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I. A TRINDADE DEFINIDA
Talvez o sentido da Trindade de Deus nunca foi afirmado melhor do que está por A. H.
Strong ! "em a natureza do Deus único há três distinções eternas que se nos representam
sob a figura de pessoas e estas três são iguais" (Systematic Theology, pág. 144).
Os princípios desse estudo é esclarecer a doutrina da Trindade como segue: "Deus nos é
revelado como Pai, Filho e Espírito Santo, cada um com atributos pessoais distintos,
mas sem divisões de natureza, essência ou ser".
A doutrina da Trindade não quer dizer que Deus meramente Se manifesta em três
diferentes maneiras. Há três distinções atuais na Divindade. A verdade disto aparecerá
mais claramente depois.
"Não é resposta a isto, que as expressões "gerado" e "procedido de" envolvem, a idéia
da existência antecedente do que gera e de quem há processão, porque estes são termos
da linguagem humana aplicados a ações divinas e devem ser entendidos ajustadamente a
Deus. Não há aqui dificuldade maior do que em outros casos em que este princípio está
prontamente reconhecido (Boyce, Abstract of Systematic Theology, págs. 138, 139).
A Doutrina da Trindade não quer dizer triteismo. Quando falamos das distinções da
Divindade como pessoas, devemos entender que usamos o termo figuradamente. Não há
três pessoas na Divindade no mesmo sentido em que três seres humanos são pessoas.
No caso de três seres humanos há divisão de natureza, essência e ser, mas Deus não é
assim. Tal concepção de Deus está proibida pelo ensino da Escritura quanto à unidade
de Deus.
Isto ocorre em tão grande número de passagens que é por igual desnecessário e
impraticável citá-las todas. As duas seguintes bastarão:
"Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela que permanece para a vida eterna, a
qual o Filho do homem vos dará; porque a este selou o Pai, Deus" (João 6:27).
Mateus 3:3, aludindo a Isaías 40:3; João 12:41 aludindo a Isaías 6:1.
Eternidade: João 1:1; Onipresença: Mateus 28:20 e Efésios 1:23; Onisciência: Mateus
9:4 e João 2:24,25 e João 16:30 e 1 Coríntios 4:5 e Colossenses 2:3; Onipotência:
Mateus 28:18 e Apocalipse 1:8; Auto-existência: João 5:26; Imutabilidade: Hebreus
13:8; Verdade: João 14:6; Amor: 1 João 3:16; Santidade: Lucas 1:35 e João 6:39;
Hebreus 7:26.
Criação: João 1:3; 1 Coríntios 8:6; Colossenses 1:16; Hebreus 1:10. Conservação:
Colossenses 1:17; Hebreus 1:3. Ressuscitando os mortos e julgando: João 5:27-28;
Mateus 25:31,32.
João 5:23; Hebreus 1:6; 1 Coríntios 11:24,25; 2 Pedro 3:18; 2 Timóteo 4:18.
Criação: Gênesis 1:2; "movia" significa "chocava". Regeneração: João 3:8; Tito 3:5.
Ressurreição: Romanos 8:11.
O Pai e o Filho distinguem-se como o que gera do gerado; e como o que manda do
enviado. Cristo distinguiu-se do Pai quando orou ao Pai, como fez muitas vezes. Que a
distinção assim implicada não foi temporal, continuando somente enquanto Cristo
esteve na carne, está provado pelo fato que Cristo ainda intercede com o Pai (Hebreus
7:25; 1 João 2:1). Ele é um mediador perpétuo entre Deus e o homem (1 Timóteo 2:5) e
assim é perpetuamente distinguido de Deus.
O Espírito distingue-se do Pai quando dEle se diz proceder do Pai e ser enviado pelo Pai
(João 15:26; 14:26; Gálatas 4:6).
Jesus está referindo ao Espírito como "um outro Confortador" (João 14:16). E Jesus
falou de Si mesmo como enviando o Espírito (João 15:26).
Já mostramos que o Pai, o Filho e o Espírito Santo são várias vezes reconhecidos como
Deus na Escritura. Isto mostra Sua unidade, porque Deus está representado como sendo
o Ser Supremo. Por essa razão não podia haver três Deuses. A supremacia só é possível
a um só.
Os atributos divinos são as características de Deus, a soma das quais definem quem Ele é. Eles refletem
Os atributos de Deus
Trindade: Deus existe eternamente como três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo), cada pessoa é
plenamente Deus, e existe só um Deus. Todos os atributos divinos aplicam-se a cada pessoa da
precisa de nós nem do restante da criação para nada, pois existe por si mesmo e não depende de
Eternidade: Deus não tem princípio nem fim nem sucessão de momentos no Seu próprio ser, e percebe
todo o tempo com igual realismo. Ele criou o próprio tempo e, portanto, é independente dele (Ex.3:14;
Sl.90:2; II Pe.3:8);
Imutabilidade: Deus é imutável no Seu ser, nas Suas perfeições, nos Seus propósitos e nas Suas
promessas. Deus não pode mudar porque é eterno e perfeito (Sl.102:25-27; Ml.3:6; Tg.1:17; Sl.33:11;
Nm.23:19);
Unidade: Deus não está dividido em partes, mas percebemos atributos diversos enfatizados em
momentos diferentes. Não existe um atributo mais importante do que o outro (I Jo.1:5; 4:16);
Espiritualidade: Deus é espírito e, portanto, não tem corpo. Ele existe como ser que não é feito de matéria
e que não tem partes, formas ou dimensões (Jo.4:24; I Tm.1:17; Ex. 20:4-6; Dt.4:15-16). As passagens
que atribuem a Deus partes corporais (II Cr.16:9; Sl.91:1-4) devem ser entendidas em sentido figurado,
Onipresença: Deus está presente em todo lugar, estando envolvido na criação e na vida dos indivíduos
(Sl.139.7-10);
Onisciência: Deus possui todo o conhecimento, o que significa que Ele conhece inclusive o futuro e os
Onipotência: Deus pode fazer tudo aquilo que deseja (Gn.17.1; Jó 42.2; Sl.115.3; Is.43.11-13; Mc.10.27).
Ele não pode pecar ou agir contra Sua própria natureza (Tg.1.13);
Amor: Deus é amor, o que significa que Ele se doa eternamente aos outros (I Jo.4:8; Jo.17:24). Deus ama
Justiça: Deus sempre age segundo o que é justo, e Ele mesmo é o parâmetro da justiça (Dt.34:4;
cristão não deve temer a ira de Deus, visto que foi salvo dela pela justiça de Cristo (Rm.5:9);
Vontade: Deus aprova e decide executar todo ato necessário para a existência e para a atividade de si
mesmo e de toda a criação. A vontade de Deus envolve as escolhas divinas do que fazer e não fazer
(Mt.10:29; Ef.1:11; Ap.4:11; At.4:27-28; Tg.4:13-15). É dividida em vontade secreta e vontade revelada
(Dt.29:29). A vontade revelada refere-se a tudo aquilo registrado na Bíblia, e a vontade secreta refere-se
aos decretos pelos quais Deus rege o mundo e determina tudo o que irá acontecer;
Santidade: Deus é santo (I Sm.2.2; Sl.99; Is.40.25; Ap.15.4) em dois aspectos: transcendência e pureza
moral. A transcendência mostra como Deus está separado e é independente do espaço e do tempo, não
sendo limitado por eles (Is.57.15). A pureza moral mostra como Deus está separado de tudo o que é