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Prefácio:

Naquela terra, Terra de Hades, existem muitos povos todos em guerra entre si. Os
clãs cuja tradição bélica é mais sangrenta são os lobisomens e vampiros. Estes são
conhecidos pelo ódio mútuo, nunca permita que dois membros destes clãs se encontrem.
No meio de tanto ódio uma pequena civilização luta para manter-se: os seres
humanos. Criaturas fracas, porém muito inteligentes, constroem pequenos vilarejos de
camponeses que plantam e criam para a própria subsistência. Cada um desses vilarejos é
administrado por um oráculo. Ele toma as decisões para o desenvolvimento das aldeias
e às vezes os habitantes os pedem ajuda relacionada à sua vida pessoal, apesar de ajudar
no segundo caso não foi registrado nenhum caso que um oráculo tenha se envolvido
ativamente na vida de um dos habitantes da vila. Mas sempre existem as, muito bem
guardadas, cidades, onde pode-se obter uma variedade maior de suprimentos e
mercadorias.
As criaturas poderosas da Terra de Hades possuem um ponto fraco em comum,
todos carregam um rubi que guarda sua alma fora do corpo. Já acreditou-se que isso
concedia a eles a imortalidade característica, mas os lobisomens e centauros derrubaram
a teoria. Outra lenda importante que gira em torno deste rubi é que se um humano, uma
criatura que não possui rubi, puder possuir um destes controlará seu dono. Mas
ninguém conseguiu voltar vivo para confirmar o dito.
Nossa história começa no vilarejo de “Holystone” que se localiza na fronteira de dois
grupos rivais: “Luna Llena” e “Blotignacht”, o que prejudica muito os habitantes, afinal,
apesar dos ataques a humanos serem ocasionais e alternados entre animais, são comuns
causando pesar e medo.
Nosso protagonista humano é um adolescente chamado Taran Hansen, órfão de pai
muito preguiçoso e sonhador. Seu passatempo preferido é explorar as florestas que
rodeiam a vila, ignorando os protestos da mãe e de Virgínia, o oráculo do seu vilarejo.
Nestas caminhadas ele testemunhou muitas lutas de vampiros e lobisomens. Seu lugar
preferido de descanso era um lago espelhado onde havia uma ninfa por quem se
apaixonou, Helena. Ele deliberou bastante consigo e decidiu declarar-se para ela. É
exatamente nesse ponto onde a história começa.
Capítulo 1: “Hora da Verdade”

Ele ouvia o próprio coração acelerado. Nunca o curto caminho até o lago fora tão longo e
custoso. Nunca o silêncio da trilha pareceu-lhe tão perturbador. Ele carregava uma margarida. Ela
adorava essas flores, por isso ele iria presenteá-la com uma. Passara a toda a noite anterior
pensando nisso e havia decidido que iria se declarar a ela. Iria revelar seus verdadeiros
sentimentos. Iria partilhar com ela esse sentimento maravilhoso. Ele iria dizer que a amava!
Ele respirou fundo enquanto atravessava a parede de junco que beirava a fonte natural
espelhada onde havia marcado com Helena. Chegara na hora exata. Havia lá uma pedra que
invadia a borda do laguinho, fazendo uma espécie de banco para quem quisesse lá ficar. Foi onde
ele sentou para esperar. Olhava para baixo e percebeu o próprio reflexo na água espelhada. Nada
se enxergava abaixo da superfície da água escura. Alguns minutos, que pareciam agulhas nos
poros do rapaz, se passaram. Nada dela. Nunca foi de seu feitio demorar-se, mas agora ela estava
quase uma hora atrasada. Taran brincava distraidamente com um galho que encontrara por ali,
lanceando inimigos invisíveis e desviando de seus golpes como se fosse um guerreiro militar numa
guerra. Tinha certas habilidades bélicas, mas ainda tinha muito a aprender. Estava suado devido
ao exercício. Ele caminhou na direção do lago e lavou o rosto com sua água. O mais estranho era
que a água que, no lago, era negra como piche, nas mãos de Taran ficava completamente
cristalina. O frio da água fundiu-se como vento de outono causando um arrepio nele. Logo, na
água, começou a emergir uma linda mulher. Sua pele azulada somada a sua beleza sobrenatural
confirmava que ela não era humana.
“Taran! Há quanto tempo você está aqui? Por favor, que não seja muito... Eu estava dando uma
explorada e tive que parar porque me perdi. Depois eu parei de novo porque tive que falar com
uma pessoa... Só que levou mais tempo do que eu imaginava. Quando eu percebi já estava muito
atrasada e vim correndo por um atalho... Mas acabei me perdendo novamente!”
Ela falava e gesticulava freneticamente, rápido o suficiente para qualquer pessoa se perder,
menos ele. Taran a observava com uma atenção não reservada para nada além da sua voz, seus
gestos, seu corpo. Ele observava cada traço e expressão como se sua vida fosse somente aquilo.
Quando ela finalmente parou de falar ele rapidamente estendeu-lhe a flor. Ela o ficou
encarando, confusa, por longos segundos. Ele enrubesceu e respirou fundo. Quando abriu a boca
para falar Helena colocou um dedo delicadamente sobre seus lábios para impedi-lo. Ela se
aproximou e tocou os lábios dele com os dela. Taran retribuiu o beijo e a envolveu com seus
braços.
Agora vamos ter um lapso de tempo na historia, hoje é lua cheia, a época em que acontecem
as batalhas mais destacadas entre os lobisomens e vampiros da região, conseqüentemente
aumentando a incidência de mortes consideravelmente. Por isso todas as cercas, paredes e muros
deveriam ser consertados, se não na semana anterior durante os dias. Taran deveria estar
ajudando seu irmão mais velho Dwaine a executar essas tarefas, mas ele fugiu para ficar com
Helena. O estão procurando, claro, mas se recusam a entrar na floresta. O toque de recolher era
ao pôr-do-sol.
De volta a historia. Já era noite, e a lua, não fazia muito tempo, havia aparecido no topo das
arvores. O cenário de uivos era macabro, terrivelmente macabro, mas Taran o havia percebido
quando se afastou de Helena, com grande pesar devo acrescentar. Ele concluiu que a amava, mas
não esperava nada de uma ninfa. Mas ela acabava de mostrar que, no mínimo, ela se interessava
por ele. Nunca se imaginara sentindo-se dessa maneira por uma mulher. Mas Helena não era uma
mulher, ele lembrou, era uma ninfa. Mais um uivo. Era estranho o fato de eles parecerem tão
expressivos, esse parecia um chamado de batalha, um aviso aos inimigos. Um arrepio desceu pela
espinha de Taran quando ele se lembrou que não estava portando o crucifixo de prata que ganhara
de seu pai quando ele ainda vivia. A conclusão era que ele estava completamente indefeso. “Idiota”
ele berrou. O eco gerado pelo grito foi alto e silenciou tudo em torno. Ele correu, sabia que se
encontrasse alguma criatura ele não teria chance nem de saber qual era. Nessa fase da lua
ambos, tanto lobisomens quanto vampiros, pareciam ficar mais esfomeados que o normal e
atacavam qualquer ser humano que chegasse na sua faixa de visão, que não era pouca, afinal
ambos tinham todos os cinco sentidos mais de vinte vezes maiores do que os dos seres humanos
normais.
Ele não demorou para ouvir uma luta se aproximando, rápido demais. Ele correu e se escondeu
embaixo das raízes de uma arvore sem pensar que não tinha saída dali. Os dois lutadores faziam
um enorme estardalhaço, quebrando galhos entre rugidos e sibilos. De repente uma figura
humanóide veio voando de costas, encontrando uma arvore que quebrou ao meio com o impacto.
A figura era pequena, mas, de alguma forma foi capaz de levantar assim que atingiu o chão e deu
um pulo no seu atacante que tranqüilamente poderia ter mais de dois metros e meio de altura, essa
figura parecia um urso enorme de pé. Mesmo grande, o adversário era ágil, quando a figura
pequena pulou mirando sua garganta ele desviou e encaixou um golpe direto na coluna lombar. A
figura pequena soltou um gemido sufocado e a figura grande urrou de prazer. A luta foi se movendo
conforme um desviava dos golpes do outro até uma brecha com luz entre as arvores e Taran pode
vê-los. Um era um lobo gigantesco, obviamente um lobisomem na forma animal, e estava coberto
com sangue, o outro era impossível de ser ver, tal a velocidade em que se movia, parecia saber
que velocidade era a arma para vencer o enorme oponente.
Taran estava hipnotizado e aterrorizado com tais oponentes, principalmente porque ele teria
que passar pelo vencedor e as alternativas não eram muito empolgantes. Novamente o vulto
menor foi atirado longe, dessa vez para a direção onde Taran estava escondido. Ele só teve tempo
para se encolher enquanto a arvore parecia ceder o deixando quase descoberto. O vulto acabou
aterrissando muito perto das raízes. Taran se sentia um animal encurralado, sorte sua que a figura
nem ao menos olhou na sua direção. Uma coisa brilhante acabou escorregando na sua direção,
ela emanava um brilho pálido. Taran, quase sem escolha, a guardou e descobriu que vinha numa
corrente, mas ele não pode ver muita coisa na sombra do buraco. O vulto novamente levantou
sobre humanamente rápido e correu na direção do lobo, fazendo círculos em volta dos seus pés. O
lobisomem, tonto, atacou em quase todas as direções. Quando Taran percebeu a pequena figura
estava montada nos ombros do enorme lobo, que se apoiava com as quatro patas no chão. A mão
partiu para a jugular e o sangue jorrou livre. Conclusivamente a pequena figura era um vampiro
que apreciou o jorro quente, foi uma espécie de premio. O corpanzil perdeu o equilíbrio e caiu
inerte no chão iluminado pela lua.
Taran imaginava as maneiras de se proteger desse inimigo quase invencível e não via muitas
possibilidades. O sol ainda iria demorar muitas horas para sair, era impossível dele cortar qualquer
parte do corpo, especialmente a cabeça, e cravar uma estaca no coração estava fora de questão.
O vampiro lambeu as garras que usara para perfurar a garganta do oponente com extremo
deleite. O humano podia apenas olhar enquanto ele se voltava lentamente na sua direção. Um par
de olhos muito vermelhos o encarou malignamente, eles brilhavam na luz da lua. Taran viu uma
fileira de dentes muito brancos se destacarem no rosto escondido pelas sombras noturnas. Ele
ficou aterrorizado quando a criatura, muito ciente de sua presença, começou a caminhar na direção
da arvore arrancada. Conforme a figura se aproximava graciosamente ele pode ver que se tratava
de uma mulher jovem, muito jovem. Se fosse humana ele diria que ela não passava de dezenove
anos, mas, do corpo, ele não conseguia ver mais que a altura baixa dela, mais ou menos um metro
e cinqüenta de altura. Ela parecia encará-lo como se dissesse “lanche”, mas ela nada fez para ele,
apenas sorriu. Sem aviso ela levantou os braços para o ar e abriu suas asas, cada uma com o seu
tamanho, e alçou vôo para o céu noturno.
Com um suspiro sonoro de alivio Taran levou mais tempo do que gostaria para ter força
suficiente nas pernas para poder caminhar até em casa. Mesmo não estando ansioso para chegar,
ele correu.
A pequena cabana era feita de tijolos e madeira. Havia janelas em todas as laterais para poupar
as lanternas de óleo. Ele entrou pela porta dos fundos, direto na cozinha de azulejos brancos. Uma
pessoa estava sentada numa cadeira no canto. Ele sentiu um calafrio ao reconhecê-la.
Se desejava que seu atraso passasse despercebido acabou apenas desejando mesmo. Sua
mãe estava desesperada agarrada numa xícara de chá preto que tremia. A encarada que ele
recebeu foi brutal, um misto de raiva e medo. Mas ela não gritou com ele nem uma vez. O que
também não foi necessário graças à rispidez na sua voz. Taran percebeu que a havia magoado
muito. Foi para o quarto pedindo perdão e sem obter resposta.
Antes de dormir ele analisou detalhadamente o que havia pego. Era uma corrente prateada –
que ele tinha certeza ser prata pura – muito fina com um pingente, um pequeno pentagrama, talvez
do tamanho de uma tampa de garrafa, trabalhado cuidadosamente. No centro da estrela brilhava
uma pedra vermelho-sangue, combinado com os olhos da dona. Uma linha fina fazia uma pequena
escrita na lateral interna do pingente, mas ele não a viu, a palavra era um nome: Vanessa.
Um uivo pode ser ouvido do lado externo da janela e um arrepio passou pela espinha do rapaz.
Ele podia ter morrido. Não entendeu o porquê dela não tê-lo matado, mas agradeceu sonoramente.
Mais um uivo. Alguma coisa dizia a Taran que os lobisomens estavam retirando-se, mas ele não
conseguiu chegar a uma conclusão sobre o motivo de isso estar acontecendo tão cedo,
normalmente as batalhas se seguiam até quase alvorecer. Mas resolveu não pensar muito sobre
isso. Ele se virou e pegou no sono logo.
Mas ele não o único que voltou tarde aquela noite. Não muito longe dali uma, uma jovem
vampira tentava não fazer ruído enquanto invadia sua casa pela lareira belamente adornada.
Tossiu um pouco devido à fuligem e penetrou na escuridão mórbida do ambiente. Aliás, mórbida
para um humano, porque ela enxergava perfeitamente um calombo descansando numa poltrona
bem na sua frente. Sentiu um arrepio subir quando os pequenos olhos brancos, antes fechados,
abriam lentamente. Ela xingou mentalmente enquanto o garoto enchia os pulmões de ar. Qualquer
tentativa de pará-lo agora seria inútil, já era tarde demais.
“Mãe!” a voz aguda e infantil de um menino ecoou na mansão. “A Vanessa voltou!” ele encarou-
a com um sorriso de deleite. Ela sorriu de volta, mas na sua mente pensava em formas de aniquilá-
lo e fazer parecer um acidente.
Mal ele terminara a frase, sua mãe a contemplava de frente.
“Então Vanessa, matou muitos lobisomens é? Tu tens idéia da preocupação que eu tive? Hein?
Por que, meu Deus amado, tu não permites que teus primos lutem e ficas em casa? Sabes que
sem seu pai... -“
“Eu sei me proteger, Irina.” Ela cortou. Sempre chamava a mãe pelo nome quando não estava
satisfeita.
“Mesmo sendo filha dele eu não sei se é forte o suficiente - e mesmo sendo – eu não permitirei
que corra tal risco! Agora: vá banhar-se. Tu estás coberta de sangue.” Ela adicionou.
A vampira mais jovem, sem opção, girou nos calcanhares e foi até a escada. Quando estava no
meio do caminho sua mãe comentou “Não vá na próxima lua cheia. Se fores mandarei Pierre te
buscar.” Ela estremeceu com o nome e segui seu caminho.
O corredor longo era repleto de portas pesadas de mogno e as paredes eram pedra fria. Nos
intervalos havia belas tapeçarias que cobriam as pedras intercalando-se com quadros antigos de
ricas molduras douradas. As figuras pintadas, teoricamente eram estáticas, mas seus olhos davam
a impressão de seguir que estivesse no corredor. Os passos dados ecoavam no silêncio.
Ela abriu o pesado trinco da porta do banheiro de mármore. As paredes brancas refletiam a luz
das lâmpadas no teto. Uma banheira esperava por ela do outro lado do aposento. O vapor tomara
conta do lugar, deixando o ar quente e úmido. Com um suspiro de prazer ela despiu-se e deixou as
roupas penduradas em ganchos na parede para serem levadas pelos criados, os fantasmas.
Entrou na água quente e sentiu todo o seu corpo arrepiando. Ela mergulhou no primeiro
momento, permanecendo assim alguns minutos enquanto sentia o sangue amolecer. Ela não
precisava respirar com a mesma freqüência que um ser humano. Ela emergiu respirando fundo.
Levou a mão ao pescoço e notou a falta de algo. Não havia mais corrente nenhuma ali! Ela correu
para procurar nas suas roupas como sempre fazia quando isso acontecia, mas elas não estavam
mais lá. Ela respirou fundo. Isso acontecia bastante, pois a corrente era mais larga que sua cabeça
então enganchava nas roupas e era levada por acidente. Respirou fundo e tentou relaxar. Voltou
para a banheira e tentou não pensar mais nisso. Terminou de lavar-se tentando desesperadamente
se acalmar.
Vestiu a camisola branca leve deixada para ela e saiu para o corredor. Entrou na porta na sua
diagonal direita para seu quarto. Ele não contrastava muito com o resto da casa, era um aposento
feito com pedras nuas e com uma cama de casal muito grande como elemento central. Ela possuía
um dossel com cortinas leves que ondulavam com o vento que vinha da porta aberta que dava
numa sacada. Claro que ela poderia ter tentado entrar por ali, mas tinha certeza que a havia
trancado quando saiu. Ela se aproximou para fechar e observou as nuvens de chuva cobrir as
estrelas e a lua. De acordo com um acordo antigo feito por vampiros e lobisomens daquele lugar
eles só poderiam guerrear sob a luz da lua cheia. Claro, mortes isoladas em outras datas não
foram estritamente proibidas.
Não demorou para ouvir os uivos de retirada dos inimigos e sorriu. Não perdera muita coisa
afinal. Um tempo depois viu as sombras negras se aproximando, eram seu tio, seus primos e
algumas parceiras que voltavam das intermináveis batalhas para descansar. Eles se aproximaram
da casa e um se desviou. Ela mal viu quando um vampiro jovem apareceu na sua frente.
“Boa noite, Vanessa” ele cumprimentou. Ela não respondeu apenas se virou e entrou no quarto,
tentando fechar a porta antes que ele entrasse, sem sucesso.
“Tu ‘ta’ coberto de sangue Pierre...” ela disse.
“O que posso fazer? Eu me diverti muito essa noite...” ele respondeu.
“Vá tomar um banho e depois venha dormir está bem? Ou não venha não me interessa. E não
me olhe desse jeito, infelizmente vou ter que te agüentar pela eternidade, então tu ‘tem’ muito
tempo... nada que me disser vai me fazer mudar de idéia”
“Ah... eu tinha separado frases tão bonitas pra te dizer essa noite.” Ele fez uma cara fingida de
decepção. "Qual é a luz que brilha através daquela janela? É o Oriente, e Julieta é o Sol. Ergue-te,
ó Sol resplandecente, e mata a Lua invejosa, que já está fraca e pálida de dor ao ver que tu, sua
sacerdotiza, és muito mais bela do que ela própria.*”
“Cala a boca!” ela disse ríspida. Não era que ela não gostasse um pouquinho dele, mas não iria
facilitar, pois não estava nem um pouco satisfeita que ele podia sair e para batalhar e ela não. Ele
saiu fingindo mal, estar ofendido.
Ela fechou a cara e foi para a cama. Odiava o fato dos noivados de vampiros serem forçados e
mais ainda o do seu ter sido antecipado.
Sua espécie não precisava dormir em intervalos frequentes, mas era um hábito comum. Ela
deixou a inconsciência leva-la para um par de olhos castanhos e assustados vistos naquela noite.
Aquela criaturinha teve sorte de ela estar precisando não ser descoberta, senão ela teria se
divertido muito mais com ele. Riu da possibilidade. A ultima coisa que ouviu antes de pegar
completamente no sono foi o som agudo de um morcego passando voando pela sua janela.
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*William Shakespere, “Romeu e Julieta” Ato II - Cena II

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