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que permite a utilização de diversos mate- em steel framing de 36 m² pode ser
Foto: Divulgação Masisa
Casa em steel framing com
fechamento de OSB
Foto: Steel Frame do Brasil
Sistema construtivo
racionalizado, steel framing
é competitivo em aplicações
diversas, como na construção
de conjuntos habitacionais.
Gestor:
medida em centímetros, em uma estru-
Construção rápida
e racional com
steel framing
Com uso consolidado há muitas décadas
em vários locais do mundo, o steel framing
é um sistema construtivo que vem crescendo
em aplicações no Brasil. Se inicialmente era
aproveitado primordialmente para construção
de residências unifamiliares de alto padrão,
hoje já há exemplos de aplicação do steel
framing em conjuntos habitacionais popu-
lares, em estabelecimentos comerciais
e edificações com formas arquitetônicas
mais arrojadas. Até mesmo em retrofits, o
sistema vem sendo aproveitado, já que sua
leveza possibilita a ampliação e a construção
de pavimentos adicionais em um edifício já
existente.
Indicado para edificações de até sete
pavimentos, o steel framing é um siste-
ma autoportante de construção a seco,
estruturado em perfis de aço galvanizado
e que utiliza parafusos autoperfurantes
como elementos de fixação.
Embora seja um sistema construtivo aberto,
riais, tende a ser mais competitivo quando
acompanhado de outros componentes indus-
trializados. Exemplos nesse sentido são as
chapas de drywall para fechamento interno
e as placas cimentícias ou de OSB (Oriented
Strand Board) para vedação externa.
Sequência executiva típica de uma
construção em steel framing
• Execução de fundações, por exemplo,
radier moldado in loco;
• Montagem dos painéis estruturais;
• Montagem da cobertura e da
subcobertura;
• Instalação das esquadrias;
• Execução do fechamento externo;
• Instalação das tubulações de
hidráulica e elétrica;
• Isolamento térmico;
• Fechamento interno com painéis
de drywall;
• Acabamento interno e externo.
12 motivos para utilizar essa
solução construtiva
1- Redução do prazo de execução – A
fabricação da estrutura em paralelo
com a execução das fundações, a possi-
bilidade de se trabalhar em diversas frentes
de serviços simultâneas, a diminuição da
quantidade de fôrmas e escoramentos e o
fato da montagem da estrutura não ser
afetada pela ocorrência de chuvas, re-
sultam na redução de cerca de 30% dos
prazos de construção quando comparada
com o método convencional. Segundo
Heloisa Pomaro, diretora da Constru-
tora Micura, a montagem de uma casa
feita em apenas cinco dias, finalizada a
etapa de fundação. A mesma casa, se
construída pelo método convencional,
demoraria pelo menos 25 dias para ser
erguida.
2- Canteiro de obras organizado e obra
limpa – A utilização de componentes
que chegam ao canteiro prontos para
serem montados agrega organização à
obra. Por isso, o steel framing também
é indicado para obras cujos canteiros
têm dimensões reduzidas ou mesmo em
ampliações de estabelecimentos comer-
ciais que não podem ter suas operações
paralisadas para o transcorrer da obra.
3- Leveza – Uma parede estruturada
em steel framing pesa no máximo 50
kg/m², enquanto o peso da mesma
parede em alvenaria convencional varia
de 120 a 250 kg/m².
4- Menos gastos com fundações – O
baixo peso da construção e a uniformi-
dade da distribuição dos esforços per-
mitem a utilização de fundações mais
simples, com menor quantidade de
movimentação de terra, além de viabi-
lizarem o aproveitamento de terrenos
com baixa capacidade de carga.
5 - Desempenho termoacústico – A
utilização de lãs minerais garante
condições de isolamento superiores
sem comprometer a espessura de paredes
e forros. Tal característica reflete-se tam-
bém no consumo de energia da edificação,
já que a demanda por aquecimento ou
refrigeração são inferiores.
6- Precisão dimensional - Enquanto
nas estruturas de concreto a precisão é
Este material faz parte do Programa “Aço Construindo a COPA 2014”
promovido pelo CBCA - Centro Brasileiro da Construção em Aço.
Confira mais detalhes em: www.cbca-iabr.org.br/copa2014
tura metálica a unidade empregada é o
milímetro. Isso é sinal de uma estrutura
perfeitamente aprumada e nivelada.
7- Durabilidade - O revestimento do aço
garante proteção contra a corrosão. Esse
revestimento pode ser em zinco puro
(180g/m²) ou em liga alumínio-zinco (150
g/m²). A utilização do aço galvanizado
permite, inclusive, o bom aproveitamento
do steel framing em ambientes expostos à
atmosfera marinha.
8- Ganho de área útil - As paredes em
steel framing podem ter menor espessura
que as equivalentes de alvenaria. Isso
leva a um aumento da área útil e melhor
aproveitamento do espaço interno.
9- Compatibilidade com outros materiais -
O steel framing é compatível com qualquer
tipo de revestimento. A cobertura da construção
também admite diversos tipos de telhas,
de cerâmicas a metálicas.
10- Sustentabilidade – 100% reciclável,
o aço é o único material que pode ser
reaproveitado inúmeras vezes sem nunca
perder suas características básicas de
qualidade e resistência.
11- Redução de desperdícios – A perda
de material com esse tipo de solução
construtiva não ultrapassa 3%.
12 – Flexibilidade – Além de permitir
formas arquitetônicas arrojadas, o steel
framing aceita utilização de acabamentos
diversos, como mármore, texturas, pastilhas
de vidro e cerâmica etc.
Como maximizar as
vantagens do steel framing?
• Com o steel framing, tirar partido
da modulação é um caminho seguro
para otimizar a utilização de recursos.
• Para garantia do desempenho, é
preciso que todos os projetos es-
tejam bem compatibilizados e que
todas as relações entre os subsistemas
sejam resolvidas previamente.
Como solução industrializada que é,
o steel framing requer especificação
pautada em bons projetos, além de
detalhamentos.
• Como em todo tipo de solução
construtiva, os resultados são melhores
quando utilizada mão de obra
qualificada.
No Brasil, há ampla bibliografia
sobre steel framing para subsidiar
a construção com esse sistema.
Entre os exemplos estão os requisi-
tos para financiamento de habitações
erguidas com o sistema pela Caixa
Econômica Federal, a normatização
de componentes, como os perfis estru-
turais de aço formados a frio (NBR
6355:2003) e as chapas de drywall
(NBR 15217:2005), e a Diretriz
para avaliação técnica de produtos
(Sinat). Outras referências são os
manuais “Steel Framing- Engen-
haria” e “Steel Framing – Arquitetura”,
da Série Manual de Construção em
Aço editada pelo CBCA. As duas
publicações estão disponíveis para
download gratuito no site do CBCA.