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1. EXAMES INTRAORAIS
PERIAPICAL
A imagem obtida pela técnica, permite a visualização do dente e tecidos de
suporte.
Pode-se observar (cada estrutura encontra-se numerada, cujo número
corresponde ao encontrado na figura abaixo apresentada):
• Esmalte: é o tecido mais mineralizado, apresentando por isso uma
imagem radiopaca; (1)
• Dentina: recoberta pelo esmalte, tem uma imagem menos radiopaca que
o mesmo; (2)
• Cavidade e canais pulpares: com tradução imagiológica
radiotransparente; (3 e 4)
• Espaço periodontal: corresponde a uma linha radiotransparente em
torno de toda a raíz do dente; (6)
• Apófise alveolar: com tradução imagiológica radiopaca, encontrando-se
a delimitar os espaços medulares; (7)
• Lâmina dura: parede do alvéolo onde se inserem as fibras do Ligamento
Periodontal, com imagem radiopaca; (5)
• Cimento (cemento): não tem tradução imagiológica, salvo quando
existência de anomalias (ex: Hipercimentose).
• Trabeculado ósseo (8)
Posição da película
Para os incisivos e caninos, a película deve ficar com o seu maior comprimento
na vertical.
Para os pré-molares e molares, a película fica com o seu maior comprimento na
posição antero-posterior.
Pede-se ao paciente para segurar a película com o indicador.
Técnica
A película, nos incisivos e caninos, deve ficar com o seu maior comprimento na
vertical. Nos pré-molares e molares, a película fica com o seu maior com o seu
maior comprimento na posição antero-posterior.
Para obtenção desta imagem, recorre-se a duas técnicas: Bissectriz e
Paralelismo.
STATUS RADIOGRÁFICO
Consiste num exame radiológico tanto apical como periodontal, de detalhe,
constituído por 14 películas periapicais.
INTERPROXIMAL OU BITEWING
Também conhecido como o exame radiográfico coronário, consiste na utilização
duma película igual à usada na técnica da Periapical, no entanto encontra-se
acompanhada de um autocolante descartável colocado pelo Médico Dentista, a ser
mordido pelo paciente, tendo uma forma semelhante duma “asa de mordida”. Abrange
sempre dois quadrantes.
INDICAÇÕES:
1. Cáries interproximais
2. Conhecer morfologia interna das coroas, tamanhos das estruturas e desvios
da normalidade
3. Integridade marginal das restaurações
4. Lesões ósseas (crista óssea alveolar)
5. Explorar zonas de bifurcação
TÉCNICA
Coloca-se a película entre a língua e a superfície lingual da mandíbula. O
paciente segura a película e o canhão é colocado paralelo à asa de suporte.
OCLUSAL
A película utilizada nesta técnica é de dimensões superiores à usada nas duas
técnicas descritas anteriormente e pretende visualizar a região óssea maxilar ou
mandibular, onde o posicionamento da película radiográfica deve ser paralelo ao plano
sagital mediano, ou seja, uma projecção axial em relação ao longo eixo dos dentes.
Dá-nos a terceira dimensão quando complemento das periapicais e
interproximais.
INDICAÇÕES
1. Complemento das técnicas Periapical e Interproximal
2. Raízes residuais
3. Dentes inclusos (determinação da posição vestibulo-palatina/lingual)
4. Lesões periapicais
TÉCNICA:
Para o maxilar: o plano oclusal do paciente encontra-se paralelo ao solo, o maior
eixo da película deve ir da esquerda para a direita e o ângulo vertical formado
pelo canhão é de +60º.
2. EXAMES EXTRAORAIS
ORTOPANTOMOGRAFIA
INTERPRETAÇÃO DA ORTOPANTOMOGRAFIA
1. Identificação
2. Avaliação da qualidade
3. Orientação da ortopantomografia
4. Região dentoalveolar – avaliar por quadrantes: dentição mista ou definitiva
(idade cronológica), restaurações, ausências de peças dentárias,
desvitalizações, reabilitações protéticas fixas, implantes, anomalias dentárias
5. Região maxilar
7. Região temporomandibular
Legenda:
1. Dentes incisivos 12. Apófises coronóides
2. Dentes pré-molares 13. Apófise estilóide
3. Dentes molares 14. Cavidades nasais
4. Maxila 15. Septo nasal
5. Mandíbula 16. Seio maxilar
6. Linha oblíqua externa 17. Seio maxilar (porção
7. Linha oblíqua interna posterior)
8. Buraco mentoniano 18. Órbita
9. Canal mandibular 19. Buraco infra-orbital
10. Buraco mandibular 20. Arco zigomático
11. Côndilo mandibular 21. Apófise pterigoideia
1. CEFALOMETRIA COMPUTORIZADA
OBJECTIVOS
Foi introduzido pela primeira vez como método complementar de diagnóstico
em ortodôncia por Broadbent (1931). Tem como objectivo estudar:
• Morfologia crânio-facial
• Crescimento crânio-facial
TÉCNICA RADIOLÓGICA
Qualquer incidência radiológica, para que a imagem seja fiável, pressupõe o
posicionamento correcto do doente utilizando alguns planos de referência.
Nas incidências de perfil e frontal, o plano de referência é o plano de
Franckfort definido por duas referências cutâneas:
• Tragus
• Ponto sub-orbitário
Em qualquer destas incidências o plano de Franckfort deve estar numa posição
horizontal e paralela ao pavimento onde está instalado o aparelho.
INCIDÊNCIA DE PERFIL
Além do plano de Franckfort ter de estar numa posição horizontal e paralela ao
pavimento onde está a unidade, o foco emissor tem que estar perpendicular às olivas
bulbares ou seja perpendicular ao plano sagital mediano.
ANATOMIA RADIOLÓGICA
Qualquer construção cefalométrica necessita de referenciar algumas estruturas
anatómicas. Nesta incidência as estruturas anatómicas a definir são:
1. Base do crânio: parte anterior (face endocraniana do frontal e sutura
fronto-etmoidal); sela turca; apófises clinóides; parte posterior (região
basioccipital e sutura esfenoccipital) e parte externa do limite ântero-
inferior
2. Face exocraniana do frontal (sutura fronto-nasal e ossos próprios do
nariz)
3. Contorno do bordo externo da órbita
4. Fenda pterigomaxilar
5. Maxilar superior (espinha nasal anterior, espinhas nasais posteriores,
processo alveolar superior e anterior, incisivo central superior e 1º
molar superior)
6. Mandíbula (Sínfise mandíbulo-cortical externa, processo alveolar
inferior e anterior, incisivo central inferior, primeiro molar inferior,
rebordo inferior do ramo horizontal, ângulo mandibular, rebordo
posterior do ramo ascendente, côndilo mandibular, apófises coronóides
7. Identificação das partes moles (região fronto-nasal, nariz, lábio
superior, lábio inferior, mento anterior, rebordo inferior)
8. Identificação das VARS (rinofaringe e orofaringe)
Pontos Cefalométricos:
Planos Cefalométricos
Po-Pmax 11º
Pmax-MeGo 25º
Plano de Franckfort Definido pelos pontos Or-Po
Po-MeGo 14º
Plano Biespinhal Definido pelos pontos SN-MeGo
ENA-ENP 32º
Plano Mandibular de Downs Definido pelos pontos FMA
Go-Me 25º
Linhas cefalométricas:
Linha Sela-Nasion (SN) Definida pelos pontos S-N
Linha Facial Definida pelos pontos N-Pg
Linha Holdaway Definida pelos pontos Pg’s-UL
Eixo Y Definida pelos pontos S-Gn
VANTAGENS
1. Produz imagens axiais de tecidos moles e duros
2. Demonstra pequenas diferenças de densidade nos tecidos moles
3. Elimina a sobreposição de estruturas
4. Permite a obtenção de reconstruções sagitais e coronais
5. Permite a visualização das estruturas no seu tamanho real
6. Fornece informação sobre espessura óssea
DESVANTAGENS
1. Elevado custo
2. Demoro tempo a estar disponível
3. Pacientes submetidos a doses de radiação muitíssimos elevadas, não podendo
ser feitas a pacientes que demonstrem severa atrofia, anatomia comprometida
ou historial de tumor ou trauma no local
DENTASCAN
Vantagens
1. Permite visualizar as estruturas anatómicas na sua dimensão real e
determinar o seu posicionamento exacto em termos tridimensionais
2. Fornece informações sobre características do osso alveolar
3. Disponibiliza dados sobre eventuais patologias das partes moles ou
seios maxilares
4. Possibilita a obtenção de informação adicional através de novas
reconstruções sem a necessidade de expor o paciente novamente à
radiação
Desvantagens
1. A presença de artefactos provocados por metais utilizados em
tratamentos dentários
2. Pequenos movimentos efectuados pelo paciente durante a realização
dos cortes axiais
PATOLOGIAS
1. ANOMALIAS DENTÁRIAS
0 Microdontia
Os dentes podem ser significativamente mais pequenos que o normal, ou ser
relativamente pequenos quando comparados com o tamanho da maxila ou da
mandíbula.
→ Generalizada
- Nanismo pituitário
Macrodontia
→ Generalizada
É caracterizada pelo aparecimento de dentes de tamanho aumentado ao
longo da dentição. Pode ser absoluta, como no caso do Gigantismo pituitário, ou
pode ser relativa, devido a uma maxila/mandíbula disporpocionalmente pequena.
→ Localizada ou Focal
Caracteriza-se por um dente ou grupo de dentes na dentição com um
tamanho aumentado. É relativamente rara, ocorrendo, normalmente, no 3º molar
inferior.
0 Geminação
É a fusão de dois dentes a partir de um único órgão de esmalte. O resultado
típico é a divisão parcial, parecendo duas coroas que partilham o mesmo canal radicular.
Pode afectar a dentição decídua e a definitiva, manifestando-se essencialmente ao nível
dos dentes anteriores.
1 Fusão
União de dois gérmens dentários em desenvolvimento, originando uma única
grande estrutura dentária. Pode envolver toda a extensão do dente (completa) ou
envolver apenas as raízes (incompleta), havendo partilha de dentina e cimento. Os
canais radiculares podem ser separados ou partilhados.
2 Concrescência
União das raízes de dois ou mais dentes normais, provocada pela confluência
das suas superfícies de cimento. É um tipo de fusão, que ocorre depois de
completada a formação da raíz. Crê-se que esta situação ocorra como resultado de
uma lesão traumática na área, ou por compressão, onde há perda de osso interseptal
permitindo a aproximação das raízes do dente. Mais frequente no 2º e 3º molares
superiores.
O seu diagnóstico radiológico é muito importante, pois se não se reconhecer a
sua presença, poder-se-ão extrair dois dentes quando a intenção seria apenas um.
5
6
7 Dente Invaginado (“Dens in Dente”)
É uma anomalia dentária pouco comum, que representa um sulco lingual
exagerado ou acentuado. Este defeito predispõe o dente a cárie precoce e subsequente
pulpite, porque é difícil mantê-lo sem placa bacteriana. Para evitar estas complicações,
deve fazer-se um preenchimento profilático deste sulco.
8 Dente Evaginado
É uma anomalia relativamente comum, afectando predominantemente os pré-
molares superiores; é também muito frequente em asiáticos.
Caracteriza-se pelo desenvolvimento de uma projecção em globo, aparecendo
uma cúspide extra (cúspide em garra) centrada na superfície oclusal entres as cúspides
vestibulares e linguais.
O tubérculo desgasta-se relativamente rápido, devido à abrasão oclusal,
causando exposição precoce de um corno pulpar acessório que se estende para dentro do
tubérculo.
9 Taurodontismo
É uma anomalia de forma, na qual há um aumento proporcional da coroa ou uma
migração da furca para apical, o que origina câmaras pulpares de dimensão apical-
oclusal aumentada (parecem dentes de touro) e canais radiculares curtos.
É mais comum na dentição definitiva mas também pode ocorrer na decídua. Está
associado a síndromas como o Síndroma de Down e o Síndroma de Klinefelter e pode
ocorrer também em pacientes com amelogénese imperfeita.
10 Raízes Supranumerárias
Raízes em número superior ao esperado. Mais frequente em caninos, pré-
molares superiores e molares inferiores (principalmente o 3º molar).
11 Pérolas de Esmalte
São porções globolosas de esmalte ectópico, semelhantes a gotas, nas raizes dos
dentes. Ocorrem mais frequentemente na bifurcação ou trifurcação dos dentes, mas
também podem aparecer em pré-molares unirradiculares.
São mais frequentes nos molares superiores do que nos inferiores.
Atrição:
É o desgaste fisiológico dos dentes devido à mastigação. É um processo
relacionado com a idade e varia de indivíduo para indivíduo.
Abrasão:
É o desgaste patológico dos dentes devido a hábitos parafuncionais ou
uso anormal de substâncias orais abrasivas.
Algumas das causas mais comuns são o uso de escovas de dentes
agressivas e de dentífricos abrasivos.
Erosão:
É a perda de estrutura dentária por um processo químico não
bacteriano. Os ácidos estão muito frequentemente envolvidos no processo de
dissolução, quer sejam de fonte exógena (ambiente de trabalho, citrinos, bebidas
ácidas), quer endógena (regurgitação de conteúdos gástricos: bulimia, anorexia
nervosa, patologia gástrica, esofagite).
Rizálise
Processo pelo qual a raíz é reabsorvida. Pode ser fisiológica, caso da
erupção da dentição definitiva, ou patológica, aquando, por exemplo, da
existência de uma lesão apical.
0 Anodontia
→ Total
Também designada de agenésia. Ausência de todos os dentes. É raríssima mas
está frequentemente associada a um síndroma conhecido por displasia ectodérmica
hereditária; no entanto, a anadontia parcial é mais típica deste síndroma.
→ Parcial (hipodontia)
Ausência de um ou vários dentes. É relativamente comum. A ausência congénita
de dentes ocorre, geralmente, nos 3º molares, seguidos pelos 2º pré-molares e incisivos
laterais superiores .
1 Dentes Supranumerários
Provavelmente resulta da formação de um 3º gérmen dentário a partir da lâmina
dentária. Podem ter uma morfologia normal ou ser rudimentares ou minúsculos.
Ocorrem mais frequentemente na dentição permanente do que na decídua e mais
na maxila do que na mandíbula. O local mais comum é na linha média da maxila
(Mesiodente), seguida da zona dos molares superiores (4º molar ou paramolar) e dos
incisivos laterais.
Lg: Mesiodens
0 De origem ambiental
Os problemas metabólicos, se suficientemente graves e longos podem causar
defeitos na quantidade e qualidade do esmalte. Por exemplo, uma fluorose, má-nutrição,
doença prolongada que altere a curva normal de crescimento da criança (índice
ponderal) também se vai repercutir nos dentes: ocorrem frequentemente manchas
brancas, normalmente relacionadas com algum episódio de doença.
A extensão do defeito depende de:
1 Amelogénese Imperfeita
É um grupo heterogéneo de alterações hereditárias do esmalte, (mais usualmente
autossómica dominante, mas também pode ser recessiva ou ligada ao sexo) de aspectos
semelhantes e que afectam as duas dentições. Defeito no órgão de esmalte.
Tipos:
- Hipoplásico: forma-se pouco esmalte, e os dentes erupcionam com sulcos e
fossas, ou mesmo sem esmalte (aplasia)
DEFEITOS DA DENTINA
0 Dentinogénese Imperfeita
É uma alteração hereditária autossómica dominante, com expressividade
variável e que afecta ambas as dentições. É uma alteração mesenquimatosa associada a
osteogénese imperfeita.
→ Tipo I
Ocorre em doentes com osteogénese imperfeita.
Os dentes decíduos são mais afectados do que os permanentes.
→ Tipo II
Os doentes têm apenas anomalias dentinárias (não têm doença óssea).
→ Tipo III
Só têm doença dentinária, mas com padrão aberrante (variações clínicas e
radiológicas). O resultado final é semelhante ao da sífilis congénita.
1 Displasia Dentinária
Alteração autossómica dominante rara que só afecta a dentina.
Tipo I – tipo radicular
Tipo II – tipo coronário
Quadro cínico em que só é possível recorrer à extracção, porque não se consegue
fazer nada.
0 Odontodisplasia Regional
Os dentes de uma região ou quadrante da maxila ou da mandíbula são afectados
e apresentam:
1. Raízes curtas
2. Foramen apical aberto
3. Câmaras pulpares aumentadas
4. Pouca espessura e má qualidade da mineralização do esmalte e da dentina
(“dentes fantasmas” no Rx)
5. Indicação de exodôncia.
6 ALTERAÇÕES DA POLPA
7 Ocorrem principalmente em idosos
0 Calcificação Pulpar
É a mais comum, aparecendo com a idade, sem qualquer razão aparente.
Pode ser difusa (linear), encontrando-se tipicamente nos canais radiculares, ou nodular
(“pedras” pulpares), localizando-se, geralmente, na câmara pulpar.
Normalmente os pulpolitos são ultrapassados (não têm significado clínico),
apenas podem dificultar o tratamento endodôntico.
1 Reabsorção Externa
Reabsorção dos dentes a partir da superfície externa. Causas:
• lesões inflamatórias crónicas
• quistos
• tumores benignos
• neoplasmas malignos
Pigmentação Exógena
Pigmentação na superfície dos dentes que pode ser removida com abrasivos. A
alteração de cor pode ser causada por pigmentos de substâncias da dieta (café, nozes,
tabaco, entre outros).
Pigmentação Endógena
Descoloração dos dentes resultante do depósito de substâncias na circulação
sistémica durante o desenvolvimento dos dentes.
ex.: tetraciclinas
bilirrubina: na eritroblastose fetal e hepatopatias
Lg: Fluorose
Erupção prematura
Geralmente envolve apenas um ou dois dentes, na maioria dos casos, os
incisivos centrais mandibulares decíduos.
A erupção prematura de dentes definitivos é, geralmente, consequência da perda
prematura do dente decíduo.
Associada a padrões familiares hereditário (mais na dentição decídua) ou a
disfunção endócrina (mais na dentição definitiva), caso do hipertiroidismo.
Impactação
Os dentes impactados são todos aqueles que durante o seu processo eruptivo
encontram uma barreira física (supranumerários, quistos odontogénicos, nomeadamente
o queratoquisto, e os tumores odontogénicos, em particular o odontoma) que impede a
erupção normal.
Transposição
Resulta na alteração da normal posição de um dente na arcada. Acontece com
maior incidência nos incisivos laterais maxilares.
Lg: Transposição dos botões dentários de 13-14 e 23-24, num rapaz de 10 anos.
Inclusão
Os dentes inclusos representam um grupo maior, abrangendo tanto os dentes
impactados quanto aqueles que estão em processo eruptivo. Todo o dente que apresenta
anomalia na sua posição ou situação que o impede de erupcionar normalmente.
Dentes Inclusos por frequência:
- Terceiros molares
- Caninos inclusos
- Pré-molares mandibulares
- Pré-molares maxilares
- Caninos mandibulares
- Incisivos
- Restantes molares
Pode ocorrer uma inclusão óssea (o dente está completamente envolvido por
osso), uma inclusão submocosa (a área de maior diâmetro da coroa do dente está acima
do nível do osso alveolar e a parte superficial do dente está coberta apenas por tecido
mole) ou uma inclusão parcial ou semi-inclusão (uma porção superficial do dente está
coberta por mucosa, mas a área de maior diâmetro do dente está abaixo do nível do osso
alveolar).
Ectopia
Dente localizado num espaço anatómico próximo da zona onde habitualmente
faz a sua erupção. Exemplo: ramo mandibular (espaço retro-molar), tuberosidade,
palato.
QUISTO DE ERUPÇÃO:
- Tumefacção azulada e flutuante na mucosa sobre um dente em erupção;
- Dilatação do espaço folicular sobre a coroa de um dente em erupção
- Rompem espontaneamente e o dente erupciona;
QUISTO DENTÍGERO:
- Segundo quisto mais frequente
- Associado à coroa de um dente não erupcionado
- Pericoronal, Lateral, Residual
- 2ª à 3ª década
- Lesão radiotransparente bem definida envolvendo a coroa de um dente incluso
- Deslocamento do dente envolvido
- Possível transformação ameloblástica (ameloblastoma), carcinoma
espinocelular ou muoepidermóide
- Este quisto tem que ser completamente removido, mesmo que para isso
tenhamos que danificar o dente adjacente e fazer posteriormente o seu tratamento
endodôntico, se necessário.
QUISTO GLOBULOMAXILAR:
- Assintomático
- Dentes envolvidos normalmente com vitalidade
- Patogénese sujeita a dúvida
- Radiotransparência bem definida em forma de pêra entre as raízes do incisivo
lateral e canino maxilares afastando-as
- A recidiva variável consoante a entidade específica diagnosticada
histologicamente
QUISTO NASO-LABIAL:
- Restos do canal nasolacrimal
- Fundo do vestíbulo do maxilar superior por baixo da asa do nariz
- Raro
- 4ª e 5ª décadas; mulheres
- Extra ósseo mas causa erosão superficial no maxilar
- Crescimento lento; eleva a prega nasolabial
- Não visível ao Rx, erosão maxilar nas radiografias oclusais
QUISTO NASO-PALATINO:
- Comum, resíduos epiteliais do canal nasopalatino
- Tumefacção simétrica na região anterior da linha média do palato
- Entre incisivos centrais superiores (vitais)
- Confundidos com o buraco incisivo ou com Quistos Periodontais Apicais dos
incisivos centrais
- Lesão radiotransparente bem definida em forma de pêra, podendo afastar raízes
de incisivos
- Nas Rx oclusais apresenta a forma de coração
PSEUDOQUISTOS
3. TUMORES ODONTOGÉNICOS
TUMORES EPITELIAIS:
Ameloblastoma
Tumor Odontogénico Escamos
Tumor Epitelial Odontogénico Calcificante (Tumor de Pindborg)
Tumor Odontogénico de Células Claras
Tumor Odontogénico Adenomatoide
TUMORES MESNQUIMATOSOS:
Mixoma Odontogénico
Fibroma Odontogénico Central
Fibroma Cimentificante
Cimentoblastoma
Displasia Cementária Periapical
TUMORES MESENQUIMATOSOS:
Odontoma
Fibroma Ameloblástico
Fibroodontoma Ameloblástico
AMELOBLASTOMA:
- Localmente agressivo
- Pouca metastização
- Forma-se a partir do epitélio que está envolvido na formação dos dentes:
* Órgão de esmalte
* Restos epiteliais de Mallassez
* Revestimento epitelial de quistos odontogénicos (mais no quisto
dentígero)
- Representa cerca de 1% de todos os tumores e quistos dos maxilares
Multiquístico Uniquístico
Características Clínica:
- Atinge sobretudo a 3ª e 5ª décadas (mais frequentemente entre os 35 e os 45
anos)
- A variante uniquística ocorre mais cedo, por volta da 2ª década
- Atinge em igual frequência ambos os sexos
- 80% ocorrem na mandíbula, sobretudo na região molar e no ramo ascendente,
20% na região pré-molar e 10% na região incisiva. Na maxila, quando ocorrem, são
mais comuns na região molar
- Curso benigno, não invadem o osso e raramente recidivam
- Assintomáticos
Raio X:
- Processos osteolíticos
- Aspecto uni ou multiloculado (podem observar-se ameloblastomas uniloculares
associados com dentes inclusos, semelhantes a quistos dentígeros)
- Limites radiológicos bem definidos com halo de esclerose (o ameloblastoma
tem um crescimento lento)
- Se houver desmoplasia conjuntiva os limites são mal definidos (mais frequente
na parte dos maxilares)
- Raramente existe reabsorção radicular
Raio X:
- Bem delimitado
- “Meia Lua” associada às raízes dentárias
Características Clínicas:
- As células específicas de onde deriva são desconhecidas
- O estímulo para o seu crescimento também é desconhecido
Raio X:
- Associado a dentes impactados
- Aparência em “Favo de mel” devido às lacunas
- Radiotransparente ou com foco opaco
- Bem delimitado, por vezes com margens de esclerose
Raio X:
- Lesão unilocular em volta da coroa de um dente impactado
- Lesões radiotransparentes, podendo ter focos opacos
- Se for na região anterior há divergência das raízes
MIXOMA ODONTOGÉNICO:
- Neoplasma Benigno que pode ser infiltrativo e agressivo
- Pode recidivar
- Atinge dos 10 aos 50 anos, sendo mais frequente acima dos 30
- Atinge igualmente ambos os sexos
- Atinge igualmente a maxila e a mandíbula
Raio X:
- Radiotransparente multilocular
- Por vezes origina expansão cortical
FIBROMA CIMENTIFICANTE:
- Atinge mais a 4ª decáda
- Mais frequente na mandíbula e nas mulheres
- Pode causar deslocações dentárias ou expansão da cortical
Raio X:
- Radiotransparente com focos opacos (depende do tamanho das ilhas e da
calcificação)
- Bem delimitado
- Circundado por um halo de esclerose
CIMENTOBLASTOMA:
- Tumor benigno raro, com origem nos cimentoblastos
- É a única neoplasia do cimento
- Atinge mais frequentmente a 2ª e 3ª décadas e a mandíbula (1º molar)
- Relacionado com a raíz de dentes vitais, podendo haver reabsorção radicular
- Pode provocar expansão da cortical, dor intermitente que não diminui de
intensidade
Raio X:
- Opacidade que substitui a raiz do dente circundada por um halo
radiotransparente
ODONTOMA:
- São hamartomas (malformações do desenvoldimento) do esmalte e do cimento
e tal como os dentes podem erupcionar
- Células normais com organização deficiente
- Odontomas:
* Composto:
- Miniaturas múltiplas ou dentes rudimentares
- Atinge sobretudo a porção anterior da maxila
* Complexo:
- Aglomerados amorfos de tecido duro
- Atinge sobretudo a região posterior da maxila
Raio X:
- Odontoma composto: vários dentes maduros num aglomerado
- Local que suporta dentes (entre raízes; sobre a coroa de um dente
impactado)
- A sua evolução é sequencial:
* envolvimento do dente – fase radiotransparente
* fase intermédia de radiotransparência mista
* finalmente fase densamente radiopaca
4. PATOLOGIAS PERIAPICAIS
1. Abcesso periapical
Aumento de espaço do ligamento periodontal (zona radiotransparente) com
destruição da lâmina dura (linha radiopaca que envolve a raíz dentária).
2. Granuloma
Zona de lesão radiotransparente unilocular, de contorno definido, com
pequenas dimensões (≤ 10mm), esférica ou ovalada.
Está sempre associado ao apéx de um dente desvitalizado.
3. Quisto periapical
Zona de lesão radiotransparente unilocular, com limites bem definidos e
esférica, associado ao apéx de um dente desvitalizado.
Tem dimensões superiores às de um granuloma e encontra-se envolvido por
uma cápsula fibrosa com uma tradução radiológica radiopaca.
5. PERIODONTOPATIAS
• Furcas radiológicas: furca é zona de união das raízes, a qual pode ficar
exposta após reabsorção óssea extensa.
6. CÁRIE
CLASSIFICAÇÃO: