Professional Documents
Culture Documents
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3
V. ESTRATÉGIAS DE INOVAÇÃO…………………………………………………………….12
CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 14
NETGRAFIA ............................................................................................................................. 15
Portanto, a primeira etapa constituirá toda a essência, pois centra-se na noção de Inovação, a
sua relevância nos dias que correm, bem como, na inovação do ponto de vista tecnológico. Já
a segunda focalizará toda a atenção no desenvolvimento dos Produtos e também dos Serviços.
Como terceira abordagem acerca deste assunto, falaremos das Estratégias de Inovação e sua
implementação por parte de organizações.
Podemos afirmar que actualmente, a Inovação pretende ser uma alavanca de pro-actividade
para as empresas, a fim de se permanecerem no mercado de uma forma actualizada e que
responda rapidamente às constantes mudanças de ambiente globais, necessidades, desejos dos
consumidores e tendências futuras previstas.
Por uma questão de coerência de ideias e em formato de conclusão, faremos uma breve
análise das questões fundamentais relatadas ao longo do relatório.
“Successful innovation is the product of a market oriented culture coupled with entrepreneurial values."
(HURLEY & HULT, 1998)
“Innovation is the process of transforming ideas into commercial implementation through rapid knowledge
sharing (collaboration) and is the key to sustainable growth and profitability” (GAMBIN, 1998). Esta
definição define muito resumidamente a essência do conceito de inovação. Com esta citação,
conseguimos perceber a importância da inovação, e a sua aplicação, ou seja, é através da
partilha de conhecimentos e entre diversas ideias que surge a inovação, e segundo o autor, é
fulcral para o crescimento sustentável e também para a rentabilidade das empresas.
SAKKAB afirma que a inovação é o cruzamento de “o que é possível fazer”, com “o que é
preciso fazer”. Esta segunda premissa tem vindo a sofrer alterações ao longo da evolução
humana, quer nas tecnologias que são utilizadas, no design, nos elementos sensoriais, nos
processos de concepção dos produtos, nos custos, e numa infinidade de outras variáveis, a
questão está centrada nos modelos e processos que as empresas utilizam. Para obterem
sucesso, devem criar valor para o cliente, fornecendo uma experiência positiva aos
consumidores. Este sucesso, é alcançado através das práticas de inovação.
A gestão de uma organização deve criar e explorar a prática de processos que se dediquem ao
“financiamento” de projectos inovadores, a fim de ultrapassar as barreiras existentes no
mercado, como é o caso de mudanças ambientais, ou práticas com resultados negativos
inesperados. Para a obtenção de uma sistemática inovação nas empresas, é extremamente
necessária a utilização de um conjunto de competências que devem ser exploradas e
desenvolvidas com a finalidade de maximizar a produtividade nos processos inovadores das
organizações.
“Is the act that endows resources with a new capacity to create wealth.”
Drucker (1985)
Hoje em dia, atravessa-se um período bastante complexo nas empresas / organizações porque
necessitam de se adaptar a diferentes meios, implementar novas estratégias, tecnologias
inovadoras e customizar a oferta de produtos e serviços para os clientes, satisfazendo os seus
desejos de tal forma que permita criar uma relação duradoura e ter capacidade de gerar
diferenciação no mercado, pois se não o fizer rapidamente será ultrapassada pela concorrência.
Por outro lado, a menção de COHEN et all. (1972) no artigo de DOBRE, DRAGOMIR e
PREDA (2009), a inovação tecnológica surge e existe para melhorar o desempenho do negócio
e gestão. Muitas destas inovações são as soluções em busca de problemas. WANG e
SWANSON (2008) fazem referência a inovação tecnológica como a solução para vários
problemas em diferentes pontos do tempo. Por exemplo, o CRM foi inicialmente promovido
como uma ferramenta de automação para melhorar a eficiência das forças de uma organização
de vendas, então, como um backbone de tecnologia para aumentar a eficácia dos serviços ao
cliente, ou seja, os operadores de telecomunicações mantêm sistemas internos de elevadíssimo
desempenho para comutar os diferentes tipos e fluxos de dados e agora com uma inovação de
marketing para a contribuição de inteligência no mercado.
Na perspectiva do autor Wang (2009), tem existido um crescimento acelerado no uso das
inovações tecnológicas por parte das empresas e tal facto deve-se aos desafios constantes e
exigentes que têm vindo a enfrentar. Desta forma, podemos considerar que as tecnologias de
informação (TI) são um exemplo de desenvolvimento das organizações actuais e que com a
sua ajuda poderemos mais facilmente obter informações acerca dos consumidores,
nomeadamente, dos seus gostos, preferências, hábitos de consumo, desejos, entre outros
dados e saber todo o seu percurso histórico dentro da mesma. Portanto, a personalização da
oferta é cada vez mais nítida e centra-se somente num indivíduo e não num conjunto de
pessoas com um perfil idêntico. Assim, a obtenção de resultados surge de uma forma cada vez
mais transparente, imediata e com um grau de envolvimento/satisfação muito superior.
Em suma, a inovação tecnológica num ambiente globalizado é sem dúvida, um dos aspectos
cruciais que possibilita às empresas um contacto mais próximo com o cliente, através do uso
de ferramentas digitais, podendo permanecer no mercado de uma maneira actualizada e com
maior visibilidade.
É de elevada importância que no seio de uma empresa esteja presente o factor “inovação”,
uma vez que permite que as empresas se desenvolvam, permite o seu crescimento, através da
produção e comercialização de produtos inovadores, e com isto conseguir obter uma “alta
rentabilidade”.
Estes autores defendem que a inovação deve ser vista como um modelo cíclico que deve
existir no seio de uma organização, tendo que gerar essencialmente quarto factores, sendo eles
a produção de capital, através da aplicação da inovação a novos produtos; produção de
trabalho; de conhecimento e de criatividade. Tudo isto faz com que seja possível a existência
de “economia de inovação”.
Ao analisarmos o artigo “Exploring the Field of Open Innovation”, uma “boa parte das
inovações ocorre dentro dos muros das empresas”. Com isto, é importante referir que uma
empresa que tenho como objectivo a criação de produtos inovadores deve claramente investir
na contratação de equipas geradoras de inovação, uma equipa capaz de gerar novas ideias
inovadoras. Desta forma, as empresas têm a possibilidade de surgir no Mercado com um
produto diferenciador, tirando logicamente proveito disso no que diz respeito à
competitividade que existe nestes mercados.
De acordo com o Manual de OSLO (2005), percebemos que a importância da inovação nos
serviços contribui para o crescimento económico do país, visto ser uma área de trabalho muito
abrangente, que engloba imensas pessoas e de vários sectores diferentes.
Existe uma citação dos autores HOWELLS & ATAR (2004), classificam os serviços em quatro
grupos distintos: os que tratam principalmente de produtos (como transporte e logística),
aqueles que lidam com a informação (tais como call centers), serviços baseados no
conhecimento e serviços que exigem o contacto com pessoas (como a saúde). Embora essa
diversidade deva ser mantida em mente, existem várias características que se aplicam à maioria
dos serviços.
Relativamente às actividades de inovação em serviços, estas tendem a ser contínuas numa série
de mudanças incrementais em produtos e processos existentes. Portanto, podem
eventualmente complicar a identificação de inovações nos serviços em termos de eventos
únicos, ou seja, como a implementação de uma mudança significativa nos produtos, processos
ou a utilização de outro tipo de métodos.
Um estudo mais recente da OECD (2008) intitulado “Open Innovation”, transmite-nos uma
informação bastante pertinente e que permite reforçar a ideia anteriormente expressa. Os
serviços fazem parte de cadeias globais de valor, com políticas destinadas a desenvolver a
concorrência e a inovação, podendo assim, expandir oportunidades para empresas e
países participarem na produção e no comércio mundial de serviços.
BITNER (2008), coloca uma questão muito importante acerca desta temática estudada, “Como
a inovação pode ocorrer em serviços de maior sucesso e o que isso significa exactamente?”
Quando se fala de inovação em serviços, pode significar o desenvolvimento de novas ofertas
dentro de uma indústria (como por exemplo, garantido a entrega dos serviços expresso no
sector do transporte rodoviário) ou através de novas inovações virtuais, Amazon e e-Bay
oferecem este tipo de inovações nos seus primeiros dias.
Já os autores BERRY et all (2006), MICHEL, BROWN e GALAN (2008), apresentam outra
maneira de pensar sobre a inovação dos serviços, pois consideram as alterações no uso do
cliente ou no papel de co-criação de inovações. Acrescentam ainda a seguinte afirmação de
que “Os quadros para a compreensão da inovação nos serviços com foco no cliente estão
apenas a começar a ser desenvolvidos”.
Com a inovação dos serviços surge um problema, o facto de poucas empresas estarem
predispostos ou preparados para apostar em processos de inovação do serviço ou em serviços
de investigação e desenvolvimento (I & D), mas estão a ser geradas fortes possibilidades e
esforços na concentração da atenção neste campo.
Em resumo, entende-se que a co-criação e o envolvimento com o cliente pode ser o elo mais
importante para a inovação dos serviços e entrega de valor final.
As redes globais abertas ao nível da partilha de informação em inovação são uma estratégia de
desenvolvimento em destaque no artigo desenvolvido pela OECD – 2008, a informação é
partilhada de forma a todos os que pertencem à rede poderem contribuir para o
desenvolvimento da mesma. Esta partilha é implementada por CHESBROUG (2006)
afirmando que “Open innovation is the purpose inflows and outflows of knowledge to accelerate internal
innovation and expand the markets for external use of innovation, Open Innovation means that companies
should make much greater use of external ideas and technologies in their own business while letting their unused
ideas be used by other companies. This requires each company to open up its business model to let more external
ideas and technologies flow in from the outside and let more internal knowledge flow to the outside”, ou seja a
utilização de tecnologia e conhecimento externo com o âmbito de obter resultados ao nível
interno, partilhando inovações criadas na organização que não estejam em prática serem
utilizadas por outras organizações o que exige que cada entidade partilhe o seu modelo de
negocio com o mercado e deixar o conhecimento fluir para o interior da empresa assim como
o conhecimento interno da mesma fluir para o exterior.
Os autores do estudo abordam ainda a “Open Innovation” como uma estratégia delicada e a
ser analisada caso a caso, visto a informação partilhada ser de elevado valor e poder gerar o
aparecimento de novos players no mercado.
Este trabalho foi elaborado com a finalidade de apresentar uma revisão bibliográfica acerca do
conceito da inovação, que representa um tema fulcral na realidade organizacional.
Para a elaboração coerente do trabalho, foi realizada uma pesquisa, recolha e análise de vários
artigos científicos retirados da base de dados da Proquest sobre o conceito de Inovação.
A primeira fase consistiu numa breve abordagem introdutória, seguida do tema central, onde
explicamos o conceito de inovação pormenorizadamente, e percebemos que é uma ferramenta
poderosa, que rapidamente se tornou um aspecto fundamental para a estratégia de qualquer
empresa na actualidade.
PRINCIPAL
ELMQUIST, Maria, FREDBERG, Tobias, OLLILA, Susanne (2009) “Exploring the Field of
Open Innovation: European Journal of Innovation Management”, Bradford, pp. 326-345.
HURLEY, Robert F. & HULT, G. Tomas M. (1998), “Innovation, Market Orientation, and
Organizational Learning: An Integration and Empirical Examination”, Journal of Marketing,
pp. 42-54.
Mary Jo Bitner e Stephen W. Brown (2008), “The Service Imperative”, Business Horizons,
Greenwich, pp.1 -14.
OECD / European Communities (2005), “Oslo Manual: Guidelines for Collecting and
Interpreting Innovation”, Third Edition, pp. 27 - 43.
OECD (2008), “Open Innovation in Global Networks: Organisation for Economic Co-
Operation and Development”, Online Bookshop, pp. 9 – 110.
SAKKAB, Nabil Y. (2007), “The Iri Medalist’s Address Growing Through Innovation”,
Industrial Research Institute, pp. 59-65.
CHESBROUGH, Henry (2006), “Open Business Models: How to Thrive in the New
Innovation Landscape”, Harvard Business Press, pp. 1 - 255.
HERTOG, Pim den, BILDERBEEK, Rob e MALTHA, Sven (1997), “Intangibles: The Soft
Side of Innovation”, Kidlington, pp. 33 – 45.
RUST, Roland T. e MIL, Carol (2006), “What Academic Research Tells us About Service”,
Communications of the ACM, pp. 49 – 54.