Marcos Gouvêa de Souza (mgsouza@gsmd.com.br), diretor geral da GS&MD - Gouvêa de Sou
za Um novo ciclo de profundas transformações aguarda o Brasil, como um todo, mas em par ticular em sua economia, no mercado e no varejo. O país inaugura um novo governo com a visão de consolidar o que expandiu nos últimos d ez anos e pode ter a recuperação da economia dos países mais desenvolvidos como um fat or adicional de pressão positiva para a continuidade do crescimento, recuperando o nível das exportações, abalado no período da crise econômico-financeira internacional. O mercado interno, beneficiado pela expansão conjugada do emprego, da renda, da of erta de crédito e do índice de confiança do consumidor, mostra fôlego para a continuidad e do ciclo de expansão, beneficiando em particular os segmentos de renda mais baix a, que têm ampliado sua participação no potencial de consumo nacional. Sem que a forte expansão dos últimos anos tenha impactado os níveis de inadimplência, apesar do forte c rescimento das vendas a crédito. O que é um sintoma positivo da maturidade dos próprio s consumidores e dos modelos de gestão, concessão e cobrança existentes no país. A maior expectativa fica mesmo por conta do direcionamento do novo governo, que, como é sabido, se quiser promover mudanças mais estruturais na economia, na socieda de e no mercado, deverá fazê-las em seus primeiros meses, quando pode contar com uma expressiva maioria no Congresso e ainda terá os benefícios do seu ciclo inicial e s em o ônus do inevitável desgaste político que se seguirá, pois não se imagina que o que oc orreu com Lula possa se repetir neste próximo ciclo. Seria o momento adequado para promover transformações mais estruturais, desejadas e necessárias para validar o passaporte para o futuro, se aproveitando do vento a fa vor que continua a soprar e dos eventos e fatores que têm contribuído para essa situ ação. Nos aspectos mais táticos, o país encontra-se mergulhado num cenário de inebriante euf oria e confiança, que tem se renovado pelo bom desempenho econômico e do resultado d as empresas e pode assim permanecer ainda por um bom tempo, apesar do alerta dos catastrofistas sobre a iminência de um ciclo de problemas no mercado financeiro e com a economia global. No setor de varejo, o fato de curto prazo mais marcante será, como ocorreu nos últim os 99 anos, neste início de janeiro, em Nova York, mais uma edição da convenção anual da N RF, em sua centésima edição, que promete ser marcada pela maior delegação brasileira já par icipante desse evento, com estimados mais de 700 executivos, dirigentes e empresár ios do setor. A GS&MD – Gouvêa de Souza, com apoio do IDV – Instituto para o Desenvolvimento do Vare jo e da ABF – Associação Brasileira de Franchising, coordenará a participação de perto de 2 0 pessoas, em sua maior participação, com diversos programas paralelos de visitas, d ebates e atualização. Ao se abrirem as cortinas de um novo ano, todos aqueles que atuam com foco no me rcado interno, no consumo e no varejo têm significativas razões para acelerar seu ri tmo de atuação para que possam se beneficiar da conjunção virtuosa de fatores, pois o fi car parado não quer dizer estagnar, mas sim ficar para trás, dada a força propulsora d o quadro atual.