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11/11/2010 WatsuBrasil

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Cursos - Saiba Mais - Atendimento - Formação - Livro - Movim entos - Manual - Tantsu - Contato - - -

B r a s i l
en español

Definição:
Wats u é trabalho corporal aquático embasado nos meridianos energéticos e
pontos específicos unidos aos princípios físicos da água que poss am propiciar
um estado ideal para des envolver conduta terapêutica. Watsu é uma form a
pass iva de trabalho corporal aquático, dando suporte s uave e movendo quem
recebe através da água morna em movimentos graciosos e fluidos . Wats u está
s endo usado tanto pelo público em geral, para o crescimento pess oal; como por
terapeutas, para tratar condições es pecíficas . Alguns dão como definição de
Wats u uma técnica de revisão interna e de reorganização corporal e mental.
Segundo Harold Dull seu principal des envolvedor, Watsu é a união entre trabalho
corporal, atividade física e terapia

Síntese:
Watsu trata-se de submeter quem recebe à flutuação, conduzindo seus movimentos passivamente no ritmo da respiração. Suavem ente
alongam-se os músculos , diss ociando as cinturas , liberando as regiões enrijecidas do corpo, trabalhando com muita delicadeza as estruturas
corporais; manipulando suave, mas fortemente a coluna vertebral, sem provocar dor, norm alizando o fluxo energético corporal dos meridianos
ass im como o fluxo de energia da coluna vertebral, tudo isto em uma sintonia perfeita entre quem recebe e quem doa em um alto nível de
compaixão, ass ociando pos turas s emelhantes ao Thai Chi Chuan com seus movim entos lentos , juntamente com a s abedoria e conceitos
orientais do Shiatsu, res peitando os modernos fundamentos biomecânicos corporais ocidentais como os princípios físicos da água. Não
neces sariamente trabalham-se indivíduos acometidos de alguma patologia específica, pode-se atuar com o objetivo de melhorar a qualidade
de vida em diversos níveis.

Características:
- Desenvolvido primordialmente em água aquecida a ponto de es te calor ser capaz de propiciar relaxamento muscular e articular;

- Dá ênfas e a movimentos corporais orgânicos, respeitando as amplitudes de movimento de cada articulação;

- Realiza estiramentos m usculares suaves e indolores, visando atuar nos meridianos ass im como press ionando pontos energéticos
específicos, desobstruindo o canal energético com posto por estes m eridianos;

- O ambiente deve ser silencios o e meditativo;

- Espaço mínim o é de 3m x3m;

- Profundidade ideal: terapeuta com as pernas abertas água na região do tórax;

- O suporte dado pelo terapeuta ao corpo de quem recebe respeita um dos princípios do Shiatsu onde um braço dá suporte enquanto outro atua
des envolvendo os procedim entos terapêuticos ;

- O Centro do terapeuta, que é o abdômen (hara), está sempre voltado para o ponto onde se está trabalhando;

- A respiração dá cadência aos movim entos e às transições entre cada movimento;

- O contato entre o terapeuta e quem recebe é próximo e seguro;

- A confiança e a empatia devem estar presentes em todos os momentos, para resultar em uma boa sessão;

- Iluminação neutra evitando fachos de luz direto em quem recebe;

- As empunhaduras do terapeuta s ão suaves e seguras em locais pré-determinados e es tratégicos;

- O corpo não toca nas estruturas da piscina assim como em outros que poss am estar recebendo a sessão no mesmo ambiente;

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- O nível da água não toca a boca ou o nariz de quem recebe. O rosto não afunda, em s ubm ersão;

- O terapeuta não realiza passos, trabalhando em um quadrante pequeno. Se necessário dar pas sos, fazer de maneira suave e segura, evitando
que o impacto de cada passada não irradie para o corpo de quem recebe a sessão;

- Atenção es pecial é dada a estruturas s ens íveis como a cervical e a lom bar que, em flutuação sem controle, podem s ofrer lesões ;

- Evita-se tirar os ouvidos de quem recebe da água, principalmente nas primeiras sess ões .

Objetivos:
- Propiciar um m omento meditativo onde quem recebe a sess ão pode despertar o m elhor de si em relação e harmonização como um ser em
todos os aspectos ;

- Quando realizado em grupo, aglutinar e integrar os participantes;

- Despertar o sistema imunológico, “curador interno”, através de um novo padrão de pensamento, atitude e vibração energética;

- Dar melhores condições biom ecânicas a corpos acometidos de patologias, síndromes e distúrbios corporais;

- Estabelecer comportamento de confiança;

- Dissolução de traumas em ocionais ;

- Diminuição do tônus muscular;

- Relaxamento mus cular;

- Oxigenação das células, em especial, das células nervos as;

- Diminuir rigidez caus ada por patologias, síndrom es e distúrbios; as sim como a proveniente de es tado emocional alterado;

- Quebra de ciclos de s tress ;

- Watsu prom ove um profundo estado de relaxamento com mudanças dram áticas no s istema nervoso autônomo. Atuando no sistema simpático
e reforçando o s istema nervoso parassimpático, Wats u tem profundos efeitos sobre os sis temas neuromusculares . Estas mudanças
beneficiam clientes com um a grande variedade de necessidades especiais.

- Watsu ajuda a dim inuir a tensão muscular e a aumentar a amplitude de movimento. O apoio da água propicia isenção da compressão das
articulações. Os movimentos fornecem através da água, alongam ento s uave em toda a coluna e extrem idades, enquanto es tas articulações são
des carregadas. Manobras m iofasciais também podem ser incorporadas a um a s essão de Wats u;

- Clientes relatam diminuição de dor. Como Watsu diminui o espasmo mus cular e o sistema de guarda (proteção) muscular; aumenta sua
amplitude de movimento, e promove relaxamento profundo;

- Muitos clientes relatam diminuição na dor emocional e

- Watsu ajuda a dim inuir o tônus , incluindo espas ticidade e rigidez. O ritmo suave proposto em água morna, juntam ente com as repetições de
torção de tronco e alongamentos s ão úteis na dim inuição anormal de tônus mus cular.

Histórico

Watsu surgiu de experiências de Harold Dull nos anos 80, quando ensinava Zen Shiats u em Harbin Hot Spring, no norte da Califórnia, EUA.
Harold pode observar que, ao flutuar as pessoas em água morna, es tas ficavam mais sus cetíveis ao relaxamento potencializando o trabalho
corporal que tem este princípio como tratam ento. Harold, juntamente com diversos de seus alunos e colaboradores, des envolveu movimentos e
pos turas que facilitavam a obtenção deste tipo de res ultados terapêuticos, tornando-se as sim um dos principais desenvolvedores da técnica.

Harbin é um local com termas naturais, onde durante anos, pessoas do mundo inteiro pôde s e reunir para trocar, aprender e ensinar Watsu;
durante cerca de 20 anos . Wats u cres ceu e se desenvolveu em diversos locais do m undo. Hoje, Harbin tem um local muito especial para se
aprender trabalhos corporais. Este local pode s er observado no site oficial do Watsu: www.watsu.com

Watsu foi descoberto pelos fisioterapeutas norte-americanos, hoje é ensinado nas universidades e presente em toda literatura atualizada de
hidroterapia e ou reabilitação aquática.

Apesar de estar presente em um ambiente acadêmico, Watsu continua sendo ensinado em sua es sência.

Segundo os responsáveis pelo Watsu, ele é o trabalho corporal que mais cres ce nestes últimos anos nos EUA, Europa e Brasil. Watsu,
comparado com as formas convencionais de terapias como a milenar Acupuntura e diversas formas de mas sagem, é um trabalho recente e
seu campo de experiências e busca de comprovações científicas é vasto.

No Brasil, Wats u tem sido introduzido na área da Fisioterapia, Educação Física, Psicologia e Terapias Corporais; o que provoca seu crescim ento
com s eriedade e respeito. Foi introduzido pela proprietária de um espaço terapêutico, Ursula Garthoff, juntam ente com Alexander Gerkopoulos, o
primeiro profess or a introduzir Watsu para os prim eiros alunos no ano de 1996.

No mundo, podemos afirmar que o Watsu e outros trabalhos corporais aquáticos são as técnicas corporais que mais se desenvolvem , devido a
sua aceitação perante a com unidade terapêutica internacional. É usado em hospitais, na Alemanha e EUA. Na Califórnia, usado em diversos
spas; ass im como em todo o mundo. No Japão, usado com atletas após exaustivos treinamentos físicos. No Brasil, em clínicas de reabilitação
e academ ias e recentemente recebeu um prêmio como um a das melhores terapias para SPA da As sociação Asiática de Spas, mesm o s endo a
Ásia o berço de terapias e técnicas de desenvolvimento pes soal.

Mecânica corporal básica

Postura de cavalo

Consis te na pos ição bás ica do terapeuta que deve s er com sua base de sustentação aberta, com os joelhos flexionados , seu quadril encaixado
e s ua coluna ereta. Seus braços dão suporte ao corpo de quem recebe a ses são e devem estar firmes , porém relaxados. As articulações dos
ombros do terapeuta devem es tar relaxadas e prontas para serem utilizadas em mudanças de pos ição, a qualquer momento. A base pode
alterar-se em relação à profundidade. Sendo mais profunda deve-se us ar uma base fechada (pequeno cavalo), com os pés mais próximos.
Sendo mais rasa, a base deve ser aberta (grande cavalo), com os pés mais distantes, res peitando o limite de abdução do terapeuta.

Postura de guerreiro

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Es ta pos tura cons iste em trabalhar com uma das pernas à frente e, normalmente, é executada em uma transição s uave, onde as pernas são o
ponto fixo, evitando mudar de local a pos ição dos pés.

Postura de arqueiro

A postura de arqueiro é utilizada para se trabalhar normalmente os estiram entos em direção crânio-caudal ou (cabeça-pé). Realmente trata-se
de pos icionar-se como um arqueiro dando suporte, na m aioria das vazes, à cabeça com uma das m ãos e com a outra dando s uporte mais
caudal potencializando o es tiramento (normalmente trata-se de uma manobra miofascial). As estruturas a serem m anipuladas em linha reta
são a coluna vertebral.

Nomenclaturas

As nomenclaturas dos m ovimentos e das es truturas corporais são diferentes . Seguem abaixo:

Membro inferior proximal = Perna de Dentro

Membro inferior dis tal = Perna de fora

Membro s uperior cranial = Braço da cabeça

Membro s uperior caudal = Braço da Perna

Mão do terapeuta cranial = Mão da cabeça

Mão do terapeuta caudal = Mão do pé

Perna do terapeuta que está posicionada à frente = Seu pé da frente

Perna do terapeuta que está posicionada para trás = Seu pé de trás

Watsuquânics = Desenvolver de forma virtual os m ovimentos, antes de realizar em quem irá receber.

Rotação dos quadris

Para realizarmos m ovimentos de rotações necessitamos aprender a movimentar nossos quadris s em les armos nossa coluna vertebral. Para
isto, podemos ter com o parâmetro noss os oss os dos quadris (cristas ilíacas ântero-superiores ) e nos sos ombros, que devem sempre se
movimentar alinhados , evitando diss ociar nosso tronco.

Direção dos movimentos

Utiliza-se um a escala de graus que o terapeuta deve res peitar para que possa realizar um movim ento de qualidade, as sim como não
ultrapassar seus limites .

A biom ecânica correta do terapeuta influencia diretam ente na qualidade dos movimentos executados durante a s essão. Trata-se de um ponto
importante relacionado a vida útil do profissional. Uma má pos tura pode gerar les ões em pontos divers os da coluna vertebral, principalm ente na
região lombar, além de algias mus culares devido a uma suposta sobrecarga nestes m úsculos ou articulações advindas das compensações.

Atuando com a biomecânica correta, pode ser muito agradável aplicar uma sess ão e quem recebe tende a ter uma experiência eficiente com o
trabalho corporal, abrindo espaço para uma exploração interior e uma poss ível reabilitação ps icofísica.

A biom ecânica correta irá economizar energia e prolongar a carreira profissional do terapeuta, além de auxiliar no atendimento de indivíduos
densos e pesados .

Aplicado da forma correta, Wats u é muito gentil tanto com quem recebe quanto com quem aplica a técnica.

Transferência de Peso

Os movimentos realizados em membros inferiores do terapeuta são irradiados para o corpo de quem recebe o Watsu. Cons tantem ente
transferimos o pes o de uma perna à outra, em diversas direções . Noss as pernas s ão mais fortes e são elas que fazem o trabalho de força,
ass ociadas com os princípios físicos da água, principalmente a flutuação que mantém o corpo quas e que sem pes o.

Respiração

Durante todo o trabalho respeitamos a freqüência respiratória. A respiração é de suma importância durante um bom atendim ento. Ela dará o
ritm o dos movimentos da terapia. Devemos aprender a induzir um a res piração s audável. Pode-s e fazer is to no Watsu submergindo o tórax,
consequentemente, aum entando a pres são no gradil torácico e provocando uma expiração profunda que induzirá uma inspiração profunda. No
momento da inspiração, auxiliamos retirando a pressão do tórax com uma flutuação. Um detalhe importante é que a face sempre estará acima
da superfície, sem que a água toque regiões próximas ao nariz e boca. Outro detalhe é que realizam os esta s ubmersão e flutuação utilizando as
forças de nossas pernas com flexão e extensão de nossos joelhos.

Coluna vertebral

A cervical

A cervical é uma es trutura do corpo estreita e altam ente irrigada, sendo pas sagem para inervações , artérias e veias, es truturas dos sistemas
respiratório e digestivo, assim com o possui glândulas específicas . Ainda na cervical encontramos pres entes o RTC, Reflexo Tônico Cervical,
que faz com que a qualquer des nível ou movimento abrupto seja contraída a mus culatura, conseqüentemente todo o corpo responde a este
comando, despertando-se.

Uma boa sessão s eria aquela em que o recebedor relaxa e solta completamente seu pes coço, rolando de um lado para o outro em total
confiança.

Devido ao sistema articular diferenciado e complexo da cervical, os m ovimentos em hiperextens ão por muito tem po, não s ão na maioria das
vezes muito agradáveis durante a ses são. Devemos evitar ao máximo realizar es tes movim entos. Nes tes cas os a dor pode surgir de um
estiramento excess ivo. Esta dor é, normalmente, devido a:

- Nervos irritados ao s erem pinçados pelos os sos ou es truturas degeneradas dos discos intervertebrais;

- Interrupção do suprimento sangüíneo. (A artéria vertebral passa pelo forame transvers o da vértebra cervical);

- Músculos tens os;


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- Músculos tens os;

- Exces so de estiramento das cápsulas das articulações vertebrais e

- Diminuição do es paço intervertebral.

Algumas pessoas são muito mais sens íveis que outras , devido a acidentes, operações , deterioração das articulações e discos intervertebrais .
Ou sim plesmente porque tem a cervical longa. O tempo de duração de uma hiperextensão é um fator importante. Entrar e sair muito
rapidamente de um a hiperextensão pode não criar problem a algum, mas deixar o pescoço ou a lom bar hiperestendida por muito tempo
geralmente, causa irritação.

Em situações de aprendizagem, como neste curso, ficamos na m esma posição mais tempo do que ficaríamos durante uma sessão normal de
Watsu. Is so pode s er es tres sante. Durante o aprendizado da técnica, inevitavelmente cometemos erros. É im portante s ermos respons áveis por
nos so corpo e s implesm ente ajus tarmos noss o pescoço a uma pos ição mais confortável em caso de dor, comunicando ao terapeuta o motivo
do ajuste.

Como manter o conforto da cervical

- Manter o suporte cervical triangular desenvolvido por Mario Jahara;

- Observar se o queixo de quem recebe está levantado, o que denuncia uma hiperextensão;

- Observar se as pernas estão próximas a superfície, cas o contrário elas prom ovem hiperlordos e lombar e cervical;

- Tracionar periodicamente a cervical;

- Permitir que a cabeça role de um lado para o outro em seu braço, nos movim entos de rotação;

- Manter, s empre que possível, a tração em toda a coluna durante a ses são.

Lombar

Ass im como a cervical, a lombar também é uma lordose. A hiperlordose durante muito tem po pode não s er agradável e provocar lesões. Sendo
ass im, a mesm a atenção deve ser dada a esta região, principalm ente s e quem recebe possui alguma patologia ou distúrbio que acomete esta
região.

Como Manter o conforto da região lom bar

- Garantir que o suporte dado é em local correto, no sacro ou centro de flutuação;

- Evitar dar o suporte diretamente na lombar;

- Manter toda a coluna tracionada durante toda a terapia;

- Manter os mem bros inferiores próximos a superfície, utilizando os flutuadores de s uporte nos MMII e, se neces sário, realizando movimentos
rápidos para que a massa de água dê o suporte necess ário.

Principios Físicos da água


Densidade
Densidade está ligada diretamente a massa e volume de um corpo. Densidade = mas sa / volume.
A dens idade da água é 1.0. Cas o um corpo tenha densidade m enor que 1.0, irá flutuar. Caso seja maior que 1.0, irá s ubm ergir. Caso seja igual
a 1.0, irá s e manter na superfície. No cas o deste corpo ter dens idades diferentes , em partes diferentes irá subm ergir as regiões mais dens as e
flutuar as menos densas .

Em puxo
Quando mergulhamos um corpo qualquer em meio líquido, verificamos que este exerce s obre o corpo, um a força contrária a da gravidade. Uma
força de baixo para cima. A este princípio fís ico denominamos em puxo.
Quando um corpo esta total ou parcialmente im erso em um líquido, experimenta um a força de baixo para cima igual ao volume deslocado.
Graças ao empuxo, se a lâmina d’água estiver na cris ta ilíaca, teremos 50% de carga do próprio peso, s e a lâmina estiver em C7 teremos 40%
de carga e, se a lâmina estiver na altura do joelho teremos 70% de carga.

Pressão Hidros tática


A água exerce uma press ão continua em todo corpo submerso. Ess a press ão é igualmente exercida em toda parte por todos os lados . Porém,
ela varia de acordo com a profundidade. Uma pes soa em pé em uma piscina com o corpo subm erso até a altura do pescoço tem uma pres são
maior nos pés que no tórax.

Flutuação
Ocorre devido ao empuxo, que é a força exercida (de baixo para cima) com igual intensidade ao peso do volume do fluído (água) deslocado.

Vis cosidade
A água é um meio líquido mais dens o que o ar, e cria res istência nos m ovimentos devido ao atrito com as moléculas d'água em noss o corpo.
Os líquidos com alta viscos idade (óleo, azeites e s imilares ), fluem lentamente e oferecem maior res istência ao movim ento. Na água, o aumento
da densidade vai influenciar essa viscos idade. Por isso quanto m ais densa a água mais difícil fica para movimentar.

Tensão Superficial
É a força de atração das moléculas d'água na s uperfície da piscina. Fator importante quando um membro do corpo humano rom pe a s uperfície
d'água.

Refração
É o fenômeno físico causado quando a luz se propaga em meios com dens idades diferentes .
Devido a refração, enxergam os os objetos s ubmersos distorcidos , aproximadamente, 25% à 30% m aiores e mais próximos .

Temperatura
Junto com a vis cosidade e a flutuação, é o princípio físico mais importante da hidroterapia.
O calor da água, geralmente a 32ºC, aum enta o retorno venoso, facilita os alongamentos, estimula os term inais sensitivos da pele, melhora a
circulação periférica e alivia dores.

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Turbulência
Movimento aleatório das moléculas da água. É produzido pelo aumento da velocidade além de certo nível. Movimentos irregulares do líquido que
variam em qualquer ponto fixo criando m ovimentos rotatórios. Sua resistência é devido ao atrito entre as moléculas individuais do líquido e entre
o líquido e a superfície.
A turbulência também é denom inada como resistência de esteira.
Um corpo em m ovimento na água res ulta diferença na pres são da água entre a frente e a traseira do corpo. O m ovimento provoca uma pressão
maior na frente e diminui atrás , provocando um fluxo de água para dentro da área de pressão reduzida.

Inércia
De acordo com a lei de Newton, um corpo em repous o tende a permanecer em repouso e um corpo em m ovimento tente a permanecer em
movimento, em linha reta e a uma velocidade constante, a não ser que uma ação de força externa m odifique seu es tado. Es ta tendência a
resistir a variação é conhecida como inércia.

Aceleração
Quanto menor for a força aplicada menor é a velocidade de des locam ento.
Quanto menor for a mas sa do corpo menos força será aplicada para conseguir o deslocamento. Ou seja, quando dois corpos são deslocados
com a mesma intens idade de força, o corpo que tem menor mas sa des locará com mais facilidade.

Ação e Reação
Para toda ação exis te uma reação igual e contrária (Newton). As forças ocorrem aos pares.

Res istência
A água é muito mais densa que o ar, por isso provoca m aior resistência a ser vencida. A fricção é a maior res ponsável pela res istência.

Fricção
A fricção da pele com a água tem sido constatada como, 790 vezes m aior do que no ar, es te fato dificulta os movimentos, pois a densidade é
maior e com iss o mais difícil de s er vencida. A aceleração na água para ser a mesma do ar com o mes mo corpo e com a mesm a intensidade
tem que ter maior força aplicada.

Resultados dos princípios físicos da água na aplicação do Watsu

A flutuação é um dos princípios mais importantes nos trabalhos de relaxamento em água, sendo o princípio que difere o trabalho aquático dos
trabalhos corporais em s olo. Somente no espaço poderíamos ter a sensação de “falta de gravidade” e com ela chegar a níveis de relaxamento
profundo quando bem conduzido.

A pressão hidrostática proporciona algumas facilidades para o retorno do s angue venoso, pois a press ão provoca um efeito de press ão
periférica agindo como uma meia de com press ão. Quando a pres são que age s obre determinado volume de gás aum enta, o volume de gás
dim inui. Is so proporciona uma facilidade para a troca de gás na corrente s anguínea. Principalmente para abs orção de O2. A press ão
aumentada no tórax dificulta a expansão da caixa torácica. Essa pres são no tórax pode ser aproveitada para trabalhar os músculos da
respiração, aumentando a capacidade respiratória.
Nas gestantes, ajuda o retorno no sangue venoso e diminui os edemas linfáticos (inchaços). Em pessoas de 3º idade com tendências a varizes
e edemas também.
Relaxamento m uscular. Com a gravidade contrabalançada (pela ação do empuxo), nossos m úsculos ficam livres de s eu trabalho continuo de
manter-nos de pé e têm a oportunidade de relaxar completamente. Nos sa musculatura de postura que es tá sem pre em atividade, pode nes te
ins tante, estando sobre a ação da gravidade atenuada, diminuir seu tônus e relaxar com m ais intensidade do que quando s e está
sim plesmente em decúbito.

Dim inuição do tônus mus cular. De acordo com James McMilan, que desenvolveu o método Halliwick, o tônus é influenciado pela mensagem
dada pela energia proprioceptiva estimulada pela gravidade. Em outras palavras , o tônus está ligado à função do peso. Depois que os efeitos do
pes o (forca gravitacional) forem neutralizados pelos 15 minutos de imersão, o tônus de uma pes soa diminui automaticam ente. Es sa mudança
de tônus dura até uma hora e m eia após se deixar a piscina.

Des compres são da articulação. Enquanto os m úsculos relaxam e as articulações s ão aliviadas de sua função de s uportar peso, elas se
des comprim em. O movimento se torna m ais livre e m enos doloroso. A neces sidade de tencionar e proteger diminui. A água sim ula a falta de
gravidade, diminuindo a com press ão nas articulações doloridas.

Sensação de leveza. O cliente percebe que o terapeuta o apóia e o movimenta facilm ente e sente a leveza. Normalmente ess a é uma
experiência pos itiva. Associada, às vezes, a infância.

Exigências de oxigênio reduzidas. Dr. Tcharkovsky, o pioneiro s oviético pesquisador em nascimentos na água, estabeleceu que no estado de
leveza que s e atinge dentro da água, as exigências de oxigênio do corpo são diminuídas dras ticamente, tornando poss ível à aceleração do
crescimento de bebês prem aturos. Relacionando iss o ao Wats u, existe um a tendência de diminuição da taxa respiratória, aumentando a
indução a um estado de calma e meditação.

O calor do tecido conjuntivo mole antes do alongamento aumentará a extensibilidade do tecido encurtado. Músculos relaxam e alongam-se mais
facilmente, tornando o alongam ento mais confortável para o paciente. À medida que a temperatura intramuscular aumenta, o tecido conectivo
cede mais facilmente ao alongamento pass ivo e a sens ibilidade dos OTGs (Órgãos Tendinosos de Golgi) aumenta, o que torna m ais provável
que ele não dis pare e iniba a tens ão mus cular. O aquecimento também diminui a poss ibilidade de microtraumas aos tecidos m oles durante o
alongamento e, dess e m odo, pode diminuir a dor muscular tardia que ocorre após os exercícios .

Órgão Tendinos o de Golgi (OTG) é a estrutura que liga a musculatura aos ossos e tendões. Sua característica elás tica perm ite que o músculo
seja estendido a certo ponto sem que haja danificações ao músculo. À medida que estendemos a mus culatura, o OTG vai s e adaptando a
"nova" situação do músculo, permitindo este es tiramento. Um método de alongamento onde você pode verificar o funcionamento do OTG é o
alongamento de 3s, onde a partir de uma angulação dita como lim ite, vemos que a musculatura após um tem po se adapta e fica pos sível uma
maior angulação.

O Relaxamento provoca uma diminuição no consumo de oxigênio dos m úsculos esqueléticos e um aumento da complacência da parede
torácica. “...Res pira-s e s uperficialmente e aumenta-se a tensão nos músculos acessórios . Ocorrência que normalmente acompanham um
estado de medo...”.

Em bora ele não seja aparentemente atingido e novamente experimentado no Watsu, é de se presumir que um medo sublim inar e uma
conseqüente desconfiança possam s obrevir de um m au manuseio da cabeça, principalmente mais tarde, em uma sess ão em que se chega a
um nível mais profundo de vulnerabilidade. (Moshe Feldenkrais , fundador do Método Feldenkrais , coloca que o mes mo reflexo de sobressalto é
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um nível mais profundo de vulnerabilidade. (Moshe Feldenkrais , fundador do Método Feldenkrais , coloca que o mes mo reflexo de sobressalto é
mecânico, gerando um avanço nos desalinhamentos de postura e perturbações na respiração).

A posição horizontal do corpo é para des canso, receptividade, relaxamento da musculatura e circulação equilibrada, uma pos ição na qual
estamos livres para embarcar em uma viagem interior. A posição horizontal favorece o ser, enquanto a vertical é para fazê-lo.

Quando o parceiro sente o seu toque pela prim eira vez e experiência o seu apoio e a sens ibilidade com a qual você segue a res piração, sua
credibilidade fica estabelecida, abrindo o caminho para um maior relaxamento.

- Uma transição acontece de uma auto-respons abilidade e independência para uma dependência em relação ao outro. Essa é uma viagem de
retorno e leva tempo.
- A respeito de relaxamento na água: "Uma das primeiras teorias de James McMillan (o criador do m étodo Halliwick), s ugere que a água morna
não é inteiramente responsável pela dim inuição do tônus mus cular, sempre obs ervada em clientes de reabilitação aquática. Es ta noção foi
apoiada pela pesquisa aeroespacial. Pelo contrário, o tônus é influenciado pela energia proprioceptiva, estimulada pelas forças gravitacionais.
Em outras palavras, o tônus é uma função de peso. Quando uma pes soa é imers a em um a água acim a do nível de T11 (vértebra torácica 11),
ou fica na água na pos ição horizontal, a força da gravidade é neutralizada. Os s istemas sensoriais táteis são então, utilizados para monitorar a
pos ição do corpo e do movimento. Depois que os efeitos do peso (força gravitacional), forem neutralizados em 15 minutos de imersão, o tônus
de uma pes soa decai automaticamente. Es ta mudança de tônus pode também s er percebida em até uma hora e meia após se deixar a
pis cina".
- Das doze vértebras torácicas até os quadris, há uma cadeia de articulações interligadas, na qual, a compensação através da pélvis e da
lom bar, facilita os movimentos da perna em todas as direções. Os fortes ligam entos Y que atravess am a parte frontal da pélvis exigem que
apoiemos embaixo do sacro, com receio de que o peso das pernas incline a pélvis para frente e hiperextenda a parte inferior da coluna. Mesmo
sendo apoiados s ob o s acro, os clientes apres entam certa tendência de proteger a parte inferior das costas contraindo os mús culos
abdominais .
- As articulações intervertebrais e os mús culos ao longo da coluna norm almente se apóiam e se es tabilizam dentro do campo gravitacional.
Durante os movimentos de onda, em um es tado de flutuação passiva, os proprioceptores nes sas estruturas enviam ao cérebro um a
mens agem bem diferente, "Eu sou flexível".
- A des compres são da articulação ocorre pelo corpo todo, devido a m enor pres ença da gravidade e da redução da contração muscular. As
mens agens que o cérebro recebe através dos proprioceptores quando a coluna é ondulada s ão, virtualmente, afirm ações . A mente aprende: "Eu
sou livre".

Alterações fisiológicas:

- Diminuição do ritmo cardíaco;

- Diminuição da taxa de respiração;

- O aumento da profundidade da respiração;

- O aumento da vasodilatação periférica;

- O aumento da atividade da musculatura lis a (digestão);

- Diminuição da ativação de músculos es triados (esqueleto);

- Diminuição da es pas ticidade;

- Diminuição do es pas mo m uscular;

- Diminuição dos s istemas reticulares , s istema ativador de atividades;

- Reforça a respos ta do sistema imunológico.

Vantagens imediatas na primeira sessão

- Aumenta a amplitude de movimento;

- Relaxamento mus cular aumentado;

- Diminuição do es pas mo m uscular;

- Diminuição da es pas ticidade e

- Diminuição da dor.

Benefícios à longo prazo, depois de várias sessões

- Melhora dos padrões de sono;

- Melhora da diges tão;

- Melhora a resposta imunológica;

- Diminuição da dor;

- Diminuição da ansiedade e

- Muitos clientes comentam que ocorre uma diminuição na sua dor emocional.

Quem se beneficia com o Watsu.

- Portadores de distúrbios de coluna vertebral, que neces sitam de um relaxamento, para que ocorra um aumento do es paço intervertebral;

- Patologias ou distúrbios neurológicos que diminuem a amplitude de movimento, devido a um estado espástico (enrijecimento) da
musculatura. Exem plos:

• AVC – Acidente Vascular Cerebral (“derrame”),

• Mal de Parkinson e Parkins onismo – Doença que acomete as células do sis tem a nervos o, provocando enrijecimento, juntamente com
tremores em repouso, em alguns cas os.

• PC – Paralis ia Cerebral – Doença que normalmente é adquirida ao nascimento; devido a hipóxia, que é a falta de oxigênio no cérebro durante
os primeiros instantes do nascimento.

• Outras diversas s índromes e patologias que seguem o mesmo tipo de mecanis mo.

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- Reabilitação de pós-cirúrgico ortopédico, principalm ente de grandes fraturas e prótes es de articulações;

- Fibromialgicos . Pessoa acometida pela fibromialgia, uma doença que é caus ada pela ausência de endorfinas es pecíficas , causando dor em
diversos pontos do corpo;

- Pacientes pediátricos com acometimento mental e ou físico, que promova um dano em seu sistema mús culo-esquelético;

- Portadores de patologias com caráter reum atológico, como artrites e artroses ;

- Gestantes;

- Crianças hiperativas;

- Portadores de alguns tipos de enxaqueca, principalmente as de fundo emocional e de enrijecimento mus cular;

- Depress ão;

- Vítimas de abuso fís ico, mental e sexual;

- Indivíduos estress ados ;

- Indivíduos Ans ios os;

- Pess oas que querem parar de fumar ou beber ou dependentes de drogas, pois auxiliam na ans iedade provocada pela crise de abs tinência;

- Distúrbios de ATM – Articulação Têm poro-Mandibular;

- Indis pos ição Crônica;

- Disfunção neuromus cular periférica, como Síndrome do Isquiático, em processo crônico;

- Pneumopatas – Doenças relacionadas ao sistema pulmonar, de caráter leve e moderado;

- Pacientes com CA (Câncer) em alguns cas os onde a doença provoca dores e limitação. Lem bramos que não devemos massagear este
cliente para não provocar a metástase (o deslocamento da célula cancerígena para outra região do corpo);

- Indivíduos com pouca ou quase nenhuma consciência corporal;

- Insônia provocada por tensão muscular;

- Fadiga m uscular provocada por excess o de atividade física;

- Pess oas com tum ores, que de alguma forma dificultam o bom funcionam ento do s istema mús culo-esquelético;

- Casais com problem as de relacionamento.

Contra-indicações

- Febre, acim a de 38ºC (100ºF);

- Arritmia cardíaca, angina instável, sistema cardiovas cular seriamente comprometido;

- Press ão sangüínea excessivamente alta ou excessivamente baixa;

- Capacidade vital s ignificativam ente limitada (abaixo de 1500 ml). Incapacidade de tolerar uma queda de 10% da capacidade vital;

- Ausência de reflexo de tosse;

- Infecção urinaria grave;

- Incontinência intes tinal imprevisível;

- Grandes feridas abertas;

- Epilepsia incontrolada;

- Doença contagiosa ou infecção transmissível por água ou ar;

- Sens ibilidade a produtos quím icos usados em piscina;

- Doença arterial periférica grave;

- Hemorragia cerebral recente;

- Doença renal, na qual o paciente não cons iga se ajustar à perda de líquido;

- Paciente com grave incapacidade para regular a temperatura do corpo;

- Traqueostomia aberta;

- Gestantes, caso tenha tendência à perder embrião (eclam psia) e

- Síndrome de Down e outras síndrom es que pos suem com o caracterís tica o tônus muscular baixo.

Considerações

- Pequenos ferimentos abertos, em pessoas m uito s uscetíveis a infecção;

- Diabetes não controlada (tenha tabletes de açúcar ou suco disponível na pis cina);

- Tímpanos perfurados. Mantenha a água fora dos ouvidos;

- Se o paciente estiver sob corticoterapia por muito tempo, ou terapia profunda recente de raios X, terapias que deixam a pele mais sensível e
delicada. A água tende a deixar uma pele já delicada ainda mais frágil. Seque a pele suave e totalmente;

- Sens ação de enfraquecimento, especialmente nas pernas (derrame, dano cerebral, lesão na coluna vertebral, diabetes, neuropatia periférica
etc.) Deve-se evitar o ato de ficar esfolando um machucado na beira ou no fundo da piscina (talvez seja neces sário o uso de meias ). As luzes
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etc.) Deve-se evitar o ato de ficar esfolando um machucado na beira ou no fundo da piscina (talvez seja neces sário o uso de meias ). As luzes
debaixo d’água geram um calor cons iderável. Os clientes não devem encos tar-se a elas;

- Esclerose múltipla. Talvez haja m uita s ens ibilidade ao calor. Consulte seu cliente com antecedência para s aber se ele s uporta o verão, banho
quente, etc. Se o calor for problema, pode s er necess ário fazer o trabalho num a piscina de água fria, ou es colher uma outra abordagem de
terapia aquática em água fria;

- Vias intravenos as, vias “heplocks”, vias “hickman” etc, consulte o médico;

- Portadores de gastrostomias, colos tom ias , etc, podem entrar na piscina s e a pele em volta do estômago estiver bem curada. Drene a bolsa
primeiram ente;

- Pacientes com cateteres podem geralm ente entrar na pis cina. Drene a bolsa primeiramente. Se possível prenda o cateter para evitar qualquer
refluxo;

- Gestação de risco. Não fazer tratamento aquático nos prim eiros três m eses de gravidez. Evitar água em temperatura superior a 36ºC ou 96ºF.
Solicitar permissão do m édico res ponsável;

- Frouxidões ligamentares e

- Indivíduos que tiveram efeito chicote, principalmente recente.

Watsu e Reabilitação

Qualquer profis sional que utiliza o trabalho aquático, como parte de s ua prática, se beneficiará aprendendo Watsu. Alguns profissionais irão
utilizar Wats u como a principal intervenção no seu programa de tratamento. Outros vão encontrar nos seus clientes o máximo benefício quando
Watsu for utilizado apenas com o uma parte do programa de tratamento ou como parte de cada ses são do tratam ento. Terapeutas encontram no
Watsu benefícios para os clientes que es tão tendo dificuldades funcionais e nas atividades de vida diária, dor, rigidez, es pas mo muscular ou
espasticidade. Watsu es tá sendo incorporado em programas de tratamento em terapia aquáticas em hospitais, clínicas e centros de
reabilitação de todo o mundo. Terapeutas es tão im press ionados com os benefícios de tantos clientes . Algumas das m uitas populações que
tenham se beneficiado incluem as pess oas com les ões cerebrais traumáticas , lesões da medula espinal, trombos es, doença de Parkinson,
artrite, paralisia cerebral, dor crônica, fibromialgia, es pondilite anquilosante, pós-mastectomia, pós-cirurgia torácica e estres se pós -traum ático.

Considerações adicionais para a prática do Watsu

Es pas mo

- O espasmo é notado depois de alguns tipos de danos neurológicos incluindo derrames, danos na coluna vertebral, paralis ia cerebral e trauma
cerebral.

- Norm alm ente inicie com o lado não afetado ou m enos afetado.

- Us e o Watsu no início da sessão do tratam ento para diminuir a tensão e aum entar a mobilidade do tecido m ole.

- Enfatize a rotação do tronco e a extensão.

- Us e movimentos repetitivos e rítmicos. Mantenha os movimentos suaves .

- Mantenha o cliente aquecido antes, durante e após o Watsu.

- Se o cliente tiver uma forte tens ão nos extens ores dos membros inferiores manter seus joelhos e quadris flexionados irá ajudar.

- Evite pos ições de total extensão de joelhos , quadris e coluna.

- Manter o queixo recolhido e o pes coço levemente flexionado ajudará.

- Flutuadores colocados na perna, acima dos joelhos podem ajudar a m anter os quadris, joelhos e lombar levemente flexionados.

- Meio macarrão debaixo dos joelhos pode s er us ado em alguns movim entos para ajudar a m anter os joelhos, quadris e lombar levemente
flexionados.

Doença de Parkinson

- Dê ênfas e à rotação do tronco, extensão do tronco e suave extensão torácica.

- Suavemente alongue os músculos peitorais, flexores dos quadris e tendões flexores das pernas.

- Us e uma press ão lenta e firme para encorajar o movimento.

- Incentive um a res piração profunda e expansão do tórax.

- Tome especial cuidado para evitar quedas ao se ves tirem e ao entrarem e s aírem da piscina.

Guillain-Barré

- O Watsu tem se mos trado muito benéfico nos processos de recuperação. Vá devagarzinho.

- Us e alongamentos bem suaves. Alongamentos muito fortes nas primeiras etapas da recuperação podem caus ar diminuição de força e
aumentar o enfraquecimento dos s entidos.

Traum atismo Craniano

- Cada dano cerebral é único. Existem tanto problemas ortopédicos quanto neurológicos. Pense em todos os problemas e necessidades de
seus clientes incluindo os ortopédicos, neurológicos e psicológicos.

- Como o Watsu se aplica a tantas necessidades de uma só vez, é geralmente escolhido para pelo menos , parte do programa de reabilitação de
seu cliente.

- O Watsu normalmente tem um efeito calmante em clientes com cérebros danificados . Ele tem sido também benéfico em casos de clientes
com m aior comprometimento.

- Certifique-se de que o cliente esteja completamente reorientado no final da ses são, antes de ir em bora.

- Pode ser que ajude recorrer às sessões neste capítulo sobre espasmo, defesas sensoriais e todas as precauções em relação a movimento.

Dano na Coluna Vertebral

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- Os danos variam muito dependendo do nível e da gravidade.

- O Watsu tem se mos trado eficaz no tratamento de problemas recentes e dos mais antigos. (As fraturas devem estar curadas e estáveis antes
do Watsu.).

- Os alongamentos devem ser feitos de uma m aneira suave porque é comum o cliente desenvolver uma osteoporose e/ou oss ificação
heterotrófica (deposição de tecido óss eo ao redor da articulação).

- Deve-se dar es pecial atenção a pele. Proteja-a de arranhões que podem acontecer no fundo da pis cina. Cheque s e ao pressionar não está
causando dor. Seque bem a pele, principalmente entre os dedos .

- Atenção para os s inais de dis reflexia autônom a (dor de cabeça forte repentina, aumento do batimento cardíaco repentino, repentino aum ento
da press ão sanguínea). Disreflexia autônoma não acontece frequentem ente, mas quando acontece, pode rapidamente exigir emergência
médica. Ela é geralmente disparada por um es tím ulo nocivo (ves ícula distendida, aumento-diminuição da temperatura corpórea, etc). Identifique
a causa imediatam ente e repare-a. Se os s intomas piorarem ou não melhorarem , procure ajuda médica.

- Pode ser de grande ajuda ler as ses sões deste capítulo sobre espasmo e precauções na terapia aquática.

- Disreflexia Autônoma. Is so pode s er um problem a para alguns clientes que tiveram uma lesão da medula espinal, especialmente em T8 ou
les ão superior. Geralmente ocorre em resposta a um es tím ulo nocivo, com o o aumento ou diminuição da tem peratura corporal.

- Defes a Sensorial (sens ibilidade a es tím ulos s ensoriais). Alguns clientes são es pecialmente sensíveis à luz, som , toque, cheiro e/ou
movimento. Tenha cuidados para evitar estes estímulos em demasia para poder ajudar clientes que manifestam estas s ens ibilidades.

Pós-Mas tectomia

- Comece pelo lado não afetado.

- Aumente a quantidade de movimentos s uaves nos ombros.

- Acentue a rotação do tronco e suavize a extensão torácica.

- Delicadamente alongue os músculos peitorais e axilares.

- Evite a m obilização de tecido mole na área da cirurgia, até receber o cons entimento do médico.

- Se os nódulos linfáticos foram removidos, evite qualquer pres são que possa interferir na drenagem linfática.

- Evite press ão embaixo do braço, na axila, levantando o braço para estimular a drenagem linfática.

- As técnicas de tecido mole dão melhores res ultados s e levantarmos o braço para estimular a drenagem linfática.

Gravidez

- Mudanças hormonais caus am frouxidão ligamentar. Seja delicado nos alongamentos , especialmente com a coluna e articulações s acro-
ilíacas .

- Evite hiperperextensão na coluna.

- Estimule a expansão do tórax e alongamento suave nos m úsculos peitorais.

- Estimule a cliente a beber quantidade de água extra no final da ses são. Muitas mulheres grávidas ficam um pouco desidratadas.

- Atenção com todas as precauções dos exercícios adicionais e terapia aquática para gestantes.

Artrite

- Alongamentos suaves.

- Movim entos de curto alcance.

- Condições específicas para cada tipo de artrite incluindo osteoartrite, artrite reumatóide e espondilite anquilosante.

- Os teoartrite: es tim ule movimentos de curto alcance. Es tes pacientes tendem a ser mais velhos, portanto, cuidado com outros fatores de ris co
incluindo osteoporose e problemas cardíacos.

- Artrite reumatóide: proteja as articulações que es tão inflamadas. Se uma articulação estiver muito inflamada, estimule m ovimentos em outras
articulações e deixe-a quieta.

- Espondilite anquilosante: foque primeiramente na extensão, especialm ente na coluna torácica. Pode haver neces sidade de alongar os quadris
e ombros , que estão sem pre envolvidos .

Artrite

- Alongamentos suaves.

- Movim entos de curto alcance.

- Condições específicas para cada tipo de artrite incluindo osteoartrite, artrite reumatóide e espondilite anquilosante.

- Os teoartrite: es tim ule movimentos de curto alcance. Es tes pacientes tendem a ser mais velhos, portanto, cuidado com outros fatores de ris co
incluindo osteoporose e problemas cardíacos.

- Artrite reumatóide: proteja as articulações que es tão inflamadas. Se uma articulação estiver muito inflamada, estimule m ovimentos em outras
articulações e deixe-a quieta.

- Espondilite anquilosante: foque primeiramente na extensão, especialm ente na coluna torácica. Pode haver neces sidade de alongar os quadris
e ombros , que estão sem pre envolvidos .

Fibromialgia e Dor miofascial

- Clientes com estes problemas respondem bem ao Watsu.

- Estimule alongam entos suaves e trabalhe suavemente o tecido mole.

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- Peça um feedback imediato s e algum m ovimento, pos ição ou pres são aumentar os s intomas.

- O cliente precisa ainda, desenvolver seu ritmo e conscientização postural.

Amputação

- Uma am putação vai influenciar a posição de um cliente na água. A maioria dos clientes tende a deixar o lado amputado solto na água. As
pernas, especialmente se amputadas acima dos joelhos, são ajudadas se colocarmos um flutuador na outra perna.

- Cheque o alcance do movimento do coto. Amputados acima do joelho tendem particularm ente a desenvolver contraturas nos flexores dos
quadris.

- Pergunte ao cliente a res peito de dor, das s ensações, dormência e dor no mem bro fantas ma e no coto.

- Lembre seu cliente de s ecar totalmente o coto depois da s essão de Wats u. Se possível, faça o cliente não colocar a prótes e por algum tempo
após a sessão de Watsu. Uma exposição prolongada em água quente deixa a pele mais frágil e delicada, com tendência a provocar feridas .

Câncer

- O Watsu é geralm ente o tratam ento escolhido, especialmente nos estágios mais adiantados da doença quando o relaxamento, redução da dor
e ajuda ao s ono se tornam os objetivos principais .

Clientes Pediátricos

- As crianças tendem a s er m ais desinibidas e muito mais espontâneas do que os adultos . Se deixarm os, elas são maravilhos as para nos
ens inar a ser brincalhões e 100% presentes. Se puderm os apenas estar com elas, nossas s ess ões ficam m ais alegres do que s e poss a
imaginar. Não tenha expectativas porque a criança pode cantar, falar, ficar tão relaxada quanto um m acarrão ou de repente, pular para pegar
uma bola que chamou s ua atenção. E tudo isso pode acontecer numa mes ma s ess ão. Para crianças com necessidades especiais o Watsu
tem ajudado muito.

Paralisia Cerebral

- Leia o capítulo sobre espasmo, s e adequar ao s eu cliente. O Watsu é muito benéfico para diminuir o tônus, por is so a criança com espasmo
pas sa a s aber o que é s entir-se flexível. Use o Watsu no início da ses são do tratamento e intermitentemente se necessário. O Watsu pode s er
seguido por mais atividades funcionais.

- Para a criança hipotônica, o Watsu provavelmente não a beneficiará. O Watsu deixará uma criança já hipotônica, com o tônus mais baixo ainda.

- Crianças com atetos e precisam s er consideradas antes de s e decidir pelo Watsu. A maioria res ponderá bem ao Watsu. Os benefícios incluem
relaxamento, aumento da mobilidade do tecido mole e progresso na normalização do tônus.

- Crianças com ataxia geralm ente res pondem bem ao Watsu, com melhora no relaxamento e mobilidade do tecido mole. Fique atento porque
estas crianças s ão propensas a derrame cerebral. Saiba também que estas crianças são sempre sensíveis ao es tímulo do vestibular.

Es pina Bífida

- Crianças com espina bífida geralmente respondem bem aos benefícios do relaxam ento e alongamento do Watsu. Entretanto, há muitas
variações relativas a espina bífida e s uas complicações. Cada criança deve s er avaliada cuidadosamente, as sim como os benefícios e
precauções relativos ao Watsu.

Crianças com Distúrbio de Atenção

- Mantenha uma pequena quantidade de Watsu no tratamento inicial. Gradualmente aumente as sessões de Wats u.

- Uma pressão mais forte é normalmente m ais calmante do que a m ais leve.

- Pode ser que você precise us ar m ovimentos mais rápidos no início de cada ses são para saber o nível de energia da criança. Então, comece a
usar movimentos mais lentos e rítmicos para acalmar o sis tem a nervos o central e fazer com que a criança diminua seu ritmo.

- Um cantarolar rítmico e lento sem pre ajuda. (se você cantar a letra da mús ica, a criança vai tirar a cabeça para fora da água para ouvir).

Autism o

- Dependendo do grau de autismo, a criança pode res istir a você, se você tentar um contato verbal ou visual m uito cedo. Vá devagar.

- Observe o comportamento da criança na água. Tome como exemplo o comportamento da criança perto dela.

- Gradualmente movimente-s e para o lado ou para trás da criança.

- Se ela perm itir ser tocada, bem devagar comece a m ovimentar um pouco os braços e o torso da criança dentro d’água.

- Vá levantando a criança suavemente enquanto apóia e permite que ela fique na pos ição que preferir, s eja ela qual for.

- Siga a respiração e os movimentos da criança.

Criança Maltratada

- Explique cada pas so para a criança.

- Permita que a criança faça es colhas.

- Quando a criança es tiver pronta para ser tocada, comece usando a pos ição que ela escolheu. (é geralmente a pos ição fetal, m as não sem pre).
Pode levar um tempo até que a criança esteja pronta para s air de uma pos ição confortável.

- Lembre-se que s ó o fato de embalar suavemente e res pirar com a criança ou com o adulto pode ser uma experiência de movimento profundo e
se estabelecerá a bas e da confiança.

- Ao desenvolver os movimentos , você pode us ar a turbulência da água para gentilmente convidá-la ao movimento, mas nunca impor.

- Se a criança por algum motivo quiser parar, ela deve apenas dizer “pare” e você deve parar o Watsu im ediatamente.

Ciclo do estres se.

Para entender a complexidade dos efeitos do Wats u, que podem ser diferentes em cada pes soa, podemos usar o gráfico abaixo:

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O estresse leva as tensões musculares, que pode levar a dor devido ao poss ível mau funcionamento do sistema m úsculo esquelético. A dor
leva a imobilidade em algum grau, desde uma sim ples diminuição de m ovimento até a neces sidade de se retirar ao leito. Esta situação irá
causar também em proporções crescentes a fraqueza m uscular, que leva a tens ão nervosa que leva a dim inuição da atividade funcional. Com
isto a atividade profiss ional pode s er com prometida levando a dificuldade financeira, podendo originar um a s ituação de depress ão e isolamento
causando a dim inuição da auto-es tim a que retorna a situação de estresse, girando o ciclo novamente de forma negativa.
As ses sões de Watsu podem quebrar este ciclo em algum ponto, podendo es te, ser no momento de tens ão muscular com s eus alongamentos
e m assagens s uaves, agindo na imobilidade propiciando amplitude de movimento e liberação da caixa torácica aumentando também a
capacidade res piratória. Watsu atua no Sistema Nervos o Autônom o com seus movimentos gentis e diminui a ansiedade e a freqüência
cerebral, o que pode amenizar a tens ão nervosa. O contato próxim o do terapeuta alimenta a alma e aumenta a auto-estima, além de retirar a
pes soa do is olamento; cons eqüentemente, da depress ão. Resumindo, o que acontece é a formação de um ciclo ao contrário. Um ciclo positivo
de qualidade de vida.
Watsu leva ao relaxamento, que leva ao equilíbrio do tônus muscular que propicia ausência de dor, causando melhor e m aior mobilidade. Os
movimentos levam ao aumento da força muscular, que leva ao equilíbrio psíquico que irá gerar uma situação que poss ibilitará uma melhora
profiss ional pos sivelm ente com melhora da situação financeira, levando a um aumento da auto-estima propiciando maior s ociabilização,
levando a um nível de satisfação e complem entação dos anseios da alma que retorna ao relaxamento.

Podem os constatar que este Trabalho Corporal s e diferencia e complementa um pouco outras atividades terapêuticas, não s e tratando apenas
de um simples relaxamento ou mass agem. Wats u pode ser recebido em ses sões individuais, em grupos ou nos cursos de aprendizado que
são abertos a todos que tenham interess e. O s onho utópico de s eu criador é que tenhamos uma piscina de Watsu em cada bairro, para
podermos propiciar sessões em pacientes , clientes, alunos , amigos, parentes, cônjuge e filhos . Desta forma teremos cada vez mais indivíduos
conscientizados e plenos de sua exis tência. Conseqüentem ente um mundo melhor.

O ideal romântico

Não muito difícil, durante as sessões, o cliente pode se sentir nutrido, apoiado e amado, uma vez que ficou apenas sonhando. Seu coração está
aberto e ele terminou de experimentar algo forte, além de qualquer experiência anterior. O mito romântico da cultura ocidental foi disparado!
Nos sa alma gêmea, nossa outra metade no mom ento da noss a criação celes tial que temos que encontrar nes sa vida, a quem possamos amar
e cres cer juntos, até chegarmos aos portões do céu. É fácil o terapeuta ocupar tal lugar para o cliente, por causa de nossa express ão pura e da
nos sa melhor intuição quando canalizam os e tomam os espaço. O cliente poderia nos perceber de outra forma se pudess e ter um quadro mais
precis o de quem som os.

Abraços.

Os clientes poderão abraçá-lo durante o Watsu. O motivo pode ser inocente como o de um a criança precis ando de aproximação. Estes abraços
tendem a ir e vir conforme o movimento flui. Abraços com uma conotação erótica, vindos de uma mente adulta, podem acontecer como uma
projeção e não é bom para o cliente que o terapeuta permita.

Toque

Um dos componentes diferenciais integrantes do Watsu é o contato intimista que propicia conforto e aconchego. A proximidade segura que o
terapeuta atua, propicia um nível de entrega mais elevado e toca na profundidade dos s entimentos e emoções do cliente. Es tabelecer um a
relação cliente-terapeuta de confiança e empatia é uma das metas de uma sessão profissional de Watsu. Somente desta forma o objetivo
terapêutico físico e psíquico terá a maior probabilidade de sucesso.
Em alguns trabalhos corporais e de mas sagem, se faz necess ário que o cliente aprenda a receber para que a s ess ão seja bem s ucedida. No
Watsu não é muito diferente. Valendo lem brar que clientes que já receberam massagem em solo s ão relativamente mais hábeis em receber
uma prim eira sessão. Muitas vezes teremos mais suces so somente em sessões vindouras a primeira. Em alguns casos, podemos também
nos enganar com o efeito do trabalho acreditando que, o fato de o cliente ter fletido os mem bros com dificuldade revele que o objetivo não foi
alcançado e ao receberm os o relato do cliente custamos em acreditar que ele realm ente relaxou.
Es ta proximidade do trabalho na sua grande maioria das vezes é bem s ucedida, porém para alguns ela pode ser ameaçadora e de difícil
ass imilação. Para es tes , podemos trabalhar com mais dis tância em princípio e ens iná-los que o contato com outras pes soas é alimentador e
neces sário.
Em outros casos o próprio terapeuta poderá ter dificuldade em se aproximar dos clientes com o necess ita ser.

Lim ites

Segundo Harold Dull – “Exis tem limites para quantidade de press ão ou de alongamento que as pes soas podem suportar e limites para o grau
de proximidade ou intimidade que es tas podem aceitar”. Muitas pess oas percebem como seu limite um espaço muito aquém do que aquilo de
que são capazes. O Wats u pode ajudá-la a s e aproximar dess a m aior capacidade ao conduzi-la a ess a área inexplorada entre seus limites
percebidos e os reais. Is so não pode ser forçado. Quando alguém diz. “Es te é o meu limite”, este de fato é o limite des sa pes soa. Nós não
tentam os quebrar a resistência de ninguém. Is so só provocaria mais resis tência. O Watsu flui por m eio do que era percebido como limite, s em
criar resis tência. O praticante de Wats u deve tomar cuidado para não ultrapass ar os limites reais da pess oa. A pos sibilidade de que is so
aconteça é diminuída pela lentidão com que movemos e alongam os as pess oas . Outra razão para manter o movim ento lento do Wats u é que
muitas pessoas ficam tontas e enjoadas se as virarmos depress a demais na água.

Exis tem patologias psíquicas onde os elementos acometidos são extremamente avess os ao toque. Estes relatam que se sentem como se
seus s entimentos e emoções fos sem colocados à mos tra para quem os toca. O medo, o eterno vilão, é o causador desta situação.

O termo mas sagem integrou-s e de uma forma pejorativa, cheia de m ás interpretações e preconceitos em noss o país . Mesm o nos dias atuais
com m uita informação, exis tem pessoas deturpadas em relação ao toque profissional. Mesm o s endo nosso país um local onde us amos trajes
de banho para irmos a praia e a piscinas e estarm os acostumados a expor nossos corpos; o toque ainda é tabu. Tudo decorrente da educação
machista e latina que faz parte de nos so his tórico como povo bras ileiro. Diante desta s ituação devemos trabalhar com cuidado e paciência para
que a verdadeira essência do Watsu seja alcançada com s ucess o. Porém, sem medo.

Lim ites de peso e tam anho

Tudo bem ter limites de peso e tamanho em relação aos seus clientes e se recus ar a trabalhar com pessoas que os exceda. Os flutuadores
podem s er colocados, tornando homens grandes e dens os leves e de fácil manipulação. Uma pes soa grande, entretanto, não importando o
quanto “flutue” bem, pode s er desajeitada e es tres sante no Wats u, especialmente para mulheres de estatura baixa e em água muito profunda.

Sendo claro em relação a limites

Ser claro em relação aos limites no trabalho é uma responsabilidade que tem os com nós mesm os. Não conseguirem os prever todas as
situações e nossas reações a elas, mas no meio de uma experiência nós saberemos.

Como? Se nos sentirmos desconfortáveis com o comportamento do cliente, algum limite pessoal foi atravess ado. É tão simples. Qualquer ação
ou verbalização de nosso cliente que não nos permita relatar dentro do espírito complacente do Watsu, canalizar noss o amor e manter o
espaço, precisa ser comunicada. Você deve falar.

Tão im portante quanto a nossa clareza em relação aos limites é a nossa habilidade ao colocá-los quando for necessário. Nós esclarecemos
limites nas palavras que usamos no anúncio, no questionário do início e na nossa explicação verbal, contato visual direto e linguagem corporal
sem margem para ambigüidade m ostram o seu íntimo com clareza. Apesar das melhores apresentações, talvez ainda s eja necessário traçar
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sem margem para ambigüidade m ostram o seu íntimo com clareza. Apesar das melhores apresentações, talvez ainda s eja necessário traçar
limites durante a s ess ão. Aqui estão algumas técnicas “aprovadas em campo”, que se des envolvem de uma maneira elegante para uma
comunicação direta, s em confundir o cliente. É melhor comunicar imediatamente do que tolerar uma situação desconfortável na esperança que
esta desapareça.

- Silenciosam ente retire aquela mão e mude de posição.


- Tire a cabeça para fora d’água para conversar: “Nome do cliente: você pode me ouvir? Você não precis a retribuir. Você terá mais da ses são se
receber pas sivamente”.
- Convers ando uma s egunda vez: “Eu não m e s into bem com você m e tocando. Não me sinto à vontade com você m e tocando (diga o nome da
parte do corpo que está s endo tocada)”.
- Convers ando pela última vez: “Se você me acariciar novam ente / continuar a me tocar, eu vou ter que parar a sessão. Entendeu?” Com isto,
você dá uma es colha e uma cons eqüência.
- Se depois disto tudo seu cliente persis tir no comportam ento, leve-o para a parede e diga: “A ses são term inou”. Sim, ele enervou você. Não há
neces sidade de maiores explicações ou de defes a. Ao apresentar uma parede lis a e fria, você não oferece mais esperança ou indicação de
receptividade, is to é aconselhado por psicólogos em situações s emelhantes.
- Se nós nos sentimos seguros dentro de limites claros podem os atender um cliente. Ao invés de entrarm os em pânico quando algo acontece,
podemos conversar sobre isto: “Percebo que você es tá tentando me tocar. O que você acha disto?” Dar importância para um comportamento,
pos sivelm ente a chave de um problema, é ajudar seu cliente.
- Um cliente apaixonado no final de uma sessão é outra situação que você encontra ocasionalmente. A própria clareza de intenções e a energia
que colocamos previnem situações embaraçosas . Se elas continuarem a s urgir, talvez exista algo aí para ser trabalhado. Conversar com uma
pes soa ass im faz com que ele fique cons ciente, ao invés de apoiar o fluir de um s entimento.

Como podemos agir num mom ento com o este? Aqui es tá um modelo:
- Reflita.
- Inform e e ajude a entender.
- Trace seus lim ites.

Aporte psicológico

Em bora o Wats u poss a aliviar dores emocionais causados por traum as psíquicos, o apoio psicológico profissional poderá s er necessário, já
que possivelmente os conteúdos psíquicos mobilizados devem ser direcionados de forma correta.
Profis sionais de Wats u, não ps icólogos , não fornecem psicoterapia ou aconselhamento, no entanto podem s er ouvintes ines tim áveis dando
apoio incondicional e sem julgamento.
Saber ouvir neste momento tam bém é importante. Expressões faciais do ouvinte ou qualquer movim ento que represente um a tentativa de
expressão pode ser danoso ao processo. Notada a necess idade de indicação de um psicólogo tam bém deve s er feita de forma sutil e com
muito cuidado. De preferência fazer com que o próprio cliente interprete que necess ita de um auxilio profis sional.
Explicar e ser claro em relação ao seu limite como profissional também é necess ário e de bom tom . Caso tenha o contato de um profiss ional
para indicar é aconselhável, lembrando s empre de fazer com muito cuidado e sensibilidade, que são características dos profis sionais de
Watsu.

Trans ferência

Es te é um termo em psicologia que denota quando um paciente com eça a se relacionar com o terapeuta como um dos pais ou uma figura de
autoridade. Isto pode acontecer nos prim eiros estágios do Watsu, quando ele se sente no útero, ou de volta à infância. Enquanto o cliente
retrocede, o terapeuta é tomado como um dos pais ou avós , ou qualquer pessoa que tenha s e doado no passado. Se esta percepção continua
depois da sessão, o cliente pode s e s entir vulnerável por causa da experiência, devido a um equilíbrio des igual de poder entre pais e filhos.
Es pecialmente para aqueles que foram vítim as de abus o s exual, qualquer confusão por parte do terapeuta em relação à intimidade com seus
clientes, poderia perpetuar em um padrão extremamente negativo e, até mesmo, destruir as chances de o cliente um dia chegar a um a base
sólida.

É importante res saltar que ass im como existe a transferência, existe também a contratransferência, onde o terapeuta vê o cliente como a figura
de uma autoridade.

Fontes :

Livro: Watsu, exercícios para o corpo na água – Harold Dull – Summus 2001

Apostila Watsu I e II – Alexander Georkoupoullos – 1997 - 1998

Site watsu.com – wats ubras il.com – aquabrasil.info

Apostila Watsu I - Peggy Schoedinger, PT

Apostila Halliwick - James McMilan

Exercícios Terapêuticos. Fundamentos e Técnicas. Caroly Kisner e Lyumm Allen Colbi

Consciência através dos Movim entos – Moshe Feldenkrais

Nas cimento na água - Dr. Tcharkovsky

Mús culos provas e funções – quarta edição. Florence Peters on Kendall. Elizabeth Kendall Macreray e Patricia Geise Provance

Wats uBrasil s ince 1997

watsubrasil.com/manual_portuges.html 12/12

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