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e s p e c i a l
Pojuca
r e v i s t a
ponto
movel
cidade do
saber
1
nº
30
GENTE QUE
Sumário FAZ
LÁ VEM
HISTÓRIA 34
PERSONAGENS
HISTÓRICOS 36
SABERES E 14 DICAS
FAZERES CULTURAIS
38
QUEM CONTA
UM CONTO
18 PAINEL
40
CRIATIVO
MOVIMENTO
ARTÍSTICO 20
AÇÃO
GOVERNAMENTAL 24
BARRA DO 06
POJUCA 26 ESPAÇO
VERDE
NOSSA
12 SABOR DA TERRA 28 LAZER 42
GENTE
3
e s p e c i a l
Barra
do
Pojuca Editorial
Consolidada em Camaçari como um adaptado e chamado de Ponto Móvel registrar, preservar e divulgar a cultura local.
celeiro de saberes e de oportunidades, Cidade do Saber, percorre o litoral,
a Cidade do Saber – Instituto Professor pulverizando informação e fortalecendo os Esse material é uma contribuição da Cidade
Raimundo Pinheiro – conta com uma nova saberes e tradições de cada localidade, além do Saber para disseminar fragmentos da
estrutura itinerante, para levar ainda mais de revelar talentos artísticos, num show de riqueza da cultura e da história dessas
conhecimento aos moradores que vivem calouros denominado Palco da Cidade. comunidades, tão bem narradas pelos
fora do centro do município, onde fica a personagens que colecionam “causos” para
sede da instituição. Como via de aproximação e trocas mais contar e encantar as novas gerações e os
intensas com as comunidades da orla de visitantes.
O projeto, que une cultura, esporte e Camaçari, esta revista – seguida das edições
educação para a inclusão social, adquiriu que contemplam sete outras localidades Mergulhe também no universo cultural
mobilidade e, em um caminhão-baú – conta um pouco da origem, da cultura, de Monte Gordo, Barra do Jacuípe, Jauá,
do cotidiano e das tradições de Barra do Arembepe, Areias, Vila de Abrantes e o
Pojuca. A publicação integra as diretrizes povoado de Cordoaria (remanescente
da Cidade do Saber, que busca também quilombola).
Boa leitura!
Essa publicação segue as normas do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em 1990, em vigor desde janeiro de 2009.
4
Distrito de
Monte Gordo
Sejamdos
bem vin
1 Barra do Pojuca
Camaçari
2 Monte Gordo
3 Barra do Jacuípe
Cidade do Saber
Sede Camaçari
4 Arembepe
8 5 Areias
Cordoaria
Distrito de
6 Jauá
Abrantes
7 Vila de Abrantes
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Barra
do
Pojuca
6
Nos reisados dos bois
existem duas figuras: o boi e o
caboclo, que é encarregado de “dividir”
e “vender” o boi. A brincadeira começa
quando o pandeiro anuncia o canto:
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Barra
do
Pojuca
Formado por alunos da Escola Ambiental, O folguedo mostra o esforço da família de Manoel
o Guará Mirim da Tiririca é uma esperança Zé do Vale para convencer o presidente Bochecha
para a comunidade de que os reisados a soltá-lo. Ele foi preso porque seu cavalo
não se extinguirão e que os ternos comia em pastos alheios e por ter matado
continuarão a alegrar o povoado. O grupo muita gente no sertão. Nesse folguedo,
faz apresentações em diversas localidades a família conta os sofrimentos que o
e até já gravou um CD. Por sua vez, o acusado passou.
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NÃO DEIXE DE VISITAR:
Localizada na Cachoeirinha,
a Cascatinha dos Prazeres é
ideal para o lazer de crianças
e adultos. As corredeiras
do Rio Punhai também
favorecem a pesca do pitu.
Itacimirim também é
Barra do Pojuca
Igreja da Uma das mais belas praias do Litoral Norte da Bahia,
Cachoeirinha Itacimirim é um balneário revelado pelos seus rios, mangues,
piscinas naturais de águas mornas e ondas de até três metros.
Seu nome, que já foi Tacimirim, significa “formiga pequena”
em tupi-guarani. Um paraíso tropical formado a partir de
uma vila de pescadores. Esse recanto de Barra do Pojuca
fica a apenas 48km da capital baiana. É a última praia da
Estrada do Coco, que corta a região conhecida como Costa
dos Coqueiros e fica a 6km da Praia do Forte, onde começa a
Linha Verde.
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Barra
do
Pojuca
As cinco praias de Itacimirim são o maior Entre os meses de dezembro e fevereiro, recheado de frutos do mar.
atrativo turístico e se destacam por belas a Praia da Espera assiste à desova das
paisagens: tartarugas marinhas e, entre agosto e Praia das Ondas
setembro, ao espetáculo das baleias
Praia do Porto Jubarte. O nome, segundo pescadores, O nome revela a principal característica:
deve-se ao fato de a praia ser o único ondas propícias ao surf. A areia macia faz
Suas águas são tranquilas e resguardadas “porto certo” de toda a região, por causa um irrecusável convite para caminhadas à
por uma barreira de corais que formam das virações das demais barras. Foi nessa beira-mar.
uma piscina natural. De lá, dá para ver as praia que o navegador Amyr Klink aportou
outras três primeiras praias e os visitantes em 1984, após viagem solitária de cem Praia da Barra
têm a oportunidade de tomar banho de dias, em um barco a remo, entre a África
mar ao lado das tartarugas marinhas que do Sul e o Brasil. Formada pela foz do Rio Pojuca, rodeada
se alimentam no local. por areias, coqueirais e manguezais.
Praia do Peru Sua água doce é morna e rica em pitus,
Praia da Espera ingrediente de um dos pratos típicos mais
É considerada uma das melhores praias procurados pelos visitantes. Através de
Está entre as mais visitadas. A para a prática do surf em toda a Costa passeios de barco, é possível vislumbrar as
movimentação de barcos de passeio e dos Coqueiros e frequentemente corredeiras.
de pesca compõe o cenário de um porto sedia campeonatos. Abriga, inclusive,
peculiar. Suas piscinas naturais são formadas uma escola para treinar novos atletas. A exuberância da natureza, a
por arrecifes de corais e delicadamente Além de ser um ponto privilegiado hospitalidade dos moradores e a riqueza
coloridas por diversas espécies de peixes. A para se contemplar o pôr-do-sol, seus das manifestações culturais fazem de
prática de mergulho, surf, kitesurf, windsurf, restaurantes e barracas são um atrativo Barra do Pojuca um lugar singular aos
canoagem, futebol, frescobol, vôlei e pesca à parte para quem aprecia boas iguarias olhos dos visitantes e motivo de orgulho
com anzol são muito comuns. gastronômicas, a partir de um cardápio para o seu povo.
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As cinco praias de
Itacimirim são um
atrativo à parte para
visitantes de Barra do
Pojuca
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Nossa
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Barra
do
Pojuca Gente Entrevista:
Ramiro
Marques
“E, assim, minha vida foi fui fazendo a minha freguesia com os
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Sr. Ramiro: Meus irmãos, filhos e sobrinhos, RPM: Além de trabalhar, qual era a sua
pois tive uma irmã que morreu jovem. distração?
Carlinhos, o vereador Carlos Marques,
eu criei até os 12 anos. Além dos meus Sr. Ramiro: Eu era muito festeiro e aqui
sobrinhos, criei também outras crianças, tinha muita festa. Eu tinha um cavalo. Ia até
uma delas foi um menino de uma senhora Mata de São João para a Festa do Bonfim.
no Areial. Peguei outro menino depois. Tive No dia 1º de janeiro tinha Jordão, em Monte
dez filhos legítimos. Tenho tantos netos Gordo. Ia pra Torre, pra Malhadas e até
que nem sei o total. Tem hora que Marina Pedra do Salgado. Aqui, quando era tempo
[esposa] se apavora. de rezar, meu pai rezava São José, ou quando
rezava pra outro santo o pessoal fazia aquele
RPM: Quantos anos de casado o Sr. e D. samba. Em tempo de Reis faziam o boi, a
Marina têm? gente abria as casas, tinha aquela bebida pra
servir, dava um dinheirinho pra eles levarem,
Sr. Ramiro: Temos 56 anos juntos. Eu vou e tinha essa distração de casa em casa.
fazer 84 anos e ela 74.
Seu Ramiro e
Dona Marina
com filhos e
netos
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Saberes
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Barra
do
Pojuca e Fazeres
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Três gerações:
D. Arlinda,
mestra Nildes e
Mila
Espermacete Japonês?
Mas... o que é isso?
“A história do Espermacete é a história de um
navio vindo do Japão que naufragou aqui e
isso juntou os nativos, que começaram a achar
especiarias. Além disso, começou a aparecer
na praia uma substância como uma borra de
vela, que era o espermacete, uma substância da
baleia, que tava (sic) na carga do navio. E daí,
quando os nativos se juntavam para fazer as
tranças (de palhas), juntavam aqueles mutirões
de mulheres para fazer os trançados. E começa-
ram a cantar as músicas, que, resumindo, deu Contatos para
apresentação do
no Espermacete”. Espermacete:
Mestra Nildes:
Mestra Nildes Pereira Bonfim (71) 9633-3327
(71) 8147-4844
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Saberes
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Barra
do
Pojuca e Fazeres
O artesão Luis de Jesus cria móveis, Mas o artesão não quer apenas continuar Além do artesanato, Seu Lula também
objetos de decoração e os mais variados fazendo arte. O que deseja mesmo é vive a arte de outro jeito. Durante muito
utensílios tendo como matéria-prima a ensinar a técnica a novas gerações. tempo, foi o caboclo do Terno do Guará
talisca (parte mais fina do caule) do dendê. Pensando nisso, já tentou montar uma da Cachoeirinha e depois ajudou a
A coleta do material é feita mata adentro, unidade para aumentar a produção e fundar o Terno do Guará Mirim na Escola
com o cuidado de não causar danos às transmitir o que aprendeu, mas ainda não Ambiental de Barra do Pojuca.
palmeiras. Para tanto, Seu Lula conta com conseguiu levar a ideia adiante. “Eu nem
a ajuda de alguns colaboradores. posso expor na internet porque não tenho São essas figuras populares que
gente qualificada pra abraçar um pedido contribuem para a manutenção
Conhecido na Cachoeirinha como Seu grande”, admite. “Meus meninos ajudam da cultura local e principalmente
Lula, ele desenvolveu uma técnica de quando têm uma folga, mas esse trabalho para deixar um legado de saberes e
amarração das taliscas do dendê que é meu, foi trocado pela cachaça quando fazeres que possa se estender aos
resulta em arte. “Faço luminárias de tudo eu deixei de beber”, revela. discípulos, familiares e todos aqueles
quanto é tipo, abajur, jogo americano, que entendam a arte e a cultura como
cestinha de petisco, porta-guardanapo, Para adquirir uma peça de Lula Arte é elementos de preservação da identidade
bandejas. Também faço esteiras de portas”, preciso fazer uma encomenda. Ele faz de um povo.
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Seu Lula
quer ensinar Contato para
e perpetuar encomendas:
sua arte Seu Lula
(71) 9924-2846
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Quem Conta
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Barra
do
Pojuca um Conto?
A Lagoa Encantada
Por Manoel Conceição Filho
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A viagem do curuca
Por José Domingos Barbosa dos Santos
“Contam que os africanos trouxeram o curuca, um tipo de camarão, pra jogar no Rio
Pojuca. Ele veio parar aqui através dos escravos que o trouxeram porque era um camarão
rico em proteínas. Contam também que era muito utilizado pelas mulheres africanas
recém-paridas, que o acrescentavam ao leite para dar de mamar aos filhos e para terem
saúde para trabalhar. Os escravos perceberam que o rio era perene, muito forte, de
correntezas, de boa adaptação para o camarão. Trouxeram as matrizes, soltaram no rio
e elas desapareceram porque eram poucas. Não deu para povoar. Com o tempo, deu
uma cheia muito grande e esses camarões, que já tinham se reproduzido, povoaram o
Rio Pojuca. Hoje, no Brasil, nós só temos quatro rios com esse camarão curuca, todos são
matrizes levadas daqui. É possível encontrá-los também em alguns trechos do Rio São
Francisco. Foram camarões que seguiram através do Rio Salitre, da nascente subterrânea
paralela ao Rio Pojuca. Hoje, o Rio Salitre é um dos transmissores de curuca para o Rio São
Francisco”.
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Barra Movimento
do
Pojuca Artístico
Palco da Cidade
Criado pelo Núcleo de Produção do Teatro Mailson Pereira foi selecionado com a
Cidade do Saber para revelar talentos poesia “Armário”. Estudante de Psicologia
locais através de pequenos concursos, o e assistente administrativo em Barra
Projeto Palco da Cidade apresenta uma do Pojuca, Mailson diz que começou a
programação diversificada, levando escrever aos 14 anos, no ensino médio,
cultura e entretenimento às comunidades por influência da professora de Filosofia e
mais distantes da sede de Camaçari. dos sentimentos vivenciados à época.
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O Poeta do Armário
(Mailson Pereira)
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Barra Movimento
do
Pojuca Artístico Carlito
Figueiredo:
entre os
finalistas
Música na praça
O outro finalista do Palco da Cidade em com uma música de autoria própria,
Barra do Pojuca foi Carlito Figueiredo. Ao três anos após começar a tocar violão.
passar pela praça, ele viu um caminhão Satisfeito, conta que muita coisa mudou
que lhe chamou a atenção. Foi assim que depois da sua participação no Palco da
conheceu o Ponto Móvel e o Palco da Cidade: Carlito chegou a dar entrevistas
Cidade, inscrevendo-se no concurso na para a TV, internet e rádio.
categoria música.
Ao descrever o que sentia, Carlito disse que
Surpreso, Carlito afirmou que custou a estava feliz duas vezes: por saber que sua
acreditar que um menino do subúrbio de obra o levou ao palco e pelo fato de ter
Simões Filho estaria entre os finalistas levado a mãe a um teatro pela primeira vez.
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Mandacaru
Carlito Figueiredo
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Barra Ação
do
Pojuca Governamental
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Barra Espaço
do
Pojuca Verde
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Palestras, cursos
e implantação de
meliponários:
E meliponicultura, o que é?
Trata-se da criação racional de abelhas sem Seu Damasceno
ferrão (meliponíneos). Embora existam cente- (71) 9901-5812
nas de espécies no Brasil, as principais abelhas (71) 8605-2007
indígenas (sem ferrão) são a uruçu verdadeira,
uruçu amarela, jataí, mandaçaia e tiúba ama-
rela. O mel das abelhas sem ferrão é saboroso,
diferenciado e reconhecido por suas impor-
tantes propriedades medicinais.
Saiba mais:
www.meliponicultura.com.br
www.cpatu.embrapa.br/meliponicultura
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Sabor
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Barra
do
Pojuca da Terra
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Moqueca de curuca
Por Noemia Pereira da Conceição
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Gente
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Barra
do
Pojuca que Faz
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Fundação
Ecoeducativa
Fred Dantas:
(71) 3626-0651
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Barra Gente
do
Pojuca que Faz
Projeto Manguezal
Idealizado por Werther Farias, natural Sabiá, montou um projeto de reforço fruto de doações dos parceiros. Durante
de Vitoria da Conquista, o Projeto escolar e educação ambiental para buscar dois anos, o projeto recebeu milhares de
Manguezal assiste atualmente 80 crianças apoiadores. Até então, mantinha tudo com alunos das escolas públicas, que assistiam
e 17 adultos em Barra do Pojuca. O recursos próprios. “Consegui uma pousada a uma palestra sobre ecossistema de
empresário, que viveu em Israel, chegou em Itacimirim que me prometeu ajudar manguezal e também tinham uma aula
ao local em 2003 para se instalar e abrir em uma parte do projeto. Assim, tudo prática. Através de uma parceria com
um restaurante. começou”, lembra. a Secretaria de Educação de Camaçari,
entre 40 e 50 alunos chegavam lá toda
Começou a observar as crianças do Investigando o rendimento das segunda-feira.
povoado próximo ao restaurante e viu crianças no ensino formal e depois de
que a meninada chegava ao ensino uma conversa com a diretora de uma Em 2008, alunos de ecoturismo do
fundamental sem saber ler nem escrever. escola pública, Farias constatou que os município de Camaçari foram recebidos
“Uma vez, peguei uma menina da 5ª série alunos do Projeto Manguezal tinham para fazer estágio. Alguns acabaram
e fiz uma lista de supermercado. Queria boa aprovação e média. A partir daí, ministrando as palestras de educação
ter certeza se ela entendia minha caligrafia estendeu as atividades e foi procurado por ambiental e tornaram-se agentes
e ela não sabia ler. Disso veio a minha adultos, entre 40 e 82 anos, em busca de multiplicadores.
iniciativa”, conta. alfabetização.
Nos finais de semana, alguns artesãos da
Ele resolveu oferecer ajuda através de O Projeto Manguezal mantém reforço região expõem seus produtos (em coco,
um reforço escolar, o que tomou uma escolar para alunos do maternal à palha, crochê, tricô e bordado) na sede
proporção inesperada. Começou com 5ª série. Também oferece aula de do projeto. Isso faz do Manguezal uma
20, passou para 30 e depois para 40 informática, com computadores ligados referência cultural e também de lazer para
alunos. Em 2005, com a projetista Carla à internet, e dispõe de uma biblioteca, a comunidade ribeirinha.
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Projeto
Manguezal
Werther Farias
(71) 9944-5730
(71) 3626-1035
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Barra Lá vem
do
Pojuca História
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Para saber mais sobre a
história de Camaçari, consulte
Camaçari, Sua História, Sua
Gente, de Sandra Parente; e
Abrantes, Berço da Civilização
Brasileira, de Eduardo
Cavalcanti.
Praça
Desembargador
Montenegro
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Personagens
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Barra
do
Pojuca Históricos
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Marquesa de Niza
Esposa e herdeira do Marquês de Niza,
dona Eugênia Maria José Xavier Teles
de Castro Gama Athaíde Noronha
Silveira e Souza era uma nobre ociosa
que vivia entre Paris e Lisboa. Suas
propriedades eram administradas pelo
português Tomaz da Silva Paranhos.
Até hoje, em alguns lugares da orla da
Camaçari, algumas pessoas ainda usam
a expressão “terras da Marquesa de
Niza” em referência às terras que vão de
Arembepe a Abrantes.
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Dicas
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Barra
do
Pojuca Culturais
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Cachoeirinha
São Sebastião
A festa do São Sebastião é comemorada mártir e santo cristão, morto durante a e Maximiliano, que o queriam sempre
no primeiro final de semana do mês de perseguição levada a cabo pelo imperador próximo, ignorando tratar-se de um
janeiro, na localidade da Cachoeirinha, romano Diocleciano. O seu nome deriva cristão e, por isso, o designaram capitão
em Barra do Pojuca. De sexta a domingo, do grego sebastós, que significa divino, da sua guarda pessoal - a Guarda
a comunidade canta e dança ao som de venerável (que seguia a beatitude da Pretoriana.
vários ritmos musicais em homenagem ao cidade suprema e da glória altíssima).
padroeiro. Durante os três dias de festa, Por volta de 286, a sua conduta branda
milhares de pessoas lotam o Largo de São De acordo com Actos apócrifos, para com os prisioneiros cristãos levou o
Miguel. atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, imperador a julgá-lo sumariamente como
Sebastião era um soldado que teria se traidor, tendo ordenado a sua execução
História alistado no exército romano por volta por meio de flechas. Foi dado como morto
de 283 (depois da Era Comum) com a e atirado no rio. Encontrado e socorrido
São Sebastião nasceu na França, em 256, única intenção de afirmar o coração dos por Irene (Santa Irene), foi depois levado
e morreu com apenas 30 anos. Originário cristãos, enfraquecido diante das torturas. novamente diante de Diocleciano, que
de Narbonne e cidadão de Milão, foi um Era querido dos imperadores Diocleciano ordenou então a sua a morte.
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Painel
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Barra
do
Pojuca Criativo
Alunos de Barra
do Pojuca em
Mostra Coletiva
no Teatro Cidade
do Saber
Ponto Móvel
Além de garantir a pulverização das atividades de foram realizadas oficinas de música, brinquedos, teatro,
inclusão social promovidas pela Cidade do Saber, o dança, criação literária, percussão, patchwork, técnica
Projeto Ponto Móvel leva cultura, diversão e descobre de pintura em tecido, palestras, campeonatos de
talentos nas localidades visitadas, promovendo futebol e futsal.
cidadania.
Voltadas para crianças, jovens e adultos, as atividades
A cada três meses, o caminhão-baú totalmente funcionam como um instrumento de promoção de
adaptado muda seu roteiro, contemplando arte, educação e esporte. Os trabalhos desenvolvidos
comunidades mais distantes da sede de Camaçari, nas oficinas ajudam a despertar habilidades até
onde funciona a Cidade do Saber. Em sua estrutura, então desconhecidas ou adormecidas, promovendo a
o caminhão do Ponto Móvel dispõe de acervo valorização pessoal.
bibliográfico, computadores com acesso à internet,
TV LCD, DVD e uma brinquedoteca. Na parte externa, E assim, levando cultura, arte e promovendo inclusão
um palco para realização de diversas atividades, a social, o Ponto Móvel segue seu roteiro e seu propósito
exemplo do Palco da Cidade. de fortalecer a cidadania e educar através da arte
e esporte, contribuindo para formar cidadãos em
Os primeiros lugares visitados, entre julho e outubro bases democráticas e de respeito aos valores sociais e
de 2009, foram Barra do Pojuca, Monte Gordo, Barra coletivos.
de Jacuípe e Areias, com um total de 1.213 alunos
matriculados. Lá, nos turnos matutino e vespertino, De malas prontas, vamos aos próximos destinos!
40
Daiane, aluna
da oficina de
Criação Literária
41
Expediente
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Barra
do
Pojuca Lazer Cidade do Saber
Diretora geral: Ana Lúcia Silveira
Diretor de infraestrutura: Utilan Coroa
Diretor do saber: Arnoldo Valente
Diretora do teatro: Osvalda Moura
Caça-palavras
Coordenação do Projeto
Revista Ponto Móvel Cidade do Saber
Alguns verbetes em Tupi-guarani: Assessoria de Comunicação da
Cidade do Saber (ASCOM)
Responsável: Carolina Dantas
Pesquisa: Bárbara Falcón
Fotos Ascom: Daniel Quirino e Clemente Junior
Dicas: São quatro palavras e seus significados: 1 - CAMASSARY (árvore que sangra); 2 -
Junior, Daniel Quirino, Elba Coelho, Tediarlen Silva
Fotos da orla: Nelinho Oliveira
Fotos de arquivo: Arquivo Público Municipal de Camaçari
Realização
AG Editora
Diretora executiva: Ana Lúcia Martins
Executiva de projetos: Júlia Spínola
Textos: Joana Lopo
Edição: Ana Cristina Barreto
Fotos: Paulo Macedo
Revisão: José Egídio
Colaborou: Marcus Gusmão
Endereço: Rua Coronel Almerindo Rehem, 82, sala 1207.
Ed. Bahia Executive Center, Caminho das Árvores.
CEP: 41.820-768 - Salvador-BA
Tel: (71) 3014-4999
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Barra do
e s p e c i a l
Pojuca
Executor do Projeto