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Artigo original Odontologia legal

Análise do mercado de trabalho


odontológico na Região Sudeste do Brasil
An analysis of the dentistry job market
in the Southeast Region of Brazil

Recebido em: jul/2008 RESUMO


Aprovado em: out/2008 OBJETIVO: Avaliar o mercado de trabalho do cirurgião-dentista nas diferentes especialidades
na Região Sudeste do Brasil, além de avaliar a relação cirurgião-dentista/habitante e especialista/
Luiz Renato Paranhos habitante, visando melhorar a compreensão dos rumos da profissão, direcionando a atuação pro-
Especialista em Ortodontia fissional. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram coletados dados do Conselho Federal de Odontologia e do
– AMO/Dental Press, Mestre e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. RESULTADOS: Todos os estados da Região Sudeste do
Especialista em Odontologia Legal país apresentam índices maiores (menor proporção entre habitantes por cirurgião-dentista) que
e Deontologia – FOP/Unicamp o recomendado pela Organização Mundial de Saúde (1:1.500). Esta região concentra 56,16% do
total de especialistas de todo o Brasil, englobando as diferentes áreas reconhecidas pelo Conse-
Adilson Luiz Ramos lho Federal de Odontologia. CONCLUSÃO: O mercado de trabalho para os especialistas da Região
Mestre e Doutor em Ortodontia e Sudeste das áreas de prótese bucomaxilofacial, odontogeriatria, patologia bucal, odontologia do
Ortopedia Facial, professor dos cursos de trabalho e estomatologia apresenta-se com melhor proporção cirurgião-dentista/habitante. A
Especialização em Ortodontia da UEM, maioria dos especialistas no Brasil pertence ao gênero feminino.
Cesumar e Amo, coordenador DESCRITORES: mercado de trabalho; exercício profissional; assistência odontológica; edu-
do Programa de Pós-Graduação - cação em odontologia.
Mestrado em Odontologia - UEM
ABSTRACT
Marco Antônio Scanavini To evaluate the job market for dental surgeons, within their different specialties, in the Sou-
Diretor da Faculdade de Odontologia theast region of Brazil, in addition to evaluating the dental surgeon/inhabitant and specialist/
da Umesp, Coordenador e Professor inhabitant ratios. The study aims to better understand the trends in this profession, and also
Doutor do Programa da Pós-Graduação suggests fields of professional activity. MATERIALS AND METHODS: Data was collected from the
em Odontologia da Umesp Brazilian National Council of Odontology and the Brazilian National Institute of Geography and
Statistics. RESULTS: All of Southeast region states of Brazil have higher professionals/ inhabi-
Ivan Delgado Ricci tants’ ratio levels than recommended by the World Health Organization (1:1,500). That region
Especialista em Saúde Coletiva – CPO concentrate 56.16% of all specialists in Brazil, encompassing the different specialties recogni-
São Leopoldo Mandic, mestrando zed by the Brazilian National Council of Dentistry CONCLUSION: The job market for specialists
em Ortodontia pela Faculdade de in this region that presents less competition are: Bucofaxilofacial, Prosthetics, Odontogeriatrics,
Odontologia da Umesp Mouth Pathology, Workplace Dentistry and Stomatology areas. The majority of specialists in
Brazil are female.
Autor para correspondência DESCRIPTORS: job market; professional practice; dental care; dental education.
Luiz Renato Paranhos
Rua Padre Roque, 958 RELEVÂNCIA CLÍNICA
Centro O fluxo de pacientes para o consultório privado está cada vez mais crítico. As causas são
13800-033 – Mogi Mirim – SP diversas, algumas serão expostas aqui, proporcionando ao cirurgião-dentista uma melhor com-
Telefax: (19) 3022-1422 preensão sobre os rumos da profissão, direcionando o campo de atuação profissional.
paranhos@ortodontista.com.br

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PARANHOS LR, RAMOS AL, SCANAVINI MA, RICCI ID

INTRODUÇÃO E REVISÃO DA LITERATURA (79.632.032). A médio e longo prazo, o gênero feminino pode-
Atualmente a maioria dos cirurgiões-dentistas tem difi- rá responder pela maior parte da odontologia no Brasil8.
culdade quanto ao fluxo de pacientes no consultório, sen- Recentes estudos avaliaram as alterações no mercado de
do uma das principais causas a situação sócio-econômica e trabalho oriundas das mudanças na realidade social. Jun-
cultural da população, além também da má distribuição dos queira et al.13, em 2005, compararam dados estatísticos do
profissionais no país. Conselho Federal de Odontologia (CFO), Instituto Brasileiro
Há sete anos, 12 mil formandos eram lançados no mer- de Geografia e Estatística (IBGE) e Secretaria de Estado da
cado de trabalho a cada ano1,2,3, e, hoje, são lançados apro- Saúde de São Paulo, para descrever as discrepâncias regionais
ximadamente 9 mil profissionais, mostrando que houve uma na concentração de cirurgiões-dentistas, mostrando que as
diminuição no interesse pelo curso. Não se trata mais de uma regiões Sul e Sudeste do país, que concentram a maior parte
escolha individual, mas de problemas coletivos como: baixa da renda do Brasil, abrigam não só o maior número de univer-
remuneração da profissão; perda de prestígio social da Odon- sidades, mas também o maior número de cirurgiões-dentistas,
tologia; escassez de empregos; taxas de regulamentação da demonstrando números distintos dos descritos pela Organi-
profissão; impostos, entre outros. zação Mundial da Saúde (OMS). Outro dado discrepante co-
Mesmo com a falta de interesse de vestibulandos em escolher mentado refere-se ao acesso restrito de parte da população
como carreira a odontologia, hoje há no Brasil 219.778 cirurgiões- ao serviço, a maioria não tem condições econômicas de pagar
dentistas, localizados principalmente na Região Sudeste4. pelo tratamento, e o serviço público não consegue atender
No passado, a pós-graduação era um diferencial competi- a toda esta demanda. Os autores propõem como solução a
tivo, mas, atualmente, com o número de cursos Lato e Stricto interiorização, com o objetivo de reduzir estas discrepâncias
Sensu se multiplicando de maneira vertiginosa, todo profis- regionais, assim como a busca por outros setores do mercado
sional tem a possibilidade de se especializar. No território pouco explorados.
brasileiro, distribuídos de forma desigual, existem 397 cursos Também sugerindo a interiorização, Paranhos et al. 17
de especialização credenciados (em andamento nas entidades (2008) avaliaram as modificações que ocorreram no mercado
de classe) e 433 cursos de especialização reconhecidos (em de trabalho do cirurgião-dentista quanto à distribuição de
andamento nas faculdades), nas diferentes especialidades profissionais clínicos gerais e ortodontistas, a partir de 1967,
odontológicas4. nos estados brasileiros, visando melhorar a compreensão dos
A especialização é inegavelmente importante1, porém, rumos da profissão. Concluíram que todas as capitais brasi-
parte da população ainda prefere o clínico geral, por gerar leiras apresentam índices maiores (menor número de habi-
uma relação de confiabilidade e adaptação entre o cirurgião- tantes por cirurgião-dentista) que o recomendado pela OMS,
dentista e o paciente5. diferentemente do interior dos estados, onde se observou a
A globalização resultou em uma competitividade para todas proporção menor que 1:1.500. O mercado de trabalho para o
as profissões contemporâneas1. Assim, a emulação e a seleti- especialista em ortodontia também mostrou-se mais promis-
vidade se transformaram em fatores presentes na vida profis- sor no interior, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
sional, fazendo com que o cirurgião-dentista, cada vez mais, Dessa forma, o presente trabalho buscou avaliar, na região
torne-se um empreendedor e diligente, possuidor de qualida- Sudeste do Brasil, as modificações que ocorreram no merca-
des técnicas e científicas, que desenvolvam competências ad- do de trabalho do cirurgião-dentista, quanto à distribuição
ministrativas3. Porém, um mercado saturado responde pouco a de profissionais das diferentes especialidades odontológicas,
todos os esforços que os cirurgiões-dentistas realizam. analisando também a relação quanto ao gênero, além de ava-
O estudo do mercado profissional tem aumentado de for- liar a relação cirurgião-dentista/habitante e especialista/ha-
ma considerável. Alguns autores6,7,11 investigaram a melhor bitante, visando melhorar a compreensão dos rumos da pro-
opção para a escolha do local de trabalho, proporcionando fissão, sugerindo campos de atuação profissional.
subsídios aos profissionais quando da instalação dos seus
consultórios. O conhecimento do perfil atual do profissional, MATERIAIS E MÉTODOS
suas ansiedades com relação ao mercado de trabalho odon- Os dados utilizados para a elaboração deste trabalho fo-
tológico e as expectativas relacionadas à profissão que exer- ram obtidos no site do Conselho Federal de Odontologia 4, e
cem 9, local de atuação profissional, atendimento a convênios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística15, bem como
e docência10, somados à crescente queda da remuneração do dos relatórios emitidos pelo CFO. Através dos relatórios emi-
cirurgião-dentista e o aumento da assistência odontológica tidos pelo CFO, obteve-se os números de cirurgiões-dentistas
suplementar no mercado, também são preocupações da nossa e de especialistas por Estado da Região Sudeste do Brasil, dos
categoria profissional12 últimos cinco anos.
Realmente, o perfil profissional vem sendo alterado, e o No site do IBGE15 foram colhidas informações relativas à
aumento da participação feminina no mercado de trabalho população residente nos diferentes estados da região Sudes-
odontológico parece seguir a tendência demográfica, que, te, e, a partir dos dados coletados, foram calculadas as re-
há aproximadamente dez anos, apontava uma pequena dife- lações especialista/habitante e cirurgião-dentista/habitante,
rença entre a população masculina (77.447.541) e a feminina comparados com o índice recomendado pela OMS, avaliando

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assim o mercado profissional odontológico. sional são fundamentais1,13 e um dever para o cirurgião-den-
tista, previsto no Código de Ética Odontológica16. O número de
RESULTADOS E DISCUSSÃO cursos de especialização na Região Sudeste era de 28.717 e,
O Quadro 1 apresenta a situação da relação cirurgião- em cinco anos, praticamente duplicou, chegando atualmente
dentista/habitante na Região Sudeste do Brasil, demonstran- em 588 cursos (Quadro 2), mostrando mais uma vez a má dis-
do que todos os estados possuem proporção maior do que a tribuição do ensino. O Ministério da Educação (MEC) é um dos
sugerida pela OMS (1:1.500). Um dos fatores deste resultado, responsáveis por este fato, pois promoveu a mercantilização
já previsto, é a grande quantidade de faculdades de odontolo- do ensino no Brasil, autorizando a abertura indiscriminada de
gia nesta região, mostrando a má distribuição do ensino. novos cursos18.
A abertura de novos cursos teve um grande crescimento Assim, os quatro estados desta região possuem 56,16% dos
perto dos anos 1990, chegando a 170 cursos. Hoje, há 188 especialistas do Brasil, nas diferentes áreas reconhecidas pelo
cursos, a maioria concentrada nesta região, em especial no Conselho Federal de Odontologia, conforme mostram os Qua-
Estado de São Paulo (Quadro 1). Esta má distribuição é um dros 3, 4, 5 e 6. O presente trabalho ainda mostra que São Paulo

Total CDs CDs % Geral População CD: CD Especialista:


Especialistas CDs - Brasil (IBGE 2007) Habitante Habitante

Espírito Santo 4.034 1.167 1,84% 3.351.669 1:830,85 1:2.872,04

Minas Gerais 26.685 6.474 12,17% 19.273.506 1:722,26 1:2.977,06

Rio de Janeiro 25.789 8.604 11,76% 15.420.375 1:597,94 1:1.792,23

São Paulo 71.549 16.178 32,62% 39.827.570 1:556,65 1:2.461,84

Total Região Sudeste 128.057 32.423* 58,39% 77.873.120 1:608,11 1:2.401,79

Total Brasil 219.322 57.728 100% 183.987.291 1:838,89 1:3.187,14


*(56,16% dos Especialistas do país)
QUADRO 1
Proporção de cirurgião-dentista, clínicos gerais e especialistas por habitante, nos estados da Região Sudeste do Brasil

dos fatores que favorece a difícil situação da Odontologia na tem um número de especialistas maior do que Espírito Santo,
Região Sudeste, disparidade já relatada em outros estudos13. Rio de Janeiro e Minas Gerais somados.
Vários trabalhos mostram esta imparidade vivida pela A proporção especialista/habitante também é exposta nos
Odontologia1,6,7,8,12,13,14. Grande parte dos profissionais, ao se Quadros 3, 4, 5 e 6, mostrando que a procura é maior por algu-
formar, procura grandes centros ou acaba se fixando próximo mas especialidades, em particular a endodontia e ortodontia,
à região onde cursou a graduação 13. Um dos motivos pode que lideram o ranking, sendo as mais procuradas nos quatro
ser a facilidade ou a busca, cada vez maior, por cursos de estados. Em contrapartida, a prótese bucomaxilofacial, a odon-
especialização. togeriatria, a patologia bucal, a odontologia do trabalho e a
De fato, a especialização e a constante capacitação profis- estomatologia são as especialidades menos procuradas, com-

Faculdades Reconhecidos Credenciados Total de cursos de %


especialização

Espírito Santo 3 10 6 16 2,86

Minas Gerais 22 83 51 134 23,97

Rio de Janeiro 20 82 47 129 23,08

São Paulo 50 181 99 280 50,09

Total Região Sudeste 95 356 203 559 67,35%

Total Brasil 188 433 397 830 100%

QUADRO 2
Número de faculdades de Odontologia e de cursos de especialização, reconhecidos e credenciados, nos estados da Região Sudeste do Brasil

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preendendo campos de atuação que podem ser explorados. O 2. O mercado de trabalho para o especialista nesta região
tratamento das manifestações bucais em pacientes submetidos apresenta menor concorrência nas áreas de prótese bucoma-
à quimioterapia e/ou radioterapia está ganhando espaço no xilofacial, odontogeriatria, patologia bucal, odontologia do
mercado odontológico, reafirmando assim que a estomatologia trabalho e estomatologia;
é uma especialidade ainda promissora19. 3. O número de profissionais clínicos gerais e especialistas
O Gráfico 1 mostra o número total de especialistas por gê- do gênero feminino tem aumentado consideravelmente, o que,
nero no Brasil, predominando o feminino em quase todas as es- a médio e longo prazo, demonstra que a odontologia no Brasil
pecialidades (Gráfico 2). Este fato demonstra que as mulheres poderá ser desempenhada na maior parte por mulheres.
estão se tornando a maioria no mercado odontológico12. Os resultados do presente trabalho confirmam que o ci-
rurgião-dentista, antes da instalação de seu consultório ou
CONCLUSÃO clínica odontológica, deve realizar um levantamento da pro-
Com base nos resultados encontrados na presente pesqui- porção de habitantes/profissionais para a escolha adequada
sa pode-se concluir que: do local, buscando a interiorização, melhorando assim as
1. Nenhum Estado da Região Sudeste do Brasil apresenta chances de sucesso profissional.
o índice recomendado pela OMS, sendo que a maioria apre- Estudos como este são recomendados para cada cidade da
sentou proporção maior que a preconizada, que é de 1:1500; região onde se pretende atuar.

ESPÍRITO SANTO – POPULAÇÃO 3.351.669

Especialidade Odontológica Número de Inscritos Acumulados Proporção Especialista: Habitante


2003 2004 2005 2006 TOTAL 2007
CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA 28 31 34 41 43 1:77945,79
BUCO-MAXILO-FACIAIS
DENTÍSTICA 52 65 67 82 86 1:38972,89
ENDODONTIA 117 129 136 157 184 1:18215,59
ODONTOLOGIA LEGAL 3 3 3 5 5 1:670333,80
ODONTOPEDIATRIA 106 111 112 121 131 1:25585,26
ORTODONTIA 79 99 110 147 172 1:19486,45
PATOLOGIA BUCAL 6 6 7 7 7 1:478809,85
PERIODONTIA 98 105 124 148 154 1:21764,08
PRÓTESE BUCO-MAXILO-FACIAL 0 0 0 0 0 -
PRÓTESE DENTÁRIA 75 80 93 120 125 1:26813,35
IMPLANTODONTIA 15 30 36 43 59 1:56807,95
ESTOMATOLOGIA 3 3 3 4 6 1:558611,50
SAÚDE COLETIVA 6 10 13 23 25 1:134066,76
RADIOLOGIA ODONTÓLOGICA 49 52 57 62 71 1:47206,60
E IMAGINOLOGIA
DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR 18 19 19 19 20 1:167583,45
E DOR-OROFACIAL
ODONTOLOGIA DO TRABALHO 3 5 13 17 17 1:197157,00
ODONTOLOGIA PARA PACIENTES 9 9 10 12 12 1:279305,75
COM NECES. ESPECIAIS
ODONTOGERIATRIA 8 8 8 9 9 1:372407,66
ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES 27 27 27 28 28 1:119702,46

ESPECIALIDADE COM MAIOR NÚMERO DE INSCRITOS NO ESTADO


ESPECIALIDADE COM MENOR NÚMERO DE INSCRITOS NO ESTADO

QUADRO 3
Proporção de crescimento do número de especialistas no Estado do Espírito Santo

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Odontologia legal

MINAS GERAIS – POPULAÇÃO 19.273.506


Especialidade Odontológica Número de Inscritos Acumulados Proporção Especialista: Habitante
2003 2004 2005 2006 TOTAL 2007
CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA 185 195 205 216 224 1:86042,44
BUCO-MAXILO-FACIAIS
DENTÍSTICA 365 399 421 447 467 1:41270,89
ENDODONTIA 827 893 962 1018 1068 1:18046,35
ODONTOLOGIA LEGAL 18 22 29 31 39 1:494192,46
ODONTOPEDIATRIA 612 665 694 726 745 1:25870,48
ORTODONTIA 614 718 773 857 955 1:20181,68
PATOLOGIA BUCAL 16 18 19 22 27 1:713833,55
PERIODONTIA 642 694 745 800 849 1:22701,42
PRÓTESE BUCO-MAXILO-FACIAL 3 3 3 3 3 1:6424502
PRÓTESE DENTÁRIA 640 688 733 777 816 1:23619,49
IMPLANTODONTIA 95 110 130 169 210 1:91778,60
ESTOMATOLOGIA 15 19 24 29 33 1:584045,63
SAÚDE COLETIVA 97 118 140 157 179 1:107673,21
RADIOLOGIA ODONTÓLOGICA 337 361 381 407 427 1:45137,02
E IMAGINOLOGIA
DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR 47 62 63 71 74 1:260452,78
E DOR-OROFACIAL
ODONTOLOGIA DO TRABALHO 13 21 21 21 24 1:803062,75
ODONTOLOGIA PARA PACIENTES 24 29 31 31 35 1:550671,60
COM NECES. ESPECIAIS
ODONTOGERIATRIA 12 18 20 22 22 1:876068,45
ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES 155 185 190 197 215 1:89644,21

ESPECIALIDADE COM MAIOR NÚMERO DE INSCRITOS NO ESTADO


ESPECIALIDADE COM MENOR NÚMERO DE INSCRITOS NO ESTADO

QUADRO 4
Proporção de crescimento do número de especialistas no Estado de Minas Gerais

ESPECIALISTAS POR GÊNERO

52% 48% MASCULINO


FEMININO

GRÁFICO 1
Proporção de cirurgiões-dentistas especialistas por gênero no Brasil

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PARANHOS LR, RAMOS AL, SCANAVINI MA, RICCI ID

RIO DE JANEIRO – POPULAÇÃO 15.420.375


Especialidade Odontológica Número de Inscritos Acumulados Proporção Especialista: Habitante
2003 2004 2005 2006 TOTAL 2007
CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA 239 255 275 308 330 1:46728,41
BUCO-MAXILO-FACIAIS
DENTÍSTICA 287 338 399 489 547 1:28190,81
ENDODONTIA 968 1073 1220 1392 1522 1:10131,65
ODONTOLOGIA LEGAL 29 37 41 46 50 1:308407,50
ODONTOPEDIATRIA 816 879 976 1078 1148 1:13432,38
ORTODONTIA 855 945 1042 1172 1302 1:11843,60
PATOLOGIA BUCAL 17 26 30 38 45 1:342675
PERIODONTIA 565 651 756 878 965 1:15979,66
PRÓTESE BUCO-MAXILO-FACIAL 4 4 4 4 4 1:3855093,70
PRÓTESE DENTÁRIA 430 488 572 696 786 1:19618,80
IMPLANTODONTIA 53 82 109 160 209 1:73781,70
ESTOMATOLOGIA 59 83 97 112 132 1:116821,02
SAÚDE COLETIVA 89 109 134 176 202 1:76338,49
RADIOLOGIA ODONTÓLOGICA 703 722 753 800 821 1:18782,43
E IMAGINOLOGIA
DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR 39 52 60 74 78 1:197697,11
E DOR-OROFACIAL
ODONTOLOGIA DO TRABALHO 21 24 38 70 107 1:144115,65
ODONTOLOGIA PARA PACIENTES 29 30 32 37 40 1:385509,37
COM NECES. ESPECIAIS
ODONTOGERIATRIA 9 15 20 24 26 1:593091,34
ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES 159 170 177 193 209 1:73781,70

ESPECIALIDADE COM MAIOR NÚMERO DE INSCRITOS NO ESTADO QUADRO 5


ESPECIALIDADE COM MENOR NÚMERO DE INSCRITOS NO ESTADO Proporção de crescimento do número de especialistas no Estado do Rio de Janeiro

ESPECIALIDADE POR GÊNERO NO BRASIL


6000
6156

5000
5034
4902
NÚMERO DE CDs

3249
4332

4000
3868
3760

3414

3000 MASCULINO
2653

FEMININO
2453
2323

2000
2209
1957
1691

1443

1000
555

172
160
1124

158
141

34
13

527
198
267
464
854

408
288
126
140
81
271
81
105
632
979

0
CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA
BUCO-MAXILO-FACIAIS

DENTÍSTICA

ENDODONTIA

ODONTOLOGIA LEGAL

ODONTOPEDIATRIA

ORTODONTIA

PATOLOGIA BUCAL

PERIODONTIA

PRÓTESE BUCO-
MAXILO-FACIAL

PRÓTESE DENTÁRIA

IMPLANTODONTIA

ESTOMATOLOGIA

SAÚDE COLETIVA

RADIOLODIA ODONTOLÓGICA
E IMAGINOLOGIA
DISFUNÇÃO TÊMPORO-
MANDIBULAR E DOR-OROFACIAL

ODONTOLOGIA DO TRABALHO

ODONTOLOGIA PARA PACIENTES


COM NECESSIDADES ESPECIAIS

ODONTOGERIATRIA

ORTOPEDIA FUNCIONAL
DOS MAXILARES

ESPECIALIDADES ODONTOLÓGICAS

GRÁFICO 2
Proporção de cirurgiões-dentistas, em cada especialidade, por gênero no Brasil

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Odontologia legal

SÃO PAULO – POPULAÇÃO 39.827.570


Especialidade Odontológica Número de Inscritos Acumulados Proporção Especialista: Habitante
2003 2004 2005 2006 TOTAL 2007
CIRURGIA E TRAUMATOLOGIA BUCO-MAXI- 751 805 875 940 1009 1:39472,32
LO-FACIAIS
DENTÍSTICA 810 874 926 994 1047 1:38039,70
ENDODONTIA 1881 2003 2090 2214 2350 1:16947,90
ODONTOLOGIA LEGAL 60 61 69 75 84 1:474137,73
ODONTOPEDIATRIA 2028 2136 2198 2273 2331 1:17086,04
ORTODONTIA 1743 2129 2367 2566 2743 1:14519,71
PATOLOGIA BUCAL 73 80 82 90 99 1:402298,69
PERIODONTIA 1471 1581 1704 1819 1938 1:20550,86
PRÓTESE BUCO-MAXILO-FACIAL 25 26 27 28 29 1:1373364,40
PRÓTESE DENTÁRIA 1221 1283 1339 1412 1497 1:26604,92
IMPLANTODONTIA 312 404 461 535 663 1:60071,75
ESTOMATOLOGIA 77 96 112 138 167 1:238488,44
SAÚDE COLETIVA 112 144 171 195 220 1:181034,40
RADIOLOGIA ODONTÓLOGICA 658 713 753 797 827 1:48159,09
E IMAGINOLOGIA
DISFUNÇÃO TÊMPORO-MANDIBULAR 160 204 233 245 262 1:152013,62
E DOR-OROFACIAL
ODONTOLOGIA DO TRABALHO 16 18 19 24 35 1:1137930,50
ODONTOLOGIA PARA PACIENTES 102 113 122 134 144 1:276580,34
COM NECES. ESPECIAIS
ODONTOGERIATRIA 29 31 38 40 42 1:948275,47
ORTOPEDIA FUNCIONAL DOS MAXILARES 501 551 560 571 584 1:68197,89

ESPECIALIDADE COM MAIOR NÚMERO DE INSCRITOS NO ESTADO


ESPECIALIDADE COM MENOR NÚMERO DE INSCRITOS NO ESTADO

QUADRO 6
Proporção de crescimento do número de especialistas no Estado de São Paulo

REFERÊNCIAS
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