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Peso e massa

¾ A massa de um corpo é uma característica da quantidade de


matéria que esse corpo contém, isto é, da inércia que o corpo
oferece ao movimento;

¾o peso do corpo representa a acção (força) que sobre ele


exerce a gravidade.

G = mg
Aceleração da gravidade, g, ao nível do mar para diferentes latitudes

Latitude (°) 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

g (m.s-2) 9.780 9.782 9.786 9.793 9.802 9.811 9.819 9.826 9.831 9.832

2
⎛ r ⎞
Lei da atracção de Newton: g = g o ⎜⎝ r + z ⎟⎠

¾ m que r é o raio da terra. Como regra aproximada, para obter


o valor de g à altitude z, é necessário, por cada 300 m de
altitude, subtrair 0.001 do valor obtido pela tabela 1. Na prática,
raramente se necessita de tal precisão. Em Portugal , o valor
mais rigoroso é g = 9.81 m.s-2
Sistema Internacional - SI

¾O sistema Internacional de Unidades (SI) foi criado em 1960


pela 11ª Conferência Geral de Pesos e Medidas (CGPM) e
adoptado em Portugal pelo Decreto-Lei nº 427/83, de 7 de
Dezembro, revisto posteriormente pelo Decreto-Lei nº 238/94,
de 19 de Setembro e pelo Decreto-Lei nº 254/2002, de 22 de
Novembro, como o sistema legal de unidades de medida;

¾Foi determinado igualmente o uso dos submúltiplos daquele


sistema, bem como as regras para a escrita dos símbolos.
Sistema Internacional - SI

Grandeza Unidade Símbolo


Comprimento metro m
Massa quilograma kg
Tempo segundo s
Corrente elétrica ampère A
Temperatura termodinâmica kelvin K
Quantidade de matéria mol mol
Intensidade luminosa candela cd
Unidades derivadas do - SI
Expressão em termos das
Grandeza Unidade Símbolo
Unidades fundamentais
Ângulo plano radiano rad
Ângulo sólido esferorradiano1 sr
Freqüência hertz Hz 1/s
Força newton N kg·m/s²
Pressão pascal Pa kg/(m·s²)
Energia joule J kg·m²/s²
Potência watt W kg·m²/s³
Carga elétrica coulomb C A·s
Tensão elétrica volt V kg·m²/(s³·A)
Resistência elétrica ohm Ω kg·m²/(s³·A²)
Capacitância farad F A²·s²·s²/(kg·m²)
Condutância siemens S A²·s³/(kg·m²)
Indutância henry H kg·m²/(s²·A²)
Fluxo magnético weber Wb kg·m²/(s²·A)
Densidade de fluxo magnético tesla T kg/(s²·A)
Temperatura em Celsius grau Celsius °C ---
Fluxo luminoso lúmen lm cd
Luminosidade lux lx cd/m²
Atividade radioativa becquerel Bq 1/s
Dose absorvida gray Gy m²/s²
Dose equivalente sievert Sv m²/s²
Atividade catalítica katal kat mol/s
Outras unidades derivadas do - SI

Grandeza Unidade Símbolo


Área metro quadrado m²
Volume metro cúbico m³
Número de onda por metro 1/m
Densidade de massa quilograma por metro cúbico kg/m³
Concentração mol por metro cúbico mol/m³
Volume específico metro cúbico por quilograma m³/kg
Velocidade metro por segundo m/s
Aceleração metro por segundo ao quadrado m/s²
Densidade de corrente ampère por metro ao quadrado A/m²
Campo magnético ampere por metro A/m
Unidades aceites pelo - SI

Grandeza Unidade Símbolo Relação com o SI


Tempo minuto min 1 min = 60 s
Tempo hora h 1 h = 60 min = 3600 s
Tempo dia d 1 d = 24 h = 86 400 s
Ângulo plano grau ° 1° = π/180 rad
Ângulo plano minuto ' 1' = (1/60)° = π/10 800 rad
Ângulo plano segundo " 1" = (1/60)' = π/648 000 rad
Volume litro l ou L 1 l = 0,001 m³
Massa tonelada t 1 t = 1000 kg
Argumento logaritmico
neper Np 1 Np = 1
ou Ângulo hiperbólico
Argumento logaritmico
bel B 1B=1
ou Ângulo hiperbólico
Unidades aceites temporariamente pelo – SI (uso desaconselhado)

Grandeza Unidade Símbolo Relação com o SI


milha
Comprimento ---- 1 milha marítima = 1852 m
marítima
1 nó = 1 milha marítima por hora = 1852/3600
Velocidade nó ----
m/s
Área are a 1 a = 100 m²
Área hectare ha 1 ha = 10 000 m²
Área acre ---- 40,47 a
Área barn b 1 b = 10-28 m²
Comprimento ångström Å 1 Å = 10-10 m
Pressão bar bar 1 bar = 100 000 Pa
Multiplos e submúltiplos
Regras para a escrita dos nomes e símbolos das unidades

Símbolos das unidades SI

¾Os símbolos das unidades são impressos em caracteres


romanos (direitos). Em geral os símbolos das unidades são
escritos em minúsculas, mas, se o nome da unidade deriva de um
nome próprio, a primeira letra do símbolo é maiúscula. O nome
da unidade propriamente dita começa por uma minúscula, salvo
se se trata do primeiro nome de uma frase ou do nome “graus
Celsius”;

¾Os símbolos das unidades ficam invariáveis no plural;

¾Os símbolos das unidades não são seguidos de um ponto,


salvo se estão no fim de uma frase e o ponto tem a função
habitual da pontuação.
Regras para a escrita dos nomes e símbolos das unidades

Expressão algébrica dos símbolos das unidades SI

¾Quando uma unidade é derivada pelo produto de duas ou mais


unidades, pode ser indicado com os símbolos das unidades
separadas por pontos a meia altura ou por um espaço. Exemplo:
N m ou N . m;
¾Quando uma unidade derivada é formada dividindo uma
unidade por outra, pode utilizar-se uma barra oblíqua (/), uma
barra horizontal ou também expoentes negativos. Exemplo: m/s
ou m . s-1 ou m
s
¾Nunca deve ser utilizado na mesma linha mais que uma barra
oblíqua, a menos que sejam adicionados parêntesis, a fim de
evitar qualquer ambiguidade. Em caso complicado devem ser
utilizados expoentes negativos ou parêntesis. Exemplo: m/s2 ou
m . s-2 mas não m/s/s.
Regras para a escrita dos nomes e símbolos das unidades

Regras de utilização dos prefixos SI

¾Os símbolos dos prefixos são impressos em caracteres


romanos direitos, sem espaços entre o símbolo do prefixo e o
símbolo da unidade;
¾O conjunto formado pela junção do símbolo de um prefixo ao
símbolo de uma unidade constitui um novo símbolo inseparável,
que pode se elevado a uma potência positiva ou negativa e que
pode ser combinado com outros símbolos de unidades
compostas. Exemplo: 1 cm3 = (10-2 m)3 = 10-6 m3 outro exemplo:
1 cm-1 =(10-2 m)-1 = 102 m-1.
¾Não são empregues prefixos compostos, ou seja, formados pela
justaposição de vários prefixos.
¾Um prefixo não pode ser empregue sem a unidade a que se
refira. Exemplo: 106/m3 mas não M/m3.
Massa específica ou volúmica (ρ)

¾ Massa específica, ρ, é a massa contida na unidade de


volume. No Sistema Internacional, SI, exprime-se em kg m-3.

¾A massa específica da água a 4 °C é ρ = 1000 kg m-3; a 20 °C


é ρ = 998.2 kg m-3.

¾Existem tabelas para a massa específica da água a várias


temperaturas.
Peso específico ou volúmico (γ)

¾Peso específico, γ, é a força que a Terra exerce sobre a


unidade de volume.

¾Entre o peso específico e a massa específica existe a relação


fundamental: γ = ρ g.

¾No Sistema Internacional, o peso específico exprime-se em


Newton por metro cúbico: N m-3.
¾O peso específico da água a 4 °C é
γ = 1000 × 9.8 = 9800 N m-3.
¾O peso específico da água, a diferentes temperaturas,
encontra-se tabelado. Nos cursos de água naturais, o peso
específico pode ser maior, devido à existência de material sólido
em suspensão. Para águas pouco turvas, será
aproximadamente γ = 9900 N m -3; em casos de grande
turvação, pode atingir-se o valor de γ = 11800 N m -3.
Densidade (δ)

¾ Densidade, δ, é a relação entre massa (ou o peso) de


determinado volume do corpo considerado e a massa (ou o
peso) de igual volume de água à temperatura de 4 °C*. Como
resultado da própria definição, δ é adimensional.

¾A densidade da água, nas referidas condições de pressão e


temperatura, é a unidade.

* À temperatura de 4 °C corresponde o máximo de massa específica


da água. Nas aplicações correntes, não há grande inconveniente em
não precisar a temperatura de referência, uma vez que a massa
específica da água só varia de 0.003 quando a temperatura varia entre
4 °C e 25 °C.
Pressão

¾Num fluído em repouso, a resultante das forças que se exercem


sobre uma partícula é nula.

G+I=0
Pressão

¾A tensão sobre um elemento de superfície do fluído é normal a


esse elemento e, num ponto determinado, idêntica em todas as
direcções. Essa tensão designa-se por pressão.

¾A pressão tem as dimensões de uma força por unidade de


superfície. No Sistema Internacional exprime-se em N. m-2, que
toma o nome de Pascal (Pa).
Lei hidrostática de pressões

¾Em qualquer ponto de um líquido em repouso, obedece à


seguinte lei:

p /γ + z = Constante

p – pressão no ponto;
γ – peso volúmico do fluído;
z – cota geométrica desse ponto em relação a um plano horizontal de
referência.
Distribuição de pressões

¾ As superfícies isobáricas, isto é, de igual pressão, são planos


horizontais. Assim sendo, as zonas de separação de líquidos
imiscíveis são planos horizontais. Com efeito, para p / γ = const.
vem:
z = const.
¾ A diferença de pressão, pA – pB, entre dois pontos quaisquer
dum líquido em repouso apenas depende da diferença de cotas
entre os pontos e do peso específico do líquido:

pA – pB = γ (zB – zA)
¾ Num líquido em equilíbrio, as variações de pressão transmitem-
se integralmente a todos os pontos da massa líquida.
Medição da pressão

¾A pressão, p, pode ser medida tendo como referência a pressão


atmosférica local. Chama-se pressão relativa;

¾A pressão, p, pode ser medida tendo como referência o vácuo


absoluto. Chama-se pressão absoluta.

pabsoluta = prelativa + patmosférica local


Medição da pressão
Medição da pressão
Medição da pressão

¾A pressão relativa num ponto à profundidade h contada a partir


da superfície livre, à pressão atmosférica é:

p=γh

¾Frequentemente, as pressões são expressas em altura


equivalente de líquido:

h=p/γ
Manómetros

¾A medição da pressão num ponto junto da parede de um


recipiente pode fazer-se ligando a um orifício na parede (tomada
de pressão) um tubo (vertical ou não) em que o líquido entra em
contacto com a atmosfera (manómetro simples).
Manómetros

¾Para ampliar (ou reduzir) a coluna de líquido h com que se


mede a pressão em A pode usar-se um líquido de peso volúmico
γ1, inferior (ou superior) ao do líquido contido no recipiente.
Impulsão hidrostática

¾Quando o sistema de pressões hidrostáticas sobre uma


superfície plana tem como resultante uma única força, essa
resultante denomina-se impulsão hidrostática ou simplesmente
impulsão;

¾Só em casos particulares um sistema de forças (paralelas ou


concorrentes) admite como resultante uma única força.
Impulsão hidrostática sobre corpos imersos e flutuantes
Teorema de Arquimedes

¾O teorema de Arquimedes define a impulsão exercida por um


fluído em repouso sobre um corpo imerso ou flutuante: todo o
corpo mergulhado num fluído recebe da parte deste uma
impulsão vertical, de baixo para cima, igual ao peso do volume de
fluído deslocado.

I = −G
Impulsão hidrostática sobre corpos imersos e flutuantes
Teorema de Arquimedes
Impulsão hidrostática sobre superfícies planas

dF = γ h dA

h = x sin a

I = γ sin a ∫ x dA
A

∫ x dA =
A
A xo

I = γ A xo sin a

I = γ A ho
Impulsão hidrostática sobre superfícies planas
Centro de impulsão

∫ dA ∫ dA
2 2
x x
X CI = A
⇔ X CI = A

∫ x dA
A
A xo

I GG´
XCI = xo +
A xo

∫ dA
2 é o momento de inércia Iy da área plana em relação ao eixo Oy e relaciona-se com o
x momento de inércia IGG´ da mesma área em relação a um eixo paralelo a Oy mas
A
passando pelo centro de gravidade: Iy = IGG´ + A xo2
Impulsão hidrostática sobre superfícies planas (rectângulos)
Centro de Impulsão

I = γ A ho
2
X CI = H
3
Impulsão hidrostática sobre superfícies planas (rectângulos)
Centro de Impulsão

2
I = γ A ho X CI = H
3
Impulsão hidrostática sobre superfícies planas (rectângulos)
Centro de Impulsão

I = γ A ho X CI = h1 +
H h1 + 2h2
3 h1 + h2
Impulsão hidrostática sobre superfícies planas (rectângulos)
Centro de Impulsão

I = γ A ho
H h1 + 2h2
X CI = x1 +
3 h1 + h2
Impulsão hidrostática sobre superfícies curvas

A intensidade da componente
vertical da impulsão é igual ao
peso do volume de líquido
delimitado pela superfície
premida, pelas projectantes
verticais tiradas pelo contorno
da superfície e pela superfície
livre

Iv = γ × Vol.
Impulsão hidrostática sobre superfícies curvas

a componente horizontal da
impulsão segundo uma dada
direcção (horizontal) é igual à
impulsão hidrostática exercida
sobre a projecção ortogonal da
superfície premida num plano
normal à referida direcção

I h = γ Ah ho
Impulsão hidrostática sobre superfícies curvas
Centro de impulsão

A linha de acção da impulsão


vertical passa pelo centro de
gravidade do volume assim
definido.
Exercício 1

Considere o esquema representado na Figura. O orifício AB é obturado


por uma placa circular de 1,2 m de diâmetro centrada com o orifício.
Calcule a impulsão total sobre a placa e o correspondente centro de
impulsão.
Exercício 1

Considere o esquema representado na Figura. O orifício AB é obturado


por uma placa circular de 1,2 m de diâmetro centrada com o orifício.
Calcule a impulsão total sobre a placa e o correspondente centro de
impulsão.
Exercício 2

O túnel representado na Figura é fechado por uma comporta rectangular


com 1,5 m de largura. Calcular a impulsão exercida sobre a comporta e o
respectivo ponto de aplicação.
Exercício 2

O túnel representado na Figura é fechado por uma comporta rectangular


com 1,5 m de largura. Calcular a impulsão exercida sobre a comporta e o
respectivo ponto de aplicação.
Exercício 3

A comporta representada na Figura é um quadrante de cilindro com um


raio de 2 m e um comprimento de 3 m. Se a profundidade h for de 1 m,
determine a impulsão total sobre a comporta e o ângulo que esta faz com
a horizontal.
Exercício 3

A comporta representada na Figura é um quadrante de cilindro com um


raio de 2 m e um comprimento de 3 m. Se a profundidade h for de 1 m,
determine a impulsão total sobre a comporta e o ângulo que esta faz com
a horizontal.
Exercício 4

A comporta AB da Figura tem báscula em A e repousa sobre uma parede


vertical, perfeitamente lisa em B. A comporta tem 6 m de comprimento.
Com a água ao nível de A, como mostra a Figura, determine as
componentes horizontal e vertical sobre a comporta.
Exercício 4

A comporta AB da Figura tem báscula em A e repousa sobre uma parede


vertical, perfeitamente lisa em B. A comporta tem 6 m de comprimento.
Com a água ao nível de A, como mostra a Figura, determine as
componentes horizontal e vertical sobre a comporta.

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