Paulo Martins

“Será possível provar cientificamente a existência de DEUS?”

Centro de Formação Profissional do Seixal

Junho / 2009
 Paulo Martins

“Será possível provar cientificamente a existência de DEUS? “

Formação EFA – Nível Secundário (Nível 3)

Curso de Técnico de Informática - Sistemas

Trabalho de STC – Mod.7

Formador – Paulo Simão

Centro de Formação Profissional do Seixal

Junho 2009 / 2010

Paulo Martins Junho/ 2009

 “Será possível provar cientificamente a existência de Deus?”

Penso que nunca será possível, afinal a ideia que todos nós tempos de
Deus, um ser perfeito, Divino, imaterial, um ser inteligente que dirige e ordena todas
as coisas, leva a que as ciências dificilmente consigam explicar o Divino.
Para provarem que Deus existe, então teriam que aceitar Deus como
matéria ou como um ser imperfeito, logo como poderia ser divino?
Como iria ser aceite pela Humanidade, que afinal Deus não era um ser
supremo e perfeito, mas sim um ser como todos nós?
Se algum dia aparecer alguém a tentar explicar cientificamente a
existência de Deus, de certeza que iram aparecer milhares senão milhões a
refutarem a explicação.
E já agora, porquê tentar provar que existe, se até agora também
ninguém veio provar que não existe. Todos nós assumimos que tem de existir algo
que ordenou todo o universo, senão como se explica que a grande explosão que deu
origem ao universo, o Big Bang, que em vez de causar uma desordem como uma
qualquer explosão que se preze faz, antes pelo contrário, criou o universo todo muito
bem ordenado e arrumadinho, como é que isso aconteceu? E o que é que originou a
grande explosão? Terá sido um ser Divino?
Quando nascemos encontramos um meio ambiente todo ordenado, o
nosso próprio corpo é um sistema bem ordenado e organizado. Vamos crescendo
adquirindo os conhecimentos adequáveis às diversas fases do nosso crescimento,
durante todo esse percurso podemos encontrar sempre um lado positivo e um lado
negativo em tudo. Temos o dia e a noite, o preto e o branco, o frio e o quente, o bom
e o mau, logo , não podemos conceber o universo sem o positivo e o negativo.
Temos determinadas condições em redor da Terra, e na própria Terra, que
possibilitam a existência de vida, condições essas que não existem noutros planetas.
Como é que surgiram essas condições? Porque é que só existem no
nosso planeta e não noutros? Quem é que organizou o Universo desta forma?
Ao não se conseguir dar explicação a todas estas questões, arranjou-se
lugar para o aparecimento de um ser divino e supremo que tudo criou e decidiu.
Desta forma consegue-se explicar o que não têm explicação racional ou científica.
Criou-se então na Humanidade a figura de Deus como o criador de tudo
o que era perfeito. Se aqui temos um lado positivo então houve a necessidade de
criar o lado negativo, surgindo assim o Diabo como responsável pelo aparecimento
do que não era perfeito.
Assim sendo, o Homem já podia explicar o inexplicável, e ainda hoje
podemos ouvir frases como “ Foi obra de Deus” ou “ são coisas do Diabo”.
Se pararmos por um momento e olharmos à nossa volta, veremos que
tudo o que existe tem um fim, as árvores fornecem-nos oxigénio, os pássaros dão-
nos alegria, a nuvens trazem-nos a água, o Sol fornece-nos calor, o nosso coração
trabalha para nos manter vivos, temos um cérebro que nos dá a capacidade de
sermos racionais, sendo assim podemos concluir que tudo se encaixa, tudo tem
lógica. Quem criou está lógica?
Se foi Deus, então está explicada a sua existência.

Paulo Martins Junho/ 2009

 Por mim, gosto de acreditar de que existe algo mais do que um ser
Divino que nos colocou aqui na Terra para nascermos, vivermos e morrermos. Afinal
o que são os sonhos, que por vezes nos parecem tão reais e nos levam a locais ou a
experiências, pelas quais nunca passámos? O que acontece com a nossa
consciência, mente, alma, o que lhe quiserem chamar, quando morremos ?
Se só utilizamos um terço do nosso cérebro, o que aconteceria se
conseguíssemos utilizar os restantes dois terços? Será que esses dois terços só
começam a funcionar quando morrermos e passamos a uma existência espiritual sem
necessidade de um corpo físico?

Paulo Martins Junho/ 2009