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NTBD 3.01-0
Proteção de Redes de Distribuição Aérea
Primária

DIRETORIA DE DISTRIBUIÇÃO
SUPTCIA. DE COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA DA DISTRIBUIÇÃO
DEPTO. DE ENGENHARIA DA DISTRIBUIÇÃO

PREPARADO VERIFICADO APROVADO DATA


NELSON M. MATSUO HELIO DE ARAUJO FREDERICO W.S.BARBOSA
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PUBLICAÇÃO: PND 3.1 PROJETO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA PRIMÁRIA
DATA DE EMISSÃO DA PUBLICAÇÃO: 12/87
DATA DE EMISSÃO DESTE FORMULÁRIO: 12/87

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a b c d e f a b c d e f
1 4.9
2 4.10
3
4
5 5.1
6 5.2
7 5.3
8 5.4
1.1 5.5
5.6
5.7
5.8
2.1 5.9
2.2 5.10
2.3 5.11
5.12
3.1 5.13
3.2 5.14
3.3 5.15
3.4 5.16
3.5 5.17
3.6 5.18
5.19
5.20
4.1 5.21
4.2 5.22
4.3 5.23
4.4 5.24
4.5 5.25
4.6 5.26
4.7 5.27
4.8 5.28
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a b c d e f a b c d e f
5.29 7.13
5.30 7.14
5.31 7.15
5.32 7.16
5.33 7.17
5.34 7.18
5.35 7.19
5.36 7.20
5.37 7.21
5.38 7.22
5.39 7.23
5.40 7.24
5.41 7.25
5.42 7.26
5.43 7.27
5.44 7.28
5.45 7.29
5.46 7.30
7.31
7.32
6.1 7.33
6.2 7.34
6.3 7.35
6.4 7.36
6.5 7.37
7.38
7.39
7.40
7.1 7.41
7.2
7.3
7.4
7.5 8.1
7.6 8.2
7.7 8.3
7.8 8.4
8.5
8.6
8.7
8.8
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a b c d e f a b c d e f
8.9 8.49
8.10 8.50
8.11 8.51
8.12 8.52
8.13 8.53
8.14 8.54
8.15 8.55
8.16 8.56
8.17 9.1
8.18 9.2
8.18
8.20
8.21
8.22
8.23
8.24
8.25
8.26
8.27
8.28
8.29
8.30
8.31
8.32
8.33
8.34
8.35
8.36
8.37
8.38
8.39
8.40
8.41
8.42
8.43
8.44
8.45
8.46
8.47
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RESUMO

Esta norma tem por objetivo fixar critérios e metodologias para o estudo de proteção contra
sobrecorrentes nas redes de distribuição aérea primária.

Deve ser aplicada nos projetos de ampliação, melhoria das redes ou conexão de cargas, visando
garantir a adequada continuidade de fornecimento aos consumidores, bem como minimizar os
danos aos equipamentos devidos às correntes de falta.

Em sua aplicação poderá ser necessário consultar as seguintes publicações:

- NTBD 2.02-0: Projeto de redes de distribuição aérea primária;

- NTBD 2.01-0: Projeto de redes de distribuição aérea secundária;

- NTBD 3.02-0: Compensação de reativos e regulação de tensão em redes de distribuição aérea


primária.
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TERMINOLOGIA BÁSICA

a) Elementos Componentes da Rede Primária

- Rede Primária
Conjunto qualquer de circuitos primários alimentados por uma ou mais ETDs.

- Circuito Primário
Parte da rede elétrica destinada a alimentar diretamente ou por intermédio de ramais ou sub-ramais as
cargas elétricas conectadas a Ets, Ips e Eps, termos estes a seguir definidos.

- Estação Transformadora de Distribuição (ETD)


Subestação alimentada em tensão de transmissão/subtransmissão, através da qual são alimentados os
circuitos de distribuição primária.

- Estação Transformadora (ET)


Subestação aérea constituída de um ou mais transformadores de distribuição, alimentados em tensão
primária, dos quais são derivados os circuitos de distribuição secundária.

- Estação Transformadora de Iluminação Pública (IP)


Subestação aérea tipo ET para serviço de iluminação pública.

- Entrada Primária (EP)


Consumidor alimentado em tensão primária.
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- Tronco de Alimentador
Circuito primário principal, alimentado através de uma ETD, do qual podem ser derivados
ramais para distribuição de energia elétrica.

- Ramal de Alimentador (Ramal)


Parte de um circuito primário derivado diretamente de um tronco de alimentador.

- Sub-Ramal
Parte de um circuito primário que deriva diretamente de um ramal de alimentador.

b) Temos Gerais para Estudo de Proteção

- Falta ou Falha
Termo que se aplica a todo fenômeno acidental que impede o funcionamento de um sistema
ou equipamento elétrico.

- Curto-Circuito
Ligação intencional ou acidental entre dois ou mais pontos de um circuito, através de
impedância desprezível, estando tais pontos com potenciais diferentes.

- Sobrecorrente
Intensidade de corrente superior à máxima permitida para um sistema, equipamento elétrico ou
componente.

- Coordenação de Proteções
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Estudos que visa a escolha adequada das características nominais e ajustes de disparo dos
equipamentos de proteção pertencentes a um circuito elétrico de modo que, na ocorrência de
faltas, tais equipamentos atuem seletivamente.

- Seletividade
Critério de atuação das proteções de um sistema elétrico que, na ocorrência de uma falta, visa
restringir ao mínimo o número de circuitos a serem desligados.

- Seqüência de Operação de Religamento (Seqüência de Operação)


Sucessão de desligamento e religamento de um equipamento na tentativa de eliminar faltas de
natureza transitória, visando a continuidade de serviço do sistema.

- Zona de Proteção
É o trecho da rede protegido por um dispositivo de proteção para um determinado nível e tipo
de curto-circuito.

c) Equipamento de Proteção

- Elo Fusível
Elemento sensível a sobrecorrente incorporado às chaves fusíveis que em conjunto com os
mesmos podem interromper os circuitos elétricos para determinadas magnitudes de corrente.

- Chave Fusível (ou Corta-Circuito)


Dispositivo constituído de um porta-elo-fusível e outras partes que tem como função a abertura
do circuito na ocorrência de sobrecargas anormais.

- Religador Automático
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Dispositivo destinado a interromper e efetuar religamentos nos circuitos de distribuição


primária com características de operação rápida e/ou temporizada.

- Seccionalizador automático
Dispositivo projetado para operar de forma coordenada em conjunto com religadores
automáticos ou mesmo com disjuntores equipados com relé de religamento.

- Relé de Sobrecorrente
Dispositivo destinado a operar de forma rápida ou temporizada na ocorrência de sobrecorrentes
anormais nos circuitos de distribuição. Os relés de sobrecorrente atuam sobre os circuitos de
disparo nos disjuntores das ETDs que por sua vez interrompem os circuitos faltosos.
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NTBD 3.01-0 Proteção de Redes de Distribuição Aérea Primária

ÍNDICE

PÁGINA
RESUMO 1

TERMINOLOGIA BÁSICA 2

ÍNDICE 6

1. INTRODUÇÃO 1.1

2. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO 2.1


2.1. Subestação de Distribuição (ETD) 2.1
2.2. Circuitos de Distribuição 2.2
2.3. Níveis Máximos de Curto-Circuito Trifásicos na
Barras das ETDs 2.2
2.4. Níveis Básicos de Isolamento (NBI) 2.3

3. ASPECTOS GERAIS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO 3.1


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3.1. Desempenho de um Esquema de Proteção 3.1


3.2. Tipos de Falta 3.1
3.3. Magnitude das Correntes de Falta 3.4.
3.4. Equipamentos de Proteção 3.5
3.5. Locação dos Equipamentos de Proteção 3.5
3.6. Coordenação e Ajustes dos Equipamentos de
Proteção 3.6

4. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO ESTUDO 4.1


4.1. Etapas do Estudo 4.1
4.2. Coleta de Dados 4.1
4.3. Fases Seguintes 4.7

5. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 5.1


5.1. Chave Fusível ou Corta-circuito 5.1
5.2. Religador Automático 5.5
5.3. Seccionalizadores 5.27
5.4. Relé de Sobrecorrente 5.33

6. LOCAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS 6.1


6.1. Geral 6.1
6.2. Critérios para Localização dos Elementos de
Proteção 6.1

7. CÁLCULO DAS CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO 7.1


7.1. Geral 7.1
7.2. Dados para o Cálculo das Correntes de
Curto-Circuito 7.3
7.3. Obtenção do Diagrama de Impedâncias de
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Seqüência Positiva 7.6


7.4. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito
Trifásico – Valor Simétrico 7.15
7.5. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito
Fase-Fase – Valor Simétrico 7.17

7.6. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito


Fase-Terra – Valor Simétrico 7.17
7.7. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito
para Circuitos Bifásicos e Monofásicos 7.19
7.8. Representação de Outros Tipos de Transformadores
em Uso no Sistema da Bandeirante para Cálculo das
Correntes de Curto-Circuito 7.21
7.9. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito
- Valor Assimétrico 7.22
7.10. Exemplo de Aplicação 7.24

8. COORDENAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE


PROTEÇÃO 8.1
8.1. Geral 8.1
8.2. Coordenação Relé – Elo Fusível 8.4
8.3. Coordenação Relé – Religador 8.12
8.4. Coordenação Religador-Fusível 8.22
8.5. Coordenação Religador-Religador 8.34
8.6. Coordenação Religador-Seccionalizador 8.39
8.7. Coordenação Religador-Seccionalizador-Elo
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Fusível 8.40
8.8. Critérios para Coordenação de Elos Fusíveis 8.40
8.9. Coordenação das Proteções de Entradas
Primárias (EP) 8.48
8.10.Critérios para Proteção de Banco de Capacitores 8.55

9. BIBLIOGRAFIA 9.1

1. INTRODUÇÃO

A definição do esquema de proteção para um sistema elétrico deve ser efetuada com base em um
estudo cuidadoso. É necessário conhecer profundamente as características operacionais dos
equipamentos, as solicitações normais causadas pelo carregamento devido aos consumidores,
bem como aquelas oriundas das falhas. Além disso, é indispensável levar em consideração a
continuidade na rede e as restrições de ordem econômica.

Os requisitos da adequada proteção aos equipamentos, da boa continuidade de serviço e do custo


adequado ao do sistema de distribuição em estudo, freqüentemente se revelam incompatíveis entre
si. Dessa forma, o estudo da proteção exige a adoção de soluções de compromisso entre as
exigências acima, visando a obtenção da melhor relação entre os benefícios técnicos obtidos e os
custos referentes ao esquema adotado.

Esta norma apresenta os critérios e métodos indicados para a definição do esquema de proteção
contra sobrecorrentes, sendo a proteção contra sobretensões abordada na PND-2.1: “Projeto de
Redes de Distribuição Aérea Primária”. A estruturação aqui adotada é a seguinte:
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- os Capítulos iniciais (2, 3, 4 e 5) apresentam os critérios gerais de proteção, características


principais do sistema de distribuição, roteiro básico do estudo e descrição dos equipamentos de
proteção utilizados pela Empresa. Esta parte tem por finalidade fornecer uma visão geral do
problema;

- os Capítulos 6, 7 e 8 fornecem critérios e procedimentos para a seleção e localização dos


dispositivos, cálculos de curto-circuito e estudo de coordenação.

2. CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO

2.1. Subestação de Distribuição (ETD)

As subestações recebem energia dos sistemas de transmissão/subtransmissão e abaixam o nível


de tensão para as tensões de distribuição primária:

- 34.5 KV
- 23.0 KV
- 13.2 KV
- 6.6 KV
- 3.8 KV

As relações de transformação e tipos de ligação dos enrolamentos dos transformadores da ETDs


são os seguintes:

Relação de Tipo de Ligação


Transformação Entre os Enrolamentos
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88/34.5 KV ---------------Triângulo/Estrela Aterrada ou


Triângulo/Triângulo + Trafo de Aterramento

88/23.0 KV --------------- Triângulo/Estrela Aterrada

88/23.0 KV --------------- Estrela/Triângulo + Trafo de Aterramento

88/13.8 KV --------------- Triângulo/Estrela Aterrada

88/6.6 KV --------------- Triângulo/Estrela Aterrada

88/3.8 KV --------------- Triângulo/Estrela Aterrada

138/13.8 KV --------------- Estrela/Triângulo/Estrela Aterrada

345/34.5 KV --------------- Estrela/Triângulo + Trafo de Aterramento

2.2. Circuitos de Distribuição

a) Tipo do circuito quanto ao número de fases e número de condutores:

- Circuito trifásico a 4 fios sendo o neutro contínuo, multi-aterrado e interligado à malha da ETD;

- Circuitos monofásicos com neutro contínuo, multi-aterrado e interligado à malha da ETD;

- Circuitos bifásicos com neutro contínuo, multi-aterrado e interligado à malha da ETD.


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b) Condutores utilizados nos circuitos aéreos:

- Condutores de fase:

. Cabo tipo CAA ou CA nas bitolas 1/0 AWG, 3/0 AWG e 336, 4 MCM.

- Condutores de neutro:

. cabo tipo CA ou CAA nas bitolas 1/0 e 3/0.

2.3. Níveis Máximos de Curtos-Circuitos Trifásicos nas Barras das ETDs

Deverão ser obtidos para cada caso os níveis de curto-circuito para as tensões nominais e
condições normais de operação.

2.4. Níveis Básicos de Isolamento (NBI)

A Tabela 2.2 apresenta os níveis básicos de isolamento exigidos nos equipamentos do sistema de
distribuição:

TENSÃO (KV) 3,8 6,6 13,8 23 34,5

NBI (KV) 60 95 95 150 150/200


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Tabela 2.2 – Níveis Básicos de Isolamento dos Equipamentos

3. ASPECTOS GERAIS DOS SISTEMAS DE PROTEÇÃO

3.1. Desempenho de um Esquema de Proteção

Em sistemas aéreos de distribuição os esquemas de proteção deverão atender aos seguintes


aspectos:

- proteção de materiais e equipamentos contra danos causados por correntes de curtos-circuitos


ou sobrecargas anormais;

- melhoria da confiabilidade da rede aérea de modo que na ocorrência de uma falta, as proteções
atuem seletivamente e num tempo satisfatório de modo a minimizar o número de consumidores
atingidos;

- racionalização dos custos dos esquemas de proteção.

3.2. Tipos de Falta


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Os tipos de falta em sistemas trifásicos encontram-se representados na Figura 3.1 e 3.2 para
transformadores com ligação triângulo/estrela aterrada e triângulo/triângulo + transformador de
aterramento, respectivamente.

FIGURA 3.1
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3.3. Magnitude das Correntes de Falta

A magnitude das correntes de falta é obtida através da metodologia para cálculo das correntes de
curto-circuito apresentada no Capítulo 8 desta norma.

Basicamente os níveis de curto-circuito dependerão dos seguintes pontos:

- distância da ocorrência do defeito em relação a ETD;

- tipo da falha;

- potência de curto-circuito do sistema de transmissão/subtransmissão que alimenta a ETD;

- impedâncias do transformador da ETD e do transformador de aterramento; impedância de


aterramento;
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- características dos condutores do tronco de alimentador, ramais e sub-ramais;

- contribuição das fontes de curto-circuito existentes, instaladas nos consumidores, tais como
motores síncronos e assíncronos de potência nominal elevada.

3.4. Equipamentos de Proteção

Os equipamentos de proteção utilizados nas redes aéreas de distribuição primária são


basicamente:

- chave fusível, elo fusível;

- religador automático;

- seccionalizador automático;

- relé de sobrecorrente.

A função e características principais de cada equipamento de proteção encontram-se descritas no


Capítulo 5 deste manual.
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3.5. Locação dos Equipamentos de Proteção

A locação dos equipamentos de proteção deve objetivar basicamente os seguintes pontos:

-minimizar o número de consumidores atingidos na ocorrência de faltas no sistema de distribuição


primária;

- possibilitar condições de religamento do sistema em tempo programado, na ocorrência de faltas


transitórias;

- na ocorrência de defeitos permanentes no sistema, restringir o desligamento apenas ao ramal


defeituoso, permitindo continuidade de serviço ou religamento dos demais ramais ou troncos de
alimentadores;

- estabelecer esquemas de proteção econômicos em função das particularidades de cada sistema


de distribuição primária, tais como:

. tipos de carga;
. importância dos consumidores;
. densidade dos alimentadores ou ramais;
. trajeto dos circuitos por zonas de risco.

Os critérios para locação dos equipamentos de proteção são apresentados no Capítulo 6 desta
norma.
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3.6. Coordenação e Ajustes dos Equipamentos de Proteção

As características de atuação dos equipamentos de proteção deverão ser escolhidos e ajustadas


de modo a:

- proporcionar desligamentos seletivos dos circuitos elétricos na ocorrência de sobrecorrentes


anormais, minimizando o número de consumidores atingidos por tais desligamentos;

- garantir que os limites de suportabilidade térmica dos vários equipamentos da rede aérea não
sejam ultrapassados durante a ocorrência de sobrecorrentes anormais.

Os critérios de coordenação e ajustes dos equipamentos de proteção são apresentados no


Capítulo 8 desta norma.

4. ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DO ESTUDO

4.1. Etapas do Estudo

A elaboração de um estudo de proteção pode ser dividida nas seguintes etapas:

a) Coleta de dados;
b) Locação dos elementos de proteção;
c) Obtenção das impedâncias de seqüência positiva e de seqüência zero;
d) Cálculo das correntes de curto-circuito;
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e) Elaboração de diagrama unifilar para o estudo de coordenação da proteção;


f) Estudo de coordenação da proteção.

4.2. Coleta de Dados

Na fase de coleta de dados será elaborado um diagrama unifilar básico em formato A3 intitulado
“DIAGRAMA UNIFILAR BÁSICO – DADOS PARA ESTUDO DE PROTEÇÃO”, que deverá conter no
mínimo as seguintes informações:

a) Nome e designação da ETD ou ETDs que alimentarão o sistema de distribuição.

b) Tensão nominal do sistema de transmissão/subtransmissão – VI (KV).

c) Tensão nominal do sistema de distribuição V2 (KV).

d) Potências de curto-circuito do sistema de transmissão/subtransmissão:


- Scc30(MVA) - trifásica;
- Scc0T(MVA) - fase-terra.

e) Características técnicas dos transformadores abaixadores que alimentarão os circuitos de


distribuição em estudo:

- Potência nominal – ST (MVA);

- Tipo de ligação entre os enrolamentos de tensão superior;

- Tipo de ligação entre enrolamento de tensão inferior;


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- Tensão nominal do enrolamento de tensão superior VT1 (KV);

- Tensão nominal do enrolamento de tensão inferior VT2 (KV);

- Tensão nominal do enrolamento de tensão intermediária caso o transformador possua três


enrolamentos VT3 (KV);

- Impedância percentual ou de curto-circuito:

. ZT (%) – entre os enrolamentos de tensão superior e os enrolamentos de tensão inferior, no


caso de transformadores de dois enrolamentos;

. ZT12 (%), ZT23 (%) E ZT13 (%) – entre os enrolamentos de tensão superior e inferior
(ZT12), entre os enrolamentos de tensão inferior e intermediária (ZT23) e entre os
enrolamentos de tensão superior e intermediária (ZT13), no caso de transformadores de três
enrolamentos.

f) Características técnicas dos transformadores de aterramento:

- Potência nominal – STA (MVA);

- Tensão nominal – VTA (KV);

- Impedância percentual ou de curto-circuito: ZTA (%) ou em ohms.


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g) Características técnicas dos condutores aéreos de cada tronco de alimentador, ramal ou sub-
ramal pertinentes aos circuitos de distribuição em estudo:

- Condutores de Fase:

. tipo do condutor;

. bitola (AWG) ou secção transversal padronizada em milímetros quadrados (ABNT);

. extensão dos ramos (Km);

. impedância equivalente dos condutores Z1 em (0hms/Km) por fase.

- Condutores de Neutro:

. tipo do condutor;

. bitola do condutor (AWG) ou secção transversal padronizada (ABNT);

. tipo de aterramento do neutro;

. impedância equivalente dos condutores de neutro em função do tipo de circuito de distribuição


primária e da resistividade média do solo Zn (0hms/Km) por fase.
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h) Dados das entradas primárias:


- Ponto de conexão ao circuito de distribuição primária;

- Demanda máxima (KW);

- Potência instalada (KVA);

- Número e características técnicas principais dos transformadores instalados:


. potência nominal (KVA);

. impedância percentual (%);

. relação de transformação.

- Designação (*) para consumidores classificados como especiais:

- Tipo de carga:

. motores C.A. (síncronos ou assíncronos);

. acionamentos em corrente contínua;

. fornos elétricos;

. iluminação;

. aquecimento;
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. outros.

- Previsão de ampliação para um horizonte de 5 anos.

i) Estações transformadoras (Ets):


- Ponto de conexão;

- Tipo do transformador: trifásico ou monofásico;

- Potência nominal.

j) Designação dos pontos relevantes do circuito através de números:

- Barras das ETDs;

- Derivações dos troncos de alimentadores em ramais e destes em sub-ramais;

- Pontos de conexão das EPs e ETs.

k) Previsão de expansão do sistema.

Na figura 4.1 encontra-se representado um diagrama unifilar básico resumindo os dados básicos
para o estudo de proteção.
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4.3. Fases Seguintes

Após a coleta dos dados iniciais, a seqüência de etapas será:

a) Locação dos equipamentos de proteção


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Com base nas considerações do Capítulo 6, deverão ser locados os equipamentos de proteção
no diagrama unifilar para estudo de coordenação de proteções.

b) Obtenção das impedâncias de seqüência positiva e seqüência zero

Com base nas considerações do Capítulo 7 deverão ser obtidas em 0hms os valores das
impedâncias de seqüência positiva e seqüência zero.

c) Cálculo dos níveis de curto-circuito

Com base nas considerações do item 7.4 do Capítulo 7 deverão ser calculadas para os pontos
relevantes dos circuitos:

- Icc3Ø - corrente de curto-circuito trifásico (A)

- Icc Ø Ø - corrente de curto-circuito fase-fase (A)

- Icc ØTmax - corrente de curto-circuito fase-terra máxima (A)

- Icc ØTmin - corrente de curto-circuito fase-terra mínima (A)

Serão considerados pontos relevantes do circuito de distribuição:

- Barras das ETDs de nível de tensão de distribuição primária;

- Derivações dos troncos de alimentadores;

- Derivação dos ramais;


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- Derivações dos sub-ramais;

- Conexões das entradas primárias (EPs);

- Conexões das estações transformadoras (ETs);

- Terminações dos circuitos de distribuição.

d) Elaboração de diagrama unifilar intitulado “DIAGRAMA INIFILAR PARA ESTUDO DA


COORDENAÇÃO DAS PROTEÇÕES” que deverá conter as seguintes informações:

- Traçado básico dos circuitos de distribuição primária;

- Designação das ETDs, consumidores primários e estações transformadoras;

- Indicação das correntes nominais (valores máximos) previstos para os troncos de


alimentadores, ramais e sub-ramais;

- Indicação das correntes de curto-circuito para os pontos relevantes do circuito com base na
seguinte convenção:

Icc3Ø Curto-circuito trifásico


IccØTmax Curto-circuito fase-terra máximo
IccØTmin Curto-circuito fase-terra mínimo
IccØØ Curto-circuito fase-fase
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e) Estudo de coordenação das proteções


Com base nas informações obtidas no diagrama unifilar para estudo da coordenação das
proteções e nos critérios prescritos no Capítulo 8 serão escolhidos os valores nominais dos
equipamentos de proteção assim como o ajuste das características de atuação dos mesmos.

Terminada a fase de estudo da coordenação, os valores nominais e ajustes das características


de atuação dos elementos de proteção deverão ser registrados em diagrama unifilar
denominado “DIAGRAMA UNIFILAR GERAL” conforme representa a Figura 4.2.

Os valores nominais e características de atuação dos equipamentos de proteção deverão ser


registrados nas folhas de controle para o respectivo sistema em estudo.

FIGURA – 4.2
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4 NTBD 3.01-0

5. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

5.1. Chave Fusível ou Corta Circuito


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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

5.1.1. Requisitos Técnicos Principais

- Corrente nominal

Deverá ser igual ou superior a 150% do valor nominal do elo fusível a ser instalado na mesma.

- Capacidade de interrupção

Deverá ser igual ou superior a máxima corrente ASSIMÉTRICA de curto-circuito no ponto da


instalação, calculada conforme critérios do Capítulo 7.

- Dispositivo para abertura em carga

Visando possibilitar o desligamento de ramais sem necessidade de prejudicar o fornecimento


de energia a outros consumidores ligados no mesmo circuito, deverão ser utilizadas chaves
fusíveis equipadas com dispositivos para abertura em carga.

5.1.2. Características Técnicas Principais das Chaves Fusíveis

Para sistema trifásico a quatro fios com neutro multi-aterrado, as chaves fusíveis possuem as
características técnicas principais resumidas na Tabela 5.1.

Tensão Nominal do Máxima Tensão de NBI Corrente Nominal Capacidade de


Sistema Projeto Interrupção
Assimétrica
(KV) (KV) (KV) (A) (A)
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4 NTBD 3.01-0

3.8 5.2 60 100/200 2000

6.6 / 13.8 15 95 100/200 8000/10000

23 27 150 100 6300

34.5 38 150 100 5000

Tabela 5.1

5.1.3. Características Técnicas Principais dos Elos Fusíveis

- Os elos utilizados para proteção das redes aéreas primárias são do tipo “K” rápido, cujas
correntes nominais e curvas características encontram-se representadas na Figura 5.1.

FIGURA 5.1 – FUSÍVEIS TIPO “K “


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Cód. Distr. Assunto: No
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- As curvas características dos elos fusíveis são as curvas t ( tempo ) x I (corrente) que
representam o tempo necessário para a fusão do elo em função da corrente passante. Tais
curvas características representam curvas médias obtidas pelos fabricantes através de
ensaios sob condições pré-determinadas.
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- As curvas características são fornecidas através de uma região de pontos de desligamento,


delimitada pela curva de fusão ( tempo mínimo ) e pela curva de fusão ( tempo total ).

Exemplo: Para uma corrente passante de 100 A o elo fusível tipo 25 K atuará para um tempo
mínimo aproximado de 3,4 Seg. e um tempo total aproximado de 5,5 seg.

5.1.4. Critérios Básicos para a Escolha da Capacidade do Elo Fusível

- Corresponder o mínimo a 150% da máxima corrente de carga medida ou convenientemente


avaliada no ponto de locação considerado.

- No caso do sistema com neutro multi-aterrado:

a) Circuitos Monofásicos

Corresponder no máximo a 35% do valor da corrente de curto-circuito fase-terra no fim do


ramal.

b) Circuitos Bifásicos ou Trifásicos

Corresponder no máximo a 45% do valor da corrente de curto-circuito fase-fase no fim do


ramal.

Nos casos a e b acima, deve-se considerar, se possível, o trecho para o qual o elo fusível é
proteção de retaguarda.
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

5.2. Religador Automático

5.2.1. Definições Gerais

- Princípio de Funcionamento

Quando um religador detecta uma condição anormal de sobrecorrente, o mesmo interrompe tal
corrente através de abertura de deus contatos. Os contatos são mantidos abertos durante um
determinado tempo, chamado tempo de religamento, após o qual se fecham automaticamente
para reenergização do circuito.

Se no instante do fechamento dos contatos ( Religamento ), a condição anormal de


sobrecorrente persistir, a seqüência abertura/fechamento é repetida até três vezes
consecutivas. Após a Quarta abertura, os contatos do religador ficam abertos e travados, sendo
que o novo fechamento só poderá ser manual.

Caso o defeito desapareça após o primeiro, segundo ou terceiro disparo, o mecanismo rearmar-
se-á automaticamente tornando o religador apto a realizar novamente a seqüência completa de
quatro operações.

- Seqüência de Operações
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Cód. Distr. Assunto: No
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As operações de um religador de quatro operações podem ser combinadas nas seguintes


seqüências:

. uma rápida e três retardadas;


. duas rápidas e duas retardadas;
. três rápidas e uma retardada;
. todas rápidas;
. todas retardadas.

5.2.2. Condições Básicas para instalação de Religadores

A instalação de religadores requer que as seguintes condições sejam satisfeitas:

a) A corrente nominal da bobina série deve ser igual ou maior que a corrente máxima de carga
no ponto considerado para instalação do religador. O critério para determinação da máxima
carga no ponto de locação deverá incluir:

- Condições usuais de manobra;


- Previsão de crescimento de carga.

b) A capacidade de interrupção deve ser maior que a máxima corrente de curto-circuito trifásica
calculada no ponto de sua instalação.

c) A corrente de curto-circuito máxima assimétrica no ponto da instalação, obtida conforme


critérios do item 7.8, deverá ser menor que a corrente máxima de interrupção assimétrica do
religador.

d) Corrente de disparo da bobina série:


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Cód. Distr. Assunto: No
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- Deverá ser menor que a mínima corrente de curto-circuito fase-fase, no caso do religador
possuir disparos para faltas à terra;

ou

- Deverá ser menor que a mínima corrente de curto-circuito no trecho protegido quando o
religador não possuir sistema de disparo para faltas à terra.

e) A corrente de disparo para faltas à terra deverá ser menor que a mínima corrente de curto-
circuito fase-terra na zona de proteção e maior que a máxima corrente de desequilíbrio
admitida para o sistema, considerando a queima de um fusível no lado da carga.

f) Como regra geral as correntes de disparo devem ser menores do que as correntes de curto-
circuito na zona de proteção do equipamento, incluindo, sempre que possível, os trechos a
serem adicionados quando se realizarem manobras consideradas usuais.

g) Caso o critério de inclusão de trechos sob manobras acarretar coordenação insatisfatória


entre as proteções do sistema, devido a sensibilidade das bobinas de disparo ser reduzida,
tal condição não deverá ser considerada no dimensionamento de tais bobinas.

h) O religador deverá ser equipado com dispositivo de proteção para à terra compatível com o
tipo de aterramento do sistema:

- Solidamente aterrado;
- Aterramento através de impedância;
- Isolado.
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

i) Tensão nominal da bobina de fechamento ou de potencial deve ser igual à tensão entre fases
do sistema.

j) Demais características do religador, tais como: tensão nominal, freqüência nominal e NBI,
deverão ser compatíveis com os valores do sistema onde for instalado.

k) Seqüência de operações recomendada:

a) duas rápidas e duas temporizadas no caso de não existir seccionalizador em série com
fusível no lado da carga;

b) em caso contrário recomenda-se uma operação rápida e três operações temporizadas;

c) em casos especiais, conforme a necessidade de coordenação entre proteções, a


seqüência de operações para faltas entre fases poderá ser diferente da seqüência de
operações para faltas à terra;

d) em casos especiais pode ser utilizado um número total de operações menor do que
quatro.

A figura 5.2 ilustra as sequências de operações acima descritas na ocorrência de uma falta.

5.2.3. Tipos e Características Técnicas Primárias dos religadores Utilizados pela Empresa.

Na Tabela 5.2 encontram-se os dados técnicos dos religadores utilizados pela Empresa.
Sequência 2I + 2T

Icc

Inom

Sequência 1I + 3T

Icc

Inom

to t

LEGENDA: to - Instante de ocorrência do curto circuito


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RELIGADORES AUTOMATICOS INOM (A) IMIN DE CAPACIDADE DE


INTERRUP. (A) INTERRUPÇÃO
TIPO Nº DE VNON NBI CAMARA BOB. BOB. BOB. BOB.
FASES (KV) (KV) SERIE TERRA SERIE TERRA
KF 3 14,4 110 Vácuo 100 70 200 70
160 100 320 100 6000
225 140 450 140
R 3 14,4 100 Óleo 100 63,5 200 63,5
160 110 320 110 4000
225 154 450 154
RV 3 24,4 150 Óleo 50 63,5 100 63,5
100 110 200 110 6000
140 280
L 1 14,4 110 Óleo 100 - 200 -
4000
SEV 3 14,4 110 Vácuo - - - -
6000
ESV 3 24,0 150 Vácuo - - - -
12000

Para tais religadores os valores das correntes das bobinas série e terra poderão ser escolhidos
independentemente, por exemplo, ao fixar-se 100 A para bobina série de um religador tipo KF, pode-se
escolher a bobina terra com corrente nominal de 140 A, 100 A ou 70 A.

Tabela 5.2
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5.2.4. Dados Complementares

Os religadores automáticos classificam-se de acordo com as seguintes características:

- monofásicos ou trifásicos;

- controle hidráulico ou eletrônico;

- interruptor a óleo ou a vácuo.

a) Religadores monofásicos

São utilizados para proteção de linhas monofásicas ou ramais monofásicos de alimentadores


trifásicos.
Tais religadores podem ser utilizados também em circuitos trifásicos onde as cargas forem
predominantemente monofásicas.
Desta forma, na ocorrência de uma falta permanente para a terra, somente a fase com defeito
será bloqueada enquanto o serviço é mantido para as cargas monofásicas alimentadas pelas
fases não defeituosas.

b) Religadores Trifásicos

Os religadores trifásicos são utilizados onde é necessário o bloqueio das três fases
simultaneamente, para qualquer tipo de defeito permanente, evitando-se que cargas trifásicas
sejam alimentadas com apenas uma ou duas fases.
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

No caso de motores trifásicos, a alimentação com uma ou duas fases provoca aquecimentos
indesejáveis, resultante do desequilíbrio de tensões de alimentação, podendo implicar numa
diminuição da vida útil dos motores ou mesmo a queima dos enrolamentos, caso não
possuam proteções térmicas adequadas, o que acontece para a maioria dos motores C.A. de
pequena potência.

c) Religadores com Operação Monofásica e Bloqueio Trifásico

São religadores constituídos de três unidades religadoras monofásicas montadas num único
tanque e interligadas entre si de modo a realizar o bloqueio trifasicamente.

Cada fase opera independentemente com as correntes de defeito. Se qualquer das fases
percorrer a seqüência de operações programada implicando no bloqueio da mesma, as outras
duas fases serão disparadas e bloqueadas pelo mecanismo que as interliga.

Os religadores Mc Graw Edison tipo 3H, 6H e V6H possuem essa característica de operação,
entretanto, a Bandeirante não tem utilizado tais tipos de religadores em seu sistema.

Todos os demais tipos de religadores trifásicos, operam e bloqueiam sempre trifasicamente,


independentemente do tipo de defeito ocorrido.

d) Religadores Controlados Hidraulicamente


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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Nos religadores com este tipo de controle, as correntes são detectadas pelas bobinas de
disparo que estão ligadas em série com o circuito de distribuição.

Quando através das bobinas de disparo fluir uma corrente igual ou superior a corrente mínima
de disparo do religador, o núcleo associado é atraído para o seu interior, provocando a abertura
dos contatos principais do religador.

O mecanismo de fechamento dos religadores com controle hidráulico pode ser dois tipos:

- Nos religadores da Mc Graw Edison de corrente nominal até 200 A, são empregadas molas
de fechamento, que são carregadas pelo movimento do núcleo da bobina série.

- Nos religadores do mesmo fabricante, porém de correntes nominais de 280, 400 e 560A, o
fechamento é realizado através de outra bobina ( bobina de fechamento ) que é energizada
pela tensão de linha.

Neste tipo de religador, deve-se ter o cuidado de ligar do lado da fonte de energia as buchas
correspondentes ao lado da bobina de fechamento.

O sistema de controle hidráulico é econômico, simples e de grande vida útil. Tais


características são importantes para áreas de baixa densidade de carga ou para outras áreas
que não requeiram níveis precisão acentuados na operação do religador, tais como:

. correntes de disparo de baixa magnitude, tanto para fase como para neutro;

. característica muito rápida na interrupção.

e) Religadores Controlados Eletronicamente


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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Com este tipo de controle, o religamento apresenta maior flexibilidade e facilidade para ajustes
e ensaios, além de maior precisão comparativamente ao religador de controle hidráulico.

Tais vantagens devem ser no entanto economicamente avaliadas, antes de se escolher entre
um religador de controle hidráulico ou com controle eletrônico.

O controle eletrônico é abrigado em caixa separada do religador permitindo as seguintes


modificações de ajustes no equipamento, sem que seja necessário sua abertura:

. características tempo x corrente;


. níveis de corrente de disparo;
. seqüência de operação.

Para que estas alterações sejam efetuadas, não é preciso desenergizar o religador nem retirar
o seu mecanismo do interior do tanque.

O controle eletrônico é alimentado através das correntes secundárias dos transformadores de


corrente tipo bucha montados internamente ao religador.

f) Interruptores à óleo

Neste ripo de interruptor, o óleo é utilizado para as seguintes finalidades:

- isolação;
- meio dielétrico para a interrupção do arco.

No caso específico de religadores hidráulicos o óleo é utilizado, além das finalidades acima
descritas, para:
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Cód. Distr. Assunto: No
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- temporização;
- contagem de operações.

g) Interruptores à Vácuo

- Neste tipo de interruptor, o vácuo é utilizado como meio elétrico, apresentando como
vantagem principal a necessidade mínima de manutenção em comparação com os
interruptores à óleo.

5.2.5. Elementos Externos de Controle e Supervisão

Deverão ser consultados os catálogos dos respectivos fabricantes.

5.2.6. Ajustes de Religadores Hidráulicos

Os religadores permitem realizar os seguintes ajustes:

a) Ajustes de Operação de Fase

- Corrente mínima de disparo;


- Seqüência de operação;
- Número total de operações para o bloqueio;
- Graduação da característica de operação temporizada.
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Cód. Distr. Assunto: No
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a1) Corrente Mínima de Disparo

- Tal corrente é determinada exclusivamente pela capacidade de bobina série com a qual o
religador está equipado.

- A corrente mínima de disparo é de 200% do valor da corrente nominal para bobinas série de
qualquer capacidade, exceto as bobinas pertencentes aos religadores da Mc Graw Edison
sucedidas pela letra X, que operam com 140% do valor de sua Capacidade nominal.

Exemplos:

Bobina 400 A

Capacidade nominal = 400 A

Corrente mínima de disparo (200%) = 400 x 2 = 800 A.

Bobina 400 x

Capacidade nominal = 400 A

Corrente mínima de disparo ( 140%) = 400 x 1.4 = 560 A


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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

a2) Seqüência de Operação

Os religadores podem ser ajustados para realizar até um total de quatro operações:

- Uma rápida e três retardadas;


- Duas rápidas e duas retardadas;
- Três rápidas e uma retardada;
- Todas rápidas;
- Todas retardadas.

a3) Número Total de Operações

Os religadores podem ser ajustados para permanecerem bloqueados na posição aberto, após
efetuar duas, três ou quatro operações de abertura.

Com acionamento da alavanca para bloqueio após um disparo obtém-se apenas uma
operação.

a4) Graduação da Característica de Operação Temporizada

- A característica de operação rápida dos religadores é fixa não podendo ser alterada.
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Cód. Distr. Assunto: No
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- A característica de operação temporizada pode ser alterada ajustando-se as mesmas


internamente para os religadores com controle hidráulico ou externamente para os
religadores com controle eletrônico.

Na Figura 5.3 encontram-se apresentadas as características de operação, rápida e


temporizada, para curto-circuitos entre fases de um religador tipo KF (vácuo) que possui
bobina série de 100A.

b) Ajustes de Operação de Terra


- Corrente mínima de disparo;
- Seqüência de operação;
- Número total de operações para bloqueio;
- Graduação da característica de operação temporizada.
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Cód. Distr. Assunto: No
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As considerações referentes aos ajustes acima descritos são similares ao exposto no item a para
ajustes de operação de fase com exceção dos valores nominais das bobinas de terra e respectivas
características de temporização.

Por exemplo para o mesmo tipo de religador (KF) quando utilizado com uma bobina de terra de 70
A tem-se para curto-circuito à terra as seguintes características:

- Figura 5.4, característica rápida – curva 1;

- Figura 5.5, característica temporizada – curva 6;

c) Superposição das curvas de fase e terra

Após a escolha dos valores nominais das bobinas de fase e terra com suas respectivas curvas
características, deve-se verificar, através da superposição das mesmas, a característica de
operação do religador para faltas fase-terra, considerando que o religador poderá operar
segundo a curva característica de fase ou de terra, naquela com tempo de operação menor.
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Cód. Distr. Assunto: No
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FIGURA 5.5
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5.2.7. Exemplo de Aplicação

Exemplo 1:

O religador R da Figura 5.6 é do tipo KF e possui as características nominais e ajustes abaixo


descritos:

- bobina série 100A;

- bobina terra 70A;

- seqüência de operação: 1 (uma) rápida e 3 (três) retardadas;

- graduação da característica de operação temporizada: curva C;

- tempo de religamento: 2 seg.

Para um curto-circuito entre fases com valor igual a 600A teremos:


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Cód. Distr. Assunto: No
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a) Primeira operação rápida num tempo máximo de 0.080 seg. conforme mostra a Figura 5.3.

b) Segunda operação: após o tempo de religamento de 2 seg. admitindo-se que a falta


permaneça no circuito, haverá fechamento e posterior abertura do religador após o tempo
determinado pela característica temporizada curva C da Figura 5.3 para a mesma corrente de
falta.

Tal tempo corresponde ao valor de 0,9 seg. com tolerância de 10%, ou seja, entre 0.81s e
0.99s.

c) Admitindo-se que o curto-circuito permaneça, a terceira e Quarta operações serão realizadas


de forma similar à Segunda operação descrita no item b, havendo bloqueio após a Quarta
abertura do religador.
ONDE :
t0 – INSTANTE DE OCORRÊNCIA DO CURTO-CIRCUITO
t1 ≅ 0,08 seg - CARACTERÍSTICA RÁPIDA (CURVA A)
t2 ≅ 2,0 seg - TEMPO DE RELIGAMENTO ADOTADO
t3 ≅ 0,9 seg ± 10% - CARACTERÍSTICA TEMPORIZADA (CURVA C)
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Tal seqüência de operações é representada na Figura 5.6.

O tempo de desligamento do circuito contado a partir do instante de ocorrência da falta no ponto 1


será:

- TMIN = 0,080 + 2,0 + 0,81 + 2,0 + 0,81 + 2,0 + 0,81 = 8,51


seg., admitindo-se tolerância negativa para t3.

- TMAX = 0,080 + 2,0 + 0,99 + 2,0 + 0,99 + 2 + = 9,05 seg.


admitindo-se tolerância positiva para t3.

Na realidade Tmin e Tmax poderão ser ligeiramente inferiores que os calculados anteriormente,
pois o tempo t3 (curva rápida A) possui tolerância negativa.

Na ocorrência de um curto-circuito à terra no ponto 1 da Figura 5.7 com magnitude de 150 A, o


religador desempenhará da seguinte forma:
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Cód. Distr. Assunto: No
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a) Primeira operação: rápida num tempo entre 0,09 seg (+10%) e 0,15 seg (-10%) pois sendo a
corrente nominal do circuito menor que a corrente nominal do religador (100 A), os capacitores
do circuito de disparo estarão parcialmente carregados.

b) Segunda operação: após o tempo de religamento de 2 seg, admitindo-se que o curto-circuito


permaneça haverá fechamento e abertura do religador após o tempo determinado pela
característica temporizada 6. Tal tempo corresponderá a um valor aproximado de 3,4 seg (limite
superior da característica 6 Figura 5.5), pois nesta situação os capacitores estariam totalmente
descarregados devido o religamento do circuito estando o mesmo em curto-circuito. O tempo de
3,4 seg inclui uma tolerância negativa de 10% conforme dados do fabricante.

c) Admitindo-se que o curto-circuito permaneça, a terceira e a Quarta operação serão realizadas


similarmente à Segunda operação descrita no item b, havendo bloqueio após a Quarta abertura
do religador.

Tal seqüência de operações é representada na Figura 5.7.

O tempo total para o bloqueio a partir da ocorrência da falta vale:

TMIN = 0,99 + 2,0 + 3,06 + 2,0 + 3,06 + 2,0 + 3,06 = 15,18 seg.

TMAX = 0,135 + 2,0 + 3,4 + 2,0 + 3,4 + 2,0 + 3,4 = 16,33 seg.

Para coordenação de proteção deve-se considerar o caso mais desfavorável que, dependendo de
cada situação, poderá ser o limite superior ou limite inferior da característica de operação, com as
respectivas tolerâncias, sejam elas positivas ou negativas.

5.2.8. Ajustes dos Religadores Eletrônicos


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4 NTBD 3.01-0

Para os ajustes dos religadores eletrônicos, bem como para a obtenção dos demais dados
técnicos necessários à aplicação dos mesmos nas redes aéreas de distribuição, dever-se-á
consultar os catálogos dos respectivos fabricantes.

Figura 5.7
ONDE :
t0 – INSTANTE DE OCORRÊNCIA DO CURTO-CIRCUITO
t1 ≅ TEMPO ENTRE 0,99 e 0,135 SEG. - CARACTERÍSTICA RÁPIDA
t2 ≅ 2,0 SEG. - TEMPO DE RELIGAMENTO ADOTADO
t3 ≅ 3,4 SEG (- 10%) - CARACTERÍSTICA TEMPORIZADA 6
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

5.3. Seccionalizadores

5.3.1. Aspectos Gerais

Um seccionalizador automático é basicamente uma chave a óleo com capacidade de fechamento


e abertura em carga possuindo portanto as caraterísticas de um equipamento de manobra.
Apresentam custo de aproximadamente 40% em comparação aos religadores convencionais, o
que torna sua aplicação altamente desejável do ponto de vista econômico.

Um seccionalizador, quando instalado em substituição a uma chave-fusível, apresenta as


seguintes vantagens:

- coordenação efetiva em toda a faixa de coordenação do religador de retaguarda;

- eliminação dos gastos provenientes da troca de elos fusíveis;

- eliminação da possibilidade de erro humano da troca de elos fusíveis, que ocasiona a perda
parcial da coordenação e prejudica sistema;
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Naturalmente, o uso do seccionalizador em substituição a uma chave fusível só é viável em locais


onde o mesmo possa ser economicamente justificado, tendo em vista: densidade de cargas
elevada, indústrias, cargas especiais, etc.

5.3.2. Características Operacionais

O seccionalizador é um equipamento projetado para ser ligado em série, no lado da cargas e


após o religador automático ou após o disjuntor com relé de religamento, conforme ilustração da
Figura 5.8.

Ocorrendo um defeito na zona de proteção do seccionalizador, o religador deverá sentir tal


defeito, isto é, o religador deverá interromper a corrente de defeito, o seccionalizador conta a
interrupção e após um pré-determinado número de interrupções do religador (uma duas ou três),
o seccionalizador abre seus contatos, sempre com o circuito desenergizado e antes da abertura
definitiva do religador.

Não existe nenhum comando elétrico ou mecânico entre o religador e o seccionalizador, apenas o
fato de que ambos estão instalados em série no circuito conforme representação da Figura 5.8.

Assim sendo, um defeito permanente na zona de proteção do seccionalizador pode ser isolado
sem que o religador ou disjuntor com relé de religamento abra seus contatos definitivamente.
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Portanto, os seccionalizadores são instalados para estabelecer economicamente pontos


adicionais de seccionamento automático em circuitos de distribuição. Não tendo capacidade para
interrupção de correntes de defeito, custam consideravelmente menos que os religadores
automáticos. São projetados, no entanto, para interromper a corrente de cargas nominal
característica dos mesmos e consequentemente serem operados como uma chave a óleo.

Figura 5.8
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

5.3.3. Condições Básicas para Instalação de Seccionalizadores

A instalação de seccionalizadores requer que as seguintes condições sejam satisfeitas:

a) Só podem ser usados em série com um dispositivo automático de religamento como


retaguarda (religador ou disjuntor).

b) O dispositivo de retaguarda deve ser capaz de sentir as correntes mínimas de defeito na zona
de proteção do seccionalizador.

c) As correntes mínimas de defeito na zona de proteção dos seccionalizadores devem ser


superiores às correntes mínimas de atuação dos mesmos.

d) Os seccionalizadores equipados com dispositivos de disparo para faltas à terra exigirão


religadores com dispositivos de disparo para faltas à terra.
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

e) Seccionalizadores do tipo trifásico exigirão religadores do tipo trifásico.

f) O tempo de memória do seccionalizador deve ser, no mínimo, igual à soma dos tempos de
operação mais os tempos de religamento do equipamento de retaguarda.

g) Os seccionalizadores não interrompem correntes de defeito, não sendo especificado para tais
equipamentos o termo capacidade de interrupção.

h) As capacidades momentâneas e de curta duração com relação as correntes de falta no ponto


de locação do seccionalizador não deverão ser ultrapassadas. A duração considerada, para
suportabilidade térmica e dinâmica para as correntes de falta, será função do tempo
acumulado de abertura do equipamento de proteção de retaguarda.

i) A corrente nominal da bobina série deverá ser maior do que a corrente máxima no ponto de
instalação, incluindo manobras usuais.

j) Para sistemas solidamente aterrados é recomendável o uso de dispositivos de disparo para


faltas à terra.

k) Demais características de seccionalizador tais como tensão nominal, freqüência nominal e


NBI, deverão ser compatíveis com os valores do sistema no qual será instalado.

5.3.4. Tipos e Características Técnicas Principais dos Seccionalizadores Utilizados pela Bandeirante.
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- Seccionalizador Tipo GH

Monofásico, sistema de comando hidráulico, imerso em óleo, tanque único, uso externo, para
instalação em poste.

. Tensão nominal: 14,4 KV;

. NBI: 95 KV;

. Corrente nominal: 140 A;

. Bobina Série: 70 e 100 A;

. Máxima corrente de interrupção em carga: 140 A;

. Número de operações: 1 a 3 .

Observações:

1) A corrente de carga é limitada pela corrente nominal da bobina série.

2) A corrente mínima de atuação do seccionalizador é a menor corrente capaz de sensibilizar o


mecanismo de abertura do mesmo, quando o circuito é desenergizado por um equipamento de
proteção situado à sua retaguarda.

INOM DA CORRENTE CORRENTE CORRENTE DE


BOBINA MÍNIMA DE MOMENTÂNEA CURTA
SÉRIE ATUAÇÃO ASSIMÉTRICA DURAÇÃO
(A) (A) (A)
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

1 seg 10 seg

70 112 6.500 3.000 900


100 160 6.500 4.000 1.250

5.3.5. Dados Complementares

Dever-se-á consultar os catálogos técnicos dos respectivos fabricantes.

5.4. Relés de Sobrecorrente

5.4.1. Geral

Os relés de sobrecorrente supervisionam as correntes elétricas dos circuitos comandando um ou


mais disjuntores quando esta corrente ultrapassar um valor prefixado.

Os relés podem estar ligados diretamente em série no circuito (relés primários ou diretos) ou
através de transformadores de corrente (relés secundários ou indiretos).

As funções básicas dos transformadores de corrente são:


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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- estabelecer isolação galvânica entre o nível de tensão de distribuição primária e o nível de


tensão dos circuitos de comando, controle, proteção e medição:

- adequar os níveis das correntes elétricas, tanto para condições normais de operação como para
condições de falta, às características operacionais dos relés de sobrecorrente ou instrumentos
de medida conectados aos seus enrolamentos secundários.

As Figuras 5.9, 5.10 e 5.11 ilustram os conceitos e termos anteriormente descritos.

FIGURA 5.9 – RELÉS PRIMÁRIOS – CONECTADOS DIRETAMENTE AO CIRCUITO


FIGURA 5.9 – RELÉS PRIMÁRIOS – CONECTADOS DIRETAMENTE AO CIRCUITO
FIGURA 5.10 - RELÉS SECUNDÁRIOS – CONECTADOS AO CIRCUITO ATRAVÉS DE TCS

ESQUEMA : 2 RELÉS DE FASE E 1 DE NEUTRO, RELÉ DE RELIGAMENTO (79)


FIGURA 5.11 - RELÉS SECUNDÁRIOS – CONECTADOS AO CIRCUITO ATRAVÉS DE TCS.

ESQUEMA : 3 RELÉS DE FASE, 1 DE NEUTRO E 1 DE RELIGAMENTO, RELÉ DE


RELIGAMENTO (79).
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

5.4.2. Princípio de Funcionamento

a) Relés Eletromecânicos

- Operação por atração

A operação destes relés é devida à atração de uma haste para o interior de uma bobina ou
pela atração de uma armadura pelos polos de um eletro-ímã.
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Os relés operados por tal princípio podem ser usados tanto em circuitos de corrente contínua
como em circuitos de corrente alternada.

- Operação por indução

A operação destes relés é baseada no mesmo princípio do medidor de energia elétrica, ou


seja, pela interação dos fluxos magnéticos defasados que atravessam um disco ou tambor
giratório com as correntes neles induzidas. Só funcionam em circuitos de corrente alternada
podendo ter atuação instantânea ou temporizada.

b) Relés Eletrônicos

O princípio de funcionamento de tais relés pode ser descrito basicamente através de quatro
módulos fundamentais:

- Módulo detector de sinal que tem como função a transformação dos sinais de corrente,
oriundos dos TCs, em sinais de tensão CC proporcionais.

- Módulo de valores de ajuste que tem como função definir a característica tempo x corrente
(txI) do relé.

- Módulo comparador que tem como função comparar os valores de tensão do Módulo
detector de sinal com os valores ajustados no Módulo de valores de ajuste, enviando ou não
um sinal ao Módulo de disparo.

- Módulo de disparo que tem como função a emissão de sinal de atuação do relé através de
mini relés do tipo telefônico.
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As características de atuação ( t x I ) de tais relés são escolhidas de modo a aproximar-se da


característica ( t x I ) dos relés eletromecânicos com operação por indução.

5.4.3. Características de Atuação ( t x I )

Os relés de sobrecorrente, em função dos tempos de atuação, podem ser classificados nos
seguintes tipos:

- Relés de sobrecorrente instantâneo

Na ocorrência de sobrecorrente a operação do mesmo se completa num intervalo de tempo


muito curto, praticamente independendo da duração da falta.

- Relés de sobrecorrente de tempo definido

O tempo de atuação é ajustável e independe do valor da corrente. Tais relés possuem


normalmente uma unidade de atuação instantânea (50) e uma unidade de atuação temporizada
(51) com tempo definido.

- Relés de sobrecorrente de tempo inverso

O tempo de operação é inversamente proporcional ao valor da corrente. A característica de


operação de tais relés pode ser classificada em:

. normalmente inversa;

. muito inversa;

. extremamente inversa.
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Cód. Distr. Assunto: No
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Tais relés possuem operação inversamente proporcional ao valor da corrente possuindo porém
variações mais ou menos acentuadas das características de operação t x I de Tempo Inverso.

As características ( t x I ) dos tipos de relés acima descritos, encontram-se representadas nas


Figuras 5.12 e 5.13.

Pelas prescrições da norma ANSI C37 .2-1970 os relés de sobrecorrente podem ser designados
pelos seguintes números:

- 50: Relé de sobrecorrente instantâneo;

- 51: Relé de sobrecorrente temporizado, válido para os do tipo tempo definido ou de tempo
inverso.

Caso os relés de sobrecorrente tenham como função detectar correntes de falta à terra, suas
unidades de sobrecorrente instantânea e temporizada deverão ser designadas por 50N e 51N
respectivamente.

Figura 5.12
OPERAÇÃO
INSTANTÂNEA

RELÉ DE SOBRECORRENTE DE TEMPO DEFINIDO COM DOIS NÍVEIS DE


TEMPORIZAÇÃO t1 e t2
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
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Figura 5.13
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

5.4.4. Ligações Usuais dos Relés de Sobrecorrente

As Figuras 5.10. e 5.11 mostram os esquemas usuais de ligação entre os relés de sobrecorrente
de fase e de neutro.
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- Faltas entre fases

Na ocorrência de sobrecorrente oriundas de curto-circuito entre fases (3∅ e ∅∅) haverá


circulação de corrente nos ramos secundários dos TCs correspondentes às fases do circuito
primário que estão envolvidas na falta. Neste caso não deverá haver circulação de corrente pelo
circuito de neutro dos TCs, de modo que apenas as unidades de fase deverão atuar.

Na realidade poderá existir uma parcela de corrente residual que circulará pelo circuito de neutro,
devido ao fato de as características eletro-magnéticas dos TCs não serem exatamente iguais. O
ajuste do elemento 51N não deverá ser sensível a tais correntes residuais.

- Faltas à Terra

Na ocorrência de sobrecorrentes oriundas de curto-circuitos à terra haverá circulação de


corrente nos secundários dos TCs das fases envolvidas. Assim, tanto as bobinas dos relés das
fases como do neutro terão circulação de correntes. O ajuste do elemento 51N deverá ser
sensível à corrente de curto-circuito fase-terra mínima.

5.4.5. Escolha do Esquema de Proteção

a) Proteção dos Troncos de Alimentadores das ETDs

Normalmente é aplicado o esquema da Figura 5.10, ou seja, 2 (dois) relés de fase + 1 (um)
relé de neutro, em conjunto com um relé de religamento (79) que é um relé auxiliar usado para
comandar o religamento do disjuntor correspondente após a abertura do mesmo, devida à
atuação dos relés de sobrecorrente.
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

b) Entradas Primárias (Eps)

Poderão ser aplicados os esquemas com 2 ou 3 relés secundários por fase, mais relé de
neutro, como o esquema com relés primários, mostrado na Figura 5.9.

Os esquemas com relés secundários permitem maior flexibilidade e precisão nos ajustes no
que se refere ao estudo de coordenação das proteções.

Os esquemas com relés primários é inferior tecnicamente aos anteriores apresentando porém
a vantagem de ser mais econômico.

5.4.6. Critérios Gerais para Graduação

Devem ser obedecidos os requisitos básicos de rapidez, sensibilidade, segurança e seletividade


de operação assim expressos:

- rapidez: o relé deve comandar a abertura do disjuntor em tempo inferior àquele que poderia
danificar os equipamentos protegidos;

- sensibilidade: o relé deve ser sensível à mínima corrente de curto-circuito que possa ocorrer nos
equipamentos protegidos;

- segurança: o relé não deve operar para correntes de carga, em condições normais ou de
emergência (sobrecargas admissíveis);
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- seletividade: o relé deve atuar em tempo superior ao tempo de atuação de qualquer equipamento
de proteção contra sobrecorrentes instalado a jusante das ETDs, para qualquer corrente de
curto que possa percorrê-los simultaneamente.

Os critérios gerais acima expostos, ao serem aplicados às condições das redes de distribuição,
fornecem as seguintes regras para os ajustes:

a) Ajuste de corrente do elemento temporizado (51) ou (51N) – (TAP para relés eletromecânicos)

- Limite superior: calculado em função do curto-circuito mínimo no extremo da zona de


proteção do relé, ou seja:

IAJ < K1 x ICCMIN


RTC

onde:

IAJ – corrente de ajuste (A):


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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

ICCMIN – corrente de curto mínimo no extremo de zona de proteção, sendo curto dupla-fase para
relés de fase e curto fase-terra com impedância para relés de neutro;

RTC – relação de transformação dos transformadores de corrente;

K1 – fator de segurança, (0,2 a 0,8) – faixa usual adotada para os elementos (51) e/ou (51N)

Para fixação do valor de K1, deve-se no entanto comparar o valor da magnitude Icc min com o valor
da corrente máxima de desequilíbrio prevista para o circuito. Em certos casos, quando se
considera no cálculo das correntes de falta à terra o valor da resistência de terra igual a 20 0hms,
os valores de Icc min poderão ser inferiores ao valor da corrente máxima de desequilíbrio do
sistema. Neste caso poderá ser admitido um valor de K1 maior que 0,8) devendo ser escolhido de
forma que K1 x Icc min seja maior que a corrente máxima de desequilíbrio prevista para o circuito.
Caso contrário, os elementos temporizados dos relés (51N) poderão atuar indevidamente em
condições normais de carga e na ocorrência de queima de elo fusível.

Em alguns casos, a faixa de ajuste dos relés existentes pode limitar a aplicação do fator de
segurança.

- limite inferior calculado em função da máxima carga do circuito, ou seja:

IAJ > K2 x Ic
RTC

onde:
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Ic – máxima corrente de carga previsível (A), ou corrente nominal ou circuito, para relés de fase, e
máxima corrente de desbalanço previsível, quando da queima do maior fusível existente, no caso
de relés de neutro.

Kz – fator de segurança, valendo 1,5.

b) Ajuste de tempo (dial de tempo para relés eletromecânicos)


Deve ser efetuado com base nos critérios gerais de rapidez e seletividade, de modo que a

característica t x I escolhida do relé forneça tempos de atuação inferiores aos de dano aos
equipamentos, porém superiores aos tempos de atuação dos fusíveis e religadores e jusante.
Ou seja, na verificação gráfica as curvas não devem se cruzar, havendo um intervalo de
coordenação adequado para cada caso.

c) Ajuste do elemento instantâneo

Deve ser efetuado de maneira que para qualquer curto-circuito previsível o relé atue antes,
evitando a queima de fusíveis por curtos temporários.

Caso haja religador automático no circuito, a zona de proteção do instantâneo pode ser reduzida
(aumentar graduação), mantendo-se no entanto um trecho em sobreposição para maior
segurança.
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

6. LOCAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

6.1. Geral

O sistema de proteção dos circuitos aéreos de distribuição é constituído de dispositivos de


proteção contra sobrecorrentes que, estando coordenados entre si, deverão possibilitar um grau
satisfatório de continuidade do serviço de fornecimento de energia elétrica.

A locação dos elementos de proteção possui papel fundamental no tocante à:

- continuidade de serviço do sistema;

- decisão da viabilidade do esquema de proteção adotado em função do custo do mesmo e das


características das cargas a serem protegidas.

Os critérios a seguir prescritos têm o objetivo de orientar a escolha inicial e a localização dos
equipamentos, para se definir de alternativas de esquemas de proteção para cada circuito.

6.2. Critérios para Localização dos Equipamentos de Proteção

6.2.1. Saídas dos Circuitos Provenientes das ETDs

Tais circuitos são protegidos por disjuntores comandados por três relés de sobrecorrente, sendo
dois de fase e um de neutro, havendo um relé de religamento conforme esquema unifilar da Figura
6.1.
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

FIGURA 6.1
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Os relés de fase atuam sobre a bobina de desligamento do disjuntor para curto-circuito entre fases
ou entre fases e a terra.

O relé de neutro atuará sobre a bobina de desligamento do disjuntor para defeitos à terra.

O relé de religamento tem como função religar o disjuntor após a abertura do mesmo devido à
ocorrência de sobrecorrentes. Poderá haver um ou mais religamentos.

Tal esquema de proteção é adotado para a maioria de ETDs.

Nos casos particulares de subestações alimentam diretamente em tensão de distribuição, a


proteção de saída dos circuitos poderá ser constituída por um religador automático.

6.2.2. Locação de Religadores, Seccionalizadores e Chaves Fusíveis

Serão utilizados nos circuitos aéreos de distribuição primária os critérios de locação apresentados
na Tabela 6.1, que aparecem codificados por letras (A, B, C...).

A Tabela 6.1 apresenta critérios de escolha dos equipamentos de proteção, com possibilidade de
opção entre os mesmos. A escolha deve ser feita em função da importância do circuito dos
consumidores atendidos, assim como da disponibilidade de equipamentos mais sofisticados, como
religadores seccionalizadores.
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Acerca dos critérios apresentados valem as seguintes observações:

- nos troncos deve ser evitada a aplicação de dispositivos de proteção, podendo porém ser aceita
nos casos dos critérios A e B;

- deve-se evitar:

. emprego de religadores em série;


. emprego de religadores e chaves fusíveis em ramais interligáveis;

- não é necessária a limitação do número de chaves fusíveis em série; deve-se verificar que haja
seletividade entre os elos para os níveis de curto previstos;

- em relação às entradas primárias (critério H) os elos fusíveis usados deverão ser até 140 A.
Para casos mais elevados, deve-se usar chave seccionadora apenas com a finalidade de
manobra.
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

CRITÉRIO SITUAÇÃO EQUIPAMENTO

A Início de trechos extensos, onde o nível mínimo de Religador ou Fusível


curto seja insuficiente para sensibilizar o dispositivo
de proteção de retaguarda.

B Logo após cargas de grande importância, e cuja Religador, Seccionalizador ou


continuidade de serviço deva ser elevada, caso o Fusível
circuito a seguir seja extenso.

C Início de ramais que alimentem cargas classificadas Religador ou Seccionalizador


como especiais de grande importância.

D Início de ramais de certa importância, que supram Religador ou Seccionalizador


áreas sujeitas a alta incidência de falhas
temporárias.

E Início de ramais ou sub-ramais com extensão Fusível


inferior a 150m, não classificáveis nos critérios C ou
D.

F Início de ramais ou sub-ramais com extensão Fusível


inferior a 150m mas que estejam sujeitos a alta
incidência de faltas.

G Meio de trechos extensos protegidos por religador no Fusível


início.

H Entrada primária com corrente nominal até 140 A Fusível

I Estação transformadora (ET) Fusível

J Banco de Capacitores Fusível

Tabela 6.1 – Critérios para Locação de Equipamentos de Proteção


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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

7.CÁLCULO DAS CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO

7.1. Geral

Deverão ser calculadas as magnitudes das correntes de curto-circuito correspondentes às


seguintes faltas:

- curto-circuito trifásico (Icc3∅);

- curto-circuito fase-fase (Icc∅∅);

- curto-circuito fase-terra (Icc∅T).

O comportamento das correntes de curto-circuito ao longo do tempo pode ser visualizado através
da Figura 7.1:

a) Para o caso de corrente simétrica, ou seja sem a componente de corrente contínua;

b) Para o caso de corrente assimétrica.

O nível de assimétrica das correntes de falta, assim como a variação das mesmas em função do
tempo, dependem basicamente do instante de ocorrência da falta e da relação X/R da impedância
equivalente no ponto de ocorrência da falta, em relação à fonte (zeq = R + JX). Observe que, por
convenção, neste capítulo toda grandeza complexa terá notação minúscula e toda grandeza
escalar terá notação maiúscula.
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

A variação das correntes de falta nas redes elétricas é caracterizada pelo comportamento
transitório dos geradores síncronos das Unidades Hidrelétricas/Termoelétricas que alimentam o
sistema elétrico da Bandeirante. Na ocorrência de curto-circuito nas redes elétricas ocorrerão
variações nas reatâncias internas equivalentes dos geradores que podem ser caracterizadas em
três períodos distintos conforme mostra a Figura 7.1:
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

FIGURA 7.1.
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- Sub-transitório – (X”d – reatância sub-transitória);

- Transitório – (X’ d – reatância transitória);

- Regime Permanente – (Xs – reatância síncrona).

O efeito da variação das reatâncias dos geradores nas faltas que ocorram nas redes aéreas de
distribuição primária da Bandeirante não é relevante, uma vez que as impedâncias das linhas de
transmissão/sub-transmissão, assim como dos transformadores abaixadores e reguladores,
limitam-no, sendo ainda estas impedâncias constantes com o tempo.

Para o estudo de coordenação das proteções o interesse principal reside na obtenção dos níveis
simétricos das correntes de curto-circuito. Por outro lado, para verificação da suportabilidade
térmico-dinâmica dos equipamentos de proteção em relação às correntes de falta, o interesse
principal reside na obtenção dos níveis assimétricos destas correntes.

Os valores obtidos através dos procedimentos a seguir expostos correspondem aos valores
simétricos e assimétricos das correntes de curto-circuito.

7.2. Dados para o Cálculo das Correntes de Curto-Circuito

Com relação ao diagrama unifilar básico da Figura 7.2, os seguintes parâmetros elétricos deverão
ser registrados:
Versão: 01 Página : 93/199
93
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- V1: Tensão Nominal de transmissão/sub-transmissão da ETD, em KV.


- V2: Tensão nominal de distribuição primária da ETD, em KV.
- VT1: Tensão nominal do enrolamento de tensão superior do transformador, em KV.

FIGURA 7.2
Versão: 01 Página : 94/199
94
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- VT2: Tensão nominal do enrolamento de tensão inferior do transformador, em KV.

- Scc1-3∅: Potência de curto-circuito trifásico do sistema de transmissão/sub-transmissão para a


condição normal de operação do sistema, em MVA.

- Scc1-∅T: Potência de curto-circuito fase-terra (trifásico equivalente) do sistema de sub-


transmissão para a condição normal de operação para a condição normal de operação do
sistema, em MVA.

- ST: Potência nominal do transformador, em MVA.

- ZT (%): Impedância percentual ou de curto-circuito do transformador, em %.

- Zl: Impedância complexa correspondente aos trechos do circuito de distribuição considerados


(impedância de seqüência positiva), em 0hm/km.

- Zlo: Impedância complexa correspondente aos trechos dos circuitos de distribuição (impedância
de seqüência zero), em 0hm/Km.
Versão: 01 Página : 95/199
95
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

As impedâncias utilizadas deverão ser representadas na forma complexa:

a) z = A ± JB 0hms, representação cartesiana onde:

A = parte real da impedância correspondente a resistência ôhmica do bipolo considerado;

B = parte imaginária da impedância correspondente a reatância indutiva (+B) ou a reatância


capacitiva (- B) do bipolo considerado.

b) z = Z 0 0hms, representação na forma polar, onde:

Z = V A2 + B2, módulo da impedância z, em ohm;


∅ = arctg (B/A), ângulo da impedância z, em graus.

No cálculo das correntes de curto-circuito as impedâncias do sistema elétrico são na maioria das
vezes de natureza indutiva ( z = A JB 0hm ).

7.3. Obtenção do Diagrama de Impedância de Seqüência Positiva

A partir do Sistema de transmissão/sub-transmissão deverá ser obtido o diagrama da Figura 7.3


tomando-se como exemplo o diagrama unifilar básico da Figura 7.2.
Versão: 01 Página : 96/199
96
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- Gs: Gerador equivalente que representa o sistema de transmissão/sub-transmissão visto pela


barra da ETD referido à tensão V2.

- VGS: Tensão do gerador Gs, igual a V2.

- zs: Impedância complexa equivalente do sistema de transmissão/sub-transmissão visto pela


barra da ETD, considerada referida à tensão V2, valor em 0hm.

- zt: Impedância complexa do transformador referida à tensão V2, valor em 0hm.

- z AB, z BC, z CD, z CE, z EG, z GF : São as impedâncias complexas dos trechos considerados, valor em
0hm, ( ou zl, em uma notação genérica ).
Versão: 01 Página : 97/199
97
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

FIGURA 7.3 DIAGRAMA UNIFILAR (7.7)


Versão: 01 Página : 98/199
98
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

As impedâncias acima descritas deverão ser representadas da seguinte forma:

- zs = 0 + JZs 0hm, onde: Zs = V22 / Scc1-3∅


considera-se a parte resistiva desprezível.

- zt = 0 + JZt 0hm, onde: Zt = ( ZT (%) / 100 ) X ( V2 2/ST) 0hm


considera-se a parte resistiva desprezível.

- ZAB = A + JB 0hm, onde:

A = valor da resistência ôhmica do trecho AB obtida através dos dados da Tabela 7.1;

A = R ( 0hm/Km ) x lab ( Km ) para o tipo de cabo e bitola do condutor considerado;

B = valor da reatância indutiva do trecho AB obtida através dos dados da Tabela 7.1;

B = X ( 0hm/Km ) x lab ( Km ) para o tipo e bitola do condutor considerado;

lab = extensão do trecho AB em Km.


Versão: 01 Página : 99/199
99
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

TENSÃO 3.8 KV – Circuito Simples


BITOLA (AWG/MCM) Ohms/km
Fase Neutro Mono-aterrado Multi-aterrado
R1 X1
BIT MT BIT MT RO XO RO XO
CONDUTORES DE COBRE
4/0 CU 1/0 CU .1883 .3288 .3659 2.0750 .4926 1.4139
2/0 CU 4 CU .2989 .3469 .4766 2.0930 .7396 1.6691
1/0 CU 4 CU .3773 .3556 .5549 2.1017 .8179 1.6778
2 CU 6 CU .5991 .3730 .7768 2.1191 1.0358 1.8425
4 CU 6 CU .9434 .3885 1.1211 2.1347 1.3801 1.8580
6 CU 6 CU 1.4854 .4121 1.6630 2.1583 1.9221 1.8816
CONDUTORES DE ALUMINIO
336,4 AL 3/0 AL .1908 .3076 .3684 2.0538 .5039 1.3847
3/0 AL 1/0 AL .3810 .3380 .5586 2.0842 .7783 1.5186
1/0 AL 4 AL .6047 .3539 .7823 2.1001 1.0417 1.8325
4 AL 4 AL 1.5289 .4016 1.7065 2.1478 1.9659 1.8802

Tabela 7.1
Versão: 01 Página : 100/199
100
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

TENSÃO 3.8 KV – Circuito Duplo


BITOLA (AWG/MCM) Ohms/km

fase Neutro Multi-aterrado


R1 X1
BIT MT BIT MT RO XO
CONDUTORES DE COBRE
4/0 CU 1/0 CU 0,1883 0,3249 0,4850 1,4328
2/0 CU 4 CU 0,2989 0,3464 0,7276 1,6847
1/0 CU 4 CU 0,3773 .3556 0,8051 1,6937
4 CU 6 CU 0,9434 0,3905 1,3689 1,8718
6 CU 6 CU 1,4851 0,4120 1,9108 1,8933
CONDUTORES DE ALUMÍNIO
336,4 AL 3/0 AL 0,1901 0,3075 0,4943 1,4108
3/0 AL 1/0 AL 0,3787 0,33/9 0,7643 1,5415
1/0 AL 4 AL 0,6015 0,3554 1,9871 1,5590
1/0 AL 4 AL 0,6015 0,3554 1,0299 1,8471
4 AL 4 AL 1,5218 0,3905 1,9496 1,8796

Tabela 7.1 – Impedância de Seqüência Zero e Positiva


Versão: 01 Página : 101/199
101
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

TENSÃO 6.6 KV
BITOLA (AWG/MCM) Ohms/km
fase neutro Mono-aterrado Multi-aterrado
R1 X1
BIT MT BIT MT RO XO RO XO
CONDUTORES DE COBRE
400A CU 1/0 CU .1883 .3927 .3659 1.9472 .4745 1.3425
200A CU 4 CU .2989 .4108 .4766 1.9653 .7121 1.5756
260A CU 4 CU .3773 .4195 .5549 1.9740 .7904 1.5843
130 CU 6 CU .9434 .4524 1.1211 2.0069 1.3545 1.7517
100 CU 6 CU 1.4854 .476 1.6630 2.0305 1.8965 1.7753
CONDUTORES DE ALUMINIO
430A AL 3/0 AL .1908 .3715 .3684 1.9260 .4850 1.3140
275 AL 1/0 AL .3810 .4019 .5586 1.9564 .7531 1.4380
200 AL 4 AL .6047 .4178 .7823 1.9723 1.0162 1.7254
110 AL 4 AL 1.5289 .4655 1.7065 2.0200 1.9404 1.7731

Tabela 7.1
Versão: 01 Página : 102/199
102
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

TENSÃO 13.2 KV
BITOLA (AWG/MCM) Ohms/km
fase neutro Mono-aterrado Multi-aterrado
R1 X1
BIT MT BIT MT RO XO RO XO
CONDUTORES DE COBRE
4/0 CU 1/0 CU .1883 .3927 .3659 1.9472 .4745 1.3425
2/0 CU 4 CU .2989 .4108 .4766 1.9653 .7121 1.5756
1/0 CU 4 CU .3773 .4195 .5549 1.9740 .7904 1.5843
4 CU 6 CU .9434 .4524 1.1211 2.0069 1.3545 1.7517
6 CU 6 CU 1.4854 .4760 1.6630 2.0305 1.8965 1.7753
CONDUTORES DE ALUMINIO
336,4 AL 3/0 AL .1908 .3715 .3684 1.9260 .4850 1.3140
3/0 AL 1/0 AL .3810 .4019 .5586 1.9564 .7531 1.4380
1/0 AL 4 AL .6047 .4178 .7823 1.9723 1.0162 1.7254
4 AL 4 AL 1.5289 .4655 1.7065 2.0200 1.9404 1.7731

Tabela 7.1
Versão: 01 Página : 103/199
103
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

TENSÃO 23 KV
BITOLA (AWG/MCM) Ohms/km
fase neutro Mono-aterrado Multi-aterrado
R1 X1
BIT MT BIT MT RO XO RO XO
CONDUTORES DE COBRE
4/0 CU 1/0 CU .1883 .4196 .3659 1.8934 .4810 1.2683
2/0 CU 4 CU .2989 .4377 .4766 1.9114 .7220 1.5093
1/0 CU 4 CU .3773 .4464 .5549 1.9201 .8003 1.5180
4 CU 6 CU .9434 .4793 1.1211 1.9531 1.3638 1.6901
6 CU 6 CU 1.4854 .5029 1.6630 1.9767 1.9067 1.7137
CONDUTORES DE ALUMINIO
336,4 AL 3/0 AL .1908 .3984 .3684 1.8722 .4918 1.2395
3/0 AL 1/0 AL .3810 .4288 .5586 1.9025 .7622 1.3671
1/0 AL 4 AL .6047 .4447 .7823 1.9185 1.0254 1.6641
4 AL 4 AL 1.5289 .4924 1.7065 1.9662 1.9496 1.7117

Tabela 7.1
Versão: 01 Página : 104/199
104
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

TENSÃO 34.5 KV
BITOLA (AWG/MCM) Ohms/km
fase neutro Mono-aterrado Multi-aterrado
R1 X1
BIT MT BIT MT RO XO RO XO
CONDUTORES DE COBRE
4/0 CU 1/0 CU .1883 .4196 .3659 1.8934 .4810 1.2683
2/0 CU 4 CU .2989 .4377 .4766 1.9114 .7220 1.5093
1/0 CU 4 CU .3773 .4464 .5549 1.9201 .8003 1.5180
4 CU 6 CU .9434 .4793 1.1211 1.9531 1.3638 1.6901
6 CU 6 CU 1.4854 .5029 1.6630 1.9767 1.9067 1.7137
CONDUTORES DE ALUMINIO
336,4 AL 3/0 AL .1908 .3984 .3684 1.8722 .4918 1.2395
3/0 AL 1/0 AL .3810 .4288 .5586 1.9025 .7622 1.3671
1/0 AL 4 AL .6047 .4447 .7823 1.9185 1.0254 1.6641
4 AL 4 AL 1.5289 .4924 1.7065 1.9662 1.9496 1.7117

Tabela 7.1
Versão: 01 Página : 105/199
105
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

7.4. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Trifásico – Valor Simétrico

Com base nos dados e diagramas de impedância de seqüência positiva descritos nos itens
anteriores deve-se obedecer a seguinte seqüência de passos:

1) Seleciona-se os pontos de interesse para o cálculo das correntes de curto-circuito, por exemplo
os pontos A, B, E e G Figura 7.3.

2) Obtém-se para cada um dos pontos escolhidos a impedância complexa equivalente (zeq) e o
respectivo módulo (Zeq); impedâncias vistas a partir dos pontos e tendo como referência o
gerador Gs:

Zeq = Req + J Xeq 0hm

Zeq = Req2 + Xeq2 0hm, onde:

Req = somatória das resistências ôhmicas dos trechos do circuito até o ponto considerado;
Versão: 01 Página : 106/199
106
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Xeq = somatória das reatâncias indutivas dos trechos do circuito até o ponto considerado.

Para o ponto A, tem-se:

Zeq (A) = zs + zt = ( 0 + JZs ) + ( 0 + JZt ) = 0 + J ( Zs + Zt ) 0hms

obtendo-se o módulo Zeq (A).

Para o ponto B, tem-se:

Zeq ( B ) = zs + zt + zAB = (0 + JZs) + ( 0 + JZt ) + ( RAB + JXAB)

Zeq ( B ) = RAB + J ( Zs + Zt + XAB ) 0hms

obtendo-se o módulo Zeq ( B ).

Para os pontos E e G o procedimento é analógico.

3) Calcula-se Icc-3∅, para cada ponto escolhido, através da seguinte relação:

V2 x 103
Icc-3∅ = ------------------ ampères
V3 x Zeq

Onde:

V2 – tensão nominal de distribuição primária em KV;


Versão: 01 Página : 107/199
107
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Zeq – módulo da impedância complexa equivalente vista pelo ponto considerado em relação ao
gerador Gs;

No caso do ponto A:

V2 x 103
Icc-3∅ ( A ) = ------------------ amperes
3 x Zeq ( A )

Para os demais pontos o procedimento é análogo.

7.5. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Fase – Valor Simétrico

Com base nas correntes de curto-circuito trifásico calculadas conforme procedimento do item
anterior, obtém-se as correntes de curto-circuito fase-fase para os pontos escolhidos através da
expressão:
3
Icc-∅∅ = ------------- x Icc-3∅ amperes
2
Versão: 01 Página : 108/199
108
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

ou

Icc-∅∅ aproximadamente igual à 0.86 x Icc-30 amperes.

7.6. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Terra – Valor Simétrico

7.6.1.Para circuitos de distribuição primária alimentados por transformadores de dois enrolamentos


com ligação delta/estrela-aterrada correspondendo aos enrolamentos TS e Tl, respectivamente.

Neste caso, vale a seguinte expressão:

3 x V2 X 103
Icc-0T = -------------------------------- amperes
2 (zs+zt+zl) + zl0+zt0+3zf

onde:

- zs, zt e zl são os valores em 0hms das impedâncias complexas de seqüência positiva utilizadas
para cálculo das correntes de curto-circuito trifásico (vide item 7.4 );

- zl0: impedância complexa de seqüência zero, valor em 0hms, do condutor de neutro, conforme
dados da Tabela 7.1;
Versão: 01 Página : 109/199
109
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- zt0: impedância complexa de seqüência zero, valor em 0hms, do transformador da ETD.


Considerar no presente caso transformador com ligação delta/estrela-aterrada e do tipo núcleo
envolvido;

zt0 = 0 + J ( 0.85 x Zt )

onde: zt é o módulo da impedância complexa do transformador da ETD conforme item 7.3.

- zf: impedância complexa da falta no ponto de ocorrência da mesma. Para as redes de distribuição
primária, deve-se considerar:

zf = 20 + J0 ohms

Com base na expressão anterior e nas considerações expostas, dois níveis de curto-circuito fase-
terra deverão ser calculados:

- Icc - ∅T – máximo,

calculado fazendo-se zf = 0 + J0 ohms.

- Icc-∅T – mínimo,

calculado fazendo-se zf = 20 + J0 ohms.

7.6.2. Para circuitos de distribuição primária alimentados por transformadores de dois enrolamentos do
tipo:
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110
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- delta/estrela isolada com trafo de aterramento;


- delta/delta com trafo de aterramento.

Neste caso, estando o enrolamento TI do trafo isolado, o aterramento do sistema de distribuição é


efetuado através de um transformador de aterramento com características técnicas diferentes dos
transformadores abaixadores das ETDs.

Características técnicas principais:

- VN – tensão nominal em KV;


- STG – potência nominal em MVA;
- ZTG (%) – impedância percentual ou de curto-circuito em %;
- tipo de ligação – zig-zag.

Neste caso, o valor de ZT0 da expressão do item 7.6.1 deverá ser calculado como segue:

- ZT0 = ZTG (%) X VNZ / STG ohms (módulo);


- zto = 0 + JZT0 ohms (forma cartesiana).

As demais impedâncias permanecem inalteradas.

7.7. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito para Circuitos Bifásicos e Monofásicos


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Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Estando tais circuitos conectados aos sistema trifásico o procedimento de cálculo é similar ao
adotado para redes de distribuição trifásicas a 4 fios, com neutro multi-aterrado e interligado a ETD,
conforme visto anteriormente.

7.7.1. Sistema Bifásico

a) Curto Entre Fases

Procedimento:

- obtém-se Icc-3∅ conforme metodologia do item 7.4, considerando-se o circuito como


trifásico;

- obtém-se Iec∅∅ = 0.86 x Icc-3∅.

b) Curto Fase-Terra

Por exemplo: falta à terra na fase A

Procedimento:
Versão: 01 Página : 112/199
112
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

obtém-se Icc-∅T conforme metodologia do item 7.6, considerando-se o circuito como trifásico.

7.7.2. Sistema Monofásico

Procedimento:

- obtém-se Icc-∅T conforme metodologia do item 7.6, considerando-se o circuito como trifásico.

7.8. Representação de Outros tipos de Transformadores em Uso no Sistema da Eletropaulo para Cálculo
das Correntes de Curto Circuito

Para a maioria dos casos os transformadores das ETDs são de dois enrolamentos, com tipo de ligação
delta (enrolamento TS) e estrela (enrolamento TI) solidamente aterrada.

Além deste tipo de transformadores, existem os seguintes tipos em uso no sistema Bandeirante:

a) Transformador de dois enrolamentos com ligação tipo:

- Delta (enrolamento TS);


- Estrela aterrada através de impedância (enrolamento TI);

b) Transformadores de três enrolamentos com ligação tipo:

- Delta (enrolamento TS);


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Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- Delta (enrolamento TM);


- Estrela diretamente aterrada (enrolamento TI).

A metodologia para representação dos transformadores para cálculo de curto-circuito de redes trifásicas de
distribuição encontra-se descrita na referência bibliográfica: Proteção de Sistemas Aéreos de Distribuição,
ELETROBRÁS.

7.9. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito – Valor Assimétrico

Os níveis de curto-circuito assimétricos são calculados através da multiplicação dos níveis simétricos
correspondente pelo fator K dado pela Tabela 7.2.

Icc Assim = K x IccSIM

O fator K é função da relação X/R, da impedância equivalente do ponto de ocorrência do curto com relação
ao gerador Gs, e do instante de ocorrência do curto-circuito.

Por exemplo: se a impedância equivalente de um ponto P qualquer em relação ao gerador Gs vale z(P) =
1,2 + J6,5 ohms tem-se X/R = 6,5 / 1,2 = 5,41 pela Tabela 7.2, tem-se 5<X/R<10 implicando num
fator K = 1,2.
Versão: 01 Página : 114/199
114
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Se Icc 3∅(P) SIM = 4,5 KA, tem-se:

Icc 3∅ (P)ASSIM = 1,2 X 4,5 = 5,4 ka

A Tabela 7.2 considera, em função da relação X/R, o pior caso em relação ao instante de ocorrência do
curto-circuito.

RELAÇÃO X/R FATOR K

0 a 2,5 1,05

2,5 a 5,0 1,10

5,0 a 10,0 1,2

10 a 20 1,35

20 a 50 1,60

50 a 100 1,70

Tabela 7.2 – Fator de Assimétrica


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Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Tal procedimento é válido para obtenção dos níveis assimétricos de todos os tipos de curto-circuito.

7.10. Exemplo de Aplicação

7.10.1. Objetivo

Com relação ao diagrama unifilar da Figura 7.4 deseja-se calcular as correntes de curto-circuito 30,
00, 0TMAX e 0TMIN para os pontos A, E, H, J, M, 0 e Q.

7.10.2. Identificação e Registro dos Parâmetros Elétricos do Circuito conforme Procedimento Descrito no
Item 7.2.

a) Tensões nominais do sistema:

V1 = 88KV
V2 = 13.2 KV
Versão: 01 Página : 116/199
116
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

b) Potência de curto-circuito do sistema de sub-transmissão (88 KV):

Scc1-30 = 5000 MVA


Scc1-0T = 4200 MVA

c) Dados nominais do transformador:

VT1 = 88KV
VT2 = 13.8 KV
ST = 12 MVA
ZT = 15%

Tipo de ligação triângulo/estrela aterrada.

d) Impedâncias complexas equivalentes do circuito de distribuição primária:

Pela Tabela 7.1 para tensão nominal de 13.2 KV tem-se:

Circuito tipo 1 – condutores de fase e neutro tipo CA com formação 3 x 1/0 AWG (fase) + 4 AWG (neutro):

- Impedância de seqüência positiva z em ohm/Km:

R1 = 0.6047 ohms/Km
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117
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

X1 = 0.4178 ohms/Km
z1 = R1 + Jx1 = 0.6047 + J0.4178 ohms/Km

- Impedância de seqüência zero z0 em ohm/Km:

RO = 1.0162 okm/Km
XO = 1.7254 ohm/Km
z0 = RO + JXO = 1.0162 + J1.7254 ohm/Km

Circuito tipo 2 – condutores de fase e neutro tipo CA com formação 3 x 336,4 MCM (fase) + 1 x 3/0 AWG
(neutro):

- Impedância de seqüência positiva z1 em ohms/Km:

R1 = 0.1908 ohm/Km
X1 = 0.3715 ohms/Km
z1 = R1 + JX1 = 0.1908 + J0.3715 ohms/Km

- Impedância de seqüência zero z0 em ohms/Km:

RO = 0.4850 ohm/Km
XO = 1.3140 ohm/Km
zO = RO + JXO = 0.4850 + J1.3140 ohm/Km

7.10.3. Obtenção do Diagrama de Impedâncias de Seqüência Positiva conforme Procedimento do Item 7.3.
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Com base no diagrama unifilar da Figura 7.4. desenha-se o diagrama de impedância de seq (+) com
relação aos trechos que conduzirão correntes de falta até os pontos escolhidos (A, E, H, J, M, O e
Q) conforme representado na Figura 7.5.

- Obtenção do valor de zs

Zs = 0 + JZs

13.22
Onde: Zs = ------------- = 0.0348 ohm
5000

logo, zs = 0 + j0.0348 ohms

- Obtenção do valor de zt

Zt = 0 + jZt

15 13.22
Onde: Zt = -------- x ------------- = 2.178 ohm
100 12
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

logo, zt = 0 + j2.178 ohm

- Obtenção das impedâncias equivalentes dos trechos que conduzirão as correntes de falta aos
pontos escolhidos:

Figura 7.4
LEGENDA :
1 – 3 x 1/0 AWG (FASE) + 4 AWG (NEUTRO)
2 – 3 X 336,4 MCM (FASE) + 3/0 AWG (NEUTRO)
FIGURA 7.5 – DIAGRAMA DE IMPEDÂNCIAS DE SEQUÊNCIA POSITIVA
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Ponto A

As impedâncias envolvidas são: zs e zt

z (A) = zs + zt = 0 j (0.0348 + 2.178 ) ohm

z (A) = 0 + j2.213 = 2.213 90∅ ohms

Ponto E

Além das impedâncias zs e zt existem as impedâncias dos trechos AB, BC e CE.


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122
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

TRECHO 1 (km) Impedância seq (+) Impedância


do Tipo de Circuito do
ohm/km Trecho ohms

AB 0.100 0.1908 + J 0.3715 0.01908 + J 0.03715

BC 1.500 0.6047 + J 0.4178 0.90705 + J 0.6267

CE 0.800 0.6047 + J 0.4178 0.48376 + J 0.33424

Z(AE) = 1.410 + j 0.998

Logo,
z(E) = zs + zt + z(AE) = z (A) + z (AE) = 1.410 + j 3.211 ohm

z (E) = 3.507 66.3∅ ohm

Ponto H

Além das impedâncias zs e zt existem as impedâncias dos trechos AB, BF, FG e GH.

TRECHO 1 (km) Impedância seq (+) Impedância


do Tipo de Circuito do
ohm/km Trecho ohms

AB 0.100 0.1908 + J 0.3715 0.01908 + J 0.03715

BF 1.200 0.1908 + J 0.3715 0.22896 + J 0.4458


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123
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

FG 4.500 0.6047 + J 0.4178 2.72115 + J 1.8801

GH 1.000 0.6047 + J 0.4178 0.6047 + J 0.4178

Z(AE) = 3.574 + J 2.781

Logo,

Z(H) = zs + zt + z (AH) = z (A) + z (AH) = 3.574 + J 4.994 ohm

Z (H) = 6.141 54.4 ∅ ohms

Ponto J

A impedância equivalente z (J) é calculada como sendo a impedância z (H) adicionada a


impedância do trecho HJ.
Trecho HJ – circuito tipo 1 com IHJ = 0.800 km

Z (HJ) = 0.484 + j 0.334 ohm

Z (J) = z(H) + z (HJ) = (3.574 + J 4.994) + ( 0.484 + J 0.334) = 4.058 + J 5.328 ohms

Z (J) = 6.697 52.7 ∅ ohms


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124
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Ponto M

Com base nos procedimentos aplicados para os pontos A, E, H e J pode-se simplificar as


operações procedendo-se da seguinte forma:

I) Obtém-se o comprimento total dos trechos com circuito Tipo 1 (FG, GK, KL, LM):

I1 = 4.5 + 0.5 + 1.2 + 1.8 = 8.0 km

Calculando-se a impedância em ohm do trecho FM:

Z (FM) = 8.0 x (0.6047 + J 0.4178) = 4.837 + J 3.342 ohms

II) Mesmo procedimento para os trechos com circuito Tipo 2 (AB, BF):

I2 = 0.1 + 1.2 = 1.3 km


Z (AF) = 1.3 x (0.1908 + J 0.3715) = 0.248 + J 0.483 ohms

III)Obtém-se a impedância equivalente do ponto M:

z (M) = zs + zt + z(AF) + z (FM) = z (A) + z (AF) + z (FM)


z (M) = 5:085 + J 6.038 = 7.894 49.9∅ ohm
Versão: 01 Página : 125/199
125
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Ponto O

Com base no procedimento utilizado para o ponto M tem-se:

I) Trechos com circuito tipo 1 (FG,GK,KO):

11 = 4.5 + 0.5 + 4.0 = 9.0 KM


z (FO) = 9.0 x (06047 + J 0.4178) = 5.442 + J 3.760 ohms

II) Trechos com circuito tipo 2 (AB, BF):

I2 = 1.3 km
Z (AF) = 0.248 + J 0.483 ohm

III)Impedância equivalente do ponto O:

Z (O) = z + zt + z (AF) + z (FO) = z (A) + z (AF) + z (FO)


Z (O) = 5.690 + J 6.456 = 8.605 48.6∅ ohms

Ponto Q

De forma análoga ao procedimento anterior, tem-se:

I) Trechos com circuito tipo 1 (DQ):


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126
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

I1 = 0.2 km
Z (DQ) = 0.2 x (0.6047 + J 0.4178) = 0.1209 + J 0.0835 ohm

II) Trechos com circuito tipo 2 (AB, BF e FD):

Iz = 0.1 + 1.2 + 3.5 = 4.8 km


Z (AD) = 4.8 x (0.1908) + J 0.3715) = 0.9158 + J 1.7832 ohms

III)Impedância equivalente do ponto Q:

Z (Q) = zs + zt + z (AD) + z (DQ) = z(A) + z (AD) + z (DQ)


Z (Q) = 1.0367 + J 4.0797 = 4.209 75.7∅ ohm

7.10.4 Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Trifásica – Valor Simétrico conforme Procedimento do
Item 7.4

Ponto A

z (A) = 2.213 90 ∅ ohm

onde:
13.2 x 103
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127
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

ICC - 3∅ (A) = ------------------- = 3444 A


3 x 2.213

Ponto E

z (E) = 3.507 66.3 ∅ ohm

onde:

13.2 x 103
ICC - 3∅ (B) = ------------------- = 2173 A
V3 x 3.507

Ponto H

z (H) = 6.141 54.4 ∅ ohm

onde:

13.2 x 103
ICC - 3∅ (H) = ------------------- = 1241 A
3 x 6.141

Ponto J

z(J) = 6.697 52.7 ∅ ohm


Versão: 01 Página : 128/199
128
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

onde:

13.2 x 103
ICC - 3∅ (J) = ------------------- = 1138 A
3 x 6.697

Pontos M, O e Q

Com o mesmo procedimento adotado para os pontos anteriores, obtém-se:

13.2 x 103
ICC - 3∅ (M) = ------------------- = 965 A
3 x 7.894

13.2 x 103
ICC - 3∅ (O) = ------------------- = 886 A
3 x 8.605

13.2 x 103
ICC - 3∅ (Q) = ------------------- = 1811 A
3 x 4.209
Versão: 01 Página : 129/199
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Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

7.10.5. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Fase – Valor Simétrico conforme Procedimento do
Item 7.5

3
Com base na relação Icc ∅∅ = ------- x Icc - 3∅ tem-se:
2

Ponto A

Icc ∅∅ (A) = 0.866 x 3444 = 2983 A

Ponto E

Icc ∅∅ (E) = 0.866 x 2173 = 1882 A

Pontos H, J, M, O e Q

Com base no mesmo procedimento adotado tem-se:

Icc - ∅∅ (H) = 1075 A

Icc - ∅∅ (J) = 986 A

Icc - ∅∅ (M) = 836 A


Versão: 01 Página : 130/199
130
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Icc - ∅∅ (O) = 767 A

Icc - ∅∅ (Q) = 1568 A

7.10.6. Obtenção das Impedâncias de Seqüência Zero para o Cálculo das Correntes de Curto-Circuito
Fase-Fase conforme Procedimento do Item 7.6

Com base na expressão abaixo,

3 x V2 x 103
Icc-∅T = -------------------------------------------------------------
2 (zs + zt + zl) + zlo + zto + 3zf)

onde:

(zs +zt + zl): corresponde à impedância equivalente do ponto considerado, em relação ao gerador
GS (conforme item 7.9.3):

zf : poderá assumir valor nulo ( 0 + J O ohm ), para obtenção Icc-∅T max, ou assumir valor (20 +
Jo ohm) para obtenção de Icc-∅T min:
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Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

zto = 0.85 x zt = O + J 1.851 ohm, pois o tipo de ligação entre os enrolamentos é triângulo/estrela-
aterrada no lado correspondente à tensão 13.2 KV;

zlo: para os pontos em questão, obtém-se com base nos valores da Tabela 7.1 para os circuitos
tipo 1 (3 x 1/0 AWG + 1 x 4 AWG) e tipo 2 (3 x 336,4 MCM + 1 x 3/0 AWG).

- circuito tipo 1

zO = 1.0162 + J 1.7254 ohm/Km

- Circuito tipo 2

ZO = 0.4850 + J 1.3140 ohm/km

Ponto A

Não há trechos de circuito entre tal ponto e o transformador.

Ponto E

I) Trechos com circuito tipo 1 (BC e CE):

I1 = 1.5 + 0.8 = 2.3 Km

Zo (BE) = 2.3 x (1.0162 + J 1.7254) = 2.33726 + J 3.94542 ohm


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132
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

II) Trechos com circuito tipo 2 (AB):

I2 = 0.10 km

zO(AB) = 0.10 x (0.4850 + 1.3140) = 0.04850 + J 0.13140 ohm

zO(AE) = zO (AB) + zO(BE) = 2.386 + J 4.077 ohm

Ponto H

I) Trechos com circuito tipo 1 (FG e GH) :

I1 = 4.5 + 1.0 = 5.5 km

Zo(FH) = 5.5 x (1.0162 + J 1.7254) = 5.5891 + J 9.4897 ohm

II) Trechos com circuito tipo 2 (AB e BF):

I2 = 0.1 + 1.2 = 1.3 km

ZO (AF) = .1.3 x (0.4850 + J 1.3140) = 0.6305 + J 1.7082 ohm

III) Impedância zO(AH):


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Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

zO(AH) = zO(AF) + zO(FH) = 6.220 + J 11.198 ohm

Para os pontos J, M, O e Q o procedimento é análogo.

7.10.7.Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Terra – Valor Simétrico conforme Procedimento


do Item 7.6

Visando-se simplificação das operações a expressão para o cálculo Icc-∅T poderá ser escrita
da seguinte forma:

3 x V2 x 103
Icc-∅T =---------------------------------
2 x zeq + B

onde:

zeq (zs + zt + zl) (conforme item 7.10.3).

B = zlo + zto + 3 x zf, podendo assumir valor mínimo para


Zf = 0 + JO ohm, ou valor máximo para zf = 20 + JO ohms.

Ponto A

2 x zeq (A) = 2 x (0 + J2.213) = 0 + J4.426 ohm


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134
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

BMIN = (0 + JO) + (O + J1.851) + 3x (0 + JO) = O + J1.851 ohms

BMAX = (0 + JO) + (O + J1.851) + 3x (2 0 + JO)=60 + J1.851 ohms

- Obtenção das correntes de curto:

2 x zeq (A) + BMIN = (0 + J 4.426) + (0 + J1.851) = 0 + J 6.277 = 6.277 90∅ ohm

portanto:

V3 x 13.2 x 103
Icc-∅T(A) MAX =--------------------------------- = 3642 A
6.277

e também,

V3 x 13.2 x 103
Icc-∅T(A) MIN =--------------------------------- = 379 A
60.327
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135
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

pois, 2 x zeq(A) + BMAX = 60 + J 6.277 = 60.327 6∅ ohm

Ponto E

2 x zeq (E) = 2x(1.410 + J3.211) = 2.820 + J 6.422 0hm

BMIN = zO(AE) + zto + 3 x zf MIN = 2.386 + J 5.928 ohm

BMAX = 62.386 + J 5.928 ohm

- Obtenção Icc-∅T (E) MAX:

2 X zeq (E) + BMIN = 5.206 + J 12.350 = 13.402 67.1∅ ohm

onde:
3 x 13.2 x 103
Icc-∅T(E)MAX =--------------------------------- = 1706 A
13.402

- Obtenção Icc-∅T (E) MIN:

2 x zeq (E) + BMAX = 65.206 + J 12.350 = 66.365 10.7∅ ohm

Onde:

3 x 13.2 x 103
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Icc-∅T(E)MIN =--------------------------------- = 345 A


66.365

De forma similar aos pontos anteriores obtém-se:

Ponto H

Icc ∅T (H) MAX = 858 A

Icc ∅T (H) MIN = 297 A

Para os pontos J, M, O e Q o procedimento é análogo.

Os valores simétricos dos níveis de curto-circuito 30, 00, OTMAX e OTMIN, deverão ser utilizados
para o estudo de coordenação das proteções do sistema.

Caso se deseje obter os níveis de curto-circuito assimétricos para verificação da suportabilidade


termo-dinâmica dos equipamentos do circuito, deve-se proceder conforme item 7.10.8 a seguir.

7.10.8. Obtenção dos Níveis Assimétricos de Curto-Circuito

Com base na impedância equivalente, de seqüência positiva, obtida para cada ponto
considerado (zeq = R + JX), calcula-se o valor X/R e através da Tabela 7.2 obtém-se o fator K,
obtendo-se em seguida os níveis de curto-circuito assimétricos correspondentes aos pontos
considerados.
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Por exemplo: obtenção dos níveis de curto-circuito trifásico assimétrico para os seguintes
pontos:

Ponto A

- Neste caso, por simplificação de cálculo, desprezou-se a parte resistiva das impedâncias zs
e zt obtendo-se zeq (A) = 0 + J2.213 ohm. O valor teórico da relação X/R neste caso tenderia
a infinito o que não corresponde a realidade, pois a rigor R é diferente de zero.

Em casos como estes adota-se para K o valor máximo da Tabela 7.2, ou seja, K = 1.7.

Daí,

Icc-3∅ ASSIM (A) = 1.7 x 3444 A = 5855 A

Ponto E

- Analogamente tem-se:

Zeq(E) = 1.410 + J 3.211 ohms

Como X/R = 2.28, pela Tabela 7.2 tem-se K=1.05, logo:


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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Icc-3∅(E)ASSIM = 1.05 x 2173 = 2282 A

Para os pontos H, J, M, O e Q o procedimento é análogo.

8. COORDENAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO

8.1. Geral

8.1.1. Definição Elemento Protegido, Elemento Protetor e Zona de Proteção

- Elemento Protegido: é o dispositivo de proteção que está instalado do lado da Fonte de Energia
(ETD).

- Elemento Protetor: é o dispositivo de proteção que está instalado do lado da carga.

A Figura 8.1 ilustra situações relativas às definições acima.

O elemento protegido deverá coordenar com o elemento protetor com base nos critérios adiante
expostos.

- Zona de Proteção: é o trecho da rede protegido por um dispositivo de proteção, ou seja o


dispositivo de proteção deverá ser sensível às magnitudes das correntes de curto-circuito que
possam ocorrer nesse trecho. A zona de proteção é, em geral, definida em relação ao curto-
circuito fase-fase. Ver Figura 8.2.
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Cód. Distr. Assunto: No
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8.1.2. Curvas Características (t x I)

A atuação dos elos fusíveis, religadores e relés de sobrecorrente é verificada através das curvas
características (t x I) dos mesmos, representadas em papel log.log numa mesma escala.

FIGURA 8.1
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

FIGURA 8.2 – CONCEITO DE ZONA DE PROTEÇÃO


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Cód. Distr. Assunto: No
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8.2. Coordenação Relé-Elo Fusível

8.2.1 Geral
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Os disjuntores das ETDs que alimentam os circuitos de distribuição aérea são acionados, na
condição de falta, através dos relés de sobrecorrente de fase ou de neutro, e relé de religamento
(onde houver), normalmente na seguinte seqüência de operação:

- Abertura do disjuntor através da atuação dos relés de sobrecorrente de fase ou neutro, via
elemento instantâneo ou temporizado (relés 50/51 e 50N/51N).

- Bloqueio dos elementos instantâneos dos relés de sobrecorrente de fase e neutro através de
circuito de intertravamento.

- Religamento do disjuntor através do relé de religamento (relé 79), permanecendo os elementos


instantâneos dos relés de sobrecorrente de fase e neutro bloqueados.

- Abertura (operação temporizada).

- Religamento.

- Abertura (operação temporizada).

- Bloqueio.

- Desbloqueio dos elementos instantâneos dos relés de sobrecorrente de fase e neutro após cerca
de 1 (um) minuto.

Normalmente, utilizam-se 2 (dois) religamentos. Há casos com 1 (um) religamento com ou sem
bloqueio do instantâneo, assim como casos nos quais o religamento inexiste.
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Cód. Distr. Assunto: No
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8.2.2. Critérios Gerais

A coordenação entre relé e elo fusível deverá ser estudada com base nos seguintes critérios.

- Critério REF1: O fusível deverá suportar a corrente máxima de curto-circuito no local, durante o
tempo de operação dos elementos instantâneos dos relés (50 ou 50N) mais o tempo de
desligamento do disjuntor. Após isto, os elementos instantâneos são bloqueados e ocorre um
religamento automático do disjuntor.

- Critério REF2: Na permanência do curto-circuito e após o religamento automático, o elo fusível


deverá fundir antes da atuação dos elementos temporizados dos relés (51 ou 51N) sobre o
disjuntor.

Para que tal fato ocorra deverá existir uma diferença de 0,2 seg. entre a curva de fusão (tempo
total) do elo fusível e as curvas temporizadas dos relés (51 ou 51N).

- Critério REF3: Havendo dificuldades em atender ao critério REF1, a não ser com a utilização de
fusíveis de valores nominais muito elevados e, consequentemente, inconvenientes na proteção
do sistema, deverá ser considerada apenas a seletividade entre fusível e elemento temporizado
do relé, ou seja, o critério REF2.

A visualização dos critérios REF1 e REF2 encontra-se representada na Figura 8.3

Da Figura 8.3. observa-se que o intervalo de coordenação (1)2 é obtido pelos seguintes limites:
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144
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- Limite máximo de coordenação (I2): é o maior valor da corrente de curto-circuito, em que o tempo
de operação do elemento instantâneo do relé mais o tempo de desligamento do disjuntor é
menor que o tempo mínimo de fusão do elo fusível.

- Limite mínimo de coordenação (I1): é o menor valor da corrente de curto-circuito em que o tempo
total de fusão do elo fusível é menor que o tempo de atuação do elemento temporizado do relé.

O procedimento de calibração dos relés de sobrecorrente encontra-se descrito no Capítulo 5 –


Equipamentos de Proteção.

No caso em que o elemento instantâneo foi ajustado num valor superior a I1, o valor mínimo de
corrente para satisfazer os critérios REF1 e REF2 ficará sendo o valor de ajuste do elemento
instantâneo. Para valores de corrente compreendidos entre I1 e o valor de ajuste do elemento
instantâneo, haverá apenas seletividade entre o fusível e o elemento temporizado (critério REF3),
sendo o valor de ajuste do elemento instantâneo menor que I2.

Figura 8.3 COORDENAÇÃO RELÉ – ELO FUSÍVEL


Elaboração Revisões Engenharia
Prep. CAAC BCS
Des. VFC
Verif. HT SIF
Aprov. JGJr
Data 06/08/01 Rede Compacta
Substitue desenho nº Publicação: Escala: Desenho Nº: Folha:
PD 4.009 FIGURA 8.3 1/1
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145
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

8.2.3. Tabelas de Coordenação


Versão: 01 Página : 146/199
146
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

As Tabelas 8.1. e 8.2 apresentam as possibilidades de coordenação entre elos fusíveis tipo K e
relés de sobrecorrentes tipo CO-8, em relação aos limites mínimos e máximos de coordenação,
descritos nas mesmas, e com base nas seguintes considerações:

- Os valores indicados nas Tabelas foram obtidos para o tempo total de interrupção do fusível igual
ao tempo de atuação do elemento instantâneo dos relés.

- Quando a curva do relé não intercepta a curva do elo fusível, significa que o limite mínimo
depende apenas do fusível, estando tais casos assinalados com um traço.

- O tempo considerado para atuação do elemento instantâneo é de 1 (um) ciclo, e para interrupção
no disjuntor é de 8 (oito) ciclos.

- Quando o tempo de atuação do relé temporizado for menor que o tempo de interrupção do elo
fusível, ou quando o limite mínimo de coordenação é maior que o limite máximo de
coordenação, significa que não há coordenação entre os mesmos, estando tais casos
assinalados com NC (não coordena).

RELÉ TIPO CO-8 WESTINGHOUSE


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147
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

TC = 120/1 TAP 5 A AJUSTE DE FASE


AJUSTE DE FASE

TEMPORIZAÇÃO 0,5 1,0 1,5 2,0 TEMPORIZAÇÃO


(ALAVANCA) ALAVANCA

FUSIVEIS I1 (A) I2 (A)

25 K - - - - 290
30 K - - - - 370
40 K - - - - 460
50 K - - - - 600
65 K - - - - 750
80 K - - - - 1.000
100 K - - - - 1.300
140 K 900 - - - 2.000
200 K NC 2.000 1.400 1.200 3.200

Esta Tabela foi elaborada considerando-se um tempo total de desligamento do circuito (tempo de
atuação relé + disjuntor) de 9 ciclos.

Tabela 8.1. – Coordenação Relé de Fase – Fusíveis

RELÉ TIPO CO-8 WESTINGHOUSE

AJUSTE NEUTRO TC = 120/1 TAP 1,5 A AJUSTE NEUTRO


Versão: 01 Página : 148/199
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

TEMPORIZAÇÃO 0,5 1,0 1,5 2,0 TEMPORIZAÇÃO


(ALAVANCA) ALAVANCA

FUSIVEIS I1 (A) I2 (A)

25 K - - - - 290
30 K - - - - 370
40 K - - - - 460
50 K 400 - - - 600
65 K NC - - - 750
80 K NC 600 400 350 1.000
100 K NC 1.000 600 500 1.300
140 K NC NC 1.700 1.400 2.000
200 K NC NC NC 2.800 3.200

Esta Tabela foi elaborada considerando-se um tempo total de desligamento do circuito (tempo de
atuação relé + disjuntor) de 9 ciclos.
Tabela 8.2 – Coordenação Relé de Neutro - Fusíveis

- Exemplo de Interpretação das Tabelas de Coordenação


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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Para o estudo de coordenação entre relé tipo CO-8 e fusível 140 K os valores das tabelas devem
ser interpretados da seguinte forma:

a) Relés de Fase, com instantâneo ajustado em 1.200 A (Tabela 8.1) e para a temporização (0,5),
tem-se:

- I < 900 A implicará numa atuação do relé antes da atuação do elo fusível (intervalo não seletivo).

- 900 A < I < 1.200 A (ajuste do instantâneo – 50) implicará em atuação do fusível antes da atuação
do elemento temporizado (51)

- 1.200 A < I < 2.000 A implicará em atuação no instantâneo antes da atuação do elo fusível,
possibilitando que na condição de curto-circuito temporário seja evitado a sua queima. Caso o
curto-circuito seja permanente a queima do fusível ocorrerá após o desligamento, pois o
elemento instantâneo (50) estará bloqueado.

- I > 2.000 A não é garantida a proteção do fusível, através do elemento instantâneo do relé, uma
vez que ambos poderão atuar mesmo na condição de curto-circuito temporário. Para as demais
temporizações do relé (1,0 – 1,5 – 2,0) e para I < 900 A não existirá seletividade entre os
elementos de proteção.

b) Relé de Neutro, instantâneo 500 A (Tabela a 8.2) :


A interpretação é análoga àquela acima efetuada, exceto no caso das temporizações 0,5 e 1,0.
Nestes casos, a atuação do elo fusível é sempre posterior a atuação do elemento temporizado
(51). Não há seletividade para defeitos permanentes.
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

8.3. Coordenação Relé-Religador

8.3.1. Critérios Gerais (RER)

A coordenação entre relé e religador deverá ser estudada com base nos seguintes critérios:

- Critério RER1: As correntes iniciais de atuação da bobina série e disparo de terra do religador
deverão ser menores que as correntes de início de operação (pick-up) dos relés de fase e de
neutro.

- Critério RER2: A soma dos avanços do contato móvel (no caso de relés eletromecânicos) devido
aos religamentos, por parte do religador, deverá ser inferior ao avanço total para a atuação do
relé, para qualquer valor de corrente de curto-circuito dentro da zona de proteção considerada.

- Critério RER3: Para qualquer corrente de curto-circuito na zona de operação do religador, o


tempo de operação desse equipamento, através de suas curvas temporizadas de fase e de
neutro, deve ser menor que o tempo de atuação dos relés das unidades temporizadas de fase e
de neutro, respectivamente.

- Critério RER4: No caso de se tornar inoperante o religador de linha, fechando-se o seccionador


de contorno (by-pass), os relés da ETD devem resguardar a zona de proteção do religador, ou
seja:
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

. a corrente de partida (pick-up) da unidade temporizada do relé de fase deve ser menor que a
mínima corrente de curto-circuito fase-fase, na zona de proteção do religador;

. a corrente do ajuste da unidade temporizada do relé de neutro deve ser menor que a corrente
de curto-circuito mínima na zona de proteção do religador.

. caso as condições anteriores não sejam atendidas, o by-pass deve ser constituído por chave
faca sem elos fusíveis, sendo que no poste anterior ao religador deverá ser utilizado chave
faca com elos fusíveis, quando a bobina série do religador for igual ou inferior a 160 A.

As condições citadas são ilustradas na Figura 8.4.

FIGURA 8.4 – COORDENAÇÃO – RELIGADOR


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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

8.3.2. Método para Verificação de Coordenação


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153
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

A coordenação Relé-Religador estará assegurada quando a soma percentual relativa dos avanços
e rearmes do disco do relé for inferior a 100%. Tal evento poderá ser obtido com auxílio da Tabela
8.3, considerada individualmente para os curtos-circuitos entre fases e curto-circuitos fase-terra, ou
seja, para os relés de fase e de neutro.

SEQUENCIA DE TEMPO DE TEMPO DE AVANÇO REARME SOMA


OPERAÇÃO DO CURVA OPERAÇÃO RELIGAMENTO DO RELÉ DO RELÉ RELATIVA
RELIGADOR (SEG) (SEG) (%) (%) (%)

3
/////////////////// //////////////
4 ////// ///////

TOTAL

Tabela 8.3
A Tabela 8.3 deverá ser preenchida com base nas seguintes considerações:
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

a) Tempo de Operação Rápida: deverá ser preenchido com o valor obtido através da curva de
operação rápida do religador.

b) Tempo de Operação Retardada: deverá ser preenchido de modo análogo ao anterior, obtendo-se
o valor através da curva de operação retardada do religador.

c) Tempo de Religamento: preencher com o tempo de religamento do religador.

d) Avanço do Relé: deverá ser preenchido com o valor calculado da seguinte forma:

A
Avanço do disco do relé= ------------- X 100%
T1
Onde:

A = tempo de operação rápida ou retardada do religador com base na corrente de curto-circuito


considerada:

T1 = tempo de operação do relé com base na corrente de curto-circuito considerada.

e) Rearme do Relé: deverá ser preenchido com o valor calculado da seguinte forma:

B
Retorno do disco do relé -------------- x 100%
T2
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Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Onde:

B = tempo de religamento do religador;


T2 = tempo necessário para rearme do relé (ver catálogo técnico do respectivo fabricante).

f) Soma Relativa: esta coluna deverá ser preenchida com a diferença avanços-rearme: caso o valor
resultar negativo, o mesmo deverá ser considerado nulo.

Na última operação do religador, não será considerado o tempo de religamento assim como o
tempo de rearme.

A coordenação relé-religador estará assegurada quando o valor total da soma relativa for inferior a
100%.

8.3.3. Exemplo de Aplicação

Com base na Figura 8.4 tem-se os seguintes dados:

- Relés de Fase (50/51) ligados em TC com relação de transformação 120/1:

. Tipo CO-8;

. Faixa de ajuste de corrente (TAP) : 1 a 12.


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Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- Relé de Neutro (50/51)N ligados no mesmo TC:

. Tipo CO-8;

. Faixa de ajuste de corrente (TAP): 0,5 a 2,5.

- Religador:

. Tipo: KF – 100 A;
. Tempo de religamento = 2 segundos;
. Seqüência de operação: 1 (curva A); 3 (curva B).

- Níveis de curto-circuito considerados na zona de proteção do religador:

. Icc 3∅ = 1950 A;
. Icc ∅T = 1192 A.

a) Verificação de coordenação entre o religador e os relés de fase:

Temporização adotada: curva 1, implicando num tempo de retorno do disco igual a 5,2 Seg.
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Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

1n. Operação do religador (curva A)

Tempo de operação do relig. na curva A


Avanço do disco = --------------------------------------------------------------- x 100%
Tempo de operação do relé

0,042 seg
= ---------------------- x 100% = 6,4%
0,66 seg

O retorno do disco do relé durante o intervalo de tempo em que o religador estiver aberto será:

2 seg
Retorno do disco = ------------- x 100% = 38,5% > 6,4%
5,2 seg.

Isto indica que o disco voltará a posição inicial.

2n. Operação do Religador (curva B)

Sendo o tempo de operação do religador em tal curva de 0,16 seg., tem-se:


0,16
Avanço do disco = ------------- x 100% = 24,2%
0,66
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

2 seg.
Retorno do disco = ------------------- x 100% = 38,5% > 24,2%
5,2 seg.

Tal resultado indica que o disco voltará a posição inicial.

Como o disco volta à posição inicial após o intervalo de tempo em que o religador fica aberto, após
cada operação temporizada, conclui-se que há coordenação, não havendo necessidade do
prosseguimento do cálculo para as operações subsequentes.

A Tabela auxiliar para verificação de coordenação ficaria conforme a Tabela 8.4.

SEQUENCIA DE TEMPO DE TEMPO DE AVANÇO REARME SOMA


OPERAÇÃO DO CURVA OPERAÇÃO RELIGAMENTO DO DO RELÉ RELATIVA
RELIGADOR (SEG) (SEG) RELÉ (%) (%)
(%)

1 A 0,042 2 6,4 38,5 0

2 B 0,16 2 24,2 38,5 0

3 B 0,16 2 24,2 38,5 0


//////////////////// ///////////////
4 B 0,16 ///// 24,2 ////// 24,2

TOTAL 24,2
Tabela 8.4
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

b) Verificação da coordenação entre o religador e o relé de neutro.

Para se evitar a operação do relé de neutro por desbalanço de carga no circuito o ajuste de
corrente corresponderá ao TAP = 1,5 (180 A).

Temporização adotada: curva 2, implicando num tempo de retorno do disco igual a 12 seg.

1n Operação do Religador (curva A ou curva de terra 1)

Tempo de operação do religador curva A


Avanço do disco = --------------------------------------------------------------- x 100%
Tempo de operação do relé

0,05 seg.
= ---------------------- x 100% = 8,2% ( para Icc ∅T = 1192 A)
0,61 seg.

retorno do disco do relé durante o intervalo de tempo em que o religador estiver aberto:

2 seg.
Retorno do disco = ------------------- x 100% = 16,7% > 8,2%
12 seg.

Isto indica que o disco voltará à posição inicial.


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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

2n. Operação do Religador (curva B ou curva de terra 6 )

O tempo de operação do religador na curva B é de 0,24 seg.:

0,24 seg.
Avanço do disco = ------------------- x 100% = 39,3%
0,61 seg.

O retorno do disco corresponderá ao mesmo valor obtido para a 1n operação do religador ou seja
16,7%.

A posição em que o disco se encontra na ocorrência da 3n. operação do religador corresponderá a


39.2 – 16,7 = 22,6% de seu curso.

3n. Operação do Religador (curva B ou curva de terra 6)

Os valores são idênticos aos calculados para a 2n. operação: avanço do disco = 39,3% e retorno
do disco igual a 16,7%.

4n. Operação do Religador (curva B ou curva terra 6): avanço do disco = 39,3%.
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

A Tabela 8.5 resume os cálculos anteriormente realizados.

SEQUENCIA TEMPO DE TEMPO DE AVANÇO REARME SOMA


DE CURVA OPERAÇÃO RELIGAMENTO DO DO RELÉ RELATIVA
OPERAÇÃO (SEG) (SEG) RELÉ (%) (%)
DO (%)
RELIGADOR

1 A/1 0,05 2 8,2 16,17 0

2 B/6 0,24 2 39,3 16,17 22,6

3 B/6 0,24 2 39,3 16,17 22,6


//////////////////// ///////////////
4 B/6 0,24 ///// 39,3 ////// 39,3

TOTAL 84,5

Tabela 8.5

- Conclusão: com base em tais ajustes haverá coordenação entre os Relés de Fase e Neutro e o
Religador, pois a soma relativa resultou menor que 100%.
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

8.4. Coordenação Religador - Fusível

8.4.1. Critérios Gerais (RF)

A coordenação entre religador e fusível deverá ser estudada com base nos seguintes critérios:

- Critério RF1: O religador deverá ser ajustado para operar na curva rápida e em seguida na curva
lenta. A coordenação desejada consiste em que o elo fusível não queime durante a atuação do
religador conforme a característica instantânea, mas sim durante a atuação do mesmo
conforme a caracterização temporizada (vide Figura 8.5). Os valores de ajuste do religador
deverão permitir coordenação com os equipamentos de proteção a montante e a jusante do
mesmo.

- Critério RF2: O ajuste de disparo de fase do religador deverá ser menor que a corrente mínima
de defeito fase-fase, dentro da zona de proteção do religador incluindo, sempre que possível,
trechos a serem adicionados na condição de manobras usuais (vide Figura 8.5).

- Critério RF3: O ajuste de disparo de terra do religador deverá ser (conforme ilustração da Figura
8.6):

. menor que a corrente mínima de defeito fase-terra dentro da zona de proteção do religador;
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

. maior que a máxima corrente de desbalanço para o neutro, considerando-se a queima de um


fusível a jusante.

FIGURA 8.5 – PRINCIPIO BÁSICO DE COORDENAÇÃO CURTO-CIRCUITO ENTRE FASES.


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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- Critério RF4: A seqüência de operações e o tempo de religamento adotados deverão ser


definidos de modo a permitirem a coordenação seletiva com os equipamentos ao longo do
circuito.

Preferencialmente deverá ser adotada a seguinte seqüência de operações:

. 2 operações rápidas;
. 2 operações retardadas (vide Figura 8.7)

- Critério RF 5: Para se obter a coordenação religador-fusível, deverão ser observadas as


seguintes condições, considerando-se os valores das correntes de falta no trecho protegido pelo
fusível;

a) O tempo mínimo de fusão do fusível deverá ser maior que o tempo de abertura do religador na
curva rápida multiplicado por um fator de segurança (K) característica do religador, conforme
Tabela 8.6 (vide Figura 8.8).
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Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

b) O tempo total de interrupção do fusível deverá ser menor que o tempo mínimo de abertura do
religador na curva temporizada, com religador ajustado para duas ou mais operações
temporizadas (vide Figura 8.8)

A verificação da coordenação para faltas entre fases deverá ser feita considerando-se as curvas de
fase do religador. Para faltas fase-terra, deverão ser considerados as curvas de fase e de terra
superpostas.

As Tabelas 8.7, 8.8, 8.9 e 8.10 fornecem os limites de coordenação.

- Critério RF6: Considerando que normalmente é difícil obter coordenação para todos os valores de
correntes de falta, as condições de coordenação deverão ser satisfeitas, pelo menos para a
corrente mínima de falta fase-terra. Tem-se procurado usar o fusível de menor corrente nominal
que coordena com o religador, para corrente de curto-circuito fase-terra mínima.

TEMPO DE RELIGAMENTO F A T O R K
EM SEGUNDOS
UMA OPERAÇÃO RAPIDA DUAS OPERAÇÕES
RAPIDAS

0,5 1,2 1,8


1,2 1,35
1,0
1,2 1,35
1,5
1,2 1,35
2,0
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Tabela 8.6 – Fator de Segurança para Religadores (K)

FIGURA 8.7 – SEQUÊNCIA DE OPERAÇÕES DO RELIGADOR 2 RAPIDAS + 2 RETARDADAS


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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

FIGURA 8.8
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Cód. Distr. Assunto: No
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RELIGADOR FAIXA DE FUSIVEIS


TIPO BOBINA AJUSTES COORDENAÇÃO 15K 20K 25K 30K 40K 50K 65K 80K 100K 140K 200K
KF 100A AB -1 e 6 Icc min (A) 70 85 110 140 180 240 400 750 1100 2600 4800
100A I1
KF AC- 1e 6 Icc min (A) 70 85 110 140 180 240 280 370 620 2000 4000
I1
Sequencia 2 x 2 Icc max (A) 160 210 270 360 550 800 1100 1500 2000 3400 5400
I2
Sequencia 1 x 3 Icc max (A) 170 230 300 400 600 900 1200 1600 2200 3500 5600
I2
KF 160A AB -1 e 6 Icc min (A) 100 100 110 140 180 240 280 380 600 1900 4000
I1
KF 160A AC- 1e 6 Icc min (A) 100 100 110 140 180 240 280 380 470 1300 3300
I1
Sequencia 2 x 2 Icc max (A) 160 210 280 360 470 600 850 1300 1800 3200 5000
I2
Sequencia 1 x 3 Icc max (A) 170 230 300 390 500 630 930 1400 2000 3400 5500
I2
KF 225A AB -1 e 6 Icc min (A) 150 150 150 150 180 240 280 380 470 1500 3500
I1
KF 225A AC- 1e 6 Icc min (A) 150 150 150 150 180 240 280 380 470 750 2500
I1
Sequencia 2 x 2 Icc max (A) 160 210 280 360 470 600 750 1000 1600 3000 5000
I2
Sequencia 1 x 3 Icc max (A) 170 230 300 390 500 630 800 1200 1750 3200 5500
I2

TABELA 8.7 - Coordenação Religador Tipo KF - Fusível


Versão: 01 Página : 167/197

Aprovação: / / Vigência: / /
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

RELIGADOR FAIXA DE FUSIVEIS


TIPO BOBINA AJUSTES COORDENAÇÃO 15K 20K 25K 30K 40K 50K 65K 80K 100K 140K 200K
R 100A AB -1 e 3 Icc min (A) 70 70 70 110 220 280 280 550 900 3000
100A I1
R AC- 1e 3 Icc min (A) 70 70 70 110 170 220 280 400 520 1600
I1
Sequencia 2 x 2 Icc max (A) 160 230 350 500 700 950 1200 1600 2100 3300
I2
Sequencia 1 x 3 Icc max (A) 180 250 400 560 750 1000 1300 1700 2200 3500
I2
R 160A AB -1 e 3 Icc min (A) 100 100 130 200 250 400 500 1400
I1
R 160A AC- 1e 3 Icc min (A) 100 100 130 200 250 400 500 1000
I1
Sequencia 2 x 2 Icc max (A) 270 400 550 800 1100 1500 2100 3300
I2
Sequencia 1 x 3 Icc max (A) 180 300 410 610 900 1200 1700 2200 3500
I2
R 225A AB -1 e 3 Icc min (A) 150 150 160 220 360 470 900 3100
I1
R 225A AC- 1e 3 Icc min (A) 150 150 160 220 360 470 900 1600
I1
Sequencia 2 x 2 Icc max (A) 330 500 670 950 1400 2000 3200 4000
I2
Sequencia 1 x 3 Icc max (A) 370 550 700 1000 1500 2100 3500 4000
I2
Versão: 01 Página : 168/197

Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

RELIGADOR FAIXA DE FUSIVEIS


TIPO BOBINA AJUSTES COORDENAÇÃO 15K 20K 25K 30K 40K 50K 65K 80K 100K 140K 200K
RV 100A AB Icc min (A) 200 200 200 200 200 300 550 900 3000 6000
100A I1
RV AC Icc min (A) 200 200 200 200 200 200 380 500 1500 4000
I1
Sequencia 2 x 2 Icc max (A) 200 350 500 700 950 1200 1600 2000 3300 5000
I2
Sequencia 1 x 3 Icc max (A) 250 400 550 750 1000 1300 1700 2200 3500 5500
I2
RV 140A AB Icc min (A) 280 280 280 280 400 550 2000 5000
I1
RV 140A AC Icc min (A) 280 280 280 280 300 400 1000 3000
I1
Sequencia 2 x 2 Icc max (A) 400 600 850 1200 1600 2000 3300 5100
I2
Sequencia 1 x 3 Icc max (A) 300 450 680 920 1300 1700 2200 3500 5500
I2

Tabela 8.9 – coordenação Religador Tipo RV - Fusível


Versão: 01 Página : 169/197

Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

RELIGADOR FAIXA DE FUSIVEIS


TIPO BOBINA AJUSTES COORDENAÇÃO 15K 20K 25K 30K 40K 50K 65K 80K 100K 140K 200K
L 100A AeB Icc min (A) 200 250 400 700 1300 4000
I1
L 100A AeD Icc min (A) 200 200 250 400 600 3000
I1
Sequência Icc max (A) 200 200 250 400 550 1500
2x2 I2
Sequência Icc max (A) 670 960 1300 1800 2500 4200
1x3 I2

Tabela 8.10 – Coordenação Religador Tipo L – Fusível


Versão: 01 Página : 173/199
173
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

8.5. Coordenação Religador - Religador

8.5.1. Critérios Gerais (RR)

Em casos especiais, em que for justificada a locação de religadores em série, a coordenação entre
os mesmos deverá ser estudada com base nos seguintes critérios:

- Critério RR1: Utilizando-se curvas de atuação retardadas diferentes, quando as bobinas série dos
religadores forem iguais.

- Critério RR2: Utilizando-se a mesma seqüência de operações retardadas, porém com bobinas
série diferentes.
Versão: 01 Página : 174/199
174
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- Critério RR3: Utilizando-se bobinas série diferentes e seqüências de operações lentas diferentes.

Os critérios acima são baseados no fato de que dois religadores em série, com curvas de atuação
(t x I) separadas por mais que 0,2 segundos, não operarão simultaneamente.

As Figuras 8.9 e 8.10 representam as situações descritas pelos critérios acima.

- Critério RR4: No caso de não se conseguir a diferença de 0,2 segundos entre os tempos de
operação dos religadores, a coordenação é obtida adotando-se para o religador protegido
número total de operações superior ao do religador protetor.

FIGURA 8.9 – Coordenação religador – religador


Versão: 01 Página : 176/199
176
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

8.5.2. Coordenação entre Religadores do Tipo KF

A coordenação entre dois religadores é verificada quando o tempo de operação do religador


protegido é maior que o tempo de operação do religador protetor com a diferença mínima de 0,2
segundos. Não é possível ter coordenação durante as operações rápidas dos religadores: nestes
casos os mesmos podem operar simultaneamente. A fim de reduzir o número de operações do
religador protegido é desejável que o mesmo tenha menor número de operações rápidas que o
religador protetor.
Versão: 01 Página : 177/199
177
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

No caso de não se conseguir a diferença de 0,2 segundos entre os tempos de operação dos
religadores, a coordenação é obtida adotando-se para o religador protegido um número total de
operações superior ao do religador protetor.

Na Tabela 8.11 estão indicados os valores máximos das correntes de curto-circuito para as quais
existe coordenação entre os religadores tipo KF.

RELIGADOR
PROTETOR RELIGADOR PROTEGIDO
KF 100 AC KF 160 AB KF 160 AC KF 225 AB KF 225 AC
KF 100 AB 800 A 100 A 1 900 A 1 600 A 2 800 A
KF 100 AC NC NC 1 500 A 1 300 A 2 500 A
KF 160 AB NC NC 1 300 A 1 200 A 2 300 A
KF 160 AC NC NC NC NC 1 700 A
KF 225 AB NC NC NC NC 1 900 A
NOTA: O tempo da proteção de terra do Religador protetor deverá ser menor que o tempo do
Religador protegido.
Tabela 8.11 – Coordenação Religador KF – Religador KF

A coordenação entre outros tipos de religadores ou combinações entre os mesmos deverá ser
verificada através das curvas de atuação dos mesmos.

8.6. Coordenação Religador - Seccionalizador

8.6.1 Critérios Gerais (RS)

A coordenação entre religador e seccionalizador deverá ser estudada com base nos seguintes
critérios:
Versão: 01 Página : 178/199
178
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- Critério RS1: O seccionalizador deverá sentir todas as correntes de defeito que provocam
interrupção no religador. Isto é obtido utilizando os valores das bobinas série nos dois
dispositivos de proteção iguais a:

. 200% da corrente nominal do circuito, para o religador;

. 160% da corrente nominal do circuito, para o seccionalizador.

- Critérios RS2: O número de contagens para abrir definitivamente o seccionalizador deverá


proporcionar a abertura do mesmo na penúltima interrupção do religador (vide Figura 8.11).

- Na existência de mais de um seccionalizador em série, o seccionalizador mais distante do


religador deverá ser ajustado para abrir com um número menor de operações que o
seccionalizador mais próximo do religador.

FIGURA 8.11
Versão: 01 Página : 179/199
179
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

8.7. Coordenação Religador – Seccionalizador – Elo Fusível

8.7.1. Critérios Gerais (RSF)

A coordenação entre religadores, seccionalizadores e elo fusível deverá ser estudada com base
nos seguintes critérios:
Versão: 01 Página : 180/199
180
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- Critério RSF1: O religador deverá ser ajustado para uma operação rápida mais três lentas e o
seccionalizador para três operações (vide Figura 8.12).

- Critério RSF2: O religador e elo fusível deverão estar coordenadas conforme critérios do item 8.4.

8.8. Critérios para Coordenação de Elos Fusíveis

Para determinação da capacidade dos elos fusíveis, de maneira a atender aos requisitos de
proteção aos equipamentos e seletividade entre os mesmos, devem ser obedecidos os critérios:

- Critério F1: O elo fusível protegido deve coordenar com o elo fusível protetor pelo menos para a
mínima corrente de curto circuito fase-terra, no ponto da instalação do protetor.

Caso o elo protetor seja o do transformador de distribuição, a coordenação com o elo protegido
poderá ser desprezada, se tal coordenação implicar em corrente nominal elevada do elo protegido,
tendo como prejuízo a seletividade de proteção dos demais dispositivos de proteção do circuito
primário.

- Critério F2: Para a coordenação de elos fusíveis tipo “K” deve ser utilizada a Tabela 8.12.

FUSÍVEL DO LADO FONTE

FUSIVEL LADO 1 1 2
1 1 1 2 2 3 4 5 6 8
CARGA 8 0 4 0
0 2 5 0 5 0 0 0 5 0
K 0 0 0
K K K K K K K K K K
K K K
8 1 2 2 3 5 9
1 3 5 6 0 3
9 7 2 8 9 8 2
6K - 9 5 1 5 6 4
4 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0
1 2 2 3 5 9
2 4 6 8 0 3
7 2 8 9 8 2
8K 1 4 5 4 6 4
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
1 1 1 2 2 3 5 9
3 5 8
0 3 7 2 8 9 8 2
10K 3 4 4
6 4 0 0 0 0 0 0
0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
Versão: 01 Página : 181/199
181
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

1 1 1 2 2 3 5 9
3 7
0 3 7 2 8 9 8 2
12K 2 1
5 4 0 0 0 0 0 0
0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
1 1 2 2 3 5 9
4 8
3 7 2 8 9 8 2
15K 3 7
4 0 0 0 0 0 0
0 0
0 0 0 0 0 0 0
1 1 2 2 3 5 9
5
1 7 2 8 9 8 2
20K 0
0 0 0 0 0 0 0
0
0 0 0 0 0 0 0
1 2 2 3 5 9
6
3 2 8 9 8 2
25K 6
5 0 0 0 0 0
0
0 0 0 0 0 0
1 2 3 5 9
8
7 8 9 8 2
30K 5
0 0 0 0 0
0
0 0 0 0 0
1 2 3 5 9
1 2 9 8 2
40K
0 0 0 0 0
0 0 0 0 0
1 3 5 9
4 5 8 2
50K
5 0 0 0
0 0 0 0
2 5 9
4 8 2
65K
0 0 0
0 0 0
4 9
5 2
80K
0 0
0 0
2 9
0 1
100K
0 0
0 0
4
0
140K
0
0

Tabela 8.12 – Coordenação entre Fusíveis Tipo “K”

Os valores indicados são as correntes máximas de curto-circuito para as quais há coordenação.

FIGURA 8.12
Versão: 01 Página : 182/199
182
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- Critério F3: Caso exista um número elevado de fusíveis em série, que impliquem em não
coordenação seletiva do sistema, a quantidade de fusíveis deverá ser reduzida ou então deverá
ser instalado um religador ou um seccionalizador.
Versão: 01 Página : 183/199
183
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- Critério F4: Na escolha dos elos fusíveis para a proteção dos transformadores de distribuição das
Ets deverá ser aplicada a Tabela 8.13.

- Critério F5: Na escolha dos elos fusíveis para a proteção dos bancos de capacitores deverá ser
aplicada a Tabela 8.14.

A coordenação entre elos fusíveis poderá ser verificada da comparação das curvas características
dos mesmos ( t x I ) em papel log-log correspondente ao formato padrão. Neste caso para que a
coordenação entre os elos fusíveis seja satisfatória o tempo total de interrupção do elo fusível
protetor não deverá exceder 75% do tempo mínimo de fusão do elo fusível protegido.

Na Figura 8.13 encontra-se exemplo de coordenação de elos fusíveis, verificados através das
características ( t x I ).

Potência
Nominal Capacidade Nominal e Tipo de Elo Fusível
(KVA)
TENSÃO NOMINAL DO SISTEMA (KV)

3,8 KV 6,6 KV 13,2 KV 23 KV 34,5 KV


Transformadores ∅N ∅∅
Versão: 01 Página : 184/199
184
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Monofásicos
5 - 1 H 1 H 1 H 1H -
10 6 K 2 H 2 H 1 H 1H 1H
15 10 K 3 H 3 H 2 H 1H 1H
25 (*) 15 K 5 H 5 H 3 H 2H 2H
37,5 25 K - 8 K 5 H 2H 3H
50 (*) 30 K 10 K 10 K 5 H 3H 5H
75 40 K 15 K 12 K 8 K 5H 5H
100 (*) 65 K 20 K 15 K 10 K 6 K 6K

Transformadores
Trifásicos
15 (*) 3 H 2 H 1 H 1 H 1 H
30 (*) 6 K 5 H 2 H 1 H 1H
45 10 K 5 H 3 H 2 H 1H
75 (*) 15 K 8 H 5 H 3 H 2H
112,5 25 K 12 K 6 K 5 H -
150 (*) 30 K 20 K 8 K 5 H -
225 (*) 50 K 25 K 12 K 8 K -
300 (*) 65 K 40 K 20 K 10 K -
(*) Transformadores com potências nominais padronizadas pela Empresa
Tabela 8.13 – Elos Fusíveis para Transformadores

FIGURA 8.13
Versão: 01 Página : 185/199
185
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Tabela 8.14 – Fusíveis, Bancos e Unidades de Capacitores Utilizados na Empresa (veja as


observações na página seguintes).
Versão: 01 Página : 186/199
186
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Observações: sobre a Tabela 8.14


Versão: 01 Página : 187/199
187
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- Os valores nominais dos elos fusíveis não assinalados com a notação (Z1) implicam em proteção
das unidades dos bancos de capacitores dentro da zona segura (probabilidade de ruptura entre 0 e
100%).

- Quando houver necessidade de formar um banco de capacitores com elementos diferentes, devem
ser utilizados elos fusíveis que protejam o elemento de menor capacidade.

- Para um eficiente desempenho dos elos fusíveis na eliminação de defeitos nos capacitores é
recomendável que os níveis de curto-circuito fase-terra (no caso de ligação do banco em estrela) e
fase-fase (no caso de ligação do banco em delta) não sejam inferiores a 10XINOM.

* : Utilizados em casos muito freqüentes de queima de fusíveis.

** : Não se recomenda o banco com fusível de grupo.

Z1: Zona 1 de probabilidade de ruptura do tanque do capacitor na ocorrência de curtos-circuitos


internos ao mesmo (probabilidade entre 10 e 50% - utilizável em lugares onde a ruptura da caixa
e/ou escorrimento do líquido não causar dano – conforme norma NEMA).

P : Potência padronizada da unidade ou do banco.

8.9. COORDENAÇÃO DASPROTEÇÕES DE ENTRADAS PRIMÁRIAS (EP)


Versão: 01 Página : 188/199
188
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

Os critérios seguintes têm a finalidade de orientar de uma forma genérica as graduações dos relés
de sobrecorrentes do disjuntor geral da entrada de consumidores primários. Contudo, cada caso
deverá ser estudado levando-se em consideração as particularidades na instalação do consumidor
e do circuito primário.

Os relés deverão possuir faixas de ajuste que permitam efetuar as graduações determinadas.
Quando houver previsão de acréscimo de carga, as graduações deverão ser baseadas nas
condições iniciais e compatibilizadas por ocasião da efetivação dos acréscimos.

Deve-se orientar o consumidor no sentido de que as faixas de ajuste dos relés e, no caso de relés
indiretos, a relação de TCs de proteção, sejam escolhidos de maneira a serem compatíveis com
os acréscimos de carga previstos.

8.9.1. Relés Indiretos

Quando forem utilizados relés indiretos, devem ser previstos dois ou três de fase e um neutro, com
atuação temporizada (de preferência com característica tempo x corrente muito inversa) e
instantânea.

8.9.1.1. Graduação dos Relés de Fase


Versão: 01 Página : 189/199
189
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

- Elemento Temporizado:

Quando a soma das potências instaladas dos transformadores for menor que 900 KVA, graduar em
cerca de 1,0 a 1,2 vezes a soma das correntes nominais dos mesmos e quando a soma for igual
ou maior que 900 kVA, graduar em cerca de 1,2 a 1,5 vezes a corrente de demanda. Exceção é
feita para a tensão de alimentação de 6,6 kV onde a potência limite é de 450 kVA.

Os ajustes de tempo deverão ser os menores possíveis e escolhidos seguindo os seguintes


critérios:

a) Coordenar com a proteção do circuito primário.

b) A curva de temporização adotada deverá estar abaixo da curva ANSI (vide Figura 8.14 e Figura
8.15), não interceptando nenhum ponto da mesma. Este critério é aplicável quando existir
somente um transformador. No caso de existência de mais de um transformador com proteção
individual este critério não deverá ser considerado.

c) É desejável que a curva de temporização adotada fique abaixo da curva de tempo mínimo de
fusão do elo fusível do ramal de entrada do consumidor, possibilitando desta forma que para
curto-circuito interno haja desligamento do disjuntor antes da queima do fusível. Se esta
condição implicar em super dimensionamento do elo fusível este critério poderá ser
negligenciado. O elo fusível deverá ser dimensionado conforme o item 8.9.3.
Versão: 01 Página : 192/199
192
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

d) A curva de temporização deverá estar acima do ponto de magnetização (M) que deve representar
a condição mais desfavorável de corrente transitória de magnetização do(s) transformador (es)
da EP, durante a energização do(s) mesmo(s). O ponto de magnetização é admitido como
sendo de 8 a 10 vezes a corrente nominal do(s) transformador(es), com tempo de 0,1 s. Caso
esta condição implicar em temporização muito elevada, com prejuízo na coordenação com a
proteção do circuito primário, considerar somente o maior transformador.

e) O relé não deverá operar com picos de corrente de carga, tais como, partida de motores. O
ponto de partida (P) deverá ser obtido com base nas condições de partida, potência e tipo de
motor específicos a cada consumidor, devendo ser expresso pela seguinte fórmula:

P = 0,9.n.In em tp segundos, onde:

N.. múltiplo da corrente nominal do motor: (6 a 8)


In.. corrente nominal do motor;
Tp.. tempo de partida. (2 a 3 s)

f) Dar uma margem para que o consumidor passa coordenar as proteções situadas no primário e
no secundário do transformador, desde que isso não cause prejuízo na coordenação com a
proteção do circuito primário. Para isso, verificar a viabilidade de se escolher uma curva que
corresponda a um tempo de 0,4 s, com a corrente primária correspondente a um curto-circuito
trifásico no secundário.
Versão: 01 Página : 193/199
193
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

NOTA 1:

O valor simétrico da corrente no primário do transformador para curto-circuito trifásico no


secundário pode ser calculado, desprezando a impedância do sistema, da seguinte forma:

Icc = 100.In/Z

onde:

In = corrente nominal do transformador, referida do primário;

Z = impedância do transformador (%).


Versão: 01 Página : 194/199
194
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

NOTA 2:

O valor da corrente de demanda será baseado na demanda calculada pela Bandeirante, ou


fornecida pelo consumidor, prevalecendo a maior.

- Elemento Instantâneo

Graduar a corrente de atuação do elemento instantâneo em menor valor possível, procurando


obter as seguintes condições:

a) Não operar com corrente assimétrica no primário para curto-circuito no secundário do


transformador. Considerar este valor como sendo 1,6 vezes a corrente de curto-circuito
simétrica.

b) Não operar para corrente transitória de magnetização dos transformadores instalados (8 a 10


vezes a corrente nominal)

c) No caso de haver dificuldade de coordenação com a proteção do circuito, abandonar a condição


“a”, se isso possibilitar uma melhoria na coordenação. Se mesmo assim persistir a dificuldade,
considerar na condição “b”, a corrente transitória de magnetização apenas do maior
transformador.
Versão: 01 Página : 195/199
195
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

8.9.1.2. Relé de Neutro

- Elemento Temporizado

Cerca de 1/4 da corrente de carga (valor considerado para a graduação dos relés de fase), com
temporização tal que coordene com a proteção de neutro do circuito primário.

- Elemento Instantâneo

Pouco acima de 10% da corrente no primário para curto-circuito trifásico no secundário do


transformador.

8.9.2. Relés Diretos

Os relés diretos deverão ser graduados seguindo basicamente os mesmos critérios utilizados para
a graduação dos relés de fase indiretos.
Versão: 01 Página : 196/199
196
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0

8.9.3. Elo Fusível de Entrada

O elo fusível de entrada deverá ter a corrente nominal igual ou imediatamente superior ao valor da
corrente de graduação do relé de sobrecorrente de fase. Deverá ser também observada a condição
de não haver queima do elo devido a corrente transitória de magnetização do(s) transformador(es)
e picos de corrente de carga. Nos casos em que o elo de 140 A não for suficiente, deverá ser
usada chave-faca, nas tensões de 3,8 kV, 6,6 kV e 13,2 kV. Para 23 kV, o elo máximo deverá ser de
80 A.

8.10. Critérios para Proteção de Banco de Capacitores

Os fusíveis recomendados para banco de capacitores com proteção individual ou em grupo


deverão ser no máximo quatro por fase ligados em paralelo devendo obedecer os critérios
indicados na Tabela 8.14.
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9. BIBLIOGRAFIA

- Capítulos 2 a 3

BANDEIRANTE – (TEDIS) – Manual de Técnicas de Distribuição – Secção 2 – Linhas e Redes


Aéreas – Subseção 2 – Projeto – Capítulo 1 – Distribuição Primária.

BANDEIRANTE – (GRADE) – Gerência de Redes Aéreas de Distribuição – Volume 5/5 – Out/86.

ELETROBRÁS – Proteção de Sistemas Aéreos de Distribuição – Editora Campus, 1982.

- Capítulo 4

BANDEIRANTE – (TEDIS) – Manual de Técnicas de Distribuição – Secção 2 – Linhas e Redes


Aéreas – Subseção 2 – Projeto – Capítulo 1 – Distribuição Primária.

- Capítulo 5

Chave Fusível ou Corta-Circuito:

. Catálogo dos respectivos fabricantes

Religador Automático:
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. Catálogos dos respectivos fabricantes: McGraw – Edson Company, Reyrolle, Westinghouse

Seccionalizadores:

. Seccionalizadores – DEP/P-CESP
. Catálogos dos respectivos fabricantes: McGraw – Edson Company, Reyrolle

Relé de Sobrecorrente:

. Catálogos dos respectivos fabricantes: Westinghouse, General Eletric

- Capítulo 6 e 8

BANDEIRANTE – (TEDIS) – Manual de Técnicos de Distribuição – Secção 2 – Linhas e Redes


Aéreas – Subseção 2 – Projeto – Capítulo 1 – Distribuição Primária.

ELETROBRÁS – Proteção de Sistemas Aéreos de Distribuição – Editora Campus, 1982.

CPFL – Proteção de Redes Aéreas de Distribuição NT – 150.


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ANEXO I
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RELIGADORES AUTOMÁTICOS INSTALADOS EM PONTOS CRÍTICOS DA REDE DE 13.2 K

1. PONTOS CRÍTICOS

Será aqui considerado que um religador está instalado em ponto crítico da rede quando o seu local
de instalação possuir todas as seguintes características:

a) O trecho protegido pelo religador se situa a grande distância da ETD, e os níveis das correntes
de curto-circuito são baixos e insuficientes para que os relés de saída de circuito possam
assumir a proteção desse trecho, quando o religador estiver isolado.

b) Devido à elevada carga, não é viável substituir o religador por fusível ou instalar fusível em outro
local a jusante, de forma que os relés possam assumir a proteção sem problema de
sensibilidade e de forma a haver coordenação adequada do fusível com os relés.

c) Por questão de carregamento do circuito ou de necessidade operativa, não é possível abaixar a


graduação dos relés para detectar as correntes de falta no trecho de circuito numa proteção
depende do religador.
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Essa definição leva em consideração apenas o aspecto da sensibilidade da proteção. Os casos de


religadores que exercem a função exclusivamente de melhorar a confiabilidade (em termos de
interrupção) do circuito ou de trechos de circuitos não serão aqui enquadrados nos casos críticos.

2. LOCALIZAÇÃO DOS RELIGADORES INSTALADOS EM PONTOS CRÍTICOS

Para a localização dos religadores instalados em pontos críticos, conforme definição acima, seguir
o seguinte procedimento:

2.1. Fazer uma triagem dos religadores seguindo o roteiro apresentado no diagrama de blocos do
Anexo II, indicando os religadores conforme as classificações A,B,C, e D e informando o número de
identificação da instalação do religador, o tipo e os ajustes, bem como o nome do circuito primário.

2.2. Nos casos classificados como C e D indicar os valores de curto-circuito trifásico e fase-terra (sem
e com impedância de defeito de 20 0hms) no local do religador e no fim do trecho cuja proteção
principal depende do religador.

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