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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
NTBD 3.01-0
Proteção de Redes de Distribuição Aérea
Primária
DIRETORIA DE DISTRIBUIÇÃO
SUPTCIA. DE COORDENAÇÃO DE ENGENHARIA DA DISTRIBUIÇÃO
DEPTO. DE ENGENHARIA DA DISTRIBUIÇÃO
Controle de Revisões
PUBLICAÇÃO: PND 3.1 PROJETO DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO AÉREA PRIMÁRIA
DATA DE EMISSÃO DA PUBLICAÇÃO: 12/87
DATA DE EMISSÃO DESTE FORMULÁRIO: 12/87
RESUMO
Esta norma tem por objetivo fixar critérios e metodologias para o estudo de proteção contra
sobrecorrentes nas redes de distribuição aérea primária.
Deve ser aplicada nos projetos de ampliação, melhoria das redes ou conexão de cargas, visando
garantir a adequada continuidade de fornecimento aos consumidores, bem como minimizar os
danos aos equipamentos devidos às correntes de falta.
TERMINOLOGIA BÁSICA
- Rede Primária
Conjunto qualquer de circuitos primários alimentados por uma ou mais ETDs.
- Circuito Primário
Parte da rede elétrica destinada a alimentar diretamente ou por intermédio de ramais ou sub-ramais as
cargas elétricas conectadas a Ets, Ips e Eps, termos estes a seguir definidos.
- Tronco de Alimentador
Circuito primário principal, alimentado através de uma ETD, do qual podem ser derivados
ramais para distribuição de energia elétrica.
- Sub-Ramal
Parte de um circuito primário que deriva diretamente de um ramal de alimentador.
- Falta ou Falha
Termo que se aplica a todo fenômeno acidental que impede o funcionamento de um sistema
ou equipamento elétrico.
- Curto-Circuito
Ligação intencional ou acidental entre dois ou mais pontos de um circuito, através de
impedância desprezível, estando tais pontos com potenciais diferentes.
- Sobrecorrente
Intensidade de corrente superior à máxima permitida para um sistema, equipamento elétrico ou
componente.
- Coordenação de Proteções
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Estudos que visa a escolha adequada das características nominais e ajustes de disparo dos
equipamentos de proteção pertencentes a um circuito elétrico de modo que, na ocorrência de
faltas, tais equipamentos atuem seletivamente.
- Seletividade
Critério de atuação das proteções de um sistema elétrico que, na ocorrência de uma falta, visa
restringir ao mínimo o número de circuitos a serem desligados.
- Zona de Proteção
É o trecho da rede protegido por um dispositivo de proteção para um determinado nível e tipo
de curto-circuito.
c) Equipamento de Proteção
- Elo Fusível
Elemento sensível a sobrecorrente incorporado às chaves fusíveis que em conjunto com os
mesmos podem interromper os circuitos elétricos para determinadas magnitudes de corrente.
- Religador Automático
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- Seccionalizador automático
Dispositivo projetado para operar de forma coordenada em conjunto com religadores
automáticos ou mesmo com disjuntores equipados com relé de religamento.
- Relé de Sobrecorrente
Dispositivo destinado a operar de forma rápida ou temporizada na ocorrência de sobrecorrentes
anormais nos circuitos de distribuição. Os relés de sobrecorrente atuam sobre os circuitos de
disparo nos disjuntores das ETDs que por sua vez interrompem os circuitos faltosos.
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ÍNDICE
PÁGINA
RESUMO 1
TERMINOLOGIA BÁSICA 2
ÍNDICE 6
1. INTRODUÇÃO 1.1
Fusível 8.40
8.8. Critérios para Coordenação de Elos Fusíveis 8.40
8.9. Coordenação das Proteções de Entradas
Primárias (EP) 8.48
8.10.Critérios para Proteção de Banco de Capacitores 8.55
9. BIBLIOGRAFIA 9.1
1. INTRODUÇÃO
A definição do esquema de proteção para um sistema elétrico deve ser efetuada com base em um
estudo cuidadoso. É necessário conhecer profundamente as características operacionais dos
equipamentos, as solicitações normais causadas pelo carregamento devido aos consumidores,
bem como aquelas oriundas das falhas. Além disso, é indispensável levar em consideração a
continuidade na rede e as restrições de ordem econômica.
Esta norma apresenta os critérios e métodos indicados para a definição do esquema de proteção
contra sobrecorrentes, sendo a proteção contra sobretensões abordada na PND-2.1: “Projeto de
Redes de Distribuição Aérea Primária”. A estruturação aqui adotada é a seguinte:
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- 34.5 KV
- 23.0 KV
- 13.2 KV
- 6.6 KV
- 3.8 KV
- Circuito trifásico a 4 fios sendo o neutro contínuo, multi-aterrado e interligado à malha da ETD;
- Condutores de fase:
. Cabo tipo CAA ou CA nas bitolas 1/0 AWG, 3/0 AWG e 336, 4 MCM.
- Condutores de neutro:
Deverão ser obtidos para cada caso os níveis de curto-circuito para as tensões nominais e
condições normais de operação.
A Tabela 2.2 apresenta os níveis básicos de isolamento exigidos nos equipamentos do sistema de
distribuição:
- melhoria da confiabilidade da rede aérea de modo que na ocorrência de uma falta, as proteções
atuem seletivamente e num tempo satisfatório de modo a minimizar o número de consumidores
atingidos;
Os tipos de falta em sistemas trifásicos encontram-se representados na Figura 3.1 e 3.2 para
transformadores com ligação triângulo/estrela aterrada e triângulo/triângulo + transformador de
aterramento, respectivamente.
FIGURA 3.1
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A magnitude das correntes de falta é obtida através da metodologia para cálculo das correntes de
curto-circuito apresentada no Capítulo 8 desta norma.
- tipo da falha;
- contribuição das fontes de curto-circuito existentes, instaladas nos consumidores, tais como
motores síncronos e assíncronos de potência nominal elevada.
- religador automático;
- seccionalizador automático;
- relé de sobrecorrente.
. tipos de carga;
. importância dos consumidores;
. densidade dos alimentadores ou ramais;
. trajeto dos circuitos por zonas de risco.
Os critérios para locação dos equipamentos de proteção são apresentados no Capítulo 6 desta
norma.
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- garantir que os limites de suportabilidade térmica dos vários equipamentos da rede aérea não
sejam ultrapassados durante a ocorrência de sobrecorrentes anormais.
a) Coleta de dados;
b) Locação dos elementos de proteção;
c) Obtenção das impedâncias de seqüência positiva e de seqüência zero;
d) Cálculo das correntes de curto-circuito;
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Na fase de coleta de dados será elaborado um diagrama unifilar básico em formato A3 intitulado
“DIAGRAMA UNIFILAR BÁSICO – DADOS PARA ESTUDO DE PROTEÇÃO”, que deverá conter no
mínimo as seguintes informações:
. ZT12 (%), ZT23 (%) E ZT13 (%) – entre os enrolamentos de tensão superior e inferior
(ZT12), entre os enrolamentos de tensão inferior e intermediária (ZT23) e entre os
enrolamentos de tensão superior e intermediária (ZT13), no caso de transformadores de três
enrolamentos.
g) Características técnicas dos condutores aéreos de cada tronco de alimentador, ramal ou sub-
ramal pertinentes aos circuitos de distribuição em estudo:
- Condutores de Fase:
. tipo do condutor;
- Condutores de Neutro:
. tipo do condutor;
. relação de transformação.
- Tipo de carga:
. fornos elétricos;
. iluminação;
. aquecimento;
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. outros.
- Potência nominal.
Na figura 4.1 encontra-se representado um diagrama unifilar básico resumindo os dados básicos
para o estudo de proteção.
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Com base nas considerações do Capítulo 6, deverão ser locados os equipamentos de proteção
no diagrama unifilar para estudo de coordenação de proteções.
Com base nas considerações do Capítulo 7 deverão ser obtidas em 0hms os valores das
impedâncias de seqüência positiva e seqüência zero.
Com base nas considerações do item 7.4 do Capítulo 7 deverão ser calculadas para os pontos
relevantes dos circuitos:
- Indicação das correntes de curto-circuito para os pontos relevantes do circuito com base na
seguinte convenção:
FIGURA – 4.2
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5. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
- Corrente nominal
Deverá ser igual ou superior a 150% do valor nominal do elo fusível a ser instalado na mesma.
- Capacidade de interrupção
Para sistema trifásico a quatro fios com neutro multi-aterrado, as chaves fusíveis possuem as
características técnicas principais resumidas na Tabela 5.1.
Tabela 5.1
- Os elos utilizados para proteção das redes aéreas primárias são do tipo “K” rápido, cujas
correntes nominais e curvas características encontram-se representadas na Figura 5.1.
- As curvas características dos elos fusíveis são as curvas t ( tempo ) x I (corrente) que
representam o tempo necessário para a fusão do elo em função da corrente passante. Tais
curvas características representam curvas médias obtidas pelos fabricantes através de
ensaios sob condições pré-determinadas.
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Exemplo: Para uma corrente passante de 100 A o elo fusível tipo 25 K atuará para um tempo
mínimo aproximado de 3,4 Seg. e um tempo total aproximado de 5,5 seg.
a) Circuitos Monofásicos
Nos casos a e b acima, deve-se considerar, se possível, o trecho para o qual o elo fusível é
proteção de retaguarda.
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- Princípio de Funcionamento
Quando um religador detecta uma condição anormal de sobrecorrente, o mesmo interrompe tal
corrente através de abertura de deus contatos. Os contatos são mantidos abertos durante um
determinado tempo, chamado tempo de religamento, após o qual se fecham automaticamente
para reenergização do circuito.
Caso o defeito desapareça após o primeiro, segundo ou terceiro disparo, o mecanismo rearmar-
se-á automaticamente tornando o religador apto a realizar novamente a seqüência completa de
quatro operações.
- Seqüência de Operações
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a) A corrente nominal da bobina série deve ser igual ou maior que a corrente máxima de carga
no ponto considerado para instalação do religador. O critério para determinação da máxima
carga no ponto de locação deverá incluir:
b) A capacidade de interrupção deve ser maior que a máxima corrente de curto-circuito trifásica
calculada no ponto de sua instalação.
- Deverá ser menor que a mínima corrente de curto-circuito fase-fase, no caso do religador
possuir disparos para faltas à terra;
ou
- Deverá ser menor que a mínima corrente de curto-circuito no trecho protegido quando o
religador não possuir sistema de disparo para faltas à terra.
e) A corrente de disparo para faltas à terra deverá ser menor que a mínima corrente de curto-
circuito fase-terra na zona de proteção e maior que a máxima corrente de desequilíbrio
admitida para o sistema, considerando a queima de um fusível no lado da carga.
f) Como regra geral as correntes de disparo devem ser menores do que as correntes de curto-
circuito na zona de proteção do equipamento, incluindo, sempre que possível, os trechos a
serem adicionados quando se realizarem manobras consideradas usuais.
h) O religador deverá ser equipado com dispositivo de proteção para à terra compatível com o
tipo de aterramento do sistema:
- Solidamente aterrado;
- Aterramento através de impedância;
- Isolado.
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i) Tensão nominal da bobina de fechamento ou de potencial deve ser igual à tensão entre fases
do sistema.
j) Demais características do religador, tais como: tensão nominal, freqüência nominal e NBI,
deverão ser compatíveis com os valores do sistema onde for instalado.
a) duas rápidas e duas temporizadas no caso de não existir seccionalizador em série com
fusível no lado da carga;
d) em casos especiais pode ser utilizado um número total de operações menor do que
quatro.
A figura 5.2 ilustra as sequências de operações acima descritas na ocorrência de uma falta.
5.2.3. Tipos e Características Técnicas Primárias dos religadores Utilizados pela Empresa.
Na Tabela 5.2 encontram-se os dados técnicos dos religadores utilizados pela Empresa.
Sequência 2I + 2T
Icc
Inom
Sequência 1I + 3T
Icc
Inom
to t
Para tais religadores os valores das correntes das bobinas série e terra poderão ser escolhidos
independentemente, por exemplo, ao fixar-se 100 A para bobina série de um religador tipo KF, pode-se
escolher a bobina terra com corrente nominal de 140 A, 100 A ou 70 A.
Tabela 5.2
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- monofásicos ou trifásicos;
a) Religadores monofásicos
b) Religadores Trifásicos
Os religadores trifásicos são utilizados onde é necessário o bloqueio das três fases
simultaneamente, para qualquer tipo de defeito permanente, evitando-se que cargas trifásicas
sejam alimentadas com apenas uma ou duas fases.
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No caso de motores trifásicos, a alimentação com uma ou duas fases provoca aquecimentos
indesejáveis, resultante do desequilíbrio de tensões de alimentação, podendo implicar numa
diminuição da vida útil dos motores ou mesmo a queima dos enrolamentos, caso não
possuam proteções térmicas adequadas, o que acontece para a maioria dos motores C.A. de
pequena potência.
São religadores constituídos de três unidades religadoras monofásicas montadas num único
tanque e interligadas entre si de modo a realizar o bloqueio trifasicamente.
Cada fase opera independentemente com as correntes de defeito. Se qualquer das fases
percorrer a seqüência de operações programada implicando no bloqueio da mesma, as outras
duas fases serão disparadas e bloqueadas pelo mecanismo que as interliga.
Os religadores Mc Graw Edison tipo 3H, 6H e V6H possuem essa característica de operação,
entretanto, a Bandeirante não tem utilizado tais tipos de religadores em seu sistema.
Nos religadores com este tipo de controle, as correntes são detectadas pelas bobinas de
disparo que estão ligadas em série com o circuito de distribuição.
Quando através das bobinas de disparo fluir uma corrente igual ou superior a corrente mínima
de disparo do religador, o núcleo associado é atraído para o seu interior, provocando a abertura
dos contatos principais do religador.
O mecanismo de fechamento dos religadores com controle hidráulico pode ser dois tipos:
- Nos religadores da Mc Graw Edison de corrente nominal até 200 A, são empregadas molas
de fechamento, que são carregadas pelo movimento do núcleo da bobina série.
- Nos religadores do mesmo fabricante, porém de correntes nominais de 280, 400 e 560A, o
fechamento é realizado através de outra bobina ( bobina de fechamento ) que é energizada
pela tensão de linha.
Neste tipo de religador, deve-se ter o cuidado de ligar do lado da fonte de energia as buchas
correspondentes ao lado da bobina de fechamento.
. correntes de disparo de baixa magnitude, tanto para fase como para neutro;
Com este tipo de controle, o religamento apresenta maior flexibilidade e facilidade para ajustes
e ensaios, além de maior precisão comparativamente ao religador de controle hidráulico.
Tais vantagens devem ser no entanto economicamente avaliadas, antes de se escolher entre
um religador de controle hidráulico ou com controle eletrônico.
Para que estas alterações sejam efetuadas, não é preciso desenergizar o religador nem retirar
o seu mecanismo do interior do tanque.
f) Interruptores à óleo
- isolação;
- meio dielétrico para a interrupção do arco.
No caso específico de religadores hidráulicos o óleo é utilizado, além das finalidades acima
descritas, para:
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- temporização;
- contagem de operações.
g) Interruptores à Vácuo
- Neste tipo de interruptor, o vácuo é utilizado como meio elétrico, apresentando como
vantagem principal a necessidade mínima de manutenção em comparação com os
interruptores à óleo.
- Tal corrente é determinada exclusivamente pela capacidade de bobina série com a qual o
religador está equipado.
- A corrente mínima de disparo é de 200% do valor da corrente nominal para bobinas série de
qualquer capacidade, exceto as bobinas pertencentes aos religadores da Mc Graw Edison
sucedidas pela letra X, que operam com 140% do valor de sua Capacidade nominal.
Exemplos:
Bobina 400 A
Bobina 400 x
Os religadores podem ser ajustados para realizar até um total de quatro operações:
Os religadores podem ser ajustados para permanecerem bloqueados na posição aberto, após
efetuar duas, três ou quatro operações de abertura.
Com acionamento da alavanca para bloqueio após um disparo obtém-se apenas uma
operação.
- A característica de operação rápida dos religadores é fixa não podendo ser alterada.
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As considerações referentes aos ajustes acima descritos são similares ao exposto no item a para
ajustes de operação de fase com exceção dos valores nominais das bobinas de terra e respectivas
características de temporização.
Por exemplo para o mesmo tipo de religador (KF) quando utilizado com uma bobina de terra de 70
A tem-se para curto-circuito à terra as seguintes características:
Após a escolha dos valores nominais das bobinas de fase e terra com suas respectivas curvas
características, deve-se verificar, através da superposição das mesmas, a característica de
operação do religador para faltas fase-terra, considerando que o religador poderá operar
segundo a curva característica de fase ou de terra, naquela com tempo de operação menor.
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FIGURA 5.5
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Exemplo 1:
a) Primeira operação rápida num tempo máximo de 0.080 seg. conforme mostra a Figura 5.3.
Tal tempo corresponde ao valor de 0,9 seg. com tolerância de 10%, ou seja, entre 0.81s e
0.99s.
Na realidade Tmin e Tmax poderão ser ligeiramente inferiores que os calculados anteriormente,
pois o tempo t3 (curva rápida A) possui tolerância negativa.
a) Primeira operação: rápida num tempo entre 0,09 seg (+10%) e 0,15 seg (-10%) pois sendo a
corrente nominal do circuito menor que a corrente nominal do religador (100 A), os capacitores
do circuito de disparo estarão parcialmente carregados.
TMIN = 0,99 + 2,0 + 3,06 + 2,0 + 3,06 + 2,0 + 3,06 = 15,18 seg.
TMAX = 0,135 + 2,0 + 3,4 + 2,0 + 3,4 + 2,0 + 3,4 = 16,33 seg.
Para coordenação de proteção deve-se considerar o caso mais desfavorável que, dependendo de
cada situação, poderá ser o limite superior ou limite inferior da característica de operação, com as
respectivas tolerâncias, sejam elas positivas ou negativas.
Para os ajustes dos religadores eletrônicos, bem como para a obtenção dos demais dados
técnicos necessários à aplicação dos mesmos nas redes aéreas de distribuição, dever-se-á
consultar os catálogos dos respectivos fabricantes.
Figura 5.7
ONDE :
t0 – INSTANTE DE OCORRÊNCIA DO CURTO-CIRCUITO
t1 ≅ TEMPO ENTRE 0,99 e 0,135 SEG. - CARACTERÍSTICA RÁPIDA
t2 ≅ 2,0 SEG. - TEMPO DE RELIGAMENTO ADOTADO
t3 ≅ 3,4 SEG (- 10%) - CARACTERÍSTICA TEMPORIZADA 6
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5.3. Seccionalizadores
- eliminação da possibilidade de erro humano da troca de elos fusíveis, que ocasiona a perda
parcial da coordenação e prejudica sistema;
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Não existe nenhum comando elétrico ou mecânico entre o religador e o seccionalizador, apenas o
fato de que ambos estão instalados em série no circuito conforme representação da Figura 5.8.
Assim sendo, um defeito permanente na zona de proteção do seccionalizador pode ser isolado
sem que o religador ou disjuntor com relé de religamento abra seus contatos definitivamente.
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Figura 5.8
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b) O dispositivo de retaguarda deve ser capaz de sentir as correntes mínimas de defeito na zona
de proteção do seccionalizador.
f) O tempo de memória do seccionalizador deve ser, no mínimo, igual à soma dos tempos de
operação mais os tempos de religamento do equipamento de retaguarda.
g) Os seccionalizadores não interrompem correntes de defeito, não sendo especificado para tais
equipamentos o termo capacidade de interrupção.
i) A corrente nominal da bobina série deverá ser maior do que a corrente máxima no ponto de
instalação, incluindo manobras usuais.
5.3.4. Tipos e Características Técnicas Principais dos Seccionalizadores Utilizados pela Bandeirante.
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- Seccionalizador Tipo GH
Monofásico, sistema de comando hidráulico, imerso em óleo, tanque único, uso externo, para
instalação em poste.
. NBI: 95 KV;
. Número de operações: 1 a 3 .
Observações:
1 seg 10 seg
5.4.1. Geral
Os relés podem estar ligados diretamente em série no circuito (relés primários ou diretos) ou
através de transformadores de corrente (relés secundários ou indiretos).
- adequar os níveis das correntes elétricas, tanto para condições normais de operação como para
condições de falta, às características operacionais dos relés de sobrecorrente ou instrumentos
de medida conectados aos seus enrolamentos secundários.
a) Relés Eletromecânicos
A operação destes relés é devida à atração de uma haste para o interior de uma bobina ou
pela atração de uma armadura pelos polos de um eletro-ímã.
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Os relés operados por tal princípio podem ser usados tanto em circuitos de corrente contínua
como em circuitos de corrente alternada.
b) Relés Eletrônicos
O princípio de funcionamento de tais relés pode ser descrito basicamente através de quatro
módulos fundamentais:
- Módulo detector de sinal que tem como função a transformação dos sinais de corrente,
oriundos dos TCs, em sinais de tensão CC proporcionais.
- Módulo de valores de ajuste que tem como função definir a característica tempo x corrente
(txI) do relé.
- Módulo comparador que tem como função comparar os valores de tensão do Módulo
detector de sinal com os valores ajustados no Módulo de valores de ajuste, enviando ou não
um sinal ao Módulo de disparo.
- Módulo de disparo que tem como função a emissão de sinal de atuação do relé através de
mini relés do tipo telefônico.
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Os relés de sobrecorrente, em função dos tempos de atuação, podem ser classificados nos
seguintes tipos:
. normalmente inversa;
. muito inversa;
. extremamente inversa.
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Tais relés possuem operação inversamente proporcional ao valor da corrente possuindo porém
variações mais ou menos acentuadas das características de operação t x I de Tempo Inverso.
Pelas prescrições da norma ANSI C37 .2-1970 os relés de sobrecorrente podem ser designados
pelos seguintes números:
- 51: Relé de sobrecorrente temporizado, válido para os do tipo tempo definido ou de tempo
inverso.
Caso os relés de sobrecorrente tenham como função detectar correntes de falta à terra, suas
unidades de sobrecorrente instantânea e temporizada deverão ser designadas por 50N e 51N
respectivamente.
Figura 5.12
OPERAÇÃO
INSTANTÂNEA
Figura 5.13
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As Figuras 5.10. e 5.11 mostram os esquemas usuais de ligação entre os relés de sobrecorrente
de fase e de neutro.
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Na realidade poderá existir uma parcela de corrente residual que circulará pelo circuito de neutro,
devido ao fato de as características eletro-magnéticas dos TCs não serem exatamente iguais. O
ajuste do elemento 51N não deverá ser sensível a tais correntes residuais.
- Faltas à Terra
Normalmente é aplicado o esquema da Figura 5.10, ou seja, 2 (dois) relés de fase + 1 (um)
relé de neutro, em conjunto com um relé de religamento (79) que é um relé auxiliar usado para
comandar o religamento do disjuntor correspondente após a abertura do mesmo, devida à
atuação dos relés de sobrecorrente.
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Poderão ser aplicados os esquemas com 2 ou 3 relés secundários por fase, mais relé de
neutro, como o esquema com relés primários, mostrado na Figura 5.9.
Os esquemas com relés secundários permitem maior flexibilidade e precisão nos ajustes no
que se refere ao estudo de coordenação das proteções.
Os esquemas com relés primários é inferior tecnicamente aos anteriores apresentando porém
a vantagem de ser mais econômico.
- rapidez: o relé deve comandar a abertura do disjuntor em tempo inferior àquele que poderia
danificar os equipamentos protegidos;
- sensibilidade: o relé deve ser sensível à mínima corrente de curto-circuito que possa ocorrer nos
equipamentos protegidos;
- segurança: o relé não deve operar para correntes de carga, em condições normais ou de
emergência (sobrecargas admissíveis);
Versão: 01 Página : 81/199
81
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
- seletividade: o relé deve atuar em tempo superior ao tempo de atuação de qualquer equipamento
de proteção contra sobrecorrentes instalado a jusante das ETDs, para qualquer corrente de
curto que possa percorrê-los simultaneamente.
Os critérios gerais acima expostos, ao serem aplicados às condições das redes de distribuição,
fornecem as seguintes regras para os ajustes:
a) Ajuste de corrente do elemento temporizado (51) ou (51N) – (TAP para relés eletromecânicos)
onde:
ICCMIN – corrente de curto mínimo no extremo de zona de proteção, sendo curto dupla-fase para
relés de fase e curto fase-terra com impedância para relés de neutro;
K1 – fator de segurança, (0,2 a 0,8) – faixa usual adotada para os elementos (51) e/ou (51N)
Para fixação do valor de K1, deve-se no entanto comparar o valor da magnitude Icc min com o valor
da corrente máxima de desequilíbrio prevista para o circuito. Em certos casos, quando se
considera no cálculo das correntes de falta à terra o valor da resistência de terra igual a 20 0hms,
os valores de Icc min poderão ser inferiores ao valor da corrente máxima de desequilíbrio do
sistema. Neste caso poderá ser admitido um valor de K1 maior que 0,8) devendo ser escolhido de
forma que K1 x Icc min seja maior que a corrente máxima de desequilíbrio prevista para o circuito.
Caso contrário, os elementos temporizados dos relés (51N) poderão atuar indevidamente em
condições normais de carga e na ocorrência de queima de elo fusível.
Em alguns casos, a faixa de ajuste dos relés existentes pode limitar a aplicação do fator de
segurança.
IAJ > K2 x Ic
RTC
onde:
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83
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Ic – máxima corrente de carga previsível (A), ou corrente nominal ou circuito, para relés de fase, e
máxima corrente de desbalanço previsível, quando da queima do maior fusível existente, no caso
de relés de neutro.
característica t x I escolhida do relé forneça tempos de atuação inferiores aos de dano aos
equipamentos, porém superiores aos tempos de atuação dos fusíveis e religadores e jusante.
Ou seja, na verificação gráfica as curvas não devem se cruzar, havendo um intervalo de
coordenação adequado para cada caso.
Deve ser efetuado de maneira que para qualquer curto-circuito previsível o relé atue antes,
evitando a queima de fusíveis por curtos temporários.
Caso haja religador automático no circuito, a zona de proteção do instantâneo pode ser reduzida
(aumentar graduação), mantendo-se no entanto um trecho em sobreposição para maior
segurança.
Versão: 01 Página : 84/199
84
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
6.1. Geral
Os critérios a seguir prescritos têm o objetivo de orientar a escolha inicial e a localização dos
equipamentos, para se definir de alternativas de esquemas de proteção para cada circuito.
Tais circuitos são protegidos por disjuntores comandados por três relés de sobrecorrente, sendo
dois de fase e um de neutro, havendo um relé de religamento conforme esquema unifilar da Figura
6.1.
Versão: 01 Página : 85/199
85
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
FIGURA 6.1
Versão: 01 Página : 86/199
86
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Os relés de fase atuam sobre a bobina de desligamento do disjuntor para curto-circuito entre fases
ou entre fases e a terra.
O relé de neutro atuará sobre a bobina de desligamento do disjuntor para defeitos à terra.
O relé de religamento tem como função religar o disjuntor após a abertura do mesmo devido à
ocorrência de sobrecorrentes. Poderá haver um ou mais religamentos.
Serão utilizados nos circuitos aéreos de distribuição primária os critérios de locação apresentados
na Tabela 6.1, que aparecem codificados por letras (A, B, C...).
A Tabela 6.1 apresenta critérios de escolha dos equipamentos de proteção, com possibilidade de
opção entre os mesmos. A escolha deve ser feita em função da importância do circuito dos
consumidores atendidos, assim como da disponibilidade de equipamentos mais sofisticados, como
religadores seccionalizadores.
Versão: 01 Página : 87/199
87
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
- nos troncos deve ser evitada a aplicação de dispositivos de proteção, podendo porém ser aceita
nos casos dos critérios A e B;
- deve-se evitar:
- não é necessária a limitação do número de chaves fusíveis em série; deve-se verificar que haja
seletividade entre os elos para os níveis de curto previstos;
- em relação às entradas primárias (critério H) os elos fusíveis usados deverão ser até 140 A.
Para casos mais elevados, deve-se usar chave seccionadora apenas com a finalidade de
manobra.
Versão: 01 Página : 88/199
88
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
7.1. Geral
O comportamento das correntes de curto-circuito ao longo do tempo pode ser visualizado através
da Figura 7.1:
O nível de assimétrica das correntes de falta, assim como a variação das mesmas em função do
tempo, dependem basicamente do instante de ocorrência da falta e da relação X/R da impedância
equivalente no ponto de ocorrência da falta, em relação à fonte (zeq = R + JX). Observe que, por
convenção, neste capítulo toda grandeza complexa terá notação minúscula e toda grandeza
escalar terá notação maiúscula.
Versão: 01 Página : 90/199
90
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
A variação das correntes de falta nas redes elétricas é caracterizada pelo comportamento
transitório dos geradores síncronos das Unidades Hidrelétricas/Termoelétricas que alimentam o
sistema elétrico da Bandeirante. Na ocorrência de curto-circuito nas redes elétricas ocorrerão
variações nas reatâncias internas equivalentes dos geradores que podem ser caracterizadas em
três períodos distintos conforme mostra a Figura 7.1:
Versão: 01 Página : 91/199
91
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
FIGURA 7.1.
Versão: 01 Página : 92/199
92
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
O efeito da variação das reatâncias dos geradores nas faltas que ocorram nas redes aéreas de
distribuição primária da Bandeirante não é relevante, uma vez que as impedâncias das linhas de
transmissão/sub-transmissão, assim como dos transformadores abaixadores e reguladores,
limitam-no, sendo ainda estas impedâncias constantes com o tempo.
Para o estudo de coordenação das proteções o interesse principal reside na obtenção dos níveis
simétricos das correntes de curto-circuito. Por outro lado, para verificação da suportabilidade
térmico-dinâmica dos equipamentos de proteção em relação às correntes de falta, o interesse
principal reside na obtenção dos níveis assimétricos destas correntes.
Os valores obtidos através dos procedimentos a seguir expostos correspondem aos valores
simétricos e assimétricos das correntes de curto-circuito.
Com relação ao diagrama unifilar básico da Figura 7.2, os seguintes parâmetros elétricos deverão
ser registrados:
Versão: 01 Página : 93/199
93
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
FIGURA 7.2
Versão: 01 Página : 94/199
94
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
- Zlo: Impedância complexa correspondente aos trechos dos circuitos de distribuição (impedância
de seqüência zero), em 0hm/Km.
Versão: 01 Página : 95/199
95
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
No cálculo das correntes de curto-circuito as impedâncias do sistema elétrico são na maioria das
vezes de natureza indutiva ( z = A JB 0hm ).
- z AB, z BC, z CD, z CE, z EG, z GF : São as impedâncias complexas dos trechos considerados, valor em
0hm, ( ou zl, em uma notação genérica ).
Versão: 01 Página : 97/199
97
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
A = valor da resistência ôhmica do trecho AB obtida através dos dados da Tabela 7.1;
B = valor da reatância indutiva do trecho AB obtida através dos dados da Tabela 7.1;
Tabela 7.1
Versão: 01 Página : 100/199
100
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
TENSÃO 6.6 KV
BITOLA (AWG/MCM) Ohms/km
fase neutro Mono-aterrado Multi-aterrado
R1 X1
BIT MT BIT MT RO XO RO XO
CONDUTORES DE COBRE
400A CU 1/0 CU .1883 .3927 .3659 1.9472 .4745 1.3425
200A CU 4 CU .2989 .4108 .4766 1.9653 .7121 1.5756
260A CU 4 CU .3773 .4195 .5549 1.9740 .7904 1.5843
130 CU 6 CU .9434 .4524 1.1211 2.0069 1.3545 1.7517
100 CU 6 CU 1.4854 .476 1.6630 2.0305 1.8965 1.7753
CONDUTORES DE ALUMINIO
430A AL 3/0 AL .1908 .3715 .3684 1.9260 .4850 1.3140
275 AL 1/0 AL .3810 .4019 .5586 1.9564 .7531 1.4380
200 AL 4 AL .6047 .4178 .7823 1.9723 1.0162 1.7254
110 AL 4 AL 1.5289 .4655 1.7065 2.0200 1.9404 1.7731
Tabela 7.1
Versão: 01 Página : 102/199
102
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
TENSÃO 13.2 KV
BITOLA (AWG/MCM) Ohms/km
fase neutro Mono-aterrado Multi-aterrado
R1 X1
BIT MT BIT MT RO XO RO XO
CONDUTORES DE COBRE
4/0 CU 1/0 CU .1883 .3927 .3659 1.9472 .4745 1.3425
2/0 CU 4 CU .2989 .4108 .4766 1.9653 .7121 1.5756
1/0 CU 4 CU .3773 .4195 .5549 1.9740 .7904 1.5843
4 CU 6 CU .9434 .4524 1.1211 2.0069 1.3545 1.7517
6 CU 6 CU 1.4854 .4760 1.6630 2.0305 1.8965 1.7753
CONDUTORES DE ALUMINIO
336,4 AL 3/0 AL .1908 .3715 .3684 1.9260 .4850 1.3140
3/0 AL 1/0 AL .3810 .4019 .5586 1.9564 .7531 1.4380
1/0 AL 4 AL .6047 .4178 .7823 1.9723 1.0162 1.7254
4 AL 4 AL 1.5289 .4655 1.7065 2.0200 1.9404 1.7731
Tabela 7.1
Versão: 01 Página : 103/199
103
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
TENSÃO 23 KV
BITOLA (AWG/MCM) Ohms/km
fase neutro Mono-aterrado Multi-aterrado
R1 X1
BIT MT BIT MT RO XO RO XO
CONDUTORES DE COBRE
4/0 CU 1/0 CU .1883 .4196 .3659 1.8934 .4810 1.2683
2/0 CU 4 CU .2989 .4377 .4766 1.9114 .7220 1.5093
1/0 CU 4 CU .3773 .4464 .5549 1.9201 .8003 1.5180
4 CU 6 CU .9434 .4793 1.1211 1.9531 1.3638 1.6901
6 CU 6 CU 1.4854 .5029 1.6630 1.9767 1.9067 1.7137
CONDUTORES DE ALUMINIO
336,4 AL 3/0 AL .1908 .3984 .3684 1.8722 .4918 1.2395
3/0 AL 1/0 AL .3810 .4288 .5586 1.9025 .7622 1.3671
1/0 AL 4 AL .6047 .4447 .7823 1.9185 1.0254 1.6641
4 AL 4 AL 1.5289 .4924 1.7065 1.9662 1.9496 1.7117
Tabela 7.1
Versão: 01 Página : 104/199
104
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
TENSÃO 34.5 KV
BITOLA (AWG/MCM) Ohms/km
fase neutro Mono-aterrado Multi-aterrado
R1 X1
BIT MT BIT MT RO XO RO XO
CONDUTORES DE COBRE
4/0 CU 1/0 CU .1883 .4196 .3659 1.8934 .4810 1.2683
2/0 CU 4 CU .2989 .4377 .4766 1.9114 .7220 1.5093
1/0 CU 4 CU .3773 .4464 .5549 1.9201 .8003 1.5180
4 CU 6 CU .9434 .4793 1.1211 1.9531 1.3638 1.6901
6 CU 6 CU 1.4854 .5029 1.6630 1.9767 1.9067 1.7137
CONDUTORES DE ALUMINIO
336,4 AL 3/0 AL .1908 .3984 .3684 1.8722 .4918 1.2395
3/0 AL 1/0 AL .3810 .4288 .5586 1.9025 .7622 1.3671
1/0 AL 4 AL .6047 .4447 .7823 1.9185 1.0254 1.6641
4 AL 4 AL 1.5289 .4924 1.7065 1.9662 1.9496 1.7117
Tabela 7.1
Versão: 01 Página : 105/199
105
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Com base nos dados e diagramas de impedância de seqüência positiva descritos nos itens
anteriores deve-se obedecer a seguinte seqüência de passos:
1) Seleciona-se os pontos de interesse para o cálculo das correntes de curto-circuito, por exemplo
os pontos A, B, E e G Figura 7.3.
2) Obtém-se para cada um dos pontos escolhidos a impedância complexa equivalente (zeq) e o
respectivo módulo (Zeq); impedâncias vistas a partir dos pontos e tendo como referência o
gerador Gs:
Req = somatória das resistências ôhmicas dos trechos do circuito até o ponto considerado;
Versão: 01 Página : 106/199
106
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Xeq = somatória das reatâncias indutivas dos trechos do circuito até o ponto considerado.
V2 x 103
Icc-3∅ = ------------------ ampères
V3 x Zeq
Onde:
Zeq – módulo da impedância complexa equivalente vista pelo ponto considerado em relação ao
gerador Gs;
No caso do ponto A:
V2 x 103
Icc-3∅ ( A ) = ------------------ amperes
3 x Zeq ( A )
Com base nas correntes de curto-circuito trifásico calculadas conforme procedimento do item
anterior, obtém-se as correntes de curto-circuito fase-fase para os pontos escolhidos através da
expressão:
3
Icc-∅∅ = ------------- x Icc-3∅ amperes
2
Versão: 01 Página : 108/199
108
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
ou
3 x V2 X 103
Icc-0T = -------------------------------- amperes
2 (zs+zt+zl) + zl0+zt0+3zf
onde:
- zs, zt e zl são os valores em 0hms das impedâncias complexas de seqüência positiva utilizadas
para cálculo das correntes de curto-circuito trifásico (vide item 7.4 );
- zl0: impedância complexa de seqüência zero, valor em 0hms, do condutor de neutro, conforme
dados da Tabela 7.1;
Versão: 01 Página : 109/199
109
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
zt0 = 0 + J ( 0.85 x Zt )
- zf: impedância complexa da falta no ponto de ocorrência da mesma. Para as redes de distribuição
primária, deve-se considerar:
zf = 20 + J0 ohms
Com base na expressão anterior e nas considerações expostas, dois níveis de curto-circuito fase-
terra deverão ser calculados:
- Icc - ∅T – máximo,
- Icc-∅T – mínimo,
7.6.2. Para circuitos de distribuição primária alimentados por transformadores de dois enrolamentos do
tipo:
Versão: 01 Página : 110/199
110
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Neste caso, o valor de ZT0 da expressão do item 7.6.1 deverá ser calculado como segue:
Estando tais circuitos conectados aos sistema trifásico o procedimento de cálculo é similar ao
adotado para redes de distribuição trifásicas a 4 fios, com neutro multi-aterrado e interligado a ETD,
conforme visto anteriormente.
Procedimento:
b) Curto Fase-Terra
Procedimento:
Versão: 01 Página : 112/199
112
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
obtém-se Icc-∅T conforme metodologia do item 7.6, considerando-se o circuito como trifásico.
Procedimento:
- obtém-se Icc-∅T conforme metodologia do item 7.6, considerando-se o circuito como trifásico.
7.8. Representação de Outros tipos de Transformadores em Uso no Sistema da Eletropaulo para Cálculo
das Correntes de Curto Circuito
Para a maioria dos casos os transformadores das ETDs são de dois enrolamentos, com tipo de ligação
delta (enrolamento TS) e estrela (enrolamento TI) solidamente aterrada.
Além deste tipo de transformadores, existem os seguintes tipos em uso no sistema Bandeirante:
A metodologia para representação dos transformadores para cálculo de curto-circuito de redes trifásicas de
distribuição encontra-se descrita na referência bibliográfica: Proteção de Sistemas Aéreos de Distribuição,
ELETROBRÁS.
Os níveis de curto-circuito assimétricos são calculados através da multiplicação dos níveis simétricos
correspondente pelo fator K dado pela Tabela 7.2.
O fator K é função da relação X/R, da impedância equivalente do ponto de ocorrência do curto com relação
ao gerador Gs, e do instante de ocorrência do curto-circuito.
Por exemplo: se a impedância equivalente de um ponto P qualquer em relação ao gerador Gs vale z(P) =
1,2 + J6,5 ohms tem-se X/R = 6,5 / 1,2 = 5,41 pela Tabela 7.2, tem-se 5<X/R<10 implicando num
fator K = 1,2.
Versão: 01 Página : 114/199
114
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
A Tabela 7.2 considera, em função da relação X/R, o pior caso em relação ao instante de ocorrência do
curto-circuito.
0 a 2,5 1,05
10 a 20 1,35
20 a 50 1,60
50 a 100 1,70
Tal procedimento é válido para obtenção dos níveis assimétricos de todos os tipos de curto-circuito.
7.10.1. Objetivo
Com relação ao diagrama unifilar da Figura 7.4 deseja-se calcular as correntes de curto-circuito 30,
00, 0TMAX e 0TMIN para os pontos A, E, H, J, M, 0 e Q.
7.10.2. Identificação e Registro dos Parâmetros Elétricos do Circuito conforme Procedimento Descrito no
Item 7.2.
V1 = 88KV
V2 = 13.2 KV
Versão: 01 Página : 116/199
116
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
VT1 = 88KV
VT2 = 13.8 KV
ST = 12 MVA
ZT = 15%
Circuito tipo 1 – condutores de fase e neutro tipo CA com formação 3 x 1/0 AWG (fase) + 4 AWG (neutro):
R1 = 0.6047 ohms/Km
Versão: 01 Página : 117/199
117
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
X1 = 0.4178 ohms/Km
z1 = R1 + Jx1 = 0.6047 + J0.4178 ohms/Km
RO = 1.0162 okm/Km
XO = 1.7254 ohm/Km
z0 = RO + JXO = 1.0162 + J1.7254 ohm/Km
Circuito tipo 2 – condutores de fase e neutro tipo CA com formação 3 x 336,4 MCM (fase) + 1 x 3/0 AWG
(neutro):
R1 = 0.1908 ohm/Km
X1 = 0.3715 ohms/Km
z1 = R1 + JX1 = 0.1908 + J0.3715 ohms/Km
RO = 0.4850 ohm/Km
XO = 1.3140 ohm/Km
zO = RO + JXO = 0.4850 + J1.3140 ohm/Km
7.10.3. Obtenção do Diagrama de Impedâncias de Seqüência Positiva conforme Procedimento do Item 7.3.
Versão: 01 Página : 118/199
118
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Com base no diagrama unifilar da Figura 7.4. desenha-se o diagrama de impedância de seq (+) com
relação aos trechos que conduzirão correntes de falta até os pontos escolhidos (A, E, H, J, M, O e
Q) conforme representado na Figura 7.5.
- Obtenção do valor de zs
Zs = 0 + JZs
13.22
Onde: Zs = ------------- = 0.0348 ohm
5000
- Obtenção do valor de zt
Zt = 0 + jZt
15 13.22
Onde: Zt = -------- x ------------- = 2.178 ohm
100 12
Versão: 01 Página : 119/199
119
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
- Obtenção das impedâncias equivalentes dos trechos que conduzirão as correntes de falta aos
pontos escolhidos:
Figura 7.4
LEGENDA :
1 – 3 x 1/0 AWG (FASE) + 4 AWG (NEUTRO)
2 – 3 X 336,4 MCM (FASE) + 3/0 AWG (NEUTRO)
FIGURA 7.5 – DIAGRAMA DE IMPEDÂNCIAS DE SEQUÊNCIA POSITIVA
Versão: 01 Página : 121/199
121
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Ponto A
Ponto E
Logo,
z(E) = zs + zt + z(AE) = z (A) + z (AE) = 1.410 + j 3.211 ohm
Ponto H
Além das impedâncias zs e zt existem as impedâncias dos trechos AB, BF, FG e GH.
Logo,
Ponto J
Z (J) = z(H) + z (HJ) = (3.574 + J 4.994) + ( 0.484 + J 0.334) = 4.058 + J 5.328 ohms
Ponto M
I) Obtém-se o comprimento total dos trechos com circuito Tipo 1 (FG, GK, KL, LM):
II) Mesmo procedimento para os trechos com circuito Tipo 2 (AB, BF):
Ponto O
I2 = 1.3 km
Z (AF) = 0.248 + J 0.483 ohm
Ponto Q
I1 = 0.2 km
Z (DQ) = 0.2 x (0.6047 + J 0.4178) = 0.1209 + J 0.0835 ohm
7.10.4 Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Trifásica – Valor Simétrico conforme Procedimento do
Item 7.4
Ponto A
onde:
13.2 x 103
Versão: 01 Página : 127/199
127
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Ponto E
onde:
13.2 x 103
ICC - 3∅ (B) = ------------------- = 2173 A
V3 x 3.507
Ponto H
onde:
13.2 x 103
ICC - 3∅ (H) = ------------------- = 1241 A
3 x 6.141
Ponto J
onde:
13.2 x 103
ICC - 3∅ (J) = ------------------- = 1138 A
3 x 6.697
Pontos M, O e Q
13.2 x 103
ICC - 3∅ (M) = ------------------- = 965 A
3 x 7.894
13.2 x 103
ICC - 3∅ (O) = ------------------- = 886 A
3 x 8.605
13.2 x 103
ICC - 3∅ (Q) = ------------------- = 1811 A
3 x 4.209
Versão: 01 Página : 129/199
129
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
7.10.5. Obtenção das Correntes de Curto-Circuito Fase-Fase – Valor Simétrico conforme Procedimento do
Item 7.5
3
Com base na relação Icc ∅∅ = ------- x Icc - 3∅ tem-se:
2
Ponto A
Ponto E
Pontos H, J, M, O e Q
7.10.6. Obtenção das Impedâncias de Seqüência Zero para o Cálculo das Correntes de Curto-Circuito
Fase-Fase conforme Procedimento do Item 7.6
3 x V2 x 103
Icc-∅T = -------------------------------------------------------------
2 (zs + zt + zl) + zlo + zto + 3zf)
onde:
(zs +zt + zl): corresponde à impedância equivalente do ponto considerado, em relação ao gerador
GS (conforme item 7.9.3):
zf : poderá assumir valor nulo ( 0 + J O ohm ), para obtenção Icc-∅T max, ou assumir valor (20 +
Jo ohm) para obtenção de Icc-∅T min:
Versão: 01 Página : 131/199
131
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
zto = 0.85 x zt = O + J 1.851 ohm, pois o tipo de ligação entre os enrolamentos é triângulo/estrela-
aterrada no lado correspondente à tensão 13.2 KV;
zlo: para os pontos em questão, obtém-se com base nos valores da Tabela 7.1 para os circuitos
tipo 1 (3 x 1/0 AWG + 1 x 4 AWG) e tipo 2 (3 x 336,4 MCM + 1 x 3/0 AWG).
- circuito tipo 1
- Circuito tipo 2
Ponto A
Ponto E
I2 = 0.10 km
Ponto H
Visando-se simplificação das operações a expressão para o cálculo Icc-∅T poderá ser escrita
da seguinte forma:
3 x V2 x 103
Icc-∅T =---------------------------------
2 x zeq + B
onde:
Ponto A
portanto:
V3 x 13.2 x 103
Icc-∅T(A) MAX =--------------------------------- = 3642 A
6.277
e também,
V3 x 13.2 x 103
Icc-∅T(A) MIN =--------------------------------- = 379 A
60.327
Versão: 01 Página : 135/199
135
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Ponto E
onde:
3 x 13.2 x 103
Icc-∅T(E)MAX =--------------------------------- = 1706 A
13.402
Onde:
3 x 13.2 x 103
Versão: 01 Página : 136/199
136
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Ponto H
Os valores simétricos dos níveis de curto-circuito 30, 00, OTMAX e OTMIN, deverão ser utilizados
para o estudo de coordenação das proteções do sistema.
Com base na impedância equivalente, de seqüência positiva, obtida para cada ponto
considerado (zeq = R + JX), calcula-se o valor X/R e através da Tabela 7.2 obtém-se o fator K,
obtendo-se em seguida os níveis de curto-circuito assimétricos correspondentes aos pontos
considerados.
Versão: 01 Página : 137/199
137
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Por exemplo: obtenção dos níveis de curto-circuito trifásico assimétrico para os seguintes
pontos:
Ponto A
- Neste caso, por simplificação de cálculo, desprezou-se a parte resistiva das impedâncias zs
e zt obtendo-se zeq (A) = 0 + J2.213 ohm. O valor teórico da relação X/R neste caso tenderia
a infinito o que não corresponde a realidade, pois a rigor R é diferente de zero.
Em casos como estes adota-se para K o valor máximo da Tabela 7.2, ou seja, K = 1.7.
Daí,
Ponto E
- Analogamente tem-se:
8.1. Geral
- Elemento Protegido: é o dispositivo de proteção que está instalado do lado da Fonte de Energia
(ETD).
O elemento protegido deverá coordenar com o elemento protetor com base nos critérios adiante
expostos.
A atuação dos elos fusíveis, religadores e relés de sobrecorrente é verificada através das curvas
características (t x I) dos mesmos, representadas em papel log.log numa mesma escala.
FIGURA 8.1
Versão: 01 Página : 140/199
140
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
8.2.1 Geral
Versão: 01 Página : 142/199
142
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Os disjuntores das ETDs que alimentam os circuitos de distribuição aérea são acionados, na
condição de falta, através dos relés de sobrecorrente de fase ou de neutro, e relé de religamento
(onde houver), normalmente na seguinte seqüência de operação:
- Abertura do disjuntor através da atuação dos relés de sobrecorrente de fase ou neutro, via
elemento instantâneo ou temporizado (relés 50/51 e 50N/51N).
- Bloqueio dos elementos instantâneos dos relés de sobrecorrente de fase e neutro através de
circuito de intertravamento.
- Religamento.
- Bloqueio.
- Desbloqueio dos elementos instantâneos dos relés de sobrecorrente de fase e neutro após cerca
de 1 (um) minuto.
Normalmente, utilizam-se 2 (dois) religamentos. Há casos com 1 (um) religamento com ou sem
bloqueio do instantâneo, assim como casos nos quais o religamento inexiste.
Versão: 01 Página : 143/199
143
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
A coordenação entre relé e elo fusível deverá ser estudada com base nos seguintes critérios.
- Critério REF1: O fusível deverá suportar a corrente máxima de curto-circuito no local, durante o
tempo de operação dos elementos instantâneos dos relés (50 ou 50N) mais o tempo de
desligamento do disjuntor. Após isto, os elementos instantâneos são bloqueados e ocorre um
religamento automático do disjuntor.
Para que tal fato ocorra deverá existir uma diferença de 0,2 seg. entre a curva de fusão (tempo
total) do elo fusível e as curvas temporizadas dos relés (51 ou 51N).
- Critério REF3: Havendo dificuldades em atender ao critério REF1, a não ser com a utilização de
fusíveis de valores nominais muito elevados e, consequentemente, inconvenientes na proteção
do sistema, deverá ser considerada apenas a seletividade entre fusível e elemento temporizado
do relé, ou seja, o critério REF2.
Da Figura 8.3. observa-se que o intervalo de coordenação (1)2 é obtido pelos seguintes limites:
Versão: 01 Página : 144/199
144
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
- Limite máximo de coordenação (I2): é o maior valor da corrente de curto-circuito, em que o tempo
de operação do elemento instantâneo do relé mais o tempo de desligamento do disjuntor é
menor que o tempo mínimo de fusão do elo fusível.
- Limite mínimo de coordenação (I1): é o menor valor da corrente de curto-circuito em que o tempo
total de fusão do elo fusível é menor que o tempo de atuação do elemento temporizado do relé.
No caso em que o elemento instantâneo foi ajustado num valor superior a I1, o valor mínimo de
corrente para satisfazer os critérios REF1 e REF2 ficará sendo o valor de ajuste do elemento
instantâneo. Para valores de corrente compreendidos entre I1 e o valor de ajuste do elemento
instantâneo, haverá apenas seletividade entre o fusível e o elemento temporizado (critério REF3),
sendo o valor de ajuste do elemento instantâneo menor que I2.
As Tabelas 8.1. e 8.2 apresentam as possibilidades de coordenação entre elos fusíveis tipo K e
relés de sobrecorrentes tipo CO-8, em relação aos limites mínimos e máximos de coordenação,
descritos nas mesmas, e com base nas seguintes considerações:
- Os valores indicados nas Tabelas foram obtidos para o tempo total de interrupção do fusível igual
ao tempo de atuação do elemento instantâneo dos relés.
- Quando a curva do relé não intercepta a curva do elo fusível, significa que o limite mínimo
depende apenas do fusível, estando tais casos assinalados com um traço.
- O tempo considerado para atuação do elemento instantâneo é de 1 (um) ciclo, e para interrupção
no disjuntor é de 8 (oito) ciclos.
- Quando o tempo de atuação do relé temporizado for menor que o tempo de interrupção do elo
fusível, ou quando o limite mínimo de coordenação é maior que o limite máximo de
coordenação, significa que não há coordenação entre os mesmos, estando tais casos
assinalados com NC (não coordena).
25 K - - - - 290
30 K - - - - 370
40 K - - - - 460
50 K - - - - 600
65 K - - - - 750
80 K - - - - 1.000
100 K - - - - 1.300
140 K 900 - - - 2.000
200 K NC 2.000 1.400 1.200 3.200
Esta Tabela foi elaborada considerando-se um tempo total de desligamento do circuito (tempo de
atuação relé + disjuntor) de 9 ciclos.
25 K - - - - 290
30 K - - - - 370
40 K - - - - 460
50 K 400 - - - 600
65 K NC - - - 750
80 K NC 600 400 350 1.000
100 K NC 1.000 600 500 1.300
140 K NC NC 1.700 1.400 2.000
200 K NC NC NC 2.800 3.200
Esta Tabela foi elaborada considerando-se um tempo total de desligamento do circuito (tempo de
atuação relé + disjuntor) de 9 ciclos.
Tabela 8.2 – Coordenação Relé de Neutro - Fusíveis
Para o estudo de coordenação entre relé tipo CO-8 e fusível 140 K os valores das tabelas devem
ser interpretados da seguinte forma:
a) Relés de Fase, com instantâneo ajustado em 1.200 A (Tabela 8.1) e para a temporização (0,5),
tem-se:
- I < 900 A implicará numa atuação do relé antes da atuação do elo fusível (intervalo não seletivo).
- 900 A < I < 1.200 A (ajuste do instantâneo – 50) implicará em atuação do fusível antes da atuação
do elemento temporizado (51)
- 1.200 A < I < 2.000 A implicará em atuação no instantâneo antes da atuação do elo fusível,
possibilitando que na condição de curto-circuito temporário seja evitado a sua queima. Caso o
curto-circuito seja permanente a queima do fusível ocorrerá após o desligamento, pois o
elemento instantâneo (50) estará bloqueado.
- I > 2.000 A não é garantida a proteção do fusível, através do elemento instantâneo do relé, uma
vez que ambos poderão atuar mesmo na condição de curto-circuito temporário. Para as demais
temporizações do relé (1,0 – 1,5 – 2,0) e para I < 900 A não existirá seletividade entre os
elementos de proteção.
A coordenação entre relé e religador deverá ser estudada com base nos seguintes critérios:
- Critério RER1: As correntes iniciais de atuação da bobina série e disparo de terra do religador
deverão ser menores que as correntes de início de operação (pick-up) dos relés de fase e de
neutro.
- Critério RER2: A soma dos avanços do contato móvel (no caso de relés eletromecânicos) devido
aos religamentos, por parte do religador, deverá ser inferior ao avanço total para a atuação do
relé, para qualquer valor de corrente de curto-circuito dentro da zona de proteção considerada.
. a corrente de partida (pick-up) da unidade temporizada do relé de fase deve ser menor que a
mínima corrente de curto-circuito fase-fase, na zona de proteção do religador;
. a corrente do ajuste da unidade temporizada do relé de neutro deve ser menor que a corrente
de curto-circuito mínima na zona de proteção do religador.
. caso as condições anteriores não sejam atendidas, o by-pass deve ser constituído por chave
faca sem elos fusíveis, sendo que no poste anterior ao religador deverá ser utilizado chave
faca com elos fusíveis, quando a bobina série do religador for igual ou inferior a 160 A.
A coordenação Relé-Religador estará assegurada quando a soma percentual relativa dos avanços
e rearmes do disco do relé for inferior a 100%. Tal evento poderá ser obtido com auxílio da Tabela
8.3, considerada individualmente para os curtos-circuitos entre fases e curto-circuitos fase-terra, ou
seja, para os relés de fase e de neutro.
3
/////////////////// //////////////
4 ////// ///////
TOTAL
Tabela 8.3
A Tabela 8.3 deverá ser preenchida com base nas seguintes considerações:
Versão: 01 Página : 154/199
154
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
a) Tempo de Operação Rápida: deverá ser preenchido com o valor obtido através da curva de
operação rápida do religador.
b) Tempo de Operação Retardada: deverá ser preenchido de modo análogo ao anterior, obtendo-se
o valor através da curva de operação retardada do religador.
d) Avanço do Relé: deverá ser preenchido com o valor calculado da seguinte forma:
A
Avanço do disco do relé= ------------- X 100%
T1
Onde:
e) Rearme do Relé: deverá ser preenchido com o valor calculado da seguinte forma:
B
Retorno do disco do relé -------------- x 100%
T2
Versão: 01 Página : 155/199
155
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Onde:
f) Soma Relativa: esta coluna deverá ser preenchida com a diferença avanços-rearme: caso o valor
resultar negativo, o mesmo deverá ser considerado nulo.
Na última operação do religador, não será considerado o tempo de religamento assim como o
tempo de rearme.
A coordenação relé-religador estará assegurada quando o valor total da soma relativa for inferior a
100%.
. Tipo CO-8;
. Tipo CO-8;
- Religador:
. Tipo: KF – 100 A;
. Tempo de religamento = 2 segundos;
. Seqüência de operação: 1 (curva A); 3 (curva B).
. Icc 3∅ = 1950 A;
. Icc ∅T = 1192 A.
Temporização adotada: curva 1, implicando num tempo de retorno do disco igual a 5,2 Seg.
Versão: 01 Página : 157/199
157
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
0,042 seg
= ---------------------- x 100% = 6,4%
0,66 seg
O retorno do disco do relé durante o intervalo de tempo em que o religador estiver aberto será:
2 seg
Retorno do disco = ------------- x 100% = 38,5% > 6,4%
5,2 seg.
2 seg.
Retorno do disco = ------------------- x 100% = 38,5% > 24,2%
5,2 seg.
Como o disco volta à posição inicial após o intervalo de tempo em que o religador fica aberto, após
cada operação temporizada, conclui-se que há coordenação, não havendo necessidade do
prosseguimento do cálculo para as operações subsequentes.
TOTAL 24,2
Tabela 8.4
Versão: 01 Página : 159/199
159
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Para se evitar a operação do relé de neutro por desbalanço de carga no circuito o ajuste de
corrente corresponderá ao TAP = 1,5 (180 A).
Temporização adotada: curva 2, implicando num tempo de retorno do disco igual a 12 seg.
0,05 seg.
= ---------------------- x 100% = 8,2% ( para Icc ∅T = 1192 A)
0,61 seg.
retorno do disco do relé durante o intervalo de tempo em que o religador estiver aberto:
2 seg.
Retorno do disco = ------------------- x 100% = 16,7% > 8,2%
12 seg.
0,24 seg.
Avanço do disco = ------------------- x 100% = 39,3%
0,61 seg.
O retorno do disco corresponderá ao mesmo valor obtido para a 1n operação do religador ou seja
16,7%.
Os valores são idênticos aos calculados para a 2n. operação: avanço do disco = 39,3% e retorno
do disco igual a 16,7%.
4n. Operação do Religador (curva B ou curva terra 6): avanço do disco = 39,3%.
Versão: 01 Página : 161/199
161
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
TOTAL 84,5
Tabela 8.5
- Conclusão: com base em tais ajustes haverá coordenação entre os Relés de Fase e Neutro e o
Religador, pois a soma relativa resultou menor que 100%.
Versão: 01 Página : 162/199
162
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
A coordenação entre religador e fusível deverá ser estudada com base nos seguintes critérios:
- Critério RF1: O religador deverá ser ajustado para operar na curva rápida e em seguida na curva
lenta. A coordenação desejada consiste em que o elo fusível não queime durante a atuação do
religador conforme a característica instantânea, mas sim durante a atuação do mesmo
conforme a caracterização temporizada (vide Figura 8.5). Os valores de ajuste do religador
deverão permitir coordenação com os equipamentos de proteção a montante e a jusante do
mesmo.
- Critério RF2: O ajuste de disparo de fase do religador deverá ser menor que a corrente mínima
de defeito fase-fase, dentro da zona de proteção do religador incluindo, sempre que possível,
trechos a serem adicionados na condição de manobras usuais (vide Figura 8.5).
- Critério RF3: O ajuste de disparo de terra do religador deverá ser (conforme ilustração da Figura
8.6):
. menor que a corrente mínima de defeito fase-terra dentro da zona de proteção do religador;
Versão: 01 Página : 163/199
163
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
. 2 operações rápidas;
. 2 operações retardadas (vide Figura 8.7)
a) O tempo mínimo de fusão do fusível deverá ser maior que o tempo de abertura do religador na
curva rápida multiplicado por um fator de segurança (K) característica do religador, conforme
Tabela 8.6 (vide Figura 8.8).
Versão: 01 Página : 166/199
166
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
b) O tempo total de interrupção do fusível deverá ser menor que o tempo mínimo de abertura do
religador na curva temporizada, com religador ajustado para duas ou mais operações
temporizadas (vide Figura 8.8)
A verificação da coordenação para faltas entre fases deverá ser feita considerando-se as curvas de
fase do religador. Para faltas fase-terra, deverão ser considerados as curvas de fase e de terra
superpostas.
- Critério RF6: Considerando que normalmente é difícil obter coordenação para todos os valores de
correntes de falta, as condições de coordenação deverão ser satisfeitas, pelo menos para a
corrente mínima de falta fase-terra. Tem-se procurado usar o fusível de menor corrente nominal
que coordena com o religador, para corrente de curto-circuito fase-terra mínima.
TEMPO DE RELIGAMENTO F A T O R K
EM SEGUNDOS
UMA OPERAÇÃO RAPIDA DUAS OPERAÇÕES
RAPIDAS
FIGURA 8.8
Versão: 01 Página : 166/197
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Em casos especiais, em que for justificada a locação de religadores em série, a coordenação entre
os mesmos deverá ser estudada com base nos seguintes critérios:
- Critério RR1: Utilizando-se curvas de atuação retardadas diferentes, quando as bobinas série dos
religadores forem iguais.
- Critério RR2: Utilizando-se a mesma seqüência de operações retardadas, porém com bobinas
série diferentes.
Versão: 01 Página : 174/199
174
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
- Critério RR3: Utilizando-se bobinas série diferentes e seqüências de operações lentas diferentes.
Os critérios acima são baseados no fato de que dois religadores em série, com curvas de atuação
(t x I) separadas por mais que 0,2 segundos, não operarão simultaneamente.
- Critério RR4: No caso de não se conseguir a diferença de 0,2 segundos entre os tempos de
operação dos religadores, a coordenação é obtida adotando-se para o religador protegido
número total de operações superior ao do religador protetor.
No caso de não se conseguir a diferença de 0,2 segundos entre os tempos de operação dos
religadores, a coordenação é obtida adotando-se para o religador protegido um número total de
operações superior ao do religador protetor.
Na Tabela 8.11 estão indicados os valores máximos das correntes de curto-circuito para as quais
existe coordenação entre os religadores tipo KF.
RELIGADOR
PROTETOR RELIGADOR PROTEGIDO
KF 100 AC KF 160 AB KF 160 AC KF 225 AB KF 225 AC
KF 100 AB 800 A 100 A 1 900 A 1 600 A 2 800 A
KF 100 AC NC NC 1 500 A 1 300 A 2 500 A
KF 160 AB NC NC 1 300 A 1 200 A 2 300 A
KF 160 AC NC NC NC NC 1 700 A
KF 225 AB NC NC NC NC 1 900 A
NOTA: O tempo da proteção de terra do Religador protetor deverá ser menor que o tempo do
Religador protegido.
Tabela 8.11 – Coordenação Religador KF – Religador KF
A coordenação entre outros tipos de religadores ou combinações entre os mesmos deverá ser
verificada através das curvas de atuação dos mesmos.
A coordenação entre religador e seccionalizador deverá ser estudada com base nos seguintes
critérios:
Versão: 01 Página : 178/199
178
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
- Critério RS1: O seccionalizador deverá sentir todas as correntes de defeito que provocam
interrupção no religador. Isto é obtido utilizando os valores das bobinas série nos dois
dispositivos de proteção iguais a:
FIGURA 8.11
Versão: 01 Página : 179/199
179
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
A coordenação entre religadores, seccionalizadores e elo fusível deverá ser estudada com base
nos seguintes critérios:
Versão: 01 Página : 180/199
180
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
- Critério RSF1: O religador deverá ser ajustado para uma operação rápida mais três lentas e o
seccionalizador para três operações (vide Figura 8.12).
- Critério RSF2: O religador e elo fusível deverão estar coordenadas conforme critérios do item 8.4.
Para determinação da capacidade dos elos fusíveis, de maneira a atender aos requisitos de
proteção aos equipamentos e seletividade entre os mesmos, devem ser obedecidos os critérios:
- Critério F1: O elo fusível protegido deve coordenar com o elo fusível protetor pelo menos para a
mínima corrente de curto circuito fase-terra, no ponto da instalação do protetor.
Caso o elo protetor seja o do transformador de distribuição, a coordenação com o elo protegido
poderá ser desprezada, se tal coordenação implicar em corrente nominal elevada do elo protegido,
tendo como prejuízo a seletividade de proteção dos demais dispositivos de proteção do circuito
primário.
- Critério F2: Para a coordenação de elos fusíveis tipo “K” deve ser utilizada a Tabela 8.12.
FUSIVEL LADO 1 1 2
1 1 1 2 2 3 4 5 6 8
CARGA 8 0 4 0
0 2 5 0 5 0 0 0 5 0
K 0 0 0
K K K K K K K K K K
K K K
8 1 2 2 3 5 9
1 3 5 6 0 3
9 7 2 8 9 8 2
6K - 9 5 1 5 6 4
4 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0
1 2 2 3 5 9
2 4 6 8 0 3
7 2 8 9 8 2
8K 1 4 5 4 6 4
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0
1 1 1 2 2 3 5 9
3 5 8
0 3 7 2 8 9 8 2
10K 3 4 4
6 4 0 0 0 0 0 0
0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
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181
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
1 1 1 2 2 3 5 9
3 7
0 3 7 2 8 9 8 2
12K 2 1
5 4 0 0 0 0 0 0
0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
1 1 2 2 3 5 9
4 8
3 7 2 8 9 8 2
15K 3 7
4 0 0 0 0 0 0
0 0
0 0 0 0 0 0 0
1 1 2 2 3 5 9
5
1 7 2 8 9 8 2
20K 0
0 0 0 0 0 0 0
0
0 0 0 0 0 0 0
1 2 2 3 5 9
6
3 2 8 9 8 2
25K 6
5 0 0 0 0 0
0
0 0 0 0 0 0
1 2 3 5 9
8
7 8 9 8 2
30K 5
0 0 0 0 0
0
0 0 0 0 0
1 2 3 5 9
1 2 9 8 2
40K
0 0 0 0 0
0 0 0 0 0
1 3 5 9
4 5 8 2
50K
5 0 0 0
0 0 0 0
2 5 9
4 8 2
65K
0 0 0
0 0 0
4 9
5 2
80K
0 0
0 0
2 9
0 1
100K
0 0
0 0
4
0
140K
0
0
FIGURA 8.12
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182
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
- Critério F3: Caso exista um número elevado de fusíveis em série, que impliquem em não
coordenação seletiva do sistema, a quantidade de fusíveis deverá ser reduzida ou então deverá
ser instalado um religador ou um seccionalizador.
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183
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
- Critério F4: Na escolha dos elos fusíveis para a proteção dos transformadores de distribuição das
Ets deverá ser aplicada a Tabela 8.13.
- Critério F5: Na escolha dos elos fusíveis para a proteção dos bancos de capacitores deverá ser
aplicada a Tabela 8.14.
A coordenação entre elos fusíveis poderá ser verificada da comparação das curvas características
dos mesmos ( t x I ) em papel log-log correspondente ao formato padrão. Neste caso para que a
coordenação entre os elos fusíveis seja satisfatória o tempo total de interrupção do elo fusível
protetor não deverá exceder 75% do tempo mínimo de fusão do elo fusível protegido.
Na Figura 8.13 encontra-se exemplo de coordenação de elos fusíveis, verificados através das
características ( t x I ).
Potência
Nominal Capacidade Nominal e Tipo de Elo Fusível
(KVA)
TENSÃO NOMINAL DO SISTEMA (KV)
Monofásicos
5 - 1 H 1 H 1 H 1H -
10 6 K 2 H 2 H 1 H 1H 1H
15 10 K 3 H 3 H 2 H 1H 1H
25 (*) 15 K 5 H 5 H 3 H 2H 2H
37,5 25 K - 8 K 5 H 2H 3H
50 (*) 30 K 10 K 10 K 5 H 3H 5H
75 40 K 15 K 12 K 8 K 5H 5H
100 (*) 65 K 20 K 15 K 10 K 6 K 6K
Transformadores
Trifásicos
15 (*) 3 H 2 H 1 H 1 H 1 H
30 (*) 6 K 5 H 2 H 1 H 1H
45 10 K 5 H 3 H 2 H 1H
75 (*) 15 K 8 H 5 H 3 H 2H
112,5 25 K 12 K 6 K 5 H -
150 (*) 30 K 20 K 8 K 5 H -
225 (*) 50 K 25 K 12 K 8 K -
300 (*) 65 K 40 K 20 K 10 K -
(*) Transformadores com potências nominais padronizadas pela Empresa
Tabela 8.13 – Elos Fusíveis para Transformadores
FIGURA 8.13
Versão: 01 Página : 185/199
185
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
- Os valores nominais dos elos fusíveis não assinalados com a notação (Z1) implicam em proteção
das unidades dos bancos de capacitores dentro da zona segura (probabilidade de ruptura entre 0 e
100%).
- Quando houver necessidade de formar um banco de capacitores com elementos diferentes, devem
ser utilizados elos fusíveis que protejam o elemento de menor capacidade.
- Para um eficiente desempenho dos elos fusíveis na eliminação de defeitos nos capacitores é
recomendável que os níveis de curto-circuito fase-terra (no caso de ligação do banco em estrela) e
fase-fase (no caso de ligação do banco em delta) não sejam inferiores a 10XINOM.
Os critérios seguintes têm a finalidade de orientar de uma forma genérica as graduações dos relés
de sobrecorrentes do disjuntor geral da entrada de consumidores primários. Contudo, cada caso
deverá ser estudado levando-se em consideração as particularidades na instalação do consumidor
e do circuito primário.
Os relés deverão possuir faixas de ajuste que permitam efetuar as graduações determinadas.
Quando houver previsão de acréscimo de carga, as graduações deverão ser baseadas nas
condições iniciais e compatibilizadas por ocasião da efetivação dos acréscimos.
Deve-se orientar o consumidor no sentido de que as faixas de ajuste dos relés e, no caso de relés
indiretos, a relação de TCs de proteção, sejam escolhidos de maneira a serem compatíveis com
os acréscimos de carga previstos.
Quando forem utilizados relés indiretos, devem ser previstos dois ou três de fase e um neutro, com
atuação temporizada (de preferência com característica tempo x corrente muito inversa) e
instantânea.
- Elemento Temporizado:
Quando a soma das potências instaladas dos transformadores for menor que 900 KVA, graduar em
cerca de 1,0 a 1,2 vezes a soma das correntes nominais dos mesmos e quando a soma for igual
ou maior que 900 kVA, graduar em cerca de 1,2 a 1,5 vezes a corrente de demanda. Exceção é
feita para a tensão de alimentação de 6,6 kV onde a potência limite é de 450 kVA.
b) A curva de temporização adotada deverá estar abaixo da curva ANSI (vide Figura 8.14 e Figura
8.15), não interceptando nenhum ponto da mesma. Este critério é aplicável quando existir
somente um transformador. No caso de existência de mais de um transformador com proteção
individual este critério não deverá ser considerado.
c) É desejável que a curva de temporização adotada fique abaixo da curva de tempo mínimo de
fusão do elo fusível do ramal de entrada do consumidor, possibilitando desta forma que para
curto-circuito interno haja desligamento do disjuntor antes da queima do fusível. Se esta
condição implicar em super dimensionamento do elo fusível este critério poderá ser
negligenciado. O elo fusível deverá ser dimensionado conforme o item 8.9.3.
Versão: 01 Página : 192/199
192
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
d) A curva de temporização deverá estar acima do ponto de magnetização (M) que deve representar
a condição mais desfavorável de corrente transitória de magnetização do(s) transformador (es)
da EP, durante a energização do(s) mesmo(s). O ponto de magnetização é admitido como
sendo de 8 a 10 vezes a corrente nominal do(s) transformador(es), com tempo de 0,1 s. Caso
esta condição implicar em temporização muito elevada, com prejuízo na coordenação com a
proteção do circuito primário, considerar somente o maior transformador.
e) O relé não deverá operar com picos de corrente de carga, tais como, partida de motores. O
ponto de partida (P) deverá ser obtido com base nas condições de partida, potência e tipo de
motor específicos a cada consumidor, devendo ser expresso pela seguinte fórmula:
f) Dar uma margem para que o consumidor passa coordenar as proteções situadas no primário e
no secundário do transformador, desde que isso não cause prejuízo na coordenação com a
proteção do circuito primário. Para isso, verificar a viabilidade de se escolher uma curva que
corresponda a um tempo de 0,4 s, com a corrente primária correspondente a um curto-circuito
trifásico no secundário.
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193
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
NOTA 1:
Icc = 100.In/Z
onde:
NOTA 2:
- Elemento Instantâneo
- Elemento Temporizado
Cerca de 1/4 da corrente de carga (valor considerado para a graduação dos relés de fase), com
temporização tal que coordene com a proteção de neutro do circuito primário.
- Elemento Instantâneo
Os relés diretos deverão ser graduados seguindo basicamente os mesmos critérios utilizados para
a graduação dos relés de fase indiretos.
Versão: 01 Página : 196/199
196
Aprovação: / / Vigência: / /
NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
O elo fusível de entrada deverá ter a corrente nominal igual ou imediatamente superior ao valor da
corrente de graduação do relé de sobrecorrente de fase. Deverá ser também observada a condição
de não haver queima do elo devido a corrente transitória de magnetização do(s) transformador(es)
e picos de corrente de carga. Nos casos em que o elo de 140 A não for suficiente, deverá ser
usada chave-faca, nas tensões de 3,8 kV, 6,6 kV e 13,2 kV. Para 23 kV, o elo máximo deverá ser de
80 A.
9. BIBLIOGRAFIA
- Capítulos 2 a 3
- Capítulo 4
- Capítulo 5
Religador Automático:
Versão: 01 Página : 198/199
198
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NORMA
Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
Seccionalizadores:
. Seccionalizadores – DEP/P-CESP
. Catálogos dos respectivos fabricantes: McGraw – Edson Company, Reyrolle
Relé de Sobrecorrente:
- Capítulo 6 e 8
ANEXO I
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200
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Cód. Distr. Assunto: No
4 NTBD 3.01-0
1. PONTOS CRÍTICOS
Será aqui considerado que um religador está instalado em ponto crítico da rede quando o seu local
de instalação possuir todas as seguintes características:
a) O trecho protegido pelo religador se situa a grande distância da ETD, e os níveis das correntes
de curto-circuito são baixos e insuficientes para que os relés de saída de circuito possam
assumir a proteção desse trecho, quando o religador estiver isolado.
b) Devido à elevada carga, não é viável substituir o religador por fusível ou instalar fusível em outro
local a jusante, de forma que os relés possam assumir a proteção sem problema de
sensibilidade e de forma a haver coordenação adequada do fusível com os relés.
Para a localização dos religadores instalados em pontos críticos, conforme definição acima, seguir
o seguinte procedimento:
2.1. Fazer uma triagem dos religadores seguindo o roteiro apresentado no diagrama de blocos do
Anexo II, indicando os religadores conforme as classificações A,B,C, e D e informando o número de
identificação da instalação do religador, o tipo e os ajustes, bem como o nome do circuito primário.
2.2. Nos casos classificados como C e D indicar os valores de curto-circuito trifásico e fase-terra (sem
e com impedância de defeito de 20 0hms) no local do religador e no fim do trecho cuja proteção
principal depende do religador.