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ÍNDICE
1. EMISSÕES GASOSAS 1
1.1. MEDIDAS PARA REDUZIR AS SUBSTÂNCIAS TÓXICAS 2
1.2. ELEMENTOS QUÍMICOS, COMPONENTES E REACÇÕES 2
1.3. GASES DE ESCAPE, EMISSÕES E POLUENTES 3
1.4. EMISSÕES DO SISTEMA DE ESCAPE 3
1.5. SISTEMA POSITIVO DE VENTILAÇÃO DO CÁRTER 4
1.6. VENTILAÇÃO DO DEPÓSITO DE COMBUSTÍVEL 4
1.7. MOTORES A GASOLINA E DIESEL, COMPARAÇÃO DE POLUENTES 4
1.8. CONTROLO DAS EMISSÕES NOS MOTORES A GASOLINA 4
1.8.1. FORMAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA MISTURA 5
1.8.2. COMBUSTÃO 5
1.8.3. GASES DE ESCAPE DO PROCESSO DE COMBUSTÃO 5
1.8.4. SISTEMAS DE CONTROLO DE EMISSÃO 5
1.8.5. CORTE DE COMBUSTÍVEL NA DESACELERAÇÃO 5
1.8.6. IGNIÇÃO E COMBUSTÃO DA MISTURA 6
1.8.7. VÁLVULA EGR 6
1.8.8. GASES DE ESCAPE DA COMBUSTÃO, SISTEMA DE INJECÇÃO DE AR 6
1.8.9. CONVERSOR CATALÍTICO 7
1.8.10. CONVERSOR CATALÍTICO DE 3 VIAS 7
1.8.11. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO 7
1.8.12. INUTILIZAÇÃO DO CATALISADOR 8
1.8.13. CONTROLO “LAMBDA” 8
1.8.14. SUBIDA E DESCIDA DAS EMISSÕES NO CONVERSOR CATALÍTICO 9
1.9. GASES DE ESCAPE POR EVAPORAÇÃO E VAPORIZAÇÃO 10
1.9.1. VENTILAÇÃO POSITIVA DO CÁRTER 10
1.9.2. VENTILAÇÃO DO DEPÓSITO DE COMBUSTÍVEL 10
1.9.2.1. COMPONENTES 10
1.9.3. SISTEMA ELECTRÓNICO DE CONTROLO DE EMISSÃO POR
EVAPORAÇÃO 11
1.9.4. SISTEMA PNEUMÁTICO DE CONTROLO DE EMISSÃO POR
EVAPORAÇÃO 11
1.10. EMISSÕES GASOSAS EM MOTORES DIESEL 11
1.10.1. NOTAS INTRODUTÓRIAS 11
1.10.2. CARACTERIZAÇÃO DAS EMISSÕES GASOSAS 12
1.10.2.1. COMBUSTÍVEIS 12
1.10.2.2. PREPARAÇÃO DA MISTURA AR/COMBUSTÍVEL 12
1.10.2.3. COMBUSTÃO 12
1.10.2.4. CONSTITUIÇÃO DOS GASES DE ESCAPE DOS
MOTORES DIESEL 13
1.10.3. SISTEMAS DE CONTROLO EM EMISSÕES DE MOTORES DIESEL 14
1.10.3.1. ÁREA DE ACTUAÇÃO DO MOTOR 14
1.10.4. FORMAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DA MISTURA 14
1.10.4.1. PONTO DE INJECÇÃO 14
ÍNDICE
1.10.4.2. DURAÇÃO E LEI DA INJECÇÃO 15
1.10.4.3. PRESSÃO DA INJECÇÃO 16
1.10.5. SOBREALIMENTAÇÃO 16
1.10.6. COMBUSTÃO 16
1.10.6.1. DESENHO DA CÂMARA DE COMBUSTÃO 16
1.10.6.2. RELAÇÃO VOLUMÉTRICA DE COMPRESSÃO 16
1.10.6.3. AFINAÇÃO DAS VÁLVULAS DE ADMISSÃO E DE ESCAPE 17
1.10.6.4. RECIRCULAÇÃO DE GASES DE ESCAPE 17
1.10.7. TRATAMENTO SECUNDÁRIO DOS GASES DE ESCAPE 18
1.10.8. FILTRO PARA A FULIGEM 18
1.10.9. SEPARADOR ELÉCTRICO 20
1.10.10. CATALIZADOR 20
1.10.11. GASES DE ESCAPE DE EVAPORAÇÃO E VAPORIZAÇÃO 21
1.10.11.1. VENTILAÇÃO POSITIVA DO CÁRTER 21
1.10.11.2. VENTILAÇÃO DO DEPÓSITO DE COMBUSTÍVEL 21
1.10.12. AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS SISTEMAS DE CONTROLO DAS
EMISSÕES 21
1.10.13. TÉCNICAS DE ANÁLISE DE GASES DE ESCAPE 22
1.10.13.1. LEGISLAÇÃO ANTI-POLUIÇÃO 22
1.10.13.2. MÉTODOS DE ENSAIO 22
1.10.13.3. ENSAIOS DE HOMOLOGAÇÃO 23
1.10.13.4. CICLOS DE CONDUÇÃO E MÉTODOS DE TESTE 23
1.10.13.5. TESTES DE EMISSÕES DE FUMOS 25
1.10.14. APARELHOS DE MEDIDA 20
ÍNDICE
1. EMISSÕES GASOSAS
De acordo com as normas europeias, desde o inicio do
ano de 1993 todas as viaturas a gasolina à venda devem
superar um ensaio que garanta um baixo nivel de
emissões poluentes. Este ensaio só pode ser
ultrapassado por meio de um artifício no escape: uso de
um catalisador.
Os motores usados nos veículos geram gases de escape
quando queimam combustível para produzir trabalho.
Os gases de escape são também descritos como
emissões, querendo isto significar a expulsão de gases
em geral. Antes de passarem pelo catalisador, os gases
de escape são caracterizados como emissões em bruto.
A gasolina é altamente volátil e evapora à temperatura
ambiente, podendo formar-se gases tóxicos e explosivos.
Para o evitar, os vapores de combustível são recolhidos
num depósito de carvão e com o motor a trabalhar são
conduzidos através do sistema de admissão até aos
Fig. 2
cilindros, para a sua combustão.
1. Catalisador de três vias integrado no coletor de escape
2. Sensor de oxigénio (sonda lambda)
- injecção de ar secundário; N N a tr iu m A z o to
C C a rb o n e u m C a rb o n o
- injecção de ar secundário de impulso; H H y d r o g e n iu m H id r o g é n io
Características Motor a gasolina Motor Diesel O índice de octano (I.O.) é uma comparação entre a
capacidade anti-detonante da substância octano
Combustível Gasolina Gasóleo
(hidrocarboneto com alto poder anti-detonante, I.O. = 100)
Local da mistura Exterior da câmara de combustão Interior da câmara de combustão e a própria gasolina.
Controlo da mistura Quantitativa Qualitativa O índice de octano indica a capacidade anti-detonante
Sistema de ignição Exterior Interior
do combustível. Quanto maior for o valor deste índice,
maior é a capacidade do combustível resistir à detonação,
Ponto da ignição Controlável directamente Não controlável directamente
logo maior pode ser a taxa de compressão do motor.
Rendimento global Aproximadamente 25% Aproximadamente 35% Conseguindo-se uma taxa de compressão mais elevada
melhora-se o rendimento térmico do motor, isto é,
4 ESTUDO DAS EMISSÕES GASOSAS
assegura-se uma melhor utilização da energia durante o λ<1 indica mistura rica (o oxigénio disponível não chega
processo de combustão. para uma oxidação completa).
Note-se que o valor máximo da taxa de compressão está Exemplo: λ=0,8 corresponde a 14,7x0,8=11,76kg de ar
limitado pela capacidade do combustível resistir à para 1kg de gasolina.
detonação. Nos motores aspirados recentes, a taxa de
compressão atinge valores que variam entre 10:1 e 12:1. Combustão com diferentes valores de Lambda
Nos motores sobrealimentados, a taxa de compressão Zona A Maior potência, elevadas emissões de CO e
tem de ser inferior à utilizada para os motores aspirados, HC, elevado consumo de combustível
de modo a evitar sobrepressões muito elevadas, uma vez Zona B Reduzidas emissões de CO e HC, elevada
que o ar admitido já está comprimido. emissão de NOX, consumo favorável
Até há bem pouco tempo, o chumbo tinha sido utilizado Zona C Emissão reduzida de poluentes, consumo
para aumentar a capacidade anti-detonante do favorável, problemas térmicos
combustível. Nas gasolinas sem chumbo, este foi Ce Consumo específico de combustível (g/kW)
substituído, em larga escala, por outros aditivos. O
benzeno serviria os mesmos objectivos, mas é 1.8.3. Gases de escape do processo de combustão
extremamente caro e, além disso, altamente
cancerígeno.
Concepção
1. Filtro/silencioso do impulso de ar
2. Válvula de controlo de ar Fig. 12
3. Válvula de impulso de ar (unidireccional)
4. Solenóide de vácuo do ar secundário
5. Válvula de escape O corpo base do conversor catalítico é feito de cerâmica
6. Colector de escape ou material metálico, designado por monolito. O monolito
7. Colector de admissão
8. Borboleta do acelerador de cerâmica é conhecido por “tijolo”. Este monolito é
A. Vácuo do colector de admissão constituído por milhares de pequenos canais, através dos
B. Ar primário quais circulam os gases de escape. Sobre estes canais
encontram-se os elementos catalisadores (Platina, Ródio
1.8.9. CONVERSOR CATALÍTICO e Paládio). As superfícies rugosas são constituídas por
Um catalisador é uma substância que aumenta ou diminui óxido de Alumínio (AlO2).
a velocidade de uma reacção química, sem modificar a A área total da superfície é o resultado do factor de
temperatura da reacção ou o equilíbrio químico. O rugosidade em comprimento vezes a largura dos canais,
catalisador interfere na reacção mas mantém-se sem multiplicado pelo número destes. O resultado disto é uma
alterações quando a reacção fica concluída. A este efeito área teórica que corresponde à área de vários campos
do catalisador nas reacções químicas denomina-se de futebol.
catálise. Uma catálise positiva acelera a reacção química;
uma catálise negativa desacelera essa mesma reacção. Como a superfície de reacção fica destruída pela
precipitação do Tetraetileno de Chumbo, apenas se pode
Nos automóveis a catálise realiza-se no interior de uma utilizar gasolina sem chumbo.
panela de escape com elementos catalisadores no seu
interior. A catálise positiva é orientada para os três maiores O “tijolo” está acomodado com uma camada de fibra
poluentes, produzidos nos motores a gasolina, HC, CO intermédia flexível (fibra mineral ou rede metálica) num
e NOX Isto significa a conversão dos poluentes em alojamento de aço especial.
compostos inofensivos, antes de sairem pelo tubo de
escape. Os catalisadores utilizados para esta função
são a Platina, o Ródio e o Paládio. 1.8.11. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
1.8.10. CONVERSOR CATALÍTICO DE TRÊS VIAS
Fig. 13
Por forma a reduzir a expulsão de ácido sulfídrico para o Quando a mistura se torna mais pobre (por exemplo
mínimo possível, o teor de CO ao ralenti tem de encontrar- Lambda=1,05) a tensão desce para 200 mV.
se dentro dos valores limites definidos, de preferência os A tensão altera-se bruscamente quando o controlo se
mínimos. O sistema de controlo do motor tem de estar a aproxima do valor Lambda=1±0,05. Se o sensor de
funcionar correctamente. oxigénio assinala uma mistura rica à unidade de controlo
O catalisador envelhece térmicamente quando em uso. (U~0,9V), a mistura ar/combustível é imediatamente
Em especial durante os primeiros 6500 km, em média. regulada para pobre. Quando o sensor indica uma mistura
O processo de envelhecimento regular verifica-se à pobre (U~1,1V) à unidade de controlo, a mistura é
temperatura de funcionamento normal de 850ºC. A enriquecida. Este ciclo é repetido milhares de vezes
temperaturas superiores a 1000ºC, o processo de durante o funcionamento do motor.
envelhecimento torna-se mais rápido. A uma temperatura
superior ou igual a 1400ºC o favo de cerâmica derrete-
se. Isto torna-se evidente através da perda de potência
causada pela elevada resistência á passagem do fluxo
8 ESTUDO DAS EMISSÕES GASOSAS
Tal significa que o catalisador de três vias funciona com
uma relação de conversão de 95%, pois tem de haver
falta de oxigénio para reduzir o NOX, enquanto a oxidação
de CO e HC requer oxigénio livre. Sem uma alimentação
de combustível em circuito fechado, o catalisador de três
vias teria uma eficiência de apenas 70%.
A alimentação de combustível em circuito fechado permite
a formação de uma mistura ideal para a combustão, com
uma tolerância muito limitada de Lambda=1, (janela
lambda). Assim se consegue um baixo nível de emissões
gasosas.
Fig. 15
A. Mistura rica
B. Mistura pobre
C. Tolerância (mistura ideal)
D. Sinal do sensor em mV
Apenas um sistema fechado que não tenha qualquer Uma válvula de segurança de pressão está incluida no
espécie de ligação com o ar exterior pode satisfazer os tampão da gasolina. Esta válvula abre a uma pressão de
requisitos relacionados com uma eficiente redução da ± 0,3 bar. Alguns tipos de tampões são ainda dotadas de
emissão. válvulas de segurança de vácuo.
Fig. 20
Fig. 19 - Representação dum
motor com carburador 1. Válvula de segurança
2. Válvula de vácuo
1. Filtro de ar 3. Fechadura
2. Ligação ao filtro de ar 4. Bocal de enchimento
3. Separador de óleo 5. Anilha de vedação
4. Válvula
5. Ligação ao colector de A. Excesso de pressão
admissão B. Ar aspirado
Válvula de esfera
Função
Esta válvula assegura que não podem passar mais de 30
O ar primário é encaminhado desde o lado do ar limpo do gramas por minuto de gasolina pelo tampão, quando a
filtro de ar para a tampa das válvulas. Havendo um posição do veículo se altera na vertical para mais de 37º.
excesso de pressão nesta área, os gases não serão Nessa altura, a esfera fecha completamente o tubo de
libertados para a atmosfera, mas sim aspirados pelo ventilação.
motor, através do filtro de ar.
Os gases do cárter são encaminhados através do
separador de óleo (3) e da válvula (4) para o colector de
admissão (5).
O separador de óleo evita que as pequenas gotículas de
10 ESTUDO DAS EMISSÕES GASOSAS
1.9.4. SISTEMA PNEUMÁTICO DE CONTROLO DAS
EMISSÕES POR EVAPORAÇÃO
Fig. 21
1. Tubo de ventilação
2. Limitação do fluxo
3. Válvula de esfera aberta
4. Válvula de esfera fechada
Fig.31 - Consumo de combustível e emissões de poluentes em função da duração e do início da injecção (motor sobrealimentado com
pré-camara, velocidade de rotação de 1600 RPM e presão média de 4,11 Bar)
as=início da injecção em graus (º) de manivela antes do PMS.
1.10.6. COMBUSTÃO
1.10.6.1. DESENHO DA CÂMARA DE COMBUSTÃO
Durante o processo de injecção e o desenrolar da queima,
Fig. 32 - Consumo de combustível e produção de fumo negro em formam-se no interior da câmara, zonas de diferentes
função das emissões de óxido de azoto e da pressão de injecção.
(motor de injecção directa, regime de 1200RPM,pressão média relações ar combustível. Junto e na zona do jacto temos
efectiva de 16,2 bar). uma mistura rica e em zonas mais distantes uma mistura
as = início da injecção em graus (º) de manivela antes do PMS. pobre.
Este facto obriga a que tanto o desenho da camara como
1.10.4.4. INJECTORES a movimentação do ar e a distribuição do combustível
Um desenho otimizado das cabeças dos injectores, é sejam orientados de forma a conseguir-se a
fundamental para o desempenho correcto do processo homogeneidade possível.
de queima.
Em motores de injecção directa utilizamos injectores de 1.10.6.2. RELAÇÃO VOLUMÉTRICA DE
vários furos e em injecção indirecta os de furo único, com COMPRESSÃO
ou sem furo piloto.
Uma elevada compressão vai aumentar o rendimento
No que respeita ás emissões, temos o problema do
16 ESTUDO DAS EMISSÕES GASOSAS
térmico real do motor. No motores com reciclagem de gases de escape, temos
misturas de ar com estes gases a cargas parciais a fim
O motor Diesel não está sujeito ás mesmas limitações
de diminuirmos os óxidos de azoto. Com a mistura dos
do motor Otto no que respeita á detonação.
gases reduzimos a concentração de oxigénio na carga.
Podemos portanto aumentar a relação volumétrica de
Por outro lado a temperatura específica dos gases é
compressão tendo em atenção o aumento das cargas
superior á do ar. Estes dois factos contribuem para uma
mecânicas, mas igualmente o aumento da potencia do
diminuição da temperatura da queima.
motor, a diminuição do consumo específico de
combustível e da produção de CO e HC. O aumento da taxa de reciclagem vai diminuir a entrada
de ar fresco no motor e portanto o excesso de ar.
No entanto para taxas de reciclagem demasiadamente
1.10.6.3. AFINAÇÃO DAS VÁLVULAS DE ADMISSÃO
elevadas temos um acréscimo importante dos valores de
E DE ESCAPE
HC e CO (fig. 34).
Há semelhança dos motores Otto, o ponto das válvulas
A intenção de reduzirmos substancialmente as emissões
é definido para cada motor em particular. O seu valor
de óxidos de azoto por recicalgem de gases de escape
depende de entre outros parametros da velocidade dos
impõe uma adaptação precisa da quantidade de
gases e da rotação do motor.
combustível face ao volume de ar disponível a cargas
Inflencia assim a curva de binário e consequentemente parciais.
as emissões gasosas. Os critérios são idênticos aos
Na fig. 35 apresentamos um esquema do sistema de
usados para os motores Otto.
recirculação de gases de escape usado em automóveis
ligeiros, identico ao usado nos sistemas de injecção
1.10.6.4. RECIRCULAÇÃO DE GASES DE ESCAPE Diesel com comando electrónico.
Os motores Diesel funcionam normalmente sem Quando o motor se encontra á temperatura normal de
estrangulamento de ar na sua admissão. Com um excesso funcionamento e em carga parcial, temos uma taxa de
de ar importante o combustível arde sem problemas e a reciclagem que pode atingir um valor de 30% dos gases
produção de CO e fuligem é muito baixa. de escape, através da vávula EGR.
O excesso de ar diminui quando a quantidade de Quando a carga é máxima os gases não são reciclados
combustível injectado aumenta. Para cargas elevadas o por motivos de mantermos uma elevada perfomance. O
motor deve trabalhar com um excesso de ar mínimo módulo EGR controla todo o processo.
pois temos de rentabilizar o mais possível a cilindrada. O funcionamento do motor mantém-se bastante suave
A quantidade de combustível injectado deve ser sempre com este sistema diminuindo a violencia característica
de acordo com a massa de ar existente no motor. Nos do seu funcionamento.
motores sobrealimentados a quantidade de ar é limitada
pelo valor da pressão máxima de admissão.
Fig. 34 - Influencia da taxa de reciclagem dos gases de escape sobre as características dos motores
De acordo com o fabricante o sistema reduz as emissões O queimador regenerativo é alimentado com gasóleo e
da fuligem do motor Diesel à volta 95 a 99% e as emissões aquece a temperatura do ar de um soprador próprio a
de partículas em geral são reduzidas de 70%. valores da ordem dos 550ºC.
O sistema está disponível para motores de 40 a 400Kw. Finalmente na fig. 40, temos o filtro produzido por Ernst
Encontra-se actualmente aplicado em diversas viaturas Aparatebau. O fabricante especifica um valor de eficiencia
de transporte urbano. A sua aplicação para além das da ordem dos 95% e reclama igualmente uma diminuição
citadas viaturas, dirige-se a motores que trabalhem em do odor ds gases de escape bem como do ruído.As
ambientes fora do ar livre. emissões sonoras medidas indicaram valores inferiores
aos dos silenciosos convencionais. A construção é
O outro sistema apresentado foi desenvolvido pela
modular podendo ser adaptado a diversos tipos de veículos
Leistritz em conjunto com a MAN em 1990 (fig. 39), sendo
como carros, camiões, empilhadores e outro equipamento
constituído por dois filtros paralelos, com um sistema
sequencial de regeneração, que é controlada móvel.
electrónicamente e pode surgir a a qualquer instante
durante o funcionamento do motor.
Fig. 44 - Comparação dos motores Diesel e Gasolina em relação aos consumos de combustível e às emissões poluentes
Tipo A - Viatures ligeiras As condições de ensaio são simuladas num freio de rolos
ou no freio de potência. As emissões obtidas num período
Tipo B - Viaturas pesadas de funcionamento em freio são idênticas às obtidas em
Tipo C - Veículos fora de estrada e equipamento industrial estrada.
Tipo D - Velocidade constante Na figura 45 apresentamos os ciclos de condução, usados
em três diferentes locais: os Estados Unidos, a Europa
Tipo E - Aplicações marítimas
e o Japão. Todos os ciclos são usados para o teste em
Tipo F - Tracção ferroviária viaturas ligeiras.
Tipo G - Pequenos motores para diversas aplicações < Na figura 46 é apresentado o esquema de aquisição dos
20 Kw gases e o respectivo equipamento de medição. Este
método é apelidado de volume constante.
O volume de gases de escape é diluido com ar puro a fim
1.10.13.3. ENSAIOS DE HOMOLOGAÇÃO
de obtermos um volume constante de mistura.
Ensaio de homologação Europeu
Para os utilitários pesados, utiliza-se o teste em freio de
No caso dos países da CE, o contrôlo de gases de escape potência, chamado ciclo de condução CE R49 (fig. 47).
faz parte das análise efectuada ao veículo. No caso dos Esta teste tem vindo a ser adaptado com alguma
motores Diesel que equipam viaturas pesadas, é dificuldade à inclusão de medições sobre substâncias
efectuado o controlo sobre as seguintes emissões sólidas.
poluentes:
Hidrocarbonetos, monóxido de carbono, óxidos de azoto
e opacidade dos fumos
Ensaios em série
O construtor pode realizar os ensaios em série como
fazendo parte do seu “standart” de produção. Os serviços
de homologação podem no entanto efectuar mais ensaios
se o entenderem.
Uma diferença de energia absorvida dá origem a uma Determinação das emissões de fuligem
diferença de energia e de pressões entre as duas camaras Para a medição do teor de fuligem dos gases de escape
receptoras, a qual é transformada numa tensão eléctria de motores Diesel, a legislação actual prevê os métodos
porporcional á concentração do composto a medir. da filtragem e da absorção.
Análise dos óxidos de azoto Uma correlação existe entre este dois métodos se a
Para a medição dos óxidos de azoto recorre-se á medição efectuada pelo método da absorção é realizado
quiminulescência (fenómeno luminosos de origem em gases sem vapor de àgua nem óleo queimado.
química) produzida pela reacção do óxido de azoto NO Os resultados dos dois métodos variam numa proporção
com o ozono O3 (fig. 53) logarítmica com o aumento da concentração da fuligem.
O vaso de gás a medir contém o óxido de azoto produzido A utilização de aparelhos ópticos permite uma precisão
pela combustão no motor, o qual reage com o óxigenio de medição da ordem dos 10%. No caso do método de
residual contido nos gases de escape, formando outros filtragem é usado um disco filtro cujo escurecimento se
óxidos de azoto NO2 e N2O. Destes gases apenas em utiliza como escala.
relação ao NO2 podemos considerar um valor não
O aparelho de medida de absorção ou da opacidade utiliza
neglecenciável, sendo necessário proceder a uma
um fluxo luminoso para medir a concentração de fuligem.
redução térmica para se obter NO. A quiminulescência
Com a ajuda de um receptor luminoso o aparelho mede à
provocada pelo O3 , corresponde assim á totalidade do
saída de um tubo de fumos o feixe luminoso produzido
teor em óxidos de azoto.
por uma lampada colocada na entrada do tubo. A
absorção da luz pelos gases de escape na camara de
1. bomba de vácuo 2. filtro molecular 3. tubagem de referencia 4. regulador de débito 5. filtro 6. ar 7. oxigénio 8. gerador de O3 9.
capilar 10. camara de reacção 11. filtro óptico 12. fotomultiplicador 13. amplificador 14. fixador 15. gases de escape 16. conversor
de NO2 /NO
Leitura de resultados
Todas as medições efectuadas nos gases de escape são
afectadas por erros aleatórios (estáticos) e erros do
sistema . Os erros aleatórios podem ser eliminados pela
repetição das medidas efectuadas.
Os erros sistemáticos são preponderantes quando
apenas existe um equipamento disponível. A aparição
deste tipo de erro não pode muitas vezes ser limitado
pelo uso de meios suplementares (caso do freio de
28 ESTUDO DAS EMISSÕES GASOSAS