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2011: abrem-se as cortinas

Marcos Gouvêa de Souza (mgsouza@gsmd.com.br), diretor geral da GS&MD - Gouvêa de Sou


za
Um novo ciclo de profundas transformações aguarda o Brasil, como um todo, mas em par
ticular em sua economia, no mercado e no varejo.
O país inaugura um novo governo com a visão de consolidar o que expandiu nos últimos d
ez anos e pode ter a recuperação da economia dos países mais desenvolvidos como um fat
or adicional de pressão positiva para a continuidade do crescimento, recuperando o
nível das exportações, abalado no período da crise econômico-financeira internacional.
O mercado interno, beneficiado pela expansão conjugada do emprego, da renda, da of
erta de crédito e do índice de confiança do consumidor, mostra fôlego para a continuidad
e do ciclo de expansão, beneficiando em particular os segmentos de renda mais baix
a, que têm ampliado sua participação no potencial de consumo nacional. Sem que a forte
expansão dos últimos anos tenha impactado os níveis de inadimplência, apesar do forte c
rescimento das vendas a crédito. O que é um sintoma positivo da maturidade dos próprio
s consumidores e dos modelos de gestão, concessão e cobrança existentes no país.
A maior expectativa fica mesmo por conta do direcionamento do novo governo, que,
como é sabido, se quiser promover mudanças mais estruturais na economia, na socieda
de e no mercado, deverá fazê-las em seus primeiros meses, quando pode contar com uma
expressiva maioria no Congresso e ainda terá os benefícios do seu ciclo inicial e s
em o ônus do inevitável desgaste político que se seguirá, pois não se imagina que o que oc
orreu com Lula possa se repetir neste próximo ciclo.
Seria o momento adequado para promover transformações mais estruturais, desejadas e
necessárias para validar o passaporte para o futuro, se aproveitando do vento a fa
vor que continua a soprar e dos eventos e fatores que têm contribuído para essa situ
ação.
Nos aspectos mais táticos, o país encontra-se mergulhado num cenário de inebriante euf
oria e confiança, que tem se renovado pelo bom desempenho econômico e do resultado d
as empresas e pode assim permanecer ainda por um bom tempo, apesar do alerta dos
catastrofistas sobre a iminência de um ciclo de problemas no mercado financeiro e
com a economia global.
No setor de varejo, o fato de curto prazo mais marcante será, como ocorreu nos últim
os 99 anos, neste início de janeiro, em Nova York, mais uma edição da convenção anual da N
RF, em sua centésima edição, que promete ser marcada pela maior delegação brasileira já par
icipante desse evento, com estimados mais de 700 executivos, dirigentes e empresár
ios do setor.
A GS&MD – Gouvêa de Souza, com apoio do IDV – Instituto para o Desenvolvimento do Vare
jo e da ABF – Associação Brasileira de Franchising, coordenará a participação de perto de 2
0 pessoas, em sua maior participação, com diversos programas paralelos de visitas, d
ebates e atualização.
Ao se abrirem as cortinas de um novo ano, todos aqueles que atuam com foco no me
rcado interno, no consumo e no varejo têm significativas razões para acelerar seu ri
tmo de atuação para que possam se beneficiar da conjunção virtuosa de fatores, pois o fi
car parado não quer dizer estagnar, mas sim ficar para trás, dada a força propulsora d
o quadro atual.

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