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SUMÁRIO

Explicações Necessárias para o Leitor de "O Apocalipse", Comumente Chamado "A Revelação
de São João" .............................................................................................................................. 4

O Desenvolvimento da Iniciação Segundo "O Apocalipse" ....................................................... 23

Capítulo I .................................................................................................................................... 32

Capítulo II ................................................................................................................................... 35

Capítulo III .................................................................................................................................. 40

Capítulo IV ................................................................................................................................. 43

Capítulo V .................................................................................................................................. 45

Capítulo VI ................................................................................................................................. 48

Capítulo VII ................................................................................................................................ 51

Capítulo VIII ............................................................................................................................... 62

Capítulo IX ................................................................................................................................. 65

Capítulo X .................................................................................................................................. 68

Capítulo XI ................................................................................................................................. 70

Capítulo XII ............................................................................................................................... 79

Capítulo XIII .............................................................................................................................. 83

Capítulo XIV .............................................................................................................................. 86

Capítulo XV ............................................................................................................................... 89

Capítulo XVI .............................................................................................................................. 91

Capítulo XVII ............................................................................................................................. 94

Capítulo XVIII ............................................................................................................................ 97

Capítulo XIX .............................................................................................................................. 100

Capítulo XX ............................................................................................................................... 103

Capítulo XXI .............................................................................................................................. 106

Capítulo XXII ............................................................................................................................. 110

Bibliografia ................................................................................................................................ 112


DEDICATÓRIA

Dedicamos nossos profundos respeitos e agradecimentos aos Irmãos Maiores iluminados, que

nos precederam junto à Divindade, deixando seus ensinamentos, subjetivos e objetivos, verbais

e escritos, como luz que nos ilumina no caminho da Iniciação.

E dedicamos este humilde esforço a nossos irmãos que nos acompanham no Caminho, e aos

que virão depois, como um fulgor de Luz, recebido do Sol Central, até que "desça do Céu a

Cidade Santa, que não tinha necessidade de Sol, nem de Lua, para que nela resplandeçam;

porque a claridade de Deus a iluminou e o Cordeiro era seu lume".


EXPLICACÔES NECESSÁRIAS PARA

O LEITOR DE "O APOCALIPSE", COMUMENTE CHAMADO

"A REVELAÇÃO DE SÃO JOÃO"

1. O Apocalipse, ou Revelação de São João, para o leigo e para o materialista, é a

divagação de um homem louco que não tem nenhuma ilação, nem entre as idéias, nem

entre suas visões. Para a religião exotérica, é um livro sagrado que lança mão da

Teologia para formular certas interpretações literais e arbitrárias, porque a religião

exterior perdeu o significado oculto da obra, que assim ficou como um enigma

indecifrável, e a palavra Revelação, neste caso, significa colocar um véu sobre outro

véu.

2. Porém, a Revelação, ou o Apocalipse, para o Gnóstico, para o Iniciado, para a religião

esotérica, é um Desvendamento e uma verdadeira iniciação no mundo interior.

3. O Evangelho de São João é a Cosmogonia perfeita que interpreta de forma clara o

desenvolvimento da alma desde a Criação, enquanto. que o seu Apocalipse é o tratado

da evolução do homem nas idades futuras. No Evangelho e no Apocalipse de São

João, o Gnóstico e o Iniciado encontram todo o saber das idades passadas, presente e

futuras.

4. O Evangelho de São João é a primeira iniciação que explica de que modo o Espírito

Divino desceu à matéria "e. o verbo se fez carne" ou, como outros dizem: "Deus se fez

homem."

O Apocalipse é a segunda iniciação e demonstra como o homem se faz Deus. Desta

maneira, as duas obras foram entregues à custódia das igrejas exotéricas. Estas não

as compreenderam nem aproveitaram, à semelhança de camelos no deserto, que

morrem de sede estando carregados de água.

5. O mundo atual, que perdeu a fé nessas religiões com suas respectivas teologias

arbitrárias, pede a água da vida a outras fontes, que são a Gnose, ou a Ciência
Esotérica e Espiritual, ou o Cristianismo Místico, que em seu Espírito é igual a todas as

religiões esotéricas; encerra todos os arcanos das idades.

6. As duas obras, "O Evangelho" e "O Apocalipse", nos dão a interpretação do "Cristo

Místico" representado por Jesus, Jeshua, o Logos Solar, que nos assinala a verdade da

vida e o único caminho da vida eterna. Ele nos dá a chave da Gnose Divina que está

oculta, encerrada e enclausurada na mesmíssima Natureza do homem. Esta Ciência

Sagrada e espiritual é ignorada pelo homem; porém ele deve e pode desvendar seus

arcanos para poder voltar ao Éden de onde foi expulso pelos seus próprios atos e pelos

seus próprios desejos.

7. Porém, para que o leitor possa decifrar estes arcanos, devemos desvendar o homem,

"devemos conhecer-nos a nós mesmos", espiritual e fisicamente, antes de desvendar o

Apocalipse.

8. O mundo - o Macro e o Microcosmo -, o Universo e o homem são compostos de

energias atômicas inteligentes, diversas e infinitas.

9. O homem, em seu corpo, é a miniatura do Cosmo: tudo o que está em cima é igual ao

que está embaixo; e tudo o que está no Macrocosmo contém o Microcosmo: o homem.

10. O mundo das inteligências divinas, atômicas e diversas é o mundo interior do homem, o

mundo interior da Natureza.

11. O corpo é a emanação dessas inteligências que residem em todos os seus centros.

12. Não há inferno nem céu; não existe mal nem bem, senão no pensamento do homem.

13. Todo ser inspira e expira; porém o homem inspira, expira e pensa.

14. No pensamento está o verdadeiro e o falso, o bom e o mau; quando o homem chega a

distinguir entre os dois e a discriminar os dois para seguir a Lei Divina, converte-se em

Homem-Deus.

15. O átomo é uma inteligência viva que rodeia o pensamento, esperando a inspiração e a

expiração para nele penetrar.

16. Os átomos são anjos inteligentes e poderosos que, como o homem, têm suas
hierarquias; porém, no homem, obedecem a seus pensamentos e aspirações.

17. O homem que aspira e se concentra, abre um caminho que vai direto ao seu objetivo.

18. A Iniciação significa ir dentro em busca de Cristo, impulso que é o iniciador de toda

sabedoria; porém os átomos-anjos que residem no mundo interior do homem são como

arquivos, donos desta sabedoria.

19. O homem inspira e expira átomos afins a seus pensamentos: pensar e inspirar a beleza

é adquirir beleza; inspirar, concentrar e expirar átomos de luz leva-nos à iluminação.

20. O objetivo da Iniciação do Apocalipse, em nossa nova idade, é libertar nossos sentidos

da escravidão de nossos átomos inferiores criados por nós, para lograr a conquista de

nós, mesmos, como o fez o "Cordeiro".

21. O homem, segundo os sábios, é um Reino completo e perfeito e, segundo o

Apocalipse, é uma Cidade: para compreender essas alegorias temos que decifrá-las

claramente, no físico e no espiritual, por meio de comparações.

22. Começamos pelo Reino Físico: o homem como mundo pequeno, "Microcosmo", é

comparado à cidade capital rodeada de uma forte e compacta muralha: a pele.

Tem cimento resistente: o esqueleto, os ossos.

Elegantes edifícios: a carne e os músculos.

Ruas simétricas: as artérias.

Casas comerciais: forças receptor as e emissoras.

Muitos habitantes: átomos.

Caminhos traçados: sistemas circulatórios.

Comércio aberto: experiência.

Fábricas industriais: forças para o crescimento.

Tem um rei: o raciocínio ou a Razão que emana do coração.

Tem um ministro: a força que pensa, no cérebro central.

Um correio: a imaginação, na fronte.

Os informantes: os cinco sentidos.

Um caixeiro: a memória (o subconsciente) .


Um tradutor: o Verbo, na língua.

Um anotador: a mão.

Na cidade há habitantes maus e bons: os defeitos e as qualidades.

Os trabalhadores destas forças são oito: a atração, a afinidade, a retenção, a

digestão, a repulsão, o crescimento, a nutrição e a visualização.

23. Quando a razão é forte, todas as dependências da alma a obedecem.

24. Como não há igualdade entre as Criaturas de Deus, as forças da alma têm hierarquias

que obedecem às superiores e regem as inferiores: a paixão é dominada pela cólera; a

cólera tem que obedecer à Razão, e a Razão deve ser iluminada pela Luz da Grande

Lei, para conservar o equilíbrio e para que não reine a confusão.

25. Assim como em toda cidade há gente boa e má, na alma humana há defeitos e

qualidades. Os defeitos e vícios são os instintos vis, as paixões, a ambição, que

buscam o desequilíbrio e vão contra a razão; enquanto que as virtudes são o domínio

pessoal, o altruísmo e o amor, que buscam a paz e o equilíbrio. O Rei, ou a Razão, não

deve dar ouvidos aos maus, mas atender aos bons.

26. O ministro, o pensador, também deve ajudar o rei em sua administração, eliminando os

desejos baixos e vis, para o bem da cidade, conquistando-os assim para trabalhar em

prol do Reino. Porém, quando o pensador mostra fraqueza ante seus inimigos, deve

usar o poder da vontade desenvolvida contra eles, chamando em sua ajuda as forças

superiores para limpar o país das escórias, educar os que podem ser educados e

dominar os suscetíveis de serem dominados, aprisioná-Ios e eliminar os rebeldes

segundo a razão. Desta maneira, se não for possível ao homem dominar sua própria

ignorância será, entretanto possível elevar sua alma para que não seja enlameada por

suas imundícies, nem seja devorada por essa ignorância.


27. Os homens são três:

Um, que não obedeceu e que foi ferido e aprisionado por seus vícios.

Outro, que obedeceu e reinou sobre o seu mundo.

E outro, que às vezes obedece e outras vezes, desobedece: este feriu e foi ferido,

venceu e foi vencido e, segundo seus esforços, chegará à conquista ou à derrota.

28. No homem habitam três forças inimigas e contrárias: a imaginação, a cólera e o desejo

--- três inimigos necessários que o acompanham em sua viagem e sem eles o homem

não pode viajar. A imaginação vai adiante como arauto ou guia para dirigi-l o e

defendê--lo; porém esta é tão ignorante que muitas vezes mescla a mentira com a

verdade e converte a injustiça em eqüidade.

29. A cólera vai à sua direita para defender o homem; porém, sempre ataca e mata, e

muitas vezes até os próprios amigos. Nem conselho, nem doçura podem aliviar e

apagar o seu fogo: é como quem monta um cavalo sem rédeas, ou usa um veículo sem

freios: mata os que atravessam o seu caminho e fica sujeito a se despedaçar.

30. A paixão caminha à sua esquerda: é ela que lhe proporciona o alimento e a bebida,

porém é mais suja que um porco, pois às vezes lhe serve alimentos impuros e

impróprios. O homem é obrigado a aceitar e a acompanhar os três, até chegar a uma

terra santa, iluminada pela luz, onde o lobo e a ovelha vivem juntos, em harmonia e

paz.

Este é um pequeno resumo dos processos do Reino Físico do homem. Agora vamos

descrever o Reino Interno do mesmo, ou melhor dizendo, interpretar o Microcosmo

segundo a Ciência Espiritual Gnóstica.

31. O homem Microcosmo, segundo a ciência espiritual, é: Zero, Unidade, binário, trindade,

quaternário, quinário, senário, setenário, octonário, nonário, denário, etc., até o infinito.

O zero-Princípio é a causa sem causa, é Deus, o Intimo, ao qual ninguém jamais viu e

ninguém pode definir, e ninguém pode conhecer, a não ser por suas manifestações. É o

absoluto, o íntimo, o Todo que está no todo. É Deus no Apocalipse.


32. A Unidade é a primeira manifestação do Absoluto; é o primeiro atributo da Divindade; é

o Poder, o Primeiro Logos, o Pai na Trindade Cristã.

33. Porém, esse Poder ou Pai é uma manifestação abstrata, que, para ser objetiva,

necessita de uma segunda manifestação. Então a linha reta ou Unidade dividiu o

Círculo ou Zero em dois. O ângulo de duas linhas distintas, que partem de um único

ponto e se afastam, divergindo, representa a Dualidade. Desta maneira, vemos que a

Dualidade tem sua origem na Unidade.

34. O ponto central no qual se juntam as duas linhas é o mundo do Deus Intimo, ou o

sétimo, ou da Realidade; enquanto que as duas linhas atravessam os seis mundos

inferiores à Realidade, chamados mundos da manifestação ou da aparência da

Realidade: são a substância da essência, a forma do ser, a matéria em contraposição

ao Espírito.

35. Pela Dualidade se formam: o Céu e a Terra; o bem e o mal; a luz e a sombra; o espírito

e a matéria; o Pai e a Mãe; o Sol e a Lua; a expansão e a reunião; a necessidade e a

liberdade; Adão e Eva; cabeça e genitais; e, no Apocalipse, o Conquistador e a Besta.

36. A Divindade Una tem duas condições como bases de sua manifestação: o Universo e o

Homem. A Unidade da Dualidade, desde o cérebro do homem, é o princípio da Criação:

este é o tema do Evangelho de São João; a Unidade e a Dualidade desde a base

inferior da medula ou desde o YOD, cabalístico, é o retorno à Divindade: e este é o

objetivo da Iniciação do Apocalipse.

37. O Eu Sou emana da força vital em forma dual: positiva e passiva, por meio de dois

tubos ou cordões que descem por ambos os lados da espinha dorsal: Ida e Pingala.

Estes são as chamadas "Duas Testemunhas": o vago e o simpático.

38. Essas forças têm que se unir para formar a Trindade que se manifesta em fogo: este

fogo é chamado Kundalini, ou Serpente 19nea. O Apocalipse traduz este feito

chamando-o pelo que vence, o Vencedor, o Conquistador de si mesmo, o Deus

entronizado; e o Evangelho, pela ascensão de Cristo para sentar-se à direita do Pai. Os


três cordões manifestam os três aspectos da DIVINDADE ou da Trindade.

39. O homem é Trindade: a união das duas linhas do ponto central nos leva forçosamente

ao Ternário ou à Trindade ou Triunidade: O Deus Intimo, cuja essência é Poder,

Sabedoria e Ação, reflete em seu interior infinidades de formas inertes, nas quais Ele

não pode saber para atuar, nem tem poder sobre elas, nem por meio delas. Ele

conhece, mas elas não pensam; Ele quer, mas elas não desejam; Ele sabe, mas elas

não trabalham. Este conglomerado de formas denomina-se: matéria, forma, corpo.

40. A fim de que o íntimo possa ser o Conhecedor e o conhecido, o Eu e o Não-eu, foi

necessário estabelecer entre eles uma relação definida e dual, a saber: a consciência

de um Eu e o reconhecimento de sua contraparte, que é o Não-eu, e cuja presença, em

contraposição uma à outra, é necessária para que, devidamente, resulte o

conhecimento; desta maneira, para conhecer a Unidade do homem, temos que admitir

três divisões ou três entidades distintas e unidas. A demonstração das manifestações

na substância não significa que o homem tenha três Eus; mas apenas o único Eu

íntimo é quem conhece, quem quer e quem atua.

Assim como as cores dimanam das três cores primárias, assim também o íntimo se

manifesta no corpo de três modos, em forma de pensamento, vontade e ação.

41. O reflexo interior do homem é o conhecimento, fonte do pensamento. A concentração

interior é a vontade, raiz dos desejos.

A expressão no exterior é a energia ou a ação.

42. Estes são os três aspectos de Deus, ou as três pessoas em Deus: Pai, o poder; Filho, o

saber; e Espírito Santo, a ação.

43. Como todo reino, o reino interior do homem tem seus estados, hierarquias,

governantes, empregados, operários, etc...

44. O rei interior é o Deus íntimo, de quem não podemos dizer uma palavra, porque está

muito além da compreensão humana; porém temos o dever de crer Nele por suas

manifestações.
45. Este rei se manifesta pela Dualidade: Espírito e Matéria. O ternário é o Amor da

Dualidade, ou o filho dos dois: Pai, Mãe e Filho: Pai, Filho e Espírito Santo; cabeça,

peito e ventre: Poder, Sabedoria e movimento: Ida, Pingala e Shushumna, ou os três

tubos da medula espinhal: o vago, o simpático e o central.

46. Os demais números são, dentro do Reino, partes complementares, como dirigentes,

governantes, Reis, empregados, que residem cada qual em seu posto, obedecendo e

trabalhando segundo a vontade do Intimo, que acredita e manipula a sua criação

segundo leis infalíveis, baseadas em números, pesos e medidas, cujo objetivo é o

retorno à Unidade consciente. Os aspectos, atributos ou pessoas do Absoluto são

Deuses, mas não são o Absoluto.

47. As duas correntes que procedem do Eu Sou, do ponto central na cabeça, vitalizam, ao

descer, o sistema simpático e nervoso; porém, quando essas duas correntes se unem

em alguma parte inferior da medula, formam o circuito da força, ou o terceiro aspecto

ou Pessoa que tem que ascender novamente à cabeça. Esse mistério está simbolizado

pela ascensão de Cristo ao céu; é o Fogo Criador que se transforma em Luz, para a

iluminação do homem, e é o Vencedor do Apocalipse na Iniciação.

48. Porém, em todos os centros magnéticos do homem fluem essas três energias: a

energia que desce pelo cordão direito é a eletricidade positiva, é a ação do Primeiro

Princípio, o Pai, cujo átomo reside entre os olhos e é chamado átomo-Pai, ou Primeira

Divindade.

A energia que desce pelo cordão esquerdo é o terceiro princípio que, como a

primeira, diferenciou-se de si mesma e se manifestou em todos os planos como vida,

vivificando as diversas capas da matéria dos corpos astral e mental; de modo que, na

parte superior do corpo de desejos, ou astral, manifesta-se na forma de nobres

emoções, enquanto, na parte inferior, é um impulso de vida. Essa força emana de um

"Átomo do Espírito Santo" na glândula pineal e se manifesta, a partir do corpo de

desejos, por meio dos centros magnéticos, no corpo físico, onde se expressa a terceira
Energia chamada Fogo Serpentino, que é o resultado da união dos dois Princípios.

A Terceira Energia cujo átomo do Filho reside na glândula pituitária, é fogo e luz; é a

manifestação no plano físico; é o Cristo Crucificado na Matéria, e suas duas

polaridades são os dois ladrões: os três existem em todos os planos e formas.

49. Esses três aspectos da energia são regidos pelo desejo e pela vontade, aos quais

obedecem, e ambos são o aspecto inferior e superior de uma mesma potência.

50. A pureza nos três canais é tão necessária que, sem ela, não haverá uma boa

circulação, nem evolução.

51. O Intimo Inefável tem na cabeça três pontos, cada um dos quais é o fundamento de

cada um dos três aspectos.

52. O Pai tem seu fundamento num átomo chamado o Átomo do Pai, que se acha no

impenetrável ponto da base do nariz, ou entre os olhos, e cujo reino está na cabeça, e

é o céu no Apocalipse; reflete sua energia no fígado, centro de emoção.

O Filho tem seu fundamento num átomo da glândula pituitária, e seu reino está no

coração: na pituitária está o Filho de Deus; no coração há um átomo chamado NaUS,

que é chamado de Filho do Homem, porque o coração é o regente do sangue e do

pensamento que nutre o homem.

O Espírito Santo, cujo átomo está colocado na glândula pineal, domina sobre o

cérebro espinhal até as glândulas sexuais.

53. O Pai, na base do nariz, é o Poder Criador e Pensador. Tem a seu cargo os

movimentos voluntários.

O Espírito Santo é o Poder Criador pelos movimentos involuntários, como a

digestão, a assimilação, a circulação, os instintos, a atração natural, etc.

O Filho, no Coração, tem o Poder Criador pelo conhecimento e pelo amor.

54. Não há nem mal nem bem. Há lei. O mal é o abuso da lei. O bem é a obediência à lei.

Agora vamos ver como pode o Dragão que sobe do mar (a mente carnal da Natureza,

segundo o Apocalipse) abusar da lei e produzir o mal: a mente, como instrumento para
a aquisição do conhecimento, é inestimável quando obedece à lei do intimo para que

ele governe por meio de seus três aspectos; porém a mente está limitada pelos

instintos, pelos desejos, etc..., da Natureza Física e submersa na egoística Natureza

Inferior (que é a Besta) dificultando ao Intimo o governo do corpo.

55.- Quando a mente recebe influência do mundo interno, convida à quietude e à

concentração; porém o corpo mental está constituído e é influenciado pelo mundo

externo: tende a expressar-se por meio dos músculos criados pelo corpo de desejos,

que formam um caminho até ela, que está pronta a aliar-se ao desejo. Isto é o que

impede o Íntimo de manifestar-se por meio do movimento voluntário do organismo.

Então, o Íntimo toma outro caminho para dominar o corpo e se vale do átomo do

Espírito Santo na glândula pineal; este, entretanto, que domina o sistema cerebral e o

sistema nervoso simpático, tem um grande contendor na base deste sistema: é o

inimigo Secreto, entidade formada por todos os abusos do mesmo homem e que

domina a parte inferior do Sistema; defende-o, fazendo dele um sistema involuntário, de

maneira que os atos voluntários estão sob o domínio da mente e os involuntários são

regidos pelo instinto e pela sensação.

Então, não cabe ao Íntimo senão dominar o Átomo do Filho, regente do coração;

este órgão participa ao mesmo tempo dos atos voluntários da mente e dos involuntários

do Sistema Nervoso. É o único órgão do corpo que possui os dois movimentos e é o

mais obediente ao Íntimo.

56. A obra ativa do íntimo está no sangue, seja para alimentar o organismo, seja para

alimentar o sistema nervoso que dá vida a este; assim, o sangue se converte em

veículo da memória subconsciente, que mobiliza toda a maquinaria humana.

Ciclicamente, o sangue comunica a vontade do Íntimo cada vez que passa pelo

coração; assim, este órgão se converte em foco do Amor Altruísta e, ao mesmo tempo,

em órgão do Pensador. Por isso se diz: "O homem é tal como pensa em seu coração";

"Filho meu, dá-me o teu coração"; "Este povo me honra com seus lábios, porém seu
coração está longe de mim", etc.

57. A meta da Iniciação e do Apocalipse é reunir no coração o pensamento voluntário e o

Amor; assim, o homem se inicia no reino interior, no Reino de Deus, conscientemente;

seus impulsos intuitivos o guiam até a união com o Intimo. Desta maneira, o único

objetivo de todas as iniciações do mundo, inclusive do Apocalipse, é conquistar-se a si

mesmo para que o filho do homem se converta em Filho de Deus e em Deus.

58. Para que os três aspectos pudessem manifestar a Criação do Intimo Absoluto, a partir

do interior para o exterior, e toda manifestação objetiva, foi necessário que a Trindade

emanasse de si quatro elementos ou divindades que compõem a estrutura material do

mundo.

59.. Essas quatro divindades emanadas da Trindade se chamam: fogo, ar, água e terra. As

vibrações da Trindade nos quatro elementos ou divindades, chamados pela Bíblia

Elohim, formam ou constituem os elétrons; as combinações desses elétrons segundo o

número, pesos e medidas, formam a matéria.

60. Fogo, ar, água e terra não são divindades primárias, mas são mais aspectos pelos

quais se manifesta a matéria. As Divindades-Princípio são três, porém seus aspectos

ou manifestações na matéria são quatro.

61. Deste modo, pode-se resumir as explicações anteriores nos seguintes termos:

Criação: Unidade Completa.

Nous, um duplo: Binário.

Uma Trindade ou Divindades.

Elementos-Princípio numa manifestação.

1 + 2 = 3 são manifestações invisíveis; o 4, ou os quatro elementos, cristaliza a

manifestação invisível em visível.

62. O número 4 é a cruz (+) dos elementos sobre a qual o homem está colocado.

63. Os elementos do fogo tornam o homem violento; os do ar fazem-no inteligente e


reflexivo; os da água, sensível e impressionável; e os da terra, ativo. O objetivo da

iniciação é outorgar ao homem o equilíbrio. Os elementos correspondem às qualidades

morais do homem e estão representados pelos quatro animais da esfinge, os quatro

animais do Apocalipse e a quadratura do círculo dos sábios.

64. Pela iniciação, o fogo (leão) outorga o discernimento espiritual, o poder da vontade. O

espírito da terra (o bezerro) dá a ação ou a expressão da vontade. O terceiro, com rosto

de homem (a água), dá o sentimento consciente do que se faz; e o quarto, o do ar

(águia), outorga o pensamento inteligente e silencioso.

65. As seis asas de cada animal são os seis sentidos: cinco desenvolvidos, um em

desenvolvimento e há um sétimo, latente, para a idade futura. O estar cheio de olhos é o

estado da percepção completa.

66. Já foi dito que os quatro elementos são os princípios pelos quais se manifesta a

matéria. Porém, se o quarto elemento não se une ao quinto, que é a vida, toda

materialização estaria morta, de modo que é necessário unir uma quinta essência aos

quatro elementos para lhes dar vida e movimento.

67. Esta quinta essência, ou o quinário, representa a aspiração, o alento que mantém a

vida no criado; daqui nasce a idéia de que tudo o que é criado se mantém por efeito do

alento. De modo que o alento, ou respiração, é o meio que une o Espírito Divino ao

corpo material, assim como o homem une Deus com a Natureza.

68. O homem é quinário: quatro elementos e um Espírito que vivifica, por seu alento, os

quatro.

69. A respiração é dual: a direita é a lei; a esquerda, a liberdade.

70. O homem, como Microcosmo, por seu alento, mede o Macrocosmo: a respiração do

homem tem quatro pulsações que correspondem às quatro estações do ano.

O homem, como o Universo, tem duas medidas dentro de seu corpo: 72 pulsações

do coração e 18 respirações por minuto.

Num dia de 24 horas temos 1.440 minutos; e as respirações do homem em 1.440


minutos, à razão de 18 respirações por minuto, somam 25.920 respirações, que é o dia

Cósmico do Sol.

Se dividirmos o número 25.920 por 72 pulsações teremos 360 graus que necessitam

de 1.440 minutos. Por conseguinte, um grau é igual a quatro minutos. Os valores de um

grau estão em proporção com os minutos como 1: 4, como a proporção do pulso com a

respiração.

71. O alento é a origem da vida, porém o alento é também o princípio da pureza ou da

impureza interior e exterior: o homem aspira os átomos que têm afinidade com os seus

pensamentos. O Iniciado, por seu alento, atrai a, força solar para si e obtém nova vida

em sua corrente sangüínea, que o ajuda a abrir os centros de força interior e eliminar

assim todas as impurezas, como será detalhado durante a explicação do texto.

72. O homem é senário; os cinco sentidos são os cinco graus que conduzem à União, por

meio da inteligência com o Intimo.

O primeiro grau corresponde à terra, mundo dos instintos, em cujo âmago se acha

oculta a Realidade das coisas, que se esconde na forma exterior e corresponde à

reflexão perseverante. O segundo é o ar, que representa o mundo mental com seus

erros e correntes contrárias, onde o iniciado deve permanecer firme em sua fé espiritual.

O terceiro é a água, ou mundo dos desejos, que é como o mar enfurecido pelas ondas

das paixões, no ventre e no fígado. O Iniciado deve manter-se sempre sereno na luta. O

quarto é o fogo das aspirações. O quinto é o éter condutor das vibrações do Verbo.

73. Com a Iniciação Interior, o homem se torna uma estrela brilhante, verdadeiro Filho de

Deus, porque dominou' seus cinco sentidos e absorveu a Força Solar dos cinco ventos

tátwicos. A estrela de cinco pontas representa o poder soberano do Adepto ante o qual

se inclinam os elementos da Natureza.

74. Entretanto, estes poderes devem ser dinamizados pela Força Criadora, para que o

iniciado possa criar por seus cinco sentidos. O número 6, imagem do arco evolutivo, une

o ponto superior (Sentido da Essência Divina) com o círculo de sua manifestação.


75. O Iniciado, por meio da vontade e do pensamento, canaliza a Força Criadora Sexual

para a nutrição de seus cinco sentidos: da Força genital vem a palavra gênio, gênesis,

geração, degeneração e regeneração.

O homem deve ser um gênio para aspirar, saber e poder canalizar o Fogo Criador de

seu sexo até seus sentidos, com seus átomos construtores, porque este Fogo sagrado é

o ponto de união entre o homem e o 1ntimo.

Dirigido este Fogo até o tato, o homem chega a derramar de seu corpo o poder

salutar capaz de curar a dor física e moral.

Dirigido o Fogo à vontade, converte-se em árbitro da beleza e da harmonia; seu

sopro acalma a ansiedade e a dor; sua palavra será lei e harmonia.

Dirigido ao olfato, obtém-se por meio dos cinco ventos tátwicos uma aura luminosa

que cura e ilumina os que estiverem dentro de sua área.

Canalizado para a visão, relaciona-se com o mundo divino, desenvolve nele a visão

interna e poderá ver o passado escrito na parte inferior de seu corpo, o presente em seu

peito e o futuro em sua cabeça, como o fez São João no Evangelho e no Apocalipse.

Dirigido ao ouvido, o homem ouvirá a cada instante a voz do Intimo, aquela voz

silenciosa do Pensador, voz que provém da parte mais elevada de nosso ser, que nos

livra de toda escravidão exterior.

76. O homem é Setenário em sua unidade, porque contém a trindade e o quaternário e

porque representa assim o poder divino em toda a sua plenitude. No setenário, o Eu

Sou atua ajudado por todos os elementos. Quando o Iniciado chega a desenvolver seus

sete centros magnéticos e a trabalhar nos sete mundos, então o Querubim lhe entrega a

espada flamejante para abrir a porta do Éden ou do Céu e obterá assim, o signo da

vitória mencionado no Apocalipse.

77. Desenvolver um centro é avivar sua cor própria e fazer com que vocalize uma letra da

Palavra Sagrada para responder ao chamado do Intimo. Com a pureza da aspiração e a

concentração, o aspirante pode abrir o canal da coluna vertebral, convertendo-se em


Iniciado e encontrando a escada de sete degraus.

78. Escrever às sete Igrejas da Ásia significa concentrar o pensamento nos sete centros da

coluna vertebral, que devem obedecer à vontade do Intimo. Retirar seus selos é fazer o

Fogo Criador ascender até eles.

79. A abertura sucessiva dos selos do livro apocalíptico é a abertura dos centros

magnéticos do corpo, abertura que se afetua por meio da Energia Criadora, aquela que,

ao ser pressionada, do Sacro para cima, forma o canal na coluna vertebral de nosso

templo individual.

80. Quando a Energia do Espírito Santo começa a pressionar no homem, este irradia vários

raios, que são atributos do Eu Sou.

Quando pressiona o primeiro selo, o Eu Sou nos envia as correntes de energia em

forma de calor, som e luz, enquanto que o inimigo secreto, chamado Besta, com sua

serpente e dragão, trata de encher essas correntes de confusão, desarmonia e fumo

[vaidade e presunção].

O "vapor" que se levanta do sêmen é o que abre os selos apocalípticos e dá ao

homem o poder da realização; porém, se este vapor se dirige para a terra, produz e

causa as pragas derramadas pelos sete anjos regentes dos selos.

81. Esta Energia ascendente infunde no homem os ideais da alma do mundo e abre nele os

canais da Divindade, limpando de seu mundo interior os átomos destruidores que

moram em seus sentidos inferiores, e assim poderá conhecer ou, melhor dizendo, sentir

o seu Deus Intimo e converter-se na Cidade Santa descida do céu.

82. Aberto o primeiro selo do coração, ou a porta de entrada para o mundo interior, o

iniciado' obtém um cérebro poderoso e sensível para captar os ensinamentos escritos

no sistema simpático; então, já pode reconstruir seu passado e receber a atividade do

Eu Sou para salvar seus átomos e os átomos dos demais, e "ser-lhe-á dada uma coroa

e sairá vitorioso para que também vença".

83. Aberto o segundo selo umbilical e aceso este candelabro, a prudência desperta no
iniciado; as faculdades e o talento do homem descobrem os fenômenos da Natureza e

obtêm o domínio sobre as ilusões que então "se matam umas às outras".

84. A abertura do terceiro selo, o esplênico, outorga a saúde, o crescimento e o equilíbrio

do sistema nervoso. Seus atributos são o conselho, a justiça e a caridade; por isso tinha

"um peso na mão", que regula o processo vital e elabora na mente idéias saudáveis,

harmonia no corpo, alma e espírito, etc.

85. A abertura do centro fundamental da fortaleza, revigora o ânimo, estimula o sistema

nervoso, reaviva o entusiasmo de todos aqueles átomos, para varrer a quarta parte dos

átomos que incitavam à injúria e reanima os que esperavam a abertura dos selos para

se levantar para a conquista e o domínio sobre os elementos da terra.

86. Quando se abre o selo laríngeo, abre-se a porta da Libertação, pela qual são

outorgados o entendimento, a esperança e a generosidade. Despertam-se oito

faculdades latentes ou adormecidas, que são: 1º) o ódio ao ilógico; 2.°) a resolução; 3.°)

a veracidade no falar; 4.°) a correção no trabalho; 5.°) a harmonia no viver; 6.°) o

esforço para a superação; 7.º) O aproveitamento da experiência e 8.°) o poder de

estudar a natureza interior, ouvindo sempre a voz do silêncio.

87. O sexto selo aberto desperta' a inteligência, o discernimento, e seu atributo é a

clarividência: "E as estrelas do céu caíram sobre a Terra", ou as idéias do intelecto ante

a clarividência são dadas por errôneas e falsas. A Energia Vital produz nele o respeito, a

temperança e a abstinência; nele reside o ser pensante; desperta idéias de dignidade,

grandeza, veneração e sentimentos delicados. Seu despertar outorga a evolução

espiritual e o domínio do espírito sobre a matéria.

88. Antes de abrir o sétimo selo, chamado o "Lótus de mil pétalas", o Iniciado deve

despertar "As doze faculdades do Espírito", representadas pelas doze tribos de Israel e

pelos doze discípulos de Jesus, e que são as doze glândulas endócrinas. O despertar

destas faculdades pertence também à iniciação interior e consiste na pureza da

inspiração, da expiração e do pensamento.


89. Depois deste desenvolvimento, procede-se à abertura do sétimo selo, que se encontra

no topo da cabeça. Nele se manifesta amplamente a Divindade Homem-Deus e todos

os esforços dos vinte e quatro anciãos, ou as 24 modalidades da Energia Criadora,

realizadas pelos Centros do' corpo, são postos aos pés do Deus Intimo para que os'

empregue em sua Obra.

90. O número 7 inicia, organiza, produz, fecunda, triunfa e cria. O número 8 preserva,

equilibra, estabelece, conforta e consolida.

91. O 8 é o caduceu de Mercúrio, símbolo das duas serpentes que se movem ao longo do

canal medular; estas são as duas Testemunhas, ou as duas modalidades da Energia

Una, que obtêm as duas asas e que representam o poder conferido pelo fogo. ao

elevar-se aos planos superiores.

O óctuplo é o número da realização equilibrada da Divindade no Homem-Deus. Para

esta realização, necessitamos de oito virtudes ou Centros Plenos de Deus, e estes oito

centros correspondem aos oito Cabires, os Grandes, os Poderosos, simbolizados pelas

oito Bem-aventuranças de Jesus.

92. Os Vedas ditem: O Fogo é, na verdade, todas as deidades.

No homem, existem oito regiões habitadas pelos oito filhos do fogo Divino. São elas

as seguintes:

Entre ambos os hemisférios cerebrais. 5) No,timo.

Na hipófise. 6) Nas supra-renais.

Na tireóide. 7) No pâncreas.

Na paratireóide. 8) Nas glândulas sexuais.

Com a Iniciação interior, essas glândulas secretarão com equilíbrio.

93. Também o Reino do Céu tem oito graus, que correspondem aos oito esforços

realizados pelo Iniciado para equilibrar a secreção das glândulas internas, equilíbrio que

as prepara para se tornarem cheias ou repletas de Deus.

94. Com o setenário, o iniciado triunfa; com o octonário, equilibra sua força; porém, com o

nonário, encontra a Luz do íntimo e a Luz que ilumina "a cidade descida do Céu sem
necessidade do Sol".

95. Na Mitologia, os gregos consideravam que o plasmar do verbo se realizava com e pelas

nove musas, filhas de Zeus, o pai da vida, ao unir-se com Mnemósina, a memória.

96. No homem, como no Cosmos, existem nove céus, e em cada um habita um coro de

átomos angélicos, chamados pelos cristãos os nove coros de anjos. São eles:

1) Céu da Lua Astral Anjos.

2) De Mercúrio Mundo mental: Arcanjos.

3) De Vênus Mundo espiritual: Principados.

4) Do Sol Mundo de espíritos puros: Potestades.

5) De Marte Mundo de espíritos divinos: Virtudes.

6) De Júpite Mundo de espíritos virginais: Dominações.

7) De Saturno Vontade em expressão: Tronos.

8) De Urano Manifestação dual: Querubins.

9) De Deus Todas as manifestações: Serafins.

97. O denário no homem é o círculo e a linha; é a perfeita representação das 10 Sephiroth

(zéfiro: respiração, alento) do EU.

98. O número 10 significa que, depois de ter sido tentado pela Serpente (mente carnal), o

homem se entregou à satisfação de seus próprios desejos. Depois de comer o fruto da

árvore do bem e do mal, que lhe causou a dor e a morte, teve que adquirir a experiência

de evitar tudo o que possa causar a desdita e de retomar ao seu interior, por meio da

iniciação, em busca do 'Pai ou do Reino do Céu.

99. No homem, o denário é a completa consciência de sua própria Divindade.

Em Malkhut, o denário conhece as leis do movimento contínuo e pode demonstrar a

quadratura do círculo.

No nonário, adquire a medicina universal.

No octonário, encontra a pedra filosofal, isto é, transmuta todos os seus metais

inferiores: desejos, anseios, etc. em ouro espiritual.

No setenário, tem o segredo da ressurreição e da morte, e a chave da imortalidade.

No senário, triunfa sobre a razão do passado, do presente e do futuro.


No quinário, triunfa sobre toda desgraça e sobre qualquer inimigo.

No quaternário, dispõe da própria saúde, da própria vida e pode dispor da vida dos

demais.

No ternário, triunfa sobre toda desgraça e sobre os infernos.

No binário, está por cima de todas as aflições e de todos os temores.

E, na Unidade, vê a Deus face a face, sem morrer, e rege sobre os sete Espíritos

que mandam sobre toda a milícia celeste.

(Para maiores detalhes, consultar nossa obra: . As chaves do reino interno. *)

* Publicação da Ed. Pensamento, S. Paulo.


O DESENVOLVIMENTO DA INICIAÇÃO

SEGUNDO "O APOCALIPSE"

A Iniciação é o ingresso para o mundo interior, para· se começar uma nova vida.

Desde o momento em que o aspirante começa a dirigir o pensamento concentrado


para o seu mundo interior, aspirando à iluminação, a Luz Divina principia a invadir seu
templo-corpo, e com essa Luz vem o conhecimento de si mesmo, do Universo e dos
Deuses que o habitam.

Em sua iniciação, o Apocalíptico segue a mesma rota, traçada por todos os mestres
antigos, desvendada para a mente intuitiva e obscura, para a mente carnal.

Capítulo I

O átomo Nous, diminuta Imagem do homem perfeito, que se encontra no ventrículo


esquerdo do coração, e que é o átomo de Cristo, relata "A Iniciação do Jesus Ungido" e
dá testemunho do Deus Intimo a João, "a mente intuitiva", testemunho do Eu sou ou
Logos Individual.
O Cristo, Naus, é o Primogênito da morte, porque foi e é crucificado no corpo físico;
João, ou Intuição, em estado de transe espiritual, recebe a iluminação de seu Eu para
ensinar o método iniciático ou desenvolvê-lo nos sete centros magnéticos do corpo,
chamados Igrejas da Ásia.

Estes sete centros são os plexos físicos, igrejas, centros anímicos ou astrais,
estrelas ou Divindades; quer dizer, são sete lugares no corpo que emanam os sete
raios de Luz do Logos: todos eles devem ser dinamizados.

Escrever para os anjos das igrejas é dirigir para aqueles plexos ou gânglios, o
pensamento, a inspiração e a expiração, para enviar a eles uma quantidade maior de
sangue e átomos solares que os dinamizam e desenvolvem.

O pensamento mantido neles desperta e faz vibrar as pétalas inertes ou os raios


inativos, porque cada centro tem um número desses raios, diferente dos outros, raios
que devem vibrar ou girar no homem; quanto maior o progresso da alma em sua
evolução, maior a velocidade com .que esses raios giram.

No homem profano e de pouca evolução, os centros magnéticos vibram apenas com


a metade de seus raios.

Capítulo II

A Igreja de Éfeso [plexo básico] * tem quatro raios: dois deles são inativos no
homem comum.

O esplênico ou prostático [Igreja de Esmirna] tem seis; apenas três são ativos.

O Umbilical [Igreja de Pérgamo] tem dez: cinco estão em atividade.

O cardíaco [Igreja de Tiatira] tem doze: seis estão ativos.

* Nota da Editora: Daqui em diante aparecerão trechos entre colchetes, trechos esses que
representam a interpretação do Autor, Jorge Adoum.

Capítulo III

O laríngeo [Igreja de Sardes] tem dezesseis: oito deles vibram.


O Frontal [Igreja de Filadélfia] tem noventa e seis; 48 estão em movimento.

O coronário [Igreja de Laodicéia] é chamado a flor de mil pétalas, porque tem


novecentas e sessenta ondulações, metade das quais inativa.

O Logos envia a aspiração, a inspiração ou alento e a· concentração a cada um


destes plexos para avivar suas ondulações e dinamizá-los, com o objetivo de aumentar
sua elasticidade e fazer chegar ao Iniciado a vontade do Intimo.

Capítulo IV

Uma vez dinamizados esses centros, o iniciado estará capacitado a ouvir a voz do
Pai, que o convida a subir ao primeiro céu para poder contemplar-se a si próprio e vê:
[24 anciãos] 24 centros de poder regidos por 24 hierarcas ou átomos de luz nos 24
centros cerebrais. Vê também sete anjos atômicos que trabalham nos sete plexos
indicados anteriormente. Depois, as quatro deidades que dominam os quatro elementos
da natureza, ou os quatro arquétipos das quatro bestas, aos quais cada elemento
empresta seus seis poderes ou asas para que os quatro formem os 24 anciãos que
trabalham na formação do homem. Todas essas entidades louvam o Senhor Deus
íntimo que deu o ser a todos.

Capítulo V

E o iniciado vê o seu corpo como um livro escrito e esse livro está selado por sete
selos Ou sete centros de poder, porém nenhum ser evoluído pode tirar os selos ou
dinamizá-los; só o Cordeiro, o átomo Nous, o Cristo no homem pode abri-nos, porque
Ele foi encarnado e crucificado, sofreu e triunfou na vida e na Iniciação. O Cristo dentro
do homem pôde dinamizar [ou ler o livro escrito dentro e fora] o Sistema Simpático e o
Cérebro-espinhal.

Capítulo VI

O Cordeiro começa a abrir e a dinamizar os Centros magnéticos do homem, o que


quer dizer que, quando o homem aspira à perfeição, o átomo Nous o ajuda a vitalizar os
centros magnéticos que estão em seu próprio corpo, e esses centros começam a
irradiar com' todas as suas pétalas ou raios até conseguir ouvir a voz do Intimo.
A cada abertura de um selo, o plexo confere ao 'homem uma virtude e um poder
ingente.

Capítulo VII

Abertos e dinamizados os seis primeiros selos do livro-corpo, os poderes conferidos


por este feito despertam as doze faculdades do espírito, representadas pelos doze
filhos de Israel. Essas faculdades ligam-se às doze glândulas internas no corpo.

Cada uma é regida por um anjo atômico, ajudado por doze mil átomos dirigentes,
que manejam todos os habitantes da terra ou corpo físico; este é o segundo triunfo, ou
segundo grau na Iniciação.

Capítulo VIII

E quando Nous, ou Cristo, abre o sétimo selo, ou Coronário, o iniciado vibra em


uníssono com a Divindade e os seis centros respondem ao chamado e todos vibram;
porém, à vibração de cada centro, são excluídos todos os átomos de índole vil e baixa
de cada plexo do corpo e prevalecem somente os puros, os limpos e os que
trabalharam para o progresso espiritual do homem.

Capítulo IX

Quando vibra o quinto plexo, as formas-pensamento, entidades criadas pelo homem


e que se originam no sistema nervoso, começam a alfinetar com o remorso aquele que
os criou.
A vibração do sexto plexo ataca o eixo do cérebro-espinhal e desata os quatro anjos
solares que governam o rio Eufrates, ou o cordão do mesmo sistema, para conquistar
os átomos que trabalham no sistema inferior do sexo. O número do exército liberado
representa os poderes de Cristo, que domina e aniquila os átomos destruidores da
harmonia.

Capítulo X

Neste trabalho, o iniciado já pode, com seu clamor e rugido, vocalizar as sete vogais,
como sete trovões, a Palavra Sagrada, "aquela que não é lícito revelar" e o iniciado
engole o livro do saber ou os Ensinamentos Ocultos, doce na boca e amargo no ventre,
lugar dos instintos. Logo, o olho interno desperta de sua letargia e o iniciado profetiza e
torna-se clarividente.

Capítulo XI
Então o Iniciado já pode medir o seu templo e aquilatar o seu poder.
E avalia o poder das duas testemunhas ou cordões esquerdo e direito por onde
passa a Energia polarizada: a passiva e a ativa, cuja união forma o poder equilibrado ou
o Fogo-Luz do cordão central, que é a terceira testemunha fiel.
Quando esta Energia triunfa e se manifesta, a besta, ou natureza inferior, fará guerra
contra as três testemunhas e as vencerá durante três dias e meio ou três anos e meio,
metade do tempo indicado para a iniciação; depois deste tempo de provação, surge
nesses tubos o espírito de vida e eles voltam novamente à atividade, e o fogo sagrado
ascende ao céu, à cabeça, morada do Pai. Então, o sétimo anjo vocaliza a Palavra
Sagrada e o canto do Triunfo do Terceiro Grau, porque a arca [o cérebro] e o templo
foram abertos para receber a Ciência Sagrada e compreendê-la.

Capítulo XII

E aparece a mulher vestida de Sol, que é a luz do Inefável, colorida com a aura das
doze faculdades do Espírito. Essa luz trata de dar nascimento a Cristo no homem;
porém, o dragão vermelho, ou desejo carnal, quer devorar o menino. O Deus Íntimo
protege a mulher, ou Luz Divina, e o Cristo nasce. Então travou-se uma grande batalha
entre Miguel, o Eu Sou Superior, e o desejo do Eu inferior, e este foi lançado do céu do
cérebro, com todo seu exército, ao inferno ou parte inferior do corpo.

Aquela luz continua trabalhando no tubo central durante os três anos e meio
restantes para o fortalecimento do Cristo no homem.

A serpente ígnea inferior trata de fazer chegar seus instintos e desejos ao homem
para matar o Cristo que existe nele, porém esta mente é vencida em sua luta e começa
a castigar o Iniciado, levantando contra ele todo o ódio dos demais homens.

Capítulo XIII

Aparece a besta, ou Mente inferior, com seus dez poderes e sete vícios,
semelhantes ao leopardo e ao dragão, que é o desejo, ao qual foi dado poder para
derrotar o Iniciado. A cabeça da besta, ou essa natureza animal, foi ferida pela
Iniciação, porém foi curada e está prestes a lutar novamente; muitos átomos,
pensamentos e desejos seguiram a besta, porque a mente intelectual, pela iniciação
interna, adquiriu muitos conhecimentos e poderes, à maneira dos magos negros. Logo
aparece outra besta com dois cornos como o Cordeiro; é o intelecto, que exerce seu
poder contra a Consciência Superior ou o amor, em nome da besta, e faz grandes
sinais de inteligência com os quais engana os moradores da Terra, obrigando-os a
adorar a intelectualidade que quer negar tudo o que é abstrato e, desta maneira,
abandonar o saber das Idades.

Capítulo XIV

Porém, o Cordeiro, com seus átomos de Luz, canta ante o Pai Celestial o quarto
canto do triunfo, que pertence ao quarto grau da Iniciação e envia castigo para os que
tinham o nome da besta em sua fronte; isto é, para os que adoram a Natureza inferior
com sua mente carnal, com o fogo e o furor de suas próprias paixões e, assim, "não
têm repouso nem de dia nem de noite", porque todos têm que ser devorados por
aquele fogo que se acha fora da cidade-corpo purificada.

Capítulo XV

E então os sete anjos atômicos, regentes dos plexos, se alistam para derramar suas
pragas ou éteres criativos sobre os átomos negros, para aniquilá-las; e são precipitados
no mar psíquico dos desejos todos os adoradores da besta e da mente inferior.

Eles cantam o quinto canto do triunfo e logo o templo-corpo fica repleto com a
grandeza de Deus para que não entre nenhum pensamento ou desejo baixo, até que
sejam consumadas as sete pragas dos sete anjos.

Capítulo XVI

E os sete anjos derramam suas pragas, um após o outro, e cada praga extingue um
poder da besta ou Natureza inferior. Os poderes são traduzidos pelos sete vícios:
Vaidade, Avareza, Violência, Inveja, Gula, Luxúria e Egoísmo. E a besta e sua cidade
foram repartidas e divididas entre si e todo o reino dividido contra si mesmo se extingue.
Capítulo XVII

A natureza física é "igual a uma rameira adornada com pedras preciosas para atrair
seus adoradores depois de ter absorvido o sangue dos santos". "Esta besta foi antes e
agora não é." A rameira perdeu seus encantos ante os iniciados; seus sete reis são os
sete sentidos: cinco caídos, manifestados; um já veio [está em formação, o olho interior,
ou sexto sentido] e o outro ainda não chegou: está latente. Seus dez cornos ou poderes
"tomarão potência, voltarão. novamente por uma hora como reis com a besta" e lutarão
com o Cordeiro, com o átomo Nous; porém, o Cordeiro os vencerá e as dez forças
serão conquistadas por Nous e abandonarão a Natureza Rameira.

Capítulo XVIII

Aqui começa a destruição total do corpo-cidade com todos os seus deleites, e ele
receberá o "troco em dobro segundo suas obras", "e as frutas do desejo de tua alma se
separarão de ti" e "Babilônia [o físico], aquela grande cidade, nunca mais será
encontrada".

Capítulo XIX

Então o sexto canto do sexto grau será ouvido: Aleluia, salvação, honra, glória e
potência ao Senhor nosso Deus...

E no céu [cabeça] vê-se a terceira testemunha Fiel e Verdadeira sentada sobre o


tubo central da espinha dorsal, como um cavalo branco. Esta fiel testemunha é o Fogo
Sagrado que chegou até o cérebro e é chamado de Verbo de Deus, que desceu e
novamente subiu ao Pai. E a besta foi presa com sua mente, e seus desejos baixos
foram mortos pela espada do verbo.

Capítulo XX

O dragão, a serpente, o Diabo, Satanás, ou a mente carnal, está atado ao abismo


porque não engana mais por mil anos ou até a nova encarnação; então será desatado
por pouco tempo, para ser logo exterminado completamente pelos que ainda não
completaram sua iniciação, enquanto os que conquistaram a si próprios reinarão com
Cristo durante' mil anos.

Depois de mil anos, ou na nova reencarnação, Satanás voltará à batalha; porém


Deus envia seu Fogo Criador do Céu e devora os exércitos de Satanás, a besta e a
mente inferior, e serão atormentados para sempre.

E todos os mortos estavam diante de Deus, e foram julgados, segundo o livro da


vida e segundo seus feitos escritos nos livros ou arquivos do sistema simpático. E os
culpados sofrerão a horrível segunda morte, que é a desintegração do corpo dos
desejos em seu próprio fogo de paixões insatisfeitas.

Capítulo XXI

Então o homem já tem um novo Céu e uma nova Terra, ou um corpo perfeito,
espiritual e fisicamente. Seu corpo é a Cidade Santa que desceu do Céu e Deus mora
nele.

Desaparecem as lágrimas de seus olhos e a morte não existirá mais, porque o


homem chega à União Consciente com seu Deus Íntimo.

O corpo ou matéria física se espiritualiza e será a esposa de Cristo.

E a cidade Santa terá a luz do íntimo. Terá o poder das doze faculdades do Espírito
e todos os átomos-anjos trabalharão na Grande Obra do Senhor.

"Suas portas estarão sempre abertas ao saber", "nela não entrará mais coisa suja ou
que faça abominação e mentira."

Capítulo XXII

Logo se vê na cidade um rio limpo, o sistema nervoso que sai do Trono de Deus e
do Cordeiro a partir do cérebro. A árvore da vida ou o sexo será para a santidade das
nações. E o conquistador de si próprio verá Deus face a face e o íntimo reinará
definitivamente na cidade de seus servos.
"Bem-aventurados os que guardam seus mandamentos, para que sua potência
esteja na árvore da vida [que é o sexo]."

Depois desta ligeira explicação, já podemos entrar na interpretação detalhada do


Apocalipse.
CAPITULO I

1. A Revelação [Esotérica, gnóstico ou interior]_ ,de Jesus Cristo [Eu Sou, o Logos, o
Cristo, o Filho de Deus] que Deus [O Intimo] lhe deu para manifestar a seus servos [que
devem ser os interiormente Iniciados], as coisas que devem suceder brevemente
[depois da Iniciação], e a declarou [revelou], enviando-a por seu anjo [da compreensão
do átomo Nous] a João [Mente intuitiva do Iniciado], seu servo.

2. O qual [O Iniciado que passou por todas as provas na Iniciação da Vida] deu
testemunho da palavra [feito carne, manifestada] de Deus [O Intimo] e de Jesus Cristo
[Jeshoua, Eu Sou] e de todas as coisas que tem visto.

3. Bem-aventurado o que lê [concentra e discerne] e os que ouvem [e compreendem] as


palavras [misteriosas e ocultas] desta profecia [que versa sobre a natureza interior e o
caminho da pureza] e guardam as coisas nela escritas [praticando as perfeições que ela
ensina, infalivelmente serão Bem-aventurados, porque alcançam, por meio da
concentração sobre o Eu Sou Interior, a consciência de sua própria Divindade], pois o
tempo está próximo.

4. João [o Iniciado no Reino Interior] às sete igrejas [os sete plexos ou gânglios, que mais
tarde se transformam em sete pequenas lâmpadas ou candelabros e cada qual é um sol
e doador de luz; depois são os sete Selos do Livro. Esses plexos estão latentes,
obscuros e selados no homem animalizado] na Ásia [no corpo humano], A graça esteja
convosco e a paz do que é e que era e que há de vir [ao Eterno que não teve princípio
nem terá fim] e dos sete Espíritos [as Sete divindades que regem os sete centros
magnéticos do corpo humano e representam os sete aspectos do íntimo] que estão
diante de seu trono [dentro do homem e que só por meio da Iniciação Interna o homem
pode chegar a senti-Ias e converter-se em Homem Deus].

5. E de Jesus Cristo [Jeshoua, Eu Sou], a testemunha fiel [da obra do íntimo antes do
nascimento], o primogênito dos mortos [o primeiro que morreu ao fazer-se carne ou ao
sepultar-se no corpo denso; mas que, por sua Iniciação, ressuscitou por primeiro dentre
os mortos]. E príncipe dos reis [entidades e elementos que dominam o mundo]. Ao que
nos amou e nos lavou de nossos pecados com seu sangue. [O sangue, veículo do Eu
Sou, de Cristo. Cada erro, cada pecado do homem, fica impregnado no sangue, veículo
de Cristo no homem; porém, o Cristo que mora conosco, até a consumação dos
séculos, lava esses pecados com o poder do seu fogo interior.]
6. E nos fez reis [de toda a criação, por meio da Iniciação e até que um dia, como disse
São Paulo, "Os homens julgarão os anjos"] e sacerdotes [não nascidos de carne nem
ordenados pelos humanos, mas sim à maneira de Melquisedec], para Deus e seu Pai, a
ele seja glória e império para todo o sempre, amém.

7. Eis que vem com as nuvens [na nebulosidade da Aura] e todo olho [o olho interior, a
glândula pineal] o verá, até mesmo os que o transpassaram [Quando Eu Sou, o Cristo,
o Segundo Lagos desce à matéria, os cinco sentidos abrem no corpo as cinco feridas. Ê
a primeira crucificação e esta é a regeneração ou a conquista de "si mesmo", o objeto
do Apocalipse de São João]; e todas as linhagens da Terra [os elementos conquistados
para sua causa] se lamentarão sobre ele. Assim seja. Amém.
8. Eu sou o Alfa e o Ômega. [A primeira letra das vogais e a última. São também a primeira
e a última letras do alfabeto grego. Segundo a Cabala, além disso, o A significa Poder
Criador, pronunciado com a máxima abertura da boca; enquanto que o O é o poder
receptor, que nos leva a fechar a boca. Om. Amém]. Princípio e fim, diz o Senhor que é
e que era e que há de vir, o Todo-Poderoso.
9. Eu, João, vosso irmão e partícipe na tribulação [ao vir à vida para crucificar-me nela na
minha primeira Iniciação] e no reino [da segunda Iniciação] e na paciência serena e
contínua de Jesus Cristo [para alcançar o êxtase] estava na ilha, ilhado de todas as
minhas ilusões [fechados os cinco sentidos externos, longe de toda conturbação mental,
mediante a Iniciação ou introspecção nesta ilha], que é chamada Patmos [o corpo
relaxado] por causa da palavra de Deus [e neste sagrado transe despertei para a
percepção do espírito que me deu a ventura de observar meu mundo interior] e pelo
testemunho de Jesus Cristo.
10. Eu fugi no Espírito [em transe de êxtase] no dia do Senhor [durante a iluminação] e ouvi
atrás de mim uma grande voz [a voz do Silêncio ou do 'eu] como, de trombeta.
11. Que dizia: Eu Sou o Alfa e o Ômega; o primeiro e o último. Escreve num livro [da
memória] o que vês e envia-o [como mensagem divina] às igrejas que estão na Ásia
[aos sete plexos ou centros do corpo]: a Éfeso e a Esmirna, a Pérgamo e a _Tiatira e
Sardes e a Filadélfia e a Laodicéia. [Aos centros Sacro, Prostático, Epigástrico,
Cardíaco, Laríngeo, Frontal e Coronário.]
12. E me voltei para ver a voz [de Cristo, do segundo Logos] que falava comigo; voltando-
me, vi sete candelabros de ouro [sete centros magnéticos].
13. E no meio dos sete candelabros, um [uma aparição divina, um Iniciado que desvelou e
acendeu seus sete candelabros] semelhante ao Filho do Homem vestido com uma
roupa [aura] que chegava até os pés e cingido no peito por uma cinta de ouro [seu
Centro Cardíaco brilha como o Sol, signo do saber e do amor].

14. E sua cabeça e seus cabelos eram brancos como a lã, brancos como a neve [o Centro
coronário emanava a luz do mundo]; e seus olhos, como' chama de fogo [o centro
frontal lançava Energia e domínio pelos olhos flamejantes].

15. E seus pés semelhantes a latão fino, ardentes como num forno [fluido brilhante e
condensado, pronto para a ação] e sua voz como o ruído de muitas águas.

16. E tinha à sua direita sete estrelas [o iniciado que desenvolve seus sete centros
magnéticos, por meio de sua Energia Criadora, aviva sua luz e brilho e, então, os sete
montes planetários da mão começam a despender raios de luz como as estrelas] e de
sua boca [do Centro magnético laríngeo] saía uma espada aguda de dois fios [o poder
do Verbo] e seu rosto era como o Sol quando resplandece em sua força. [Esta
descrição do iniciado adepto, que triunfou sobre si próprio, é muito semelhante à
Transfiguração relatada nos Evangelhos. O Iniciado, com seu esplêndido equilíbrio e
domínio sobre si próprio, obteve o direito de converter-se em Deus].
17. E quando eu o vi, caí como morto a seus pés [adorando]. E ele pôs sua mão direita
sobre mim, dizendo-me: Não temas, Eu Sou o primeiro [Deus feito homem, o primeiro
Adão nascido em forma psíquica viva] e o último [Adão, Homem feito Deus, nascido no
Grande Alento].

18. E eu que vivo e fui morto [durante minha descida à matéria] e eis aqui que vivo
[novamente, por minha Iniciação, porque adquiri a consciência de minha Divindade] por
séculos e séculos, Amém. E tenho as chaves do Inferno e da morte [porque em minha
iniciação na vida interna, no Reino, desci ao inferno, que está na parte inferior do corpo,
para salvar os átomos encadeados nessa região e me apoderei das chaves do inferno e
da morte, que é a porta de acesso ao mundo invisível. Porque ante a Iniciação e para o
Iniciado já não existe a morte, e o inferior - o inferno - torna-se superior].

19. Escreve as coisas que viste e as que são e as que hão de ser depois destas [ou o
processo evolutivo da iniciação].

20. O mistério das sete estrelas que viste na minha destra e os sete candelabros de ouro.
As sete estrelas são os anjos [atômicos, regentes dos sete centros magnéticos do corpo
psíquico do homem] das sete igrejas, e os sete candelabros são as sete igrejas [sete
plexos, ou Centros que mantêm o corpo com sua energia, calor e luz, e que devem ser
dinamizados].
CAPíTULO II

1. Escreve [envia o pensamento e a concentração] ao anjo da igreja de Éfeso [o anjo-


átomo que rege o destino do plexo magnético no Sacro, Centro Criador· do físico, por
meio do instinto]. O que tem as sete estrelas [Nous conquistador da imortalidade e da
iluminação] em sua destra [poderosa], o qual anda em meio aos sete candelabros de
ouro [e vive no corpo físico dotado de sete centros magnéticos que irradiam suas luzes]
diz estas coisas:

2. Eu [O Logos, Cristo] conheço tuas obras e teu trabalho e paciência [durante todas as
encarnações] e que não podes suportar os maus [recordações e feitos que causam a
segunda morte e impedem a purificação completa da alma], e puseste à prova os
[átomos adeptos do inimigo secreto] que dizem ser Apóstolos [e prometem muito saber
e poder aos seus seguidores] e não o são, e os achaste mentirosos [porque são os
agentes do Inimigo interior].

3. E tens sofrido, e tens tido paciência [em tua luta] e tens trabalhado pelo meu nome e
não desfaleceste [apesar de haveres recebido o incansável trabalho de reter
impressões que te prendem ao passado, ao presente e ao futuro em tua Memória,
porque nos átomos do sexo encontram-se todos os arquivos da Natureza, pois são eles
que acompanharam o homem desde idades imemoriais].
4. Porém tenho contra ti o teres deixado teu primeiro amor. [Teu primeiro amor, que era o
universal ou o amor superior do Centro Coronário, pelo teu pólo negativo, o amor carnal
ou passional.]
5. Recorda, portanto, de onde caíste [porque tu estavas no cérebro e eras o reflexo
invertido do Centro Superior Coronário] e arrepende-te [da tergiversação da lei superior
ao mudar o amor divino em amor passional e inferior] e faze as primeiras obras; [voltar a
cerebralizar o sêmen, voltar à pureza, com aversão ao sensualismo que perverte a
função criadora do sexo]; pois, senão, voltarei logo a ti e tirarei teu candelabro de seu
lugar [porque em teu centro te convertes em Deus Criador, porém deves criar guiado
pela caridade e pelo Amor divino; mas se não te corrigires de tua sensualidade, venho a
ti com a consciência da dor, das enfermidades e das atribulações, que são as
conseqüências da luxúria e moverão o candelabro de seu lugar, isto é, deixarás de ser
Criador nos três mundos: Espiritual, anímico e físico e, quando deixares de ser Criador,
terás que sofrer as doenças e o castigo].
6. Mas tens isto [a teu favor]: que aborreces os feitos dos Nicolaítas [aqueles feiticeiros e
átomos que praticam a magia sexual nas formas mais degradantes], os quais eu
também aborreço.
7. Aquele que tem ouvido [interior] ouça o que o Espírito diz [por meio da voz silente] às
Igrejas [Centros Magnéticos]. Ao que vencer [nas provas de sua iniciação na vida, ao
conquistador de seu fogo interno para transformá-lo em luz no Centro fundamental, o
Sacro], darei para comer da árvore da Vida, que está no meio do paraíso de Deus
[aquela árvore cujos frutos outorgam a eternidade ou a consciência de sentir-se Deus e
se cumpre nela o que foi dito pelo Senhor Deus: Eis aqui o homem. Como se tenha feito
um de nós, conhecendo o bem e o mal. V ocalizar a Letra O acentuada com som
laríngeo: este exercício se traduz em vibrações de Firmeza, no plexo -sacro].
8. E escreve [dirige a concentração] ao anjo [atômico) da igreja em Esmirna [Centro
esplênico Criador]: O primeiro e último, que foi morto [descendo na matéria] e viveu; diz
estas coisas [dirige esta mensagem ao Corpo anímico] .
9. Eu conheço as tuas obras [que és o condutor do éter que mantém a forma individual] e
a tua tribulação [em manter corretamente na espécie o poder da propagação] e a tua
pobreza [em raciocínio e razão], porém tu és rico [e não necessitas mais que livrar-te
das limitações materiais] e a blasfêmia dos [átomos do Inimigo oculto, exércitos do de-
mônio] que dizem ser judeus [átomos de luz] e não o são, mas são Sinagoga de
Satanás [que propagam os falsos ensinamentos contra a razão, e se apoderam dos
átomos de propagação no homem e na mulher ... ]
10. Não tenhas nenhum temor das coisas que terás de padecer. Eis que o diabo [inimigo
oculto e interior que se encontra no baixo ventre] há de enviar alguns dentre vós
[átomos de luz, átomos de propagação] ao cárcere [ao seu domínio, que será o desejo
libertino] para serdes provados e tereis uma tribulação [ordálio] de dez dias [um ciclo
completo].

Sê fiel até a morte e eu te darei a coroa da vida [a imortalidade consciente].


11. Aquele que tem ouvido [interior, intuição ou compreensão] ouça o que o Espírito diz às
igrejas. O que vencer [obtiver o conhecimento da mente espiritual como coroa da vida
eterna] não receberá o dano da segunda morte [de seu corpo de desejos, depois do
físico, que é horrorosa para aqueles que buscaram só a satisfação no ato sexual].
[Cantar a vogal bem acentuada lU da laringe, produz vibrações energéticas nesse
centro].
12. E escreve [envia a força pensadora] ao anjo da igreja em Pérgamo [plexo solar no
umbigo e na boca do estômago, Criador do desejo]. O que tem a espada aguda de dois
fios [O poder do Verbo dinamizado com a Vontade] diz estas coisas:
13. Eu conheço tuas obras, e onde resides, que é onde está a cadeira de Satanás [O Reino
de Satanás fica do umbigo para baixo. O átomo Satanás evoca todos os átomos maus,
captados por nossos maus pensamentos, para formar com este exército seu reino
inferior, "Inferno", e dominar o mundo externo. A força anticnstica nunca pode penetrar
acima do umbigo, mas pode atrair pensamentos cheios de átomos destrutivos à parte
inferior, e, deste modo, o plexo Solar, que é o Centro do sistema nervoso Simpático,
está na natureza inferior, onde se encontra o Trono do Adversário do Eu Sou, ou a
cadeira de Satanás, onde os desejos ou paixões do homem estão "encadeados como
bestas selvagens", como disse Platão]. Reténs o meu nome e não negaste minha fé,
nem mesmo nos dias em que Antipas foi minha testemunha fiel [a Intuição, a segunda
vista ou o conhecimento intuitivo], o qual foi morto [pelos que tinham perdido esta
função ou esta faculdade que corresponde unicamente ao plexo solar] onde Satanás
mora [e onde se inicia a guerra entre os anjos da luz e os anjos das trevasl

14. Porém tenho contra ti umas poucas coisas, porque tens aí [os átomos-vícios] os que
seguem a doutrina de Balaão, que ensinava Balac a lançar tropeços diante dos filhos de
Israel aos ídolos [aqueles alimentos excitantes e airodisíacos que despertam o desejo
de praticar a magia negra sexual] e a cometer fornicação.

15. Assim como também tens os [átomos] que seguem a doutrina dos nicolaítas [os
praticantes da magia sexual com os mais desagradáveis fins], o que eu aborreço.

16. Arrepende-te, porque de outra maneira virei a ti, brevemente, e lutarei contra eles com
a espada de minha boca [e com meu verbo· vibratório aniquilarei os átomos
fornicadores].
17. Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito [o Alento] diz às Igrejas [plexosl. Ao que
vencer, darei de comer o maná [mente superior] escondido, e lhe darei uma pedrinha
branca [uma vontade indomável que domina os vícios, inimigos em sua natureza] e na
pedrinha um nome novo escrito [na vontade, a Sabedoria Secreta] o qual ninguém
conhece, senão aquele que a recebe [por seu esforço e ampla preparação que é a
Força verdadeira, atributo do desenvolvimento deste plexo. A vogal deste centro é o
AAA. Cantar esta vogal e pensar no plexo solar, as vibrações do canto podem produzir
efeitos de Força neste Centrol

18. E escreve [envia o pensamento Criador] ao anjo [átomo dirigente] da igreja em Tiatira
[ao Plexo Cardíaco]: O filho de Deus [Senhor da Razão e do Pensamento divinos pela
Iniciação] que tem seus olhos como chama de fogo [como o Sol, dispende a luz pura e
espiritual do pensamento] e seus pés semelhantes ao latão fino [ardentes, prontos a
trabalhar e a cumprir o mandato da Razão] diz estas coisas.
19. Conheço tuas obras, e Caridade e serviço e fé e tua paciência [quando o fogo
serpentino e Criador vitaliza o Centro cardíaco, o coração adquire estas quatro virtudes
enumeradas] e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras, [porque o
átomo Nous, que reside no coração, outorga ao iniciado a Superconsciência para
trabalhar sempre mais e melhor]

20. Mas tenho umas poucas coisas contra ti: porque permites (tomas) àquela mulher
Jezabel, "que se diz profetisa" [aquela entidade emocional cujo átomo reside na parte
direita do coração e que inventa, por meio da falsa razão e sofismas, certas desculpas
para aprovar e justificar o desenvolvimento de algumas faculdades psíquicas para
comunicar-se com os elementos inferiores ou com as cascas astrais dos mortos. Esta
Jezabel, alegoria da feiticeira, esposa de Ahab, que é o átomo da emoção, e realiza, às
vezes, certos fenômenos psíquicos inferiores e se diz profetisa], ensinar e enganar
meus servos [átomos seguidores] a fornicar [a prostituir-se] e a comer coisas oferecidas
aos ídolos [ou as comidas e bebidas estimulantes que certos adeptos da magia negra
usam para produzir os fenômenos indicados].

21. E foi-lhe dado tempo para que se arrependesse da fornicação, e ela não se
arrependeu.

22. Eis que eu a lanço na cama [das dores] e aos que adulteraram com ela [a cognição
direta] em enormes adversidades, se não se arrependerem de suas obras [porque a dor
é o melhor castigo para os erros].

23. E ferirei de morte a seus filhos [extinguindo todos os seus frutos] e todas as igrejas
[plexos] saberão que eu sou aquele que esquadrinhou os rins e os corações [e nada é
oculto para mim, porque estou em toda parte]; e darei a cada um de vós de acordo com
vossas obras.

24. Porém, eu digo a vós, e aos demais [átomos construtores] que estais em Tiatira [o
coração e seu plexo], quaisquer que não tenham esta doutrina [abominável] e que não
tenham conhecido as profundezas [aqueles que não tenham obedecido ao chamado do
Inimigo Secreto, descendo até a natureza inferior] de Satanás [que reside e reina no
baixo ventre], que não enviarei sobre vós outra carga [de atribulações].

25. Não obstante, guardai a que tendes [a correta] até que eu venha [a despertar com
minha Energia todos os centros e tirar-Ihes os selos].

26. E àquele que houver vencido [em sua Iniciação e ordálio] e tiver guardado minhas
obras até o fim, eu lhe darei poder sobre as nações [sobre as faculdades inferiores e
sobre os elementais e elementares que dominam, até hoje, as nações].
27. E as regerá com vara de ferro [com a varinha mágica do Poder Iniciático, que outorga o
Domínio, a Riqueza e a Graça] e serão [as faculdades inferiores e elementais]
quebradas como vaso de oleiro, como também recebi de meu Pai [O Poder].
28. E lhe darei a estrela da manhã [a estrela chamada Vênus, símbolo do Amor Divino, que
anuncia a chegada do dia da iluminação e da perfeição].

29. Aquele que tem ouvido [interior] ouça o que o espírito diz às igrejas [ouça a mensagem
do Eu Sou, Cristo, aos plexos regentes do corpo] [A vocalização da letra EEE produz
em todo o corpo uma vibração estranha e abre uma porta no coração para receber os
três atributos indicados no versículo 27. Todos os exercícios de vocalização devem ser
executados com aspiração, respiração e concentração].
CAPÍTULO III

1. E escreve ao anjo da igreja em Sardes [envia a concentração Criadora ao plexo


Laríngeo, ao Criador, por meio da palavra ou verbo]. Àquele que tem os sete espíritos
de Deus, [a seu serviço] e as sete estrelas, diz estas coisas: Eu conheço as tuas obras,
que tens nome de quem vive [que estás trabalhando, que aparentemente és Criador] e
estás morto. [Porque teu verbo e tua palavra já não têm o poder da vida; ao contrário,
são causadores do aniquilamento pela mentira e pelo engano.]

2. Sê vigilante [desperta da morte] e confirma as outras coisas que estão [a ponto] para
morrer, porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus.

3. Recorda-te, pois, do que tens recebido [de que eras a porta da liberação e que devias
dominar os elementos do éter, que abrem a porta do Éden ao Iniciado] e tens ouvido, e
guarda-o [porque a ti foram confiados os mistérios e as ciências desde um tempo
imemorial, para. que, por meio deles, desde o entendimento, a esperança e a
generosidade], e arrepende-te [por teu descuido e tua negligência em teus deveres]. E
se não velares [se não despertares da letargia ou da morte], virei a ti como ladrão [com
a voz silenciosa da consciência] e não saberás a que hora virei a ti.
4. Mas tens umas poucas pessoas [átomos e qualidades puras e castas] em Sardes [a
garganta que .está relacionada com os centros sexuais. Exemplo desta afirmação é
dado na troca de voz da puberdade e a que sofrem os eunucos] que não sujaram suas
vestes [auras] e andarão comigo em vestes brancas [puras] porque são dignos.

5. O que vencer [quando ascende sua energia sexual criadora ao plexo laríngeo e o
desperta para o trabalho, de sua morte] será vestido de vestes brancas [as auras de seu
plexo e de seu corpo serão puras e limpas]; e não riscarei o seu nome do livro da vida [e
pela regeneração chegará à libertação e seu nome não será excluído da felicidade
eterna, ou do Livro da Eternidade] e confessarei seu nome [farei chegar seu poder]
diante de meu Pai [O Deus Intimo] e diante de seus anjos.

6. Aquele que tem ouvido [interior e desperto ou desenvolvido] ouça o que o espírito diz às
igrejas [plexos energéticos e criadores. A vocalização do "Ré", a letra sagrada do Alento
ou da Criação desenvolve, purifica e outorga ao plexo laríngeo o poder do verbo].

7. E escreve [faz ascender a. Energia Vital por meio da castidade e da concentração] ao


anjo [átomo regente] da igreja em Filadélfia [ao plexo frontal entre os olhos]. Estas
coisas, diz o Santo, o Verdadeiro [O Intimo], o que tem a chave de Davi [a chave de
Jerusalém, da poesia [da filosofia e da profecia ou clarividência], o que abre [a
inteligência ao pensamento Divino] e ninguém fecha; e fecha [essa consciência
espiritual a tudo o que é grosseiro e denso] e ninguém abre.

8. Eu conheço as tuas obras: eis que pus uma porta aberta [Consciência divina ou
onisciência para adquirir toda Sabedoria] diante de ti, a qual ninguém pode fechar,
porque tens um pouco de força [ao desenvolver por meio da Iniciação interna, este
plexo Criador] e guardaste a minha palavra [minha Lei] o meu nome [não manchaste e
não negaste meu ensinamento].

9. Eis que eu dou [entrego], da sinagoga de Satanás [do Inimigo Secreto], aos que se
dizem judeus [iluminados] e não o são, mas mentem [ainda que tenham certas
faculdades de clarividência provocada]; eis que eu os obrigarei a que venham e adorem
diante de teus pés, e saibam que eu te amei.

10. Porque tens guardado a palavra de minha paciência [a Doutrina Arcana] também eu te
guardarei da tentação que há de vir em todo o mundo [não serás enganado pelo
intelecto] para provar os que moram na terra.

11. Eis que eu venho sem demora [depois da iniciação]; guarda o que tens [de claridade,
de luz] para que ninguém tome a tua coroa [cuja luz e brilho irradia o calor do saber e do
amor impessoal].

12. Aquele que vencer [conquistando-se a si mesmo] eu lhe farei uma coluna [um poder
que sustém) no templo de meu Deus [no corpo solar Divino] e dele nunca sairá [para
reencarnar-se, porque já chegou à libertação]; e escreverei sobre ele [enviarei sobre
ele] o nome do meu Deus [O Poder Divino] e o nome da cidade de meu Deus [o poder
verdadeiro do homem-Deus] que é a nova Jerusalém [cidade de paz], a qual desceu do
céu de meu Deus, e meu nome novo [o homem perfeito ao encarnar-se descendo do
céu com seu Deus que jaz dentro dele e o Nome Novo será o Salvador do mundo, o
Cristo. A vogal deste centro é o UU, que incita ao saber e à honra] ..
13. Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas.

14. E escreve ao anjo [entidade atômica regente] da Igreja de Laodicéia [centro Coronário]:
Eis o que diz o Amém [o Íntimo triuno A. M. N.], a testemunha fiel e verdadeira, o
princípio da Criação [da emanação] de Deus.
15. Eu conheço tuas obras, que não és frio [porque não possuis a segurança do Saber],
nem quente [pelo teu fervor devocional, nem por tua fé] Oxalá fosses frio ou quente.

16. Mas por seres morno [sem fé, nem saber] e nem frio nem quente, vomitar-te-ei da
minha boca [porque a mente espiritual não tolera que O Eu Superior tenha sido, durante
muitas vidas, latente, nem frio, nem quente; isto é, sem manifestação].
17. Porque tu dizes: eu sou rico [com meu intelecto] e estou enriquecendo [por meus
conhecimentos] e não tenho necessidade de coisa alguma; e não reconheces que és
um coitado e miserável [enfermo e necessitado] e pobre [de saber], cego [sem luz] e nu
[sem roupa ou aura limpa e pura].

18. Eu te aconselho a que compres de mim ouro refinado [ouro aI químico, depurado] em
fogo [ou pelo misterioso fogo Criador] para que te tornes rico [em Sabedoria] e sejas
vestido de vestes brancas [de aura de pureza] para que não se descubra a vergonha de
tua nudez [de tua pobreza espiritual], que unjas os teus olhos [desenvolvendo a
glândula pineal, o olho interno] com colírio [com a inefável Luz] para que vejas [obtendo
assim a clarividência]

19. Eu repreendo e castigo a todos os que amo: sê pois zeloso e arrepende-te [de tua
negligência e de tua frouxidão].

20. Eis que eu estou à porta [de teu centro com minha Energia Criadora que entra nele a
cada mês, quando a Luz passa pelo signo do seu nascimento] e chamo [a todos os
centros para iluminá-los] : Se alguém ouvir minha voz e abrir a porta [ao meu fluxo e à
minha luz] entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo [e despertará comigo
para o mundo da quarta dimensão e· estaremos sempre unidos conscientemente].

21. Àquele que vencer [o conquistador] eu deixarei que se sente comigo no meu trono [no
Reino Interior], assim como eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono [e sou uno
com Ele, porque já não existe para mim a ilusão da separação]. [A vibração ou som de
todas as vogais produzem poder e autoridade; I E Á O ó U ú].
22. Aquele que tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

RESUMO

"Escrever ao anjo da igreja" significa fazer a Energia Criadora ascender, pela


concentração, a um plexo para obrigá-lo a vibrar e desenvolver toda a sua
potencialidade e, deste modo, convertê-lo em instrumento para manifestar o Eu Sou.

Uma vez desenvolvidos os plexos, por meio da Iniciação interna, então o Eu Sou
revela e desvenda os mistérios internos à consciência e o homem obtém a Onisciência.

Os três capítulos precedentes têm o objetivo de abrir o caminho ao intelecto e de


abrir o olho interior para compreender e ver o que acontece nos capítulos subseqüentes.
CAPÍTULO IV

1. Depois destas coisas [depois do desenvolvimento dos plexos, pela Energia Divina] olhei
e eis que estava uma porta aberta no céu. [Na cabeça por onde se deve contemplar
todos os órgãos e faculdades internas]; e a primeira voz [do Pai, o primeiro Logos] que
ouvi era como uma trombeta que falava comigo, dizendo: Sobe aqui [porque o Eu, cuja
energia abre o tubo até o plexo coronário, já pode sair do Corpo, pelo topo da cabeça e
regressar a ele] e eu te mostrarei as coisas [perfeições] que deverão acontecer
[alcançadas] depois destas [depois da primeira Iniciação interna e depois do triunfo do
Iniciado].
2. Logo fugi em Espírito [em êxtase], e eis que um trono estava posto no céu [o assento do
Pai na cabeceira, no ponto de união dos dois hemisférios do cérebro] e sobre o trono
estava um [Deus] sentado.
3. E o [Deus] que- estava sentado era; na aparência [com seu brilho e fulgor], semelhante
a uma pedra de jaspe e de sardônica [luzes áuricas do espírito] e havia um arco celeste
[íris, com todas as cores dos plexos desenvolvidos, com todas as suas cores
prismáticas] ao redor do trono, semelhante, no aspecto, à esmeralda [ou água-marinha,
que é a aura geral do conquistador de si próprio].
4. E ao redor do trono havia vinte e quatro cadeiras [24 horas do dia, assentos das
hierarquias] e vi sentados nas cadeiras vinte e quatro anciãos [ou hierarcas que são:
doze anjos ou divindades que tiveram que abrir no corpo humano doze portas para
poder trabalhar nele e são os representantes dos doze signos do zodíaco. E os doze
anjos que regem as doze glândulas endócrinas; estes anjos são os operários do Espírito
dentro do homem. Cada anjo preside uma função e trabalha 'Por meio de agregados de
células, centros ganglionares ou glândulas. Todos os assentos ou cadeiras destes
anciãos ou hierarcas estão no cérebro e todos trabalham para o crescimento físico e
espiritual do homem. Todos esses anciãos ou hierarcas obedecem ao iniciado que
aspira à perfeição] vestidos de roupas brancas [auras luminosas], e tinham sobre suas
cabeças coroas de ouro [do esforço por conquistar-se a si próprio, durante a Iniciação
ou o brilho do Saber]

5. E do trono [assento do Lagos na cabeça] saíam relâmpagos [luzes que a auréola do


iniciado despende], e trovões [sons], e vozes [vogais] e [havia] sete lâmpadas [sete
Centros ou plexos] de fogo [a aura dos plexos assemelha-se às sete chamas das
lâmpadas] estavam ardendo diante do trono, as quais são os Sete Espíritos [alentos,
anjos atômicos] de Deus [no mesmo cérebro]
6. E diante do trono havia como um mar de vidro [o mar cristalino do éter no cérebro]
semelhante ao cristal; e no meio do trono e ao redor do trono [acham-se
compenetrados nele] quatro animais [quatro elementos] cheios de olhos na frente e
atrás [como todas as coisas vistas no mundo astral e na quarta dimensão. Estes quatro
animais são os quatro anjos ou Divindades dos quatro pontos cardeais].

7. E o primeiro animal [o espírito do Fogo que outorga o discernimento] era semelhante a


um leão; e o segundo animal [o Espírito da Terra: a ação, a expressão da vontade],
semelhante a um bezerro; e o terceiro animal [o espírito da água: o sentimento
consciente do que se faz] tinha o rosto como o de um homem; e o quarto animal [o
espírito do ar: o pensamento inteligente silencioso] era semelhante a uma águia voando
[os mesmos símbolos da Esfinge: cabeça de homem, garras de leão, asas de águia e
corpo de boi que simbolizam os elementos ou a cruz-corpo sobre a qual o Eu Sou está
colocado].

8. E os quatro animais [Divindades dos quatro pontos cardeais] tinham, cada um de per si,
seis asas ao redor [seis condutos, sentidos ou glândulas e portas. Os quatro elementos
manifestados da Trindade são anjos regentes; dominam as quatro divisões da matéria.
Como cada elemento tem seis asas, os quatro representam os 24 anciãos que não têm
repouso, nem de dia, nem de noite] e por dentro estavam cheios de olhos [eles
trabalham na quarta dimensão, porque a iniciação interior abriu neles a clarividência] e
não tinham repouso, nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, santo, santo o Senhor
Deus Todo-poderoso, que era, que é e que há de vir [que há de manifestar-se em cada
homem].

9. E quando aqueles animais [deidades] davam glória e honra e louvor ao que estava
sentado no trono [no cérebro], ao que vive para todo o sempre.

10. Os vinte e quatro anciãos [anjos atômicos das glândulas e portas] se prostravam diante
do que estava sentado no trono [Pai no cérebro] e adoravam o que vive para todo o
sempre e arremessavam as suas coroas [seus sacrifícios e esforços] diante do trono
dizendo: *

11. Senhor, sois digno de receber glória e honra e virtude: porque vós criastes todas as
coisas e por vossa vontade têm ser e foram criadas.

"O conquistador do primeiro grau da Iniciação interior, durante a vida ou durante uma
encarnação iniciática, comerá da árvore da vida."

* Consultar a minha obra, As chaves do reino interno ou o conhecimento de si mesmo.


CAPÍTULO V

1. E vi, na mão direita daquele que estava sentado sobre o trono, um livro [que é o corpo
humano] escrito por dentro e por fora [na medula espinhal e em suas ramificações
encontram-se todas as ciências do mundo, desde o princípio. Cada inteligência
angelical, que reside nestas regiões, é um arquivo de saber. O corpo do homem é o
verdadeiro livro do saber, mesmo que não tenha folhas de papel, nem linhas escritas à
tinta. Dentro deste livro humano estão escritas as coisas passadas, presentes e futuras.
Este livro de sete selos é o corpo, e é o iniciado que deve abri-Ias na coluna espinhal],
selado com sete selos [com sete centros vitais de força e poder].

2. E vi um anjo forte [divindade atômica] bradando: Quem é digno de abrir o livro [e


descobrir seus segredos] e de desatar seus selos [conhecendo seus arcanos].

3. E ninguém podia, nem no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, abrir o livro [para
poder decifrar seus mistérios].
4. E eu chorava muito, porque não havia sido achado [nenhum anjo, nenhuma deidade,
nem ser] ninguém digno de abrir o livro, nem de o ler, nem [mesmo] de olhar para ele.

5. E um dos anciãos [Hierarca de Leão] me disse: Não chores;eis aqui o Leão [Jeshoua:
Logos Solar, Cristo no coração] que é da tribo de Judá [cujo signo é o Leão no Centro
Cardíaco que é o EU SOU], a raiz de Davi [ou do homem-rei reencarnado] que venceu
[em sua iniciação interna] para abrir o livro e desatar seus sete selos.

6. E olhei; e eis que no meio do trono e dos quatro [seres] animais, e no meio dos anciãos
estava [na glândula pituitária, assento do Filho, do Cristo] um cordeiro [Áries e é idêntico
ao Leão da Tribo de Judá] como que imolado [porque tinha sofrido o ordálio iniciatório]
que tinha sete cornos [poderes] e sete olhos [abertos dos plexos ou centros], que são
os sete Espíritos de Deus enviados a toda a terra [no corpo físico do homem].

7. E ele veio e tomou o livro da destra Daquele que estava sentado no trono [da mão do
Pai e tomou posse do corpo para a encarnação num corpo humano e assim se
converteu no Terceiro Lagos, ou o homem, tal como é na Terra].

8. E quando tomou o livro [encarnando-se] os quatro [seres] animais e os vinte e quatro


anciãos se prostraram diante do Cordeiro [Cristo, Eu SOU], tendo cada um deles harpas
[gânglios nervosos] e taças de ouro [plexos que faiscam] cheias de perfumes
[emanados das boas obras], que são as orações dos santos.

9. E cantavam um cântico novo, dizendo [pondo em tensão todo o organismo, até emanar
vibrações sonoras, coloridas e adoras as que se traduzem em louvores]: Digno és de
tomar o livro e de abrir os seus selos [porque reinas em seus plexos-mundos]; porque
foste imolado [durante várias encarnações] e nos redimiste com teu sangue [veículo do
Eu] de toda linhagem, e língua, e povo, e nação [livrando-nos das múltiplas condições
inferiores de cada estado, conquistando os poderes dos centros vitais, convertendo-se
assim em Rei poderoso do Destino].
10. E nos fizeste, para nosso Deus, reis e sacerdotes [fortalecendo nossa vontade,
limpando nossos corações para converter-nos em reis e sacerdotes] e reinaremos sobre
a Terra [porque o que se domina a si mesmo domina o mundo].
11. E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do Trono [de Deus na cabeça] e dos
animais [seres] e dos anciãos [deuses atômicos]; e a multidão deles era de milhões e
milhões [de energias atômicas inteligentes, diversas e infinitas, cujo mundo é o interno].

12. Que diziam em alta voz: O Cordeiro que foi imolado [o Eu Sou que foi reencarnado
muitas vezes] é digno de receber [e ter os sete cornos que são: ... ] o poder, e riqueza,
e sabedoria, e fortaleza, e honra, e glória, e louvores.

13. E ouvi todas as criaturas que estão no céu [as energias atômicas na cabeça] e sobre a
terra [na superfície do corpo] e debaixo da terra [no interior do corpo] e que estão no
mar [na aura] e todas as coisas que nelas há, dizendo: Ao que está sentado no trono e
ao cordeiro [ao Pai e ao Cristo] seja a bênção, e a honra, e a glória e o poder para todo
o sempre.

14. E os quatro animais [elementos] diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos caíram
sobre seus rostos e adoraram ao que vive para todo o sempre. [E então o iniciado na
vida que alcançou a Consciência Divina, à maneira de Cristo e segundo praticavam os
egípcios, já deve penetrar em seu próprio corpo para descer ao inferno e salvar os
átomos encadeados em seu mundo inferior. Deve se converter em Salvador dos
demais, limpando os erros, carregando sobre si o pecado do mundo. A partir do capítulo
seguinte começa a senda da Iniciação no mundo interno, mundo do Íntimo. A única via
pela qual se pode alcançar este mundo é a via mental ou o pensamento.]

[O Iniciado, para voltar à Unidade com o Deus Íntimo e para construir a cidade santa
ou, como dizem os maçons, para lavrar a pedra bruta, que é o corpo, deve penetrar em
seu mundo interior, assim como em tempos antigos o aspirante devia penetrar no
interior da Grande Pirâmide, em busca da Grande. Iniciação.
Uma vez que o Iniciado penetre em seu próprio coração começará a descobrir os
mistérios e os poderes do homem, os que foram empregados pró e contra ele mesmo e
os demais, porém ele também principia a corrigir seus erros para empregar seus
poderes para a salvação do mundo. O homem, ao abandonar o estado edênico, tomou
o caminho da medula espinhal e dali saiu para o sistema nervoso, para o simpático,
para o corpo de desejos, para o vital, até chegar ao físico; hoje para voltar ao Éden ou à
unidade com o Íntimo, por meio da iniciação interna, deve penetrar pelo coração e
chegar até o centro da medula espinhal, de onde deve descer aos mundos inferiores
para salvar aqueles seres que serviram de degraus para sua subida e ir com eles ao
Pai, como dizia Cristo]

"Na segunda encarnação, o conquistador do segundo grau da Iniciação não receberá dano da Segunda
Morte."
CAPÍTULO VI

1. E olhei [por meio da concentração, a visualização, imaginação e pensamento, e então vi


com o olho interno] quando o cordeiro [o Eu que alcançou a Consciência Divina] abriu
um dos selos [o plexo Cardíaco por onde começa a iniciação ou a entrada no mundo
interno, porque o homem pensa em seu coração e é o mundo do pensamento e da
natureza intelectual; assim é que, quando o Eu Sou dirige o poder Criador ao Centro
Cardíaco tira um dos selos, não o primeiro] e ouvi um dos quatro animais [a divindade
dos elementos do ar, ou o Deus atômico regente destes elementais, os quais,
verdadeiramente, ante o olho clarividente, têm muita semelhança com os animais,
assim como os têm os demais elementos da Natureza) dizendo com uma voz de trovão:
Vem e vê [os elementais do ar, ou anjos do ar trabalharam a mente do homem, ou seu
corpo mental, cuja alegoria é o cavalo branco, aludido no parágrafo seguinte. Domina e
é servido pelos anjos do ar aquele ser que dedica toda a força do pensamento ao
mundo interno. Com uma concentração perfeita, ele pode chegar a montar o cavalo
branco].

2. E olhei [e me concentrei] e eis um cavalo branco [o corpo mental] e o que estava


sentado sobre ele tinha um arco [é o Deus regente do plexo cardíaco. É o Sol no
homem, ou o pensamento divino que maneja seu arco, ou sua mente para iluminar os
átomos mentais inferiores. É como ApoIo ou o Sol, o arqueiro; dispara seu arco,
pensamentos, raios a um ideal elevadíssimo, à iluminação]. E foi-lhe dada uma coroa
[de luz por seu esforço e resistência na iniciação interna] e saiu vitorioso para que
também vencesse [e foi dono e senhor do mundo mental].
3. E quando ele [o Eu Sou] abriu [com a Energia Criadora] o segundo selo [o plexo solar],
ouvi o segundo animal [a divindade dos elementos do fogo, que trabalharam o mundo
das emoções e instintos] que dizia: Vem e vê.
4. E saiu um cavalo vermelho: [vermelho ígneo, ou o mundo passional] e ao que estava
sentado sobre ele [Deus atômico regente deste plexo, que dominou os instintos deste
mundo e pode dominar a prova de fogo] foi dado o poder de tirar a paz da Terra [como
disse Jesus: não vim para semear a paz, mas a guerra] e que se matassem uns aos
outros [os exércitos do inimigo Secreto, ou paixões se dividem] e foi-lhe dada [ao anjo
deste plexo] uma grande espada.
5. E quando [o Lagos] abriu [com o fogo sagrado] o terceiro selo [que é o Esplênico] ouvi o
terceiro animal [o espírito dos elementos da água, que trabalharam no corpo, ou mundo
dos desejos, ou astral] que dizia: Vem e vê.
E olhei e vi um cavalo negro [o corpo dos baixos desejos e sentimentos inferiores] e
aquele [Divindade] que estava em cima dele tinha um peso [uma balança] em sua mão
[por este plexo, o homem obtém saúde e recebe o equilíbrio do sistema nervoso. A
divindade deste centro regula o processo vital. Os átomos inferiores do corpo dos
desejos não vivem senão para comer e fartar-se de alimentos materiais, sem pensar
nos alimentos espirituais que são representados pelo vinho e pelo azeite; por isso estão
sempre famintos de sabedoria].
6. E ouvi uma voz no meio dos quatro animais [ou seres] que dizia: Duas libras de trigo por
um denário e seis libras de cevada por um denário [comidas materiais podem ser
adquiridas e até com escassez], mas não faças dano ao vinho nem ao azeite [o vinho
como agente espiritual e o azeite como produtor de luz: só ele domina o corpo dos
desejos e tem a faculdade de distinguir e alimentar-se com alimentos espirituais e ver a
luz dentro de si mesmo].

7. E quando a Energia pressionou e abriu o quarto selo [o básico ou fundamental] ouvi a


voz do quarto animal [ser, o deus dos elementos da Terra que trabalharam o corpo vital]
que dizia: Vem e vê.

8. E olhei; e vi um cavalo amarelo [o corpo vital dinamizado pela Energia reflete a cor
vermelho-amarelada no iniciado e o vermelho e azul-púrpura no místico devoto]. Aquele
que estava sentado sobre ele [Deus atômico] tinha por nome morte [porque a vida física
é a morte do Espírito que, quando desce ao corpo físico esquece-se de sua origem, de
seu saber e de seu poder] e o inferno [o mundo inferior que jaz no baixo ventre, onde
mora o inimigo secreto chamado Demônio, com seus exércitos] o seguia; e foi-lhe dado
poder [ao iniciado que domina o corpo vital] sobre a quarta parte da Terra [sobre os
átomos das trevas que regem o mundo inferior do físico] para matar com espada
[flamejante], com fome [de saber], com mortandade e com as bestas da Terra [as
paixões baixas que uma vez excitadas matam-se umas às outras e todo reino que se
divide contra si se extingue].

9. E quando ele [o Iniciado] abriu o quinto selo [quando a energia Criadora tomou o
caminho de subida até o Pai e abriu o plexo laríngeo] vi debaixo do altar [no fundo do
plexo] as almas [átomos que habitam os oito raios inativos do mesmo centro. O plexo
laríngeo possui 16 pétalas ou raios, oito dos quais são ativos e os outros latentes] dos
que haviam sido mortos [sacrificados, atrofiados ou os que estão ainda dinamizados
pela Energia criadora, aliás, que estão reprimidos pela palavra de Deus e pelo
testemunho que lhes tinham dado [das coisas espirituais, porque o poder do Verbo
Divino está latente neles].
10. E clamavam em alta voz, dizendo: Até quando Senhor, Santo e verdadeiro, não julgas e
vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a Terra [e dos elementos da vida carnal
e passional, os quais decretaram nosso atrofiamento e morte durante o ciclo da
reencarnação]?

11. E lhes foram dadas a cada um vestes brancas [aura de luz] e lhes foi dito que
repousassem ainda um pouco de tempo? Até que se completasse o número de seus
servos e seus irmãos [de todos os demais centros e suas pétalas sejam energizadas e
entrem em ação, quando a Energia Criadora os vitalizar] que também haviam morrido
como eles.

12. E vi quando ele abriu o sexto selo [do frontal] e eis que houve um grande terremoto [e a
glândula pituitária, trono do filho, ao receber a força regenerativa estremeceu] e o Sol [a
mente] se tornou negro como um saco de silício [obscuro, sem poder pensar] e a Lua se
tornou toda como sangue [o intelecto se apagou].
13. E as estrelas do céu [os pensamentos do intelecto] caíram sobre a Terra
[desceram sobre o mundo inferior por erros e inexatidões] como a figueira lança seus
figos quando é movida por grande vento.
14. E o céu retirou-se [e todo o cérebro se ofuscou] como um livro que se enrola; e todos os
montes [plexo] e ilhas [glândulas que funcionavam] foram removidos de seus lugares
[deixavam de funcionar].
15. E os reis da Terra [as forças regentes do mundo inferior] e os príncipes, e os ricos e os
capitães e os fortes e todos servos e todos libertos [e todas as forças e faculdades infe -
riores] se esconderam nas covas e nos penhascos das montanhas [e se ocultaram em
todos os refúgios e labirintos do mundo inferior do corpo].

16. E diziam aos montes e aos penhascos: caí sobre nós e escondei-nos da face daquele
que está sobre o trono e da ira [fogo] do Cordeiro [a quem sempre combatemos,
retardando a realização de sua obra].

17. Porque o grande dia de sua ira [seu poder] é vindo; [o grande dia de seu triunfo] e quem
poderá estar firme? [ante o advento da Superconsciência todo poder intelectual
decresce e se elimina]. *

* Ler: "O Quaternário e a Unidade" in As chaves do reino interno.


CAPÍTULO VII

1. E depois destas coisas [estes processos] vi quatro anjos [divindades que modulam o
alento] que estavam sobre os quatro ângulos da Terra [corpo físico] detendo os quatro
ventos da Terra, para que não soprasse o vento sobre a Terra [físico] nem sobre o mar
[astral] nem sobre nenhuma árvore [mental].

2. E vi outro anjo [o quinto alento] que subia do Oriente [do átomo Nous do coração], o
alento da vida chamado pelos iogues de Prana, que se manifesta em cinco elementos
chamados Tatwas; cada um deles atua sobre uma parte do corpo humano, ou como foi
dito, sobre os quatro ângulos da Terra.
Estas cinco divindades ou Tatwas são chamadas:
1.º) Prithivi e se relaciona com o elemento Terra
2.°) Apas e se relaciona com o elemento Água
3.°) Tejas e se relaciona com o elemento Fogo
4.°) Vayú e se relaciona com o elemento Ar
5.°) Akash e se relaciona com o elemento Éter

Estes cinco elementos se relacionam com os cinco sentidos:


1.º) Prithivi --- terra --- olfato
2.°) Apas --- água --- paladar
3.°) Tejas --- fogo --- visão
4.°) Vayú --- ar --- tato
5.°) Akash --- eter --- audição

Cada hora de respiração está integrada por cinco ciclos durante os quais um
desses elementos exerce sua influência.

A terra, durante 20 minutos, exerce sobre o homem sua influência e faz dele,
durante este lapso, um ser egoísta.
A água, 16 minutos e nos faz. dóceis [ternos].
O fogo, durante 12 minutos, faz-nos ardentes e apaixonados.
O ar, durante 8 minutos, nos faz inquietos: impetuosos.
O éter, durante 4 minutos, nos faz emotivos: inspirados.

A cada hora a respiração flui por uma fossa nasal, formando 12 ciclos de duas
horas [uma positiva e outra negativa] que correspondem à passagem de cada signo do
zodíaco pelo meridiano que habitamos. Quando conhecemos o instante em que cada
signo ocupa nosso meridiano, podemos saber qual o elemento que rege nossa
respiração e a parte do corpo que é afetada. Uma tabela de horas siderais que ocupa o
meridiano a qualquer hora, permite ao aspirante a fazer os exercícios respiratórios para
ativar as funções que lhe interessam.

O Sol, durante 12 horas por dia, atua positivamente na respiração, dando-nos o


positivo; a Lua, durante as 12 horas da noite, emana eflúvios negativos do signo em que
está

O iniciado não é um ser desocupado e preguiço pode dedicar todos os seus dias ao
estudo das tabelas dos signos e horas siderais para praticar os seus exercícios. O
Iniciado é um ser que domina as estrelas por meio de seus pensamentos positivos e
absorve, à vontade, as energias atômicas de que necessita a cada instante e em
qualquer lugar.

"Formou, pois o Senhor Deus, o homem do barro da terra e soprou em seu nariz o
sopro da vida e foi feito o homem em alma vivente." O sopro da vida que animou Adão
foi-lhe dado pelo nariz, ou seja, no ato de respirar. O homem inspira o sopro de Deus.
O ar que respiramos está cheio de átomos negativos e positivos criados por nossos
pensamentos, desde a formação do mundo; e ao serem desperdiçados, pela qualidade
de nossos pensamentos, de uma classe deles, a outra chega a nossos pulmões com
excesso de potencial em uma das fases.
O excesso será positivo ou negativo, de acordo com o pensamento· e de acordo
com a narina por onde penetra. O sangue se impregna desse potencial e o distribui por
todo o organismo, ocasionando as seguintes reações:
Cada respiração purifica 2 litros de sangue, ou 800 litros por hora e mais de 20.000
litros por dia.
De acordo com o pensamento, este caudal de sangue impregna as células, as
glândulas, os neurônios, os hormônios, os centros psíquicos, etc., modela o nosso ser
físico, mental e espiritual e nos faz sentir, pensar e trabalhar segundo a vontade dos
átomos atraídos pela classe dos pensamentos concebidos durante a respiração.
A respiração simultânea é a que flui por ambas as fossas nasais de uma vez. No
homem normal, tem lugar nos períodos em que muda o fluxo, que abarca cerca de cinco
minutos. Durante este período, trabalham os dois nervos e estão ativos
simultaneamente a Pingala e a Ida [o simpático e o vago] o que ocasiona o trabalho de
Shushumna [o do meio ou central].
Durante a respiração simultânea, o poder do homem se equilibra, porém, também
tem lugar o deslocamento de maior esforço. Assim, os arrebatamentos de paixão, os
atos impulsivos, os grande feitos, etc., são executados durante a respiração simultânea,
porém, imediatamente depois de ter estado ativa a fossa nasal direita. Pelo contrário, os
atos de rancor, o descomedimento, a inveja e as baixas paixões também ocorrem
durante essa respiração, porém depois que tenha estado ativa a fossa nasal esquerda.
"Vigiai e orai para que não entreis em tentação", disse Jesus. Em todos os casos o
fluxo simultâneo intensifica a emoção predominante e faz com que a pessoa perca o
domínio de suas faculdades e sinta, pense e trabalhe de maneira mais violenta que
durante o fluxo de uma das fossas nasais. Quando o homem vela e ora, mantém seus
pensamentos sempre puros, regula a distribuição do Prana ou alento de vida, nos
órgãos da procriação física e intelectual, fazendo que umas vezes desça ao centro
sexual e outras subam ao Plexo Solar e cérebro, de acordo com a idéia que predomina
em cada instante.

Na respiração simultânea, a Serpente de Fogo vibra com maior força e dirige seu
poder na direção de onde se concentra o pensamento. Esta direção de energia pode
determinar:
1.º) A inspiração mental, se sobe ao cérebro.
2.°) A fúria sexual, se desce aos órgãos sexuais.
3.°) A potência física, se se acumula no plexo solar.

Esta respiração no homem comum ocasiona o excesso que o conduz a extremos


perigosos; porém, no Iniciado no mundo interno, produz o equilíbrio da Lei.

O Iniciado sempre busca o equilíbrio, pelo amor impessoal, pelo sacrifício; respira,
durante o maior tempo de sua vida, pela respiração simultânea para a maior eficácia e o
melhor cumprimento da lei.

O alento,· origem da vida, manifesta-se nos cinco princípios elementais, conhecidos


pela filosofia iogue pelo nome de Tatwas. Esses Tatwas são forças naturais, sutis, que
podem ser considerados como modificações na vibração do éter.

Cada uma destas modificações atua em um dos cinco sentidos do homem. Assim,
o Sol corresponde ao ratwas tejas, o fogo influi sobre os olhos e sobre a visão; a Lua
influi em Apas, a água, que se aplica ao gosto e assim cada planeta tem sua influência
em cada Tatwa. Prithivi, a Terra, rege o olfato; Akash, o éter, rege o ouvido; Vayú, o ar,
rege o tato e a linguagem.
Os Upanishads dizem: "O Universo é originado pelos - Tatwas, sustentado pelos
Tatwas e se dissolve nos Tatwas." Nós podemos dizer que o homem é filho de seus
sentidos: pelos sentidos vive, pelos sentidos se mantém e por eles morre.
Estes Tatwas são como princípios cósmicos energéticos e vitais; enquanto
produzem a matéria, animam-na com suas energias ..

Eles se refletem nos sentidos com as diferentes funções orgânicas e regulam as


manifestações em todos os seus aspectos. O tato pertence ao corpo físico, o paladar,
aos instintos, o olfato, ao corpo de desejos, a audição, ao mental e a visão, à vontade.

Os cinco sentidos são as expressões do quíntuplo, como as cinco funções


vegetativas: respiração, digestão, circulação, excreção e reprodução. O quíntuplo é o
número que preside o domínio do Eu Sou.

Os sentidos são as janelas do TempIo-Corpo; eles conduzem li luz do mundo


externo, porém também o homem recebe a Luz Interna, e por meio deles pode atuar
sobre o mundo externo.

O Iniciado transforma essas cinco cadeias que o prendem ao poder da ilusão, em


úteis instrumentos do Eu. Os cinco sentidos são os cinco talentos dos quais falou Jesus,
no capítulo 25 do Evangelho de São Mateus e no capítulo 19 de São Lucas.

Cada homem possui cinco sentidos e está obrigado a trabalhá-Ios e a duplicá-Ios.


Um sentido bem educado dá um talento interno e, dessa maneira, os cinco talentos se
duplicam com o justo uso, para dar contas ao Senhor, em seu regresso, na segunda
vinda.
Já dissemos que o Alento é o criador dos cinco sentidos. Uma de suas vibrações
desenvolve a vista.

A visão é o primeiro sentido, ao qual deve-se dar a maior importância. O Iniciado


deve praticar e aspirar a ver a Luz
Interna da Verdade, emanada do EU SOU, para dirigir, segundo esta Luz, todos os
pensamentos e construções mentais e, segundo este processo, o Iniciado se modifica
em correspondência à visão interna.
Jesus disse: "A candeia do corpo é o olho [interno, a glândula pinealJ, de sorte que,
se teu olho for bom, todo o teu corpo terá Luz; se, porém, o teu olho for mau, todo o teu
corpo será tenebroso. Se, portanto, a Luz que em ti há são trevas, quão grandes serão
tais trevas?"
Esta é uma verdade. A visão interna é aquela faculdade imaginativa do homem, a
sua fé, que opera milagres.
O que vemos influi em nossa mente, e nossa imaginação contribui para sermos o
que somos. Tal como o homem pensa em seu coração, assim ele será.
Por sua vez, o que somos, sentimos e pensamos de nós mesmos modifica nossa
visão interna e externa. Felicidade, desgraça, beleza, fealdade, etc., estão dentro. de
nosso sentir interno; por esta razão, duas pessoas distintas, ante as mesmas coisas ou
circunstâncias, as verão de· uma maneira distinta.
O Iniciado deve adquirir a visão perfeita exterior e interiormente, em todos os seus
feitos: No mundo exterior, deve olhar e contemplar tudo o que pode elevar seu espírito
aos mundos superiores; motivos não faltam, como, por exemplo, quadros pictóricos,
pradarias, flores e tudo o que nos oferece a mãe natureza de belo; no mundo interno,
deve visualizar tudo o que for positivo, construtivo, para ter o olho interno sempre
luminoso, para iluminar o próprio caminho e o dos demais.
Uma visualização baixa e densa obscurece o olho interno ou a glândula pineal;
nunca devemos interpretar maio que vemos no próximo.
Toda atividade externa é a expressão da visão interna. Toda realização foi revelada
pela visão íntima. As travas externas existem para o homem, na medida em que sua
visualização interna se acha limitada pelos erros que possui das coisas.
A visualização positiva é o centro do Poder nas mãos do Iniciado; todo limite
exterior desaparece ante a visão perfeita que nos conduz ao progresso.

A visão interna positiva se desenvolve pela aspiração ao belo, aquela aspiração


que nos dá o domínio absoluto das emoções que se produzem à vista de coisas raras e
inesperadas. Esta prática desenvolve a vontade de uma maneira surpreendente.

A visão positiva nos depara com a ocasião de receber o primeiro talento da


consciência interna e perfeita das coisas.
Com ela, o homem recebe um aumento de energias que o impulsionará a ser mais
ativo e lhe dará maior grau de força produtiva.

Esta força põe em jogo suas faculdades intelectuais e dá uma confiança absoluta
em si mesmo e até os olhos físicos funcionarão melhor.

Esta é a ciência da contemplação; porém, deve-se contemplar sempre o belo até


no feio, mas nunca deve-se contemplar o que é feio. Segundo a beleza interior de nossa
mente, podemos encontrar o grau de beleza nas coisas. Uma mente maligna não pode
achar nada bom, nem nas coisas, nem nos homens.

O segundo talento é o ouvido. O homem determina o que pensa e crê pelo que
ouve. O ouvido é a base da fé e confiança em todas as suas manifestações.

Segundo o que o homem vê, sabe; e segundo o que ouve, conhece; porém o
melhor conhecimento é o que nos vem da voz interior, que sempre nos fala e à medida
que a escutamos, dirige o curso de nossos pensamentos, determinações, palavras e
obras. A voz interior, análoga à visão interior, adverte-nos a cada momento para que
nos livremos da queda.
O anjo da espada, que se acha na porta do Éden, examina por meio do ouvido a
qualidade das vibrações da palavra que quer entrar em nossa consciência, e só admite
as palavras positivas e construtoras, que vibram em harmonia com o Verbo Divino.

O Iniciado deve sempre tratar de ouvir o sublime, o belo de todas as artes, até
chegar a possuir o sentido estético no ser psicológico e no centro intelectual. Tudo fala
aos sentidos para formar e embelezar o intelecto.

Nunca se deve ouvir a injúria, a calúnia, a difamação, a crítica e tudo o que possa
ferir a natureza humana. Sempre se deve aspirar e concentrar na Voz Interna, ou Voz
do Silêncio, chamada assim, porque silencia os sentidos e nos· comunica o saber do
íntimo, neste estado.

A visão nos dá a consciência da verdade que desenvolve nossa vontade; o ouvido


nos outorga a Fé; o tato nos revela o Amor. As mãos são as mensageiras da mente:
devem ter um tato refinado, tanto moral como material, para não ferir.

Diz um refrão: deve-se trabalhar com tato. Trabalhar com tato é uma coisa muito
importante, pois de nosso tato depende o êxito; porque trabalhar com tato é trabalhar
com prudência, com talento e, em conseqüência, com amor, que é o terceiro talento
dado pelo íntimo ao homem.
Porém o amor deve ser impessoal, por isso disse Jesus:
"Que tua mão esquerda não saiba o que fez a mão direita", quer dizer, amor, puro,
desinteressado e sem esperança de recompensa.

O quarto talento, pertence ao paladar. O paladar é o guarda do templo ou o sentido


que representa o Anjo da Guarda.

Assim como o homem, por meio da inteligência, deve escolher alimentos sãos para
manter o corpo são, assim o Iniciado deve buscar o gosto espiritual da individualidade.

Um homem de gosto é um homem que transcendeu o vulgar para adquirir a


elegância do superior, do elevado, para domar os instintos que, por não serem domados
a tempo, serão um obstáculo aos esforços do aspirante. Não se deve esquecer que o
paladar é o único sentido que tem relação direta com o centro instintivo.
O quinto talento é o olfato, que representa o segundo anjo, porque tem muita
relação com o paladar; é o guardião exterior do templo-corpo.
Sobre o olfato está baseada a ciência da respiração, cuja influência está
comprovada sobre a parte mais sutil e delicada de nosso ser: sobre os sistemas
nervoso, simpático e a inteligência.
O Iniciado deve purificar seu ambiente mental para poder respirar átomos puros
que tenham relação íntima com o pensamento.
Desta maneira, pode introduzir em seu corpo o ar mais puro dos Tatwas indicados
anteriormente.
O homem deve exalar olor de santidade. Esta frase não é alegórica nem poética, é
uma verdade, porque o homem santo emana realmente um olor agradável, o qual,
mesmo que não seja percebido pelo sentido do olfato físico, é muito penetrante para o
sentido psíquico.
Uma vez dominados os sentidos, segundo estas práticas, o homem pode devolver
ao seu Íntimo os cinco talentos duplicados e o Íntimo Senhor e Dono lhe diz: "Bom
servo, sobre pouco tens sido fiel, sobre muito te porei, entra no gozo de teu Senhor",
isto é, "sê um comigo."
Tendo o selo do Deus vivo: e clamou em alta voz aos quatro anjos, aos quais era
dado fazer dano à Terra e ao mar [o quinto anjo que subia do oriente é o anjo do átomo
Nous, que emana seu poder do coração, enquanto que os quatro anjos que estavam
sobre os quatro ângulos da Terra são os quatro poderes do Nous. O quinto anjo
representante do Nous leva o selo, ou a luz do "Deus Vivo". O mesmo Nous é o
representante do segundo atributo, chamado filho do absoluto. O átomo-Filho se acha
na glândula pituitária e seu representante é o átomo Nous no coração e é essencial
para a perfeita manifestação da matéria. Nous é às vezes Negativo e Positivo. Seu anjo
ordena aos quatro anjos Tátwicos da terra e do mar, isto é, do físico e do astral].

3. Dizendo: "Não danifiqueis a terra [físico], nem o mar [astral ou mundo dos desejos], nem
as árvores [pensamentos], até que assinalemos as frontes dos servos de nosso Deus
[porque o iniciado que se conquista a si mesmo deve iluminar seus anjos atômicos e
selar os mais elevados com o selo do Deus vivo; deve conquistar os átomos inferiores,
por meio do alento tátwico e não, como acreditam e ensinam alguns, matar os desejos
e os instintos para ganhar ,o céu].
4. E ouvi o número dos assinalados: cento e quarenta e quatro mil assinalados [este é o
número da humanidade 1 + 4 + + 4 + 000 = 9 ou o que significa que o Iniciado sela com
o selo de Deus Vivo todos os átomos que laboraram nas doze glândulas endócrinas e
que são como tronos das doze faculdades do espírito] de todas as tribos dos filhos de
Israel [quando o Iniciado, por exemplo Jesus, adquire a perfeição espiritual de fato,
começa a desenvolver poderes de maior amplitude, enviando seu pensamento,
aspiração e respiração aos centros ocultos de seu organismo, para despertá-Ios e
saturá-Ias de energia].
Também o número 144.000 representa os deuses atômicos que estão
concentrados no cérebro, dependentes dos doze hierarcas que regem as doze
faculdades do Espírito, porque o hierarca maior tem sob suas ordens doze hierarcas
menores e cada um destes dirige mil átomos construtores, os quais se diferenciam em
incontáveis forças menores que, no versículo 9, se acham com roupas brancas diante
do trono.

Assim como a Mente Intelectual dispõe de cinco sentidos para suas investigações
no mundo físico, assim o espírito do homem, no reio da subconsciência, a que esse
espírito preside, dispõe de doze centros de ação como de outros instrumentos, com
doze egos ou entidades que presidem estes centros.
Quando Jesus adquiriu um certo grau de perfeição espiritual, chamou a si seus'
doze discípulos, querendo significar com isso que, quando o homem evolui de sua
consciência pessoal para a consciência cósmica ou infinita, de fato necessita e começa
a desenvolver poderes de maior amplitude e profundidade, enviando seu pensamento
aos centros ocultos de seu organismo, desenvolvendo-os e saturando-os de energia,
de eletricidade e de vida, por meio do Verbo, da palavra, expressão externa do
pensamento.

Estes centros ou poderes começam, então, sob o comando do pensamento e da


palavra, a desenvolverem-se, a expandirem-se, a adquirirem um poder novo que
excede a individualidade e alcança a universalidade.

A segunda vinda de Cristo, em sua linguagem simbólica, só quer dizer que, no


princípio, o espírito humano, que as Escrituras chamam de CRISTO, percebe a verdade
na mente consciente ou alma, porém chega um momento em que esta verdade penetra
mais profundamente [segunda vinda], desperta os doze centros do espírito, ou Cristo,
regenera a subconsciência e a converte em superconsciência, que é a segunda vinda.

O mesmo processo que a organização industrial percorre, ocorre no homem,


governado por seu espírito. À medida que cresce a magnitude da organização industrial,
cresce a necessidade do sistema de delegar e de vigiar. Um só homem torna-se
incapaz de levar a cabo todo o trabalho, de modo que necessita de um ajudante, logo
dois, logo mais e mais, até que chegam a ser uma legião. O trabalho se divide em
departamentos, presididos pelos doze apóstolos, ou seja, as doze grandes faculdades
do espírito humano.

Eis aqui por que, ao chegar a um certo grau de desenvolvimento e de


conhecimento espiritual, é preciso começar a pensar com quais ajudantes se pode
contar, como comunicar-Ihes ordens, como desenvolvê-Ios e como encarregá-Ios de
seus respectivos departamentos. Muitos homens, muito inteligentes e muito cultos,
fracassam tristemente nesta vida, simplesmente por falta de desenvolvimento deste ou
outro centro, enquanto que outros ignorantes e de curto alcance, triunfam,
simplesmente porque, instintivamente, contam com seus ajudantes respectivos, aos
quais confiam parte de seu labor.

O Chefe de cada um destes departamentos preside a uma certa função do espírito,


trabalha por intermédio de um agregado de células, que a fisiologia chama "centro
ganglionar", ou seja, as glândulas endócrinas. O grande centro de todo esse sistema
está no topo da cabeça, onde reside, como uma verdadeira luz intensa o EU SOU, o
Je-ho-vá de Moisés. A frenologia coloca neste local a espiritualidade. Na linguagem
alegórica da vida de Jesus, designa-se este sítio com o nome de A MONTANHA, para
onde Jesus se retira freqüentem ente para orar.

Damos em seguida os nomes dos doze apóstolos, indicando o centro nervoso que
cada um deles preside e a faculdade que representam. Note-se que na Bíblia eles
sempre são mencionados aos pares:
1. Fé e PEDRO Centro do cérebro Pineal
2. Fortaleza ANDRÉ Região dos rins Supra-renais
3. Acerto e TIAGO Boca do estômago Pâncreas
4. Amor JOÃO Exatamente atrás do coração Timo
5. Poder e FILIPE Raiz da língua Tireóide
6. Imaginação BARTOLOMEU Glândula entre os olhos Pituitária
7. Sabedoria e TOMÉ Cérebro frontal direito
8. Vontade MATEUS Cérebro frontal esquerdo
9. Ordem e TIAGO, Filho de Afeu Umbigo Apêndice
10. Eliminação TADEU Término da espinha Espinha dorsal ou sacro
11. Zelo e SIMÃO CANANEU Medula, parte posterior do cérebro
12. Vida JUDAS Glândulas sexuais

A fé produz Força e esta aciona novamente a fé. O Amor sem acerto é desastroso
e ambos juntos produzem a aquisição da riqueza. A imaginação cria e o Poder se
expressa imaginativamente; a Sabedoria e a Vontade marcham sempre unidas. A
ordem e o céu caminham com a Reprodução Humana; e a Reprodução Humana e a
Reprodução Material levam consigo o zelo.

Nem a colocação nem os nomes destas faculdades são arbitrários. Por sua vez,
estas faculdades se dividem e se subdividem à medida que se desenvolvem. Assim, o
Poder, colocado na raiz da língua, governa o paladar, controla a ação da laringe e as
vibrações da palavra controlam a ação do homem. A Ordem se subdivide em Harmonia,
Paz, e Gozo. A Fé compreende a Confiança e a Fortaleza. A Energia, a Imaginação e a
Visualização se complementam. O acerto significa também Justiça, justa apreciação
dos feitos dos homens, justo julgamento. O Céu leva consigo o Entusiasmo e, em seu
extremo, encontra-se o fanatismo religioso ou político. A Vida cobre a Reprodução e a
Saúde. A eliminação refere-se às toxinas: a digestão e a purificação de todo
pensamento ou emotividade negativos.

Cada um destes Centros pode e deve se desenvolver por meio de afirmações ou


negações, ou [se já tenha chegado a uma compreensão completa da Individualidade e
da Unidade Cósmica] por meio da Comunhão com o Infinito. Quando o Batismo da
palavra banha um Centro, este desenvolve a Vontade, o Acerto, a Imaginação, a Saúde,
a Prosperidade, o Poder, o Vigor, a Harmonia, a Fé, ·a Paz. As células se eletrificam, se
vitalizam e se renovam se se concentra nelas o pensamento, se com elas dialogamos,
especialmente enquanto estejam em repouso absoluto a mente consciente e o corpo.

A metade de nossas células está constantemente em atividade: desperta, vibrante,


eletrificada, e a outra metade dorme. Eis aqui o poder que pode despertar, fazer vibrar,
comunicar nova vida às células todas de nosso organismo. Os que ignoram estes
métodos chamam de milagres os resultados que são obtidos.

Deve-se manter o equilíbrio de todas as nossas faculdades, desenvolvendo


aquelas que se encontram estacionadas e moderando aquelas que tenham um
excessivo e danoso crescimento.' Todas aquelas devem ser presididas
harmonicamente pelo Centro Espiritual, o Cristo, o EU SOU, o Ego, situado no topo da
cabeça, a partir de onde a personalidade do homem comunga serena, confiante,
tranqüilamente com o infinito.

5. Da tribo [faculdade do Espírito] de Judá [glândula pineal, base da Fé] doze mil
assinalados. Da tribo de Rúben [percepção, acerto: pâncreas] doze mil assinalados.

6. Da tribo de Aser [vontade: cérebro frontal esquerdo] doze mil assinalados.

Da tribo de Neftali [eliminação; egoísmo: sacro] doze mil assinalados.

Da tribo de Manassés [juízo: tireóides] doze mil assinalados.

7. Da tribo de Simeão [conhecimento: cérebro frontal direito] doze mil assinalados.

Da tribo de Levi [associação: apêndice] doze mil assinalados.

Da tribo de Issacar [amor e ódio: timo) doze mil assinalados.

8. Da tribo de Zabulon [fecundidade: glândulas sexuais] doze mil assinalados.

Da tribo de José [simpático: cérebro posterior] doze mil assinalados.


Da tribo de Benjamim [poder da aflição: supra-renais] doze mil assinalados [selados].
9. Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma grande multidão· [os incontáveis átomos
luminosos que trabalham sob as ordens das hierarquias superiores] a qual ninguém
podia contar; de todas as gentes, e linhagens, e povos, e línguas [que passaram pelos
ciclos das reencarnações], e que estavam diante do trono [no cérebro] e na presença do
Cordeiro [Cristo, Eu Sou], vestidos de roupas brancas [auras de Luz pura] e com palmas
nas suas mãos [sinal de Triunfo na iniciação ou Reencarnação].
10.E clamavam em altas vozes, dizendo: Salvação a nosso Deus que está sentado sobre o
trono e ao Cordeiro.

11.E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais
[seres]; e se postaram sobre seus rostos diante do trono e adoraram a Deus [recebendo
sua Luz e Poder],

12.Dizendo: Amém: a bênção, e a glória, e a sabedoria, e a ação de graças, e a honra, e o


poder, e a força [os sete atributos dos sete plexos desenvolvidos] sejam ao nosso Deus
para todo o sempre. Amém.
13.E respondeu um dos anciãos, dizendo: Estes que estão vestidos de roupas brancas,
quem são e de onde vieram?

14.E eu lhe disse: Senhor, tu o sabes. E ele me disse: Estes são os que vieram da grande
tribulação [de seu encarceramento no corpo físico durante muitas vidas], e lavaram suas
roupas [e limparam suas auras das baixas paixões], e as alvejaram no Sangue do
Cordeiro [Eu Sou que foi crucificado sobre a matéria, utilizando seu sangue como
veículo para a libertação e para a identificação com o Pai].

15.Por isto, estão [estes átomos de luz no cérebro] diante do trono de Deus e o servem dia
e noite em seu templo; e aquele que está no trono terá seu tabernáculo entre eles.

16.Não terão mais fome [de saber], nem sede [de justiça] e o Sol não cairá mais sobre eles
[porque eles já são identificados com o Sol espiritual] nem calor algum [porque eles
serão o fogo divino],
17.Porque o Cordeiro [Eu Sou] que está no meio do trono irá pastoreá-los e os guiará às
fontes de água viva: [perfeição] e Deus limpará de seus olhos toda lágrima [porque
depois de seu triunfo no ordálio estarão mais além das mudanças do tempo e do
estado e serão um com Ele].

"O triunfador na terceira vida, ou encarnação, merecerá receber o terceiro grau da Iniciação e, com ele,
receberá uma pedrinha branca com um nome novo."
CAPÍTULO VIII

1. E depois ele abriu o sétimo selo [o coronário onde se produz o equilíbrio e onde reina a
meditação mística e o silêncio] e se fez silêncio no céu por quase meia hora [o tempo
necessário para a perfeita meditação para que este ponto, eixo do sistema nervoso,
comunique seu poder e suas vibrações aos demais centros].

2. E vi os sete anjos [dos Centros] que estavam diante de Deus [no corpo] e lhes foram
dadas sete trombetas [depois da iniciação e do desenvolvimento do sétimo selo que se
radica na glândula pineal, cada centro é despertado com seus sentidos internos e a
corrente Criadora produz um som vibrante nele, como o som da trombeta].

3. E veio outro anjo e parou diante do altar, tendo um incensário de ouro [é o coração, altar
do íntimo, altar de ouro onde o Iniciado ou Sacerdote devem queimar o incenso do
serviço e do amor no lugar Santo, antes de poder penetrar no Santo dos Santos] e lhe
foi dado muito incenso [pelo próprio esforço no serviço] para ser acrescentado às
orações de todos os santos [que sofreram as mesmas ordálias] sobre o altar de ouro
que estava diante do trono [ou no coração].

4. E o fumo do incenso [o aroma do serviço desinteressado] subiu da mão do anjo


[Divindade atômica no coração] até diante de Deus, com as orações dos Santos.
5. E o anjo [Divindade], tomou o incensário [o pensamento] e o encheu do fogo do altar [do
fogo do amor do coração] e o arremessou sobre a terra [no corpo] e houve trovões [nos
sentidos psíquicos] e vozes e relâmpagos e terremotos [porque os mundos inferiores,
ao receber as energias dos sete anjos cerebrais, sentem um forte abalo, comparável
aos terremotos. Sentem também os sons vibrantes na aura, isto é, as trombetas dos
anjos].

6. E os sete anjos [regentes dos plexos] que tinham as sete trombetas [as sete vogais da
Palavra Sagrada e perdida] se prepararam para tocar [para vocalizar o mantra sagrado
ou a Palavra Sagrada Perdida].

7. E o primeiro anjo tocou a trombeta [vocalizou o primeiro som depois de receber a


corrente divina e Criadora] e formou-se uma chuva de granizo e fogo mesclada com
sangue [as formas dos pensamentos criados pelo intelecto e das paixões ardentes e do
fluido áurico foram condensados] e foram lançados na Terra [ou na parte inferior do
corpo físico] e a terça parte das árvores [dos pensamentos] foi queimada, e todas as
ervas verdes foram queimadas [os sentimentos que mantêm o desejo].

8. E o segundo anjo tocou a trombeta [vocalizou a segunda letra da palavra sagrada] e


como um grande monte ardendo em fogo [a ardorosa vibração] foi lançada ao mar [no
corpo de desejos] e a terça parte do mar [ou dos desejos carnais] se tornou sangue.

9. E morreu a terça parte das criaturas que estavam no mar [que são os desejos do corpo
astral inferior] e que tinham vida [recebida do intelecto] e a terça parte dos navios se
perdeu [as causas e promotores que conduziam estes desejos ao mundo externo].

10. E o terceiro anjo [do centro magnético] tocou a trombeta [vocalizou a terceira letra
sagrada da palavra perdida] e caiu do céu [cabeça] uma grande estrela [a força
luminosa da Energia Criadora] ardendo como uma tocha, e caiu na terça parte dos rios
[do sistema nervoso-simpático] e nas fontes das águas [dos prazeres e desejos].

11. E o nome da estrela é Absinto [a amargura que se saboreia depois de cada prazer
ilícito e que se converte em dor]. E a terça parte das águas. [desejos baixos] se
transformou em absinto [os prazeres são transmutados em amarguras] e muitos
homens morreram pelas águas [de suas paixões] porque se tornaram amargas.

12. E o quarto anjo [do centro magnético] tocou a trombeta [vocalizou a quarta letra] e foi
ferida a terça parte do Sol [a mente], e a terça parte da Lua [do intelecto], e a terça parte
das estrelas [dos pensamentos produzidos pelas duas polaridades] de tal maneira que
se obscureceu a terça parte delas [e estas forças se neutralizaram pelo equilíbrio que
eleva a consciência a um plano superior] e não iluminavam a terça parte do dia [do
conhecimento intelectual] e igualmente da noite [do instinto].

13. E olhei e ouvi um anjo [águia: o Pensador iluminado] voar pelo meio do céu [cabeça]
dizendo em alta voz: "Ai! Ai! Ai! daqueles que moram na Terra [dos átomos do desejo
corrompido que moram no baixo ventre e no sistema nervoso inferior], por causa da
trombeta dos três anjos [dos três centros restantes] que hão de tocar" [porque a
vocalização das três letras restantes tem o poder de abrir as portas do inferno no
homem, de onde aparecerão todas as dores e tormentos; porque os átomos sexuais
luxuriosos se converterão em instrumentos de dor e de fogo que aniquilam a
individualidade e fazem com que ela padeça a horrível "Segunda Morte". O abuso desta
função Criadora constitui o mais terrível dos crimes, que é a blasfêmia contra o Espírito
Santo e que é o pecado imperdoável. A Energia sexual é uma tremenda arma nas mãos
dos magos, ou daquele que sabe que, com sua Força Criadora, o homem pode se unir
ao seu Instinto e mais facilmente ao seu demônio. Ê o pensamento o que atrai à
espinha dorsal o fluido sexual para depositá-Ia em sua respectiva bolsa; se o desejo é
animal ou satânico, e causa o derramamento do fluido, milhões de átomos demoníacos
serão atraídos dos infernos pelo corpo de desejos, para substituir os derramados,
porém se este fluido for contido por um pensamento de pureza, sua luz volta ao corpo
de desejos e aparece mais astral, ou brilhante].

(Consultar as obras: As chaves do reino interno e A sarça de Horeb ou o mistério da serpente.)


CAPÍTULO IX

1. E o quinto anjo [do Chakra] tocou a trombeta [vocalizou a quinta letra] e vi uma estrela
[a imaginação] que caiu do céu [cabeça] na Terra [no baixo ventre ou inferno]; e foi-lhe
dada a chave do poço do abismo [a chave do Inferno que -é o pensamento].

2. E abriu o poço do abismo [do baixo ventre pelo pensamento] e subiu fumo [do fogo do
sexo] do poço, como o fumo de uma grande fornalha; [e penetrou no sistema nervoso] e
obscureceram-se o Sol [o entendimento] e o ar [pensamento] com o fumo do poço
[ardor libertino do sexo].

3. E do fumo [libertino] saíram gafanhotos [entidades criadas pela libertinagem] sobre á


terra [o físico] e foi-Ihes dado poder, como o poder que têm os escorpiões da Terra
[para aguilhoar, envenenar e atormentar].
4. E foi-Ihes mandado que não fizessem dano à erva da Terra [à percepção], nem às
verduras [e ao sentir que mantém vivo o desejo do homem] mas somente aos homens
que não têm o sinal de Deus em suas frontes [aqueles que seminizaram seus cérebros,
convertendo-os em instrumentos de suas baixas paixões].

5. E foi-Ihes dado [àquelas entidades criadas durante o ato luxurioso] que não os
matassem, senão que os atormentassem cinco meses [cinco ciclos que se relacionam
com os cinco sentidos do homem. O ser que se entrega a suas baixas paixões será
atormentado por aquelas entidades que criou durante a satisfação de seu prazer. Estas
criaturas demoníacas castigam o homem por meio de seus cinco sentidos astrais. O
homem, durante o pensamento e o ato, inspira átomos afins a seus pensamentos. O
homem que não leva o selo de Deus, e que não forma pelo pensamento e pela
inspiração uma aura pura e limpa, atrai para seu corpo de desejos aquelas entidades
que causam o suplício de Tântalo. Os elementais sob o éter o convertem em
neurastênico e muito sensível à dor. Os do fogo lhe comunicam a paixão e o ardor; os
elementais do ar o fazem inquieto, impetuoso. Os da água lhe comunicam a crueldade e
os da Terra o tornam egoísta e ambicioso. Todos esses vícios o prendem ao baixo
plano do mundo do desejo, que é o verdadeiro inferno durante os cinco ciclos ou
meses, até sofrer a horrível segunda morte de seu segundo corpo de desejos]; e o seu
tormento [das entidades] era como o tormento de escorpiões quando ferem o homem.
6. E naqueles dias, os homens buscarão a morte [o aniquilamento para não sofrer o ardor
das paixões unido ao remorso] e desejarão morrer, e a morte fugirá deles.
7. E o aparecimento dos gafanhotos [entidades astrais ou formas-pensamento] era
semelhante a cavalos preparados para a guerra: e sobre as suas cabeças tinham como
coroas [anéis] semelhantes ao ouro e os seus rostos eram como rostos de homens.
[Estas formas-pensamento são visíveis aos olhos do clarividente. Cada pensamento
determina a cor. A natureza do pensamento determina a forma; enquanto que sua
precisão determina a precisão de seus contornos. Todo pensamento emanado volta ao
pensador para recompensá-Ia ou castigá-Ia segundo suas intenções].
8. E tinha cabelos [emanações áuricas] como cabelos de mulheres e os seus dentes eram
como dentes de leões [prontos para cravá-Ias em sua vítima ou no ser que os criou ou
emanou].
9. E tinham couraças [bem precisas em seus contornos pela premeditação] como
armaduras de ferro; e o estrondo de suas às as era como o ruído de carros que, com
muitos cavalos, correm para a batalha.
10. E tinham caudas semelhantes às de escorpiões [para cravá-Ias em seu próprio criador],
e tinham aguilhões em suas caudas; e o seu poder era para causar dano aos homens
por cinco meses [ou atormentar os cinco sentidos sem aniquilá-los, como nas lendas de
Sísifo, de Tântalo e de Prometeu].
11. E têm sobre si, por rei, o anjo do abismo [o Inimigo Secreto, ou demônio, que é o
conjunto dos feitos maléficos e brutais do homem. Este inimigo reside na base da
espinha dorsal e rege todos os átomos ou anjos das trevas] cujo nome em hebraico é
Abaddon [Ab: pai; addon = a destruição, ou matador dos sentidos profanados pelas
paixões da· carne] e em grego, Apollyon [o Exterminador].
12. O primeiro Ai! Passou [o primeiro tormento terminou]: eis que vêm ainda dois ais,
depois destas coisas.
13. E o sexto anjo [regente do Centro Vital] tocou a trombeta [respondeu à vocalização da
sexta vogal] e ouvi uma voz das quatro pontas do altar [das quatro divindades, ou
quatro poderes da Mente Superior] de ouro [do Sol ou luz] que estava diante de Deus.
14. A qual dizia ao sexto anjo que tinha a trombeta: desata os quatro anjos [divindades
atômicas que regem as quatro modalidades da vida] que estão atados no grande rio
Eufrates [a espinha dorsal ou o cérebro espinhal].
15. E foram desatados os quatro anjos [divindades atômicas solares] que estavam
preparados [na espinha dorsal, ou o rio Eufrates] para a hora e dia e mês e ano. para
matar a terça parte dos homens [o primeiro ai! queima e mata as sensações baixas, o
segundo ai! aniquila o falso, o vil e as superstições da mente carnal que estão
dominando o mundo mental inferior dos homens].
16. E o número do exército dos cavaleiros [sob o comando das quatro divindades] era de
duzentos milhões [das ilimitadas formas criadas pelo pensamento humano]. Ouvi bem
o seu murmúrio.
17. E assim vi os cavalos em visão; e os que sobre eles cavalgavam tinham couraças de
fogo, de jacinto e enxofre [as entidades atômicas tinham o aspecto ou caracteres
asfixiantes e aniquiladores] e as cabeças dos cavalos eram como cabeças de leões [de
formas ferozes] e de suas bocas saía fogo e fumo e enxofre [para queimar os poderes
intelectuais, pensamentos e formas inferiores].
18. Por estas três pragas foi morta a terça parte dos homens [dos pensamentos que os
criaram, porque o pensamento é o homem]: pelo fogo [o ardor da ira], pelo fumo [do
obscurantismo e da ignorância] e pelo enxofre [as superstições] que saíam de suas
bocas.
19. Porque seu poder está em sua boca [que emanava fogo, fumo e enxofre] e em suas
caudas [que envenenavam]: porque suas caudas eram semelhantes a serpentes e
tinham cabeças, e com elas causavam danos [e aguilhoavam com o remorso aquele
que os criou].

20. E os outros homens [de pensamentos firmes] que não foram mortos por estas pragas,
ainda não se arrependeram das obras de suas mãos [ou a criação de novas formas
daninhas de seus pensamentos], para não adorarem os demônios [entidades das
trevas] e as imagens de ouro e de prata, e de metal, e de pedra, e de madeira; as quais
não podem ver, nem ouvir, nem andar [porque estes pensamentos da mente carnal
buscam as possessões materiais e não o ouro do espírito, que é a Sabedoria].
21. E não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua
fornicação, nem dos seus furtos.
CAPÍTULO X

1. E vi outro anjo forte descer do céu, cercado de uma nuvem [aura] e o arco celeste [as
sete cores da Palavra Sagrada]; e seu rosto era como o Sol [fonte e origem das cores] e
seus pés como colunas de fogo [esta Divindade é a figura do Iniciado que triunfou e se
identificou com o átomo Nous],

2. E tinha em sua mão um pequeno livro aberto [que é a sabedoria Divina do homem] e
pôs o seu pé direito [sua energia positiva, porque o átomo Nous tem a energia Binária
ou Dual] sobre o mar [a mente] e o esquerdo [a negativa] sobre a Terra [o mundo físico:
e assim uniu o mundo mental com o físico],
3. E clamou com grande voz [vocalizou O' verbo Divino], como quando ruge um Leão e,
havendo clamado, sete trovões [vozes dos sete centros magnéticos] falaram suas vozes
[suas vogais].
4. E quando os sete trovões falaram suas vozes [entoaram a Palavra Perdida e Sagrada],
eu ia escrever e ouvi uma voz do céu [do íntimo] que me dizia: Oculta [cala, não
pronuncies jamais] as coisas [as vogais] que Os sete trovões [vozes dos centros]
falaram, e não as escrevas.

5. E o anjo [Nous] que eu vi estar sobre o mar e sobre a Terra [sobre o mundo Mental e o
Físico] levantou sua mão ao céu.
6. E jurou por aquele que vive para todo o sempre, que criou o céu [o mundo do espírito] e
as coisas que estão nele, e a Terra e as coisas que estão nela [o mundo físico ou corpo]
e o mar [mundo mental e anímico] e as coisas que estão nele, que o tempo [para o
vencedor nos ordálios da Iniciação] não mais existirá.
7. Porém, nos dias da voz do sétimo anjo [a vogal do sétimo centro energético], quando
ele começar a tocar [vocalizar] a trombeta, o mistério de Deus será consumado, como
ele anunciou a seus servos, os profetas [porque então o Olho Interior estará
restaurando as suas funções espirituais e "profetizarão seus filhos e suas filhas" como
anunciaram os profetas].
8. E a voz que ouvi do céu [do Íntimo] falava outra vez comigo, e dizia: Vai e toma o
pequeno livro [saber] da mão do Anjo [Nous] que está sobre o mar e sobre a Terra.
9. E fui ao anjo, dizendo-lhe que me desse o pequeno livro, [a Sabedoria Divina] e ele me
disse: Toma e come-o [e assimila esta sabedoria gnóstica com a prática] e ele [o saber]
fará amargar teu ventre [tua natureza inferior, porque te priva de muitos prazeres e
paixões] porém em tua boca [em tua Natureza superior e Divina] será doce como o mel.
10. E tomei o pequeno livro [o saber que lega a Iniciação Interna] da mão do anjo e o
devorei [pratiquei] e era doce em minha boca [em meu espírito], como o mel; e quando
o tinha devorado foi amargo em meu ventre [minha natureza inferior que clamava pelos
prazeres mundanos].
11. E ele me disse: É necessário que profetizes novamente [ensines, ilumines; porque o
iniciado deve iniciar] a muitos povos, e gentes, e línguas e reis [porque estava escrito
"os que mereceram as promessas não quiseram recebê-Ias sem nós", que somos ainda
crianças e atrasados no caminho da Espiritualidade; por outro lado, se o Iniciado não
pode divulgar os mistérios internos, porque recebeu a proibição de registrar ou
pronunciar a Palavra Perdida e Sagrada dos sete tronos, está obrigado a proclamar a
filosofia espiritual em oposição aos dogmas populares das religiões exotéricas, cheias
de superstições e de blasfêmias].
CAPÍTULO XI

1. E me foi dada uma cana, semelhante a uma vara [a espinha dorsal] e foi-me dito:
Levanta-te e mede [penetra e estuda] o templo de Deus [o corpo humano] e o altar [o
coração] e os que nele adoram [deuses atômicos].
2. E deixa fora o pátio [o baixo ventre] que está fora do templo e não o meças, porque foi
dado aos gentios [aos desejos inferiores e exército das paixões]; e pisarão a cidade
santa [que é o corpo físico] por quarenta e dois meses [ou o equivalente a três anos e
meio; a metade do período da Iniciação, que se compõe de sete anos, idade do mestre
maçom. Os adoradores são as quarenta e nove forças, as quais são medidas e
estabelecidas em hierarquias com suas respectivas divisões e subdivisões].
3. E darei às minhas duas testemunhas [as duas correntes divinas: uma positiva, que
passa pelo cordão direito da medula espinhal e a outra negativa, pelo cordão esquerdo
da mesma medula: IDA e PINGALA] o poder de profetizar por mil duzentos e sessenta
dias [ou durante a outra metade do período de Iniciação, ou três anos e meio, porque
durante a primeira metade, as forças inferiores seguem governando o corpo físico,
enquanto que na segunda metade, a Corrente Divina, que provém da Unidade e se faz
dual em IDA e PINGALA, vago e simpático, as duas testemunhas da Unidade, penetram
e ascendem gradualmente por SHUSHUMNA, o tubo central, até chegar ao Pai, de uma
maneira imperceptível], vestidos de sacos [tubos e cordões].
4. Estas são as duas oliveiras e os dois candelabros que estão diante do Deus da Terra
[os dois cordões da Energia Divina Dual são IDA e PINGALA À maneira da eletricidade,
o EU SOU, desde o sétimo plano da Unidade ou cabeça, emana a força vital em forma
dual: positiva ou protetora e passiva ou receptora; masculino e feminino.

Mas se ·estes dois pólos não se encontram em alguma parte, perdem-se no espaço
e para limitar ou utilizar suas forças, será necessário uni-Ios em circuito.

A união dos pólos é o mistério da criação. Enquanto estão separados significam


emanações do Íntimo, porém emanações inúteis, porque se perdem no espaço infinito;
mas quando se unem, desenvolvem uma criação que toma o caminho do retorno à
Unidade Superior.
A Energia Vital ou Criadora deve descer até o físico. O Iniciado ou o Adepto têm por
objeto detê-Ia na base da medula espinhal para fazê-Ia retomar ao sexto mundo e não
derramá-Ia na Terra, porque se isto acontecer, não poderá seguir o caminho interno.

Ninguém deve supor que o Adepto deva ser celibatário e nunca deva ter uma mulher
por companheira e esposa. Não. O Adepto emprega a Força Criadora segundo as leis
divinas que se encerram nele: pode ser celibatário e utilizar as duas polaridades que
descem a partir de sua cabeça, unindo-as na base de sua medula, onde formam o
circuito do fogo serpentino, fazendo-o ascender, por meio de sua aspiração, respiração
e meditação, à Unidade.

Então, as duas maneiras, ou seja, o casamento e o celibato, ambas, têm por objeto
unir as duas polaridades que divergem a partir da Unidade, para que, com a União se
possa retomar à Unidade.

Quando a Energia Criadora desce, como positiva, pelo lado direito da medula
espinhal e como passiva, pelo lado esquerdo, ambas as polaridades têm que se unir na
base da espinha dorsal e tomar o caminho de retorno para cima, até chegar ao sexto
plano: este símbolo é representado pelo Caduceu.

Se esta Energia se derrama, a partir do ponto de união inferior, volta à terra e


arrasta o homem à animalidade.

A Força Vital é irradiada do EU SOU e, portanto, é divina em sua substância que se


expressa pelos vários corpos do homem, constituídos pelos átomos, nos diferentes
planos; porém, também a natureza desta Força é muito diferente em cada plano,
embora seja una em toda a sua manifestação. Podemos tomar o fogo, por exemplo, que
é, ao mesmo tempo, fumo, calor e luz; assim é também o fogo divino, ou a Força Vital:
fumo no baixo ventre, isto é, instinto animal; calor ou desejo no peito e luz no cérebro,
de maneira que a Força Vital está acondicionada pela natureza do plano em que opera.

Ela é a Causa de tudo o que existe e preserva toda forma vivente da desintegração,
até alcançar a evolução e ao mesmo tempo cria. Na primeira fase, é o Pai-Mãe, positivo
e negativo; na segunda é o Filho: para a vida é una, para a criação é dupla.

No homem, esta Energia desce, como positiva, pelo lado direito da medula e a
passiva pelo lado esquerdo; porém, no externo, o homem representa o lado positivo,
que se manifesta derramando-se e a mulher representa o lado passivo, que espera o
estímulo. No físico, o homem estimula a mulher, porém no anímico a mulher é quem
estimula o homem; porque se o homem tem um corpo físico positivo, seu corpo de
desejos é passivo, enquanto que a mulher é o contrário do homem: seu físico é passivo,
porém seu corpo de desejos é positivo.

"Quando os dois forem um e não houver mais masculino nem feminino, virá o Reino
de Deus, dizem as Escrituras."

O homem e a mulher como pessoas têm um sexo definido masculino ou feminino;


porém, como deuses, cada um tem em si ambas as faces.
O Iniciado deve desenvolver em seu corpo ambos os pólos para converter-se em
Unidade, ou deve se unir a uma mulher para obter um mesmo fim. Contudo, existem
certos seres que unem os dois métodos para atingir o mesmo objetivo.

A humanidade pode determinar o sexo do indivíduo no mundo físico; mas a Força


Vital é a que o determina nos mundos internos;. por tal motivo vemos como há
efeminados e mulheres masculinizadas.

Já foi dito que o corpo tem sete plexos que estão dispostos em diferentes lugares e
que certos temperamentos são mais projetores do que atrativos, enquanto que em
outros ocorre o inverso; porém aquele que alcançou um equilíbrio completo será um
Deus.

Raro é o indivíduo que chega a semelhante estado, salvo alguns gênios e, mesmo
estes, só em determinado tempo de sua existência.

O objeto da união das duas polaridades do corpo é a divinização do homem e este é


um método que somente uns poucos iniciados seguem; porém a união casta do homem
à mulher conduz ao mesmo fim.

A verdadeira União do homem à mulher deve afetar os sete plexos, ou mundos;


porque efetivamente cada plexo é um mundo em si mesmo, e se a união não se produz
nos sete, é uma união imperfeita, porque é incompleta.

Vemos, em primeiro lugar, que os plexos são condutores desta energia. Quando
essa chega a certo grau de abundância, produz uma pressão que traz consigo o
movimento.

Cada plexo pertence a uma das duas polaridades magnéticas: uns são positivos
projetores e outros negativos atrativos. Quando dois seres de diferentes sexos se unem,
o fluido projetor do primeiro irá aos plexos atrativos do segundo e vice-versa.

Quando os projetores realizam maior movimento, o ser, por meio do pensamento,


pode dominar a partir do plano físico os outros seres que habitam em outros planos e
servir-se deles. Quando o fluido atrativo é maior, o homem pode receber a sabedoria do
mais-além.

O Iniciado deve desenvolver em si ambas as polaridades para aprender a projetar


seu saber sobre os demais.

Para alcançar a fortuna material (riqueza, glória, amores, etc .... ) devem-se
desenvolver os plexos atrativos, que são o solar, o sacro, o coronário; porém se o
homem não domina a natureza inferior, o desenvolvimento destes plexos faz dele um
banqueiro neurótico ou um estafado: atrai a idéia, porém nunca a projeta aos demais.
Ao contrário, se é um espiritualista verdadeiro, em vez de atrair dinheiro, recebe um
poder psíquico formidável e, como seus outros plexos também estão desenvolvidos,
projeta sentimentos e pensamentos que são capazes de fazer o mundo evoluir.

Quando um homem desenvolve os plexos, põe-se em relação com a atmosfera dos


elementos. Estes o ajudam e ensinam-lhe seus mundos e o torna mais atrativo para o
êxito material e, ao mesmo tempo, potente projetor espiritual. Por meio deles, leva a
cabo as grandes obras; eles ensinam-lhe os descobrimentos e os inventos destinados à
maior felicidade da humanidade; porém, os que são somente atrativos e cujas
finalidades são o proveito pessoal, estão abandonados aos elementais inferiores.
Desenvolver um plexo é aumentar sua elasticidade. Os meios para aumentar esta
elasticidade já foram indicados: 1.º) aspiração, respiração e meditação; e 2.°) a magia
sexual. Ambos os métodos produzem o equilíbrio, mesmo que o segundo seja mais
violento e, por conseqüência, seja mais perigoso. Este é o mistério da serpente.

E já foi dito que o homem é uma Unidade completa, pela direita e pela esquerda,
porque primitivamente era andrógino; porém, desde a separação dos sexos, teve que
unir-se à mulher para voltar ao equilíbrio intermediário, ou princípio da Harmonia.

O pai e a mãe engendram o filho; o enxofre e o sal produzem o mercúrio. O céu e a


Terra engendram o homem, a criatura mais perfeita que realiza a união do superior com
o inferior.
Toda Trindade resulta de uma Dualidade.

Um triângulo dentro de um círculo é o símbolo mais adequado para representar a


Trindade dentro do Absoluto. Os princípios são deuses, mas não são o absoluto.
Encontramos os três Princípios em todas as religiões e daí se deduz que a Trindade é
um Dogma Universal.

As duas correntes que procedem do EU SOU vitalizam, ao descer, o sistema


simpático e nervoso; porém, quando estas duas correntes se unem em alguma parte
inferior da medula, formam o circuito da força, ou o Terceiro Elemento, que tem que
ascender novamente à Cabeça. Este mistério está simbolizado pela ascensão de Cristo
ao Céu.
O Eu Sou trata sempre de absorver todos os nossos pensamentos e devolvê-Ios à
fonte primitiva.

Conforme vai-se unindo o fluxo desta energia dual, começa a produzir no corpo a
terceira, e a trabalhar a saúde e o bem-estar do organismo físico.

Na linguagem mística, estas três forças são denominadas por: eletricidade; Fogo
Serpentino e Energia da Vida, totalmente diferente da vida.

Por todos os centros magnéticos do homem fluem estas três energias. A energia que
desce pela direita é a eletricidade positiva e forma parte da ação do Primeiro Princípio
da Divindade Interna.

A Energia que desce pela esquerda é o segundo princípio que, como o primeiro,
diferenciou-se de si mesmo e se manifestou em todos os seus planos; como a vida
vivifica as diversas capas da matéria dos corpos mental e astral, de modo que, na parte
superior do corpo de desejos, ou astral, manifesta-se em forma de nobres emoções e
na parte inferior, em um impulso de vida. Esta força se manifesta a partir do corpo físico,
onde se expressa a terceira Energia chamada Fogo Serpentino, que é o resultado da
união dos dois Princípios.

A terceira é fogo e luz, é a manifestação, no plano físico, das duas polaridades


opostas, As três existem em todos os planos e em todas as formas.

A energia do fogo que se encontra no coração ou centro da Terra tem muita relação
simpática com o fogo no corpo humano. Esta energia desce dos planos superiores à
matéria e, quando chega ao plano inferior, ascende pelo mesmo caminho por onde
desceu,

A Energia Tri-una no sétimo mundo superior desce por várias ramificações ou


condutos e quando se junta, no primeiro inferior, ascende novamente; de modo que
absorvemos a latente Energia de Deus, tanto por baixo, a da Terra, como por cima, a do
sétimo céu; porém, quando desce, o homem está inconsciente dela, mas quando sobe,
sente a sua manifestação nele.

A terceira, que procede da dualidade, é o fogo criador que desempenha, na vida do


homem, a manifestação consciente; não só é inofensiva, mas benéfica, e atua sempre
levando a cabo sua obra, ainda que o homem esteja inconsciente de sua presença,

Este fogo, ao descer, manifesta sua energia em todos os seis planos, distintamente
um do outro, Começa sua criação a partir do sexto plano para baixo até chegar ao
último, que é o físico; aqui sua manifestação é mais perceptível do que nos demais
planos superiores,

A Trindade se manifesta em cada plano por meio de um centro magnético no corpo.


As duas correntes polarizadas fluem pelo interior e em torno da coluna vertebral de todo
ser humano, como o bemol e o sustenido da nota "fá" da natureza humana.

Estes três ares vitais são regidos pela vontade. O desejo e a vontade são o aspecto
inferior e superior da mesma potência.
A pureza nos três condutos, ou canais, é tão necessária que sem ela não. haverá
boa circulação no conduto central de onde a energia se distribui por todo o corpo.

Os canais positivo e negativo funcionam ao largo da curvatura do cordão central e


põem em ação a livre e espiritual corrente central. Têm diferentes condutos para unir-se
entre si, pois, do contrário, suas radiações seriam inúteis, como os dois pólos da
eletricidade quando se encontram soltos.

O Deus da Terra é o terceiro aspecto do Absoluto e radica na glândula pineal; é


chamado pelos cristãos de "O Espírito Santo". Quando o fogo sacro impregna a
glândula pineal, o "olho ímpar", ou o "olho do Profeta" confere ao iniciado o dom da
profecia e demais faculdades espirituais

5. E se alguém [feiticeiro, mago, negro, impuro] os quiser prejudicar [usando este poder
para o mal] sairá fogo [sagrado] de suas bocas e devorará seus inimigos [que
empregaram vilmente este poder]; e se alguém lhes quiser fazer dano, importa que seja
morto [pelo mesmo poder empregado para o. mal].

6. Estes [dois cordões ou duas testemunhas] têm o poder de fechar o céu [ao profano,
quando não pode ou não sabe manejá-Ia e ao feiticeiro, quando os.emprega vilmente]
para que não chova nos dias de sua profecia [não recebam os fluidos, ou correntes de
inspiração como água ou substância áurica magnética] e têm [os cordões de IDA e
PINGALA] poder sobre as águas [correntes de inspiração divinas] para convertê-Ias em
sangue [em dor] e para ferir [castigar] a Terra [o corpo físico] com toda a praga
[enfermidades e doenças] quantas vezes quiserem.

7. E quando eles tiverem acabado seu testemunho [quando a Iniciação chegue ao seu fim
e o neófito se tornar um verdadeiro iniciado, ocorrerá a crucificação.], a Besta [mente e
natureza inferior] que sobe do abismo [do baixo ventre, morada do inimigo Secreto ou
Satanás] fará guerra contra eles [contra os átomos de Fogo-Luz e, desperta a Serpente
Ignea, que jaz enroscada no Sacro e a obriga a subir até o cérebro, onde se converte
em coroa de espinhos para o iniciado como aconteceu com Cristo, porque este é o
processo da verdadeira iniciação e é horrivelmente doloroso] e os conquistará [seus
domínios] e matará [como morreu Cristo na Cruz e como morre diariamente na Cruz de
nosso corpo físico].

8. E seus corpos [ou seus veículos] serão lançados nas praças [ruas] da grande cidade
[nos cordões, canais e gânglios espinhais do corpo físico da Grande Cidade] que
espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde também Nosso Senhor foi crucificado
[quando Jesus, o Cristo, o Filho de Deus, o verdadeiro Iniciado e exemplo de todos os
iniciados, purificou seu corpo físico, seu corpo de desejos, seu corpo mental e se uniu
com seu Intimo e um raio do Íntimo penetrou no corpo de Jesus. O mundo de desejos
tinha que ser purificado para proporcionar ao iniciado um novo impulso. E essa é a
missão da Iniciação Interna. O iniciado deve purificar, como Jesus, o cálice de dor e de
amargura, porém essa amargura se transmuta em compaixão. Em tal estado, o olho
interno se abre à completa realização de sua missão de Salvador. Como a Iniciação
implica a liberação do Homem Real, do Filho de Deus, de seu corpo de pecado e de
morte, é óbvio que antes desta liberação ser efetuada, o iniciado deve sofrer a intensa
dor dos estigmas que se produzem nas mãos, pés e cabeça, pelo efeito da separação
do corpo físico de seu veículo etéreo, cuja união é extremamente forte nos órgãos já
citados. Portanto, estes estigmas e a coroa de espinhos são as correntes espirituais
geradas no corpo vital da pessoa que as recebe e são tão poderosas que o corpo da
mesma pode dizer que é flagelado por elas, especialmente na região da cabeça, onde
produzem um efeito parecido com a coroa de espinhos. Devido a isto, a pessoa obtém a
completa convicção de que o corpo físico é uma cruz que está levando às costas, isto é,
uma prisão e não o Homem Real. Isto a leva ao passo seguinte de sua iniciação, à
crucificação, que é experimentada pelo desenvolvimento dos outros centros, com isso o
corpo vital fica separado do corpo denso. Sodoma é o corpo de desejos e Egito é o
mesmo corpo denso, onde também Nosso Senhor foi crucificado encarnando-se].

9. E os homens de diversas linhagens, e povos, e línguas e os gentios [os espíritos das


raças e das castas, cujos átomos moram atualmente no sangue do homem] verão os
corpos deles [átomos iniciadores e iniciados] por três dias e meio [porque depois de
transcorridos três dias e três noites e parte do quarto, como se realizava a Iniciação no
Egito, levantava-se o candidato, que ainda estava em estado de transe, do sarcófago
em que havia permanecido e era levado ao exterior para receber ar, para que os
primeiros raios do Sol nascente caíssem sobre seu rosto e o despertassem de seu
prolongado sonho, e se levantava dentre os mortos. O Eu Sou emprega três grandes
rondas e parte da quarta em nossa cadeia planetária, submergindo na matéria, e o
iniciado necessita de três dias e parte do quarto para poder ascender e colocar-se à
direita do Pai, na cabeça; "assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da
baleia, assim também o Filho do Homem ficará três dias e três noites sepultado para
ressuscitar dentre os mortos"] e não permitirão que seus corpos mortos
[aparentemente] sejam postos em sepulcros.
10. E os moradores da Terra [os átomos destruidores, os do exército do inimigo Secreto] se
regozijarão sobre eles [porque não ouviram a acusadora voz da consciência falada por
estas duas testemunhas] e se alegrarão e se enviarão presentes uns aos outros [seus
desejos e pensamentos já não terão freios e gozarão à larga, livremente] porque estes
dois profetas [estas duas testemunhas do Senhor] tinham atormentado os que moram
na Terra [os átomos da luxúria e da ambição que jazem na natureza inferior no homem,
com o remorso e com a voz da consciência].

11. E depois de três dias e meio [tempo do transe da iniciação] o espírito da vida [o alento
do íntimo], enviado de Deus, entrou neles e se alçaram sobre seus pés [despertando-os
da morte, ou do transe iniciático] e veio grande temor sobre os que os viram [sobre os
átomos do Inimigo interno na baixa natureza passional].

12. E ouviram uma voz do céu [do Pai na cabeça] que lhes dizia: Subi cá. E subiram ao céu
numa nuvem [áurica] e os seus inimigos [átomos demoníacos] os viram.

13. E naquela hora [do triunfo] houve um grande tremor de terra [na natureza baixa] e a
décima parte da cidade [a décima parte dos desejos que atormentam e obscurecem o
avanço do homem] caiu e foram mortos no tremor de terra sete mil homens [o sete
multiplicado pelo número indefinido que é o sétimo plano inferior do mundo de desejos]
e os demais [de outros planos] ficaram muito atemorizados e deram glória ao Deus do
Céu.

14. O segundo Ai! [ou o sofrimento] passou; eis que o terceiro Ai! logo virá.

15. E o sétimo anjo [que é o regente do Centro Coronário] tocou a trombeta [vocalizou o
sétimo som, ou letra final da Palavra] e ouviram-se grandes vozes [de rápidas e
poderosas vibrações no cérebro] no céu que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser o
Reino de Nosso Senhor e de seu Cristo: e ele reinará para todo o sempre [porque o
homem obteve a libertação e se identificou com seu íntimo]

16. E os vinte e quatro anciãos [que regem as faculdades do Espírito e que trabalham na
formação do homem] que estavam sentados diante de Deus em suas cadeiras [no
cérebro] prostraram-se sobre os seus rostos e adoraram a Deus.

17. Dizendo: Graças te damos, Senhor, Deus Todo-poderoso, que és e que eras e que hás
de vir, porque tomaste teu grande poder e reinaste.

18. E iraram-se as nações, e tua ira [teu Grande Furor] veio, e o tempo dos mortos, para
que sejam julgados, e para que dês o galhardão a teus servos, os profetas [que se
identificaram pela Energia Criativa], e aos santos e aos que temem [têm] teu nome; aos
pequeninos e aos grandes e para que destruas [elimines pelo nascimento que vem do
alto] os que destroem a terra [o funcionamento normal do corpo].

19. E o templo de Deus [o corpo] foi aberto no céu [cabeça] e a arca de seu testamento [os
dois hemisférios cerebrais] foi vista em seu templo. E sobrevieram relâmpagos
[cintilações de luz na aura], e vozes [vibrações sonoras], e trovões, e terremotos e
grande granizo [condensação de pensamentos e altos desejos espirituais].

"Aqui termina a iniciação no quarto grau, durante a quarta vida, e o Conquistador de si mesmo obtém
poder sobre as pessoas."
CAPÍTULO XII

1. E um grande sinal apareceu [depois do triunfo na Iniciação] no céu [a cabeça]: uma


mulher [o fogo ígneo da Kundalini, a luz do Lagos, ou Espírito Santo, que é a força-
substância do corpo solar que principia a nascer depois da primeira metade do período
da Iniciação: três anos e meio, aos 1.260 dias] vestida de Sol [quando pelo canal central
chamado Shushumna ascende o fogo ígneo até a cabeça, ali se transforma em Luz e
fica como auréola brilhante ao redor da cabeça do Iniciado. Este é o poder solar positivo
no Iniciado] e a Lua [poder passivo] sob seus pés e sobre sua cabeça uma coroa de
doze estrelas [porque quando o fogo criador dinamiza o centro coronário e este vocaliza
o som da sétima letra da Palavra Sagrada, são despertadas as doze faculdades do
Espírito, ou as doze glândulas internas, e refletem sua luz no cérebro do homem].
2. E estando grávida [da energia e poder] clamava com dores de parto [o nascimento desta
Luz é muito doloroso no sistema do Iniciado] e sofria tormentos para parir [como a
Virgem Mãe que é Maria, Maia, a Energia Criadora parturiente da Natureza, a base da
Vida física, que significa a criação. A dor do iniciado consiste em engendrar, de sua
natureza passional, Cristo, Filho de Deus; porque se Cristo não nasce nele, sua
Iniciação é nula e inútil].
3. E foi visto outro sinal no céu [na cabeça] e eis que era um grande dragão vermelho
[rubro, o desejo da mente carnal que habita o ventre, como instrumento do demônio ou
Satanás que pode por alguma paixão forte ou emoção destruir o corpo solar do Cristo,
no mundo físico, e relegá-lo ao mundo do espírito, quando a força ígnea da Kundalini
continua sem desenvolvimento, no homem; porque o desenvolvimento dos centros
cerebrais produz uma ação reflexa sobre a natureza inferior é, a menos que o Iniciado
seja forte e conquistador de si mesmo por sua pureza, o Dragão, o demônio-desejo,
devorará a criança ou a Luz do Lagos, antes de nascer. Este é o símbolo da tentação
de Jesus no deserto], que tinha sete cabeças [os sete desejos ou vícios dominantes que
foram dominados, porém surge outra vez a vida pelo desejo consciente, cujo princípio é
o fator da reencarnação da alma: pois este é o apego à vida carnal. O aspirante pode
extirpar o anseio e o desejo dos assuntos mais grosseiros do mundo material, porém
seu desejo revive, quando entra em planos mais sutis da consciência e ao mesmo
tempo percebe os reinos psíquicos da existência] e dez chifres [as cinco faculdades da
mente inferior e os cinco sentidos]:
Percepção de Imagens Visão
Fé Tato
Exploração psíquica Audição
Opinião Olfato
Opinião e conhecimento ilusório Paladar

E em suas sete cabeças [vícios], sete diademas [emanações áuricas de


profanaçãoJ.

4. E sua cauda [o poder da mente inferior, passional, criador de Satanás, que foi morto
pela iniciação, ressurge] arrastava a terça parte das estrelas do céu [porque a mente
inferior domina a terça parte do cérebro como o dragão constelatório aparece ocupando
um terço do céu estrelado até o horizonte. Este dragão ou desejo inferior no homem
arrastou a terceira parte dos átomos pensantes] e lançou-as sobre a Terra [para
despertar no homem seus desejos e converter-se em exército do Inimigo Interno. Todo
ser que pede a liberação encontra em sua frente muitos obstáculos, porque como disse
Jesus: a porta do céu ou o caminho da perfeição é muito estreito]. E o dragão [o desejo
carnal] parou diante da mulher [a Luz inefável] que estava para parir o Ser Perfeito
[Cristo], a fim de devorar seu filho quando tivesse parido.
5. E ela pariu um filho varão [Cristo no coração] que havia de reger todas as nações
[átomos] com vara de ferro [sob a lei]; e seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu
trono [durante o segundo período da Iniciação, ou gestação espiritual, o Filho de Deus
ascende ao céu para sentar-se à direita do Pai].
6. E a mulher fugiu para o deserto [a Luz inefável se retirou para o seu próprio plano
interior, deserto de toda paixão e anseio] onde tem um lugar preparado por Deus, para
que ali a mantenham [a desenvolvam] durante mil e duzentos e sessenta dias [durante o
segundo período da Iniciação, ou três anos e meio, quando o Iniciado principia a
triunfar, quando a chama sagrada ascende pelo Cordão Central, até a cabeça, onde jaz
a Arca que encerra os mistérios mais elevados da Iniciação].
7. E houve uma grande batalha no céu [a cabeça]: Miguel [o átomo da Superconsciência
ou consciência Divina, despertada pelo fogo sagrado, durante o último período da
Iniciação] e seus anjos [pensamentos puros] batalhavam contra o dragão [o desejo
inferior corrompido pelos apetites sexuais] e batalhava o dragão [o desejo] e seus anjos
[pensamentos inferiores].
8. E não prevaleceram [foram derrotados], nem mais o seu lugar se achou no céu [porque
Miguel, a Superconsciência Divina lançou Lúcifer, a mente luciferiana, ou inferior, do
céu, a cabeça, para o inferno ou a parte inferior do homem que é o baixo ventre onde
reinam as paixões e os vícios].
9. E aquele grande dragão foi lançado fora [o Desejo carnal], a serpente [o inimigo secreto
e íntimo do homem] que se chama Diabo, e Satanás [que corresponde ao princípio do
desejo dos apetites do corpo, das paixões grosseiras e da luxúria, que têm sua origem
no instinto de reprodução e na atração da vida gerada], o que engana a todo o mundo,
foi precipitado na Terra [no ventre e baixo ventre] e os seus anjos [átomos que
produzem os pensamentos libertinos] com ele.
10. E ouvi uma grande voz no céu [da mente Superior] que dizia: Agora veio a salvação, a
virtude e o reino de Nosso Deus [Intimo] e o poder de seu Cristo; porque o acusador de
nossos irmãos foi derribado [do céu], o qual os acusava diante de Nosso Deus, dia e
noite [porque os tentava e os fazia cair em suas redes; porém agora, por meio da
Iniciação, o desejo da mente inferior foi extinguido do homem e por isso veio o reino de
Deus].
11. E eles [os átomos construtores do novo ser do neófito, aquele que se engendra a si
próprio pela iniciação] o venceram [ao dragão ou desejo inferior] pelo sangue [corpo
espiritual ou o fogo Criador] do cordeiro; e pela palavra [verbo, som Criador] do seu
testemunho; e não amaram as suas vidas [seu corpo psíquico ou anímico, seu corpo de
desejos; porque aquele que ama sua alma a perderá e aquele que aborrece sua alma
neste mundo, preservá-la-á para a eternidade, Jó, 12, 25]: até a morte.
12. Pelo que, alegrai-vos, ó céus [estado do espírito], e vós que nele habitais [átomos
angelicais]. Ai! dos moradores da Terra [corpo físico] e do mar! [corpo de desejos],
porque o diabo [aquela entidade formada e criada por vós] desceu a vós com grande
ira, sabendo que tem pouco tempo [de vida para trabalhar em vós].
13. E quando o dragão viu [o desejo inferior que abarca todos os vícios] que fora lançado
na terra [parte inferior do corpo], perseguiu a mulher [a luz inefável do fogo Criado] que
tinha parido o filho varão [Cristo no homem].
14. E foram dadas à mulher [Shushumna, a que executa o trabalho substancial da
Kundalini] duas asas [Ida e Pingala, o cordão direito e o cordão esquerdo em ambos os
lados da espinha dorsal] da grande águia, para que, à presença da serpente [daquela
serpente edênica, ou dragão, ou natureza inferior], voasse para o deserto [onde não
cresce nenhuma paixão], ao seu lugar [destinado, em seu mundo para que o Inimigo
Secreto, ou Dragão derrotado em seus desígnios não pudesse deter o crescimento
espiritual do neófito], onde é sustentada por um tempo [um ano], e tempos [dois anos], e
metade de um tempo [a metade de um ano: três anos e meio, ou os 1.260 dias que
abarcam a segunda parte do período da Iniciação].

15. E a serpente [a mente passional] lançou da sua boca, atrás da mulher [à Luz que não
pode alcançar já no cérebro iluminado] água [desejos] como um rio, para fazer com que
fosse arrebatada pelo rio [para apagar aquela luminosidade por meio do corpo dos
desejos e deter o crescimento do Cristo no homem].

16. E a Terra [o físico] ajudou a mulher [a Shushumna, cordão ígneo central] e a Terra abriu
a sua boca e tragou o rio que o dragão lançava da sua boca [o corpo físico absorveu
todas as torrentes de desejos e nenhuma delas pôde chegar ao mundo do espírito].

17. Então o dragão [o desejo inferior] irou-se contra a mulher [aquela luz inefável no
iniciado], e foi fazer a guerra contra as outras [centros, gânglios, átomos] das suas
sementes, as que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus
Cristo. [Porque ao sentir sua impotência, por meio de ilusões psíquicas fenomenais,
ante a inefável luz, dedicou-se a combater as intuições da natureza intelectual.]
CAPÍTULO XIII

1. E eu pairei sobre as areias do mar [sobre os pensamentos do mundo mental], e vi uma


besta subir do mar [outra besta, outro dragão, o intelecto que é o criador dos planos
inferiores do pensamento, porque a besta anterior foi aquela do mundo dos desejos],
que tinha sete cabeças [sete vícios dominantes do psíquico e do mental inferior] e dez
chifres [os cinco sentidos físicos e as cinco faculdades intelectuais]; e sobre os seus
chifres [faculdades e sentidos], dez diademas [de falso orgulho e de falsa percepção], e
sobre as suas cabeças [dos sete desejos anímicos ou psíquicos], um nome de
blasfêmia [nome de um vício].

2. E a besta que vi era semelhante a um leopardo [de manchas de cores diversas


formadas pela variedade de idéias e desejos], e seus pés [garras] como os de urso
[animal sujo e feroz], e a sua boca como a de leão [simulando a nobreza do rei dos
animais: representando, desta maneira, o mais alto desenvolvimento do intelecto
humano, privado da razão filosófica e da intuição espiritual e que é a admiração do
mundo profano, quem crê que seus preceitos são os do átomo Naus ou da Sabedoria
Divina] e o dragão [Desejo] deu-lhe seu poder, e seu trono, e grande poderio.

3. E vi uma de suas cabeças como que ferida de morte, e a chaga de sua morte foi curada
[porque sua cabeça, que é o anseio de viver segundo os desejos dos sentidos físicos,
foi ferida pela razão filosófica; porém para sua satisfação de gozos carnais, relega todo
conhecimento espiritual, como desconhecido e incompreensível e revive para satisfazer
seus sentidos no mundo Material] e toda a Terra se maravilhou [todo o físico] seguindo
a besta [o intelecto].

4. E adoraram o dragão [o Desejo] que tinha dado poder à besta, dizendo: Quem é
semelhante à besta [ao intelecto] e quem poderá batalhar contra ela?

5. E foi-lhe dada uma boca que falava grandes coisas e blasfêmias [como por exemplo: o
fim justifica os meios; ou a honra se lava com sangue; ou há que ver para crer, etc.] e
foi-lhe dado poder para trabalhar quarenta e dois meses [três anos e meio, o primeiro
período da iniciação· durante o qual o neófito, ao passar pelos planos psíquicos, sofre
sua tremenda influência e se não lutar contra seu intelecto, que para crer pede para ver
e que, às vezes, diz: se me adorares, te darei o reino do mundo material, cairá em suas
redes para converter-se em um mago negro].

6. E abriu sua boca em blasfêmias contra Deus [negando sua existência, porque não tem
provas científicas], para blasfemar do seu nome [seu verbo], e do seu tabernáculo
[profanar o corpo] e dos que habitam no céu [as idéias que iluminam a mente].

7. E foi-lhe permitido [ao intelecto] fazer guerra aos santos [sentimentos construtores do
saber espiritual], e vencê-los. Também lhe foi dado poder sobre toda tribo, e povo, e
língua e nação [porque o intelecto, a mente carnal, tem poder sobre toda a humanidade,
que não crê na superconsciência e na sabedoria divina].

8. E todos os que habitam sobre a Terra [átomos e homens] a adoraram [cegamente


quando a besta projetou sobre a tela mental uma imagem de si mesma e assim
adoraram seus conceitos ilusórios e desta maneira a mente carnal se converteu num
Deus Antropomórfico de todas as religiões exotéricas com todos os seus seguidores],
esses cujos nomes não estão escritos no livro [da Sabedoria] da vida do cordeiro [do
átomo-Filho de Deus ou Nous] que foi imolado [sobre a cruz da matéria por suas
reencarnações] desde o princípio do mundo [e a morte de Jesus Cristo na cruz, não é
mais do que reminiscência ou repetição de um feito de séculos imemoriais da mesma
natureza].
9. Se alguém tem ouvido [interior e que pode ouvir a voz silente do Deus Íntimo] ouça [e
entenda].
10. Se alguém leva ao cativeiro, em cativeiro irá [é a sábia lei do Karma e da causa e efeito
imposta pela justiça do Íntimo no homem]; se alguém matar à espada, necessário é que
à espada seja morto [com a mesma vara que medirá, será medido]. Aqui está a
paciência e a fé dos santos [que vivem pagando suas dívidas sem contrair outras;
iniciam-se nos mistérios e impessoalmente ajudam aos demais, sem pensar no proveito
pessoal].

11. Depois vi outra besta que subia da Terra [a força do sexo que sobe da região mais
baixa do corpo] e tinha dois chifres semelhantes aos do cordeiro, mas. falava como um
dragão [este pseudocordeiro, que é a força e o desejo sexual binário ou dual; amor
espiritual e amor sentimental. O amor sentimental que se assemelha ao cordeiro,
sempre engana com sua semelhança ao amor espiritual do cordeiro, porém atua como
o dragão de cuja fonte provêm as visões de êxtase religioso e as manifestações
mediúnicas do espiritismo inferior].

12. E exerce todo o poder da primeira besta, na presença dela [por meio do exotismo
sexual, tem a potencialidade da Natureza inferior, nas sessões de magia proveitosa ou
negra, quando os elementais inferiores atendem ao chamado do magnetismo universal,
provocado vilmente pela energia sexual pervertida]; e faz que a Terra e os que nela
habitam adorem a primeira besta [a natureza inferior passional] cuja chaga mortal
[causada pela sabedoria divina] fora curada.
13. E faz grandes sinais, de tal maneira que até faz descer fogo do céu à Terra, à vista dos
homens [porque este inimigo Secreto, por meio de seu poder mágico e tenebroso atrai o
fogo Criador da cabeça, seminizando o cérebro para a satisfação das paixões carnais
do homem].

14. E engana os que habitam na Terra [por meio de seu fervor erótico] pelos sinais que lhe
foi permitido fazer na presença da besta [aqueles pseudomilagres que os magos negros
obtém ao empregar o magnetismo sexual; prodígios que são produzidos pelo erotismo,
pela credulidade cega e pela imaginação posta a serviço da feitiçaria fálica. Todos estes
fenômenos convencem o intelecto de ter recebido "revelações", criando assim a imagem
da Besta, ou intelecto] mandando aos que habitam na Terra que fizessem a imagem da
besta [o intelecto] que recebera a ferida da espada [da espada flamejante] e vive.

15. E foi-lhe dado que desse alento [vida a suas imagens, a suas idéias, anseios e
pensamentos criando formas ou entidades das mesmas] à imagem da besta, para que a
imagem da besta fale [para que o pensamento da mente inferior atue no homem,
convencendo-o com os fenômenos realizados], e fará com que todo aquele que não
adorar a imagem da besta seja morto [porque, na verdade, os homens cujas mãos e
rostos não estejam manchados pela magia negra e cujos corações enchidos pela luz e
pela sabedoria gnóstica e divina, estão expostos à perseguição dos homens, como
ensinou Jesus no Evangelho].

16. E fazia que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos lhes seja posto
um sinal [estigma nefasto] na sua mão direita [pelo ato e pelo trabalho], ou nas suas
testas [pelo pensar].

17. E que ninguém pudesse comprar ou vender [dar e receber ensinamentos] senão o que
tivesse o sinal [autoridade mundana e religiosa], ou o nome da besta [a mente ou
intelecto], ou o número do seu nome.

18. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da Besta [mente
carnal] porque é o número do homem [o único ser dos vivos que possui o intelecto] e o
seu número é seiscentos e sessenta e seis [666 na Cabala reduzido desta maneira 6 +
6 + 6 = 18; é o décimo oitavo arcano, o descrédito completo do homem na matéria. É a
mente inferior completamente materializada; é o intelecto a serviço dos desejos baixos e
das paixões carnais; é o abuso mais criminoso que se pode fazer das ciências mágicas.
É o pacto da mente com o Inimigo Secreto: 666 é o resumo da magia erótica, da magia
negra e supersticiosa, à qual se entrega a maioria dos homens, consciente ou
inconscientemente. A Mente Inferior no homem que é a Besta, em grego se intitula: He
Phren: letras que, reduzidas a números, somam 666].
CAPÍTULO XIV

1. Olhei e eis que o Cordeiro [quarto animal-símbolo, o Agnus Dei, o Cristo, o Eu Sou e,
por fim, o Nous] estava sobre o monte Sião [pela exaltação, a ascensão ao Pai, na
cabeça], e com ele cento e quarenta e quatro mil [todos os poderes hierárquicos
atômicos que regem os Centros Magnéticos do homem, conquistados à Luz do Pai,
para toda a humanidade, pelo Filho Cristo] que tinham o nome de seu Pai escrito em
suas frontes [O átomo-Pai na testa rege o céu ou a cabeça; o do filho, na pituitária,
domina o coração e o do Espírito Santo, na pineal, governa o sexo]
2. E ouvi uma voz do céu [do Pai] como um ruído de muitas águas e como o som de um
grande trovão; ouvi uma voz de tangedores de harpas, que tangiam suas harpas [a
Verdadeira Harmonia Celestial e Superior que é o Verbo]
3. E cantavam como que um cântico novo [porém não é cântico, senão sons harmônicos,
semelhantes à música das esferas e era como novo] diante do trono, e diante dos
quatro animais [espíritos dos elementos] e dos anciãos [faculdades do Espírito], e
ninguém podia aprender [dos átomos inferiores] esse cântico [o som vibratório das
esferas], senão os cento e quarenta e quatro mil [iluminados, isto é, toda a
humanidade], que foram resgatados de entre os da Terra [aos Centros Energéticos do
corpo].
4. Estes são os que não foram contaminados com mulheres [aqueles seres e átomos de
pureza perfeita que não seguiram o caminho da prostituição] porque são virgens [filhos
da pura Luz Inefável no homem]. Estes são os que seguem o cordeiro para onde quer
que ele vá [que foram a emanação do Intimo, aqueles poderes virginais que nunca
podem descer até a animalidade e que sempre seguem o Eu Sou, Nous, para salvar os
demais átomos dos infernos]. Estes foram comprados dentre os homens como primícias
[porque elas foram as primeiras e mais próximas emanações do Intimo] para Deus e
para o Cordeiro [e o seu lugar é sempre o mundo do Espírito Divino e que estão acima
de envolver-se em matéria mental].

5. E nas suas bocas não se achou engano, porque são sem mácula diante do trono de
Deus.

6. E vi outro anjo [Divindade atômica] voar pelo meio do céu [no mundo do espírito, ou
cabeça] que tinha o Evangelho Eterno [do saber] para pregá-Io aos que habitam sobre
a Terra, e a toda nação, e tribo, e língua, e povo [porque o Eu Sou encarnou
sucessivamente em todas as raças e povos onde se desenvolveu o ciclo da evolução
humana]
7. Dizendo em alta voz: Temei a Deus e dai-lhe honra; porque veio a hora de seu juizo [já
terminou o tempo] e adorai aquele que fez o céu [o mundo do espírito] e a Terra [o
físico] e o mar [o do desejo] e as fontes das águas [o anímico psíquico].

8. E outro anjo [Divindade atômica] seguiu-o dizendo: Caiu, caiu Babilônia [a Natureza
física com sua luxúria é apegos], aquela grande cidade [porque o conquistador de si
mesmo se livrou de suas limitações], porque ela [anteriormente] deu de beber a todas
as nações do vinho da ira das suas fornicações.

9. E o terceiro anjo [divindade] seguiu-os dizendo em alta voz: Se alguém adorar a besta e
a sua imagem [se adorar a luxúria da natureza inferior] e receber o sinal [de seus feitos]
na sua fronte ou na sua mão.

10. Este também beberá do vinho da ira de Deus [que é a miséria da vida corporal rodeada
de enfermidades e aflições], que se deitou puro no cálice da sua ira; e será atormentado
com fogo e enxofre [com o fogo insuportável de suas paixões no mundo do desejo, até
desintegrar o corpo de desejos e sofrer a segunda morte] diante dos santos anjos
[átomos de luz no homem] e diante do Córdeiro [o Cristo, o Eu Sou que mora no mundo
do Espírito].

11. E o fumo do seu tormento [do fogo das paixões e desejos] sobe para todo o sempre
[até a completa purificação]. E os que adoram a besta e a sua imagem [a Natureza
inferior e seu intelecto] não têm repouso nem de dia nem de noite, nem aquele que
receber o sinal da sua noite [a ignorância].

12. Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de
Deus e a fé de Jesus. [Aqueles átomos e seres da consciência da verdade que
suportam a vida e seus atrativos com paciência e fé na Justiça Divina.]

13. E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos [na vida, ou
as almas encarnadas] que, a partir de agora, morrem [desencarnam para identificar-se]
no Senhor. Sim, diz o Espírito que descansarão [de seus trabalhos, de suas lutas para a
libertação], porque suas obras seguem com eles.
14. E olhei, e eis uma nuvem branca [aura pura] e sobre a nuvem, um [o átomo Nous, ou o
homem perfeito] sentado, semelhante ao Filho do Homem, que tinha sobre a sua
cabeça uma coroa de ouro [auréola], e na sua mão uma foice aguda [segadora,
recolhedora].

15. E outro anjo [divindade, primeiro Lagos] saiu do templo [de entre os olhos] clamando
em alta voz ao que estava sentado sobre a nuvem: Lança a tua foice e sega [a natureza
anímica], porque a hora de segar já chegou, porque a seara [as obras da Iniciação] da
Terra [corpo físico] está madura.

16. E aquele que estava sentado sobre a nuvem [Nous, imagem do homem perfeito] lançou
sua foice sobre a Terra e a Terra foi segada [e todas as almas foram acolhidas em seu
seio].

17. E saiu outro anjo [o segundo Logos] glândula pituitária na cabeça] que está no bem
tinha uma foice aguda.

18. E outro anjo saiu do altar [terceiro Logos da pineal] o qual tinha poder sobre o fogo
[Criador] e clamou com grande voz ao que tinha a foice aguda, dizendo: Lança a tua
foice aguda [na espinha dorsal onde moram os átomos de fogo-luz], e vindima os
racimos da Terra [os cinco ventos da vida que correm por este caminho para o avanço
espiritual]; porque estão maduras suas uvas [porque pela iniciação interna, o homem
chegou à iluminação e pela força de sua vontade mágica suprimiu definitivamente todas
as perturbações da carne e despertou os demais centros].

19. E o anjo [divindade Nous] lançou sua foice aguda [sua energia fogo] à Terra [no cordão
espinhal, tubo da Kundalini, ou serpente de fogo] e vindimou a vinha da Terra [aquele
cordão central, que comunica o espírito à matéria] e lançou a uva [seus ventos de- vida,
seus cinco pranas, que foram necessários durante a vida física] no grande lagar da ira
de Deus [no mundo de desejos chamado por outros de inferno e purgatório, onde ardem
com furor as paixões do homem e o atormenta cruelmente, porque já não tem corpo
físico para satisfazê-Ia. Este ardor continuará, até consumir o último átomo da paixão
sentida e concebida pelo homem; que ficará puro e limpo depois desse purgatório].

20. E o lagar foi pisado fora da cidade [este corpo de desejos sofrerá o ardor depois de
morto o corpo físico] e do lagar saiu sangue [emanações passionais do corpo de
desejos] até os freios dos cavalos [ou quatro centros magnéticos inferiores para
contaminá-Ias] por mil e seiscentos estádios [que chegam até o corpo luminoso, ou
solar. A vida, ou a vinha é o cordão das correntes do sistema nervoso cérebro-espinhal,
o que produz as emoções e a sensibilidade e produz também na aura, que está fora do
corpo, a cor do sangue, ou cor das excitações carnais, que trata de contaminar
novamente os quatro centros inferiores; entretanto, o corpo solar está em estado fetal,
mas que algum dia será o traje de núpcias, segundo o Evangelho, quando o Espírito
desposar a alma, ou quando o homem chegar à união com seu íntimo, esforço dá quinta
vida, por meio da transmutação do amor afetivo em Amor Divino]

"No quinto grau, e durante o esforço da quinta vida, o conquistador será vestido de vestes brancas e seu
nome não será riscado do livro da vida."
CAPÍTULO XV

1. E vi outro sinal no céu [cérebro], grande e admirável: sete anjos [sete divindades para
cumprir o trabalho da regeneração humana] que tinham as sete últimas pragas [ou os
sete ordálios finais]; porque nelas é consumada a ira [ardor] de Deus. [Estas sete
divindades regem os sete centros astrais que manejam a força regeneradora espiritual].

2. E vi algo assim como um mar de vidro misturado com fogo [o éter celestial]; e os que
saíram vitoriosos da besta [os átomos, ou anjos de luz que triunfaram em sua luta
contra a Natureza inferior], e da sua imagem [o intelecto], e do seu sinal [de sua marca
ou estigma], e do número do seu nome [que equivale à impureza] estavam sobre o mar
de vidro [o éter luminoso], tendo as harpas de Deus [as cordas do sistema nervoso].

3. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus [depois de ter cruzado o mar Vermelho,
ou o que representa o canto triunfal, quando o homem atravessa o mundo passional
que jaz no fígado], e o cântico do Cordeiro [ou do Cristo que ressuscita dentre os
mortos, da limitação na matéria densa], dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas
obras, Senhor Deus Todo-poderoso; justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei
dos Santos.

4. Quem te não temerá, ó Senhor, e não engrandecerá o teu nome? Porque só tu és


santo; por isso todas as nações virão, e adorarão diante de ti, porque os teus juízos são
manifestados.

5. E depois disto olhei, e eis que o templo [a arca do cérebro] do tabernáculo do


testemunho foi aberto no céu [a cabeça e veio a iluminação].

6. E saíram do templo [do cérebro] os sete anjos [divindades atômicas] que tinham as sete
pragas [ordálios para precipitar a regeneração] vestidos de linho puro [éter refulgente] e
branco [incolor, porque sua origem está no pensamento de Deus], e cingidos ao redor
dos peitos com cintos de ouro [e estas divindades são andróginas: aparecem em figuras
masculinas com seios femininos que brilham com a luz dourada] ..

7. E um dos quatro animais [ou Reis dos quatro elementos] deu aos sete anjos sete taças
de ouro [sete recipientes da força criativa e primordial, chamada éter] cheias da ira
[ardor, fogo] de Deus, que vive para todo o sempre.

8. E o templo encheu-se de fumo [ardor] por causa da majestade de Deus e do seu poder;
e ninguém podia entrar no templo, até que fossem consumadas as sete pragas dos sete
anjos [até experimentar os ordálios dos sete graus da iniciação interna, que consiste em
desprender-se de todos os apetites, ambições e vícios, que formam parte do corpo de
desejos e habitam os centros energéticos].
CAPÍTULO XVI

1. E ouvi uma grande voz [do Intimo] que dizia aos sete anjos [regentes dos Centros]. Ide
e derramai as sete taças [sobre os centros energéticos astrais] da ira [fogo depurador]
de Deus sobre a Terra.

2. E foi o primeiro, e derramou sua taça [cheia do fogo sagrado] sobre a Terra [mente
inferior, besta, dragão, falso profeta, criadores dos pensamentos que criaram, por sua
vez, entidades inferiores nos centros magnéticos do homem: o fogo ou a ira da
sabedoria Divina que extirpa todas as concepções errôneas das religiões e das leis
humanas] e fez-se uma chaga má e danosa [extirpadora] nos homens que tinham o
sinal da besta [da mente inferior] e que adoravam a sua imagem [suas formas de
pensamentos e esta extirpação era como uma chaga sobre seus erros e enganos].

3. E o segundo anjo derramou a sua taça sobre o mar [mundo de desejos] que se
converteu em sangue como de um morto, e toda alma vivente [desejo persistente] foi
morta no mar [dos desejos, ou consumada e afogada em seu próprio desejo ou
sangue].

4. E o terceiro anjo derramou a sua taça [do fogo sagrado] sobre os rios e sobre as fontes
das águas [sobre o sistema nervoso e suas ramificações que formam o mundo psíquico]
e se converteram em sangue.
5. E ouvi o anjo das águas [do corpo de desejos] que dizia: Justo és tu, oh! Senhor, que
és, e que eras, o Santo, porque julgastes estas coisas.

6. Porque eles [desejos e paixões] derramaram o sangue dos santos [os ensinamentos e
os esforços dos verdadeiros instrutores] e dos profetas [dos iluminados superiores]
também tu lhes deste sangue para beber [que são seus próprios erros que os
atormentam], pois o merecem.

7. E ouvi outro do altar [anjo, divindade], que dizia: Certamente, Senhor Deus Todo-
poderoso, teus juizos são verdadeiros e justos.

8. E o quarto anjo [divindade regente] derramou a sua taça [sua energia] sobre o Sol [no
coração] e lhe foi dado [uma tensão mental intensa com seu ardor] queimar os homens
com fogo [queimar com o fogo do próprio desejo].

9. E os homens se queimaram com o próprio calor [de seus desejos, até a aniquilação
destes], e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas e não se
arrependeram para lhe darem glória [a Deus].
10. E o quinto anjo [divindade atômica] derramou a sua taça [de fogo] sobre o trono da
besta [o plexo epigástrico dominado pelo dragão e pararam suas funções involuntárias];
e seu reino se fez tenebroso [pelo mesmo fogo e fumo] e eles mordiam suas línguas de
dor [porque seus átomos não quiseram converter-se em exército da luz].
11. E blasfemaram do Deus do céu, por suas dores, e por suas chagas e não se
arrependeram de suas obras [nem se corrigiram de seus trabalhos].
12. E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande Rio Eufrates [o Sistema Espinhal foi
banhado com a energia Criadora pura que é Fogo e Luz]; e a sua água [a energia
nervosa] secou-se, para que fosse preparado [no mesmo sistema] o caminho dos reis
do Oriente [o caminho das forças solares e assim encheram aquele sistema com os
átomos de Luz}.
13. E vi sair da boca do dragão [do desejo inferior] e da boca da besta [da Natureza
passional vil] e da boca do falso profeta [do intelecto] três espíritos imundos [três
entidades criadas por eles] à maneira de rãs.

14. Porque são espíritos de demônio [criados pelos três planos inferiores] que fazem
prodígios [de combate] para ir aos reis da Terra e de todo o mundo [inferior, com todas
as suas hastes tenebrosas] para os congregar para a batalha, daquele grande dia do
Deus Todo-poderoso [porque, quando o Sistema Nervoso espinhal perde a sua energia
e ao ser inundado da Luz Inefável, os três centros inferiores descarregam suas três
potências para apagar a Luz Divina no Iniciado. A luta é tremenda, porque o neófito que
pisa o caminho da iniciação tem que lutar contra estas entidades criadas por ele,
durante várias vidas. As três entidades com seus espíritos impuros se congregam e
formam uma entidade psíquica chamada "O Terror do Umbral", que sai ao encontro do
Iniciado, para aterrá-Ia e impedi-Ia de seguir seu caminho. Também depois da morte e
antes da alma entrar num período de felicidade, o mesmo espectro a persegue e a
atormenta, até que, pela dor e pelo fogo de seus desejos, desintegra aquele espectro
que personifica todas as forças perniciosas dos elementos psíquicos inferiores. Este
espectro é chamado também de corpo astral inferior, muito semelhante à pessoa
desaparecida; este espectro não é mais do que a aglomeração dos desejos maus e
impuros e das paixões. A "segunda morte" deste corpo astral é o mais horrível dos
tormentos; porque a alma sente-se queimar em seus próprios desejos e o inferno
pintado pelas religiões não significa nada comparado a este tormento].

15. Eis que venho [Eu Sou com o Reino de Deus] como ladrão [secreta e quietamente].
Bem-aventurado aquele que vigia [contra seus desejos] e guarda as suas vestes [auras
e corpos de desejo e psíquico] para que não ande nu [daquela luz pura] e não se veja a
sua vergonha.
16. E os congregou. [Ele, Eu Sou, congregou os espíritos impuros] num lugar que em
hebraico se chama Armagedon [na alma bruta do mundo inferior, porque estes anseias
concupiscentes nascem deste plano inferior cujo magnetismo é puramente animal].
17. E o sétimo anjo derramou a sua taça pelo ar [a sétima divindade dos centros
magnéticos astrais derramou a sua taça de ardor ou de fogo no mundo mental] e saiu
uma grande voz do templo do céu, do trono [que é a voz do Primeiro Lagos, ou o Pai,
anunciando a partir de cima] dizendo: Está feito [Ele nasceu, o Cristo, o Conquistador de
si próprio].
18. Então seguiram-se [no mundo mental] relâmpagos, [luzes] vozes [vibrações] e trovões
[porque os pensamentos são luz e vibração sonora] e houve um grande tremor de terra
[no mundo físico ou corpo material], um terremoto tão grande, como não houve jamais,
desde que os homens estão sobre a Terra [igual à alegoria descrita pelos Evangelhos
no momento de Cristo entregar o espírito ao Pai. Porque, neste momento da suprema
iniciação, as forças perniciosas precisam ser purifica das dos elementos de sua
natureza psíquica e desaparece a personalidade do iniciado; porém, ao desintegrar-se,
produz-se um verdadeiro terremoto, com relâmpagos e trovões, porque o Inimigo
secreto luta com suas hastes e defende-se para não ser destruído]
19. E a cidade grande [o corpo físico] fendeu-se em três partes [em conseqüência, é agora
ternária, porque o Iniciado triunfador já tem pleno conhecimento de suas três divisões
inferiores: físico, astral ou desejo e mental inferior], e as cidades das nações [ou centros
procriativos das ilusões inferiores] caíram [foram extirpados] e a grande Babilônia [o
corpo] foi recordada [foi atraída pelo pensamento] diante de Deus [O íntimo], para lhe
dar o cálice do vinho do furor da sua ira [e para consumi-Ia com seu fogo sagrado e
purificador].
20. E toda a ilha [glândula de poder receptor] fugiu [desapareceu]; e os montes [os plexos
emissores energéticos] não foram achados [e todos os elementos do Eu Inferior do
homem foram expulsos].

21. E caiu do céu [do pensamento] sobre os homens uma grande chuva de pedras [todos
aqueles pensamentos condensados, que se formaram da substância mental e astral]
como do peso de um talento [como projéteis lançados por uma arma poderosa] e os
homens blasfemaram de Deus pela praga do granizo [dos pensamentos condensados
que voltaram àqueles que os projetaram, para castigá-Ias] porque sua praga [ou
castigo] foi muito grande.
CAPÍTULO XVII

1. E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças [do fogo sagrado] e falou comigo,
dizendo-me: Vem aqui, e te mostrarei a condenação da grande meretriz [a Natureza
Física], que está assentada sobre muitas águas [sobre o éter do mundo de desejos e do
mundo psíquico, ou a vida afetiva].

2. Com a qual [a natureza física] têm fornicado [prostituído] os reis da Terra [os sentidos
físicos]; e os que moram na Terra [os instintos criadores das sensações terrenas] se
embriagaram com o vinho de sua fornicação [da tergiversação da Lei Natural e Divina].

3. E o Espírito me levou ao deserto [ao lugar isento dos desejos, ao mundo do Espírito de
onde pude ver]; e vi uma mulher [o ânimo no corpo físico] sentada sobre uma besta
vermelha [ou Natureza física inferior, cuja cor se assemelha ao sangue] cheia de
blasfêmia [de vícios e instintos de vileza] e que tinha sete cabeças e dez chifres [que é o
mesmo dragão com os sete desejos ou vícios do psíquico dominante no homem. Os
sete desejos cardeais que se manifestam através dos Chakras. Os dez chifres se
traduzem por cinco pranas ou ares vitais que, às vezes, são negativos, outras, positivos
e, desta maneira, são 10 chifres].
4. E a mulher estava vestida de púrpura [a Natureza inferior está vestida com as três cores
da natureza passional], e de escarlate, e adornada com ouro, pedras preciosas e
pérolas [de pensamentos e idéias materializadas no corpo, porque cada pensamento
mantido se manifesta no homem], tendo na sua mão um cálice de ouro, cheio das
abominações [de emanações impuras ou impulsos viciosos inerentes ao organismo
físico; esta virgem é a alma bruta saturada de sensualidade. A taça é o símbolo da
repetição do ato, ou o vício até formar a natureza sensual] e da imundície da sua
fornicação.

5. E na sua fronte um nome escrito: Mistério, a grande Babilônia, a mãe das fornicações
da Terra [o corpo físico na sua forma exterior é na verdade Babilônia, uma cidade
grande, que encerra o Grande Mistério em sua composição. Este templo, ou corpo
físico, composto de átomos, de células, de tecidos e de um conjunto de órgãos é, ao
mesmo tempo, o Templo do Criador. Este corpo composto de duas naturezas, uma
inferior e outra superior, é a maravilha da Criação; é, ao mesmo tempo, a Virgem do
Céu vestida de Sol que concebe o homem-menino, ou o Cristo Triunfante, e a mulher
impudica que concebe todo o abominável. Desta maneira, resulta um mistério divino e
ao mesmo tempo infernal].
6. E vi a mulher [Natureza física] embriagada do sangue dos santos [matando os
ensinamentos, esforços, práticas, doutrinas dos bons desejos], e do sangue dos
mártires de Jesus [e da doutrina secreta, ou a Doutrina evangélica]; e, quando a vi,
fiquei maravilhado com grande admiração [porque, como iniciado, vi-me de cima e me
maravilhei ao contemplar que, dentro de mim, dentro de minha mente inferior e dentro
do meu organismo, encontram-se os átomos mais sábios que arrastei comigo durante
muitas encarnações e que, apesar de todo o saber arcaico de todas as idades achar-se
dentro de minha natureza, deixava-me conduzir por meus instintos, que se
embriagavam com os prazeres baixos que obrigavam minha alma a continuar
encarnada].

7. E o anjo me disse: Por que te maravilhas? Eu te direi o mistério da mulher [a Natureza


do físico] e da besta que a traz [da mente carnal], a qual tem sete cabeças e dez
chifres.
8. A besta [a Natureza física] que viste, foi criada e destruída [é ilusão que vem e que vai,
transformando-se de um estado a outro], e não é [não tem existência por si mesma no
mundo do Noumeno ou do Espírito]; e há de subir do abismo [do inferior do instinto] e
irá à perdição [para fazer perder os homens e perder-se a si mesma, ao mesmo tempo]:
e os que habitam a Terra [os homens e átomos inferiores] cujos nomes não estão
escritos no livro da vida [os não-iniciados] desde a fundação do mundo [físico ou corpo]
se maravilharam vendo a besta [o físico] que era [encarnou-se antes] e não é [não tem
existência por si] embora seja [exista atualmente].

9. E aqui há mente que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes [são os sete
desejos dos 7 centros magnéticos em suas fases negativas] sobre os quais está a
mulher [a besta, ou Natureza física].

10. E são sete reis [os sete sentidos], dos quais cinco caíram [e estão manifestados no
corpo físico]; um subsiste [o sexto sentido, que está nos albores da manifestação, na
glândula pineal, chamado de olho interior do Profeta]; e o outro ainda não veio [é a
Superconsciência ou a Consciência Divina, que sabe, sem pensar nem raciocinar] e
quando vier, é necessário que dure um tempo breve [porque a iniciação interna
estende-se através dos sete sentidos; cinco deles já caíram sob o domínio do Iniciado,
ou este, tendo passado por cinco, está agora passando pelo sexto; porém, quando
chegar o sétimo, durará breve tempo para alcançar a libertação final].
11. E a besta que era [a mente carnal que foi criada], e não é [eterna, nem tem existência
por si mesma], é também [sem dúvida a criação dos sete sentidos e forma com eles] o
oitavo, e é dos sete [filho, e é o eu inferior] e vai à perdição [porque o fantasma do
umbral, para o neófito, e o espectro astral, para o desencarnado, nada mais são que
filhos dessa mente e ambos caminham para a desintegração.
12. E os dez chifres que viste [os cinco ventos da vida; cada um deles é dual e tem duas
polaridades: Positiva e Negativa] são dez reis [que atuam sobre o mundo físico] que
ainda não receberam o reino [sobre os plexos magnéticos, porque eles são apenas
forças de vida, até o momento]; mas tomarão [depois] o poder [na espinhal] por uma
hora como reis com a besta.

13. Estes têm um conselho [todos estão, no momento, unidos, trabalhando na vida física] e
darão poder e autoridade à besta [aspirando átomos malignos que hoje trabalham sob o
estandarte do Inimigo Secreto para lutar contra o iniciado que aspira à libertação].

14. Eles lutarão contra o Cordeiro [o átomo Nous, o Cristo no homem] e o Cordeiro [o
Cristo] os vencerá [conquistando-os], porque é o Senhor dos senhores; e o Rei dos reis
[o Rei dos centros regentes do mundo físico], e os que estão com ele são chamados e
eleitos e fiéis.

15. E ele me disse: As águas que viste, onde a meretriz [a natureza] se assenta, são povos,
e multidões, e nações, e línguas [é toda a humanidade, durante seu vasto ciclo de
evolução material e psíquica, com todos os períodos e ciclos].

16. E os dez chifres [forças vitais] que viste na besta [a Natureza], são os que aborrecerão
a meretriz [quando serão conquistados pelo Cristo] e a porão desolada e despida [de
todo poder] e comerão sua carne [absorvem suas energias] e a queimarão com fogo
[com todos os seus desejos].

17. Porque Deus tem posto em seus corações o executar o seu desígnio [e têm o impulso
do Deus íntimo] e o pôr-se de acordo [com as leis superiores] e dar seu reino à besta
[natureza] até que se cumpram as palavras de Deus [e até que se cumpram os ciclos da
Evolução].

18. E a mulher que viste é a grande cidade [a alma no corpo físico] que reina [domina]
sobre os reis da Terra [os sentidos].
CAPÍTULO XVIII

1. E depois destas coisas [instruções] vi outro anjo [divindade] descer do céu, tendo
grande poder; e a Terra foi iluminada de glória [quando o iniciado sai triunfante do
ordálio, converte-se em Um com o íntimo e mora entre os Deuses Imortais e assim
presencia a caída do mundo dos desejos e dos instintos da carne].
2. E clamou fortemente, em alta voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia [a matéria, a
luxúria da carne e triunfou a glória do Espírito] e se tornou [a matéria] morada de
demônios [causadores das enfermidades e de tristezas] e guarida de todo espírito
imundo, e albergue de todas as aves sujas e abomináveis [que são as formas do
pensamento e entidades criadas pela mente luxuriosa e depravada].
3. Porque todas as nações [seus habitantes] têm bebido o vinho do furor da sua
fornicação; e os reis da Terra [todos os sentidos físicos] têm fornicado com ela [foram
seduzidos por suas carícias] e os mercadores [os traficantes de idéias e a
intelectualidade da Terra] foram se enriquecendo da potência de seus deleites
[enganando o mundo, vestindo-se de cordeiros e eles são os lobos da humanidade].
4. E ouvi outra voz do céu [do cérebro dinamizado já desperto com seus centros] que dizia:
Saí dela [da carne], povo meu, para que não sejais participantes de seus pecados [para
que eleves os pensamentos até mim, o Primeiro Logos, ou o Pai] e para que não
recebais as suas pragas [que os obrigam a reencarnar e sofrer o castigo de suas obras].
5. Porque seus pecados [erros e feitos] se acumulavam até o céu [por suas abominações]
e Deus se recordou de suas maldades.
6. Tornai-lhe a dar como ela vos tem dado e pagai-Ihe em dobro segundo as suas obras;
no cálice que ela vos deu de beber, dai-lhe de beber dobrado [e como ela te fez sofrer
ao aceitares seus afagos e prazeres, dá-lhe agora o sofrimento da privação e da
abstenção].
7. Quanto ela se glorificou [dominando o espírito] e esteve em deleites [impuros] dai-lhe o
mesmo tanto de tormento e pranto [ao privá-Ia de seus deleites], porque diz em seu
coração: Estou assentada como rainha [dos mundos], e não sou viúva [abandonada do
corpo que me obedece], e não verei o pranto [porque obtenho todos os meus prazeres
e desejos].
8. Por isso, num dia virão suas pragas [por seu abuso virão as enfermidades], morte [da
alma], pranto [de remorso], fome [de prazeres insatisfeitos] e será ,queimada com fogo
[do desejo irrealizável, que é mil vezes pior que o ardor do inferno]; porque é forte o
Senhor Deus [e a carne é débil] que a julgará.
9. E chorarão e se lamentarão sobre ela [sobre aquela carne que foi o instrumento do
prazer] os reis da Terra [os ventos da vida que regem os sentidos], que fornicaram com
ela e viveram em deleites [compartilhando seus prazeres], quando virem o fumo de seu
incêndio [o ardor e fogo de suas paixões e insatisfeitas que a aniquilavam].
10. Estando longe [as recordações] pelo temor de seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela
grande cidade de Babilônia [do corpo físico], aquela forte cidade; porque numa hora
veio o seu juízo.
11. E os mercadores da Terra [que traficavam com· seus prazeres] choram sobre ela,
porque ninguém mais compra suas mercadorias [posto que, no mundo do Espírito e da
superação não há mercado para os prazeres mundanos].

12. Mercadoria de ouro, e de prata, e de pedras preciosas, e de linho fino, e de púrpura, e


de seda, e de cochinilha, e de toda madeira odorosa, e de todo vaso de marfim, e de
todo vaso de madeira preciosa, e de cobre, e de ferro, e de mármore [e tudo o que pode
deleitar os cinco sentidos, sejam estes de um homem rico ou de um homem pobre.
Estes sentidos que traficam e traficaram com as almas de homens e mulheres, terão
algum dia que sofrer, quando a humanidade tiver dominado os prazeres da carne e
amar as glórias do Espírito].

13. E canela, e odores de ungüentos e de incenso, e de vinho, e de azeite; e flor de farinha


e trigo, e de cavalgaduras, e de ovelhas, e de cavalos, e de carros, e de servos, e de
almas de homens [e tudo o que. proporciona deleite e comodidade às almas
ambiciosas, que sacrificam os demais para sua própria tranqüilidade].

14. E os frutos do desejo da tua alma se apartaram de ti [já não podes satisfazê-Ias e
causarão teu próprio inferno] e todas as coisas avultadas e excelentes [para seus
sentidos] que faltaram e nunca mais as acharás.

15. Os mercadores [sentidos] destas coisas, que se enriqueceram, serão postos longe
delas [do corpo físico que já está morto, porém as sensações continuam no corpo astral,
pedindo mais gozos] mas não se atrevem a se aproximar [do corpo decomposto] pelo
temor de seu tormento, chorando e lamentando [como quando sucede no corpo de
desejos de um homem apegado à vida continuar voando e batendo as asas ao redor do
cadáver para infundir-lhe vida e para satisfazer seus prazeres. Este corpo astral
continua sofrendo com desespero, até a extinção de sua esperança, então começa a
pensar em mudar o rumo de seus anseios].
16. E dizendo: Ai! ai, daquela grande cidade [minha forma física] que estava vestida de
linho fino [de pele branca] e de escarlate [de carne] e de cochinilha [de sangue] e estava
dourada com ouro [com aura que rodeava o corpo] e adornada com pedras preciosas
[pensamentos] e com pérolas [de sentimentos] ..

17. Porque numa hora foram devastadas tantas riquezas [pela iniciação, ou pela morte]. E
todo piloto [mente diretora], e todos os que viajam em naves [átomos que circulam no
sangue], os marinheiros [átomos construtores da vitalidade] e todos os que trabalham
no mar [do éter que rodeia a forma] estiveram longe.

18. E vendo o fumo de seu incêndio, clamaram, dizendo: Que cidade era semelhante a esta
grande cidade [nosso corpo]?

19. E lançaram pó sobre as suas cabeças [de tristeza], e clamaram chorando, e


lamentando, dizendo: Ai! ai, daquela grande cidade, na qual todos os que tinham navios
no mar [éter]. Tinham se enriquecido com suas riquezas [gozos], que numa hora foi
devastada [abandonada à sua putrefação]!

20. Alegra-te sobre ela, ó céu [estado de Espírito], e vós, santos apóstolos e profetas [anjos
de luz, faculdades do Espírito e iniciados na vida eterna], porque Deus [o Intimo] vingou
a vossa causa nela [tendo obtido o desenvolvimento da alma em sua encarnação no
corpo material].

21. E um anjo forte tomou uma pedra, como uma grande pedra de moinho [a recordação] e
lançou-a ao mar [do éter da vida física que mantém a unidade da alma e do corpo],
dizendo: Com igual ímpeto Babilônia será demolida, aquela grande cidade, e nunca
mais será achada [porque volta com sua decomposição à Terra, de onde foi tomada].

22. E a voz de tangedores de harpas [as vibrações dos nervos] e de músicos [de
inspirações de desejos] e de tocadores de flauta [de vibrações dos centros magnéticos
que são os plexos] não serão mais ouvidas em ti; e todo artífice [todo átomo-construtor]
de qualquer ofício não será mais encontrado em ti: e o ruído de mó [que trituram os
alimentos] em ti não será mais ouvido.

23. E a luz da candeia [da razão] não mais luzirá em ti; e voz de esposo e de esposa [não
haverá mais sexo] não mais em ti se ouvirá; porque os teus mercadores eram os
magnatas da Terra; porque por tuas feitiçarias todas as nações foram enganadas
[seguindo o teu caminho de perdição].

24. E nela se achou o sangue dos profetas, e de todos os santos, e de todos os que foram
mortos na Terra (aqueles que se encarnaram nela).
CAPÍTULO XIX

1. Depois destas coisas, ouvi uma grande voz, como de grande multidão [o Conquistador
de si mesmo, com o coro de seres divinos que o acompanharam no caminho da
iniciação] no céu [no novo estado do Espírito], que dizia: Aleluia! Salvação, e honra, e
glória e poder ao Senhor nosso Deus [é o canto da vitória pelo renascimento espiritual],
2. Porque seus juízos são verdadeiros e justos; porque ele julgou a grande meretriz
[atração carnal], que corrompeu a Terra com a sua fornicação, e vingou o sangue de
seus servos da mão dela [todo este coro de vitórias é cantado por todos os poderes do
homem, ou do Universo Microcósmico, por haver-se livrado do grilhão da atração
carnal].
3. E outra vez disseram: Aleluia. E o fumo dela subiu [desvaneceu-se] para todo o sempre.
4. E os vinte e quatro anciãos [os vinte e quatro hierarcas que trabalharam para a formação
da cidade-corpo] e os quatro animais [quatro deidades dos elementos da Natureza]
prostraram-se por terra e adoraram a Deus que estava sobre o trono [ao Instinto]
dizendo: Amém [assim seja]: Aleluia.
5. E do trono saiu uma voz que dizia: Louvai o nosso Deus todos os seus servos [esta voz
foi a do homem Cristo] e vós que o temeis, assim pequenos como grandes.
6. E ouvi como que a voz de uma grande multidão [todo o coro no Microcosmo], e como
que o ruído de muitas águas, e como que a voz de grandes trovões [todos os seres
mentais e psíquicos] que dizia: Aleluia, porque reinou o Senhor nosso Deus Todo-
poderoso.

7. Exultemos e alegremo-nos e demos-lhe glória [por nossa libertação]; porque vieram as


bodas do Cordeiro [do homem que conquistou o triunfo e que dominou a sua matéria] e
sua esposa se preparou [sua união com sua alma, ou corpo solar: o homem se une
conscientemente com seu íntimo e todo seu ser vibra em uníssono com a Divindade],

8. E foi-lhe dado que se vista de linho fino [de aura branca e puríssima], limpo e brilhante;
porque o linho fino [a aura imaculada] são as justificações dos santos [posto que os
santos não desprendem de suas auras mais que luzes brilhantes e limpas].

9. E ele me disse: Escreve [aprende e ensina]: Bem-aventurados os que são chamados


[átomos anjos puros] à ceia do Cordeiro [porque serão alimentados de saber, de poder e
de amor do Iniciado, em cujo coração jaz Cristo e se converte em um, com Ele], E me
disse: Estas palavras de Deus [O íntimo] são verdadeiras [promessas; estas são as
doutrinas arcanas de Deus].

10. E eu me lancei a seus pés adorando-o [crendo que era o íntimo Deus, em mim]. E ele
me disse: Olha, não faças isto. Eu sou teu conservo [o Eu espiritual em ti] e de teus
irmãos, que têm o testemunho de Jesus [Jeshua, o Logos Solar, o Segundo atributo, ou
aspecto da Tri-unidade); adora [somente] a Deus [O Uno]; pois o testemunho de Jesus é
[somente o Paráclito, o Espírito Santo, o Fogo Divino que desce sobre] o espírito da
profecia.

11. E vi o céu [da razão] aberto e eis um cavalo branco [veículo de Luz], e o que estava
sentado sobre ele era chamado Fiel e, Verdadeiro [era o segundo Logos ou o Eu
encarnado, que é atualmente convertido no Conquistador de si mesmo] aquele que,
com justiça, julga e luta [avança até a batalha final, contra o eu elemental, que é a
personalidade].
12. E seus olhos eram como chamas de fogo [expeliam o fogo do poder e do saber] e havia
em sua Cabeça muitos diademas [de virtudes conquistadas], e tinha um nome escrito
[em sua testa, o selo ou a marca da Divindade] que ninguém entendia, senão ele
mesmo.

13. E estava vestido com uma veste [aura] tingida em sangue [de auto-sacrifício para salvar
os demais] e seu nome é Verbo de Deus [porque depois de seu auto-sacrifício pelos
demais, converte-se em Cristo, Salvador do mundo e então ele é chamado de Palavra,
o Verbo, o Filho de Deus].

14. E os exércitos [todo o coro de anjos celestiais dos mundos Divinos] que estão no céu,
seguiam-no em cavalos brancos [éter luminoso] vestidos de linho finíssimo, branco e
puro [de aura luminosa, sem mancha].

15. E de sua boca sai uma espada aguda [o Verbo, a Palavra do Poder] para ferir com ela
as nações [os elementos de desejos e das paixões criados na natureza inferior]: e ele
as regerá [as dominará] com vara de ferro [com vontade inquebrantável] e ele pisa [com
firmeza] o lagar do vinho do furor e da ira de Deus Todo-poderoso [pisa o lagar das
forças sexuais, que ardem no corpo, com o furor das paixões e dos prazeres vis].

16. E em sua vestimenta [aura] e em sua coxa [eufemismo para falo] tem escrito este
nome: Rei dos Reis e Senhor dos Senhores [porque a energia sexual, o fogo sagrado
do Sexo Criador converte-se em Luz e Poder no cérebro do Iniciado, por meio da
transmutação, e o Iniciado se diviniza e será Rei dos Reis e Senhor dos Senhores,
como Cristo o é].

17. E vi um anjo que estava em pé, no Sol [Miguel, o átomo-Mestre do homem que se acha
na aura mental, que brilha no iniciado ,como o Sol. Miguel é a entidade que reúne todo
o bem, feito pelo homem, é luz e reina sobre os anjos da Luz e está sempre na
presença do íntimo e reside na parte superior da espinha dorsal] e· clamou com grande
voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu [a todos os anjos da Luz]:
Vinde e congregai-vos para a ceia do Grande Deus [à união com ele].

18. Para que comais carne de reis [para devorar com o fogo sagrado os átomos impuros
das forças da vida], e dos cavalos e dos desejos], e carne de fortes, e carne de cavalos
e dos que estão montados sobre eles [de todas as forças dos psíquicos e materiais e de
tudo o que foi mau em cada encarnação]; e carne de todos, livres e servos, de
pequenos e de grandes [porque o Iniciado com seu fogo sagrado e devorador deve
aniquilar tudo o que pode constituir uma trava em seu avanço].

19. E vi a besta [a natureza, ou Eu inferior] e os reis da Terra [sentidos, desejos] e os seus


exércitos [criações] congregados para fazer guerra [a guerra decisiva]· contra o que
estava assentado [O Eu superior] sobre o cavalo [éter] e contra seu exército [de luz].

20. E a Besta [o Eu inferior] foi presa [na matéria] e com o profeta [o intelecto] que tinha
feito os sinais [prodigiosos] diante dela, com que [com os prodígios fantasmagóricos das
idéias] enganou os que tomaram o sinal da besta [e os que acreditaram em suas
atrações] e tinham adorado sua imagem [a ilusão dos sentidos]. Estas duas [a natureza
inferior e o intelecto] foram lançadas vivas [conscientes de seus erros e dores] dentro de
um lago de fogo [dentro do ardor do desejo insatisfeito] ardendo em enxofre [em
instintos e anseios].

21. E os out6ros foram mortos com a espada [o Verbo que saía da boca, a palavra
Criadora] do que estava assentado sobre o cavalo [o Eu Superior], e todas as aves se
fartaram das suas carnes.

“O conquistador, depois da sexta vida descrita, recebe o sexto grau e será um pilar no Templo de Deus e
nunca mais sairá. Ele não se reencarna mais, inconscientemente. Os três últimos capítulos descrevem a
sétima e última Iniciação, quando o homem será um com Deus e se converterá na Cidade Santa, descida
do Céu."
CAPÍTULO XX

1. E vi um anjo [uma Divindade] descer do céu [do Espírito] que tinha a chave do abismo
em sua mão. [Esta divindade é o mesmo Iniciado triunfante no ciclo da Iniciação; agora
acha-se no sexto grau dos sete que constituem o ciclo ou na sexta encarnação; no
entanto, ainda deve sofrer, porque a mente carnal não está completamente destruída.]

2. E prendeu o dragão [a mente inferior], a antiga serpente que é o Diabo e Satanás [a


entidade criada e formada por todos os maus pensamentos e atos do homem e que
reside na parte inferior da espinha dorsal. Esta entidade é chamada o Rei do mal, ou o
Rei do Inferno] e amarrou-o por mil anos [durante um período longo. Mil anos é o meio-
termo entre duas reencarnações do homem e, durante esse tempo, ele se esforça para
destruir por completo esta mente, para reencarnar-se e completar sua iniciação ou sua
elevação até a Unidade].

3. E o lançou ao abismo [ao crisol da Natureza, a parte inferior do corpo, ou reino


elemental, para que com sua ajuda proporcione ao homem uma vida racional e parca] e
o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não enganasse mais às nações, até que mil
anos sejam cumpridos: depois disto é necessário que seja solto por um pouco de tempo
[e acompanhar o homem durante sua sétima encarnação ou último grau para o triunfo
final em suas conquistas de si mesmo].

4. E vi tronos, e assentaram-se sobre eles [todas as entidades superiores, criadas pelo


homem durante a série de encarnações que pedem contas dos feitos e erros que foram
cometidos nos planos do pensamento, emoção e ação do eu inferior e de suas
entidades], e. foi-Ihes dado juízo [ou o poder de julgar todas as atividades durante a vida
passada); e vi as almas dos degolados [dos pensamentos nobres e puros, sentimentos
e aspirações] pelo testemunho de Jesus [a Verdade] e pela palavra de Deus e que não
haviam adorado a besta [a Natureza baixa], e que não receberam o sinal em suas testas
[do vil pensamento] nem em suas mãos [das más obras]; e viveram e reinaram com
Cristo mil anos [durante a estada da alma no mundo suprafísico, depois da morte física].

5. Mas os outros mortos [átomos dos pensamentos e emoções da natureza carnal] não
tornarão a viver [não poderão influenciar sobre a alma] até que sejam cumpridos mil
anos [nos mundos astral e mental; porque todos estes elementos inferiores
permanecem adormecidos no Reino Astral inferior e no mundo mental, sofrendo "A
Segunda Morte", ou a desintegração. Eles voltam depurados à vida, quando a alma
desce novamente às esferas da geração]. Esta é a primeira ressurreição [este é o
ressurgimento para a vida dos mais nobres elementos do homem, depois de sua morte
iniciática].

6. Bem-aventurado e santo o que tem parte na primeira ressurreição [aquela que se efetua'
pelo domínio completo das vis paixões e emoções carnais durante a vida física, durante
a residência mundana, levando esta vida de pureza]; a segunda morte não tem poder
sobre estes [porque leva consigo, para além da vida física, seu corpo astral depurado de
todo desejo e de todo átomo passional; então, para ele, não haverá inferno ou ardor e
sofrimentos do desejo insatisfeito e não sofrerá assim a terrível segunda morte]; antes
serão sacerdotes de Deus [executores da vontade do íntimo] e de Cristo [Eu Sou], e
reinarão com ele mil anos [durante o tempo que se intercala entre a morte iniciática e a
ressurreição, ou volta à vida mundana].
7. E quando os mil anos forem cumpridos [depois da última morte física do Iniciado],
Satanás será solto de sua prisão [quando novamente o Iniciado volta a reencarnar, para
travar a última batalha com aquela entidade que ele mesmo criou, durante idades
passadas e se converteu em seu próprio inimigo Secreto, chamado Satanás].
8. E sairá [Satanás] para enganar [novamente] as nações [os elementais], que estão sobre
os quatro ângulos da Terra [os que regem os quatro elementos da matéria: ar, fogo,
água e terra, que proporcionam a vida ao corpo do Iniciado em sua encarnação], a Gog
e a Magog [a Gog, Rei de Magog, da Terra, ou planos inferiores] a fim de congregá-Ios
para a batalha; o número dos quais [dos átomos de desejos, paixões, anseios que o
homem tinha criado, durante as muitas encarnações anteriores, não podem ser
dominados senão duante a vida física; porque o tormento no plano astral, depois da
morte física, pode infundir na alma o horror ao mal, mas não pode manchar o Karma. O
Karma, ou Lei de Causa e Efeito, deve ser apagado e riscado por meio das boas obras
durante a vida física; porque por onde se peca se paga. Estas entidades criadas,
realmente são sem número] é como a areia do mar.
9. E subiram [estes átomos desejos] sobre a largura da Terra [do corpo e de todos os
órgãos sensitivos] e circundarão o campo [aura] dos santos e a cidade amada [o corpo
físico], e Deus desceu fogo [sacro consumador] do céu [da cabeça] e os devorou.

10. E o diabo [o Inimigo Secreto] que os enganava [com suas atrações carnais] foi lançado
num lago de fogo de enxofre [para ser extinto por seu próprio desejo ardente] onde está
a besta [o Eu inferior] e o falso profeta [a mente carnal] e para todo o sempre [até serem
completamente eliminados da vida do homem].
11. E vi um grande trono branco e o que estava sentado sobre ele [O Iniciado que dominou
em si a vida inferior pelo auto-sacrifício] de diante do qual fugiu a Terra e o céu e não foi
achado o lugar deles. [Porque o Iniciado buscou a perfeição, não pelo proveito material,
nem pela recompensa depois da morte e vive como Deus em Espírito, renunciando à
fama e à recompensa.]

12. E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus [para o juízo] e os
livros [os sistemas simpáticos] foram abertos [revisados]; e outro livro foi aberto, que é o
da vida [da vida do Iniciado, ou o resumo de todos os feitos escritos na memória da
Natureza, chamado Anais Akáshicos, que é o registro final do Eu Encarnado]; e foram
julgados os mortos pelas coisas que estavam escritas [pelos feitos estampados ou
gravados] nos livros, segundo suas obras [todas as forças e átomos que trabalharam no
homem foram julgados].

13. E o mar [da vida sensitiva] deu os mortos que estavam nele [todos os atos levados a
cabo durante a vida física] e a morte [a força desintegradora] e o inferno [o mundo
inferior no corpo] deram os mortos que estavam neles [as entidades que moravam em
seus planos] e foi feito juízo de cada um, segundo suas obras.

14. E o inferno [o mundo inferior] e a morte [a desintegração] foram lançados no lago de


fogo [onde ardem com o fogo de suas paixões]. Esta é a segunda morte [e feliz é o
Iniciado que se acha separado desta vida inferior, porque não sofrerá aquele tormento
da segunda morte].

15. E o que não foi achado escrito no livro da vida [iniciática e pura] foi lançado no lago de
fogo [do plano inferior, do mundo dos desejos ardentes e insatisfeitos].
CAPÍTULO XXI

1. E vi um novo céu [superconsciência do Eu Sou] e uma Terra nova [um corpo perfeito e
puro]; porque o primeiro céu [a consciência emotiva] e a primeira Terra [o plano físico
inferior com suas atrações] se foram e o mar [o mundo dos desejos] já não existe.

2. E eu, João [Consciência do iniciado nestes mistérios], Vi a santa cidade [o corpo perfeito
do Iniciado com todos os seus veículos depurados e seus plexos e átomos
dinamizados], a Jerusalém [cidade de paz] nova, que descia do céu de Deus,
adereçada como uma esposa ataviada para seu marido [a natureza do corpo preparada
para receber o Eu Sou e unir-se com ele].

3. E ouvi uma grande voz do céu que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus [o corpo puro
na sétima encarnação] com os homens e morará com eles; e eles serão o seu povo, e o
mesmo Deus será o seu Deus com eles [porque o homem já é um Novo Universo e
Novo Céu pela evolução espiritual],
4. E Deus limpará todas as lágrimas dos olhos deles [porque já não há dor causada pelo
erro] e não haverá mais morte [porque o Iniciado domina a Lei da reencarnação] e não
haverá mais pranto, nem clamor, nem dor; porque as primeiras coisas são passadas [os
primeiros sofrimentos da vida inferior estão eliminados].

5. E o que estava sentado sobre o trono [o Pai Triunfante no homem] disse: Eis que faço
novas todas as coisas [eu posso reger e domino a matéria física]. E me disse: Escreve
[retém na memória] porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.
6. E disse-me: Está feito [já nasceu no homem]. Eu Sou o Alfa e o Ômega [a fonte da vida
e sua meta]; ao que tiver sede [de justiça e de bondade] eu lhe darei da fonte da água
da vida gratuitamente [perfeitamente].
7. Quem vencer [na iniciação interna, em sua evolução para chegar à união comigo]
possuirá todas as coisas; e eu serei o seu Deus e ele será meu filho.
8. Mas aos tímidos e incrédulos, aos abomináveis e homicidas, aos fornicadores e
feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos [a todos os homens e átomos vis]
sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, que é a segunda morte [e assim se
decomporá o corpo de desejos em seu fogo original e se separará do homem a mente
carnal ou consciência pessoal].
9. E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das sete últimas pragas [a
divindade do plexo coronário] e falou comigo, dizendo: Vem aqui, e te mostrarei a
esposa [a forma-corpo], mulher do Cordeiro [que deve desposar e unir-se a Cristo].
10. E levou-me em Espírito [em transe] a um grande e alto monte [à cabeça] e me mostrou
a grande cidade santa de Jerusalém [o corpo puro], que descia do céu de Deus.

11. Tendo a claridade de Deus: [a Luz inefável do Onipotente] e sua luz era semelhante a
uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, resplandecente como cristal [isto é, a
aura de Glória emana cintilações de luz, como os raios emanados do jaspe, ou qualquer
diamante, cuja aura é branca, ainda que com cintilações das sete cores do Sol].

12. E tinha um muro grande e alto [que é a aura da cidade-corpo] com doze portas [doze
orifícios do corpo que são dois olhos, duas orelhas, duas narinas, uma boca, dois
mamilos, um umbigo, um órgão sexual e o ânus] e nas doze portas, doze anjos e nomes
escritos [os doze anjos são as doze grandes hierarquias criadoras, relacionadas com os
doze signos zodiacais que trabalham até hoje, por meio de doze anjos, nas doze portas
do corpo humano. São eles que têm ativado o trabalho da evolução de todos os
períodos passados. Cada um deles tem sua influência sobre uma porta do corpo físico]
que são os das doze tribos [divisões] dos filhos de Israel [do lutador que, sobre o plano
das forças, obtém a conquista do Universo e finalmente representam as doze horas
astrais, doze signos zodiacais e doze meses do ano com as doze missões que
cumprem no corpo].

13. Ao Oriente, três portas; ao Norte, três portas; ao meio-dia, três portas; e ao Ocidente,
três portas; [estas doze portas cósmicas, dinamizadas pela Energia Criadora do sexo,
despertam no cérebro seus centros respectivos, divididos em quatro tríades; três na
testa, três no cérebro frontal esquerdo, três no frontal direito e três na parte posterior do
cérebro].

14. E o muro da cidade [ou a aura psíquica do corpo] tinha doze fundamentos [doze
faculdades, ou forças cósmicas do Espírito] e neles, os doze nomes dos doze apóstolos
do Cordeiro [que são os seguintes, incluídos os doze filhos de Israel e os doze signos
do Zodíaco:

Signos Zodiacais Filhos de Israel Faculdades Cósmicas


Áries Benjamim Poder na aflição
Touro Issacar Amor
Gêmeos Levi Associação
Câncer Zabulon Fecundidade
Leão Judá Fé
Virgem Aser Vontade
Libra Dan Juízo
Escorpião Gad Memória
Sagitário José Simpatia
Aquário Neftali Altruísmo
Peixes Rúben Percepção
Capricórnio Simeão Conhecimento
Discípulos do Cordeiro Glândulas ou Lóbulos Faculdades Cósmicas do Espírito
Pedro Pineal Fé
André Supra-renais Fortaleza
Tiago Pâncreas Acerto
João Timo Amor
Filipe Tireóide Poder
Bartolomeu Pituitária Imaginação
Tomé Centro frontal direito Sabedoria
Mateus Centro frontal esquerdo Vontade
Simão Cananeu Apêndice Ordem
Tiago, filho de Alfeu Posterior do cérebro Céu
JudasTadeu Sacro Eliminação
Judas Iscariotes Glândulas sexuais Vida

O grande centro de todo este sistema está na cabeça, onde se manifesta e reina o Eu
Sou. É a montanha de todos os profetas, onde iam adorar, em retiro, para chegar à
união com Deus Intimo. De maneira que os doze apóstolos simbolizam as doze
hierarquias que governam os doze centros do Sistema Simpático, para a manifestação
do Cristo, na segunda vinda, que simboliza a Iniciação Interior.

15. E aquele que falava comigo [a divindade] tinha uma medida de cana [O Sistema
Nervoso] de ouro [aura solar] para medir a cidade [o corpo] e suas portas e seu muro.

16. E a cidade [corpo] está situada e posta em quadrado [em cruz, que simboliza a forma
humana] e sua largura é tão grande como seu comprimento [o corpo com os braços em
forma de cruz mede a mesma coisa, tanto de largura como de comprimento]: e ele
mediu a cidade com a cana, doze mil estádios [isto é, quando as doze faculdades
cósmicas se dinamizam e se desenvolvem no homem, eles mesmos serão os que
medem e aquilatam o valor espiritual do ser humano]; e o seu comprimento, altura e
largura são iguais [porque a aura espiritual será uniforme em todas as suas dimensões].
17. E mediu o seu muro [aura] cento e quarenta e quatro côvados [1 + 4 + 4 = 9 a medida
do homem perfeito] de medida de homem [o nº 9 é o número da humanidade, ou do
Homem-Deus], que é a do anjo.

18. E o material de seu muro era de jaspe [a cor de sua auréola era branca, e refletia as
sete cores]; mas a cidade era de ouro puro [cor transparente de forças solares, que
corresponde ao positivo] semelhante ao vidro limpo.

19. E os fundamentos [forças ou faculdades do espírito, desenvolvidas e purificadas] do


muro [da aura] da cidade [corpo] estavam adornados de toda pedra preciosa [toda a
faculdade desenvolvida, emanava uma cor limpa que se assemelhava ao brilho de uma
das pedras preciosas]. O primeiro fundamento [ou força cósmica] era jaspe [força
magnética, simpatia e atração]; o segundo, safira, paz da alma: devoção]; o terceiro,
calcedônia [superação]; o quarto, esmeralda [castidade e clarividência].
20. O quinto, sardônica [altruísmo]; o sexto, sárdio [eqüidade]; o sétimo, crisólito [alegria e
saúde]; o oitavo, berilo [engenho]; o nono, topázio [lógica e profecia]; o décimo,
crisópraso [harmonia e concórdia]; o décimo primeiro, jacinto [bondade e bom humor]; o
décimo segundo, ametista [caráter pudico]. Cada virtude das doze forças espirituais
emana uma radiação colorida e sua qualidade determina a cor; estas cores, na aura,
formam a escala de todas as faculdades do Espírito, que envolve ou circunda o TRONO
DE DEUS].

21. E as doze portas eram doze pérolas [símbolos da pureza e da virtude porque, segundo
a tradição, a concha encerra dentro de si mesma, com o orvalho celeste, o primeiro raio
do Sol e o último da Lua transparente e as estrelas pálidas. A essas forças celestes
deve-se a pérola, e também tornou-se esta, em sua concha, como emblema da
lmaculada Conceição] em cada uma, cada porta era de uma pérola [concebida pelas
forças cósmicas]. E a praça da cidade [rua principal da cidade, o cordão espinhal] era
de ouro puro [de forças solares, ou de onde nasce o Sol espiritual] como vidro
transparente.

22. E nela não vi templo; porque o Senhor Deus Todo-poderoso é o seu templo, e o
Cordeiro. [Todo o corpo tão puro se converte em sua totalidade, no templo do íntimo].

23. E a cidade não tinha necessidade de Sol [físico ou intelecto] nem de Lua, para que nela
resplandecesse: porque a claridade de Deus [a Sabedoria Divina] a iluminou, e o
Cordeiro [Cristo] era sua lâmpada.

24. E as nações que foram salvas [os átomos de luz redimidos] andarão na sua luz; e os
reis da Terra [as forças nervosas do Sistema Simpático] trarão para ela sua glória e
honra.

25. E suas portas [lóbulos, glândulas] nunca ficarão fechadas de dia, porque lá não haverá
noite [a ignorância].
26. E levarão a ela a glória e a honra das nações.

27. Não entrará nela nenhuma coisa suja [porque está defendida por sua aura de luz
Divina], ou o que faz abominação e mentira [porque o Inimigo Secreto está já recluso e
devorado por seu próprio fogo consumador e não entrará]; mas só os que estão
inscritos no livro da Vida do Cordeiro [os átomos de luz que acompanharam Cristo em
sua Crucificação sobre a matéria-corpo].
CAPÍTULO XXII

1. Depois, me mostrou um rio limpo de água da vida [a medula espinhal cheia do Grande
Alento de Vida] resplandecente como cristal [pura e luminosa] que saía do trono de
Deus [cérebro] e do Cordeiro [Cristo no homem].

2. No meio da sua praça [no cordão Central da Medula] e de uma e de outra parte [do
cordão esquerdo e do direito] do rio [da medula] estava a árvore da vida [o poder
Criador no homem, a força do sexo puro e casto] que produz doze frutos [doze forças
cósmicas que trabalham para a perfeição do homem], dando seu fruto de mês em mês
[porque quando o Sol físico corre seus signos zodiacais, emana a vibração benéfica de
cada signo; e, assim, quando o Cristo, o Sol interior, visita seus discípulos ou glândulas,
estas adquirem as forças de Cristo e dão seus frutos no homem] e as folhas da árvore
[ramificações do sistema espinhal] eram para a saúde das nações [a saúde de todos os
órgãos].

3. E não haverá mais maldição [dentro da cidade-corpo, porque o sexo converte-se em


divindade Criadora e sua função será regida pela pureza divina do pensamento Criador]
senão que o trono de Deus e do Cordeiro está nela, e os seus servos [os átomos] a
servirão.

4. E verão o seu rosto [seu resplendor e poder] e o seu nome [sua glória] estará nas suas
testas.
5. E ali não haverá mais noite [ignorância]; e não têm necessidade de luz de tocha [de
intelecto ou mente objetiva] nem da luz do Sol [sentidos físicos intelectuais]: porque o
Senhor Deus os iluminará [com sua sabedoria] e reinarão [na luz] para todo o sempre.

6. E me disse [o Cordeiro]: Estas palavras são fiéis e verdadeiras. E o Senhor Deus dos
santos profetas, enviou o seu anjo [iluminação] para mostrar aos seus servos as coisas
que são necessárias que sejam feitas [estas perfeições] depressa.
7. Eis que [Eu Cristo] venho brevemente [nasço no homem]. Bem-aventurado o que guarda
as palavras [verdades eternas] da profecia deste livro.

8. Eu, João, sou [o Iniciado] o que viu e ouviu [em transe profético] estas coisas. E depois
de ter visto e ouvido, prostrei-me para adorar diante dos pés do anjo [Nous] que me
mostrava estas coisas.

9. E ele me disse: Olha, não faças isso, porque eu sou servo contigo [ambos servimos ao
íntimo] e como teus irmãos, os profetas, e com os que guardam as palavras deste livro
[e de todos os demais átomos que retêm estas palavras]. Adora a Deus [somente].
10. E me disse: Não seles as palavras da profecia deste livro [de direto conhecimento da
Verdade] porque o tempo [da Iniciação] está próximo.

11. Quem é injusto, seja injusto ainda; e quem é sujo, suje-se ainda; e quem é justo, seja
justificado ainda; e o santo seja santificado ainda.

12. Eis que eu venho logo [com a sabedoria verdadeira e divina] e o meu galardão comigo
[a Árvore da Vida, a iluminação será dada àqueles que estão suficientemente
purificados e por meio desta iluminação entrarão na Cidade Santa, ou neste corpo
perfeito. De outra maneira, ficarão sujeitos ao corpo imperfeito, enfermiço e regido pelo
intelecto, até que tiverem LAVADO SUAS ROUPAS, ou suas auras e assim obterão o
alento dos profetas para poder compreender as profecias deste livro "oculto", cuja
finalidade é desenvolver a faculdade intuitiva do leitor. Este é o galardão que levo
comigo] para recompensar a cada um de acordo com a sua obra.
13. Eu sou Alfa e ômega, princípio e fim, o primeiro [Adão] e o último [Adão, o Cristo: o Eu
Sou e o Eu Encarnado].
14. Bem-aventurados os que guardam seus mandamentos, para que sua força [criadora]
seja [completa] na árvore da vida [nos órgãos criadores] e que entram [por meio desta
energia pura] pelas portas da cidade [pelas glândulas e plexos no corpo].
15. Mas os cães [os que não merecem comer o pão dos filhos] estarão de fora, e os
feiticeiros [que empregam o sexo para a Magia Negra], e os dissolutos, e os homicidas
[os que aniquilam suas energias], e os idólatras [do sexo] e qualquer que ama [de uma
maneira dissoluta, pretextando o amor impessoal] e pratica a mentira [contra este amor
com a satisfação de seus desejos].
16. Eu, Jesus [Jeshua, o Segundo Logos] enviei o meu anjo [Nous] para dar testemunho
destas coisas [porque já passei por elas] nas igrejas [em meus plexos do corpo sobre o
qual fui crucificado]. Eu sou a raiz [o primeiro que encarnou] e a linhagem de David [da
humanidade, Eu, o Cristo, que era com Deus. Sou Deus e por minha descensão à
matéria tudo o que foi feito por mim, foi feito, Eu Sou], a estrela resplandecente, e da
manhã.
17. E o Espírito e a Esposa [o espírito e a sabedoria da alma pura] dizem: Vem. E o que
ouve, diga: Vem. E o que tem sede, venha [às águas vivas]; e quem quiser, tome
gratuitamente da água da vida [aqui termina o grau máximo da Iniciação].
18. Porque eu testifico a qualquer um que ouve as palavras da profecia deste livro: se
alguém acrescentar algo a estas coisas, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão
escritas neste livro [porque o processo da Iniciação é completo e perfeito, e nada se
pode acrescentar].
19. E se· alguém tirar as palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte do livro da
vida [não será possuidor da Sabedoria] e da Cidade Santa, e das coisas que estão
escritas [para o neófito, a Criança que deseja iniciar-se. A Luz do Logos sempre diz ao
homem, ao filho: Vem beber das águas da Vida].

20. Aquele que dá testemunho destas coisas diz: Certamente virei em breve [como ente]
[Espiritual, Superconsciência] Amém, assim seja. Vem, Senhor Jesus [vós como Mente
Divina Espiritual podeis dar testemunho destas coisas].

21. A graça de Nosso Senhor Jesus Cristo [Homem-Deus] esteja com todos vós. Amém.
BIBLIOGRAFIA

ADOUM, J., As chaves do reino interior*


A sarça de Horeb ou o mistério' da serpente
Besant, Annie, O poder da pensamento*

Besant, Ao, e LEADBEATER, C. W., Formas do pensamento*

Os chakras*

HEINDEL, Max, Canceito rosa-cruz da cosmos

LÉVI, Éliphas, Dogma e ritual da alta magia*

M., Deuses atômicas

MAGlSTER, Manual da aprendiz

Manual do campanheiro

Manual do mestre

PAPUS, Magia prática

PRYSE, J., O Apocalipse desvelado

* Publicados pela Editora Pensamento, São Paulo.

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