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Transformadores de Três

Colunas
Transformadores Trifásicos

Núcleo
Enrolamentos
Óleo isolante

Sn
In = Sn – potência nominal

3 ×U n Un – Tensão nominal do enrolamento


Distribuição Instantânea de fluxo magnético no núcleo
Instante em que o fluxo no enrolamento
da coluna central atinge o seu valor de
pico

Un
φn = [ Wb ]
4 ,44 × N × f
N – número de espiras do enrolamento
f – freqüência da rede [Hz]

Instante em que o fluxo no


enrolamento da coluna esquerda
atinge o seu valor de pico
Perda no Ferro

Perda por Histerese PH = k H × B1,6 × f


PH – Perda em [W]
B - Indução Magnética [T]
f - freqüência [Hz]
kH – constante que depende do material

Perda por correntes Parasitas (Foucault)

PF = k F × B 2 × f 2 × d 2
d – espessura da chapa [mm]

Entreferros de junção das chapas


Curva de Magnetização da chapa de aço silício de grãos orientados de
0,30mm de espessura
26

24

22

20

18
(k Gauss)

16

14
INDUÇÃO / Induction

12

10

8
Curva de Magnetização
Magnetization Curve
6
Tipo de Aço / Grade E-005
Espessura / Thickness 0,30mm
Frequência/Frequency 60Hz
4

2
0,1 1 10 100
CAMPO (Hp) / Magnetizing Force (Oersted)

1 Oe = 79,55 A/m 1G = 10-4 T


Geralmente os transformadores a óleo são projetados para
trabalhar no ponto correspondente a 1,6 T (16 kG)
Energização de transformadores – corrente de inrush

Saturação devido ao instante de


energização do transformador (Inrush)

Inrush ≅ 10 I n
Corrente de Energização (Inrush)
Transformador de 15 kVA Y-Y 220/220 V; In = 39,36 A ; Io = 1,50 A

300
[A]
200

100

-100

-200

-300

-400
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 [s] 1.2
Ensaio a vazio

Objetivo: determinar:
Perdas a vazio;
corrente a vazio;
Relação de transformação, se for medido a tensão do lado de tensão
superior;
Procedimento:
Aplicar gradativamente a tensão nominal aos enrolamentos de um lado do
transformador (preferencialmente o lado de baixa tensão) e fazer a leitura de
corrente e potência drenada nas três fases do transformador. Medir também a
tensão nos enrolamentos do outro lado do Transformador se for possível.
Corrente a vazio: Perdas no ferro: Corrente a vazio %

Io
I a + Ib + Ic Pfe = Po − 3 × Rbt × I 2
I o % = × 100
Io = o
In
3
Ensaio em curto-circuito
Objetivo : determinar a impedância e a resistência porcentuais do transformador e
verificar se as perdas totais estão dentro dos limites aceitáveis
Procedimento: colocar os enrolamentos de baixa tensão do transformador em curto-
circuito, aplicar tensão com elevação gradativa aos enrolamentos de alta tensão até que
circule pelos mesmos a corrente nominal do enrolamento. Nessas condições medir
tensão, corrente e potência entregue aos enrolamentos.
Obs. Nesse caso a corrente nas três fases geralmente são iguais o que dispensa o uso
dos três amperímetros

Diagrama de ligação de instrumental utilizado no ensaio em curto-circuito


Formulário para utilização dos resultados do ensaio em curto-circuito

I A + I B + IC Wcc U cc
I cc = ≅ In RT % = × 100 Z T % = × 100
Sn Un
3
2
U 2
ZT % U RT %
ZT = × n
[Ω ] RT = × [Ω ]
n
S n 100 S n 100
Obs. O valor da resistência deverá ser corrigido para a temperatura de 75oC, conforme
a expressão, onde θ é a temperatura ambiente no momento do teste:
234,5 + 75
RT 75 = RTθ ×
234,5 + θ
A correção no valor da resistência implica na correção nos valores da impedância
porcentual e nas perdas em curto-circuito, tal como a seguir:
RT 75
XT = Z − R 2
T
2
T Z T 75 = R 2
T 75 +X 2
T Wcc 75 = Wcc
RTθ

WTotal = Wcc 75 + Wo
Modelagem de Transformadores no ATP
Para exemplificar a utilização do ATP para a representação de
transformadores trifásicos, utiliza-se o seguinte transformador como
exemplo:Sn=300 kVA; 13,8/0,38 kV; ZCC = 4,5%; RCC = 1,12%; Io =
1,8% Ligação ∆Y - Banco de Transformadores Monofásico
Unidade monofásica: - 100 kVA; 13,8/0,22 kV
Alta Tensão Baixa Tensão
13,82 × 4 ,5 0 ,22 2 × 4 ,5
Z AT = = 85,698 Ω Z BT = = 0 ,02178 Ω
0 ,1×100 0 ,1×100
13,82 ×1,12 0 ,22 2 ×1,12
RAT = = 21,329 Ω RBT = = 0 ,00542 Ω
0 ,1× 100 0 ,1× 100
X AT = 85,6982 − 21,329 2 = 83,001 Ω X BT = 0,02109 Ω
83,001 0,02109
L1 = = 110,08 mH L2 = = 0,02798 mH
2 × 0,377 2 × 0,377
RAT RBT
R1 = = 10,665 Ω R2 = = 0,00271 Ω
2 2
Transformador Saturável Monofásico

1 - O ramo de magnetização está no enrolamento 1 (primário)


2 - as perdas no ferro são representadas pela resistência RMAG
3 – A saturação é representa pelo reator pseudo-não-linear tipo 98 SATURA
4 – a indutância de dispersão e resistência de cada enrolamento são representadas
por: L1; R1; L2 e R2
Curva de Magnetização (BxH)

Vn Sn I 0 %
λn = [ Wb ] Io = 2 × × [ A]
4,44 × f Vn 100

Bi Hi
λi = × λ n [ Wb ] Ii = × Io [ A ]
Bn Hn
Dados extraídos da curva (BxH) Corrente em vazio – Alta Tensão
100.000 1,8
Io = × × 2 = 0 ,184 A ( pico )
13.800 100

Fluxo nominal
13.800
λn = = 51,80 Wb − esp
4 ,44 × 60

Resultados a serem utilizados no ATP


Modelagem de transformador trifásico utilizando o ATPDraw
Banco de transformadores monofásicos
Resultados da simulação do ensaio a vazio

VAB = 13,8 kV; Vab = 380,9 V


Resultados de simulação do ensaio em curto circuito
Corrente do lado da alta-tensão

Tensão aplicada no primário (AT) com o secundário em curto-circuito


Vcc = 621.1 V rms
Corrente no lado do secundário (lado em curto)

Cálculo da impedância e perdas em curto-cricuito:


Po = 10,665x3x12,42 + 0,00271x(448,82+448,92+449,02) = 3.278,14 W
Po =(3278,14/300.000)x100 = 1.092% Zcc=(621,1/13.800)x100 = 4,50%
Simulação da corrente de “Inrush”
Chave fecha em t = 0: Va = Vmcoswt; Vb = Vmcos(wt-120) Vc = Vmcos(wt+120)

20
[A]
15

10

-5

-10

-15

-20
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 [s] 0.5
(f ile 300kVA.pl4; x-v ar t) c:XX0013-C c:XX0015-B c:XX0017-A
Transformadores de Três Enrolamentos

As Impedâncias de dispersão podem ser determinadas pelo ensaio em curto-circuito:


1 – Z12 (enrolamento 2 em curto e o enrolamento 3 em aberto) ⇒ Z12 = Z1 + Z2

2 – Z13 (enrolamento 3 em curto e o enrolamento 2 em aberto) ⇒ Z13 = Z1 + Z3

3 – Z23 (enrolamento 3 em curto e o enrolamento 1 em aberto) ⇒ Z23 = Z2 + Z3

Onde Z1 = R1 + jX1 Z2 = R2 + jX2 Z3 = R3 + jX3


Z1 = (Z12 + Z13 – Z23)/2
Z2 = (Z12 + Z23 – Z13)/2
Z3 = (Z13 + Z23 – Z12)/2

Apesar dos valores de Z12, Z13, e Z23 serem sempre positivos, as expressões
mostram que, dependendo desses valores, o cálculo dos valores de Z1, Z2 e Z3
pode apresentar alguns resultados negativos.
Os resultados negativos representam uma regulação de tensão negativa, oriunda
dos acoplamentos entre os enrolamentos no modelo matemático.
Contudo, tais resultados podem causar instabilidade numérica em programas
computacionais que trabalham no domínio do tempo e devem ser evitados
Para eliminar esse problema pode-se desenvolver modelos matemáticos diferentes
do circuito equivalente apresentado, nos quais as impedâncias medidas Z12, Z13, e
Z23 são utilizadas. Esses modelos representam o circuito magnético do núcleo e as
respectivas reatâncias de dispersão. Como são modelos mais elaborados,
geralmente, não são muito utilizados na representação de grandes sistemas
elétricos. Como, na maioria das vezes, o valor negativo é muito pequeno, o mesmo
pode ser desprezado sem grandes erros no resultado final.
Modelagem de transformador monofásico com três enrolamentos n ATP

Observa-se que o ramo de magnetização está sempre conectado no enrolamento1


Dados de um Transformador de 3 enrolamentos:
Classe de potência 100/100/18 MVA Classe de tensão:230/88/13,8kV;
ligação: Y/Y/∆ Ensaio em vazio: perda em vazio 26 kW; corrente Io = 0,5%

Ensaio em curto-circuito:
145 ⋅100 18,4 ⋅100 19,1 ⋅100
R12 = = 0 ,145% R13 = = 0 ,102% R23 = = 0 ,106%
100.000 18.000 18.000

X 12 = 6 ,36 2 − 0 ,1452 = 6 ,358% Z12 = 0 ,145% + j 6 ,356% base 100 MVA

X 13 = 3,52 2 − 0,102 2 = 3,519% Z13 = 0 ,102% + j 3,519% base 18 MVA

X 23 = 2 ,012 − 0 ,106 2 = 2,007% Z 23 = 0 ,106% + j 2 ,007% base 18 MVA

Passando para uma base de potência comum: 100 MVA

Z12 = 0 ,145% + j 6 ,356%


100
Z13 = (0 ,102% + j 3,519% ) = 0 ,567% + j19 ,547%
18
100
(
Z 23 = 0 ,106% + j 2 ,007% ) = 0 ,589% + j11,151%
18
0,145 + 0 ,567 − 0 ,589 6 ,358 + 19,547 − 11,151
R1 = = 0 ,062% X1 = = 7 ,377%
2 2
0 ,145 + 0 ,589 − 0,567 6 ,358 + 11,151 − 19,547
R2 = = 0 ,084% X2 = = −1,019%
2 2
0 ,589 + 0 ,567 − 0 ,145 19 ,547 + 11,151 − 6 ,358
R3 = = 0 ,506% X3 = = 12,170%
2 2
Base de tensão para cada enrolamento

Enrolamento 1 ligação Y: Zbase = 2302/100 = 529 Ω

Enrolamento 2 ligação Y: Zbase = 882/100 = 77,44 Ω

Enrolamento 3 ligação ∆: Zbase = 3x13,82/100 = 5,713 Ω

R1 = 0,062x529/100 = 0,328 Ω X1 = 7,377x529/100 = 39,024 Ω L1 = 103,512 mH

R2 = 0,084x77,44/100 = 0,065 Ω X2 = -1,019x77,44/100 = -0,789 Ω L2 = -2,093 mH

R3 = 0,506x5,713/100 = 0,029 Ω X3 = 12,170x5,713/100 = 0,695 Ω L3 = 1,844 mH


Representação do transformador de três enrolamentos no ATPDraw

Resistência de Carga no
secundário 154,88 Ω/fase
Resistência de Carga no
Terciário 100 MΩ/fase
Resultado de tensão nos terminais do secundário do transformador
10,0
*10 18
7,5

5,0

2,5

0,0

-2,5

-5,0

-7,5

-10,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 [s] 0,5
(f ile tr3Widing.pl4; x-v ar t) v :X0006B v :X0006C v :X0006A

Zoom no início do processo de instabilidade


200
[kV]
150

100

50

-50

-100

-150

-200
0,080 0,085 0,090 0,095 0,100 0,105 0,110 [s] 0,115
(f ile tr3Widing.pl4; x-v ar t) v :X0006B v :X0006C v :X0006A
Para evitar a instabilidade numérica pode-se fazer o seguinte ajuste:
Fazer L2 ≅ 0, por exemplo: 10-6 mH (nunca zero para evitar erro no ATP), em seguida
ajustar o valor de L1 e L3 para manter os mesmos valores das impedâncias de
dispersão Z12 e Z13.
Então: L2 = 10-6 mH.
L1 = 103,512 - 2,093(230/88)2 = 89.215 mH e
L3 = 1,844 + 2,093.(13,8/88)2.3 = 1.998 mH
Simulação do transformador em curto-circuito
Observa-se que ao colocar o enrolamento do terciário em curto-circuito, deve-se tomar
cuidado para que o mesmo seja feito através de uma resistência de valor muito baixo,
por ex: 10-6 Ω, para evitar erro no ATP
Ensaio 12 Ensaio 13

U U

Base de 100 MVA: VCC = 14,63 kV; Base de 18 MVA: VCC = 8,1 kV;
I1= 251,1 A; I2 = 656,2 A I1= 45,23 A; I3 = 753,2 A
Ensaio 23 Base de 18 MVA: VCC = 5,454 kV;
I2= 118,1 A; I3 = 752,6 A

Com os resultados da simulação, os seguintes cálculos podem ser feitos:

Ensaio 12 Ensaio 13 Ensaio 23


Z12 = (14,63/230).100 = 6,36% Z13 = (8,1/230).100 = 3,52% Z23 = (5,454/88).100 =6,2%
P12 = 3.(0,328).(251.1)2 + P13 = 3.(0,328).(45,23)2 + P23 = 3.(0,065).(118,1)2 +
3.(0,065).(656,2)2 = 146 kW 3.(0,029).(753,2/√3)2=18,46 kW 3.(0,029).(752,6 /√3)2=19,14kW

Conclusão:
Os resultados mostraram que os ajustes efetuados foram bons em relação aos
acoplamentos dos enrolamentos primário-secundário e primário-terciário,
apresentando inadequado para o acoplamento secundário-terciário. Contudo, há de se
reconhecer que esse acoplamento não relevante, uma vez que a fonte de potência
tipicamente está ligada ao primário. Caso isso não seja verdade um modelo mais
elaborado deve ser construído.
Modelagem de indutores saturáveis com
entreferros
Dados do Reator:
- Unidade Monofásica de 1,0 MVAr; Un = 13,8 kV;
- Densidade de fluxo B = 1,6 Tesla; Sm = 0,09m2 ; Nespiras = 360
- Perda total = 1, %; Resistência do enrolamento = 0,95 Ω
- Modelagem de Reator Saturável sem histerese tipo 98.
Analisar a corrente de energização em diferentes instantes de
fechamento da chave.
Obs: 1T = 104 gauss; 1 oersted = 79,554 A/m
Núcleo Magnético
Característica de Magnetização
H (oersted) B (gauss)

0,192 5.200

0,305 11.000

0,590 15.000

0,960 16.000

2,000 17.000

7,200 18.000

18,000 18.600

100,00 19.800

200,00 20.280

Chapa de aço Acesita GO E05 – 0,30mm de espessura.


1000 l n = 240 cm
In = = 72 ,46 A
13800
0 ,96 ⋅ 79,55 ⋅ 2,4
ℑ = H n ⋅ l n = N ⋅ I fe ⇒ I fe = = 0 ,509 A
360
Ipico Fluxo
I ar = 72 ,46 − 0 ,36 = 72 ,10 A 0,162 35,61
0,509 51,80
13800 ⋅103
Lar = = 507 ,7 mH 3,818 58,28
72 ,10 ⋅ 2 ⋅ π ⋅ 60 106,0 65,66
U

900
[A]
750

600

450

300

150

0
0,00 0,02 0,04 0,06 0,08 [s] 0,10
(f ile reator1.pl4; x-v ar t) c:XX0005-XX0010

Corrente de energização máxima – no momento em que chave fecha, a tensão


está passando pelo valor nulo.

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