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Cornélio Procópio
2010
ÉDER RONI MONTANHEIRO
RICARDO JOSÉ TOSTES
Cornélio Procópio
2010
ÉDER RONI MONTANHEIRO
RICARDO JOSÉ TOSTES
Saber agradecer é uma virtude que devem ter todos os que sabem a
necessidade do outro para si. É reconhecer o valor não só de pessoas bem como de
atitudes. Agradeço então ao corpo docente desta instituição por seus erros e acertos
nesta jornada acadêmica. Agradeço em especial ao Professor Luíz Henrique Simiolli
Furlan Oliva, que muito bem me orientou neste trabalho, o qual tenho profunda
admiração. Agradeço a todos os meus Professores e colegas de curso.
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
This paper addresses the issue of difference between the traditional sports, known
as the sport at school and school sport, which actually are sports of all types, but who
do not obey the rules and traditional codes. It was agreed to practice sports sayings
modified in order to promote a paradigm shift from physical education to make use of
traditional sports and end up passing unintentionally students to the goals of modern
sport, which basically are the high income, sense of competition, and recovery of
specific skills, goals are outlined for athletes with professional aspirations, and are
not shown to profile school that aims to teach students, through sports, notions of
body movements along with the development process development of critical sense,
the spontaneous manifestations of creativity and of the purest expressions of playful
students. When seeking to establish the differences between sports, speaking also
on goals, ideologies, and above all change, because this conception of cooperative
games, in the wake of socialization, the sharing in teams, to not delete, and
edification of the student with the subject, automatically it comes to change the
ideology of physical education, which historically has been a long period of
subordination to the dominant system for responsibility to be an important school
subject, highly appreciated by students, and how. Therefore, assuming such a role to
promote the practice of school sports teacher, who therefore must also teach
concepts of citizenship and be playful space for the students.
agradecimentos............................................................................................................6
agradecimentos............................................................................................................7
SUMÁRIO...................................................................................................................11
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................12
2 ORIGEM DO ESPORTE MODERNO......................................................................14
3 O ESPORTE COMO PRÁTICA ESCOLAR.............................................................24
4 metodologia..............................................................................................................35
5 resultados.................................................................................................................36
6 CONSIDERAÇÕES FINAIs......................................................................................39
REFERÊNCIAS..........................................................................................................41
ANEXOS.....................................................................................................................43
ANEXO A – Instrumento de Pesquisa Utilizado na Coleta de Dados.......................44
ANEXO B – Termo de Consentimento Esclarecido...................................................45
12
1 INTRODUÇÃO
da Educação Física.
De acordo com Assis de Oliveira (2005, p. 15) no Brasil a influência
do esporte sobre a Educação Física que se intensificou com o fim da guerra. O
chamado Estado Novo e a própria trajetória do presidente Vargas chegavam ao fim,
e, emergia no país um processo de urbanização, de industrialização, e
principalmente o avanço dos meios de comunicação de massas, como rádio,
cinema, música e televisão. Tudo isso coincidiu com a chegada, um pouco antes,
em 1940, a adoção do método francês chamado “Educação Física Desportiva
Generalizada”, que foi muito difundido nos cursos de aperfeiçoamento técnico-
pedagógico, pois;
hoje é que ele seja um instrumento educativo que permita aos alunos despertar seu
senso crítico e lhes inspire novos valores, não apenas educativo como também
sociais e que não seja o espírito da superioridade, da competitividade e rivalidade,
os seus princípios. Ou seja, o esporte em todas as modalidades pode e deve ser
usado para educar positivamente os alunos.
De acordo com Bracht (1986) é preciso que os educadores estejam
atentos ao papel do esporte na escola.
Assim como vimos, realmente o esporte educa. Mas educação aqui significa
levar o individuo a internalizar valores, normas de comportamento, que lhe
possibilitarão se adaptar à sociedade capitalista. Em suma, é uma educação
que leva ao acomodamento e não ao questionamento. Uma educação que
ofusca, ou lança uma cortina de fumaça sobre as contradições capitalistas
(ASSIS DE OLIVEIRA, 2005, p.p. 16-17, apud BRACHT, 1986, pp. 64-65).
Sendo assim, uma das razões que a escola tem hoje, para não dar
muita ênfase à prática esportiva tradicional é de que o esporte tal como ele é na
modernidade, é extremamente compatível com o espírito capitalista, ou seja, ele se
guia por princípios que não são edificantes para serem ensinados aos alunos como
valores sadios e construtivos, tais como o espírito da sobrepujança, a ideia de se
superar e superar os outros individualmente ou em equipe e, vencer sempre; o
princípio das comparações objetivas, o esporte sempre vencedor que sempre
padroniza os espaços e condiciona a prática de movimentos com atividades
repetitivas e mecânicas; a tendência da seleção, os alunos acabam selecionados
por habilidades, sexo e biotipo físico e aqueles que não se encaixam são
simplesmente eliminados; tendência da especialização, para obter o maior
rendimento, o aluno se foca em uma modalidade só e esquece as demais; e, a
tendência da instrumentalização, melhorar a performance para atingir o maior
rendimento e mais sucesso.
passado como afirma alguns autores, durante ou depois do final da Ditadura Militar,
quando não apenas a Educação Física, mas também outras disciplinas ficaram
vazias e sem referencial teórico, conforme Caparroz (2005, p. 8) o que se seguiu
nessa fase foi que a Educação Física que vinha de servir de instrumentalização para
as políticas públicas, trabalhando quase que apenas biologicamente na formação de
atletas vencedores, mergulhou, enfim, num processo de questionamento de sua
própria significação e de seu papel enquanto disciplina escolar.
Desse questionamento surgiram novas concepções, novas práticas
pedagógicas com a característica de libertar e de transformar as perspectivas da
Educação Física educacional e formadora de valores, conceitos e opiniões.
No auge dos questionamentos de 1980 em diante, o referencial
teórico da Educação Física passou por uma importante inovação:
[...] é uma atividade realizada na forma de jogo (no sentido de que não há
certeza absoluta antecipada de seu resultado) em que duas pessoas
confrontam determinadas habilidades motoras específicas, em condições e
limites espaço-temporais preestabelecidos, registrados e controlados
publicamente, sendo o resultado de tal forma confronto passível de
comparação com resultados verificados em outras competições similares
(OLIVEIRA, 2010, p. 2, apud KOLYNIAK FILHO, 1997, passim).
obtenção de lucros financeiros, não deve ter o mesmo sentido e o mesmo espírito do
esporte praticado na escola.
O esporte educação deve ter o sentido de democratizar o
movimento, ou seja, todos os alunos devem participar independente de sua
condição física e dele terem mais ou menos capacidade e habilidades, pois o
esporte não pode levar a qualquer tipo de discriminação, de exclusão, ou seja, o
aluno ao praticar o esporte da escola, seja em qual modalidade for, precisa se sentir
sujeito daquela ação, pois o esporte na escola é uma prática pedagógica que tem o
objetivo de educar. Por isso, completa Oliveira (2010, p. 5) as regras precisam ser
flexíveis e modificáveis sempre que for conveniente, a participação deve ser coletiva,
inclusive priorizando a inclusão, os jogos devem ser idealizados ou adaptados pelos
próprios alunos, e o papel do professor deve ser antes de tudo, de mediador, pois, a
característica maior do esporte na escola deve ser a ludicidade dos alunos.
Isso significa que o esporte tem sua dimensão social muito além do
espaço escolar, pois os alunos não viverão eternamente no âmbito escolar, eles
terão uma vida profissional, afetiva e social fora da escola, porém, levando como
bagagem social, as práticas vivenciadas na escola, e como o esporte é notadamente
um ato social influenciador de massas, os alunos também levarão as marcas que as
práticas esportivas na escola produzirão em sua formação.
É, portanto, importante que o esporte seja usado na escola e pela
escola, como instrumento educacional que venha somar na vida do aluno, que em
geral, sofre “massacres” ideológicos pela mídia e outros veículos de comunicação,
para aderir e viver o espírito competitivo do esporte de competição e de rendimento,
em detrimento da vivência social que o esporte pode lhes proporcionar.
condição que lhes impõe limites, que não usa a criatividade e as competências e
habilidades dos mesmos. Ao contrário disso, o esporte da escola precisa trabalhar a
interação, a coletividade, a ação educativa do esporte que reside também no fato do
aluno aprender a apreender o sentido agregador do esporte (LEITE, 2010. pp. 5-6).
Lembrando que os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) a
partir de 1998 inspiraram-se no chamado modelo espanhol e inclui em seus
conteúdos um documento específico voltado para Educação Física, que tem como
base argumentos da Psicologia e da Sociologia, que coloca a Educação Física com
a finalidade de introduzir o aluno na chamada cultura corporal de movimentos cuja
temática envolve o corpo ligado aos esportes, em todas as modalidades, as lutas,
jogos, brincadeiras e atividades rítmicas (LEITE, 2010, p. 6, apud DARIDO, 2008,
pp. 19-21).
Um erro comum que ocorre atualmente é de que as aulas de
Educação Física se restrinjam a quatro modalidades de esporte durante o ano todo,
dedicando a culpa disso ao pouco espaço ou ausência de material para trabalhar
uma variedade maior de modalidades. Assim, a dança, a ginástica, o atletismo e
outras modalidades ficam relegados para um segundo plano e os alunos são
levados a crer que somente essas três ou quatro modalidades podem ser praticadas
na escola. Na verdade tanto a questão do espaço como do material pode ser
facilmente superadas, pois o esporte pode ser trabalhado em várias modalidades
utilizando material adaptado, o que não é nada difícil de ser executado.
Leite, como todos os outros autores consultados são unânimes em
afirmar que o sentido de trabalhar o esporte nas aulas de Educação Física e mais
ainda, de adotar o esporte modificado, é antes de tudo, de resgatar o lado lúdico do
aluno, pois a ludicidade é um instrumento educativo, pois
Educação Física é muitas vezes a preferida pelos alunos, exatamente por propiciar a
manifestação lúdica dos alunos, e assim proporcionar a eles momentos de auto-
realização, de momentos de conquista, que de outra forma, talvez alguns dele
jamais teriam a chance de obter e de experimentar.
Para Santos ([et al.], 2006, p. 25) a prática do esporte da escola, em
especial os jogos, deve ser um momento do aluno participar nas tomadas de
decisões, na elaboração da tática de jogo, por meio das quais os alunos podem
reconhecer que os jogos, além do sentido da disputa, também poder ser agradável,
interessante e educativo na medida em que eles são instruídos e tomar atitude e
decisões baseadas na consciência ética. O aluno é chamado a entender e
compreender a dinâmica do jogo, e ainda a identificar princípios pedagógicos,
aplicar seus conhecimentos já existentes aliados a novos conhecimentos, enfim, os
alunos têm reais possibilidades de desenvolvimento em todas as áreas, e assim
desenvolver e construir novas abordagens e saberes.
Esse modelo da aplicação de jogos da escola é conhecido como
Jogos Esportivos Modificados e segundo autores como Almond & Waring (1992)
compreende:
3.6 DIFERENÇAS
mais capazes, o professor tem o papel de mediador das atividades, podendo intervir
nas atividades, com o intuito de incentivar, os materiais não precisam ser
específicos, podem ser adaptados, utilizar sucatas, recorrer a criatividade dos alunos
na construção de jogos esportivos, exercitando sempre a ludicidade e os alunos são
sujeitos das ações.
Existe ainda a possibilidade de combinar os dois modelos, pois os
jogos tradicionais servem para desenvolver os fundamentos das modalidades
esportivas, pois os jogos modificados não implicam necessariamente na ausência da
parte teórica do esporte, que é sempre importante que os alunos conheçam.
Os próprios Parâmetros Curriculares Nacionais promulgados em
1998, se refém aos jogos e aos esportes como sendo componentes curriculares, e a
recomendação é de que busque sempre formular atividades que tenham um
significado maior que a simples repetição de movimentos (MENEZES,
CAPISTRANO E SOUSA, 2010, p. 97-98).
Já para Santos, Nery, Assunção, Torres, Cordeiro (2006, p.26) o
esporte na escola tem a característica de reproduzir regras, buscar sempre a
melhoria, ser excludente, serem pré-existentes, ser tecnicista, não admitir
criatividade, não necessitar da ludicidade, separar sexos. Enquanto que o esporte da
escola promove a flexibilidade, busca a participação coletiva, é inclusivo, precisa da
criatividade dos alunos para sua construção, o professor deve ser o mediador, não é
específico, não separa sexos, e é sempre lúdico.
Sendo assim, fica evidente que existem dois modelos de aplicação
do conteúdo do esporte nas aulas de Educação Física, aquele modelo que adota as
práticas tradicionais da modalidade esportiva, cujo objetivo é o alto rendimento e a
competição, a exemplo do esporte moderno no dentro do contexto capitalista de
produção, e de outro lado, o chamado modelo de Jogos Esportivos Modificados, no
qual o objetivo é a sociabilização entre os alunos e a sociedade, a construção do
aluno como cidadão crítico e sujeito da ação e sua manifestação lúdica, como
pressuposto de seu crescimento e desenvolvimento.
35
4 METODOLOGIA
5 RESULTADOS
5.1 CATEGORIZAÇÃO
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
de sociabilização dos alunos através das práticas esportivas modificadas, cujo teor
foge completamente aos ideais de competição e alto rendimento, que é
característica primordial no esporte moderno.
A proposta da prática do esporte modificado nas aulas de Educação
Física busca integrar e contemplar a participação cooperativa dos alunos sem
promover exclusões, e, ao mesmo tempo, incentivar o desenvolvimento das
potencialidades, da criatividade, do senso crítico e sobre tudo, da ludicidade dos
alunos.
Sendo assim, os resultados das pesquisas bibliográficas foram
aliados aos resultados da pesquisa de campo que apontaram os seguintes
resultados conclusivos.
Os profissionais da área de Educação Física, apesar de possuírem o
conhecimento teórico, não aplicam em sua totalidade o esporte educacional,
havendo mesmo de maneira inconsciente o dito esporte de rendimento.
A conclusão mais importante a que podemos chegar desta pesquisa
é que realmente existe uma necessidade de se alterar a maneira pela qual a
Educação Física é exercida atualmente e, sim, é possível promover esta alteração
pedagógica de modo a se tirar um maior proveito do processo ensino-aprendizagem,
sendo que para isto não precisamos necessariamente abandonar os movimentos de
caráter desportivo, mas adaptá-los a uma realidade que não exerça sobre os alunos
uma pressão constante na busca incessante de resultados. Desta forma podemos
sugerir àqueles que militam na área escolar a realização de uma metodologia que
estimule o aluno em todas as esferas de seu comportamento humano (motora,
cognitiva, afetiva e social) para que assim possamos contribuir dentro da Educação
Física escolar, com o avanço do processo de desenvolvimento motor o qual ocorre
em todos nós, seres humanos.
41
REFERÊNCIAS
BRACHT, Valter ...[et al.]. Pesquisa em ação: educação física na escola. 2. ed. Ijuí:
Ed. Unijuí, 2005.
ANEXOS
44
Itambaracá, de de 2.010.
Assinatura:
Professor
Eu, Éder Roni Montanheiro, declaro que forneci todas as informações referentes
ao projeto para o Professor.
Data: / /
Eu, Ricardo José Tostes, declaro que forneci todas as informações referentes ao
projeto para o Professor.
Data: / /