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Atividades diversificadas como proposta metodológica: eixos temáticos e

fases de desenvolvimento da criança

ATIVIDADES DIVERSIFICADAS COMO PROPOSTA METODOLÓGICA.

A escola é um espaço de ensino, aprendizagem e vivencia de


valores. Nela os indivíduos se socializam, brincam e experimentam a
convivência com a diversidade humana.
Por meio de uma ação planejada e refletida do professor no dia –a
–dia da sala de aula, a escola realiza seu maior objetivo: fazer com que
os alunos aprendam e adquiram o desejo de aprender cada vez mais e
com autonomia. Para atingir esse objetivo, é preciso focar a prática
pedagógica no desenvolvimento dosa alunos, o que significa observá-los
de perto, conhecê-los, compreender suas diferenças, demonstrar
interesse genuíno por eles, conhecer suas dificuldades e incentivar suas
potencialidades. As crianças atualmente vivem num mundo cheio de
informações, o que reforça a necessidade de sempre se estar atento e
de planejar as aulas / momentos de atividade com base em um
conhecimento sobre o que eles já sabem e o que precisam e desejam
saber.

Indicadores;

• A escola tem uma Proposta Pedagógica?


• A Proposta Pedagógica é construída coletivamente, há
participação efetiva dos educadores?
• A Proposta é avaliada e atualizada periodicamente?
• O Planejamento dos educadores é realizado
responsavelmente? Há troca de idéias entre os educadores
na elaboração do planejamento?
• O planejamento atua como um instrumento / recurso
metodológico, de fato?
• São usados diferentes recursos pedagógicos?
• O ambiente é organizado de acordo com o tipo de atividade
realizada e das necessidades que as crianças apresentam?

Essas questões contribuem para uma avaliação eficaz que


possibilite o replanejar e conseqüentemente pensar atividades
diversificadas como uma proposta metodológica que ofereça diferentes
possibilidades educativas para as crianças de forma prazerosa,
harmoniosa e criativa. A avaliação nesse sentido é vista como parte
integrante e fundamental do processo educativo. Por meio dela o
educador fica sabendo como está a aprendizagem de seus alunos e
obtém indícios para refletir e melhorar a sua própria prática pedagógica.
Um bom processo de ensino aprendizagem na escola inclui um a
avaliação inicial bem feita, para o planejamento poder tomar forma e
uma avaliação final em cada etapa de trabalho, portanto se constitui um
processo contínuo.
A avaliação aqui descrita é muito mais do que uma prova ou uma
observação final. Ela é processual, mediadora e deve acontecer em
vários momentos e situações, e de diversas formas. Uma boa avaliação
é aquela que oferece oportunidade do aluno aprender, avançar nos seus
conhecimentos.
Mas a avaliação não deve se deter apenas nos alunos. Avaliar a
escola como um todo e periodicamente é muito importante. E é
exatamente isso que os questionamentos acima possibilitam: apoiar e
instrumentalizar a escola e seus integrantes numa ação participativa,
para a melhoria da qualidade da escola.

PENSANDO AS QUESTÕES DE ORGANIZAÇÃO DAS AÇÕES DE


TRABALHO.

A organização detalhada dos materiais e propostas de atividades


diversificadas facilita a formação das crianças.

“ ... dois alunos são escolhidos como "ajudantes do dia". No canto da


classe, uma lista com os nomes dos ajudantes distribuídos pelos dias do
mês organiza a seleção. Quando a atividade termina, eles ganham a
incumbência de auxiliar a professora na arrumação.”
Mais do que trecho de um relatório essa é uma ação educativa que visa
à organização e a transmissão de atitudes e procedimentos. Além de a
iniciativa servir para desenvolver uma competência essencial na
Educação Infantil: a autonomia.

E como diz o RCN/EI

“As crianças constroem o conhecimento a partir das interações que


estabelecem com as outras pessoas e com o meio em que vivem. O
conhecimento não se constitui em cópia da realidade, mas sim, fruto de
um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação.”
(Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil. pág.21).

A aprendizagem é uma construção social que se dá mas múltiplas


interações estabelecidas pelos parceiros infantis e adultos em práticas
culturais concretas, portanto históricas, e que envolve a pessoa como
um todo. Para tanto cabe ao educador de infância:
• Acolher as perguntas, as respostas e os sentimentos da criança.
• Apresentar-lhe recursos, chamar sua atenção para certos objetos,
dar sugestões, explicações, fazer perguntas que interagem com os
motivos, os saberes e as capacidades da criança.
Educar a criança é criar condições para que ela possa se apropriar de
significações e de modos de agir presentes em seu meio social
constituindo-se como sujeito histórico ao desenvolver sua afetividade,
motricidade, imaginação, raciocínio, linguagem e autoconceito.
Uma escola de educação Infantil preocupada com isso precisa
saber:
- De quais atividades as crianças participam nas creches e pré-
escolas? Quais os objetivos? O que queremos despertar?
- Como acontecem as interações das crianças entre si e com os
adultos?
- Como mediar o mergulho dos envolvidos na cultura e alimentar a
capacidade criativa?

A resposta é a construção de uma proposta pedagógica que possa


ser uma trajetória de exploração partilhada de objetos de
conhecimentos tornados significativos pelas crianças por meio de
atividades diversificadas que precisam ser constantemente avaliadas,
ressignificadas e contextualizadas para cada grupo, cada momento e
cada educador.
Construir uma proposta pedagógica para Educação Infantil requer:
• Ouvir os professores / educadores em suas concepções e
decisões;
• Romper com a tradição de confinar as perspectivas infantis em
campo controlado só pelos adultos;
• Avaliar o tempo empregado e a forma como ocorrem as atividades
tanto as de cuidado como as cognitivas.
• Criticar o tempo desperdiçado em atividades sem significado para
as crianças;
• Reconhecer as famílias como parceiras privilegiadas na educação
da criança.

Na organização de espaço contemplar:


• O Acolhimento e a segurança da criança;
• Os desafios a serem explorados;
• A diversidade de interesses e saberes;
• O favorecimento de interações;
• As várias propostas que podem ocorrer (inclusive das crianças)
• A presença de objetos diversos;
• A visibilidade do espaço exterior;
• O contato com elementos da natureza.

Em relação ao tempo considerar:


• Equilibração entre momentos coletivos, diversificados e privados.
• Regularidades e variedades de atividades;
• Eliminação de tempos de espera.
ATIVIDADES 2ª F 3ª F 4ª F 5ª F 6ª F

Brincadeiras livres
Brincadeiras orientadas
Brincadeiras tradicionais
Brinquedos de
construção
Brinquedos de encaixe
Canto
Conversas informais
Desenho livre
Desenho orientado
Discriminações auditivas
Discriminações olfativas
Discriminações táteis
Discriminações visuais
Dobraduras
Dramatizações/imitações
Exploração de elementos
da natureza
Faz-de -conta
Historias
Jogos de regras
Modelagem
Passeios
Pesquisas
Picote/recorte/colagem
Pintura com dedo
Pintura com pincel
Teatro/dramatização

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