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Ata

Dia 25/03/2010 foi realizada na Escola de Saúde Pública de Minas Gerais,


situada à Av. Augusto de Lima, 2061 - Barro Preto - Belo Horizonte - MG , às 09 horas
a reunião para discussão de propostas sobre saúde mental da criança e do adolescentes
para serem levadas às Conferências de Saúde Mental. Estiveram presentes: Giselle
Amorim (Coordenação Municipal de Saúde Mental de Belo Horizonte), Maria Cristina
Abrantes (Coordenação Municipal de Saúde Mental de Ipatinga), Marilena Soares
(CAPS i de Janaúba), Denise Aguiar (CAPS II de São Sebastião do Paraíso), Larissa
Künsch (Coordenação Municipal de Saúde Mental de João Monlevade), Eliane Frade
(CAPS i de Itabira), Luciana Leão Moreira (CAPS i de Itabira), Ludmila Parreiras de
Paulo (Núcleo de Atenção à Criança - Ipatinga), Giselle Carneiro de Mendonça (CAPS
I de Buritizeiros), Eunice Araújo Porto (Referência técnica de saúde mental da GRS
Pedra Azul), Lilliam Maria Soares Silveira (CAPS I de Pedra Azul), Juliana Daher
( CERSAMi de Belo Horizonte), Eliana Inácia Vidal ( NASF Ipatinga), Sonale Nunes
(CAPS i de Santa Luzia), Ângela Patrícia de Souza ( CAPS i de Santa Luzia), Márcio
Rocha Damasceno (Ipanema – GRS Manhumirim), Ariane Pires de Carvalho (Córrego
do Bom Jesus), Fernanda Flávia Ferreira (Córrego do Bom Jesus), Elma Fernanda
Medeiros Barros (CAPS II de Montes Claros), Daniela de Melo (CAPS i de Ribeirão
das Neves), Luciene Regina Guedes (CAPS i de Sete Lagoas), Bianca Côrtes (CAPS i e
Coordenação Municipal de Saúde Mental de Betim), Rodrigo Chaves Nogueira (CAPS i
de Betim e Coordenação Municipal de Saúde Mental de Brumadinho), Gerusa Hellians
(NASF e ambulatório de saúde mental infanto-juvenil de Brumadinho), Scheila Cristina
M. dos Reis (Coordenação Municipal de Saúde Mental de Santa Rita do Sapucaí),
Mauro Tavares Paes ( atenção primária de Jacinto), Isabela Macedo (ESP-MG GPT de
saúde mental) e Cláudia Guimarães (Referência Técnica de Saúde Mental da Criança e
do Adolescente/ Coordenação Estadual de Saúde Mental). Após a apresentação dos
presentes foram relembradas as recomendações oriundas da II Reunião do Fórum
Estadual de Saúde Mental da Criança e do Adolescente, e, em seguida os participantes
levantaram propostas para as Conferências de saúde mental com base na atual situação
da atenção em saúde mental da criança e do adolescente no estado de Minas Gerais. A
reunião teve como resultado um consolidado de propostas (anexo) com objetivo de
subsidiar as discussões e proposições a serem realizadas nas Conferências Municipais/
Regionais, Estadual e Nacional de Saúde Mental. Nada mais havendo a tratar, eu,
Cláudia, lavrei esta ata.
ANEXO

Propostas para a Gestão Municipal (estas propostas são gerais, norteadoras, porém
cada município deve elaborá-las de acordo com suas especificidades)

Ampliar e consolidar a rede de saúde mental infanto-juvenil do município, em


consonância com os princípios do SUS e da Reforma Psiquiátrica, levando em
consideração os recursos locais existentes (serviços/ dispositivos da saúde em
geral, saúde mental, assistência social, cultura, esportes e lazer conselho tutelar,
juizado da infância e juventude, dentre outros) e, considerando a necessidade de
implantação de outros serviços de saúde mental conforme particularidades do
município (CAPS i, CAPS ad, mais profissionais de saúde mental infanto-juvenil
na atenção primária, etc);
• implantar equipes mínimas de saúde mental infanto-juvenil na atenção
primária, de forma que atuem como suporte ao pós crise e favoreçam a
cobertura de atenção em saúde mental à crianças e adolescentes;
• Manter, potencializar e qualificar as ações de matriciamento em saúde mental
infanto-juvenil como meio de formação e de responsabilização da atenção
primária pelos casos de saúde mental de crianças e adolescentes;
• Implantar Política Municipal Intersetorial para os usuários de Álcool e Outras
Drogas, coerente com os princípios da Reforma Psiquiátrica, da Política do
Ministério da Saúde para Atenção Integral a Usuários de Álcool e Outras
Drogas e do SUS, focando, inclusive, a população infanto-juvenil, com garantia
de abertura de leitos pediátricos e clínicos em hospital geral, em conformidade
com o Estatuto da Criança e do Adolescente, qualificação dos trabalhadores da
atenção primária (saúde mental, saúde da família e profissionais de apoio), e
dos hospitais gerais;
Que o Coordenador municipal de saúde mental exerça exclusivamente esta função,
sem acumular com a de coordenador de CAPS ou de outro serviço,
especialmente em municípios maiores, de modo que possa atuar com qualidade
na gestão da política de saúde mental do município, englobando a saúde mental
da criança e do adolescente e atenção a usuários e álcool e outras drogas;
• Que a assistência social do município garanta o direito de moradia de crianças
e adolescentes em caso de vulnerabilidade social e abrigo em caso de
afastamento do convívio familiar;
• Que a segurança publica garanta proteção a crianças e adolescentes em risco
de vida e/ou ameaça de violência;
• Implantar Centros de Convivência, Casas de Cultura, Oficinas de Geração de
Renda, Projetos de esporte, lazer e cultura com foco nos adolescentes e
crianças, em especial autistas e usuários de álcool e outras drogas;
• Criar leitos pediátricos e clínicos em hospitais gerais para atenção integral à
crianças e adolescentes portadores de sofrimento mental e para usuários de
álcool e outras drogas, sempre em conformidade com o Estatuto da Criança e
do Adolescente;
• Criar dos Fórum Intersetorial de Saúde Mental;
• Criar Fórum Intersetorial de Assistência à Criança e ao Adolescente;
• Garantir a atenção integral à saúde dos adolescentes em cumprimento de
medidas sócio-educativas de privação de liberdade, conforme determina o
Plano Operativo Estadual (POE).
Propostas para a Gestão Estadual:

• Ampliar da cobertura de CAPS i no estado, passando do atual número de 10


serviços para 55, conforme estudo realizado pela Coordenação Estadual de
Saúde Mental com base em parâmetros territoriais e populacionais.
Priorizando-se áreas descobertas e de risco;
• Incentivar a implantação de equipes mínimas de saúde mental infanto-juvenil
na atenção primária, atuando como suporte ao pós crise e favorecendo a
cobertura de atenção nos municípios menores;
• Incentivar ações de matriciamento em saúde mental infanto-juvenil como meio
de formação e de responsabilização da atenção primária pelos casos de saúde
mental de crianças e adolescentes;
• Difundir e estimular a implantação nos municípios de iniciativas nos moldes do
Arte da Saúde;
• Instituir incentivo financeiro estadual para implantação e manutenção dos
CAPSi;
• Criar a Linha Guia para a atenção à Saúde Mental da Criança e do
Adolescente, contendo temas como autismo, intervenção a tempo, álcool e
outras drogas, urgência e emergência, etc.
• Garantir a reunião semestral do fórum estadual de saúde mental da infância e
adolescência
• Garantir financiamento para Centros de Convivência, Projetos de esporte, lazer
e cultura com foco na população infanto-juvenil;
• Incentivar a criação pelos municípios de leitos pediátricos e clínicos em
hospitais gerais para atenção integral à crianças e adolescentes portadores de
sofrimento mental e para usuários de álcool e outras drogas, sempre em
conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente;
• Garantir incentivo financeiro para educação continuada em Saúde mental da
criança e do adolescente.
• Garantir a atenção integral à saúde dos adolescentes em cumprimento de
medidas sócio-educativas de privação de liberdade, conforme determina o
Plano Operativo Estadual (POE).
• Promover ações de mobilização e orientação junto aos juízes e Ministério
Público sobre a Política Nacional de Saúde Mental e Política do Ministério da
Saúde para Atenção Integral a Usuários de Álcool e Outras Drogas.

Propostas para a Gestão Federal:

• Instituir, através de portaria ministerial, forma de remuneração e incentivo à


implantação de Centros de Convivência, Projetos de esporte, lazer e cultura
com foco na população infanto-juvenil;
• Garantir financiamento de leitos pediátricos e clínicos em hospital geral, em
conformidade com o Estatuto da Criança e do Adolescente, para atenção
integral às crianças e adolescentes portadores de sofrimento mental e para
usuários de álcool e outras drogas,
• Garantir incentivo financeiro para educação continuada em saúde mental
infanto-juvenil.
• Regulamentação da EC29
• Considerar, para credenciamento de CAPS i, as pactuações microrregionais,
visto que a maioria dos municípios brasileiros possui população inferior a 20 mil
habitantes.

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