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INSTITUTO SUPERIOR DE CONTABILIDADE E

ADMINISTRAÇÃO DO PORTO

REGULAMENTO DE INSCRIÇÃO, FREQUÊNCIA E AVALIAÇÃO


ANO LECTIVO DE 2008-2009

Aprovado em reunião da Comissão Coordenadora do Conselho Científico do ISCAP


de 4 de Fevereiro de 2009, sob proposta do Conselho Pedagógico.

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REGULAMENTO DE INSCRIÇÃO, FREQUÊNCIA E AVALIAÇÃO
ANO LECTIVO DE 2008-2009

CAPÍTULO I
Parte geral

Artigo 1.º
Âmbito

1 – O presente regulamento consagra o regime de inscrição, frequência e avaliação a aplicar


no âmbito dos cursos conducentes a grau ministrados pelo Instituto Superior de
Contabilidade e Administração do Porto (ISCAP). Este regulamento tem em conta as
mudanças relacionadas com o ensino e aprendizagem que resultam da adesão ao Processo
de Bolonha, que trouxe como principais transformações quer a transição de um sistema de
ensino baseado na ideia da transmissão de conhecimentos para um sistema baseado no
desenvolvimento de competências, quer a adopção do sistema europeu de créditos
curriculares (ECTS – European Credit Transfer and Accumulation System), baseado no
trabalho dos estudantes.
2 – O presente regulamento não é aplicável aos estudantes em mobilidade (nacional ou
internacional), cuja avaliação será objecto de regulamentação específica.

Artigo 2.º
Calendário escolar

1 – O calendário escolar é aprovado anualmente, nos termos do Estatutos do IPP, pelo


Conselho Directivo do ISCAP, ouvido o Conselho Pedagógico.
2 – O regime normal dos cursos supõe a divisão do ano lectivo em dois semestres.
3 – O número de semanas lectivas efectivas de cada semestre, excluindo as destinadas à
realização de exames, não deve ser inferior a 16.

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Artigo 3.º
Matrículas e inscrições

Às matrículas e inscrições aplica-se o disposto nos “Regulamento Geral de Matrículas e


Inscrições” e “Regulamento de Propinas”, elaborados anualmente pelo Presidente do Instituto
Politécnico do Porto.

Artigo 4.º
Regime de Frequência das Unidades Curriculares

1 – Os Planos de Estudos são os homologados pelo Presidente do IPP, comportando cada


Licenciatura um total de 180 ECTS e cada Mestrado, 120 ECTS.
2 – Cada estudante pode inscrever-se no máximo de ECTS estabelecido no Regulamento
Geral de Matrículas e Inscrições, por semestre, nas licenciaturas, e por ano, nos mestrados.
3 – Aos estudantes é sugerido o Plano de Estudos homologado; é, contudo, possível frequentar
unidades curriculares de diferentes anos, sem prejuízo do disposto no artigo seguinte.

Artigo 5.º
Precedências

O regime de precedências é definido pelo Conselho Científico, sob proposta do


Coordenador do Curso, ouvido o(s) Professor(es) Coordenador(es) da área científica ou
grupo disciplinar a que a unidade curricular pertence, e será devidamente publicitado.

Artigo 6.º
Presenças

1 – A presença nas aulas é obrigatória para os estudantes que optem pela avaliação contínua.
2 – A forma de controlo das presenças é definida pelo Conselho Directivo.
3 – Os estudantes dispõem de cinco dias úteis, contados a partir do primeiro dia em que hajam
faltado, para apresentação de justificação ao docente.

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4 – Em cada unidade curricular, fica desde logo excluído o estudante que, tendo optado pelo
regime de avaliação contínua, ultrapasse o número de faltas equivalente a 25% das aulas
obrigatórias previstas no calendário escolar aprovado.
5 – Não entram no cômputo das faltas referidas no número anterior as consideradas legalmente
justificadas.
6 – Os estudantes com estatuto especial, quando este expressamente o preveja, não estão
sujeitos a qualquer condição que faça depender a sua aprovação, numa unidade curricular,
de um número mínimo de presenças nas aulas.

Artigo 7.º
Prescrições

1 – O regime de prescrição que vigora no 1.º ciclo é o que consta da Lei n.º 37/2003, de 22 de
Agosto, com as alterações introduzidas pela Lei n.º 49/2006, de 30 de Agosto. Assim,
prescrevem, em determinado ano lectivo, os estudantes que ultrapassem o limite definido
na seguinte tabela:

Número Máximo de Inscrições Créditos ECTS Obtidos


3 0 a 59
4 60 a 119
5 120 a 179

2 – A prescrição impede o estudante de se candidatar de novo a esse ou outro curso nos dois
semestres seguintes.

CAPÍTULO II
Regime de ensino

Artigo 8.º
Método pedagógico

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1 – A componente lectiva do ensino recorre a três tipos de métodos pedagógicos interligados,
numa integração variável em função das características de cada unidade curricular:
expositivo, tutorial e experimental, com uma vertente de investigação, tendo em vista a
promoção da capacidade de trabalho autónomo.
2 – A componente lectiva do ensino é constituída, em função das características de cada
unidade curricular, por aulas teóricas e/ou práticas e/ou teórico-práticas e/ou laboratoriais
e/ousessões tutoriais, cuja carga horária semanal consta dos planos curriculares do
respectivo curso.

Artigo 9.º
Regime de tempo parcial

O regime de frequência em tempo parcial é o que decorre do regulamento do IPP em vigor.

Artigo 10.º
Atendimento pedagógico

1 – Aos estudantes é devido o atendimento e assistência pedagógica nas horas fixadas pelos
docentes no início de cada semestre, pressupondo-se a permanência destes nas instalações
do ISCAP naquele horário, nos termos previstos nos Regulamentos e Resoluções do
Instituto Politécnico do Porto em vigor.
2 – O horário de atendimento é ajustado durante o período de exames.

CAPÍTULO III
Calendarização e regime de avaliação

Artigo 11.º
Generalidades

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1 – A avaliação dos estudantes é feita em cada unidade curricular, observando-se o disposto no
“Regulamento de Júris de Exames, Consulta de Provas, Reclamações e Recursos”,
aprovado anualmente pelo IPP.
2 – Os métodos de avaliação de conhecimentos e competências adquiridas devem ser
adaptados às características de cada unidade curricular, tendo em consideração o equilíbrio
entre as várias unidades curriculares, o normal funcionamento das aulas e o tempo de
trabalho exigido a docentes e discentes.
3 – É obrigatória a unicidade de métodos e critérios de avaliação aprovados para cada unidade
curricular.
4 – Todas as classificações são expressas numa escala de zero a vinte valores, arredondadas às
unidades.
5 – Considera-se aprovado numa unidade curricular o estudante que tenha obtido na referida
unidade uma classificação mínima de dez valores, arredondada às unidades (considerando
como unidade a fracção não inferior a cinco décimas).
6 – A avaliação das aprendizagens dos estudantes é individualizada, e deve privilegiar as
competências que se pretende que os estudantes adquiram.
7 – Sempre que possível, serão institucionalizados mecanismos de auto e heteroavaliação.

Secção I
Calendarização

Artigo 12.º
Fixação do calendário

O calendário de exames é oportunamente fixado pelo Conselho Directivo do ISCAP.

Secção II
Regime de avaliação

Artigo 13.º

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Modalidades de Avaliação

1 – O processo de avaliação de conhecimentos e competências pode assumir as modalidades


de avaliação contínua e final.
2 – As duas modalidades de avaliação aplicam-se a todas as unidades curriculares, com
excepção daquelas em que, justificadamente, se não possam disponibilizar atentas as suas
características.
3 – A modalidade avaliação contínua, se disponível, realiza-se no decurso do tempo lectivo
atribuído à unidade curricular.
4 – Em situações excepcionais e mediante a autorização conjunta dos Conselhos Directivo e
Pedagógico, a realização de qualquer dos componentes da avaliação contínua poderá
ocorrer fora do referido tempo lectivo.
5 – No caso referido no número anterior, os Conselhos deliberam sobre a proposta conjunta
dos respectivos Coordenadores de curso, área científica e unidade curricular.
6 – O estudante opta, no prazo fixado pelo Instituto, pela modalidade de avaliação pretendida
em cada unidade curricular, sob pena de ser enquadrado automaticamente em avaliação
contínua, caso esta esteja disponível.

Artigo 14.º
Comunicação da(s) modalidade(s) de avaliação

1 – O Professor Coordenador de cada área científica ou grupo disciplinar deve, antes do início
de cada semestre lectivo, informar o Coordenador do Curso e o Conselho Pedagógico
sobre qual (quais) a(s) modalidade(s) de avaliação adoptada(s) em cada unidade curricular
e apresentar uma proposta onde constem, obrigatoriamente, as ponderações dos critérios
de avaliação contínua. Esta informação será veiculada por via informática, segundo regras
a especificar em documento próprio.
2 – No caso particular de testes com penalização de respostas erradas, a fórmula de tal
penalização deve constar obrigatoriamente do respectivo enunciado.

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3 – A(s) modalidade(s) de avaliação adoptadas(s) deve(m), obrigatoriamente, constar do
programa da unidade curricular, publicado na primeira semana de aulas de cada semestre,
garantindo, assim, o seu conhecimento por parte dos estudantes.
4 – Na falta de publicação do programa da unidade curricular até ao final do prazo referido no
número anterior deste artigo, vigorará o regime de avaliação contínua, considerando-se,
neste caso, os seguintes critérios de avaliação:
4.1 – A realização de um trabalho individual ou de grupo, correspondendo a 20% da
classificação final.
4.2 – A realização de dois testes de duração máxima de 1h cada um, a realizar durante o
período lectivo, um até ao final da 6ª semana e o outro até ao final da 15ª semana,
respectivamente, valendo cada um 40% da classificação final.
5 – Não obstante o disposto nos números anteriores, o Conselho Pedagógico poderá, por
maioria dos seus membros em efectividade de funções, justificar a não divulgação
atempada do programa da unidade curricular e do respectivo método de avaliação,
aprovando uma proposta diferente que lhe seja apresentada pelo coordenador da respectiva
área científica.
6 – A deliberação prevista no número anterior deverá ser tomada em reunião expressamente
convocada para o efeito, a ter lugar até ao final da segunda semana após o início de cada
semestre.

Artigo 15.º
Avaliação contínua

1 – No regime de avaliação contínua, podem considerar-se como critérios e elementos de


avaliação:
a) Participação nas aulas;
b) Trabalhos individuais e/ou trabalhos de grupo;
c) Projectos de investigação/intervenção individuais ou de grupo;
d) Testes, em número mínimo de dois;
e) Outros processos de avaliação intermédios.
2 – A avaliação contínua deve ser privilegiada relativamente ao regime de avaliação final.

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3 – Serão aprovados os estudantes que, no regime de avaliação contínua, obtenham uma
classificação final igual ou superior a dez valores, arredondada às unidades (considerando
como unidade a fracção não inferior a cinco décimas), podendo ser definida uma nota
mínima nas classificações parcelares, se os responsáveis da unidade curricular o
entenderem como imprescindível.

Artigo 16.º
Avaliação final

1 – A avaliação final deve realizar-se nas seguintes épocas:


a) época normal;
b) época de recurso;
c) época especial.
2 – Entende-se por avaliação final aquela que se apoia unicamente em provas de avaliação
global designadas por exames finais, ou exames finais mais trabalho(s) complementar(es),
tendo este(s) último(s) carácter facultativo para o estudante.
3 – A modalidade de exame final mais trabalho(s) complementar(es) só é disponibilizada para
as épocas normal e de recurso, tendo o exame final da época especial uma ponderação de
100%.
4 – No caso de o estudante não optar pela modalidade de exame e trabalho(s)
complementar(es), a prova de exame terá sempre uma ponderação de 100%; no caso de o
estudante optar pela modalidade de exame e trabalho(s) complementar(es), a prova de
exame tem uma ponderação mínima de 70%.
5 – As provas de avaliação global incidem sobre os conteúdos programáticos sumariados no
semestre em que as mesmas são prestadas.
6 – Em qualquer uma das épocas (época normal, época de recurso e época especial), para cada
unidade curricular, haverá provas de exame numa chamada única.
7 – Na época normal, cada estudante poderá prestar provas de exame final em qualquer
número de unidades curriculares, desde que não tenha sido submetido a avaliação contínua
nessas mesmas unidades curriculares e se inscreva no prazo fixado pelo calendário escolar.

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8 – Na época de recurso, o estudante poderá prestar provas de exame final a um número
máximo de seis unidades curriculares, desde que não tenha obtido aprovação em avaliação
contínua ou exame final e se tenha inscrito no prazo fixado no calendário escolar.
9 – Na época especial, o estudante pode prestar provas de exame final até um número máximo
de quatro unidades curriculares, desde que com a aprovação em tais unidades curriculares,
finalize o curso ou a parte escolar do mestrado e se tenha inscrito no prazo fixado no
calendário escolar.
10 – Aos estudantes com estatuto especial pode ser facultado o acesso à época especial nos
termos do mesmo.
11 – Na época especial, os estudantes aos quais falte aprovação numa unidade curricular para
terminarem os cursos podem requerer prova oral, desde que, na prova escrita, tenham
obtido a classificação mínima de oito valores.
12 – As provas orais, com a duração máxima de 30 minutos e marcadas com a antecedência
mínima de 48 horas, são públicas e decorrem perante um júri constituído por, pelo menos,
dois docentes da unidade curricular ou área científica.

Artigo 17.º
Regras sobre a realização das provas de avaliação final

1 – Os estudantes devem apresentar-se às provas de avaliação munidos de documento de


identificação. Na sua falta, o estudante pode realizar a prova, ficando a validade da mesma
dependente de identificação posterior a apresentar ao docente da unidade curricular, em
dois dias úteis.
2 – Nos testes e exames finais só é admitida a entrada de estudantes até 30 minutos após a
hora marcada para o início da prova, devendo aqueles, no entanto, terminar a prova à hora
estipulada.
3 – O tempo de duração da prova e a cotação de cada questão constam, obrigatoriamente, do
respectivo enunciado.
4 – Os erros de forma e/ou de conteúdo no enunciado das provas que possam afectar a sua
resolução, isto é, que induzam o estudante em erro ou dificultem a resolução da questão de

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forma evidente, determinarão a atribuição da cotação total à questão em que os mesmos
foram detectados.
5 – As provas de exame são individuais e só podem ser utilizados, também individualmente,
meios de consulta autorizados. A não observância desta regra implica a anulação da prova.
6 – A anulação de uma prova deve ser justificada por parte do(s) docente(s) ao professor
coordenador da área científica ou grupo disciplinar, com conhecimento ao Conselho
Directivo.
7 – Os estudantes que desejarem desistir deverão declará-lo por escrito, assinando, na própria
prova em todas as folhas.
8 – Durante os primeiros 30 minutos da prova, nenhum estudante poderá abandonar a sala.

Secção II
Classificação Final

Artigo 18.º
Cálculo da classificação final

A classificação final do curso é a média aritmética ponderada, arredondada às unidades


(considerando como unidade a fracção não inferior a cinco décimas), das classificações das
unidades curriculares que integram o plano de estudos, de acordo com os ECTS aprovados
para o Plano de Curso.

Artigo 19.º
Melhoria de nota

1 – Os estudantes aprovados, independentemente do regime de avaliação em que obtiveram


aprovação, podem requerer, nos prazos fixados no calendário escolar, exame para melhoria
de nota. Prevalece sempre a classificação mais elevada.
2 – À melhoria de nota aplica-se o disposto no “Regulamento de Melhoria de Nota” em vigor
no Instituto Politécnico do Porto.

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CAPÍTULO IV
Disposições finais

Artigo 20.º
Consulta de provas

Os estudantes têm direito a consultar as suas provas de avaliação depois de corrigidas e


classificadas, nos termos previstos nos Regulamentos e Resoluções do Instituto Politécnico do
Porto.

Artigo 21.º
Reconhecimento e Creditação/Certificação de Competências

Os estudantes que tenham obtido aproveitamento em unidades curriculares de cursos de outros


estabelecimentos de ensino superior ou que possuam experiência profissional comprovada
numa determinada área científica podem solicitar a respectiva creditação, nos termos e prazos
estabelecidos pelo IPP.

Artigo 22.º
Entrada em vigor

O presente regulamento entra em vigor imediatamente após a sua publicação.

Artigo 23.º
Norma revogatória

É revogado o Regulamento de Inscrição, Frequência e Avaliação que se encontrava em vigor


até à data da publicitação do presente Regulamento.

ISCAP, 12 de Fevereiro de 2009


A Presidente do Conselho Científico,

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Cristina Pinto da Silva

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