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1.

O DNA é constituído por duas cadeias ou filamentos enrolados um sobre o outro,


formando uma estrutura helicoidal. Cada uma constitui-se de milhares de
nucleotídios, ligados em seqüência. As duas cadeias de um DNA mantêm-se unidas
por pontes de hidrogênio entre suas bases nitrogenadas.

2. As ligações de hidrogênio ocorrem somente entre pares de bases específicos: a


adenina liga-se unicamente com a timina (A T), e a citosina liga-se unicamente com
a guanina (C G), por isso, são sempre complementares.

3. A duplicação do DNA é chamada de semiconservativa porque cada uma das duas


moléculas recém-formadas conserva uma das cadeias da “molécula-mãe” e forma
uma cadeia nova, sendo esta complementar.

4. No processo de duplicação do DNA, as pontes de hidrogênio que unem as duas


cadeias se desfazem e se separam, e ao mesmo tempo nucleotídios livres presentes
na célula unem-se a elas, respeitando a seguinte regra de emparelhamento:
adenina emparelha-se com timina (A T) e citosina, com guanina (C G). Os
nucleotídios corretamente emparelhados à cadeia-molde unem-se e formam uma
nova cadeia, complementar a esta.

6. Um gene determina a produção de uma molécula específica de RNA,


“transcrevendo” seu código. A maioria das moléculas de RNA orienta a produção de
proteínas, no qual a informação codificada na molécula de RNA é “traduzida” na
seqüência de aminoácidos da proteína.

7. Apenas uma parcela do DNA dos seres eucarióticos é constituída por genes, ou
seja, tem sua informação “transcrita” para moléculas de RNA. As seqüências de
nucleotídios que não produzem RNA constituem o chamado DNA não-codificante ou
DNA lixo.

8. A principal diferença em relação à duplicação do DNA é que, na síntese do RNA,


são utilizados apenas ribonucleotídios e somente uma das cadeias do DNA serve de
molde para a molécula. No processo de produção do RNA (transcrição gênica) as
duas cadeias do DNA se separam e uma delas serve de molde ao RNA; a outra
cadeia permanece inativa, reunindo-se à parceira ao final do processo e
reconstituindo a dupla-hélice.

9. A polimerase do RNA é a enzima que abre o DNA-molde, escolhe a cadeia a ser


copiada em RNA e orienta a ordenação dos ribonucleotídios, também une-se a uma
das extremidades do gene e começa a separar as duas cadeias do DNA. À medida
que a dupla-hélice se abre, a polimerase orienta o emparelhamento de
ribonucleotídios livres à cadeia que transcreve o DNA.

10. O início de um gene é marcado por uma seqüência especial de pares de bases
nitrogenadas (região promotora do gene). Essa seqüência determina o local do DNA
em que a polimerase do RNA deve se encaixar para iniciar a síntese de RNA. A
polimerase do RNA encaixa-se na região promotora do gene e desloca-se sobre ele,
separando a dupla-hélice do DNA e orientando a formação do RNA, até encontrar
certa seqüência de bases, a seqüência de término de transcrição, que marca o fim
do processo. Assim, todo gene tem um início, a região promotora, e um fim, a
seqüência de término de transcrição.
11. As moléculas de RNA transcritas a partir do DNA podem ser de três tipos
principais: RNA mensageiro (RNAm), RNA ribossômico (RNAr) e RNA transportador
(RNAt). As moléculas de RNAr se reúnem com proteínas especiais para formar os
ribossomos. Cada molécula de RNAt une-se a um aminoácido transportando-o até
os ribossomos. O RNAm determina os tipos de aminoácido e a seqüência em que
eles devem ser unidos para formar a cadeia polipeptídica da proteína.

12. Códon é cada trinca de bases nitrogenadas do RNA mensageiro que especifica
um aminoácido da cadeia polipeptídica. Anticódon é a trinca de bases do RNA
transportador, por meio da qual ele se une ao códon do RNA mensageiro.

13. O código genético é a relação de correspondência entre os códons do RNAm e


os aminoácidos por eles determinados.

14. O processo de síntese de uma cadeia polipeptídica consiste em unir


aminoácidos de acordo com a seqüência de códons presente no RNAm. A síntese de
proteínas representa a “tradução” da informação do gene em uma seqüência de
aminoácidos.

15. No processo de síntese de proteínas participam um ribossomo, um RNA


mensageiro, vários RNA transportadores, aminoácidos e enzimas. O ribossomo
encaixa-se em uma das extremidades do RNAm e o percorre até a outra
extremidade. À medida que esse deslocamento ocorre, os RNA transportadores vão
encaixando os aminoácidos em uma seqüência definida pela ordem dos códons do
RNA mensageiro. Dessa forma, a informação escrita na seqüência de bases do
RNAm vai sendo traduzida na seqüência de aminoácidos da proteína.

16. A síntese de um polipeptídio tem início com a associação entre um ribossomo,


um RNA mensageiro e um RNA transportador especial, que transporta o aminoácido
metionina. Esse RNA transportador, cujo anticódon é UAC, emparelha-se com um
códon AUG presente perto da extremidade inicial da molécula do RNA mensageiro.
Essa trinca AUG constitui o códon de início de tradução, pois é ele que determina o
local da molécula de RNAm em que tem início a informação para a cadeia
polipeptídica.

17. O sítio P é um local da subunidade maior do ribossomo onde se aloja o RNA


transportador que carrega a cadeia polipeptídica em formação. O sítio A é um local
da subunidade maior do ribossomo onde se aloja o RNA transportador que carrega
o aminoácido a ser incorporado em seguida na cadeia polipeptídica em formação.

18. O ribossomo catalisa a separação do aminoácido de seu RNAt localizado no sítio


P e a imediata ligação dele ao aminoácido preso ao RNAt que ocupa o sítio A.

19. Imediatamente após a formação de uma ligação peptídica, o ribossomo


desloca-se sobre a molécula de RNAm, dando um “passo” correspondente a uma
trinca de bases. Com isso, o RNAt que ocupava o sítio P e transportava a cadeia
polipeptídica em formação se desprende do RNAm e do ribossomo e o RNAt que
originalmente ocupava o sítio A passa a ocupar o sítio P, carregando agora a cadeia
polipeptídica em formação. O sítio A do ribossomo torna-se disponível para a
entrada do próximo RNAt.
20. A síntese de um polipeptídio termina quando o ribossomo chega a um códon de
parada, ou seja, um dos três códons para os quais não há aminoácido
correspondente. Quando isso ocorre, o sítio A do ribossomo é ocupado por uma
proteína denominada fator de liberação, e todos os participantes do processo se
separam, inclusive as duas subunidades do ribossomo, libertando a cadeia
polipeptídica formada.

21. À medida que um ribossomo se desloca sobre um RNAm, traduzindo sua


mensagem em uma cadeia polipeptídica, outro ribossomo pode também iniciar a
tradução do mesmo RNAm. Assim, vários ribossomos podem se encaixar
sucessivamente no início de um RNA, percorrendo-o e saindo na extremidade
oposta, cada um sintetizando exatamente o mesmo tipo de cadeia polipeptídica. O
conjunto formado por um RNAm unido a vários ribossomos é chamado de
polirribossomo, ou polissomo.

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