You are on page 1of 6

Reconhecida pela portaria nº 821 MEC – D.O U de 01/06/1994.

CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR E PROFISSIONAL DO AMAPÁt


Regulamentada pelo parecer nº 016/2004 CEE/AP – D.O E. de 25/01/2005

REJANE PIRES VIEIRA

RESENHA CRÍTICA
Caminhos de Sérgio Buarque de Holanda

SANTANA
2010
REJANE PIRES VIEIRA

ANÁLISE TEXTUAL
Um enigma chamado Brasil

Trabalho apresentado à Disciplina Historiografia


Brasileira, como requisito avaliativo do Curso de
Licenciatura Plena e Específica em História da
Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. Sob
orientação e supervisão do professor Rosivaldo
Gomes.

SANTANA
2010
O ESPELHO DE PRÓSPERO: A PAIXÃO LATINO-AMERICANA DE RICHARD
MORSE.

O texto O espelho de próspero: a paixão Latino-americana de Richard Morse é


um artigo escrito por Pedro Meira Monteiro, no qual o autor aborda o porquê no século XIX,
os Estados Unidos representam um espelho o qual o Brasil deveria se mirar. E como a
cultura norte-americana era tida, um modelo de civilização, sonhado e idealizado por outros
países e que sem perceberem era imposto a eles.
O autor Richard Morse sente-se muito incomodado com a forma que sua
cultura é imposta a outros países e criticar as mudanças do século XIX, ficando conhecido
em alguns países como prolífico (pioneiro), e polêmico autor, em suas formas de criticar
sobre os modelos de cidades considerados ideais para o progresso o quais outros países se
espelhavam.
Historiador norte-americano nasceu em 1922 e morreu em 2001, a parti de uma
experiência em Cuba começou observar e relatar as diferenças entre cubanos e norte-
americano passa a se interessar nas transformações culturais ocorridas nas cidades e passou
a estudá-las, procurando descobrir o porquê das grandes diferenças ou semelhanças entre
cidades.
Morse escreveu o livro O espelho de próspero: culturas e histórias nas
Américas, onde expõem com crítica a relação das duas Américas, a do norte e a latina, onde
o norte é colocado como o espelho que se deveria seguir, pois, é sinônimo de prosperidade e
felicidade, essa era a visão que se tinha na época, faz uma analise de como as duas faces do
Novo Mundo conseguiram suas transformações.
Richard Morse almejava em suas críticas a conscientização do povo em relação
aos problemas vigentes da sociedade, o reconhecimento e valorização da cultura como
identidade nacional, pois acreditava que essa busca por imitar o modelo de civilização do
outro, era a perda da sua própria essência, de suas raízes, no entanto, sabe-se que diversos
povos foram considerados bárbaros e exterminados e submetidos a uma nova cultura
considerada superior, sendo o grande responsável por diversos países não ter se
desenvolvido.
LUIS DA CÂMARA CASCUDO E O ESTUDO DAS CULTURAS POPULARES NO
BRASIL

O texto Luis da Câmara cascudo e o estudo das culturas populares no Brasil,


escrito por José Reginaldo Santos Gonçalves, retrata a discussão da valorização da cultura
popular brasileira o que foi fonte de estudo para Câmara Cascudo em toda sua trajetória de
vida.
Luís da Câmara Cascudo nasceu em Natal, em 30 de dezembro de 1898, no
Estado do Rio Grande do Norte. Filho de Francisco Justino de Oliveira Cascudo, um
influente coronel da Guarda Nacional, e de Ana Maria da Câmara Cascudo. Estudou no
Externato Coração de Jesus e no Colégio Santo Antônio. Chegou a cursar medicina na Bahia
e no Rio de Janeiro, porém desistiu do curso e foi estudar Direito na Faculdade do Recife
onde se formou em 1928.
Cascudo exerceu trabalhos em escolas como professor e diretor, foi também
secretário do Tribunal de Justiça e jornalista escrevendo crônica diária no jornal “A
República” e ou Foi divulgador do integralismo e lecionou direito internacional na
Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Em toda sua vida, Cascudo esteve ligado as suas raízes, o que era perceptível em
seus escritos, pois, buscava sempre retratar os costumes e a cultura do povo, escrevendo a
partir de suas experiências pessoais. Fundou a Sociedade Brasileira de Folclore e publicou
várias obras dentre elas o livro “Dicionário do Folclore Brasileiro”, que o destacou como
folclorista no Brasil e em referência mundial.
Cascudo participou do movimento modernista nos anos 1920 o que o influenciou
e auxiliou em seus estudos de pesquisa e analise dos valores do folclore e das culturas
populares.
Para Cascudo culturas populares não são coisas do passado estão enraizados em
nosso cotidiano e nos são repassadas através de valores e costumes e não se perdem no
tempo e espaço.
Cascudo teve grande importância para valorização da cultura brasileira, pois,
suas obras auxiliaram na quebra do esteriótipo que se tinha a respeito da cultura popular, os
quais intelectuais consideravam como um "atraso" cultural, passam a ser reconhecidas como
fontes da identidade nacional brasileira.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO: A CIÊNCIA E A POLÍTICA COMO
VOCAÇÃO

O ensaio de Leôncio Martins Rodrigues aborda vida e obra do intelectual


Fernando Henrique Cardoso que nasceu no Rio de Janeiro 1931 e ainda pequeno foi morar
em São Paulo com sua família na década de 50. Graduado em Ciências Sociais pela USP,
ficando reconhecido internacionalmente por seus trabalhos em universidades no exterior e
sendo o primeiro latino-americano a ser eleito presidente da Associação Internacional de
Sociologia - ISA. FHC escreveu sobre diversos assuntos no total 32 obras individuais e em
parcerias.
Leôncio Martins dividiu a produção intelectual de FHC em três períodos: o da
academia, o do exílio e o da atividade pública, em o período acadêmico estão o de caráter
sociológico nos outros estão de sociologia política e ciência política.
Sua primeira obra “Cor e mobilidade social em Florianópolis” o qual aborda as
relações raciais em uma região que não era centro de estudo entre negros e brancas e traz um
estilo de pesquisa positivista. No entanto seus outros trabalhos abandonam o positivismo em
favor do materialismo dialético como em sua a obra “capitalismo e escravidão no Brasil
Meridional” dando ênfase nas estruturas econômicas e sociais no qual existia um sistema de
dominação senhorial. Seu terceiro livro “Indústria e desenvolvimento econômico” expõem a
classe empresarial brasileira e sua participação no desenvolvimento da política no país.
Em 1964 FHC, e é exilado para o Chile onde teve contatos com vários
intelectuais o que foi importante para sua produção. De volta ao Brasil em 1968 recontratado
pela USP, disputou e venceu a competição para cátedra de política, porém no começo do ano
seguinte foi aposentado com outros professores pelo AI- n5 e juntos com Fundação Ford
fundaram centro de pesquisa e estudos, o Cebrap. Assim sendo, FHC passa para o campo da
Ciência Política. Em sua obra “Autoritarismo Político e Democratização” o autor discuti o
processo político e social do Brasil e na América Latina, sugere que o sistema político esta
localizados em termos de “anéis de poder” interligando setores da sociedade e do Estado.
Após a vitória do PMB o Cebrap pesquisou sobre o processo eleitoral o que posteriormente
deu origem ao livro “Os partidos e as eleições no Brasil” de FHC e Lamounier. Influenciado
por suas conquistas no PMB, se tornou senador, ministro e presidente da república se
reelegendo (1994-2003). No início do governo de FHC o Brasil sofreu com os efeitos da
globalização, mas conseguiu a estabilização da economia, com o plano real. Após se torna
presidente FHC não deixou de produzir buscando compreender o seu universo.
REFERÊNCIAS

BOTELHO, André; SCHWARCZ, Lilia Moritz. Um enigma chamado Brasil: 29


intérpretes e um país. São Paulo: Companhia das letras, 2009.

You might also like