânica; na física {eletricidade,
eletrostática magnetismo e eletromagnetismo}, a evolução das espécies {ciências
biológicas}; genéticas.
Já no século XX o conhecimento cientifico deu um salto muito importante para o
desenvolvimento da humanidade, o homem conseguiu voar, ir até a Lua ultrapassando
seus limites de conhecimento cientifico e passando pelos avanços da química, da física, da
biologia entrando então nos avanços da tecnologia cientifica com a construção dos satélites
que possibilitou ao homem viajar pelo espaço, ainda no campo da medicina realizou
transplante, curas de muitas doenças bebe de proveta, clonagem de animais e no final do
século XX estudos da célula tronco ganha uma dimensão histórica marcando o inicio do
século XXI.
Podemos dizer que o século XX foi marcado com a era da tecnologia porém com
muitos damos para o planeta através das guerras, desmatamento e poluição provocando o
aquecimento global, mas o século XXI também contribuirá para o bem estar das pessoas e
será marcada com a {ciência, tecnologia, sociedade, natureza}.
Diante desses avanços que ciência nos proporcionou é importante analisar a
trajetória curricular como disciplina no Brasil.
• Na década de 20 {ensino das verdades clássicas}
• Na década de 50 {experiência pela experiência}
• Na década de 60 {solução de problemas pelo método científico}
• Na década de 70 {unidades de trabalho com base na tecnologia educacional}
• Na década de 80 {desenvolvendo cientifico e tecnologia, educação ambiental
e saúde}.
• Na década de 90 {integração dos conteúdos em três eixos norteadores} {Noções
de Astronomia, Transformação e Interação da Matéria e Energia, Saúde na Melhoria e
Qualidade de Vida}.
Ainda na década de 90 o currículo perdeu forças como documento orientador da
disciplina de ciência dando a Lei n° 9394/96 que estabeleceu as diretrizes e bases para a
educação Nacional além de outros fatores como a perda da identidade da escola que
passou a ser entendida como empresa e o aluno como cliente dentro de um modelo
neoliberal de educação, a mudança de diretor para gestor adoção de um currículo por
competência e habilidades e a extinção do projeto político pedagógico.
A partir de 1996 o ensino de ciência teve seu objeto de ensino redirecionado e o
esvaziamento de seus conteúdos.
Com o novo documento chamado (PCN) o ensino de ciências passou a ser Ciências
Naturais tendo como temas transversais (saúde, sexualidade, meio ambiente), utilizando
como eixo temático Terra e Universo, Vida e Ambiente, ser Humano e Saúde, Tecnologia
e Sociedade. Esses parâmetros perderam sua especificidade por que foram elaborados por
especialistas (neotecnicista) e não por professores.
A partir de 2003 iniciou – se um novo período na história da educação paranaense
com a reformulação da política educacional do Estado contemplando o currículo de
ciências como um conjunto de ciências que se somam numa mesma disciplina escolar para
compreender os fenômenos naturais, conhecimentos físicos, químicos, biológico.
Nesse sentido foram elencados os conteúdos estruturantes:
• Corpo humano e saúde,
• Ambiente,
• Matéria e energia,
• Tecnologia,
Uma das caracteristicas principais das diretrizes curriculares de ciências é a de
permitir aos alunos estabelecer relações com a natureza, considerando o homem um
sujeito atuante no meio onde vive, com condições de transformá-lo de forma positiva ou
negativa, o estudo de ciências tem como princípios informar aos educandos suas
capacidades e ao mesmo tempo propiciar a formação de uma consciência crítica e política
com relação a suas ações, tornando um agente consciente e com possibilidades de ajudar
a manter a vida do homem e dos demais seres vivos no planeta, de forma segura, com
melhores condições e qualidade de vida.
Levando em considerações as mudanças no ensino de ciências com garantia de
qualidade justifica-se um repensar de como estamos ensinado e conteúdo de ciências é
preciso refletir a respeito de sua vasta abrangência.
Somos todos afetados pela relação da ciência com a cultura e com os problemas
éticos e filosóficos, bem como a preservação do meio ambiente para garantir as gerações
futuras.
O ensino da disciplina de ciência tem como objetivo na etapa de escolarização os
conhecimentos físicos, químicos, biológicos como conteúdos significativos na formação dos
alunos na medida em que oportunizam o estudo da vida, do ambiente, do corpo humano,
do universo, da tecnologia, da matéria e da energia, dentro outros fornecendo subsídio para
a compreensão critica e histórica o mundo natural (Conteúdo de Ciências) dos mundos
construídos (tecnologia), e da pratica social (sociedade).
Para que no final do ensino fundamental tenham adquiridos as seguintes
capacidades:
Compreender a natureza como um todo dinâmico;
O homem como agente de transformação do mundo em que vive;
Relação entre o corpo e as diferenças sexuais;
Vencer os preconceitos, medos e tabus sexuais;
Compreender a anatomia e a fisiologia dos órgãos reprodutores;
Compreender a ciência como um processo de produção de conhecimento e uma
atividade humana, histórica, associada a aspectos de ordem social, econômica, política e
cultural;
Identificar relações entre conhecimentos científicos, produção de tecnologia e
condições de vida, no mundo de hoje e em sua evolução histórica, e compreender a
tecnologia como meio para suprir necessidade humanas, sabendo elaborar juízo sobre
riscos e benefícios das práticas científico-tecnológicas;
Compreender as saúdes pessoais, sociais e ambientais como bens individuais e
coletivos que devem ser promovidos pela ação de diferentes agentes;
Formular questões, diagnosticar e propor soluções para problemas reais a partir
de elementos das Ciências Naturais, colocando em prática conceitos, procedimento e
atitudes desenvolvidas no aprendizado escolar;
Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados à energia, matéria,
transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio e vida;
Saber combinar leituras, observações, experimentações e registro para coleta,
comparação entre explicações, comunicação e discussão de fatos e informações;
Portanto, conhecer ciência é ampliar a sua responsabilidade presente de
participação social e desenvolvimento mental para assim viabilizar sua capacidade plena
de exercícios da cidadania.

Conteúdo

Os conteúdos estão distribuídos de forma didática, mas com uma abordagem


pedagógica articulada que considere os conhecimentos físicos, químicos e biológicos,
numa perspectiva critica e histórica bem como os elementos do movimento CTS.

Conteúdos estruturantes do Ensino de Ciência 5º a 8º série


• CORPO HUMANO E SAÚDE
• AMBIENTE
• MATÉRIA E ENERGIA
• TECNOLOGIA
• OBSERVAÇÃO (LEI 10.639/03 – História e Cultura Afro-Brasileira e Africana)
Conteúdos Específicos de 5º a 8º série do Ensino de Ciências

• Biodiversidade; (Características básicas dos seres vivos aspecto químico, físico e


biológico Classificação e adaptações morfo– fisiológicas aspecto químico, físico e
biológico; Níveis de organização dos seres vivos – organização celular aspecto
químico, físico e biológico);
• Inter-relações entre os seres vivos e o ambiente (aspectos químico,
físico e biológico);
• Água no ecossistema (aspectos químicos, físicos e biológicos);
• Ar no ecossistema (aspectos químicos, físicos e biológicos);
• Solo no ecossistema (aspectos químicos, físicos e biológicos);
• Poluição e contaminação da água do ar e do solo (conhecimentos químicos,
físicos e biológicos);
• Transformação da matéria e da energia (conhecimentos químicos, físicos e
biológicos);
• Astronomia e Astronáutica (conhecimentos químicos, físicos e biológicos);
• Segurança no transito (conhecimentos químicos, físicos e biológicos);
• Corpo humano como um todo integrado (conhecimentos químicos, físicos e
biológicos);
• Doenças; infecções (intoxicações e defesas do organismo conhecimento químico,
físico e biológico);

Obs: Os conteúdos específicos de ciências serão trabalhados conforme o


Projeto Político Pedagógico da escola, estabelecendo uma relação com os
conteúdos estruturante desde a 5ª à 8ª série possibilitando ao um encaminhamento
metodológico, no qual o desenvolvimento dos conhecimentos científicos e as inter-
relações estejam próximas da prática social do aluno.

Metodologia da disciplina de Ciência

Para pensar sobre o currículo e sobre o ensino de Ciências Naturais e conhecimento


científico é essencial considerar o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, relacionado a
suas experiências, sua idade, sua identidade cultural e social, e os diferentes significados e
valores que as Ciências Naturais podem ter para eles, para que a aprendizagem seja
significativa.
Por meio de temas de trabalho, o processo de ensino-aprendizagem na área de
Ciências Naturais pode ser desenvolvido dentro de contextos sociais e culturais relevantes,
que potencializem significativamente. Os temas devem ser flexíveis o suficiente para abrigar a
curiosidade e as dúvidas dos estudantes, proporcionando a sistematização dos diferentes
conteúdos e o desenvolvimento histórico, conforme as características e necessidades das
classes de alunos, nos diferentes ciclos.
O interesse e a curiosidade dos estudos pela natureza, pela ciência, pela tecnologia e
pela realidade locais e universais, conhecidos também pelos meios de comunicação,
favorecem o envolvimento e o clima de interação que precisa haver para o sucesso das
atividades, pois neles encontra mais facilmente significado.
Trata-se, portanto, de organizar atividades interessantes que permitam a exploração e
a sistematização de conhecimentos compatíveis ao nível de desenvolvimento. Deste modo, é
possível enfatizar as relações no âmbito da vida, do universo, do ambiente e dos
equipamentos tecnológicos que podem melhor situar o estudante em seu mundo.
Dizer que o aluno é sujeito de sua aprendizagem significa afirmar que é ele o
movimento de ressignificar o mundo, isto é, de construir explicações, mediado pela interação
com o professor e outros estudantes e pelos instrumentos culturais próprios do conhecimento
científicos. Mas esse movimento não espontâneo ocorre com a intervenção fundamental do
professor.
É sempre essencial a atuação do professor, informado, apontando relações,
questionando a classe com perguntas e problemas desafiadores, trazendo exemplos,
organizando o trabalho com várias matérias: coisas da natureza, da tecnologia, textos
variados, ilustrações, etc. Nestes momentos, os estudantes expressam seus conhecimentos
prévios, de origem escolar ou não, reelaborando-os. Muitas vezes, as primeiras explicações
são constituídas no debate ente os alunos e o professor. Assim, estabelece-se aquilo que os
estudantes já conhecem com os desafios e os novos conceitos propostos.
É importante, portanto, que o professor tenha claro que o ensino de Ciências Naturais
não se resume na apresentação de definições científicas, como em muitos livros didáticos, em
geral fora de alcance da compreensão dos alunos.
Definições são o ponto de chegada do processo de ensino, aquilo que se pretende que
o estudante compreenda e sistematize, ao longo ou ao final de suas investigações. O ensino
de procedimento só é possível pelo trabalho com diferentes temas de Ciências Naturais, que
serão investigados de formas distintas, com atenção para aqueles que permitem ampliar a
compreensão da realidade local. Certos temas podem ser objeto de observações diretas e/ou
experimentação, outros poderão ser investigados por meio de entrevistas ou pesquisa de
opinião, assim por diante.
Critérios de Avaliação da disciplina de Ciências

Avaliação é um elemento do processo ensino-aprendizagem que deve ser considerado


em direta associação com os demais. A avaliação informa ao professor o que foi aprendido
pelo estudante, informa ao estudante quais são seus avanços, dificuldades e possibilidades,
encaminha o professor para a reflexão sobre a eficácia de sua prática educativa e, desse
modo, orienta o ajuste de sua intervenção pedagógica para que o estudante aprenda.
Possibilita também à equipe escolar definir prioridades em suas ações educativas.
Longe de ser apenas um momento final do processo de ensino, a avaliação se inicia
quando os estudantes põem em jogo seus conhecimentos prévios e continua a se evidenciar
durante toda a situação escolar. Assim, o que constitui a avaliação ao final de um período de
trabalho é o resultado tanto de um acompanhamento contínuo e sistemático pelo professor
como de momentos específicos de formalização, ou seja, a demonstração de que as metas de
formação de cada etapa foram alcançadas.
Coerentemente com a concepção de conteúdos e com os objetivos propostos, a
avaliação deve considerar o desenvolvimento das capacidades dos estudos com relação á
aprendizagem não só de conceitos, mas também de procedimentos e de atitudes. Dessa
forma, é fundamental que se utilize diversos instrumentos e situações para poder avaliar
diferentes aprendizagens. Para que a avaliação seja feita em clima efetivo e cognitivo propício
para o processo de ensino e aprendizagem, os critérios de avaliação necessitam estar
explícitos e claros tanto para o professor como para o estudante.
Em ciências são muitas as formas de avaliação possíveis: individual e coletiva, oral e
escrita. Os instrumentos de avaliação comportam, por um lado, a observação sistemática
durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos estudantes, as respostas dadas, os registros
de debates, de entrevistas, de pesquisas, de filmes, experimentos, os desenhos de
observação, etc; por outro lado, as atividades específicas de avaliação, como comunicação de
pesquisa, participação em debates, relatórios de leitura, de experimentos e provas
dissertativas ou de múltipla escolha.
Por fim, para o estudante e para o professor, a análise conjunta da produção realizada
por meio dos trabalhos escolares é importante no processo educativo, e não deve ser
confundido com a correção de exercícios ou provas. Esses momentos, dos quais a auto-
avaliação faz parte, são situações em que os estudantes podem tomar consciências tanto de
se processo de aprendizagem como de seu processo educativo mais geral; são situações de
síntese, que podem localiza-los em relação ao conhecimento, ao grupo de colegas de sala e a
própria escola.

Bibliografia

GILES, Thomas Ramom. Filosofia e as Ciências Exatas ou naturais. 1. ed. São Paulo:
EPU, 1995

Rosa, Antônio Vitor. Agricultura e o meio ambiente. 1ª ed. São Paulo: Cultural 1999.

Coupe, Heath Henbest Nigel. Big Bang: a história do Universo. 1ª ed. São Paulo:
Moderna 1997.

Baccega, Maria Aparecida. Saúde. 1ª ed. São Paulo: Ícone 2000.

Valle Cecília – Coleção Ciências.

Ciências Hoje. Revista de divulgação Cientifica. Rio de Janeiro, SBPC.

Superinteressante. Editora Abril.

Sites.

www.geocities.com./porque.br

www.ciências.org.br

DIRETRIZES CURRICULARES DA REDE PÚBLICA DE EDUCAÇÃO BÁSICA DO


ESTADO DO PARANÁ – CIÊNCIAS

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