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Código de Praxe

Escola Superior de Saúde de Santarém


2010
“ A Praxe tem que ser espírito de entreajuda,
solidariedade e camaradagem, e não servir de
protecção a actos de cobardia e de violência
barata, executada à sua “sombra” por alguém
que só pode ser ignorante sobre o que é a
verdadeira
PRAXE ACADÉMICA”

(in Código da Praxe académica de Coimbra, 3ª edição, 1993; pág. 9)

ÍNDICE
p.
PREÂMBULO DO CÓDIGO DE PRAXE 5
Livro I – A Comissão de Praxe 6
Título I – Constituição 6
Título II – Funções e Competências 7
LIVRO II – Praxe Académica 8
Título I – A definição de Praxe 8
Título II – A hierarquização da Praxe 8
Livro III – De Bicho a Ancião 10
Título I – A condição de Bicho 10
Título II – A condição de Caloiro 11
Título III – A condição de Gado Lindo 12
Título IV – A condição de Forcado 12
Título V – A condição de Toureiro 13
Título VI – A condição de Campino 13
Título VII – A condição de El Matador 14
Título VIII –A condição de Ancião 14
Livro IV – Padrinhos / Madrinhas 15
Título I – A condição de Padrinho/Madrinha 15
Livro V – As Actividades e Tradições de Praxe 16
Título I – As condições gerais do exercício da Praxe 16
Título II – A Semana da Praxe 17
Título III – A recepção ao Bicho 18
Título IV – Leilão dos Bichos 18
Título V – “Peddy Papper” 19
Título VI – Quarto Escuro 19
Título VII – Tribunal de Praxe 19
Título VIII – Baptismo 21
Título IX – Jantar do Caloiro 22
Título X – Desfile Académico 23
Titulo XI – Ausência de Praxe Académica 24
Livro VI – As Protecções dos Bichos 25
Título I – Protecção de Padrinhos / Madrinhas 25
Título II – Protecção de Baco 25
Título III – Direitos e Deveres do Bicho e Caloiro 25
Título IV – Deveres dos Superiores 26
Livro VII – Anti-Praxes 28
Título I – Declaração Anti-Praxe 28
Livro VIII – O Traje Académico 29
Título I – Conceito e Significado 29
Título II – Uso 30
Título III – Composição 30
Título IV – A Capa 31
Título V – Os Pin’s 32

Preâmbulo do Código de Praxe


O primeiro Código de Praxe foi apresentado pela 1ª vez no ano de 1997.
O presente texto tem vindo a sofrer várias alterações ao longo dos anos decorrentes, com o intuito de o
tornar cada vez mais realista e adequado à nossa escola.
No dia 5 de Janeiro de 2010 foi aprovado em Assembleia Geral de Alunos um novo Código de Praxe
que, por o anterior não corresponder às necessidades actuais, foi revisto pela Comissão de Praxe do ano
lectivo de 2009/2010 e que, de agora em diante regerá a nossa Praxe. O novo Código de Praxe que
aqui se apresenta surge na tentativa de acabar com toda a mistura de tradições que existiam na nossa
Praxe, tornando-a ainda mais adequada às tradições existentes nesta escola. Agora falaremos sempre na
Praxe não só como uma mera recepção de bichos mas também como um acontecimento marcante que
envolve o início de uma nova etapa.
Deixamos no entanto uma palavra de apreço a todos aqueles que anteriormente apresentaram o Código
de Praxe, pois apenas achámos necessário adequá-lo, tendo em conta as necessidades sentidas em
Praxes anteriores.
Esperamos que o nosso esforço e dedicação seja no futuro apreciado por todos vós.

LIVRO I
A Comissão de Praxe

Título I
Constituição

Artigo 1º
A Comissão de Praxe deverá funcionar como uma organização, constituída por Estudantes da Escola
Superior de Saúde de Santarém, que passaram pelos três momentos da Praxe, sendo constituída no
mínimo por 14 pessoas (um presidente; um vice-presidente; primeiro e segundo tesoureiros; primeiro,
segundo e terceiro secretários; primeiro, segundo e terceiro relações-públicas; primeiro e segundo
vogais; e primeiro e segundo suplentes), podendo haver um número indefinido de colaboradores. À
Comissão de Praxe cabe o direito de expulsar os elementos que coloquem em causa a continuidade e
união da organização, de forma a nunca se perder o espírito e tradições inerentes à Praxe Académica.
a) Para a formação de uma lista (anual) proposta à eleição da Comissão de Praxe, os requisitos
são:
i. Os elementos da direcção terão de ter integrado a Comissão de Praxe
durante, pelo menos um ano;
ii. É proibida a formação de uma lista com elementos anti-Praxe;
iii. Na formação da lista não pode haver mais de quatro elementos
de cada turma;
iv. Para a eleição da lista proposta, haverá votação de toda a
comunidade estudantil, excepto anti-Praxe.

Artigo 2º
Um elemento da Comissão de Praxe deverá preencher os seguintes requisitos:
a) Incutir o Verdadeiro Espírito Académico aos estudantes recém-chegados;
b) Usar a Praxe como integração e não como humilhação dos bichos/caloiros ou
sobrevalorização de si próprio;
c) Cumprir o Código de Praxe assim regulamentado;
d) Ter um papel activo dentro da Comissão de Praxe, cumprindo com as suas funções
e responsabilidades.
Título II
Funções e Competências

Artigo 3º
A Comissão de Praxe tem como objectivo, organizar e supervisionar as actividades a desenvolver no
decurso do período da Praxe, segundo o Código de Praxe vigente, estabelecendo o intercâmbio entre as
entidades escolares, académicas e civis das quais depende o desenvolvimento da Praxe.

Artigo 4º
É da responsabilidade da Comissão de Praxe, resolver e decidir qualquer questão que não seja
contemplada e esclarecida no Código de Praxe regulamentado, tendo em conta todos os aspectos
referentes à situação em questão.

Artigo 5º
Será também responsabilidade da Comissão de Praxe completar ou alterar o Código de Praxe, no
sentido de corrigir falhas que se tenham vindo a salientar durante as Praxes anteriores, obtendo assim
um Código de Praxe que consiga transmitir claramente todos os valores relativos à essência da Praxe,
devendo sempre ser sujeito a aprovação em Assembleia Geral de Alunos.

Artigo 6º
A Comissão de Praxe deverá ser respeitada por todos os “Superiores”, sendo o órgão supremo da Praxe
Académica assim regulamentada no Código de Praxe.
Livro II
Praxe Académica
Título I
A definição de Praxe

Artigo 7º
A PRAXE ACADÉMICA é o conjunto de tradições e costumes existentes entre os estudantes da
Escola Superior de Saúde de Santarém (ESSS), assim como as actividades que sejam decretadas pela
Comissão de Praxe.

Título II
Hierarquização da Praxe

Artigo 8º
“BICHO”
Estudante desta escola desde o dia da primeira matrícula na Escola Superior de Saúde de Santarém até
ao Baptismo.

"CALOIRO”
Estudante no seu primeiro ano de matrícula nesta escola, desde o Baptismo até:
a) Ao primeiro acorde da serenata, na semana académica, para os estudantes que
começam as suas actividades lectivas em Setembro.
b) Ao términus do Desfile do Caloiro, para os estudantes que começam as suas
actividades lectivas em Março.

“GADO LINDO”
Estudante no seu primeiro ano de matrícula nesta escola:
a) desde o primeiro acorde da serenata até ao final da primeira matrícula, para os
estudantes que começam as suas actividades lectivas em Setembro.
b) desde o términus do Desfile do Caloiro até ao final da primeira matrícula, para
os estudantes que começam as suas actividades lectivas em Março.

“SUPERIOR”
Estudante desta escola que tenha passado pelos três momentos da Praxe Académica (Semana da Praxe,
Baptismo e Desfile do Caloiro) e que tenha frequentado, na sua totalidade, o primeiro ano lectivo na
Escola Superior de Saúde de Santarém.

“FORCADO”
Estudante que frequenta o segundo ano de matrícula nesta escola.

“TOUREIRO”
Estudante que frequenta o terceiro ano de matrícula nesta escola.

“CAMPINO”
Estudante que frequenta o quarto ano de matrícula nesta escola.

“EL MATADOR”
Estudante com mais de quatro matrículas nesta escola.

“ANCIÃO”
Enfermeiro recém-formado pela ESSS (até um ano após o terminus da Licenciatura em Enfermagem).

“ENFERMEIRO”
Enfermeiro formado nesta escola com mais de um ano após o terminus da Licenciatura em
Enfermagem.

LIVRO III
De Bicho a Ancião
Título I
A Condição de Bicho

Artigo 9º
O Bicho tem como deveres:
a) Dedicar-se profundamente ao desenvolvimento da Praxe;
b) Obedecer às ordens de todos os seus “Superiores”, desde que estes se encontrem
devidamente trajados;
c) Andar sempre impecavelmente limpo e bem-disposto;
d) Conhecer pormenorizadamente o presente Código de Praxe;
e) Saber interpretar musicalmente todas as canções que lhe sejam solicitadas;
f) Saber declamar todas as competências atribuídas ao bicho;
g) Escolher o seu padrinho/madrinha, sem influência do mesmo(a), entre o 2º dia de
Praxe e a véspera do baptismo.

Artigo 10º
Para convidar o seu/sua Padrinho/Madrinha, o Bicho deve elaborar um convite, no qual fará o seu
pedido com a devida justificação da sua escolha.

Artigo 11º
Ao Bicho é proibida qualquer tipo de manifestação de sexualidade, pois este é assexuado, ficando
assim de quarentena no período da Praxe.
Caso seja infringido este artigo, o bicho será automaticamente julgado em tribunal, quer da sua
Praxe, quer da Praxe seguinte.

Artigo 12º
Ao Bicho são proibidas saídas nocturnas sem o acompanhamento de um “Superior” da Comissão de
Praxe devidamente identificado (T-shirt/Pólo/Traje Académico e Cartão de Identificação).
Caso seja infringido este artigo, o bicho será automaticamente julgado em tribunal de Praxe.

Artigo 13º
Sempre que um “Superior” solicitar a apresentação do bicho, este deve fazê-lo da seguinte forma:
“Saudação de um/uma bom dia/boa tarde/Boa noite (escolher a opção apropriada) excelentíssimo
Sr.(a) Superior(a) (Nome do Superior(a)), eu (nome) humilde e reles bicho, proveniente do curral
situado (local onde vive — planeta, pais, província, distrito, localidade) aqui me apresento perante
o/a (os/as) Sr.(a). Superior(a) (es/as). Mais informo que estou completamente à disposição e
extremamente contente por ter entrado nesta maravilhosa escola que tão bem me acolheu. Posso
retirar-me?”

Título II
A Condição de Caloiro

Artigo 14º
Ao Caloiro compete:
a) Participar activamente e com empenho em todas as Actividades Académicas;
b) Tratar com respeito e deferência (na 2ª pessoa do plural) todos os seus “Superiores”,
c) Respeitar afincadamente toda a sua família: padrinho/madrinha, avô/avó e bisavô/bisavó;
d) Empenhar-se vigorosamente nos seus estudos e na preservação do espaço da escola
e) Trabalhar afincadamente para o Desfile do Caloiro
f) Demonstrar sempre e em qualquer momento o apreendido Espírito Académico que lhe foi
incutido.
Título III
A Condição de Gado Lindo

Artigo 15º
Ao Gado Lindo compete:
a) Participar mais activamente, com mais empenho e sentido de responsabilidade em todas as
Actividades Académicas;
b) Capacitar-se psicologicamente para ser padrinho/madrinha;
c) Adquirir o traje académico completo, respeitando todas as regras do presente Código de
Praxe, e erguendo-o com orgulho e com todo o simbolismo que este representa.

Título IV
A Condição de Forcado

Artigo 16º
Ao Forcado compete:
a) Participar em todas as Actividades Académicas;
b) Apoiar os “caloiros” na sua integração escolar e académica;
c) Apoiar afincadamente os seus afilhados, caso os tenha, em todo o processo de
integração;
d) Incutir o verdadeiro Espírito Académico aos estudantes recém-chegados;
e) Cooperar na realização do Desfile do Caloiro.

Título V
A Condição de Toureiro
Artigo 17º
Ao Toureiro compete:
a) Participar em todas as Actividades Académicas;
b) Apoiar os “caloiros” na sua integração escolar e académica;
c) Incutir o verdadeiro Espírito Académico aos estudantes recém-chegados;
d) Cooperar na realização do Desfile do Caloiro;
e) Zelar pelo cumprimento das tradições académicas e pela restante comunidade
estudantil;
f) Dar o exemplo da aplicação e cumprimento de todas as Tradições Académicas.

Título VI
A Condição de Campino

Artigo 18º
Ao Campino compete:
a) Participar em todas as Actividades Académicas;
b) Apoiar os “caloiros” na sua integração escolar e académica;
c) Incutir o verdadeiro Espírito Académico aos estudantes recém-chegados;
d) Cooperar na realização do Desfile do Caloiro;
e) Zelar pelo cumprimento das tradições académicas e pela restante comunidade
estudantil;
f) Dar o exemplo da aplicação e cumprimento de todas as Tradições Académicas;
g) Não permitir o incumprimento das Tradições Académicas.

Título VII
A Condição de El Matador

Artigo 19º
Ao El Matador compete:
a) Apoiar os “caloiros” na sua integração escolar e académica;
b) Zelar pelo cumprimento das tradições académicas e pela restante comunidade estudantil;
c) Dar o exemplo da aplicação e cumprimento de todas as tradições académicas;
d) Não permitir o incumprimento das tradições académicas;
e) Partilhar a sua experiência com o gado que lhe pareça ir a tresmalhar.

Título VIII
A Condição de Ancião

Artigo 20º
Ao Ancião compete:
a) Colaborar com os intervenientes da Praxe, segundo indicação da Comissão de Praxe;
b) Ser o elo de ligação entre os estudantes, os ex-estudantes e a vida profissional.
LIVRO IV
Padrinhos/Madrinhas
Título I
A condição de Padrinho/Madrinha

Artigo 21º
Poderá ser qualquer “Superior” na sua primeira e segunda Praxe.

Artigo 22º
O “Superior” para ser padrinho/madrinha terá de ser escolhido pelo bicho, sem influência do
“Superior” em questão, entre o 2º dia de Praxe e as 12 horas da véspera do Baptismo.

Artigo 23º
É expressamente proibido que o/a “Superior(a)” recuse o convite do bicho para padrinho/madrinha.

Artigo 24º
Cada padrinho só pode ter dois afilhados, sendo que, em caso de haverem mais de dois bichos a
convidar o mesmo “Superior”, este só poderá aceitar o convite dos dois primeiros que o requisitarem.

Artigo 25º
O Padrinho/Madrinha tem a função de integrar o bicho no seio académico, incutindo-lhe o verdadeiro
Espírito Académico, bem como fazer a ligação com a restante família, nomeadamente com os avós,
bisavós e trisavós de curso.

LIVRO V
As Actividades e Tradições da Praxe
Título I
As condições gerais do exercício da Praxe

Artigo 26º
A PRAXE ACADÉMICA deve ser fiel à simbologia da escola, do curso e da comunidade em que está
inserida.

Artigo 27º
Preconiza-se que a Praxe Académica seja incomodativa e marcante, sem contudo colocar em causa a
integridade física e/ou psicológica dos elementos praxados.

Artigo 28º
A Praxe Académica por vezes terá momentos difíceis, os quais terão como objectivo a adaptação do
bicho às exigências do ensino superior.

Artigo 29º
A Praxe Académica desenrola-se em três períodos distintos (Semana da Praxe Académica, Baptismo e
Desfile do Caloiro), em que todos os bichos, tanto os que iniciam as suas actividades em Setembro
como os que iniciam em Março, devem participar e respeitar todas as ordens dos seus “Superiores”.
Para os bichos de Setembro
1º Período inicia-se com a recepção dos bichos, no acto da matrícula, e termina no dia do Baptismo;
2º Período inicia-se com o Baptismo, culminando com a realização do Desfile do Caloiro;
3º Período vai desde o final do Desfile do Caloiro até ao primeiro acorde da serenata durante a semana
académica.

Para os bichos de Março


1º Período inicia-se com a recepção dos bichos, no acto da matrícula, e termina no dia do Baptismo;
2º Período inicia-se com o Baptismo, culminando com o início da preparação para o Desfile do
Caloiro;
3º Período vai desde o início da preparação para o Desfile do Caloiro até ao términus do mesmo.

Artigo 30º
A Praxe Académica só poderá ser praticada pelos “Forcados”, “Toureiros”, “Campinos”, “El Matador”
e “Ancião”, desde que devidamente trajados.
No caso de os “Superiores” nunca terem adquirido traje, terão de usar a T-shirt da Praxe e uma capa do
traje de outro “Superior”

Artigo 31º
Depois de finalizado o 1º Período da Praxe, reserva-se a todos os “Superiores” o direito à prática da
Praxe Académica todas as 5ª feiras desde que apresentem à Comissão de Praxe motivo devidamente
justificado para tal.

Título II
Semana da Praxe

Artigo 32º
Designa-se por “Semana da Praxe” a primeira semana de actividades escolares na ESSS,
correspondendo ao período em que se realizam todas as actividades e tradições da Praxe.

Artigo 33º
A Comissão de Praxe é o órgão responsável por organizar e coordenar todas as actividades que terão
lugar neste período da “Semana da Praxe”. Assim, esta deve elaborar um plano de actividades que
englobe todas as actividades desenvolvidas durante a semana, em que o horário varia consoante as
actividades contempladas no plano, não existindo uma hora fixa de saída.

Título III
Recepção ao Bicho

Artigo 34º
No primeiro dia da Semana de Praxe, estarão elementos da Comissão de Praxe ao portão para distribuir
os cadastros, pelo que este acesso deve estar desimpedido, não podendo os bichos serem praxados sem
ter em sua posse o cadastro individual e a pulseira da Praxe.
Artigo 35º
Na recepção diária aos bichos, estes devem estar formados em fila em frente ao portão da escola.
Nestes momentos é interdito o acesso aos “Superiores”, a fim de que a Comissão de Praxe possa
proceder a uma rápida e proveitosa transmissão de informação, necessária ao bom desenvolvimento do
dia de Praxe.

Artigo 36º
No final do dia de Praxe, nenhum bicho pode abandonar o local de realização da mesma sem
autorização de um elemento da Comissão de Praxe e o cadastro devidamente assinado por um elemento
da Comissão de Praxe.

Título IV
Leilão dos Bichos

Artigo 37º
Durante o leilão, os bichos serão vendidos aos “Superiores” com o objectivo de promover a relação
entre ambos (o pagamento deverá ser efectuado na hora da compra).

Artigo 38º
No leilão devem estar presente o maior número de “Superiores” possível.

Título V
“Peddy Papper”

Artigo 39º
Define-se como “Peddy Papper” um Passeio Turístico com o objectivo de dar a conhecer a Cidade de
Santarém, local onde os bichos irão passar alguns dos momentos mais marcantes da sua vida
académica.

Artigo 40º
Os pormenores da preparação deste acontecimento ficarão em livro secreto da Comissão de Praxe.

Título VI
“Quarto Escuro”
Artigo 41º
O “Quarto Escuro” tem como objectivo testar os conhecimentos, assim como a preparação física e
psicológica dos bichos.

Artigo 42º
Os pormenores da preparação deste acontecimento ficarão em livro secreto da Comissão de Praxe.
Título VII
Tribunal de Praxe
Artigo 43º
O Tribunal de Praxe tem como objectivo castigar os crimes de Praxe cometidos pelos bichos, e também
castigar, exemplarmente, os caloiros que no entender da Comissão de Praxe estejam a tresmalhar.

Artigo 44º
O Tribunal de Praxe deve ser constituído por um Juiz, um Júri, um Advogado de Acusação, um
Advogado de Defesa e o número máximo de “Superiores” devidamente trajados com capa
estendida, sem insígnias visíveis, independentemente do número de matrículas.
Os superiores que nunca tenham adquirido traje, terão de usar a T-shirt da Praxe e uma capa do Traje
Académico de outro “Superior”.

Artigo 45º
É expressamente proibido que os “Superiores” estejam sentados no tribunal de Praxe.

Artigo 46º
Os pormenores da preparação deste acontecimento ficarão em livro secreto da Comissão de Praxe.

Artigo 47º
A participação neste evento é de carácter obrigatório para todos os bichos, pelo que quem não
participar não poderá ser Baptizado, passando assim automaticamente a anti-Praxe.

Artigo 48º
Durante este evento os bichos só podem abandonar a sala segundo ordens da Comissão de Praxe.

Artigo 49º
Caso os bichos faltem a algum dia da semana de Praxe, cabe à Comissão de Praxe decidir, consoante a
justificação apresentada, se irá ou não a tribunal de Praxe.

Título VIII
Baptismo

Artigo 50º
Só será baptizado o bicho que tenha ido a tribunal de Praxe.

Artigo 51º
O Baptismo será uma cerimónia com o objectivo de purificar todo e qualquer bicho, podendo assim
ascender a caloiro.
Todos os bichos deverão comparecer de pijama e providos de toalha de banho.

Artigo 52º
Deverá ser realizado no Jardim da República da Cidade de Santarém na primeira quinta-feira após a
semana da Praxe.

Artigo 53º
No decorrer desta cerimónia os “Superiores” devem estar devidamente trajados, a fim de baptizarem
os seus bichos.

Artigo 54º
No caso de os “Superiores” nunca terem adquirido Traje Académico, terão de usar a bata de
enfermagem, que será exclusivamente para a cerimónia baptismal, sendo estritamente proibido o seu
uso para praxar.

Artigo 55º
A preparação do líquido baptismal será da responsabilidade da Comissão de Praxe, estando o seu
segredo de confecção descrito em livro secreto da Comissão de Praxe.

Artigo 56º
O bicho será baptizado por toda a sua família (madrinha/padrinho, avó/avô, bisavó/bisavô e
trisavó/trisavô, ou outros elementos que os substituam, não podendo exceder as quatro pessoas) que
derramarão o líquido baptismal por toda a sua reles cabeça.

Artigo 57º
O padrinho/madrinha ao derramar o líquido baptismal, deve proferir as seguintes palavras: “Bicho se
quer pertencer a esta escola, baixe a tola!”

Artigo 58º
Aos elementos da Comissão de Praxe reserva-se o direito de, sempre que quiserem, poderem derramar
o líquido baptismal em todo e qualquer bicho.

Artigo 59º
Depois de baptizados, os bichos devem permanecer com o líquido baptismal na cabeça a fim de se
proporcionar uma maior acção purificadora no bicho.

Artigo 60º
Depois de baptizados, os caloiros não deverão ser misturados com os bichos. No entanto, deverão ser
praxados continuamente por um “Superior”. Se tal não for possível, deverão ser praxados pela sua
própria reles condição de caloiro.

Artigo 61º
No final do Baptismo, nenhum caloiro pode abandonar o local de realização do mesmo sem
autorização de um elemento da Comissão de Praxe

Título IX
Jantar do Caloiro
Artigo 62º
O Jantar do Caloiro deverá ser realizado na primeira quinta-feira após a semana de Praxe Académica,
ou seja, na noite do Baptismo dos bichos.

Artigo 63º
O Jantar do Caloiro é realizado com o objectivo de promover a apresentação e o convívio dos Caloiros
com a restante comunidade académica, motivo pelo qual só poderão comparecer professores,
enfermeiros formados nesta escola e restante comunidade estudantil, não sendo permitida a presença
de anti-Praxes nem de acompanhantes.

Artigo 64º
No fim do Jantar, os Caloiros deverão apresentar uma canção previamente elaborada no sentindo de
homenagear a turma dos Padrinhos/Madrinhas, e outra para homenagear a Comissão de Praxe.

Artigo 65º
Para demonstrar o seu apreço pelos “Superiores”, os caloiros deverão oferecer à turma dos seus
Padrinhos/Madrinhas um peluche gigante, no mínimo, com 50 cm de altura.

Título X
Desfile do Caloiro

Artigo 66º
O Desfile do Caloiro tem como objectivo promover a relação inter-escolas e apresentar os Caloiros à
comunidade Scalabitana.

Artigo 67º
A presença neste evento é de carácter obrigatório, tanto para os Caloiros que iniciaram as suas
actividades académicas em Outubro como para os de Março.
Os ensaios que estão subjacentes à realização deste desfile são igualmente de carácter obrigatório,
sendo que cada caloiro só poderá dar três faltas não justificadas, sob pena de não participar no
desfile, cabendo esta decisão à Comissão de Praxe.

Artigo 68º
Aos Caloiros que não participarem no Desfile do Caloiro são automaticamente declarados anti-
Praxe.

Título XI
Ausência de Praxe
Artigo 69º
No caso da não realização da Praxe Académica ou de parte da mesma, a Comissão de Praxe deverá
organizar a referida Praxe Académica e/ou um Evento Académico, num momento referido por esta, de
modo a permitir que os alunos afectados possam desenvolver o percurso académico habitual.

LIVRO VI
As Protecções dos Bichos
Título I
Protecção de Padrinhos/Madrinhas

Artigo 69º
Os Padrinhos/Madrinhas poderão apelar para a benevolência dos restantes “Superiores” e Comissão de
Praxe desde que não evitem a prática da Praxe Académica ao afilhado.

Título II
Protecção de Baco

Artigo 70º
Todo o bicho que durante a Praxe se demonstre realmente embriagado fica protegido de qualquer
prática de Praxe Académica até que recupere o seu estado normal.

Artigo 71º
O bicho que simular este estado, terá de provocar esse mesmo estado até estar realmente embriagado.

Título III
Direitos e deveres do Bicho e caloiro

Artigo 72º
Reserva-se a todo o bicho e caloiro o direito de se recusar a ser praxado por um “Superior” que não se
encontre devidamente trajado.

Artigo 73º
O bicho e o caloiro têm o dever a recusar qualquer tipo de Praxe indivídual, pois esta é expressamente
proibida (excepto durante as matrículas), ou seja, a Praxe Académica deverá ser efectuada com pelo
menos 3 bichos, sendo sempre supervisionada por um membro da Comissão de Praxe.

Artigo 74º
Ao bicho/caloiro reserva-se o direito a não ser interrompido durante a hora de almoço para práticas de
Praxe Académica.
Caso não seja respeitado este artigo, o “Superior” em questão não poderá praxar mais até ao
final desse dia.

Artigo 75º
O bicho tem o dever de seguir rigorosamente as indicações dadas pela Comissão de Praxe,
nomeadamente no que diz respeito às saídas nocturnas que são organizadas e coordenadas pela mesma.
Salientamos o uso obrigatório do Cadastro e T-shirt da Praxe, a presença nos locais previamente
referenciados pela Comissão de Praxe e a permanência em grupo.

Artigo 76º
À solicitação de qualquer elemento da Comissão de Praxe, os bichos deverão formar-se em fila no local
indicado, permanecendo atentos, requerendo-se da parte dos “Superiores” o distanciamento físico
necessário de modo a promover o silêncio.

Título IV
Deveres dos Superiores

Artigo 77º
Os “Superiores” devem atender que todo e qualquer acto de Praxe decorrem com a totalidade da turma
a ser praxada ou com uma amostra mínima de 3 elementos. É importante referir que a Praxe Académica
deve decorrer na presença de, pelo menos, um elemento da Comissão de Praxe e com o devido
consentimento desta.

Artigo 78º
Os “Superiores” devem estar cientes que mal trajados perdem o direito a qualquer acto de Praxe, até se
verificar o contrário.

Artigo 79º
No decurso da Praxe, sempre que se verificar alguma irregularidade, a Comissão de Praxe deverá ser
alertada, de modo a tomar medidas que proporcionem o restabelecimento da normalidade. Em caso de
necessidade de aplicação de sanções, estas serão decididas pela Comissão de Praxe que se deve reunir
para o efeito.

Artigo 80º
Só participa na Praxe Académica quem quer, mas quem participar deve respeitar o que o Código
de Praxe decreta.

LIVRO VII
Anti-Praxes
Título I
Declaração Anti - Praxe

Artigo 81º
Qualquer bicho/caloiro poderá declarar-se, em qualquer momento, anti-Praxe, abdicando assim de:
a) Participar e/ou assistir em todo e qualquer Evento Académico, organizado pela
Comissão de Praxe;
b) Praxar em qualquer momento e em qualquer ano desta escola;
c) Ser padrinho/madrinha de futuros caloiros;
d) Pertencer à Tuna Académica desta escola;
e) Pertencer à Comissão de Praxe.

Artigo 82º
Um bicho/caloiro é declarado automaticamente anti-Praxe, a partir do momento em que renuncie a sua
participação num dos momentos da Praxe Académica (Semana da Praxe, Baptismo ou Desfile do
Caloiro)

Artigo 83º
A partir do momento em que um bicho/caloiro se declare anti-Praxe, estando consciente do que
abdicará com esta declaração, não poderá voltar atrás com a sua decisão.

LIVRO VIII
O Traje Académico
Título I
Conceito e significado

Artigo 84º
Considera-se como Traje Académico o traje preto utilizado pelos estudantes do ensino superior e que
apresenta características indumentárias específicas.

Artigo 85º
O Traje Académico surge na ESSS como uma ambição de incrementar e enraizar uma tradição
académica e um espírito próprio no seio desta comunidade estudantil.

Artigo 86º
O Traje Académico apresenta-se como algo revestido de grande significado, cabendo aos Estudantes
que o usam respeitar as regras da sua utilização sob risco de deturparem todo o seu historial e
simbolismo que reveste a sua utilização.
Artigo º87
O Traje Académico tem como finalidade simbolizar, por um lado, as penas e provações do estudante e,
por outro, a confiança e tenacidade de um futuro risonho.

Artigo 88º
A utilização do traje tem como objectivos:
a) Representar a última fase da vida estudantil;
b) Assegurar a continuação do espírito académico;
c) Transmitir à sociedade o carisma e rebeldia do fim de uma geração em busca de
um novo futuro;
d) Difundir a escola que o aloja durante esta etapa da sua vida.

Artigo 89º
Para a comissão de praxe apenas será reconhecido o verdadeiro valor da utilização do Traje
Académico da ESSS a quem viver os três momentos da Praxe (Semana da Praxe, Baptismo e
Desfile do Caloiro) nesta escola.

Título II
Uso

Artigo 90º
O uso do Traje Académico é obrigatório nos seguintes momentos:
a) Na Semana da Praxe;
b) No Baptismo;
c) No Desfile do Caloiro;
d) No Jantar do Caloiro;
Para além destes momentos, pode ser ainda utilizado em apresentação de trabalhos; em festas da
escola; em Eventos Académicos e em todas as quintas-feiras.

Título III
Composição

Artigo 91º
O Traje Académico da ESSS é composto por:
• Para os Homens: Camisa branca e lisa com colarinho normal; Gravata preta lisa (modelo
de estudante); Colete preto; Jaqueta preta; Calças pretas de fazenda (lisa); Meia preta; Sapatos
pretos sem apliques metálicos, podendo ter ou não atacadores, no entanto se tiver atacadores
estes têm de passar por furos ímpares na sua totalidade; Capa preta; Mazantino preto (chapéu de
baixo perfil e abas redondas, típico do Ribatejo) – opcional.
• Para as Mulheres: Camisa branca com folhos pequenos; Jaqueta preta com 3 botões no
punho e à frente; Saia comprida com cós pequeno, rodada de oito panos e com 9 botões em todo
o comprimento; Collants exclusivamente pretas; Sapatos pretos com salto no máximo de 5 cm,
sem apliques metálicos ou qualquer outro tipo de aplicações; Capa preta; Mazantino preto
(chapéu de baixo perfil e abas redondas, típico do Ribatejo) – obrigatório; O cabelo pode ser
usado solto, se for apanhado é obrigatório ser com elástico, ganchos ou travessão pretos.

Artigo 92º
Tanto nos rapazes como nas raparigas proíbe-se o uso de adornos e/ou aplicações no traje, tais
como: guarda-chuva, luvas, relógios, fios, pulseiras, anéis (excepto aliança), brincos ou piercings e
pinturas, quer seja maquilhagem ou qualquer tipo de verniz. Pode utilizar-se óculos de sol desde que
totalmente pretos (haste e lentes) e sem marca visível, e mala desde que seja preta (não visível), sem a
marca visível.

Título IV
A Capa
Artigo 93º
a) Deve ter a altura do pescoço, um número de dobras para o lado interior (avesso) no
colarinho correspondente ao número de matrículas;
b) Todo o gado lindo tem de usar a capa sem qualquer insígnia e somente no braço
esquerdo;
c) Após a segunda matrícula, a capa poderá ser colocada sobre o ombro esquerdo ou no
braço esquerdo, com a parte do colarinho para trás, sendo visíveis as insígnias;
d) Após a terceira matrícula a capa poderá também estar colocada sobre os ombros e
estendida ao longo do corpo, com as respectivas dobras correspondentes ao número de matrículas;
e) Apenas após a quarta matrícula pode ser usada traçada;
f) Ao anoitecer e nas serenatas, os estudantes com duas ou três matrículas podem usar a
capa sobre os ombros, estendida ao longo do corpo sem traçar e com as respectivas dobras;
g) Na missa, assim como no luto, não se pode traçar a capa devendo esta ser usada estendida
sem dobras no pescoço;
h) Quando se dança pode tirar-se a capa, no caso do(a) acompanhante não obstar a tal
atitude;
i) Os rasgões na parte inferior da capa, representam momentos significativos da vida e
académicos do estudante, ao olhar para a capa:
i. Ao meio – o(a) namorado(a)
ii. À esquerda – os (as) amigos (as)
iii. À direita – os familiares
j) Os rasgões só podem ser feitos com os dentes, pelas respectivas pessoas;
k) Os rasgões só poderão ser cozidos em ponto cruz, com linha preta ou da cor
representativa do curso ou da escola;
l) A colocação de insígnias na capa é de carácter opcional;
m) Quando se opta pela colocação de insígnias, estas devem ser colocadas do lado esquerdo
da face interior da capa, sendo a primeira fila colocada a dois palmos do colarinho da capa e a
segunda fila e restantes com alguma distância da fila anterior, segundo a seguinte disposição (da
direita para a esquerda):
i. Primeira fila: Comunidade Europeia, Portugal, Cidade onde nasceu e
Cidade onde mora;
ii. Segunda fila: Cidade onde estuda; Instituto Politécnico de Santarém;
Escola que frequenta e Curso que frequenta;
n) As insígnias têm de ser em número ímpar;
o) Nunca se aperta a capa no colarinho;
p) A Capa tem de permanecer sempre nas mesmas instalações físicas em que se encontra o
“Superior”;
q) As insígnias devem ser cosidas à mão e as costuras não devem ficar visíveis;

Título IV
Os Pin’s

Artigo 94º
a) A colocação de pin’s é de carácter opcional;
b) Caso opte por colocar pin’s, estes só podem ser colocados nas golas da jaqueta;
c) O primeiro pin a ser colocado tem de ser o pin da lamparina, que deverá ser
colocado do lado esquerdo;
d) Ainda do lado esquerdo só pode colocar-se o pin do instituto e/ou escola; pin da
tuna (caso pertença a esta); pin da AE (caso pertença a esta) e pin da Comissão de Praxe
(caso pertença a esta);
e) Os restantes pin’s devem ser colocados no lado direito da gola;
f) O total dos pin’s tem de ser em número ímpar;
g) Durante as cerimónias fúnebres e luto, não podem mostrar-se os pin’s;
h) O barrete não conta como pin. Este também é de carácter opcional, sendo que
quando colocado tem de ser no braço direito da jaqueta.
A Comissão de Praxe:
Sandra Martins 12ºCE
Rita Santos 13º CE
Íris Plantier 13ºCE
Ana Tiago 14ºCE
Liliana Gonçalves 14ºCE
Sandra Maia 14ºCE
Vânia Reis 14ºCE
Cláudia Rocha 15ºCE
Pedro Vieira 15ºCE
Raquel Cordeiro 16ºCE
Andreia Tomé 17ºCE
Sara Costa 17ºCE
Sónia Abreu 17ºCE

O futuro dirá se valeu a pena o nosso esforço!


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