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ZAGI 120cm - Dicas de construção

Orison Almeida – (Xor)


orisonalmeida@gmail.com
www.aerosalvador.com.br
JUL / 2008

Depois de enfiar o nariz da Zagi no chão por estar olhando pro outro lado enquanto fazia uma passagem
sob o sinal de largada no kartódromo, só mesmo enfiando ela no lixo....

Ela já tinha uma quantidade grande de quedas no currículo..hehe

Foi com ela que há 1 ano (jan/2007), eu voltei ao hobby. Meu irmão José Pedro, ex-piloto da FAB, que mora
em Brasília, me mandou fotos com medidas de todas as vistas da zagi, nervuras, detalhes do wash-out, etc.
Coloquei tudo no corel, imprimi, parti para tutoriais de cortes de asa de isopor no youtube e consegui
cortar minha 1ª zagi com ajuda de Léo e Rivaleno.

Essa zagi, além de me trazer de volta ao hobby,


ajudou a Léo a aprender e ainda me proporcionou
bons momentos como este:

http://www.youtube.com/watch?v=yXNf0FUNpns

A lição é: não tirar o olho do aero..hehe


O jeito é cortar e montar outra!

Este manual de construção não tem a pretensão de ser o melhor ou a melhor forma de se fazer. Fiz várias
ajudei a fazer outras tantas mas ainda considero pouca experiência diante de gente que já fez
dúzias..hehehe O importante é que assim mesmo voam! E Voam bem...hehe.

Na 1ª foto: Zagis de Maurício, Elton, Rodrigo, Léo, Orison e Tom, na ordem :-)
Na 2ª foto: fila das zagi 80 e zagis 120 em Salvador
A construção
• Lixar, lixar e lixar.
Deixar a superfície toda certinha para garantir que vai ficar bem lisa quando aplicar
fitas/entelagem.
Quanto melhor embaixo, melhor em cima

• Lixar com cuidado a parte central para garantir boa adaptação das semi-asas

Colar as semi-asas (com Araldite - epoxi). Já usei também cola de contato para isopor com bons
resultados. Tem uma na AMB que a cura é 1 minuto. Sem tempo pra consertar se na hora de juntar
cometer algum erro. Já que eu num sou bom nisso, prefiro ir de epóxi.

As asas são mais finas nas pontas, portanto se apoiar em uma superfície lisa
na teoria a adaptação estaria errada
Melhor colar com as asas com apoios nas extremidades

Não confiar no tempo nominal de cura da cola (5 min, 10min, 12 min).


Costumo deixar muito mais que isso.
Prefiro colar a noite e só voltar a trabalhar na asa no dia seguinte.
Mas é possível trabalhar sem fazer esforços na asa.

Colas para isopor (além da cola básica de 2 reau vendida em papelarias):

Cola epóxi (araldite) normal, Cola epóxi 115g/tubo Cola de contato para isopor, Cola de contato para isopor,
12g/tubo (hobbydelivery 1 min, 38g 15 min , 500g
Preço aprox: R$ 15 /asaseletricas) Preço aprox: R$ 10 Preço aprox: R$ 15
Preço aprox: R$ 30
A cola epóxi que vende nas casas de aero chega a ser 5x mais barata que a araldite comprada nos
mercados. A das lojas de aero é vendida em tubos de 120g (x2) a cerca de 30 reais, enquanto que nos
mercados a cola que vem com 2 tubos de 12g é vendida em torno de 15 reais.

Na hora da colagem, fixar com Durex em X pelo centro da asa


e bordas para manter bem apertado durante a secagem da cola.

Verificar paralelismo das extremidades. Lixar para ajustar.


Suporte do motor
Dica de Léo: Base feita em EPP e suporte em tubo de Redoxon, tubinho de filme de 35mm ou tubo de M&M

Usado um tubo de aço quente pra fazer a “cama” do tubo no EPP. Observar a inclinação para manter o
motor alinhado com a corda da asa.
Apesar de parecer frágil, é muito bom e já foi usado com CF2822 e RC hobby 1280Kv (200w)

O mesmo suporte (em tubo redoxon) com base em P4. Cada pouso mais abrupto o suporte descolava do
P4. Motor fixado com lacres.

Outros tipos de suporte para motores mais potentes. Testado com motor de 300W (RC hobby 980kv)

Cuidado com o suporte para não ficar pesado e levar o CG da asa muito para trás.

“L” de madeira com “L” de alumínio (tirado de Tubo de m&m


“L” de madeira com perfil)
reforço central
reforço lateral

Rodrigo fez o suporte dele com coletor (fezes) infantil com bom resultado.
Planejamento dos espaços

Verificação do CG na disposição escolhida. Deve ficar entre 18 e 19 cm do nariz.

Apesar do manual de ZAGIS indicar o servo e o aço de comando alinhado com o paralelismo do elevon para
garantir um bom movimento do horn, no meu projeto eu preferi manter o horn e o comando paralelo ao
eixo da asa para garantir menos arrasto durante o vôo.

Não recomendo também fixar o horn muito na ponta do elevon para reduzir o efeito de flutter. Pode
apostar que acontece sim quando a asa entra em mergulho veloz. De vez em quando eu ouvia o elevon
vibrando nas passagens. Uma boa adaptação do elevon e capricho na colocação da fita usada como
dobradiças, reduz muito este efeito.

Observar o equilíbrio lateral dos pesos dos equipamentos – ESC prum lado, Rx pro outro. Bateria no meio
certinho, servos eqüidistantes.

Aqui em Salvador temos usado a LIPO de lado pois em casos de impacto (seja no chão ou numa trave ao
tentar fazer um gol..rsrs) a massa da lipo fica distribuída ao longo da LIPO e causa menos danos à bateria.
Caso o servo a ser utilizado seja menor (9 gramas ou 16 gramas) pode aproximar mais o servo do elevon
para que o braço de comando (raio de bicicleta é perfeito pra isso) seja ainda menor.

Os servos menores (desses de 9 gramas) tendem a quebrar as engrenagens em casos de quedas


frequentes. Se usar destes menores pode aproximar mais o servo do bordo de fuga pois a influência no
centro de gravidade será menor que os servos de 40 ou 50 gramas.

Observar o posicionamento do braço dos servos para que o aço de comando seja o mais curto possível.
Quanto menor, menos flexão ele terá e o comando fica mais perfeito.

Exemplo de horn muito na borda do elevon.


Longarinas
Inserção das fibras na linha do CG e no bordo de ataque.
Nesta asa a fibra do CG foi colocada reta, se prolongando até próximo ao bordo de ataque de cada lado.
Estudei antes o posicionamento dos elementos que iam ser cavados na asa para não passar a fibra em lugar
que atrapalhasse. Depois de escrever eu li essa parte e ficou parecendo que a fibra do centro é obrigada a
ser colocada no CG. Não é. É uma posição no centro da asa que dê uma cobertura (comprimento) razoável
sem necessariamente ser colocada muito atrás. O CG é uma posição confortável, mas pode ser alterada
conforme a necessidade de disposição da eletrônica.

Como havia fibra no bordo de ataque e mais a da linha do CG se prolongando até próximo do bordo de
ataque (este texto ficou repetitivo) criou o mesmo efeito de apoio triangular que o do “manual da zagi”
cuja foto de disposição da fibra eu reproduzi abaixo.

A fibra do bordo de ataque ajuda também a reforçar o isopor pois é um ponto que apanha muito quando o
sujeito começa a se soltar com a zagi e inventar “pegadas”, passadas, etc.

É recomendado passar fita filamentosa sobre os pontos onde foram colocadas as fibras. No bordo de
ataque usei silvertape. No meu caso não usei nada na fibra do CG.

No dito manual recomenda a fibra em curva. Quando alguém testar assim me diz pois nunca vi na prática.
Aí eu mudo e coloco a experiência aqui. Mas cada caso é um caso. Já vi zagi com longarinas de fibra de
carbono e entelada toda em manta de fibra de carbono. Louco.

Testei com a fibra só em cima com bons resultados para isopor P4. Observar que cada Isopor dá um
resultado diferente e o que é verdade pra minha asa pode não ser para outra com outra densidade de
isopor. Na minha antiga de P2, eu usava longarina de compensado 5mm de espessura por 10mm de altura
por 800mm de comprimento... Bala! Heheh. Um pouco mais pesado, mas muito forte.

Na zagi de Bruno foi usada fibra de 1,8mm. A fibra então foi colocada em cima e em baixo da Zagi,
exatamente no layout dessa seqüência abaixo. Ficou melhor que minha zagi, bem mais rígida.

Outra dica: conversando é que a gente se entende. João conversando sobre as varetas de fibra com um
amigo na loja acabou sabendo que aqui em Salvador vende nas “7 portas” varetas para fabricação de
gaiolas de passarinho. Tom foi lá e conferiu! A vareta de cerca de 3 metros saiu a R$ 0,50 !!! Nas lojas de
aero é R$ 2,00 o metro!

Uma zagi pode chegar a usar 5 metros de varetas:

• acompanhando os bordos de ataque: 2x 60cm


• No centro, 80cm (2x se for usar em baixo Tb)
• Nas 2 extremidades 2x40cm (2x se for usar em baixo Tb)
• Acompanhando a linha do motor: 60cm
Fibra inserida como de costume, colada com cola “normal” de isopor (custa menos de 3 reais em qualquer
papelaria). Usei a mesma técnica para fixar a fibra do bordo de ataque. O vídeo da AMB é massa pra
explicar como é simples: http://www.youtube.com/watch?v=LNnEjjIBsZ8
Costumo fixar com durex até a secagem total pois a curvatura da asa na linha da fibra empurra as pontas
pra fora.
Colocar fibras nas pontas das asas também, de preferência com prolongamento maior que o apresentado
na foto abaixo. Como está aí não ficou excelente. Apenas bom. Talvez na ponta seja bom colocar em cima e
em baixo.

Nesta foto percebe-se uma vareta na linha de fixação do motor. Usei ela primariamente para passar um
lacre ao redor dela e fixando todo o conjunto do motor na asa, além da cola epóxi que usei para colar o EPP
na asa.

Na 1ª queda da minha 1ª asa, ela partiu no ponto que vai do início do elevon (no centro) e seguindo asa a a
dentro na direção do servo. Na queda dessa asa nova, percebi a mesma tendência.

Depois de conversar com Maurício ele comentou: é obvio (e era mesmo...). Quando se cai de bico, a
tendência é a ponta das asas irem para frente causando um esforço nessa região.

Essa vareta que eu coloquei aí “sem querer” ajudou neste aspecto. A asa caiu (errei tentando fazer 3
tunneaus seguidos...rsrsr) e não sofreu. Depois, observando o layout proposto na figura acima de
disposição das fibras vi que a fibra reta fica bem sobre este local mencionado.
Tom e Léo experimentaram a disposição das fibras do “manual da zagi” sendo que tom fez a amarração das
pontas da parte reta com linha e colou com superbonder.

Colocou apenas por cima da zagi com resultado muito bom.

A diferença foi que Léo usou em ciam e em baixo e Tom colocou apenas em cima deixando ela mais frágil e
quebrou feio numa queda.
Por baixo da asa
Reforço na parte central inferior com manta de fibra de vidro (Dica de José Pedro) e colada com epóxi
(araldite) um pouco diluída em álcool isopropílico (dica de Araripe) para facilitar o espalhamento. 50% ou
menos de álcool. Meu irmão disse para usar cola branca. Serviu mas o resultado com epóxi diluída é
melhor. Se “faltar recursos” a cola branca pode ser usada sim.

É o ponto onde arranha bastante nos pousos.

Curvado sobre o nariz para dar um reforço “extra” no nariz

Este reforço central pode ser feito com “silver tape” também. Pode fazer um X que ajuda a segurar a inércia
das pontas da asa no caso de quedas. Temos observado tendência a rachaduras a +/- 15 cm pra cada lado
do centro quando cai de bico. A fita em X ajuda bastante.
FIXAÇÂO DA ELETRÔNICA

Suporte do motor fixado na posição com epóxi.

Cavando os espaços apenas o suficiente para facear com a superfície.


Motor fixado com lacres no tubo do filme de 35mm.
ESC movido mais para a linha de centro por causa do tamanho dos cabos

Carenagem de PET – Molde feito em Isopor duro e enfiado numa PET e dentro de água fervendo (dica de
Fábio). Entelada com fita prata que é fita mais fácil de trabalhar e as emendas desaparecem na
superposição das fitas.

Tem gente usando até sem a carenagem. É só tapar o furo do suporte (tubo de 35mm) pra não dar tanto
arrasto.
Início da entelagem da asa.

Fazer o BISEL 45º no bordo de fuga antes de iniciar a entelagem. Não sei porque o costume é fazer isso no
elevon mas acho que enfraquece justamente no ponto de fixação do horn. Eu prefiro fazer no próprio
bordo de fuga da asa. Então: fazer o chanfro antes de entelar, seja lá onde ele for.

Fazê-lo preferencialmente na parte inferior da asa pela aerodinâmica e estética.

A fixação do elevon pode ser antes ou depois da entelagem. Daí a entelagem cobre toda a extensão da fita
usada como dobradiça. Só fica um pouco mais trabalhoso na parte inferior.

Não é o único jeito de fazer dobradiças. Este é o mais rápido. Existem dobradiças comerciais (parecida com
que segura as portas ..hauhuahua) em inglês: “hinges”. Uma rápida pesquisa na web e você vê uma série de
documentos explicando como se faz .

Uma outra forma de fazer é cortar retângulos de acetato (pode ser de embalagens, radiografia) e usar
como dobradiça.

Entelar o bordo de fuga primeiro pois a superposição das fitas fica no sentido oposto da força do vento e
evita que a fita se solte.
Todas as peças no lugar e eletrônica testada (!!!) pois vai ser coberta pela entelagem. Testar inclusive se os
servos estão acompanhando o comando de elevon pois mexer no receptor depois vai ser chato.
Não tive a necessidade de usar a fita como elemento estrutural (tipo de ponta a ponta da asa, ou cruzando
no meio para reforço) pois a garantia estrutural já estava depositada nas longarinas, na manta por baixo e
na Silvertape do bordo de ataque.

Além disso, tinha tanto corte na parte central que se tivesse algo de reforço iria se perder.

Entelagem pronta, entelar os elevons e fixá-los.


Fixar horn e ajustar os comandos.

IMPORTANTE:
Os furos do horn devem ficar projetados sobre o encontro da asa com o elevon.

Quanto mais afastado menos efetivo fica o comando e força o braço do servo por criar um movimento de
translação.

O comando do braço do servo ao horn pode ser um aro de bicicleta que é encontrado em qualquer casa de
bicicleta por menos de 50 centavos cada. A rosca dele é perfeita para os quick-links (parte que fixa no
horn). No braço do servo basta fazer um Z

Entelar as wingtips e fixá-las. Cortar a parte da fita que vai colar sobre a ponta da asa para ficar isopor no
isopor. Usei cola quente pois a wingtip era de depron. Se for outro material (como polionda que pega
muito mal a cola) pode ser utilizada a criatividade pra ajudar a fixar, como parafusinhos, fazer um furo
horizontal na wingtip faceando a asa e passar uma fita pelo buraco, etc.

Respondendo a pergunta: Pode mudar o desenho da wingtip?


Pode sim. A asa voa até sem isso. Este desenho foi aprimorado para melhorar a aerodinâmica das pontas
pois o ar de baixo passa para cima da asa na ponta criando uma força contrária ao movimento (chama-se
arrasto). A wingtip além de corrijir isso usa o efeito resultante para dar um impulso extra na asa.

E ai? Depois de saber disso ainda vai querer mudar o desenho da wingtip ???
Minha 2ª Zagi

Moral da história:

Não existe um jeito só de se fazer uma zagi. As 2 que eu fiz foram completamente diferentes uma da outra.

Minha 1ª zagi original Minha 1ª zagi – depois das reformas


ESCOLHENDO A ELETRÔNICA

Rádio

Qualquer um! O rádio vai precisar fazer mixagem, coisa que os mais simples não tem. Mas sempre existe a
opção de comprar um mixer separado e instalá-lo na propria asa.
Dê preferência a rádios que operem em 72Mhz PPM ou PCM (melhor).
O mixer no rádio também é melhor que aqueles que são comprados avulsos.

Se tiver com opção de investimento maior, existem os rádios que operam em 2.4GHz, mais caros mas
sofrem menos com problemas de interferência.

Receptor - Rx:
Se você vai voar no meio de gente, no minimo um RX dual conversion ou um Berg ou Corona que são
melhores em filtragem de sinal (menos intereferência).

Do pior pro melhor:

• PPM Single conversion (SUNP, ESKY)


• PPM Single com filtro (Berg e Corona)
• PPM Dual conversion
• PPM Dual conversion com filtro (Corona)

• PCM Single conversion


• PCM Dual conversion
• PCM da Futaba:
o PCM 1024 Single conversion
• PCM da HItec:
o QPCM Single conversion

Cristal:
Se o RX for dual conversion (DC) o cristal do RX tem que ser DC também.
O cristal tem que ser do modelo do RX
No Transmissor o cristal é único. Não existe Dual Conversion para TX. E, óbvio, na mesma frequencia do RX.
Mais recentemente alguns receptores sintetizados estão ganhando espaço.
São receptores que não precisam de cristal pois sintoniza e trava na frequencia do seu rádio (usa PLL) Se
quiser saber mais pesquise sobre os RX Corona

Bateria (LIPO):
Depende do gosto do freguês.
Você pode usar de 1200Mah a 2200Mah com uma diferença de umas 100g entre uma e outra. Se você
quiser um setup mais leve, vai optar por servos leves, motor leve, bateria leve
se quiser um setup mais brabo pode usar uma lipo maior, motor maior, etc.
Eu costumo só usar 2200Mah/20C

Motor, ESC e Hélice:


Motores de alto kv (+ de 1500Kv) te darão mais rpm e você obterá uma velocidade final maior mas isso
pode significar pouco empuxo detectado numa subida vertical
Poucos motores tem alto kv e potência pra girar boas hélices.
O ESC é da configuração do motor. Se ele consome 20-25A você usa um ESC de 30A. Normalmente na
especificação do motor indica isso.
É necessário usar uma hélice de passo alto, ou: YY x ZZ onde o ZZ na numeração da hélice é o passo que é
diretamente proporcional a velocidade.
Mas lembre que ou YY alto ou ZZ alto reduz a RPM do motor que no fim das contas reduz sua velocidade.
É costume pra zagi usar YY baixo e ZZ alto. Tipo 7x6, 5x5, etc

Servos:
9g, 16g ou 40g

Todos os servos funcionam bem na zagi. Os de 9gramas são frágeis e tendem a quebrar os dentes da
engrenagem se houver muita colisão.
Ou por queda, erros de aterrissagem (muito comuns) e "firulas" como pegar na mão, bater na trave, etc.
Em dias de pouco vento a zagi vem rápida demais e pegar na mão gera um impacto grande pra zagi.
As vezes você não percebe que quebrou e ele trava em vôo. Já aconteceu comigo um servo de um lado
travar em posição todo cabrado no meio de uma curva de alta performance e entrou de nariz no chão.
Perdi uma lipo de 2200mah.
Mas já vi gente voar meses a fio sem problema com servos de 9g

Os servos grandes, frequentemente chamados de standard, não são frágeis mas em contrapartida são
muito pesados (em tono de 40 gramas). Adicionam muito peso ao peso final da zagi mas voa bem também.

Já tive uma zagi com 2 servos MG995 (com engrenagem de metal que pesa 50g cada servo). Usava um
motor de 1000kv e hélice 9x6 com lipo de 2200Mah.
Complicava na autonomia mas conseguia uns 12 a 15 min no máximo pq voava com motor em regime de
80-100% na maior parte do tempo. Mas tinha um vôo assustador :-).

Acho 16 gramas ideal pois dá um misto de segurança e leveza. Em uma zagi de 80cm eu uso servos de
9gramas sem medo. Com peso de vôo de 380 gramas, um motor CF2822, uma lipo de 1500Mah e hélice
7x6 ela sobre na vertical sem parar e ainda me dá uma autonomia de mais de 20 minutos.

Quanto mais peso mais velocidade será necessário para anular o peso com a sustentação da asa. O bom da
zagi é que ela tem uma carga alar imensa e voa lento mesmo assim. O washout também ajuda a asa a ter
velocidades menores uma vez que trabalha justamente no acréscimo da sustentação em baixas
velocidades.

Quanto maior a LIPO, mais autonomia. Porém dá mais peso, você precisaria de mais força no motor e no
fim das contas a asa fica mais rápida e consome mais motor e diminui a autonomia. Complicou?

É uma equação que, como disse antes, depende do gosto de cada um. Eu fiz minha zagi pra arrepiar. Por
isso uso motor potente, hélice grande e lipo grande. Peso final: 700g

Tenho visto configurações muito boas com peso total abaixo de 500g, com servos pequenos, motor e esc
pequenos e lipo de no máximo 1200Mah.

Mais uma coisa: quanto maior o peso, capriche mais nas longarinas. Vareta de fibra funciona muito bem
nestas asas. Tem gente que nem usa e segura tudo na cola e fita. As mais leves podem até voar sem
longarina mas se for usar lipo grande tenha certeza de colocar pelo menos uma vareta em cima e uma em
baixo.

Quanto a iniciar, dê umas voadas antes no simulador que qualquer zagi vai ser fácil. Já ajudei a solar uns 8
aqui em Salvador só com zagi.
Carregador:

Depende da grana que você tem disponível.Tem carregador de 35 reais e de 350 reais (ou mais)

Você pode iniciar com um simples mas com certeza depois vai querer um que balanceie sua LIPO para não
perder ela por erro na carga. A LIPO é o item mais caro no conjunto.Usei durante muito tempo um desse
"de parede" que tem uma boa amperagem (1.0A) e é simples d+. E tem sensor de carga completa,
acendendo uma luz verde. Nessa faixa mais barata tem também os e-sky (chamavam ele de laranjinha mas
já tem um modelo mas novo verde ou preto) baratos e eficientes. Só precisam de uma fonte externa de
12V pra rodar.

Depois disso tem uns melhores na faixa de >R$100 que são muito mais eficientes no controle da carga e
balanceamento das células. Vale a pena mas depende do investimento que você pretende fazer.

Boa sorte!

Xor

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