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Instrumental
para o trabalho, concursos
e professores
Matemática
Instrumental
para o trabalho, concursos
e professores
Proibida a reprodução, total ou parcial, por qualquer meio ou processo, seja reprográfico,
fotográfico, gráfico, microfilmagem etc. Estas proibições aplicam-se também às
características gráficas e/ou editoriais. A violação dos direitos autorais é punível como crime
(Código Penal art. 184 e §§; Lei 6.895/80), com busca, apreensão e indenizações diversas
(Lei 9.610/98 - Lei dos Direitos Autorais - arts. 122, 123, 124 e 126).
Capa e diagramação
Fátima Kneipp
Elaboração do Conteúdo
GAIS - Grupo de Apoio ao Investimento Social
Ensinart Editora
Rua Afrânio de Melo Franco, 333 sala 113 - Quitandinha
25651-000 – PETRÓPOLIS – RJ – BRASIL
Tel.: 24-2242.3710 / Fax: 24-2237.2755
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E-mail: ensinart@ensinarteditora.com.br
Impresso no Brasil
2010
sumário
Apresentação.......................................................................................................................... 5
Introdução
Classes de palavras:.................................................................................................................................................. 9
Substantivo......................................................10
Artigo..............................................................11
Adjetivo...........................................................12
Numeral..........................................................15
Pronome..........................................................15
Verbo.............................................................. 16
Advérbio......................................................... 19
Preposição...................................................... 20
Conjunção...................................................... 20
Interjeição...................................................... 21
Uso do dicionário.................................................................................................................................................. 22
Ortografia
O alfabeto............................................................................................................................................................... 27
Palavras grafadas com SS, S, Ç, Z, X, CH, G e J................................................................................................... 28
Uso do por que / por quê / porque / porquê ...................................................................................................... 32
Queísmo................................................................................................................................................................. 33
Gerundismo........................................................................................................................................................... 34
Acentuação gráfica
Tipos de acentos e sinais gráficos.......................................................................................................................... 37
Acento agudo..................................................37
Acento circunflexo..........................................38
Acento grave....................................................38
Til.....................................................................41
Acento diferencial...........................................41
Trema.............................................................. 42
Cedilha........................................................... 42
Apóstrofo....................................................... 42
Hífen............................................................... 43
Acentuação de palavras oxítonas, paroxítonas e proparoxítonas...................................................................... 44
Sinais de pontuação
O que são sinais de pontuação.............................................................................................................................. 49
Vírgula.............................................................50
Ponto e vírgula................................................51
Dois pontos.....................................................52
Aspas................................................................53
Travessão.........................................................53
Parênteses........................................................54
Pontos de interrogação e exclamação............54
Reticências.......................................................55
Ponto...............................................................55
Verbos
Número, pessoa, modo, tempo, voz..................................................................................................................... 57
Verbos regulares..................................................................................................................................................... 63
Verbos irregulares.................................................................................................................................................. 66
Apresentação
Prezado Aluno,
Fundamentação Pedagógica
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2. O primeiro acesso
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do, digite o login e senha registrados no cadastro.
• Depois de ter entrado no ambiente do curso com seu login e senha, você visualizará a tela de
seleção do curso.
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3. O ambiente do curso
Feito o procedimento acima, você será enviado para a tela inicial do ambiente do curso.
No canto superior esquerdo, estarão seus dados de identificação e o nome do curso que
irá fazer.
• Você deverá iniciar a navegação clicando sobre o botão Iniciar sistema de ajuda.
A navegação no sistema de ajuda irá mostrará todos os recursos disponíveis para auxiliá-
lo a realizar com sucesso os seus cursos.
Informações do aluno
↓
↓
Ferramentas de navegação
A nossa preocupação foi torná-lo acessível às pessoas que nunca tiveram contato com
computador e internet. Você rapidamente aprenderá as ações de navegação utilizadas no
curso: avançar, voltar e arrastar.
Atendimento on-line
O serviço de atendimento on-line aos instrutores e
alunos durante os períodos das aulas visa dar su-
porte aos cursos.
5. Avaliação do curso
Após a última lição, antes de fazer o teste final, o aluno responderá questionário onde
poderá avaliar o curso e oferecer sugestões de melhorias.
6. Teste de avaliação
O curso é gerenciado por uma solução integrada de gestão de ensino à distância, com as
seguintes funcionalidades:
• Acompanhamento do cadastro dos alunos, escolas, turmas e instrutores.
• Monitoramento em tempo real dos computadores em funcionamento.
• Histórico detalhado de cada aluno.
• Boletim fornecendo o tempo do aluno em cada lição, número de acessos e resultado dos testes.
• Acompanhamento de provas.
• Relatórios e Estatísticas.
Introdução
Lição 1
Lição Introdução
1
Classes de palavras
O que são as classes de palavras e como aplicá-las?
definição
A comunicação, falada e escrita, utiliza-se de palavras que, quando organizadas para
Português
formar um texto, adquirem um significado específico. A partir de tais significações, as
palavras podem ser agrupadas nas chamadas classes de palavras ou classes gramaticais.
Ao todo, são dez as classes gramaticais. Seis delas são compostas por palavras variáveis.
Quatro são compostas por palavras invariáveis.
9
Introdução
Palavras invariáveis são aquelas que não podem alterar sua forma.
Observe:
ufa! – interjeição hoje – advérbio de tempo
muito – advérbio de intensidade durante / para – preposições
realmente – advérbio de afirmação bem – advérbio de modo
Quadro de resumo
As classes de palavras se classificam em:
Substantivo
É toda palavra que é determinada por um artigo, pronome ou numeral, ou modificada por
um adjetivo. Palavra que dá nome a seres, objetos, lugares, sentimentos, ações e qualidades.
dica
Quando o substantivo se referir à especificação dos seres, este pode ser classificado em
comum, próprio, concreto, abstrato e coletivo.
10
Introdução
Lição 1
Quanto à função, os substantivos são classificados em:
Tipos de substantivos
Português
Concreto Abstrato Simples Composto Número Singular Plural
Coletivo Grau Aumentativo Diminutivo
Artigo
Artigo é uma palavra variável que acompanha os substantivos e tem a função de determi-
ná-lo, indicando-lhe ainda gênero e número.
11
Introdução
Adjetivo
Primitivo Que não deriva de outra palavra, mas pode ser feliz, bom, triste
base para a formação de outras.
Derivado Que deriva de outra palavra. felicidade, bondoso, tristeza
Simples Formado somente por um elemento. mudo, velho, novo
Composto Formado por mais de um elemento. verde-claro, arco-da-velha
12
Introdução
O adjetivo faz parte das classes de palavras variáveis e pode variar em:
Lição 1
gênero número grau
Masculino Singular Comparativo
Uniforme – Possui somente uma forma, usando-a tanto em substantivos femininos quan-
to em substantivos masculinos.
escritor ruim, escritora ruim
conflito político-social, desavença político-social
Observe também:
Português
calça clara – calças claras
prova fácil – provas fáceis
atenção
Existem dois casos em que a flexão dos adjetivos compostos merecem atenção:
13
Introdução
Locução adjetiva – É a expressão formada por duas ou mais palavras com função de ad-
jetivo, geralmente de preposição + substantivo ou advérbio.
amor de mãe – amor materno. dia de chuva – dia chuvoso.
carne de porco – carne suína. rosto de anjo – rosto angelical.
anel de ouro – anel áureo.
Adjetivos pátrios – São aqueles que se referem a países, continentes, cidades, regiões, etc.,
exprimindo nacionalidade ou origem.
14
Introdução
Numeral
Lição 1
Palavra que modifica o substantivo determinando a sua quantidade em números, múlti-
plos ou fração, ou mesmo a sua ordem em determinada sequência.
dois bois, salto triplo, meio quilo, primeiro lugar.
atenção
Como regra, os numerais são variáveis, mas nem todos os numerais variam em gênero e
número. Ficam invariáveis se terminarem por som consonantal e são variáveis se termi-
narem por som vocálico.
Português
Ex.: Eu consegui dois seis e três dez. (invariável)
Eu consegui dois setes e três oitos nas provas. (variável)
Pronome
Os pronomes constituem uma categoria de palavras tão importante quanto a dos subs-
tantivos. Eles podem servir como uma espécie de curinga, sendo usados para substituir
um substantivo. Os pronomes podem se referir a um substantivo, ou acompanhá-lo,
qualificando-o. Os pronomes concordam com o substantivo ao qual substituem, referem-
se ou qualificam.
Exemplos de pronomes:
15
Introdução
Verbo
Opinião – achar.
16
Introdução
Regulares – aqueles que não sofrem alterações no radical durante toda a conjugação.
Lição 1
Cantar Vender Partir
(presente do indicativo) (presente do indicativo) (presente do indicativo)
Canto Vendo Parto
Cantas Vendes Partes
Canta Vende Parte
Cantamos Vendemos Partimos
Cantais Vendeis Partis
Cantam Vendem Partem
Português
Anômalos – aqueles que apresentam radicais diferentes durante a conjugação.
ir ser
(presente do indicativo) (presente do indicativo)
Vou Sou
Vais És
Vai É
Vamos Somos
Ides Sois
Vão São
17
Introdução
Abundantes – aqueles que possuem mais de uma forma correta (geralmente no particípio).
18
Introdução
Lição 1
esperando – gerúndio do modo indicativo propondo – formal nominal - gerúndio (ver-
(verbo esperar). bo propor).
venha – 3ª pessoa do singular - presente do serem – infinitivo pessoal (verbo ser).
modo subjuntivo (verbo vir). implementada – particípio irregular (verbo
tomar – infinitivo impessoal. implementar).
tomando – forma nominal - gerúndio (verbo
tomar).
Advérbio
Advérbios são palavras que indicam as circunstâncias em que os fatos acontecem. São
invariáveis, não se flexionam em gênero e número, como os substantivos, nem em pessoa,
modo, tempo e voz como os verbos.
Por acaso, ontem eu encontrei com uma professora fora da sala de aula.
acaso – advérbio de dúvida.
Português
ontem – advérbio de tempo.
fora – advérbio de lugar.
Comparativo
de igualdade tão + ADVÉRBIO + quanto / como Alexandre fala tão alto quanto Daniel.
de inferioridade menos + ADVÉRBIO + que / do que Feona fala menos alto do que Daniel.
de superioridade analítico mais + ADVÉRBIO + que / do que Feona fala mais alto do que Daniel.
sintético melhor / pior que Feona fala melhor que Daniel.
Superlativo
sintético Formado com sufixos. Alexandre fala altíssimo.
Acordo cedíssimo.
analítico Formado com o auxílio de outro advérbio. Alexandre fala muito alto.
Acordo muito cedo.
19
Introdução
Classificação Exemplos
Tempo ontem / de repente
Lugar aqui / abaixo
Modo rapidamente / bem
Afirmação sim / realmente
Negação não / tampouco
Dúvida talvez / acaso
Intensidade pouco / demais
Interrogação onde / quando
Preposição
Acidentais – Palavras que pertencem a outra classe gramatical, mas podem funcionar
como preposições.
conforme, durante, como, que, afora, exceto, fora, salvo, mediante, segundo, menos.
É comum a junção da preposição com outra palavra. Quando isso ocorre, dá-se o nome
de combinação ou contração. Exemplos:
Combinação – Quando a preposição não tem Contração – Quando a preposição tem perda
perda de fonema. de fonema.
(de+o) do
(a+o) ao
(de+um) dum
(a+os) aos
(de+esta) desta
(a+onde) aonde
(em+o) no
(em+este) neste
(per+a) pela
Conjunção
Conjunções são palavras invariáveis que ligam duas orações ou duas palavras semelhantes
(de mesma função gramatical) da mesma oração. Às vezes, uma conjunção é representada
não por apenas uma palavra, mas por duas ou mais palavras. Nesses casos, esse conjunto
é chamado de locução conjuntiva.
20
Introdução
Lição 1
Coordenativas – Ligam termos com a mesma função gramatical ou orações independentes.
O filho reuniu toda a família e preparou uma festa para a mãe.
A lua surgiu e as estrelas inundaram o céu de luz.
Ele venderá brinquedos ou revistas.
Em geral, as conjunções não têm uma única classificação, devendo ser analisadas de acor-
do com o sentido que apresentam no contexto em que se inserem.
Conjunções coordenativas
Aditiva Relação de soma, adição. e, nem, mas, também
Adversativa Oposição, contraste. mas, porém, todavia
Alternativa Indica alternância. ora, ou, já
Conclusiva Relação de conclusão. logo, portanto, então, pois (após o verbo)
Português
Explicativa Razão, motivo. que, porque, porquanto, pois (antes do verbo)
Conjunções subordinativas
Causal Inicia uma oração subordinada, porque, pois, desde que
denotadora de causa.
Concessiva Exprimem concessão. embora, conquanto, ainda que
Condicional Condição ou hipótese. se, caso, a menos que
Conformativa Conformidade. como, conforme, segundo
Comparativa Estabelecem uma comparação. tanto quanto, como, tal e qual
Consecutiva Exprimem consequência. de modo que, de forma que
Final Finalidade. para que, a fim de que
Proporcional Estabelecem proporção. ao passo que, quanto mais
Temporal Indicam tempo. logo que, agora que
Integrante São as introdutórias da oração. se, que
Interjeição
21
Introdução
chamadas de imitativas, que exprimem ruídos e vozes. Observe que, de acordo com o tom
de voz utilizado, a mesma interjeição poderá expressar sentimentos diferentes.
Nossa! Isso é que foi jogada. O sinal está fechado, cuidado!
Psiu! faça silêncio. Ufa! finalmente saiu o pagamento
Passa! saia daqui imediatamente Ai! meu joelho está doendo.
Outros exemplos:
Duas ou mais palavras usadas como interjeição damos o nome de locução interjetiva:
Ora bolas! Quem me dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó de casa!
Ai de mim! Valha-me Deus! Graças a Deus! Alto lá! Muito bem!
Uso do dicionário
O dicionário é um precioso instrumento de trabalho, tanto para o processo de aprendi-
zagem quanto para o dia a dia de quem trabalha na produção ou leitura de textos. Ele as-
sinala os diversos sentidos que uma mesma palavra pode ter. A esse conjunto de sentidos
damos o nome de verbete.
dica
Ao procurar no dicionário o significado de uma palavra, deve-se verificar qual o sentido
do verbete que é mais adequado à frase em que ela será utilizada.
22
Introdução
Lição 1
substantivo masculino adjetivo
Palavras-chave
Português
O leitor que sabe bem a ordem alfabética, ao procurar a palavra abraço, por exemplo,
olhando para as duas palavras-chave, percebe de imediato que “abraço” está nesta página.
Se procura a palavra abalo, vai saber que ela está nas páginas anteriores; se procura a pa-
lavra aeronáutica vai saber que ela está numa das páginas seguintes.
lembre-se
Nenhum dicionário possui todas as palavras de uma língua. Uma palavra pode ter
diferentes significados. O uso correto vai depender do contexto da frase. Existem diversos
tipos de dicionários: bilíngues, multilíngues, ilustrados, dicionários gramaticais, dicioná-
rios técnicos ou temáticos, etc.
23
Introdução
Interpretação de textos
Tendo como objeto de estudo a música interpretada pelo cantor Fagner “No Ceará é As-
sim” poderemos trabalhar algumas classes gramaticais como os substantivos próprios,
artigos indefinidos, substantivos simples, adjetivos, pronomes relativos e pronomes pes-
soais do caso reto.
No Ceará É Assim
(composição: Carlos Barroso)
Eu só queria
Que você fosse um dia
Ver as praias bonitas do meu Ceará
Tenho certeza
Que você gostaria
Dos mares bravios
Das praias de lá
Onde o coqueiro
Tem palma bem verde
Balançando ao vento
Pertinho do céu
E lá nasceu a virgem do poema
A linda Iracema dos lábios de mel
Oh! Quanta saudade
Que eu tenho de lá
Oh! Quanta saudade
A jangadinha vai no mar deslizando
O pescador o peixe vai pescando
O verde mar ...
Que não tem fim
No Ceará é assim
Nesta canção podem ser observadas formas verbais expostas pelo compositor, que deno-
tam ações realizadas em diversos tempos. Por exemplo: Presente, Pretérito, Futuro etc.
24
Introdução
Lição 1
ver – infinitivo
gostaria – futuro do pretérito
fosse – pretérito imperfeito do subjuntivo
tenho – presente do indicativo
tem – presente do indicativo
balançando – gerúndio
nasceu – pretérito perfeito
vai – presente do indicativo
deslizando – gerúndio
pescando – gerúndio
é – presente do indicativo
Português
Os substantivos abstratos veiculam sentimento. Exemplos: saudade.
O título de um texto faz referência ao nome deste texto, neste caso específico, é o nome
da música.
Podemos afirmar que, no caso desta canção, o compositor está longe de sua terra e tem
por objetivo relatar ao ouvinte como é o Ceará sua terra natal.
25
Lição Ortografia
2
O alfabeto
A palavra alfabeto, da original grega alphabetos, é constituída pelas duas primeiras letras
do alfabeto grego (alfa e beta, correspondentes às nossas letras “a” e “b”). Significa um
conjunto de letras usadas para escrever.
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
ab c d e f g h i j k l m n o p qr s t u v w xyz
rr / ss / ch / lh / nh / gu / qu
De acordo com a nova ortografia, as letras k, w e y são usadas em alguns casos especiais.
Observe as regras utilizadas com as letras:
27
Ortografia
VOGAIS A E I O U
CONSOANTES BCDFGHJKLMNPQRSTVWXYZ
ESPECIAIS K W Y
As palavras:
Emprega-se o Ç:
Após ditongos:
28
Ortografia
Lição 2
Nas palavras cuja formação possui sufixos:
Nas palavras:
Nem sempre vamos nos lembrar por que uma palavra termina por S ou Z, mas podemos
tentar sistematizar alguns conhecimentos para nos ajudar, por exemplo, a fazer ou não o
plural dessas palavras.
Emprego do S:
Português
Emprega-se S nas terminações ês, esa, isa em títulos e adjetivos pátrios que sejam femi-
ninos ou indiquem origem:
marquesa, camponesa, francesa, papisa, sacerdotisa.
29
Ortografia
Emprego do Z:
Os sufixos ez e eza são empregados para formar nomes abstratos derivados de adjetivos:
O X é utilizado depois de ditongos orais. Porém há uma exceção, caucho e suas derivadas:
recauchutar, recauchutagem, recauchutadora.
dica
Derivações parassintéticas são palavras que adquirem um acréscimo antes e depois
(sufixo e prefixo) ao mesmo tempo.
Ex.: amanhecer, engaiolar.
O emprego da letra G:
Nas terminações agem, igem, ugem, oge. Nas terminações: ágio, égio, ígio, ógio, úgio.
Exceção: lajem, lambujem, pajem.
Lição 2
Depois de r:
margem, virgem
O emprego da letra J:
Português
Em palavras de origem árabe, indígena ou africana.
alforje, jiboia, jiló, jenipapo, pajé, jipe, jirau, manjericão.
31
Ortografia
Quando houver a união da preposição por + pronome relativo que, possuirá o significado
de “pelo qual” e poderá ter as flexões: pela qual, pelos quais e pelas quais:
POR QUE não estudamos? Sabes POR QUE caminhos deve seguir?
É nobre a causa POR QUE lutamos. POR QUE apreciamos tanto os jogos de futebol?
O POR QUÊ deverá vir acentuado e continuará com o significado de “por qual motivo” ou
“por qual razão” quando vier antes de um ponto, seja final, interrogativo ou exclamação.
Vocês não comeram tudo? POR QUÊ?
Andar cinco quilômetros, POR QUÊ? Vamos de carro.
Uso do PORQUE:
O PORQUE é conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de “pois”, “uma vez
que” e “para que”.
Foi reprovado PORQUE não estudou.
Creio que o estudante vai melhorar, PORQUE fez todos os trabalhos escolares.
32
Ortografia
Uso do PORQUÊ:
Lição 2
Observe as frases:
Foi reprovado porque não estudou. Faça o trabalho, porque estou pedindo.
Não vais, por quê? Chorou, porque queria acompanhar o des-
Diga-me por que faltaste ao trabalho. file.
O motivo por que faltaste não está bem es- Sabemos por que ele faltou.
clarecido. Diga-me o porquê de tanto desprezo.
Estou triste, mas não sei por quê.
Queísmo
Um dos problemas mais frequentes em textos é o “queísmo”. O que serve para ligar orações;
entretanto, quando se tem um vocabulário inadequado, uma das tendências é se apoiar no
que de forma exagerada. Este é um dos mais graves problemas de coesão textual.
Português
Alexandre, que é o novo coordenador do grupo, que vem a ser sobrinho da diretora, está desen-
volvendo um novo projeto, que é o de diminuir o intervalo do lanche, para sairmos mais cedo.
33
Ortografia
O emprego do QUE entre as palavras: Eu falei para ela que o limite de vagas é cinco.
Ele disse que a data das provas do concurso Que situação chata!
foi adiada. Beto quer que João fique morando em seu
Eu sei que aqui vende-se roupas masculinas. apartamento.
Parece que você cresceu bastante! Fernanda disse que sairá de casa às oito horas.
O que você quis dizer com este argumento?
Janaína disse que amanhã posso me inscre-
ver no curso.
Gerundismo
Leia a frase:
Senhor, eu vou estar enviando o documento na segunda-feira.
Esta frase possui o emprego indevido do gerúndio. Em casos como esse, pode-se utilizar
outras formas verbais: presente do indicativo, futuro do presente, infinitivo, etc. Vejamos:
Senhor, na segunda-feira eu lhe envio o documento.
Senhor, “enviarei” o documento na segunda-feira.
Senhor, posso lhe enviar o documento na segunda-feira.
GERUNDISMO CORRETO
Vou estar passando sua ligação. Passarei sua ligação.
Nossa secretária vai estar lhe informando. Nossa secretária irá lhe informar.
Priscila vai estar pagando diretamente em Priscila pagará diretamente em conta
conta corrente. corrente.
Vou estar passando em sua casa no sábado Passarei em sua casa no sábado à tarde.
à tarde.
Você vai estar respondendo para mim as Você responderá para mim as perguntas
perguntas pelo telefone? pelo telefone?
Vou estar agendando a reunião. Agendarei a reunião.
34
Ortografia
Interpretação de textos
Paralelas
(composição: Belchior)
Dentro do carro
Sobre o trevo
Lição 2
A cem por hora, ó meu amor
Só tens agora os carinhos do motor
Português
São duas estradas nuas
Em que foges do que é teu
O compositor afirma em sua música que está a cem por hora porque estava dentro do
carro.
Porque – conjunção causal ou explicativa, com valor aproximado de pois, uma vez que,
já que, porquanto, pelo fato de que, como.
Por que – preposição mais o pronome relativo ou interrogativo. Equivale a por qual ra-
zão, por qual motivo, perguntas diretas e indiretas, frases afirmativas / negativas e excla-
mativas, em títulos de obras / artigos.
35
Ortografia
Por quê – quando o “que” passa a ser tônico em final de frase. Acentua-se o “que” antes de
ponto final, interrogação e algumas frases exclamativas.
Porquê – substantivo masculino, pluralizável e sentido de: motivo, causa, razão e inda-
gação.
O título da canção exprime o confronto das qualidades físicas e morais de dois ou mais
indivíduos – Paralelas.
36
Lição Acentuação gráfica
3
Consiste na aplicação de certos sinais escritos sobre determinadas letras para representar
o que foi estipulado pelas regras de acentuação do idioma. Entre estes sinais estão os di-
versos acentos gráficos e outros sinais, como, por exemplo, o trema, recentemente abolido
da língua portuguesa, ou outros mais que alteram o som (a pronúncia) da letra. Assim,
vamos nos deter nalguns sinais como:
Agudo ( ´ ) Trema (¨)
Circunflexo ( ^) Cedilha (Ç)
Grave - Crase ( ` ) Apóstrofo ( ’ )
Til ( ~) Hífen ( -_)
Acento diferencial
O acento agudo é um sinal de acentuação gráfica simbolizado por um traço oblíquo para
a direita (´). É usado para sinalizar as vogais tônicas (a - i - u) e as vogais tônicas abertas
(e - o) quando exigido pelas regras de acentuação. É indicador da sílaba tônica de timbre
aberto, sempre que necessário.
Esta é uma área muito propícia ao estabelecimento de negócios no ramo da saúde.
único, índio, sítio, júri, fórum, terrível, açúcar, próton, hífen, bíceps
37
Acentuação gráfica
O acento circunflexo é usado para indicar as vogais tônicas fechadas (e – o), de acordo
com as regras de acentuação. No português, é usado no â, ê e ô. Os dois últimos denotam
as vogais médias fechadas tônicas [e] e [o]. O [â] (sempre antes de uma consoante nasal
(m ou n): pântano, câmara) denota uma vogal central tônica, levemente nasalizada. É às
vezes empregado para distinguir certas palavras,como por exemplo tem e têm. Seu uso
tem sido bastante reduzido como consequência das reformas ortográficas.
fênix, vôlei, pôr, você, ônibus, porquê, ignorância, âmbar, fôssemos, bênção
atenção
A NOVA ORTOGRAFIA ressalta que não se usa mais o acento circunflexo nas palavras
terminadas em êem e ôo(s).
Ex: enjoo, leem (verbo ler); magoo (verbo magoar).
Acento grave ( ‘ )
É um sinal indicador de crase, que é a junção da preposição “a” com os artigos “a” e “as”, ou
com um pronome iniciado por “a” (aquele, aqueles, aquela, aquelas, aquilo e aqueloutro).
à (a+a) às (a+as).
Crase é, pois, a fusão (ou contração) de duas vogais idênticas numa só, geralmente da
preposição “a” com o artigo “a”. Em linguagem escrita, a crase é representada pelo acento
grave.
Vejamos algumas regras gramaticais que auxiliam no uso correto da crase. Sempre haverá
crase quando ocorrer a fusão de:
38
Acentuação gráfica
Lição 3
Antes de palavra masculina, a não ser que se Gosto de andar a pé até em casa.
subentendam as expressões à maneira de, à
moda de.
Antes de verbo. Havia muita coisa a fazer.
Antes de pronomes pessoais. Entreguei o convite a ela.
Antes de pronomes de tratamento. Peço licença a Vossa Excelência.
Nas expressões formadas por palavras repeti- Ficou frente a frente com o goleiro.
das.
Antes de palavra no plural precedida da prepo- O banco ampliou o crédito a empresários.
sição A.
Antes dos pronomes QUEM e CUJA. Este é o autor a cuja obra me referi.
Antes do artigo indefinido UMA. Maria dirigiu-se a uma funcionária da recep-
ção.
Não se usa crase antes dos pronomes de trata- Dirigiu-se à senhora com educação.
mento, porém esta regra tem duas exceções: os Pediu licença à senhorita.
Português
pronomes senhora e senhorita.
Não se usa crase antes de nomes de mulheres A notícia refere-se a Princesa Isabel.
célebres.
Não se usa crase antes de nomes de santos e Ela fez uma promessa a Santa Teresinha.
santas.
39
Acentuação gráfica
Antes de nomes de lugar – Alguns nomes de lugar admitem o uso da crase, outros não.
Para fazer essa verificação, formule uma frase com o verbo VIR e o nome do local. Se a
preposição utilizada for DA, a crase será utilizada. Se a preposição utilizada for DE, a crase
não será utilizada.
Iremos à Argentina mês que vem. (Viemos DA Argentina)
Iremos a Paris mês que vem. (Viemos DE Paris.)
Observe:
Fui à França, mas não a Portugal.
Conheci os Países Baixos e a Grécia.
Adorei a Itália e a Espanha.
Pretendo voltar algum dia à Suíça e a Luxemburgo.
Depois de um tempo na Europa, fui à África com um grupo de amigos.
Eles me levaram ao Egito, à Tunísia e a Moçambique.
Antes das palavras casa, terra e distância. – As palavras casa (no sentido de “lar”), terra
(no sentido de “terra firme”) e distância não admitem crase. Se tais palavras, todavia, es-
tiverem especificadas, usa-se a crase.
Cheguei cedo a casa. – sentido de lar
Cheguei cedo à casa dos meus pais. – especificada por dos meus pais.
Regressaram a terra depois de muitos dias. – sentido de terra firme.
Regressaram à terra natal ontem. – especificada por natal.
A polícia ficou a distância. – não especificada.
A polícia ficou à distância de 5 metros. – especificada por 5 metros.
Mas não se assuste, existem maneiras simples de detectar o uso correto da crase:
40
Acentuação gráfica
Til (~)
O til (~) é um sinal diacrítico que serve para nasalar as vogais. Não é propriamente um
sinal de sinalização, mas uma marca de nasalidade. Historicamente, o til era uma abre-
viatura da letra n ou m em posição de travamento silábico, escrito por cima da linha. Em
português, essa indicação passou a designar um sinal de nasalação. Na maioria dos casos,
o til aparece na sílaba tônica das palavras e, só é usado sobre as vogais A e O.
lições, avião, paixão, cãimbra, camarão, organização, avelã, Irã, instituição, maçã, João
Acento diferencial
Lição 3
O acento diferencial é usado para distinguir duas palavras que têm a mesma pronúncia
(homófonas). Com o Acordo Ortográfico vários desses vocábulos vão perder o acento. O
motivo disso é que o contexto ajuda indicar o significado, sem necessidade de diferenciar.
Assim, usamos pôde (com acento) que é a forma do passado do verbo poder (pretérito
perfeito do indicativo), na terceira pessoa do singular. Pode (sem acento) é a forma do
presente do indicativo, na terceira pessoa do singular.
De acordo com a NOVA ORTOGRAFIA, não se usa mais o acento agudo que diferenciava
os pares:
pára/ para pólo(s) /polo(s) pêra / pera péla(s) / pela(s) pêlo(s) / pelo(s)
Português
O mais importante, agora, é saber os dois casos mais usados, onde o acento diferencial
permance:
Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos TER e VIR,
assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, vir, intervir, advir etc.).
41
Acentuação gráfica
Trema (¨)
Trema ( ¨ ) é um diacrítico usado em diversas línguas para alterar o som de uma vogal ou
para assinalar a independência dessa vogal em relação a uma vogal anterior, constituindo-
se às vezes em uma vogal própria e distinta no alfabeto. Mas a Nova Ortográfica simples-
mente aboliu o trema. Assim, não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra U
para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos GUE, GUI, QUE, QUI.
Cedilha (ç)
O cedilha é utilizado em baixo da letra “C”, aplicado antes das letras a, o e u na represen-
tação do som “ss”.
caçador – dançar – açúcar – benção – situação
canção – instituição – organização – preposição
Apóstrofo (‘)
É um sinal de pontuação, na forma de uma virgula superior, que tem a função de indicar
a supressão de uma letra numa palavra na união com outra. Um exemplo do uso do após-
trofo está na canção de Chico Buarque “Gota D’água”:
42
Acentuação gráfica
O compositor preferiu escrever “gota d’água” a escrever “gota de água”, o que provavel-
mente atrapalharia o ritmo da música. O apóstrofo representa a junção de duas palavras:
“de” e “água”.
Lição 3
Hífen
O hífen, ou traço-de-união, é um sinal (-) com várias funções na escrita. Vamos as suas
regras, já de acordo com o novo Acordo Ortográfico.
Quando o prefixo termina por vogal, usa-se o hífen se o segundo elemento começar pela
mesma vogal:
Português
anti-inflamatório contra-almirante micro-ondas semi-internato
Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen, se o segundo elemento começar
pela mesma consoante. A única exceção é o prefixo SUB que usa o hífen diante de palavra
iniciada por R.
43
Acentuação gráfica
Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo elemento come-
çar pela mesma consoante:
inter-regional, super-romântico
Deve-se usar o hífen para ligar duas ou mais palavras que se combinam formando en-
cadeamentos vocabulares.
Ponte Rio-Niterói, eixo Rio-São Paulo
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal com que se
inicia o segundo elemento.
autoescola, aeroespacial, semiaberto.
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
por consoante diferente de r ou s.
autopeça, seminovo, microcomputador.
Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa
por r ou s. Nesse caso, duplicam-se essas letras:
Ex: antirrábico
Nao se usa o hífen quando o prefixo termina por consoante, se o segundo elemento
começar por vogal:
hiperacidez, hiperativo, interescolar
44
Acentuação gráfica
Toda palavra tem sua sílaba tônica, mas isso não significa que precisa, necessariamente,
ser acentuada. Alguns acentos são necessários para diferenciar uma palavra da outra. É o
caso dos acentos diferenciais, como já vimos anteriormente.
Você observou que, mesmo sendo palavras oxítonas, algumas são acentuadas e outras
Lição 3
não. As palavras oxítonas recebem acento agudo quando são terminadas em vogais tô-
nicas abertas A, E, O, seguidas ou não de S. E também quando são terminadas em vogais
tônicas fechadas E, O, seguidas ou não de S.
Palavras oxítonas terminadas com os ditongos abertos ÉI, ÉU, ÓI, seguidos ou não de S.
anéis, corrói, troféu
Português
Monossílabos tônicos terminados em A, E, O, seguidos ou não de S.
pés, dó, má
São chamadas paroxítonas as palavras cuja tonicidade recai na penúltima sílaba. Tais pa-
lavras formam a maioria do léxico português. E para simplificar, podemos dizer só rece-
bem acento gráfico as palavras paroxítonas que não terminam em a, e, o.
Terminações Exemplos
i, is júri, dândi, táxi, biquíni, safári, íris, lápis, grátis, tênis
us, um, uns álbum, álbuns, Vênus, vírus, bônus, húmus, fórum, médium
ã, ãs, ão, ãos ímãs, sótão, órfão, órgãos, bênçãos, Cristóvão
45
Acentuação gráfica
l, n, r, x cônsul, pênsil, fácil, horrível, abdômen (ou abdome), gérmen (ou germe),
próton, nêutron, pólen, hífen, açúcar, zíper, mártir, fênix, tórax, ônix
ps, om, ons bíceps, fórceps, Quéops, rádom, elétrons, prótons, nêutrons
ditongo oral (ia) beneficência, hérnia, mobília, biópsia, estratégia, Cátia, Cássia, Célia, Cecília,
Cíntia
ditongo oral (ie) série, calvície, barbárie, cárie, efígie, espécie, imundície, planície, superfície
ditongo oral (io) sério, pátio, vários, néscio, calcário, dignitário, exímio, Antônio, Anísio, Aloí-
sio, Dário, Décio, Flávio, Hélio, Júlio, Marcílio
ditongo oral (ua) água, régua, árdua, quíchua, tábua, exígua, ingênua, iníqua
ditongo oral (ue) tênue, águe, míngue, bilíngue
ditongo oral (uo) árduo, supérfluo, ambíguo, mútuo, ubíquo, assíduo, ingênuo, iníquo, profícuo
ditongo oral (ea) áurea, rédea, orquídea, miscelânea, várzea, drágea, pâncreas, fêmeas
ditongo oral (eo) espontâneo, momentâneo, homogêneo, litorâneo, saponáceo, óleo, gêmeos
ditongo oral (oa) mágoa, Páscoa, amêndoa, névoa, nódoas
ditongo oral (ei) jóquei, vôlei, ágeis, férteis, pênseis, faríeis, achásseis, fósseis
De acordo com a nova ortografia, não se usa mais o acento nos ditongos abertos ÉI e ÓI
nas palavras paroxítonas.
ideia, jiboia, joia, odisseia, paranoia, paranoico, plateia, tramoia.
46
Acentuação gráfica
Interpretação de textos
Antônio Conselheiro
Lição 3
cearense, meu conterrâneo
líder sensato e espontâneo
nosso Antônio Conselheiro
Português
Neste poema podemos observar alguns acentos e sinais gráficos como, por exemplo:
acento agudo, acento circunflexo e o til.
é/ã/â/í/â/ô/á/ó
O acento circunflexo é usado para indicar as vogais tônicas fechadas (e – o), de acordo
com as regras de acentuação. No português, é usado no â, ê e ô.
O acento agudo é colocado sobre as letras a, i, u e sobre o e as do grupo - em, que indicam
que essas letras representam as vogais das sílabas tônicas: Amapá, saída, fúnebre, porém;
sobre as letras e e o, indica que representam as vogais tônicas com timbre aberto: médico,
herói.
O sinal gráfico til serve para nasalar as vogais. É uma marca de nasalidade.
47
Acentuação gráfica
48
Lição Sinais de pontuação
4
49
Sinais de pontuação
Vírgula (,)
A vírgula indica uma pausa pequena, deixando a voz em suspenso à espera da continu-
ação do período. A vírgula pode ser usada no interior da oração, ou mesmo entre uma
oração e outra.
A maioria das crianças, durante as férias, viaja. (adjunto adverbial intercalado)
Os meus amigos, sempre os respeito. (complemento pleonástico deslocado)
Ela prefere filmes românticos; o namorado, de ação. (indicação da omissão do verbo)
Rodrigo, traga minhas luvas até aqui! (isolamento de vocativo)
Os filhos, os pais, os professores e os diretores irão ao evento. (separação de termos coordenados
assindéticos)
Após o uso dos advérbios “sim” ou “não”, usados como resposta, no início da frase.
Ex: Você gostou do vestido? Sim, eu adorei!
Para separar termos de uma mesma função sintática. A conjunção “e” substitui a vírgula
entre o último e o penúltimo termo.
A casa tem três quartos, dois banheiros, três salas e um quintal.
50
Sinais de pontuação
Embora a conjunção “e” seja aditiva, há três casos em que se usa a vírgula antes de sua
ocorrência:
Lição 4
Quando as orações coordenadas tiverem sujeitos diferentes.
O homem vendeu o carro, e a mulher protestou. – Neste caso, “o homem” é sujeito de “vendeu”, e “a
mulher” é sujeito de “protestou”.
Quando a conjunção “e” vier repetida com a finalidade de dar ênfase (polissíndeto).
E chora, e ri, e grita, e pula de alegria.
Quando a conjunção “e” assume valores distintos que não seja da adição:
Coitada! Estudou muito, e ainda assim não foi aprovada.
Evite usar muitas vírgulas em uma mesma frase. Sempre que possível, construa períodos
curtos.
O ponto e vírgula é usado para marcar uma pausa mais longa que a da vírgula, porém me-
nor que a do ponto. Dizemos que o ponto e vírgula é um sinal utilizado quando a pausa
desejada não é nem tão breve quanto à vírgula nem tão longa quanto o ponto. Usamos
ponto e vírgula para delimitar com mais clareza frases extensas de um mesmo período,
especialmente as que contém vírgulas.
O casarão incendiou; a polícia e os bombeiros foram chamados pelos vizinhos; permitindo a prisão do
velho, um ladrão perigoso.
“Os burgueses admiravam-lhe a economia, os clientes, a polidez, os pobres, a caridade.” (Flaubert)
Jonas tem muito dinheiro; não pode, porém, desfrutar suas vantagens.
51
Sinais de pontuação
Não existe uma regra específica que obrigue o uso do ponto e vírgula. Fica a critério de
quem escreve colocá-lo quando desejar organizar melhor os itens que compõem o perío
do. Em um trecho onde ocorrem muitas vírgulas, o ponto e vírgula é útil para delimitar
os segmentos maiores do período.
Separar orações que sejam quebradas por vírgula, para marcar pausa maior entre as
orações.
Não esperavaoutra coisa; afinal, eu já havia sido avisado.
Omissão de um verbo.
O General não temia o que lhe podia acontecer; os soldados sempre.
É utilizado quando se vai iniciar uma sequência que explica, identifica, discrimina ou
desenvolve uma ideéia anterior. Os dois pontos marcam a suspensão da melodia de uma
frase.
52
Sinais de pontuação
Aspas (“ “)
Quando uma frase começar e terminar entre aspas, elas devem ser colocadas depois do
ponto final.
Getúlio Vargas termina sua Carta Testamento assim:
–“Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidadee saio da vida para entrar na Histó-
ria.”
Quando se quer apenas dar destaque a um termo, o ponto final deve ficar fora das aspas.
A notícia foi publicada no “Jornal do Brasil”.
Lição 4
Como disse Carlos Drumond de Andrade, –“No meio do caminho tinha uma pedra”.
Português
Meu nome de batismo é “José Silveira Mendas”.
Travessão (–)
53
Sinais de pontuação
Parênteses ( )
Interrogação
Tem a função de levar o leitor a pronunciar a frase como uma pergunta ou dúvida. Sem
ele, uma frase não pode ser entendida como pergunta, se transformando em afirmação
Será que vai chover?
Posso ir a festa com vocês?
54
Sinais de pontuação
Exclamação
É utilizado quando se deseja indicar que a entonação da frase deve ser enfática, emocio-
nada, intensa.
Independência ou morte!
Estou muito feliz por você!
Reticências ( ... )
Lição 4
Não sei se devia lhe dizer, mas... o caso é grave.
E o vencedor é... João da Silva.
Omissão de trechos desnecessários de uma citação. Neste caso, devem vir, de preferên-
cia, entre parênteses ou colchetes.
“[...]nehuma tinha os olhos de ressaca, nem os da cigana oblíqua e dissimulada.” (Machado de Assis)
“(...) E assim, quando mais tarde me procure (...)” (Vinicius de Moraes)
Ponto ( . ) Português
É o sinal de pontuação utilizado para marcar o final das frases declarativas e imperativas;
é o sinal que indica maior pausa. Quando encerra um texto escrito, é também chamado
texto final.
55
Sinais de pontuação
Interpretação de textos
A Águia e a Gralha
A vírgula indica uma pequena pausa e serve para separar termos de uma mesma função sintática.
O ponto é utilizado para marcar o final das frases declarativas e imperativas; indica uma pausa
maior.
O travessão é utilizado para indicar mudança de interlocutor.
O ponto de interrogação indica uma pergunta.
Todo texto narrativo possui personagens, entre eles existem: o protagonista que é o personagem
principal da história, o antagonista ou coadjuvante que pode ser o inimigo do protagonista e os
personagens secundários.
56
Lição Verbos
5
Os verbos são palavras que podem indicar ação (correr, pular), estado (ser, ficar), fe-
nômeno natural (chover, amanhecer), ocorrência (acontecer, suceder), desejo (aspirar,
almejar) e outros processos.
“Todos os amantes beijaram-se na minh’alma.” (ação)
Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida. (estado)
Choveu muito ontem. (fenômeno da natureza)
Formas verbais
As formas verbais apresentam três elementos estruturais: radical, vogal temática e desi-
nências.
Desinência – São elementos colocados no final das palavras para indicar certos aspectos
gramaticais. As desinências indicam as flexões de número, pessoa, tempo e modo.
57
Verbos
Conjugação terminação
Primeira AR
Segunda ER
Terceira IR
Flexões verbais
E quanto às flexões de modo, tempo e voz são características do verbo. Indica a atitude
do falante com relação ao fato que expõe:
Pessoas verbais
1ª pessoa do singular = eu 1ª pessoa do plural = nós
2ª pessoa do singular = tu 2ª pessoa do plural = vós
3ª pessoa do singular = ele 3ª pessoa do plural = eles
atenção
Em várias regiões do país o pronome de tratamento você é empregado no lugar do pro-
nome reto tu, de segunda pessoa do singular. Assim, embora você desempenhe o papel
de segunda pessoa do discurso - com quem se fala -, por ser pronome de tratamento,
gramaticalmente exige o verbo em terceira pessoa do singular.
58
Verbos
modo indicativo eu amo, eu amei Trata-se de uma atitude de certeza, o que está
acontecendo ou ocorreu.
modo subjuntivo se eu amasse, quando eu amar Esta atitude é de incerteza, mostra condição,
possibilidade.
modo imperativo ame ele, não amem Exprime uma ordem, um conselho, um
pedido.
Além dos três modos: indicativo, subjuntivo, imperativo, os verbos apresentam ainda as
formas nominais infinitivo, gerúndio e particípio. As formas nominais do verbo derivam
do tema (radical + vogal temática) acrescido das desinências:
Tempo verbal
Lição 5
facilmente identificadas pelas terminações do verbo estudar.
O processo indicado pelo verbo pode ser localizado no tempo de três maneiras diferentes:
Pode, também, ser um fato que vai ocorrer, ou seja, um fato posterior ao ato da fala.
Vejamos: Português
Eu estudava quando ele Pretérito imperfeito Eu estudava (passado que não se concluiu e
chegou. que, no entanto, era presente a outro fato do
passado- quando ele chegou).
Eu desejara tanto que Pretérito mais–que–perfeito Eu desejara (expressa um fato passado ante-
voltasses para casa. rior a outro fato passado- que tu voltasses).
Eu jogaria se não tivesse Futuro do pretérito Jogaria (indica um fato futuro, mas em - já
chovido. acontecido já choveu).
59
Verbos
O infinitivo pode ser pessoal ou impessoal. Quando pessoal o infinitivo pode ser fle-
xionado recebendo desinências indicativas de pessoa, ou não flexionado na 1ª e 3ª pessoa
do singular, permanecendo invariável. Quando impessoal o infinitivo não se refere às
pessoas do discurso: Ter ou não ter dá na mesma.
Ouviram-te chorar. (infinitivo pessoal não flexionado)
Juro serem eles conhecedores do assunto. (infinitivo pessoal flexionado)
O particípio são as formas terminadas em ado ou ido. É a forma nominal que participa
ao mesmo tempo da natureza do verbo e do adjetivo.
Resolvido o problema, seguiremos adiante.
Era um homem muito sofrido.
O gerúndio são as formas terminadas em ndo. É a forma nominal que além da natureza
verbal, pode desempenhar papel de advérbio e mais raramente de adjetivo.
Chegando amanhã, partimos. (frases reduzidas)
Sorrindo, ele aproximou-se. (indica modo)
Água fervendo. (valor de adjetivo)
60
Verbos
verbos
Passado
Tempos verbais Presente
Futuro
Modo Indicativo Presente
Pretérito perfeito
imperfeito
mais-que-perfeito
Futuro do presente
Lição 5
Sujeito recebe, sofre a ação expressa pelo verbo:
Voz passiva sujeito agente (paciente).
Vozes do verbo
A voz passiva pode ser: Analítica
Sintética
Voz reflexiva Sujeito pratica e sofre a ação expressa pelo verbo:
sujeito ao mesmo tempo(agente e paciente).
MODO INDICATIVO
Presente Expressa uma ação que está ocorrendo no momento da fala ou uma ação
que se repete ou perdura.
Perfeito Expressa uma ideia de uma ação passada.
Português
Imperfeito Expressa um fato passado não concluído.
Pretérito
Mais- que- perfeito Expressa uma ação ocorrida no passado e anterior
a outra ação também passada.
Presente Expressa a ideia de uma ação que ocorrerá num
tempo futuro em relação ao tempo atual.
Futuro Pretérito Expressa a ideia de uma ação futura que ocorreria
desde que uma condição tivesse sido atendida
antes.
61
Verbos
MODO SUBJUNTIVO
Presente Indica um fato incerto no presente, podendo também expressar dúvida,
possibilidade, suposição, ou formar frases isoladas manifestando desejo.
Pretérito imperfeito Indica um fato incerto ou improvável ou um fato que poderia ter ocorrido
mediante certa condição.
Futuro Indica um acontecimento possível no futuro; aparece acompanhado das
palavras quando e se.
As vozes verbais indicam a relação ente o sujeito e a ação expressa pelo verbo. Podemos
ter três situações:
A ação é praticada pelo sujeito: temos o sujeito como agente: VOZ ATIVA.
O sujeito, ao mesmo tempo em que pratica, também sofre a ação. (apresenta a seguinte
estrutura: verbo + voz ativa + pronome oblíquo exercendo a função de objeto). VOZ
REFLEXIVA.
verbos
Regulares Verbos que não sofrem alterações no radical durante toda a
conjugação.
Irregulares Verbos que sofrem alterações no radical ou tem desinências
diferentes das que aparecem no verbo paradigma de sua
conjugação.
Anômalos Aqueles que, na sua conjugação, apresentam no radical
Quanto à flexão alterações mais profundas do que os verbos irregulares, e
que durante a conjugação apresentam radicais distintos.
Ex. ir e ser.
Defectivos Aqueles que possuem alguma deficiência na sua conju-
gação, ou seja, não apresentam todas as formas verbais,
deixando de ser conjugados em determinadas pessoas,
tempos ou modos.
Abundantes Aqueles que apresentam duas ou mais formas equivalentes
para determinada flexão.
Rizotônicas Formas verbais onde o acento tônico recai no radical, como
Formas verbais em: ando, andas, anda, andam.
Arrizotônicas Todas as formas verbais, nas quais o acento tônico recai
fora do radical, como em: cantamos, cantais, cantavam.
62
Verbos
Verbos regulares
Verbo regular é aquele cujo radical não se modifica durante a flexão e suas terminações
seguem o modelo da conjugação à qual pertencem. Já os verbos irregulares são aqueles
que não seguem esse padrão.
Para saber se um verbo é regular, basta fazer sua conjugação nos tempos presente e pre-
térito perfeito do indicativo. Se nesses tempos ele mantiver o radical e seguir o padrão de
sua conjugação, ele será regular em todos os tempos. Vejamos exemplos de conjugação
de verbos:
63
Verbos
64
Verbos
Algumas dicas:
No imperativo negativo você usa como base o presente do subjuntivo. Lembrando que
na conjugação do imperativo não se usa a primeira pessoa do singular (eu) por motivos
óbvios, ninguém da ordem a si mesmo. Colocando sempre o não antes da conjugação.
65
Verbos
Verbos irregulares
Verbos irregulares são verbos que sofrem algumas modificações relativamente aos para-
digmas da conjugação a que pertencem, ou seja, que sofrem alterações no seu radical ou
nas suas desinências afastando-se do modelo a que pertencem.
Conjugam-se por este padrão, os verbos advir, avir, convir, contravir, desavir, desconvir,
desintervir, devir, entrevir, obvir, provir, reavir, reconvir, revir e sobrevir.
dica
Para saber se um verbo é regular ou irregular, basta conjugá-lo no presente ou no preté-
rito perfeito do indicativo.
66
Verbos
Conjugação do verbo TER. O verbo ter é considerado um verbo auxiliar, através dele
podemos conjugar outros de mesma terminação.
Conjugam-se como ter os seus derivados: abster, ater, conter, deter, entreter, obter, reob-
Português
ter, reter, suster.
67
Verbos
Ainda dois outros verbos, considerados de ligação, muito importantes no uso do dia a dia:
68
Verbos
Português
69
Verbos
Interpretação de textos
“O melhor da nossa vida
é paz, amor e união
e em cada semelhante
a gente ver um irmão
e apresentar para todos
o papel de gratidão
Infinitivo é a forma utilizada para dar nome aos verbos. Os verbos que estão no infinitivo
são aqueles que terminam em: ar / er / ir.
Observe a conjugação do verbo viver e saiba por que ele pertence à primeira pessoa do
singular do tempo Presente do Modo Indicativo.
Eu vivo (quem vive sou eu, no caso o autor do texto, que fala na primeira pessoa.)
Tu vives
Ele / Ela vivem
Nós vivemos
Vós viveis
Eles / Elas vivem
70
Verbos
O autor fala sobre a dificuldade de ser um sertanejo e viver exposto a todo tipo de infor-
túnios, mas ao mesmo tempo demonstra uma sabedoria enorme ao citar que existem
pessoas piores que ele, sabedoria e gratidão!
Lição 5
Português
71
sumário
História da matemática
O que é matemática............................................................................................................................................... 75
O que são números................................................................................................................................................ 75
Conjuntos............................................................................................................................................................... 79
Números decimais................................................................................................................................................. 81
Números naturais.................................................................................................................................................. 82
Números inteiros................................................................................................................................................... 82
Números primos e compostos.............................................................................................................................. 83
Números racionais................................................................................................................................................. 84
Números irracionais.............................................................................................................................................. 84
Números reais........................................................................................................................................................ 84
Operações fundamentais
Soma....................................................................................................................................................................... 87
Subtração................................................................................................................................................................ 89
Divisão.................................................................................................................................................................... 90
Multiplicação......................................................................................................................................................... 92
Porcentagem
O que é porcentagem........................................................................................................................................... 103
Como calcular...................................................................................................................................................... 104
Cálculos com porcentagem................................................................................................................................. 105
Razões com denominador................................................................................................................................... 106
Fator multiplicante.............................................................................................................................................. 107
Muito antes de a matemática ter os seus conceitos abordados como ciência, a humanida-
de já usava alguns de seus princípios.
A matemática está presente em várias áreas da sociedade, como por exemplo: arquitetura,
informática, medicina, física, química etc. Por isso a importância e a função da matemá-
tica em nossa vida.
Por exemplo: Para contar o rebanho que seria entregue à noite ao pastor, o dono das
ovelhas adicionava em um cesto uma pedra para cada ovelha que entrava no cercado.
Para que assim tivesse certeza da quantidade das ovelhas.E no dia seguinte para conferir
a quantidade de ovelhas o pastor retirava as pedras da cesta conforme as ovelhas saiam
do cercado.
Matemática é a ciência dos números e dos cálculos.Ela vem para facilitar e organizar a
Sociedade
Segundo Arquimedes, o sistema decimal surgiu pelo fato de ser dez o número de dedos
das mãos ou dos pés.
75
História da matemática
A história tem mostrado que, o que nos parece pura fantasia matemática, mais tarde se
revela um verdadeiro depósito de aplicações práticas.
Uma teoria importante desenvolvida pelo ganhador do Prêmio Nobel, John Nash, é a
Teoria dos jogos, que possui atualmente aplicações nos mais diversos campos, como no
estudo de disputas comerciais.
Segundo Pitágoras: “Todas as coisas são números.” Neste capítulo aprenderemos o que
são números.
76
História da matemática
O dia a dia de Luís é cansativo. Quando era criança, ele não teve muitas
oportunidades e não concluiu seus estudos, mas agora ele se dedica muito
Lição 1
para melhorar suas condições de vida.
Matemática
um pouco.
Após o trabalho, Luís passa em casa e toma um banho rápido. Há dias que
o termômetro marca 38°, não é fácil. Não precisa pegar condução para ir à
escola, faz uma caminhada de 2 km e já está lá. Com isso, economiza duas
passagens. Ele estuda das 19 às 22 horas e logo vai dormir. Como mora só,
aos sábados Luís organiza sua casa e suas roupas, além de dormir até um pouco mais
tarde. Domingo é seu dia de lazer. Joga uma pelada com seus amigos (são 10 para
cada lado), almoça na casa da namorada e depois vai com ela ao cinema. Os dois são
estudantes e pagam meio entrada. Luís nunca admite estar cansado! Diz que tudo
vale a pena e deseja fazer sua faculdade de farmácia.
Como vimos, são várias as representações que os números podem assumir em nosso
cotidiano.
77
História da matemática
78
História da matemática
Capítulo 3 – Conjuntos
Lição 1
Conjunto é uma coleção de símbolos ou objetos. Os símbolos e objetos que formam o
conjunto são nomeados elementos.
C P I
M L F
Matemática
azul 2, 4, 10, 22 56, 3, 5, 11, 21 57,
amarelo 102, 250 103, 249
verde 358, 694 359, 693
março
A, D, J, L margarida
outubro
N, R, S, V rosa
novembro
X, Z, Y, W bromélia
dezembro
79
História da matemática
Os números negativos: {-1, -2, -3, -4 ...} são chamados de números simétricos.
Exemplo:
Exemplo:
a
Um conjunto A é subconjunto de B quando todos os elementos de A também são
elementos de B.
80
História da matemática
Lição 1
No sistema de numeração decimal cada algarismo, da parte inteira ou decimal, ocupa
uma posição ou ordem.
1 2 3 4 5 6 7 8 9
Observe os exemplos:
Matemática
1,2 – um inteiro e dois décimos
Quando a parte inteira do número decimal é zero, lemos apenas a parte decimal.
0,1 – um décimo
Constata-se que 0,4 representa o mesmo que 0,40, ou seja, são decimais equivalentes.
81
História da matemática
Partes inteiras iguais. O maior número é aquele que tem a maior parte decimal. É
necessário igualar inicialmente o número de casas decimais acrescentando zeros. Exem-
plos:
3,4 é maior que 2,943, pois 3 é maior que 2.
10,6 é maior que 9,2342, pois 10 é maior que 9.
Partes inteiras diferentes. O maior número é aquele que tem a maior parte inteira.
Exemplos:
0,75 é maior que 0,70, pois, igualando as casas decimais, 75 continua maior que 70.
Todo número natural tem um sucessor (número que vem depois do número dado),
considerando também o zero. Se um número natural é sucessor de outro, então os dois
números juntos são chamados números consecutivos. Todo número natural, exceto o
zero, tem um antecessor (número que vem antes do número dado).
Antecessores Sucessores
4 5 6
12 13 14
28 29 30
150 151 152
323 324 323
82
História da matemática
Lição 1
Conjunto dos números inteiros positivos:
Z = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Matemática
Observem na tabela abaixo os números primos.
83
História da matemática
Q = números racionais
Z = números inteiros
N= números naturais
Números reais algébricos irracionais são raízes com coeficientes inteiros. Exemplos:
√2, √3, √5, √7, √8,√10, ...
84
História da matemática
Lição 1
2,102030569...
10 25
0,222222222222222222222222... 2 5
Matemática. É a ciência dos números e dos cálculos.Ela vem para facilitar e organizar a
sociedade.
Matemática
Conjunto. É uma coleção de símbolos ou objetos.
Número decimal. São numerais que advertem que os números não são inteiros.
Números primos. São os números naturais que têm apenas dois divisores diferentes: o
um (1) e ele mesmo.
Número racional. É todo número que pode ser representado por dois números inteiros.
Raiz quadrada. Um divisor que, multiplicado por ele mesmo, resulta nesse número.
85
Lição Operações
2 fundamentais
Capítulo 1 – Soma
Soma é aquilo que se acrescenta, operação de adicionar quantidades.
1+1=2
2+1=3
3+1=4
Contamos um (1), dois (1+1), três (2+1), quatro (3+1) e assim por diante.
A soma, ou adição, é uma das operações básicas da matemática. Refere-se ao ato de adi-
cionar ou somar algo, reunindo, em um único número, a combinação de dois ou mais
números. A soma dos números é chamada de resultado ou total. Veja os exemplos.
Em uma loja foram compradas 100 calças jeans. Destas, 25 foram vendidas e 2 se per-
deram na entrega. A conta que deve ser feita é:
87
Operações fundamentais
R: 27+ 25 = 52
Um carteiro trabalha 6 horas por dia. Na parte da manhã, ele trabalha 4 horas e entre-
ga 40 cartas em diversos endereços. Depois, tira 1 hora de almoço e trabalha mais 2
horas. Quantas cartas o carteiro entrega por dia?
R: Se o carteiro trabalha 6 horas por dia e de manhã ele faz 40 entregas, à tarde ele fará
20 entregas, já que ele só trabalha mais 2 horas. Somando as entregas, o resultado é
de 60 cartas entregues.
Nina tem 8 pares de meias azuis, 12 pares de meias amarelas e 15 pares de meias rosas.
Quantos pares de meia Nina tem?
R: 8 + 12+ 15 = 35
Em uma festa em que as pessoas devem contribuir levando refrigerante, Mário levou 5
garrafas e Adriana levou 4 garrafas. Ao juntarmos os refrigerantes, constatamos que
temos um total de 9 garrafas.
5+ 4+ = 9
Observe a figura abaixo, e perceba que tomas as somas resultam no quadrado do meio.
88
Operações fundamentais
Capítulo 2 – Subtração
Subtração é a operação na qual se reduz o valor do primeiro número de uma quantidade
igual ao segundo número.
Algumas ações humanas podem afetar o meio ambiente reduzindo muitos dos benefícios
e recursos oferecidos aos seres vivos, o que representa a ideia de retirada, diminuição.
Lição 2
Desse modo, ela mostra-se como inversa à adição.
R: 35 pontos
Matemática
Quando Raquel abriu a papelaria, pela manhã, havia 55 cadernos na prateleira. Du-
rante o dia vendeu 13. Ao fechar a loja, quantos cadernos havia na prateleira?
R: Ao resolver este problema pensamos assim: dos 56 cadernos tiramos 13. Para saber
quantos ficaram fazemos uma subtração: 55 - 13 = 42.
O álbum com as mais deliciosas receitas terá 60 fotos. Já possuo 43, mas 5 terei que
substituir, pois estão mofadas. Quantas faltam?
R: 60 – 43 – 5 = 17
Capítulo 3 – Divisão
A divisão é o ato de repartir ou dividir as coisas. Observe a tabela abaixo e descubra algu-
mas divisões simples.
25 : 5 = 5
40 : 2 = 20
28 : 7 = 4
O número que representa o total que vai ser dividido (ou repartido igualmente) chama-se
dividendo. O número que representa a quantidade de partes em que o total vai ser repar-
tido chama-se divisor. O resultado da divisão é chamado de quociente.
Conheça o ábaco.
Divisibilidade por 2
Divisibilidade por 3
Um número é divisível por 3 se a soma de seus algarismos for divisível por 3. Exemplos:
24 é divisível por 3 pois: 2+4=6 que é divisível por 3.
576 é divisível por 3 pois: 5+7+6=18 que é divisível por 3.
Mas 134 não é divisível por 3, pois 1+3+4=8 que não é divisível por 3.
90
Operações fundamentais
Divisibilidade por 4
Um número é divisível por 4 se o número formado pelos seus dois últimos algarismos for
divisível por 4. Exemplos:
4316 é divisível por 4, pois 16 é divisível por 4.
Mas 1637 não é divisível por 4 pois 37 não é divisível por 4.
Lição 2
Divisibilidade por 5
Divisibilidade por 8, 9 e 10
Um número é divisível por 8 se o número formado pelos seus três últimos algarismos for
divisível por 8. Exemplos:
45128 é divisível por 8, pois 128 dividido por 8 fornece 16.
Mas 45321 não é divisível por 8, pois 321 não é divisível por 8.
Um número é divisível por 9 se a soma dos seus algarismos for um número divisível por
9. Exemplos:
1935 é divisível por 9, pois 1+9+3+5=18 que é divisível por 9.
Mas 5381 não é divisível por 9 pois: 5+3+8+1=17 que não é divisível por 9.
Matemática
5420 é divisível por 10, pois termina em 0 (zero).
Mas 6342 não termina em 0 (zero).
Divisibilidade por 11
Na regra mais simples, todas as dezenas duplas (11, 22, 33, 5555, etc.) são múltiplas de 11.
Divisibilidade por 12
É um critério bem rápido e fácil: se o número for divisível por 3 e por 4, é divisível por 12.
91
Operações fundamentais
Capítulo 4 – Multiplicação
A multiplicação é uma forma simples de se adicionar uma quantidade finita (que tem
fim) de números iguais. Quando somamos duas ou mais parcelas iguais, estamos efetu-
ando uma multiplicação.
A multiplicação pode ser considerada como uma maneira abreviada de indicar a adição
de parcelas iguais.
92
Operações fundamentais
Dezena Unidade
9 x 1 = 0 9
9 x 2 = 1 8
9 x 3 = 2 7
9 x 4 = 3 6
Lição 2
9 x 5 = 4 5
9 x 6 = 5 4
9 x 7 = 6 3
9 x 8 = 7 2
9 x 9 = 8 1
9 x 10 = 9 0
O pedreiro Rafael vai colocar piso num cômodo de uma casa. Ele verificou que no com-
primento deste cômodo cabem nove peças de piso e na largura seis. Quantas peças ele
deverá colocar no cômodo?
R: 9 x 6 = 54 Matemática
93
Lição Geometria, pesos e
3 medidas
Existem outros elementos que também fazem parte da geometria.Veja quais são:
Pesos
Medidas
Tempo
Velocidade
Volume
Massa
Temperatura
Comprimento
Área
95
Geometria, pesos e medidas
Você já deve ter observado que em vários momentos trabalhamos com quantidades. Ao
falarmos em quantidade, lembramos da relação que se estabelece entre ela e a possibili-
dade de medidas.
96
Geometria, pesos e medidas
Todas essas perguntas serão respondidas tomando por base uma unidade padrão de me-
dida de tempo.
Lição 3
Conheça as outras medidas de tempo:
Minuto Quadrimestre
Hora Semestre
Dia Ano
Semana Biênio
Quinzena Quinquênio
Mês Década
Bimestre Século
Trimestre Milênio
Matemática
Semana 7 dias
Quinzena 15 dias
Mês (comercial) 30 dias
Bimestre 2 meses
Trimestre 3 meses
Quadrimestre 4 meses
Semestre 6 meses
Ano (comercial) 360 dias
Ano (normal) 365 dias e 6 horas
Ano (bissexto) 366 dias
Biênio 2 anos
Quinquênio 5 anos
Década 10 anos
Século 100 anos
Milênio 1000 anos
97
Geometria, pesos e medidas
Quando calculamos a velocidade média, podemos obter uma estimativa de tempo que
gastamos em determinada tarefa. É possível calcular quanto tempo utilizaremos em um
trajeto.
Vamos supor que a distância entre o bairro que você mora e a escola são 30 quilôme-
tros. De carro você gasta 1 hora. Neste caso, basta dividir a distância entre os bairros
pelo tempo que você gastou.
Km quilômetro
Hm hectômetro
Dam decâmetro
Dm decímetro
Cm centímetro
Mm milímetro
Múltiplas:
Hectômetro cúbico (hm)
Quilometro cúbico (km)
Decâmetro cúbico (dam)
Submúltiplas:
Centímetros cúbico (cm)
Decímetro cúbico (dm)
Milímetro cúbico (mm)
98
Geometria, pesos e medidas
Unidade
Múltiplos principal Submúltiplos
Lição 3
Sr. Paulo comprou uma padaria ele gasta durante o mês 80 kg de trigo, 50 kg de açúcar,
5 hg de fermento e 30 decagramas de amido. Observe abaixo com transformar essas
medidas.
Podemos perceber esta diferença com exemplos das estações do ano: no verão, a temperatu-
Matemática
ra é bem alta, faz muito calor. No inverno, a temperatura é baixa, causando bastante frio.
Frio. Condição marcada por temperatura reduzida ou abaixo de seu normal. Ausência
de calor.
Sólido. É um estado da matéria cujas características são: volume e forma definidos. Exem-
plos: pedra, borracha e algodão.
Líquido. Terá a forma do recipiente onde for colocado, mas seu volume continua sendo o
mesmo. Sua forma não é própria. Exemplos: copo de leite, garrafa de refrigerante etc.
Gasoso. Não possui forma própria nem volume definido. Exemplos: gás de cozinha, va-
pores etc.
99
Geometria, pesos e medidas
100
Geometria, pesos e medidas
Unidade
Múltiplos principal Submúltiplos
Tânia é costureira e precisa decorar alguns ursos. Para realizar a decoração ela precisa
Lição 3
de 2m de rendilhado divididos em partes de 20cm. Em quantas partes iguais a costu-
reira terá que dividir o rendilhado?
R: 2m = 200cm
200 cm : 20 cm = 10
Área é um conceito matemático que pode ser definido como quantidade do espaço de
uma superfície. Existem várias unidades de medida de área. A mais utilizada é o metro
quadrado (m²).
Matemática
Com o Tangram constroem-se figuras de várias formas, porém todas elas
têm algo em comum: a área.
Observe que nestas imagens cada área é medida e montada com as peças do
Tangram.
101
Geometria, pesos e medidas
102
Lição Porcentagem
4
Quando os números percentuais são escritos de maneira formal devem aparecer na pre-
sença do símbolo de porcentagem (%). Os números percentuais também podem ser es-
critos na forma de número decimal.
Razão Número
Porcentagem centesimal decimal
103
Porcentagem
Uma loja de móveis anuncia a seguinte promoção: “Cozinha completa por apenas R$
14.560,00”. A loja reserva um percentual de desconto de 7%, caso o pagamento seja
feito à vista. Quanto o comprador pagará se pagar à vista?
R: Primeiramente, vamos achar quanto é 1%. Para isso pegamos o total e dividimos
por 100:
Ou seja, 1% equivale a 145,60 reais. Agora basta multiplicar esse valor por 7:
145,60 * 7 = 1.019,20.
100%
25% 50%
104
Porcentagem
Lição 4
Devido ao atraso no pagamento, um corretor de imóveis inseriu na parcela de seu
cliente 25% de aumento sobre o valor total (R$ 100,00). Valor que se refere ao paga-
mento do cliente é?
R: R$ 125,00
Uma loja de roupas lança uma promoção com descontos de 10% no preço dos seus
produtos. Se uma mercadoria custa R$120,00, quanto passará a custar?
R: R$ 108,00
Uma sala de aula possui 100 alunos, sendo que 40% são meninas. Qual a quantidade Matemática
de meninas e de meninos?
R: 40 meninas e 60 meninos
R: R$1.425,00
105
Porcentagem
Uma gráfica comprou uma impressora a laser por R$ 2.100,00. No período de um mês,
ela apresentou um lucro de R$ 210,00.
Uma bolsa é vendida por R$ 32,00. Se seu preço fosse aumentado em 20%, quanto
passaria a custar?
R: R$ 38,40
Qual o preço de uma bicicleta que custa R$ 100,00 após um aumento de 38%?
R: R$138,00
R: R$ 70,00
Uma escola possui 30 professores. 30% ensinam Matemática. Quantos professores en-
sinam matemática nessa escola?
R: 9 professores
7
= 0,07 = 7 % ( lê-se “ sete por cento)
100
106
Porcentagem
16
= 0,16 = 16% ( lê-se “ dezesseis por cento” )
100
125
= 1,25 = 125% ( lê-se cento e vinte e cinco por cento”)
100
As expressões 7%, 16% e 125% são chamadas taxas centesimais ou taxas percentuais.
Jocimar vendeu 50% dos seus 50 cavalos. Quantos cavalos ele vendeu?
R: Para solucionar esse problema devemos aplicar a taxa percentual (50%) sobre o
total de cavalos.
Lição 4
50 % de 50 = 50 x 50 = 2500 = 25 cavalos
100 100
100 100
Matemática
Digamos que há um acréscimo de 10% a um determinado valor. Podemos calcular o
novo valor apenas multiplicando esse valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o
acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20 e assim por diante.
107
Porcentagem
6% de 50 telhas = 3
6%, na forma decimal, equivalem a 0,06. Basta multiplicarmos 0,06 por 50. Portanto,
6% de 50 é igual a 3.
22,5% de 60 = 13,56
22,6%, na forma decimal, equivalem a 0,226. Basta multiplicarmos 0,226 por 60. Por-
tanto, 22,6% de 60 é igual a 13,56.
A loja onde Débora comprou sua blusa aumentou 17% o valor sobre a mercadoria,
que custou R$ 20,00. Qual o valor atual da blusa?
R: R$ 162,50
108
Lição Juros Simples e
5 Compostos
O juro é a remuneração pelo empréstimo do dinheiro. Ele existe porque a maioria das
pessoas prefere o consumo imediato, e está disposta a pagar um preço por isto.
Capital. É o valor aplicado por meio de alguma operação tipicamente financeira. Tam-
bém muito conhecido como: valor principal, valor atual, valor aplicado e valor presente.
Taxa. São juros relativos a 100 unidades monetárias por unidades de tempo. Exprimem-
se sob a forma de porcentagem. Exemplo:
Taxa de 7% ao ano – significa dizer que, para cada R$100,00 emprestados receberemos
R$7,00 de juros.
A pessoa que empresta precisa se preocupar em estar preparada a emprestar esta quantia
a alguém, menos paciente, deve ser remunerado por este favor na proporção do tempo
e risco, que a operação envolver. O tempo, o risco e a quantidade de dinheiro disponível
no mercado para empréstimos definem qual deverá ser a remuneração, mais conhecida
como taxa de juros.
109
Juros simples e compostos
O regime de juros simples é aquele no qual os juros ocorrem sempre sobre o capital inicial.
J=Pxixn
J = juros
P = principal ( capital)
i = taxa de juros
n = número de período
Definindo a fórmula:
Os juros são a variação entre o capital (valor principal) e o montante final subordinado
ao longo do tempo. O valor dos juros deve sempre estar associado ao período de tempo
necessário para gerar o valor de juros.
O sistema de cálculo de juros simples será empregado quando o percentual de juros in-
cidirem apenas sobre o valor principal do dinheiro. Sobre o valor dos juros gerados em
cada período de tempo não incidirão novos juros.
Os elementos que compõem os cálculos financeiros são: capital, taxa, juros e tempo.
Um funcionário tem uma dívida de R$500,00, que deve ser paga com juros de 6% ao
mês pelo sistema de juros simples. O pagamento será feito em 3 meses.
J = 500 x 0,06 x 3
Um atendente de telemarketing tem uma dívida de R$300,00, que deve ser paga com
juros de 8% ao mês pelo sistema de juros simples. Qual o valor do juros que o aten-
dente está devendo?
110
Juros simples e compostos
800 + 64 = 864,00
O regime de juros será simples quando o percentual de juros incidir apenas sobre o valor
principal. Sobre os juros gerados a cada período não incidirão novos juros. Valor princi-
pal ou, simplesmente principal, é o valor inicial emprestado ou aplicado, antes de somar-
mos os juros.
Para comprar um celular o cliente tem duas opções: pagar R$99,00 à vista ou pagar em
cinco parcelas iguais de R$22,99, em um total de R$114,95 a juros de 7,6% ao mês.
Neste caso, o preço a prazo é maior que o preço à vista porque houve acréscimo de
Lição 5
juros, no entanto, o cliente deve verificar o que mais lhe agrada.
J=Pxixn
111
Juros simples e compostos
Resultado Resultado
Valor Juros Meses sobre taxa do valor
de juros final
R$ 350,00 0,02% 3 R$ 21,00 R$ 371,00
R$ 330,00 0,05% 4 R$ 66,00 R$ 396,00
R$ 540,00 0,08% 2 R$ 86,00 R$ 626,00
R$ 28,00 0,09% 5 R$ 12,60 R$ 40,60
R$ 125,00 0,07% 8 R$ 70,00 R$ 195,00
Julia comprou um ventilador de teto que custa R$ 88,00 à vista, mas ela precisou par-
celar e decidiu pagar 0,08% de juros nas parcelas durante 7 meses. Com isso, o pro-
duto sofreu um acréscimo de quanto ?
R: R$ 508,00
112
Juros simples e compostos
R: R$ 1.408,00
Resultado Resultado
Produto / Valor Juros Meses sobre taxa do valor Valor
imóvel de juros final parcelado
Carro R$ 25.000,00 0,02% 3 R$ 1.500,00 R$ 26.500,00 R$ 8.833,00
Moto R$ 5.100,00 0,05% 4 R$ 1.020,00 R$ 6.120,00 R$ 1.530,00
Celular R$ 299,00 0,03% 2 R$ 17,94 R$ 316,94 R$ 158,47
Apartamento R$ 80.000,00 0,09% 5 R$ 3.600,00 R$ 83.600,00 R$ 16.720,00
Aparelho de som R$ 399,00 0,07% 8 R$ 223,44 R$ 622,44 R$ 77,80
= R$ 25.000,00 + R$ 1.500,00
Lição 5
= R$ 26.500,00 ÷ 3
= aproximadamente R$ 8.833,00
Observe que o tempo e a taxa estão expressos na mesma unidade de tempo, (meses).
Aplicaremos a seguinte fórmula.
J = C x i x t J = 3000,00 x 8,5 x 3
100 100
J = 76.500,00 J = 765,00
100
Aline sacou o valor de R$ 250,00 do cartão de crédito que cobra juros de 13,5% para
pagar em 4 meses.
C = R$250,00
t = 4 meses
i = 13,5 % ao mês
J=?
M=?
J = C x i x t J = 250 x 13,5 x 4
100 100
J = 135,00 J = 1,35
100
As aplicações bancárias são bons investimentos, desde que o investidor não necessite
do valor aplicado durante certo período de tempo.
Fiz uma aplicação no valor de R$ 6.000,00 com taxa de 0,05% ao mês, durante 90 dias.
Quanto me rendeu de juros esta aplicação?
C = R$ 6.000,00
i = 5% ao mês
t = 90 dias
J=?
É importante verificar que, neste caso, a taxa está ao mês e o tempo em dias. Para
aplicarmos a fórmula precisamos ter a taxa e o tempo igualados. Como 90 dias equi-
valem a três meses, basta converter na fórmula.
J = C x i x t J = 6.000 x 5 x 3
100 100
114
Juros simples e compostos
Observe o exemplo:
Considere que um investidor aplicou R$ 900,00 no banco, pelo prazo de 4 anos, com
uma taxa de juros de 8 % ao ano, no regime de juros compostos. Qual o valor do
saldo credor desse investidor no banco no final de cada um dos 4 anos da operação?
Lição 5
3 R$ 1.049,76 8% x 1.049,76 = R$ 1.133,75 R$ 0,00 R$ 1.133,75
83,99
4 R$ 1.133,75 8% x 1.133,75= R$ 1.224,45 R$ 1.224,45 R$ 0,00
90,70
Dona Lidiane pegou um empréstimo para complementar sua aposentadoria, pois ha-
via acumulado contas de medicamentos. Na financeira, conseguiu R$ 300,00 para
pagar em 6 meses com uma taxa de juros de 7 % ao mês, no regime de juros compos-
tos. Qual o valor do saldo credor da aposentada no final de cada um dos seis meses? Matemática
1° mês R$ 22,47
2° mês R$ 25,73
3° mês R$ 21,00
4 ° mês R$ 27,53
5° mês R$ 24, 04
6 ° mês R$ 29,46
115
Juros simples e compostos
A taxa de juros dos cartões de crédito gira em torno de 13%. Aline atrasou o pagamen-
to do cartão em dois meses. Quanto Aline pagou de acréscimo ao final destes dois
meses pelo regime de juros compostos, se o valor inicial era de R$ 265,20?
Pagamento do mês
05/05 - 0
05/06 - 368,34
Comprei um barco à vela que custou R$ 21.000,00. Pagarei durante 3 anos, com uma
taxa de juros de 5 % ao ano, no regime de juros compostos. Qual saldo credor terei
a cada ano?
Pagamento do mês
Ano 1 - 21.000,00 + 1.050,00 = 22.050,00
Ano 2 - 22.050,00 + 1.102,50 = 23.152,50
Ano 3 - 23.152,50 + 1.157,62 = 24.310,12
116
Juros simples e compostos
Considere que um estofado custa R$ 699,00 na loja, o pagamento será feito em quatro
meses, com uma taxa de juros de 12 % ao mês, no regime de juros compostos. Qual
o valor a ser pago pelo consumidor ao final do prazo?
0,12 x 699,00 = 83,88
0,12 x 782,88 = 93,94
0,12 x 876,82 =105,22
0,12 x 982,04 =117,84
Você calcula a porcentagem vezes o valor inicial; depois calcula a porcentagem vezes o
valor inicial + o resultado da porcentagem; repete o procedimento até chegar ao resultado
do último mês de pagamento, ou seja, o saldo final do mês de pagamento.
Lição 5
O capital inicial pode crescer, devido aos juros, segundo duas modalidades:
Juros compostos. Após cada período, os juros são adicionados ao valor principal e pas-
sam, por sua vez, a render juros. Os juros compostos também são conhecidos como “juros
sobre juros”.
Legenda:
ia = taxa de juros anual
is = taxa de juros semestral
im = taxa de juros mensal
id = taxa de juros diária
Todas elas estão fundamentadas no mesmo princípio básico de que taxas equivalentes
aplicadas a um mesmo capital, produzem montantes iguais.
117
Juros simples e compostos
Não é necessário arquivar todas as fórmulas. Basta processar a lei de formação que é
bastante clara. Por exemplo, se iq = taxa de juro num quadrimestre, poderíamos, por
exemplo, escrever:
Observe o exemplo.
De uma forma geral, o cálculo do montante a juros compostos será dado pela expressão
abaixo, na qual M é o montante, C o capital, i é a taxa de juros e n é a quantidade de capi-
talizações.
M = C x (1 + i)n
Comparando o cálculo composto (exponencial) com o cálculo simples (linear), vemos
no cálculo simples:
118
Juros simples e compostos
Em uma financeira, consegui R$ 150,00 para pagar em 6 meses com uma taxa de juros
de 2 % ao mês, no regime de juros compostos. Qual o valor que deverei à financeira
depois de 3 meses?
1° mês - R$ 0,02 x 150,00 = 3,00
2° mês - R$ 0,02 x 153,00 = 3,06
3° mês - R$ 0,02 x 156,06 = 3,12
4° mês - R$ 0,02 x 159,18 = 3,18
João realizou uma aplicação de R$ 300,00 em regime de juros compostos com uma
taxa de 10% ao mês.
Lição 5
Primeiramente calcule o montante:
Nestas condições, o valor atual, aplicado à taxa de juros compostos contratada (i), da data Matemática
atual até a data do vencimento, reproduz o valor nominal.
No Brasil, a taxa de juros é regulada pelo Decreto 22.626/1933 (conhecido como Lei da
Usura) e corresponde ao chamado ‘custo do dinheiro’ - ou seja, o valor cobrado para
emprestá-lo. Segundo a legislação brasileira, é vedado e passível de punição nos termos da
lei, estipular em quaisquer contratos taxas de juros superiores ao dobro da taxa legal.
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