You are on page 1of 6
INTBIGAO DE SALMONELLA FOR EXTRATO DE ALECRIM (Rosmarinus office nadis} I - OBTENCAO DE FXTRATOS DE ALECRIM EM SOLVENTES — ORGANE 1 cos Maria Célia Lopes Torres * Alonse Salustiano Pereira Magdala Alencar Teixeiras Paulo César Stringheta *#* RESUMO Com o objetive de se obter um extrato de alecrim em sol verte orgénico, a ser utilizade na inibigho de Sadmoneééa, em ali mentos, foram testados quatro tipos de solventes, a sabe meta nol, etanol, acetona ¢ nexano. Na obtengio dos extratos foi adota da a téonica recomendada para determinegia de tipfdecs, conforme ac NORMAS ANALITICAS LO INSTITUTO ADOLFO LUTZ (1976). A andlise dos resultados evidenciou ur excelente desem penho do metanol, nao sends contudo recomendada a utilizagdo em produtos alimentares em virtude da sua toxidez. Também o etanot a presentou elevados Indices ce extragdc, sem os inconvenientes as sociados ao uso do metanol, sende por isto o solvente indicado pa ra a continuidade de estudo proposto. 1. Aceito para publicagdo em agesto de 1986. Professor Auxiliar - UFS. 4# Professor adjunte -~ UFVigosa. Professor assistente ~ UFVicosa. on feais Eee, Agun. € Vet., 14, 15 © 16: 5358, 1984, 1985/06 ABSTRACT Aiming to obtain a rosemary extract in organic solvent to be used in Satmonegfa inhibition, in food, were tested four kinds of solvents, namely: methane alcohol, ethyl alcohol, aceto ne and hexane, It was used the recommended technique for lipids determination in extracts determination according to the analytic rules used by Instituto Adolfo Lutz. Analysis results showed an excellent performance for me thane alcohol, but its use is net recomended in feed products due to its toxicity. Ethyi alechel presented also elevated extraction indexes without inconvenients associated to methane alcohol use, by this reason being a solvent indicated for continuity to the proposed study. INgRODUGAG A utilizagiio de condimentos no processamento de diver sos produtos, quer realgando sabor, quer atuando ccmo conservante natural na manutengdo da qualidade da matéria prima, constitui ag, pecto de real interesse para a inddstria alirentar, Varios vescui sadores verificaram que os condimentos 2 seus Slecs essenciais = xercem importante pape? na conservagdo de alimentos, gragas 3s su as propriedades antimicrobianas ¢ antioxidantes(ALr[ELANY et atic, 1570; HEBEL, 1980, MARUZELLA et a€id, 1958, SHELET et a£ié, 298, WEeB, et aii, 1945), Segundo ZATKA et afi (1983) © fator preservative dos condimentos estd na fragdo ¢o Gleo essencial e/ou oleoresina, POTTER (1938), citada por ANDERSON e¢ a€éd (1953), con cluiu que os Sleos dos condimentes podem ajudar na manutengio da qualidade de um produto e que sua eficdcia como antisséptico & frequentenente maior que @ de alguns antissépticos qufmicos. FARBOOD ef a£ié (1976), usando a concentragio de lt de um extrato de alecrin em carnes de frango, verificaran uma recy edo de 43,28 e de 39,9% no alimero de Safmenetia typhimurium e Ste phyfocoecus aureus, respectivamente, Os componentes da aleerin quepodem ser causa da atividade antibacteriana sdo os terpencs, © borneol, © cineol, o pineno, © canfeno e co canfor. Eles foram iden tigicades como constituintes dos 6leos (CUENTHER, 1972 ,PARRY1952) Wa extragdo de Sleo essencial do cravo, semente ce ani se ¢ tomitho, HITOKOTO, K, at a£éd (1980) usaram o hexano: enquan to WRIGHT, W.J. et a€ié (1954) usaram o éter para a extragdo do G leo de gengibre, canela, noz moscada, ‘LOPES TORRES, M# Oélia et alli. Tnibicao de Salnonela por .. Segundo ZAIKA et a£ié (1981), o Ster de petrdles, o cle roférmio e o metanol foram bastante efetivos na ¢ :traclo do fator inibitdric dc oréganc, + BEUCHAT, L.R, (1976) usou o etanol como diluente dos & leos essenciais do orégano, tomilhe # sassafrés, Baseando em reconendagdes do uso de solventes de baixo ponte de ebuligde, para a extragic dos Slecs e/ou oleoresinas dos condimentos ,(HEBBEL, 1980) usousse no presente trabalno quatro ti, pos é@ solventes, a saber: hexano, acetona, etanol eo netanol, com © objetive de escolher um solvente para a obtengdo de um 2x trato de alecrim e ser utilizado ne inibigdo de Satmenettas em a Limentos . MATERIAL E METODOS As andlises foram conduzidas nos laboratérios do Depar tamento de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal de Vi gosa, MG. 0 alecrim desidratado foi adquirido de ITAL condimentos, Sho Paulo, SP. Os solventes organices p.a, testados foram o metancl, o etanol, a acetona e o hexans. Obtengdo do pS de alecrim: © alecrim desidratado foi submetido a moagem, em moinho de bola, e fracionado em peneinas de 50 nesh, visando a obtengao de um pé bem fino, para facilitar a obtengdo dos extratos. Determinou-se a umidade do pd, pelo método de aquecimen to direto em estufa, a 10890, até peso constante, conforme descri to em NORMAS ANALITICAS DO INSTITUTO ADOLFO LUTZ (1976), para que se pudesse fazer todas as pesagens com base na matéria seca (m.s.) Determinagio do rendimento de extragio em solventes or- ganicos: Usou-se 0 métode para determinagdo de lipfdecs, confor me descrito em NORMAS ANALITICAS DO INSTITUT ADOLFO LUTZ (1976), Determinou-se a & de extragdo para os respectivos solventes. % Anais Bbc. Agron, e Vet., 14, 1S e 16: 53-58, 1984, 198/86 Qbtengéo do _extrato de alecrim em solvente organic Pesou-se’s g (ms.) do pé de alecrime colocou-se num cartuchs extrator, cobrindo a amostra com algodio desengordurado. A extrag&o foi feita em aparelno de Soxhlet, deixando em refluxo durante § horas, aproximadamente. 0 solvente foi evaporado até que se obtivesse um volume de extrato igual a 15 ml. © solvente foi usado como diluente do extrate nos tes tes de inibigao. RESULTADOS E DISCUSSAC 9 pS de alecrim usado para obter os extratos em soiven tes organicos apresentou teor médio de 9,27% de umidade. Todas as pesagens a partir caf foram feitas com base na matéria seca. Os rendimentas das extragdes con os virios solventes es tao representados no Quadro 1. Quatre 2 - Rendimento da extragSo de alecrim em pé. Solventes Metanol Etanoi Acetona Hexano 4 de extragac (sélidos soliveis) 33,32 31,80 13,69 ‘11,66 Varios solventes foram testados com o objetiva de esco lher ¢ de maior rendimento. Apesar da elevada porcentagen de extragdo apresentada pelo metanol, este ndo foi o utilizado em ra zd0 da sua toxicidade, jd que o extrato obtido tem como diluente @ solvente utilizado. fm se tratando de alimentos, o etanol apre sentou-se mais vidvel porque, além da alta extragio, também pode ser usado em alimentos. Pela porcentagem de extragdo encontrada para o etanol (31,8C8), pode-se concluir que em 5g (m.s.), os sélidos soliveis sorrespondem a 1.3839 g. Essa quantidade de sélidos soliveis fi ilufda em etanol a um volume de 15 mi. HUNTANEM, C.N.(298Q) , usou o etanol na obtengdo de extra tos de 33 condimentos, usados em testes de inibig&o de Ceostaidé um botulinum. A naioria dos extratos foram efetivos na inibigdo. G etanol foi diluente cos Gleos essenciais de orégano, tomilho ¢ sassafras, em testes de inibigdo de Vibaio parahaemotyté um controle com alfquotas de etanol,sem o Gleo essenci ai, este rao apresentou efeito inibidor sobre o microrganismo tes tado (2EAUCHAT, 1976). cou cus, Fe. LOPES TORE, ¥F Cia et alii. Inibigio de Salronela por CON CLESAD Coneluiae que © etanol ¢ um bom selvente pare sata sade eM as inacites de alecrim, som al:o rendimen-o pedeaco ser LITERATURA CETADA AL-DELAIMY, e ALT, tracts on tne growth of pathogenic bactéria. J. Sci, Tood. A 370. W. Antibacterial section of vegetable ox aric., 21(7): 110-122, ANDERSON, E.2.; ESSCLEN Ir. W.B., HAWDLEMAN, ALR. The effect of essential cils in the innib. tien ané thermal resistence of mi organisms in acid food products. Fond Res. ,1a(1):0-47,195 BEAUCHAT, L.R, Sensitivity of Vébaic paxakaemo£ypticus to spices and organic acid. J. Food Sci., 41(H): 849-902, 1976. L, J-5.; OSTOVAR, K. 2ffect of rosemary spi 1k Food FARBOOD, J.3.3 MACH ce extractive on growth of Tachnel., 39¢10): 675-678 ‘erocrganisms in meat. L976. SUENTHER, E, The essential cils. Huntington, N.¥., R-E. Keieger , A872. vil, 27 pe HEBEEL, 3. aria, 198° Las especiarias. Santiago, Chile, Editorial Universi 1s8 pe HITOKOTO, H,; MORCZUMI, $.3 WAYKE, T.; SAKAI, S.3 KURATA, H. Inti itory effects of spices on growth and toxin production of te xigenic fungi, App-Environm Micropicl., 24(4):816+822, 1960. HUHTANEK, C.N. Inhibition of Clestrcdium botueinum by spice ex tracts and aliphatic alcohcis. J.foog-Prot., 43(3):19519¢ 180 MARUZELLA, J.C. & HENRY, P.A. The in vitro antibacterial activity Assoc. of essential oils and oils combinations, J. Amer. Phar LT): 296-295, 1988. HORMAS ANALITICAS DO INSTITUTO ADOLFS LUTZ. 2.ed. So Paulo, v. 2, 1976. 317 p. 8 Jeais Eee, sep. © Vet, 14, 15 @ 16: 5358, 1984, 1985/86 PARRY, J. M. Spices: their morfology, histology and chemistry New York, chemical Publishing, 1967. 226 p. , SHELET, L.A.; NAGLIK, 9.A.; BOGEN, D.W. Sensitivity of some com mon food-born bacteria to the spices: Sage, rosemary, and al aspice, J. Food Sci., 4g(4): 1042 - 1044, L¥6O. WEBB, ALR. § TANNER, FW. Effects of spices and flavoring materi als on growth of yeast. Food Res., 10(7):273-282, 1945. WRIGHT, W.J.; BICE, C.W, and FOGELBERG, J.M. The effect of spices on yeast fermentation. fereai chemistry. 31¢1):190-112, 1954. 2ATKA, Lit. & KISSINGER, J.C. Inhibitory and stimulatory effects of oregano on tactobaciftus plantarum and Pediseeccus cerevd sae. J. Food Sci., 46(4): 1205-1210, 1981. ZAIKA, L.b.s KISSINGER, 4.C.; WASSERMAN, A.E, Inhibition of latic acid bacteria by herbs. J. food Sci., ¥8(5):1485-1459, 1983.

You might also like