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Os Fisioterapeutas

do Futuro são

educadores!

Carmen Caeiro
Fisiotroia2010
descubra as diferenças!
Em 2002, a prevalência de doenças crónicas era 60%

Em 2020, estima-se que passe para 80%

World Health Organisation, 2003


21st Century Patients

They are not the same as they used to be!


A falta
de informação/
compreensão sobre o
seu problema é um dos
factores mais frequentemente
apontados pelos utentes para
a insatisfação com o
tratamento!
Verbek et al., 2004; May, 2007; Liddle et al., 2007; Slade et al., 2009
“Patients expect their physicians to be doctors, i.e., teachers, but
physicians think themselves as diagnosers and treaters”

George Reader, 1985


A transposição do modelo de intervenção em
situações agudas para as condições
crónicas não permite compreender a
experiência do utente e está associada à
obtenção de piores resultados!

Daykin e Richardson, 2004; Shaw e Joice, 2004; Waddel, 2004;Edwards et al., 2006
Os desafios actuais Os desafios actuais

Cuidados centrados nos utentes e nas suas necessidades!

Intervenções baseadas na melhor evidência científica


disponível!

Intervenções direccionadas para a comunidade!

Solomon & Baptiste, 2005; Bodenheimer et al., 2008; Edwards e Richardson, 2008
“A focus on chronic disease management
emphasizes the need to understand
individual patients` experiences of
illness and disability not only as the
effects of physical impairment(s)
on their physical function but also as the
disruption to, and a socially
determined exclusion from,
participation in mainstream life”.

Edwards e Richardson, 2008


Educação como
Abordagem do Futuro!
So what?
If you want answers,
you have to ask
questions!
AS QUESTÕES
O que significa Educar?
Como planear uma sessão/ programa de educação?
Que teoria/ modelo de educação devo seleccionar?

Como avaliar os resultados? Que conteúdos devem ser abordados?

Que estratégias posso utilizar?

Qual a diferença entre educar e transmitir informação?


Será que estou a educar os utentes?

Qual o meu enfoque quando utilizo a educação?


E se a expectativa do utente fôr diferente?

Que competências preciso desenvolver?


Explicação detalhada sobre a dor?

Informação sobre as causas da dor?

Informação sobre a intervenção a realizar?

Aconselhamento para correcção postural?

Explicação para a progressão do exercício?

Estratégias para alívio da dor?

What does Patient


Education means?
“Patient education is a planned learning experience
using a combination of methods such as teaching,
counselling and behaviour modification
techniques which influence patients`knowledge and health
behaviour” (Bartlett EE, 1985)
Onde estamos situados?
Não existe um entendimento comum sobre o que é a educação;

Não é uma abordagem planeada, implementada e avaliada tal como acontece com outras
abordagens utilizadas;

Não são considerados os modelos e teorias de aprendizagem no desenho dos programas;

Os recursos produzidos nem sempre se adequam aos utentes;

Resultados não conclusivos sobre os melhores modelos, sobre a periodicidade da


educação e sobre o formato da educação.
What are we doing?
“Vou ensinar-lhe a controlar a dor!”

“Se fizer como lhe ensinei, teremos um alívio da dor na


próxima sessão”

“Se a dor agrava com posturas como esta então deve evitá-las.
Vou ensinar-lhe a melhor postura para trabalhar!”

“O seu problema são as artroses”

“O que lhe está a provocar a dor é a hérnia, por isso


vamos tratá-la para que a dor desapareça!
Actualmente, as razões pelas quais os utentes com DC procuram o fisioterapeuta

são a diminuição da dor e a obtenção de informação sobre o


seu problema!
May, 2007; Moore & Jull, 2008; Slade et al., 2009;
So what?
Princípios para a
Educação dos Utentes
Os utentes aprendem os aspectos que
consideram ser necessários e
importantes para eles próprios!
A especificidade
na educação
deve ser uma
prioridade e poderá
fazer toda a
diferença!
Coloque o
enfoque na Auto-
eficácia e no
Empowerment.
Considere as motivações dos utentes
na planificação da aprendizagem!
A educação dos utentes deve focar-se muito mais
no processo de descoberta conjunto, que na
transmissão de conhecimentos e na avaliação da
aquisição desses mesmos conhecimentos!
A educação deve ter em conta o repertório de
experiências que o utente traz consigo
quando inicia um programa!
Intervenção
Cognitivo-Comportamental
Dissociar os
Comportamentos
das
Cognições?????
Intervenção Cognitivo-Comportamental
| Assumpções

Os pensamentos, crenças e atitudes dos utentes são


elementos essenciais no processo de intervenção

A informação é processada pelos utentes, como resultado de


estímulos internos e externos, e pode produzir alterações
comportamentais (em resultado de alterações emocionais e
fisiológicas)
Intervenção Cognitivo-Comportamental
| Assumpções

Os utentes podem aprender formas mais adequadas de


conceptualizar os seus problemas e podem alterar as suas
respostas comportamentais em consequência dessa
aprendizagem

Os utentes devem ser agentes activos na aprendizagem


“testá-la” no seu dia-a-dia
Estratégias contempladas na
abordagem cognitivo-comportamental

Definição de uma agenda única

Auto-monitorização

Experimentação

Alteração das cognições “contraproducentes”

White, 2001
EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DA
DOR CRÓNICA LOMBAR
A educação com utentes com DCL acerca da sua dor
e da forma de a controlar tem um impacto assinalável
nos resultados da intervenção, em particular no
aumento ou diminuição da incapacidade associada
A EDUCAÇÃO NOS UTENTES COM DCL

Compreender a dor

Desenvolver estratégias para controlar a dor

Reduzir os níveis de medo da dor e evitamento do


movimento | Aumento dos níveis de actividade
Cognições Comportamentos

A reinterpretação da dor conduz ao aumento da


função, à diminuição da quantidade de medicação, à
diminuição no número de consultas médicas, à
redução nos custos ao nível do absentismo ao
trabalho!
Compreender a dor reduz o valor
atribuído à ameaça que esta
representa!

Moseley, 2003
Pessoas sem qualquer formação na área da
saúde conseguem compreender a fisiologia
da dor

Moseley, 2003
Mensagens

A sua dor (persistente) não lhe faz mal!


Mensagens

Consegue controlar a sua dor!


Mensagens

Voltar a movimentar-se é essencial!


Mensagens

Assuma o controlo pelo aumento da sua


actividade!

Exposição graduada ao movimento


Alguns exemplos da realidade
Análise de vídeos
Novas Roupas: Precisam-se!
desenhar novas roupas?
Integração de Novas
Competências
Atitudes
Educação enquanto estratégia de Intervenção do Fisioterapeuta;

Responsabilidade pela educação dos utentes/ familiares/ cuidadores


e pela promoção de estilos de vida saudáveis na comunidade;

Valorização da auto-eficácia e empowerment;

Utilização da Relação Terapêutica como forma de promover a


aprendizagem e a mudança comportamental;

Reconhecimento da influência das diferenças culturais


Conhecimentos

Princípios da aprendizagem adulta

Modelos e Teorias da Educação

Barreiras à aprendizagem
Skills
Integração de abordagens educativas na prática clínica

Identificar necessidades de aprendizagem

Desenvolver propostas de intervenção que considerem as


necessidades emergentes bem como a evidência científica na
área

Produzir recursos facilitadores da aprendizagem


find your own way!

Carmen Caeiro
carmen.caeiro@ess.ips.pt

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