Gabarito comentado do
Fascículo 07
Questão 01
Letra E.
Em I, lembremos que o surrealismo expõe tanto em
literatura como em pintura a projeção do mundo de
sonhos, o reflexo da imaginação; em II, o inesperado,
o inusitado, o que tira o leitor-espectador da inércia
são as imagens articuladas; em III, o incoerente do
amanhecer à noite tem seu correspondente nas
imagens inverossímeis da gravura.
Questão 02
Letra C.
Não há ironia na mensagem textual, já que o eu
lírico faz o relato comovente de uma cena cujo fato
motivador foi o ciúme que a levou à agressividade e
não haveria espaço, diante disto, para a preocupação
em difamar o marido e a amante de outra maneira
que não fosse a ação intempestiva.
Questão 03
Letra E.
As obra do pintor Cândido Portinari e o poema de
Mário Quintana tematizam a infância, momento da
vida que as artes souberam para ela lançar um olhar
de carinho e paixão, inscrevendo essas manifestações
na galeria da fuga para um passado de felicidade, que
nas gravuras se apresentam a partir das brincadeiras
de pular carniça e soltar pipa e no poema o desejo,
voltar a ser criança, expresso na idéia de querer os
brinquedos de volta. A brincadeira é puro ludismo.
Questão 04
Letra D.
A linguagem de pormenores e enumerativa colocam
o leitor diante de um texto descritivo em que traços
físicos da personagem estão em destaque através do
uso de adjetivos que vão construindo a mulher em
forma de heroína.
Questão 05
Letra D.

O fragmento faz parte da coletânea de textos que
idealizam o índio e seu comportamento de bravo
guerreiro, exaltando valores de sua personalidade,
destacando, portanto, aspectos de uma dada cultura
num determinado momento de nossa história.
Questão 06
Letra E.
Nessa questão, a competência diz respeito a elaborar
propostas, confrontando interpretações diversas de
situação de caráter histórico.
Justifica-se a resposta apresentada pelo trecho final do
primeiro texto que se identifica com todo o segundo
texto: um posicionamento de conciliação.
Questão 07
Letra A.
Nessa questão, a banca examinadora verifica se o
candidato possui a competência para dominar linguagens.
No texto em estudo, o autor, a partir de um metatexto,
explicita a verdadeira função do discurso de sua obra.
A resposta pode ser justificada pelo entendimento
que se consegue obter dos trechos em negrito e as
explicações que se seguem. Faz uso daquilo que dispõe,
direcionado ao tema; seleciona assuntos de relevância
regional; restringe o tipo de leitor que, desatento ao
tema, vai estar alertado para o problema abordado.
Questão 08
Letra E.
Nessa questão, buscou a banca examinadora avaliar
a capacidade de o candidato elaborar proposta
e compreender a posição crítica na linha de um
texto literário.
Quando no enunciado se diz que “o autor elabora críticas
e propostas”, o fato pode ser reconhecido em dois
momentos do texto, delimitados pela linha pontilhada
utilizada com a finalidade de informar a omissão de
passagem do texto. No primeiro momento, o poeta
critica as poéticas que fazem do rigor formal a sua
obsessão literária (“Estou farto”); no segundo, propõe
um conduta poética de liberdade criativa (“quero”).
 Questão 09
Letra B.
O narrador se faz presunçoso, ao se comparar com o profeta bíblico Moisés, indo mais além: julga seu escrito,
sua narrativa, superior à do Pentateuco, que são os cinco primeiros livros do Velho Testamento, cuja autoria é
atribuída a Moisés. Diz que o seu livro é mais “galante” que a narrativa bíblica.

Questão 10
Letra B.
Brás Cubas comprova esta resposta textualmente: “Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no
intróito, mas no cabo: a diferença radical entre este livro e o Pentateuco.”

Questão 11
Letra C.
Caso o narrador iniciasse sua narrativa pelo seu nascimento, segundo ele próprio declara, este seria um
procedimento vulgar, como o de qualquer escritor que já tenha morrido, ou seja, um autor defunto. Contudo,
por crer que a história se tornaria mais atraente e inédita, começou-a por sua morte, revelando a vaidade de
um indivíduo comum, apesar de ser um defunto autor, isto é, um defunto que escreveu seu livro depois de
morto.