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PRÁTICA DOCENTE

1
2
FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA

PRÁTICA DOCENTE
João José Saraiva da Fonseca
Sônia Maria Henrique Pereira da Fonseca

FORTALEZA
EDITORA FGF
2007

3
Copyright 2007 by Editora FGF
Esta obra ou parte dela não pode ser reproduzida por
qualquer meio sem a autorização do Editor.

FACULDADE INTEGRADA DA GRANDE FORTALEZA


Diretora Geral
Renata Peluso de Oliveira

Diretora do Núcleo de Educação a Distância (NEAD)


Marina Abifadel Barrozo

Direção Acadêmica
Paulo Roberto Melo de Castro Nogueira

Coordenação Pedagógica do
Núcleo de Educação a Distância
João José Saraiva da Fonseca
Sônia Maria Henrique Pereira da Fonseca

Editora Responsável
Renata Peluso de Oliveira
Coordenação de Divulgação Acadêmica
Maria das Graças Freire de Oliveira
Diagramação
Nívea da Silva Isídio

Capa
Célio Gomes Vieira
EDITORA GRANDE FORTALEZA - FGF
Av. Porto Velho, 401 - João XXIII-Fortaleza/CE - CEP. 60510040
Tel.(85)3299-990/Fax.(85)3496-4384 email.fgf@fgf.edu.br

Fonseca,João José Saraiva da; Fonseca, Sônia Maria Henrique Pereira da


Prática Docente
Fortaleza: Editora Grande Fortaleza FGF,2007.
58p. 21 cm.
Palavras-chave: 1.Educação; 2. Estágio Supervisionado 3. Prática
Docente; 4. Formação de Professores; 5 Memorial
CDD. 371.1

Catalogação de Publicação: Biblioteca Central


Profª.Antonieta Cals de Oliveira – FGF

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SUMÁRIO

PRÁTICA DOCENTE
Objetivos do Módulo .................................................9

INTRODUÇÃO AO ESTÁGIO SUPERVISIONADO


Objetivos...................................................................10
Introdução.................................................................11

UNIDADE I ESTÁGIO: ESPAÇO DE FORMAÇÃO


Objetivos específicos ................................................16

TEMA 1REDIRECIONANDO O OLHAR


Objetivos...................................................................17
1.1 Introdução...........................................................18
1.2 Guia de Observação da Escola...........................18
1.3 Observação de Sala de Aula ..............................18
1.4 Guia de Entrevista com o Professor....................19
1.5 Guia de Boas Práticas ........................................19
1.6 Memorial.............................................................20
1.7 Resumo ..............................................................20
1.8 Auto-avaliação ....................................................20
1.9 Bibliografia ..........................................................21

TEMA 2 OLHANDO COM OLHOS DE VER


Objetivos...................................................................22
2.1 Introdução...........................................................23
2.2 Resumo ..............................................................23
2.3 Auto-avaliação ....................................................24
2.4 Bibliografia ..........................................................24

TEMA 3 OLHANDO O OUTRO


Objetivos...................................................................25
3.1 Introdução ..........................................................26
3.2 Resumo ..............................................................26

5
3.3 Auto-avaliação ....................................................27
3.4 Bibliografia ..........................................................27

TEMA 4 OLHANDO O QUE FAÇO


Objetivos...................................................................28
4.1 Introdução...........................................................29
4.2 Resumo ..............................................................29
4.3 Auto-avaliação ....................................................29
4.4 Bibliografia ..........................................................30

TEMA 5 INTERIORIZANDO NOSSO OLHAR


Objetivo ....................................................................31
5.1 Introdução...........................................................32
5.2 Resumo ..............................................................34
5.3 Auto-avaliação ....................................................34
5.4 Bibliografia ..........................................................34

UNIDADE II ESTÁGIO: ESPAÇO DE CONCRETIZAÇÃO


Objetivo35

TEMA 1CONTEXTUALIZANDO O ESTÁGIO

Objetivos...................................................................36
1.1 Atividade I Guia de Observação da Escola ........37
1.2 Atividade II Observação da Escola na sua
Dinâmica de Organização e Recursos......................38
1.3 Atividade III Observação da Escola enquanto
Concepção Pedagógica
1.4 Atividade IV Selecionando uma Unidade de Ensino e
Estabelecendo Conexões Interdisciplinares..............39
1.5 Atividade V Refletindo sobre Quem Sou .............39
1.6 Resumo ..............................................................40
1.7 Auto-avaliação ...................................................40
1.8 Bibliografia ..........................................................41

6
TEMA 2 REFLETINDO A ITNERVENÇÃO NA SALA DE
AULA

Objetivos...................................................................42
2.1 Atividade I Guia de Observação da Sala de Aula43
2.2 Atividade II Observação da Escola enquanto Espaço de
Político, Social e Cultural. .........................................44
2.3 Atividade III Observação da Sala de Aula enquanto
Concepção Pedagógica............................................44
2.4 Atividade I Planejando uma Unidade de Ensino..44
2.5 Atividade V Onde vivencio ..................................45
2.6 Resumo ..............................................................46
2.7 Auto-avaliação ....................................................46
2.8 Bibliografia ..........................................................46

TEMA 3 REFLETINDO A INTERVENÇÃO DO


PROFESSOR NA ECOLA E NA SALA DE AULA
Objetivos...................................................................47
3.1 Atividade I Guia de Entrevista com o Professor 48
3.2 Atividade II Observação da Escola Enquanto Espaço
Físico e Temporal ....................................................49
3.3 Atividade III Entrevista Sobre o Papel do Professor
.................................................................................49
3.4 Atividade IV Elaborando Materiais Didáticos.......49
3.5 Atividade V O Que Vejo .....................................50
3.6 Resumo ..............................................................51
3.7 Auto-avaliação ....................................................51
3.8 Bibliografia ..........................................................51

TEMA 4 REFLETINDO A INTERVENÇÃO DO


PROFESSOR NA ESCOLA E NA SALA DE AULA
Objetivos...................................................................52
4.1 Atividade I Guia de Boas Práticas para a Intervenção do
Professor ..................................................................53

7
4.2 Atividade II Observação dos Instrumentos de suporte
pedagógico ...............................................................54
4.3 Atividade III Análise Comparativa entre a Relação do
Professor com o feito e o dito ...................................54
4.4 Atividade IV Intervindo e Refletindo sobre a Prática
.................................................................................54
4.5 Atividade V O que Faço e como Vejo o que Faço
.................................................................................55
4.6 Resumo ..............................................................56
4.7 Auto-avaliação ....................................................56
4.8 Bibliografia ..........................................................56

TEMA 5 PARTILHA COLABORATIVA


5.1 Introdução...........................................................57
5.2 Resumo ..............................................................58
5.3 Auto-avaliação ....................................................58
5.4 Bibliografia ..........................................................58

8
PRÁTICA DOCENTE

Objetivos do Módulo

Proporcionar aos alunos a aplicação dos


conhecimentos científicos e competências pedagógicas,
adquiridas ao longo do seu curso, às situações práticas
vivenciadas nas escolas de ensino básico como um
espaço de reflexão sobre a proposta do estágio em suas
etapas de mediação entre os saberes que a ação
docente exige sobre a pratica pedagógica do
profissional em educação visando à integração teoria e
prática, permanentemente, com momentos de análise e
reflexão sobre as situações reais encontradas no
espaço da sala da aula.

9
INTRODUÇÃO AO ESTÁGIO SUPERVISIONADO

A teoria na prática,
O desafio do estágio supervisionado.

Objetivos

• Compreender o desafio da reflexão sobre a


pratica pedagógica na sala de aula.
• Compreender a proposta de trabalho a que o
estágio obedece.

10
Introdução

A ação docente quando se dá a partir do processo


de reflexão significa dizer que o profissional está
investigando sua prática na sala de aula e é nesse
momento que ele adquire as condições para articular a
teoria e a prática numa dimensão de problematização da
ação docente que o possibilitará a construção de novas
situações de ensinar e aprender.
O estagio é o espaço responsável pela construção
de saberes significativas no processo de formação dos
professores, além de promover a aproximação do
profissional à prática docente e possibilitar a reflexão
sobre os pilares do conhecimento, necessário a sua
formação docente são: conhecer, fazer, viver e ser, a
formação didática e os saberes específicos da área do
conhecimento enquanto fundamentos pedagógicos são
ainda temas nos cenários de debates sobre que
profissional estamos formando. A reflexão pode fazer
parte da prática docente. No pensamento de Paulo
Freire a ação docente sem a práxis torna-se um
ativismo:

“Nunca me foi possível separar em


dois momentos o ensino dos
conteúdos da formação ética dos
educandos. A prática docente que
não há sem a discente é uma
prática inteira. O ensino dos
conteúdos implica o testemunho
ético do professor. A boniteza da
prática docente se compõe do
anseio vivo de competência do
docente e dos discentes e de seu
sonho ético. Não há nesta boniteza
lugar para a negação da decência,
nem de forma grosseira nem

11
farisaica. Não há lugar para
puritanismo. Só há lugar para
pureza (Freire, 1996, p. 37)”.

(Re) pensar a formação de professores, significa


encontrar alternativas para uma ação docente reflexiva,
a partir da compreensão que sua experiência possa ter
relevância teórica com sua postura de professor
reflexivo, a nova tendência pedagógica. A reflexão como
elemento da prática docente, perceber como se dá, no
âmbito mesmo da docência, o saber para ensinar e sua
elaboração no cotidiano do professor, procurando
entender os saberes empíricos e os saberes científicos
alguns limites que se apresentam no momento da
articulação:

Prática Análise Prática

A exigência da reflexão crítica na prática docente


implica num movimento dialético entre o fazer na
perspectiva de análise do professor sobre como ocorre
as questões do cotidiano no âmbito da sala, nesse
movimento ele está refletindo, está buscando uma
interpretação para aquilo que é vivenciado e estas
atitudes reflexivas permitiram ao mesmo tempo uma
ação refletida para produzir outros saberes resultantes
da prática. A ação refletida é necessária como diz
Freire, para que o aprendiz de educador assuma que o
indispensável pensar certo não é presente dos deuses
nem se acha nos guias de professores, iluminados
intelectuais.
O reconhecimento que a docência se dá pela
prática da crítica sobre o discurso teórico de modo que
ação e reflexão possam se confundir entre si, para
valorização do conhecimento, que surge a partir do
movimento: prática - teoria - análise - prática, este

12
processo na formação do profissional assume um papel
relevante no cenário do projeto político pedagógico do
Estagio Supervisionado, daí a preocupação para que
este momento seja um espaço dialético para que se
possa construir a ponte entre o saber fazer e o saber
teórico na realidade, e experiências vividas ao longo de
toda vida.

Você é convidado a transformar seu ambiente de


trabalho num espaço de Ação e Reflexão, na tentativa
de ser um eterno aprendiz.
O estágio dos alunos do curso especial de
formação de professores da FGF decorre ao longo de
cinco meses na escola onde você leciona, ou em outra
escola escolhida por você e que aceite a realização do
estágio sendo que, em ambos os casos, é indispensável
uma declaração com a aprovação formal da instituição
de ensino, conforme modelo disponível na sala virtual.
Em cada mês deverá realizar um conjunto de
atividades que lhe possibilitarão refletir na e sobre a
ação educativa pressupondo a capacidade de uma
atividade cognitiva consciente do professor no seu
cotidiano, quer no contexto da sala de aula, como da
escola como um todo. Deverá refletir a realidade da
escola e da comunidade ao seu redor e a própria
atividade de professor, a partir de um novo olhar.
Partindo dos princípios da pesquisa participante,
propomos que se integre na vivência da escola como
observador das suas dinâmicas de funcionamento,
organização e relações. Pretendemos que se estabeleça
uma forte vinculação entre essa análise e a sua
atividade no cenário da escola.

Na tabela a seguir encontrará a dinâmica que irá


estar subjacente ao estágio.

13
Contextualização Intervenção Partilha colaborativa

1º mês 2º mês 3º mês 4º mês 5º mês

I Guia de Observação Guia de Guia de Memorial e


Redirecionan observação da de sala de entrevista boas plano de ação Momen
do os escola aula com prática to
olhares professor s para presen
a cial de
interve aprese
nção do ntação
profess do
or memori
II Observação da Observação Observaç Observ Planejando a al
Olhando com escola na sua da escola ão da ação oficina de
olhos de ver dinâmica enquanto escola dos apresentação
organizativa e espaço de enquanto instrum do trabalho
recursos político, espaço entos realizado na
social e físico e de escola e no
cultural temporal suporte encontro
pedagó presencial
gico
III Observação da Observação Entrevista Análise
Olhando o escola enquanto da sala de sobre o compar
outro concepção aula papel do ativa
pedagógica enquanto professor entre a
concepção relação
pedagógica do
profess
or com
o feito
e o dito
IV Selecionando uma Planejando Elaborand Intervi
Olhando o unidade de ensino uma o ndo e
que faço e estabelecendo unidade de materiais refleti
conexões ensino didáticos ndo
interdisciplinares sobre a
prática
IV Quem sou Onde O que O que O que
Interiorizan vivencio vejo faço e proponho
do nosso como mudar
olhar vejo o
que
faço

14
A nota final do estágio será contabilizada a partir
dos seguintes fatores:
- Avaliação do portfolio (50%)
- Atividades desenvolvidas em cada mês (5 x 5% =
25%)
- Participação nas atividades de interação na sala
virtual (5X5% = 25%)

O estágio engloba quatro grandes momentos que


estarão presentes transversalmente durante todo o
estágio e que serão explicados em cada um dos temas
seguintes da unidade deste módulo:
* Redirecionado o olhar
* Olhando com olhos de ver
* Olhando o outro
* Olhando o que faço
* Interiorizando nosso olhar

Bibliografia

Freire, P. Pedagogia da Autonomia. 8ª ed. São


Paulo: Paz e Terra, 1996.

Pimenta S. G. O estágio na formação de


professores: unidade teoria e prática? 5ª ed.
São Paulo: Cortez, 2002.

15
UNIDADE I
ESTÁGIO: ESPAÇO DE FORMAÇÃO

Objetivos específicos

• Articular a prática de formação e as atividades de


trabalho acadêmico com o estágio supervisionado;
• Possibilitar no momento estágio a (re)
significação da prática pedagógica do profissional
de educação;
• Orientar o planejamento de suas atividades
durante a interação com os diferentes segmentos
da comunidade;
• Compreender a escola com instituição social
responsável pelo processo educativo na
concretização do seu projeto político pedagógico.

16
TEMA 1
REDIRECIONANDO O OLHAR

Objetivos

• Questionar a realidade educativa para nela saber


intervir;
• Elaborar adequadamente técnicas e
instrumentos de observação e avaliação;
• Compreender o espaço de intervenção do
estagiário da escola.

17
1.1 Introdução

O estágio constitui uma oportunidade para você


construir, colaborativamente com seus colegas, guias de
observação, de entrevista, de boas práticas e a estrutura
básica de um memorial.
Para a consecução de cada uma dessas tarefas
você terá de partilhar suas experiências, pesquisar e
trabalhar em conjunto com seus colegas.

1.2 Guia de Observação da Escola


A escola deverá ser analisada a partir dos
princípios orientadores do projeto político pedagógico e
considerando que ela está inserida num contexto
sociopolítico, educacional e num espaço e num tempo
concretos. Enquanto instituição social, marcada por
múltiplas influências e onde se entrecruzam diversos
grupos que interagem e compartilham normas, crenças,
valores e interesses, a escola deverá ser compreendida
na sua função político e social, visando repensar a
prática e os fundamentos da área específica de
formação.

1.3 Observação de Sala de Aula


A sala de aula deverá ser analisada enquanto
espaço de encontro com o outro e considerando os
desafios que isso envolve no planejamento pedagógico;
nas formas de relação professor-aluno; nos materiais
didáticos utilizados; no espaço atribuído à participação
dos alunos considerados na sua diversidade. A sala
deve ser encarada enquanto espaço de ensino,

18
aprendizagem e pesquisa do professor, em domínios
tais como a avaliação, tempo do aluno, afetividade,
interdisciplinaridade, multiculturalidade, comunicação,
uso de materiais etc.

1.4 Guia de Entrevista


com o Professor
O professor deve ser encarado como alguém
comprometido com a difusão do conhecimento, mas
também enquanto um ser criativo e crítico, produtor do
mesmo, tanto na área de conhecimento de sua
formação, quanto no sentido amplo de conhecimento.
Deverá também ser capaz de interpretar a cultura e a
sociedade da época em que vive, para poder assumir
um posicionamento crítico diante da mesma para que a
sua ação jamais seja neutra do ponto da visão política.
A atuação do professor na sala de aula deverá ser
encarada enquanto espaço de mediação do
conhecimento crítico e emancipatório em que o
professor surge enquanto orientador do processo
ensino-aprendizagem, motivando os alunos a buscarem
novos conhecimentos numa proposta didática que
fomente o aprender a apreender, visando contribuir para
que atinjam a autonomia intelectual.

1.5 Guia de Boas Práticas


para a Intervenção do Professor
A intervenção do professor em sala de aula deverá
ser orientada por princípios básicos que servirão de
referencial de análise para a sua ação. Partindo de
Paulo Freire deixam-se algumas palavras-chave:
diálogo, crítica, democracia, interação, cultura,

19
curiosidade, respeito, comunicação, emancipação,
mudança.

1.6 Memorial
O memorial envolve o registro de um processo,
envolvendo acontecimentos dos quais você foi
protagonista. Deverá ser encarado enquanto
contribuição para refletir as relações entre a sociedade e
a educação, bem como para, individualmente, você
tomar consciência do caminho que já percorreu e de
quanto pode certamente percorrer. Contudo, o memorial
não deve se resumir ao relato, seu interesse reside
também nas propostas que das experiências vividas
poderão resultar.

1.7 Resumo

Utilizar adequadamente técnicas e instrumentos de


observação é fundamental não só para uma reflexão
sobre a realidade da escola, como para motivar o
professor para a realidade da pesquisa.

1.8 Auto-avaliação

1 – Comente a frase: “O professor deve ter plena


consciência da relação entre a prática discursiva e a
realidade da ação”.
2 – Qual a relevância do memorial incluir um plano
de ação.

20
1.9 Bibliografia

LIMA, M. S.L. (Org.). A Hora da Prática:


Reflexões sobre o estágio supervisionado e
ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito
Rocha, 2001 Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G., O estágio na formação de


professores: unidade teoria e pratica? 5ª ed.
São Paulo: Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. L.. Estágio e


Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

21
TEMA 2
OLHANDO COM OLHOS DE VER

Objetivos

• Identificar a escola enquanto espaço dinâmico de


relações institucionais e pessoais;
• Elaborar propostas que possibilitem a escola
atender às exigências sociais;
• Caracterizar a dinâmica de funcionamento do
cotidiano escolar de modo a atender as exigências de
uma educação de qualidade

22
2.1 Introdução

O estágio será o momento para a realização de um


estudo exploratório do cotidiano escolar com a utilização
dos instrumentos de registro do cotidiano escolar.
Deverá estar atento à dinâmica de funcionamento
institucional da escola, à realidade política, econômica,
social e cultural que a envolve e à articulação desta com
a comunidade onde se insere. É importante
compreender a importância da infra-estrutura da escola
e não esquecer de refletir sobre os espaços e tempos
que nela se cruzam. Transversal a este momento
encontra-se a análise do projeto político pedagógico

Para a consecução deste olhar com olhos de ver


propomos que, individualmente, observe a escola
enfocando pormenores tais como:
- dinâmica organizativa e recursos
- espaço político, social e cultural
- espaço físico e temporal
- instrumentos de suporte pedagógico

2.2 Resumo

A análise da realidade vivenciada pela escola


durante o estágio, mais do que criar representações de
seu valor em relação a outras escolas, ou a uma
referência abstrata, ou a objetivos a ela atribuídos,
envolve, sobretudo, o desejo de abraçar coletivamente
novas práticas a partir da reflexão individual, rumo a

23
uma nova educação que subsidie uma transformação
social.

2.3 Auto-avaliação

1 – Comente a frase: “O projeto político-


pedagógico funciona como elemento de referência para
qualquer análise da escola”
2 – Apresente argumentos que sustentem a
afirmação de que: “A escola deve ser analisada
enquanto um espaço de relações pessoais e sociais”

2.4 Bibliografia

LIMA, M. S. L. (Org.) A Hora da Prática: Reflexões


sobre o estágio supervisionado e ação docente.
Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001 Cortez,
2002.

PIMENTA, S. G. O estágio na formação de


professores: unidade teoria e prática? 5ª ed. São
Paulo: Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G. ; LIMA, M. S. L. L. Estágio e


Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

24
TEMA 3
OLHANDO O OUTRO

Objetivos

• Relacionar a realidade teórica e a realidade


concreta do exercício da escola e dos professores

25
26
3.1 Introdução

O estágio proporciona a oportunidade de conhecer


melhor você ao olhar o outro. Neste momento propomos
que utilizando os instrumentos de observação
desenvolvidos colaborativamente, observe e registre
aulas ministradas por um colega e identifique e analise
as concepções pedagógicas que permeiam a prática
desse professor, bem como as características da turma.
Por outro lado, deverá realizar uma análise comparativa
entre o discurso do professor e a sua prática, como
suporte para que possa refletir sobre a sua própria
prática.

Para a concretização desta atividade propomos


que individualmente observe:
• A escola enquanto concepção pedagógica
• A sala de aula enquanto concepção pedagógica
para complementar sua observação:
• Entreviste o professor sobre o seu papel
• Analise comparativamente o feito e o dito do
professor.

3.2 Resumo

Observar o ambiente escolar, ou uma sala de aula


envolve assumir o compromisso de promover uma
reflexão conjunta com todos os participantes na
comunidade educativa procurando um novo
entendimento para a função social da escola e para a
ação de ensinar e aprender.

27
3.3 Auto-avaliação

1 – Qual a importância do estágio lhe proporcionar


a oportunidade de “conhecer melhor você, ao olhar o
outro”.
2 – Comente a afirmação: “A observação da ação
do professor deverá envolver o conhecimento prévio dos
alunos”

3.4 Bibliografia

LIMA, M. S. L.. (Org.) A Hora da Prática:


Reflexões sobre o estágio supervisionado e
ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito
Rocha, 2001 Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G. O estágio na formação de


professores: unidade teoria e prática? 5ª ed.
São Paulo: Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G. ; LIMA, M. S. L. L. Estágio e


Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

28
TEMA 4
OLHANDO O QUE FAÇO

Objetivos

• Organizar, planejar e implementar situações de


aprendizagem de acordo com propostas pedagógicas
inovadoras;
• Relacionar o processo desenvolvido,
reformulando-o quando necessário.

29
4.1 Introdução

A ação docente é um espaço com particular foco


na mediação procurando, entre outras, a
contextualização de experiências, o conhecimento dos
atores envolvidos no processo de ensino aprendizagem,
a identificação crítica de elementos que a favorecem ou
dificultam, na direção de um desempenho melhor.
Neste momento do estágio deverá desenvolver não só o
planejamento de uma unidade de ensino e elaborar seu
material didático, mas refletir sobre os resultados
conseguidos, face aos objetivos propor alterações que
possam melhorar o seu desempenho.

Para a concretização desse momento deverá:


• Selecionar uma unidade de ensino e
estabelecendo conexões interdisciplinares;
• Planejar uma unidade de ensino;
• Elaborar materiais didáticos;
• Refletir criticamente sobre esse momento de
prática.

4.2 Resumo

O estágio proporciona as condições para que


reflita sobre a sua prática a partir do planejamento de
uma unidade de ensino e da sua autocrítica visando
promover uma constante atualização das ações,
considerando a dinâmica ação-reflexão- ação.

4.3 Auto-avaliação

1 – Apresente argumentos que o possam ajudar a


defender o papel que o material didático deverá ter no
planejamento de uma unidade de ensino.

30
2 - Qual a contribuição que a ação-reflexão-
reflexão pode dar para a permanente atualização da
ação pedagógica.

4.4 Bibliografia

LIMA, M. S. L.. (Org.) A Hora da Prática: Reflexões


sobre o estágio supervisionado e ação docente.
Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2001 Cortez,
2002.

PIMENTA, S. G. O estágio na formação de


professores: unidade teoria e prática? 5ª ed. São
Paulo: Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. L. Estágio e Docência.


São Paulo: Cortez, 2004.

31
TEMA 5
INTERIORIZANDO NOSSO OLHAR

Objetivo

• Elaboração e organização do relatório final do


estágio (memorial).

32
5.1 Introdução

A organização do estágio conduz a que neste


momento você tenha a oportunidade de analisar e
sintetizar a pluralidade dos saberes elaborados e/ou
repensados no seu desenrolar. É a oportunidade para a
construção, desconstrução e reconstrução das
experiências vividas, buscando mudanças na forma
como compreender a si próprio, aos outros e à escola.
No relatório final do estágio que assumirá característica
de memorial, propomos que relate as experiências
vividas durante o Estágio e o caminho acadêmico
percorrido por ele até o momento de sua realização,
assim como as perspectivas futuras em relação à sua
profissão. Mas o memorial deverá ir mais além e, a
partir das experiências vivenciadas e das dificuldades
encontradas, lançamos o desafio para que proponha
intervenções que contribuam para a solução das
dificuldades e apresente resoluções inovadoras (plano
de ação).
O memorial escrito individualmente é o momento
para registrar a experiência vivida por cada aluno
durante o curso. Nele devem constar os acontecimentos
relevantes que aconteceram em todas as etapas do ato de
ensinar e aprender considerando a sensibilização, reflexão
e intervenção. A entrega do memorial será no final do
curso e deve explicitar de que forma e em que
intensidade o curso influenciou para a sua
transformação pessoal e profissional.
O memorial é um documento que deverá ser
entregue no final do estágio, mas sua elaboração
ocorrerá passo a passo, durante o estágio. É uma
construção contínua, no qual registrará suas impressões
sobre sua aprendizagem, os acertos, as vitórias, os
avanços e recuos (os momentos difíceis, as dúvidas). É

33
uma espécie de “diário” no qual você tem a
oportunidade de guardar suas reflexões sobre os vários
momentos do curso e sua relação com a implantação e
organização da rede. O memorial possibilita que você se
conscientize do que aprende, de como aprende e das
conseqüências disso para a sua formação:
O memorial deverá seguir as seguintes seções:

• Quem sou enquanto cidadão e professor?


• Onde vivencio a minha intervenção social,
cultural e educacional?
• O que vejo enquanto cidadão e professor nesse
espaço onde me movimento e intervenho?
• O que faço e como vejo o que faço enquanto
professor?
• O que proponho mudar nas minhas práticas e
posturas?

O memorial poderá ainda incluir:


• As suas reações, dificuldades e facilidades
encontradas no decorrer da
realização das atividades do estágio;
• As mudanças na sua atuação docente que
tenham relação com o curso;
• As relações do estágio com a sua experiência
anterior;
• As trocas de experiência entre você e outros
colegas de curso;
• As reações dos alunos e da escola às propostas
de mudança por si, apresentadas no momento de
partilha colaborativa.

34
5.2 Resumo

O memorial é um documento que você elabora passo a


passo e no qual apresenta uma reflexão sobre suas
experiências no estágio. Procura-se que você
reconstrua a sua trajetória pessoal a partir da reflexão
promovida durante o módulo.

5.3 Auto-avaliação

1 - Quais as contribuições do memorial para a


mudança de suas práticas e posturas?
2 - Como visualiza poder utilizar o memorial
enquanto instrumento pedagógico na sua sala de aula.

5.4 Bibliografia

ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma


escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2003.

LIMA, M. S. L. (Org.). A Hora da Prática:


Reflexões sobre o estágio supervisionado e
ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito
Rocha, 2001 Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G. O estágio na formação de


professores: unidade teoria e prática? 5ª ed.
São Paulo: Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G. ; LIMA, M. S. L. L. Estágio e


Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

35
UNIDADE II
ESTÁGIO: ESPAÇO DE
CONCRETIZAÇÃO

Objetivo

• Compreender a dinâmica de funcionamento do


estágio.

36
TEMA 1
CONTEXTUALIZANDO O ESTÁGIO

Objetivos

• Caracterizar a instituição escolar nas diversas


dinâmicas da sua atuação;
• Caracterizar a comunidade envolvente da escola
e a articulação da escola com ela;
• Elaborar instrumentos de registro de observação;
• Identificar as concepções pedagógicas que
permeiam a prática da escola e do professor;
• Confrontar as práticas e os discursos dos
intervenientes no processo educativo;
• Organizar e implementar situações de
aprendizagem de acordo com proposta pedagógica
inovadoras;
• Analisar criticamente as práticas da escola;
• Analisar criticamente a sua prática.

Olá, seja bem-vindo ao estágio!

Neste primeiro momento, o estágio irá contemplar


o desenvolvimento de atividades que lhe possibilitarão
os elementos básicos para a contextualização da
realidade, e que lhe darão subsídios para a intervenção
que realizará subseqüentemente.
Na tabela abaixo poderão encontrar as atividades
que serão desenvolvidas durante este primeiro momento
do estágio.

37
Contextualização

I
Guia de observação da escola
Redirecionando olhares
II - Olhando com Observação da escola na sua dinâmica
olhos de ver de organização e recursos
III - Olhando o Observação da escola enquanto
outro concepção pedagógica
IV - Olhando o Selecionando uma unidade de ensino e
que faço estabelecendo conexões interdisciplinares
IV - Interiorizando
Refletindo sobre quem sou.
nosso olhar

1.1 Atividade I
Guia de Observação da Escola.

Esta atividade decorrerá da primeira semana e


prevê a elaboração colaborativa de um guia de
observação da escola. Será aberto um fórum de
discussão onde se discutirão aspectos fundamentais
para a elaboração de um guia de observação da escola,
tais como:

- O que observar?
- Qual o foco dessa observação?
- Qual o posicionamento que o observador deve
assumir?
- Onde coletar os dados?

38
1.2 Atividade II
Observação da Escola na sua Dinâmica
de Organização e Recursos.

Nesta atividade, que decorrerá a partir da segunda


semana, propomos que individualmente observe a
organização da escola enquanto espaço de relações e
os recursos que ela dispõe envolvendo domínios tais
como, recursos financeiros, patrimoniais, como também
o quadro de profissionais professores e funcionários.
Por outro lado, será interessante refletir sobre como a
dinâmica de organização e os recursos que interferem
na atuação da escola e sugerir alterações que
possibilitem a escola otimizar os seus processos de
organização e de aproveitamento dos recursos. Essa
observação terá por subsídios a discussão mantida na
Atividade I

1.3 Atividade III


Observação da Escola enquanto
Concepção Pedagógica.

Esta atividade envolve a análise individual da


proposta pedagógica da escola e decorrerá desde a
segunda semana. A partir dos subsídios da atividade I e
da análise de documentos norteadores da atividade
pedagógica da escola, bem como da interação com os
responsáveis pela definição da atuação da escola no
ponto de vista da prática pedagógica, em geral, e nas
diferentes áreas de conhecimento, propomos que trace
um panorama da realidade da escola do ponto de vista
pedagógico, considerando os referenciais gerais e
específicos em relação à sua área de conhecimento.
Propomos que, desde já, inicie um processo de reflexão
visando melhorar a qualidade da proposta pedagógica

39
da escola e visualizar um papel para si nesse processo
de mudança da realidade da escola.

1.4 Atividade IV
Selecionando uma Unidade de Ensino e
Estabelecendo Conexões Interdisciplinares.

O estágio envolve a transposição para a prática da


reflexão e aprendizado realizado durante o curso. Nesta
atividade propomos que, a partir da segunda semana
inicie o processo de reflexão conducente ao
planejamento de uma unidade de ensino. É fundamental
definir qual a unidade de ensino e estabelecer com ela
ligações interdisciplinares.

1.5 Atividade V
Refletindo sobre Quem Sou.

Nesta atividade se inicia o processo de reflexão


que favoreça a elaboração do memorial. Propomos que
a partir da primeira semana se questione sobre quem é.
Enquanto ser humano, cidadão, profissional, formador
de opinião. De que modo cada uma dessas dimensões
se relaciona e contribui para a sua atuação docente.
As atividades de II a V deverão ser
disponibilizadas na sala virtual até ao final deste
momento do estágio, sendo que poderão ser alteradas
ao longo do tempo, de modo a que possam melhorar
permanentemente o seu portfolio, revelando a evolução
do seu desempenho, crescimento pessoal e profissional,
finalidade última do estágio.
Durante este primeiro momento do estágio estarão
disponíveis fóruns de discussão, onde se propõe que
discuta:

40
• Semana I – O posicionamento do estagiário face
à escola.
• Semana II - Em que o estágio pode auxiliar o
professor na sua condição de “eterno aprendiz” e de
“bom professor”.
• Semana III – A reflexão sobre a escola enquanto
momento condicionado por envolventes humanos,
políticos, econômicos, sociais e culturais.
• Semana IV - A escola enquanto espaço coletivo
na promoção da qualidade na educação.

O bate-papo será um momento de interação


síncrona, em que os alunos terão a oportunidade de
esclarecer dúvidas e de debater a importância do
estágio para quem já exerce o magistério.

1.6 Resumo

O estágio é um elemento fundamental de reflexão


sobre a escola nas suas diferentes variáveis e sobre o
profissional educador. Nesse processo, é fundamental
refletir, colaborativamente e individualmente, o papel da
escola enquanto articuladora de diversos olhares sobre
a sociedade, a educação e a pessoa.

1.7 Auto-avaliação

1 - Em sua memória procure quem foi um “bom


professor”.

2 - Tendo como referencial as características


desse “bom professor”, procure preencher uma tabela
em que refira:
“O que já tenho” e “O que me falta”.

41
1.8 Bibliografia

LIMA, M. S. L.. (Org.) A Hora da Prática:


Reflexões sobre o estágio supervisionado e
ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito
Rocha, 2001 Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G. O estágio na formação de


professores: unidade teoria e prática? 5ª ed.
São Paulo: Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. L. Estágio e


Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

42
TEMA 2
REFLETINDO A INTERVENÇÃO
NA SALA DE AULA

Objetivos

• Caracterizar a instituição escolar nas diversas


dinâmicas da sua atuação;
• Caracterizar a sala de aula nas diversas
dinâmicas que nela se visualizam;
• Elaborar instrumentos de registro de observação;
• Identificar as concepções pedagógicas que
permeiam a prática da escola e do professor;
• Confrontar as práticas e os discursos dos
intervenientes no processo educativo;
• Organizar e implementar situações de
aprendizagem, de acordo com propostas pedagógicas
inovadoras;
• Analisar criticamente as práticas da escola e
propor alterações inovadoras.

Olá, seja bem vindo ao segundo momento do


estágio!

Este segundo momento do estágio irá contemplar


o desenvolvimento de atividades que lhe possibilitarão
os elementos básicos para a análise e intervenção na
realidade, no sentido de visualizar práticas inovadoras
que possam incrementar a qualidade da educação.

43
Na tabela abaixo poderão encontrar as atividades
que deverão desenvolver durante este primeiro
momento do seu estágio.

I - Redirecionando Observação de sala de


olhares aula.
II - Olhando com olhos de Observação da escola
ver enquanto espaço de
político, social e cultural.
III - Olhando o outro Observação da sala de
aula enquanto concepção
pedagógica.
IV - Olhando o que faço Planejando uma unidade
de ensino.
V - Interiorizando nosso Onde vivencio.
olhar

2.1 Atividade I
Guia de Observação da Sala de Aula

Esta atividade decorrerá na primeira semana e


prevê a elaboração colaborativa de um guia de
observação da sala de aula. Para tal, será aberto um
fórum de discussão no qual discutirão aspectos
fundamentais para a elaboração de um guia de
observação da sala de aula, tais como:
- O que observar?
- Qual o foco dessa observação?
- Qual o posicionamento que o observador deve
assumir?
- Onde coletar dados?

44
2.2 Atividade II
Observação da Escola enquanto Espaço de
Político, Social e Cultural.

Esta atividade propõe que, a partir da segunda


semana, individualmente observe de que modo a escola
se relaciona com as entidades regulamentadoras e com
a comunidade, bem como identifiquem as escolas
enquanto espaço social e cultural e a importância que
práticas inovadoras poderão ter para o incremento da
qualidade da educação.

2.3 Atividade III


Observação da Sala de Aula enquanto
Concepção Pedagógica

Nesta atividade, que decorrerá a partir da segunda


semana, propomos que individualmente observe a aula
de um colega, tendo como objetivo analisar a sala de
aula enquanto espaço de ensino e aprendizagem, mas
também todas as envolventes a esse processo. Essa
observação terá por subsídios a discussão mantida na
atividade I. Não será necessário identificar a pessoa do
professor a cuja aula o aluno assistiu.

2.4 Atividade IV
Planejando uma Unidade de Ensino

O estágio envolve a transposição para a prática da


reflexão e aprendizado realizado durante o curso. Nesta
atividade propomos que, a partir da segunda semana
inicie o planejamento de uma unidade de ensino.

45
2.5 Atividade V
Onde vivencio

Nesta atividade, o processo de reflexão


conducente se focaliza na reflexão sobre a realidade da
escola onde trabalha, ou em que está estagiando, nas
múltiplas variáveis que a envolvem e na qual você,
certamente, tem poder de influência.
As atividades de II a V deverão ser
disponibilizadas na sala virtual até ao final deste
momento do estágio, sendo que, poderão ser alteradas
ao longo do tempo, de modo a que possam melhorar
permanentemente esse seu portfolio, revelando a
evolução de seu crescimento pessoal e profissional,
finalidade última do estágio.
Durante este primeiro momento do estágio estarão
disponíveis fóruns de discussão, onde se propõe que
discutam:

• Semana I – O posicionamento do estagiário face


à sala de aula.
• Semana II – A sala de aula enquanto espaço
social e cultural.
• Semana III – O ato de ensinar e aprender
enquanto momento condicionado por envolventes
humanos, políticos, econômicos, sociais e culturais.
• Semana IV – O papel individual do professor na
transformação das práticas da escola.

O bate-papo será um momento de interação


síncrona em que os alunos terão a oportunidade de
esclarecer dúvidas e de debater o papel da escola do
professor no novo milênio.

46
2.6 Resumo

O estágio é um elemento fundamental de reflexão


sobre o ato de ensinar e aprender. Nesse processo é
fundamental refletir, colaborativamente e
individualmente, como ensinar e aprender na sala de
aula e visualizar esse momento dentro de uma dinâmica
mais ampla, que envolve a comunidade escolar como
um todo.

2.7 Auto-avaliação

1 - Apresente três questões que gostaria de ter


colocado ao professor da aula que observou, de modo a
entender melhor a sua atuação na sala de aula.
2 – Tendo como referencial as características
desse “bom professor”, procure preencher uma tabela
em que refira.
“O que o seu colega já tem” e “O que lhe falta”.

2.8 Bibliografia

LIMA, M. S. L. (Org.) A Hora da Prática:


Reflexões sobre o estágio supervisionado e
ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito
Rocha, 2001 Cortez, 2002.

PIMENTA, S. O estágio na formação de


professores: unidade teoria e prática? 5ª ed.
São Paulo: Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. L. Estágio e


Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

47
TEMA 3
REFLETINDO A INTERVENÇÃO DO
PROFESSOR NA ECOLA E NA SALA DE AULA

Objetivos

• Caracterizar a função do professor e a sua


atuação docente dentro e fora da sala de aula;
• Caracterizar a escola enquanto espaço físico e
enquanto espaço de dinâmicas temporais múltiplas;
• Elaborar instrumentos de registro de observação;
• Identificar as concepções pedagógicas que
permeiam a prática da escola e do professor;
• Confrontar as práticas e os discursos dos
intervenientes no processo educativo;
• Organizar e implementar situações de
aprendizagem, de acordo com propostas pedagógicas
inovadoras;
• Elaborar materiais didáticos enquadrados a
propostas educacionais inovadoras.

Olá, seja bem vindo ao terceiro momento do estágio!

Este terceiro momento do estágio, irá contemplar o


desenvolvimento de atividades que lhe possibilitarão os
elementos básicos para analisar como o professor se
visualiza no seu papel político, social, educacional e
cultural. Terá também, a oportunidade de analisar a
escola enquanto espaço físico e local, onde múltiplas

48
relações temporais se encontram. Enquanto momento
de interação entre a teoria e a prática, neste momento
do estágio terá a oportunidade de construir os materiais
didáticos visando a sua utilização na sala de aula.
Na tabela abaixo poderão encontrar as atividades
que deverão desenvolver durante este primeiro
momento do seu estágio.

I - Redirecionado olhares Guia de entrevista com


professor.
II - Olhando com olhos de Observação da escola
ver enquanto espaço físico e
temporal.
III - Olhando o outro Entrevista sobre o papel do
professor.
IV - Olhando o que faço Elaborando materiais
didáticos.
IV - Interiorizando nosso O que vejo.
olhar

3.1 Atividade I
Guia de Entrevista com o Professor

Esta atividade decorrerá na primeira semana e


prevê a elaboração colaborativa de um guia de
entrevista com um professor, procurando averiguar
como ele encara a sua profissão do ponto de vista
político, social, educacional e cultural. Na elaboração do
guia deverão ser considerados pormenores, tais como:
- Qual o papel na escola?
- Qual o papel na sala de aula?
- Qual o papel na comunidade?
- Qual o papel face aos pais?

49
- Qual o papel face aos colegas?
- Qual o papel face à ética?

3.2 Atividade II
Observação da Escola Enquanto
Espaço Físico e Temporal

Esta atividade propõe que, a partir da segunda


semana, individualmente, observe a escola enquanto
espaço físico e espaço de diferentes vivências
temporais e de que modo esses espaços podem
influenciar a atuação da escola.

3.3 Atividade III


Entrevista Sobre o Papel do Professor

Nesta atividade, que decorrerá a partir da segunda


semana, propomos que individualmente aplique o
questionário elaborado na atividade I a um professor da
escola onde trabalha, ou na qual está realizando o
estágio. Não será necessário identificar a pessoa do
professor a cuja aula o aluno assistiu.

3.4 Atividade IV
Elaborando Materiais Didáticos

O estágio envolve a transposição para a prática da


reflexão e aprendizado realizado durante o curso. Nesta
atividade propomos que a partir da segunda semana
inicie a elaboração do material didático a ser utilizado na
sala de aula.

50
3.5 Atividade V
O Que Vejo

Nesta atividade o processo de reflexão visando à


elaboração do memorial, se focaliza na reflexão sobre o
seu posicionamento pessoal enquanto educador e
cidadão, face à educação de um modo geral e à
vivência na escola onde trabalha, ou em que está
estagiando.

As atividades de II a V deverão ser


disponibilizadas na sala virtual até ao final deste
momento do estágio, sendo que poderão ser alteradas
ao longo do tempo de modo a que possam melhorar
permanentemente esse seu portfolio, revelando a
evolução de seu crescimento pessoal e profissional,
finalidade última do estágio.
Durante este primeiro momento do estágio estarão
disponíveis fóruns de discussão, onde se propõe que
discutam:
• Semana I – A função social do professor.
• Semana II – Os diferentes espaços temporais
que se cruzam da escola.
• Semana III – Os materiais didáticos enquanto
elementos não neutrais no processo de ensinar e
aprender.
• Semana IV – A sala de aula enquanto espaço de
pesquisa.
O bate-papo será um momento de interação
síncrona em que os alunos terão a oportunidade de
esclarecer dúvidas e de debater a importância do
laboratório na escola e na sala de aula.

51
3.6 Resumo

O professor deve ter uma clara consciência da


função social que a sua profissão apresenta. Nesse
sentido deve procurar, permanentemente, analisar a
escola sob diversas variáveis, incluindo a estrutura física
e a temporalidade da educação, face aos diferentes
intervenientes no processo de ensino-aprendizagem.
Nesse processo de reflexão do professor, não deve
estar ausente a seleção e a elaboração consciente de
materiais didáticos que oportunizem uma prática mais
significativa para os alunos.

3.7 Auto-avaliação

1 – Comente a frase: “O material didático não é


neutro”.
2 – Apresente argumentos para defender a
importância do professor enquanto elemento promotor
da educação para a cidadania.

3.8 Bibliografia

LIMA, M. S. L. (Org.) A Hora da Prática:


Reflexões sobre o estágio supervisionado e
ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito
Rocha, 2001 Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G. O estágio na formação de


professores: unidade teoria e prática? 5ª ed.
São Paulo: Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. L. Estágio e


Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

52
TEMA 4
REFLETINDO A INTERVENÇÃO DO
PROFESSOR NA ESCOLA E NA SALA DE AULA

Objetivos

• Caracterizar a função do professor e a sua


atuação docente dentro e fora da sala de aula;
• Caracterizar os instrumentos de suporte
pedagógico ao dispor do professor;
• Identificar as concepções pedagógicas que
permeiam a prática da escola e do professor;
• Confrontar as práticas e os discursos dos
intervenientes no processo educativo;
• Organizar e implementar situações de
aprendizagem, de acordo com propostas pedagógicas
inovadoras;
• Utilizar materiais didáticos enquadrados a
propostas educacionais inovadoras.

Olá, seja bem vindo ao quarto momento do estágio!

Este quarto momento do estágio irá contemplar o


desenvolvimento de atividades que lhe possibilitarão os
elementos básicos para confrontar as práticas e os
discursos dos intervenientes no processo educativo. Por
outro lado, permitirá se inteirar dos instrumentos de
suporte pedagógico, comumente disponíveis nas
escolas. Enquanto momento de interação entre a teoria
e a prática, nesta fase do estágio terá a oportunidade de
refletir sobre a aplicação na prática do plano da unidade
de ensino, bem como dos materiais didáticos e sobre a

53
necessidade de realizar alterações a partir do referencial
de boas práticas elaborado colaborativamente.
Na tabela abaixo poderão encontrar as atividades
que deverão desenvolver durante este primeiro
momento do seu estágio.

4.1 Atividade I
Guia de Boas Práticas para a
Intervenção do Professor
I – Redirecionado o Guia de boas práticas para a
olhar intervenção do professor.
II - Olhando com olhos
Observação dos instrumentos
de ver de suporte pedagógico.
III - Olhando o outro
Análise comparativa entre a
relação do professor com o
feito e o dito.
IV - Olhando o que Intervindo e refletindo sobre a
faço prática.
IV - Interiorizando O que faço e como vejo o que
nosso olhar faço.

Esta atividade decorrerá na primeira semana e


prevê a elaboração colaborativa de um guia de boas
práticas para a intervenção do professor que possa
nortear a sua intervenção e o confronto da entrevista do
professor com a sua prática. O guia deverá contemplar
aspectos tais como:
- Como organizar as unidades de estudo?
- Como definir objetivos?
- Como definir o tempo?
- Como definir estratégias?
- Que referenciais pedagógicos?

54
- Como selecionar e elaborar materiais?
- Como avaliar?

4.2 Atividade II
Observação dos Instrumentos
de suporte pedagógico

Esta atividade propõe que a partir da segunda


semana, individualmente analise os instrumentos de
suporte pedagógico existentes na escola e faça uma
comparação com as necessidades para atender as
demandas dos referenciais de boas práticas elaborado
na Atividade I.

4.3 Atividade III


Análise Comparativa entre a Relação do
Professor com o feito e o dito

O estágio envolve, neste momento, a análise


comparativa entre o que o professor fez na aula que foi
observada e o que disse na entrevista realizada. Deseja-
se que, a partir da segunda semana, se analise a
coerência entre o discurso e a prática.

4.4 Atividade IV
Intervindo e Refletindo sobre a Prática

O estágio enquanto espaço de relação entre a


teoria e a prática propõe, a partir da segunda semana,
uma reflexão sobre a concretização do planejamento
efetuado envolvendo a sugestão de proposta de
aperfeiçoamento ou de reestruturação.

55
4.5 Atividade V
O que Faço e como Vejo o que Faço

Esta atividade alarga o espaço de reflexão


proposto na Atividade IV e propõe o questionar da
realidade da atuação do professor na escola e na sala
de aula, face aos pressupostos de boas práticas
elaborados na atividade I.
As atividades de II a V deverão ser
disponibilizadas na sala virtual até ao final deste
momento do estágio sendo que, poderão ser alteradas
ao longo do tempo, de modo a que possam melhorar
permanentemente o portfolio, revelando a evolução do
seu crescimento pessoal e profissional, finalidade última
do estágio.
Durante este primeiro momento do estágio estarão
disponíveis fóruns de discussão, onde se propõe que
discutam:
• Semana I – A atuação do professor em sala de
aula face à diversidade;
• Semana II – A comunidade enquanto
“instrumentos de suporte pedagógico”;
• Semana III – A relação teoria e prática na sala de
aula;
• Semana IV – O professor enquanto pesquisado e
pesquisador.

O bate-papo será um momento de interação


síncrona em que os alunos terão a oportunidade de
esclarecer dúvidas e de debater as diferentes fases por
que passa o docente ao longo da sua atuação docente

56
4.6 Resumo

A atuação do professor deve ter por referencial um


conjunto de boas práticas que o oriente na sua atuação
e que o oriente no momento de reflexão sobre o que ele
faz e o que ele pensa ser o correto e refletir sobre as
influências a que possa estar sujeito.

4.7 Auto-avaliação

1 – Apresente argumentos que sustentem a frase:


“O processo de ação-reflexão-ação é fundamental para
a atuação do professor”.
2 – Apresente soluções para quebrar a rotina na
atuação da escola e do professor.

4.8 Bibliografia

LIMA, M. S. L.. (Org.) A Hora da Prática:


Reflexões sobre o estágio supervisionado e
ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito
Rocha, 2001 Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G. O estágio na formação de


professores: unidade teoria e prática? 5ª ed.
São Paulo: Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. L. Estágio e


Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

57
TEMA 5
PARTILHA COLABORATIVA

5.1 Introdução

Olá! Chegou o momento de partilhar com a escola


onde você estagiou, com os seus colegas e com a FGF
o resultado de seu trabalho.

Você terá quatro semanas para refletir sobre a


importância do memorial e do plano de ação para a
mudança da prática da escola e do professor, bem como
para planejar e apresentar o trabalho realizado para a
sua escola e preparar o momento de apresentação do
memorial para os seus colegas, no momento presencial.
Neste último momento do estágio e, visando terminar o
seu portfolio, lançamos o desafio que sintetize as
propostas de alteração à sua atuação e à atuação da
sua escola, considerando a necessidade de ela atender
melhor às expectativas e às necessidades que
visualizamos para ela.
Nesse período, terá à disposição um fórum para o
esclarecimento sobre a oficina de apresentação dos
resultados do estágio à escola e sobre a apresentação
do memorial, no momento presencial. Por outro lado,
teremos um fórum aberto para discutir a importância do
estágio para mudar a sua prática.
Não esqueçam de disponibilizar o portfolio pronto,
bem como todas as atividades solicitadas até ao último
dia anunciado na sala virtual. Nesse dia, a sala
encerrará não sendo mais possível o acesso.
Agora que terminou o seu estágio, desejamos que
ele tenha contribuído para o seu crescimento pessoal e
profissional.

58
Saudações a todos vocês!
5.2 Resumo

O estágio é um espaço privilegiado para uma reflexão


individual e colaborativa entre você e seus colegas, mas
a importância do estágio fica reforçada com a partilha de
suas conclusões com a escola. Desse modo a escola
receberá um feedback de seu estágio e você poderá se
constituir como um fator de mudança da realidade
educacional.

5.3 Auto-avaliação

1 – Como organizar o momento de partilha


colaborativa para que ele se torne significativo,
enquanto momento de retorno à escola, das conclusões
do trabalho desenvolvido durante o estágio?
2 – Como organizar o momento presencial para
que a apresentação do seu memorial seja interessante e
possa enriquecer o conhecimento de seus colegas?

5.4 Bibliografia

LIMA, M. S. L. (Org.) A Hora da Prática:


Reflexões sobre o estágio supervisionado e
ação docente. Fortaleza: Edições Demócrito
Rocha, 2001 Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G. O estágio na formação de


professores: unidade teoria e prática? 5ª ed.
São Paulo: Cortez, 2002.

PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. L. Estágio e


Docência. São Paulo: Cortez, 2004.

59
Partilha colaborativa
V
I - Redirecionado Memorial e Momento
olhares plano de ação presencial de
apresentação do
II - Olhando com Planejando a memorial.
olhos de ver oficina de
III - Olhando o apresentação
outro do trabalho
IV - Olhando o realizado na
que faço escola e no
encontro
presencial
V - Interiorizando O que
nosso olhar proponho
mudar

60
61

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