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Jean Aikhenbaum e Piotr Daszkiewicz
A CURA PEla Natureza
ENCIClOPéDIA FAMILIAR DOS REMéDIOS NATURAIS
EDITORIAL ESTAmPA
Aviso:
Esta obra não tem a pretensão de substituir o seu médico. Não pode substituir
uma consulta médica.
A nossa abordagem não consiste numa crítica sistemática da medicina. A nossa
intenção é apresentarlhe um guia que permita ajudálo a fazer face a certos
problemas através do recurso às terapias ditas “naturais”. Também lhe
apresentamos, nas próximas páginas, uma análise crítica, científica, etnológica
e histórica de certos tratamentos.
É importante saber que “natural” não significa “inofensivo”. Existem toxinas
terríveis que são, muitas vezes, de origem natural, e certas plantas que podemos
encontrar correntemente nos nossos parques e jardins são, por vezes, mortais.
Devemos também ter presente que a acção de qualquer substância é sempre
múltipla, e que não existe acção sem reacção. Mesmo as plantas e as técnicas
delas derivadas devem ser utilizadas com moderação. Para terminar, lembramos que
é sempre preferível prevenir a ter de remediar.
Título original: Le Pouvoir de Guérir par la Nature
Tradução: Maria João Araújo Freire
Capa: José Antunes
Composição: ByblosFotocomposição, Lda.
Impresso e acabado por Companhia Editora do Minho, S.A. em Maio de 1999 Depósito
legal: 136432/99
ISBN 9723314428
Copyright: C ÉdiInter B. V. Amsterdam, 1996
Representada por Cathy Miller Publishing Rights Ltd., Londres, GrãBretanha
Editorial Estampa, Lda., Lisboa, 1999
para a língua portuguesa
A casa dos meus pais cheirava bem a sopa de couve Quando o Inverno fustigava que
bem que se estava em casa Mas empurrei a cancela quando chegou a Primavera para
deambular rio abaixo como todos os moços de vinte anos...
G. Jackno
À minha filha Christina, que não gosta de ir ao médico.
Ao meu avô Kalman, que conhecia o poder do Verbo e sabia curar com um pouco de
azeite e de limão.
ÍNDICE GERAL
INTRODUÇÃO E PREFÁCIO, pelo Dr. JeanPierre WILLEM
23
* Esta obra é uma enciclopédia de medicinas naturais
....... 23
* Uma reflexão sobre a saúde
................................................ 24
* Uma mina de informações sobre as medicinas naturais
... 25
* A medicina moderna enganouse no caminho
................... 25
* A medicina moderna deve dar explicações
........................ 26
* As medicinas naturais contribuem para o progresso médico
...............................................................................
... 28
* Até os médicos podem tratar os seus doentes com esta enciclopédia
.......................................................................... 28
* A abordagem das medicinas naturais
................................. 29
* Esta enciclopédia vai ajudálo a defender a sua saúde
.... 30
* Esta enciclopédia é um passaporte de boa saúde
.............. 32
A VIDA, ESSE FENóMENO TÃO MISTERIOSO
................... 33
Será possível derinir a “vida”?
................................................. 33
Algumas definições da vida
................................................ 34 Quais são as
características da vida?
..................................... 35
Quais são as consequências destas investigações e em que medida influenciaram as
nossas teorias em matéria de saúde?
.......................................................... 36
A NATUREZA QUE TRATA
......................................................... 37
* Em busca das origens da Natureza
.................................... 37
* A Natureza pode tratar?
...................................................... 37
* As relações entre Natureza e medicina
.............................. 38
* A Natureza que trata: a naturopatia
................................... 39
* A medicina pela Natureza
................................................... 39
* Devemos suprimir os medicamentos?
................................ 40
A naturopatia ...................... .
.......................................................
* E se os medicamentos nos fizessem mais mal do que bem?
..............................................................................
* Os erros da medicina: muitos medicamentos são retirados do mercado
............................. .. ............................
* A naturopatia socorre os males quotidianos
................... ...
* A naturopatia respeita o corpo
...........................................
Algumas teorias ..................... ......... ... .............
.... ................... .. . ...
* Louis Kulme combate os excessos alimentares
.................
* O método natural e personalizado do professor Bilz
.......
* Os tratamentos do padre Kneipp
........................................
* Sheiton nega a doença
.........................................................
* A prática do jejum e as restrições alimentares
.................
* A opinião de alguns teóricos e médicos sobre o jejum
...
* O jejum faz emagrecer e rejuvenescer
...............................
AS PLANTAS MEDICINAIS
.........................................................
As plantas acalmam a fome e aliviam as dores
....................
O interesse das plantas que tratam ...
................................. ... e o interesse da fitoterapia
..............................................
O poder de cura das plantas está hoje cientificamente confirmado
............................................................................
A lei das assinaturas” ou a face “mística” da fitoterapia.
* As virtudes terapêuticas das plantas
...................................
* A “lei das assinaturas” revela as virtudes das plantas
......
* Quem formulou primeiro a “lei das assinaturas”?
............
* A “lei das assinaturas” decifra os “sinais” das plantas
....
* Como identificar esses sinais
..............................................
* Quais são esses sinais?
........................................................
* A fitoterapia decorre da “lei das assinaturas”
...................
Algumas noções sobre a química das plantas
........................
* Não lhe vamos fazer um curso teórico
..............................
* Verifique a composição química das plantas
.....................
* A guerra química das plantas entre si
...............................
* As plantas também nos protegem
.......................................
* A acção terapêutica das plantas
..........................................
Algumas noções sobre a combinação dos princípios activos das plantas
................................................................... 61
FITOTERAPIA DAS PLANTAS INFERIORES (Criptogamas)
..............................................................................
63
* micoterapia ou o tratado dos cogumelos medicinais
........ 63
* Os cogumelos também são medicinais: uma tradição popular antiga
...................................................................... 64
* Propriedades antibióticas e doenças de civilização
........... 65
* Remédios que não necessitam de preparação
.................... 66
À redescoberta dos lactários
............................................... 66
O cogumelo: um remédio universal
................................... 68
O “agárico” utilizado na homeopatia
................................. 68
A propósito do hongo, esse remédio milagroso
................ 69
* terapia pelas algas
.................................................................. 69
* As algas são antibióticos naturais
...................................... 70
* As algas: uma solução milagrosa contra os retrovírus?
... 70
* Algumas algas medicinais: apanheas durante as férias
... 71
Alsidium helminthochostor
.................................................. 71 Ascophyllum nodosum
......................................................... 71 Corrallina
officinalis
........................................................... 71 Cystoseira
fibrosa
................................................................ 71
Chondrus crispus
................................................................. 72
Dignea simplex
..................................................................... 72 Fucus
vesiculosus
................................................................ 72
Gelidium sp .
.........................................................................
72 Hisikia fusiforme
.................................................................. 72
Laminaria digitata, Chicotedasbruxas
............................. 72 Laminaria hyperborea, Lamináriade
clouston .................. 73
Laminaria saccharina, Boldriédeneptuno
........................ 73 Lithothamnium calcereum, “Maêrl”
.................................... 73 Rhodymenia palmata, Sargaçode
vaca .............................. 74
Spirulina maxima e Spirulina platensis
............................. 74 Undária sp .
..........................................................................
74 Os líquenes: uma simbiose entre as algas e os cogumelos..
74
A “lei das assinaturas” impõe o tratamento
...................... 74
AS PLANTAS EXóTICAS
.............................................................
Os cinco continentes possuem plantas medicinais
................
O aloés
...............................................................................
...........
* Os poderes mágicos e terapêuticos do aloés remontam à noite dos tempos
..............................................................
* Os poderes de cura do aloés
...............................................
* As diferentes espécies de aloés
..........................................
* As receitas produzidas à base de aloés
..............................
As cactáceas
...............................................................................
..
* O Trichocereus pachanoi: planta mágica latinoamericana
* O Lophophora williamsi, “peyotI”: planta sagrada e alucinogénea
......................................................................
* Outras cactáceas com efeitos alucinogéneos
.....................
* A utilização terapêutica das cactáceas
...............................
* As cactáceas também são comestíveis
...............................
É difícil identificar e obter as espécies de forma fiável As cactáceas são
plantas resistentes ... mas conseguirão resistir à
civilização?
...........................................................
OS REMÉDIOS UNIVERSAIS DE ORIGEM VEGETAL E ANIMAL
..............................................................
Os chifres: a ciência confirma a eficácia dos remédios tradicionais dos
Siberianos ..................................................
* Os três tipos de chifres medicinais
....................................
* Possibilidades terapêuticas da pantocrina, da rantarina e da santarina
.......................................................................
Adaptogéneos e biostímuladores ou a busca da “panaceia” moderna
...............................................................................
...
* A busca de substâncias susceptíveis de aumentarem
as nossas capacidades de adaptação parece ter um futuro promissor
..............................................................................
* A acção terapêutica das plantas adaptogéneas
..................
10
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
................ 95
Como utilizar as plantas
........................................................... 95
* A infusão
..............................................................................
95
* A decocção
...........................................................................
96
* As decocções do padre Kneipp
.......................................... 96
* “Flores de feno”
................................................................... 96
* As cataplasmas de argila
..................................................... 97
* A maceração
.........................................................................
98
* Os óleos essenciais
.............................................................. 100
* A drageia
..............................................................................
109
Como deve alimentarse para salvaguardar a sua saúde
.... 110
* A alimentação
...................................................................... 110
* O que devemos beber?
........................................................ 125
* Alimentação vegetariana e dieta
......................................... 127
* O jejum para desintoxicar
................................................... 128
Conselhos para viver melhor e mais tempo
........................... 130
* Duas regras essenciais para uma boa saúde
...................... 130
* O endurecimento: sete maneiras de vencer a doença
....... 132
* Procure nos exercícios físicos a descontracção e a expressão corporal
........................................................ 133
* O repouso: indispensável para o seu bemestar
................ 134
* A respiração e o relaxamento
............................................. 137
Os tratamentos esquecidos
........................................................ 140
* Os duches terapêuticos
........................................................ 140
* Os banhos medicinais
.......................................................... 144
* Os banhos de vapor para transpirar
.................................... 147
* A camisa de ffiores de feno” (segundo o padre Kneipp)
148
* O cinturão de Neptuno (compressa abdominal)
................ 148
* Os banhos de ar livre e de sol: um tratamento natural
que deve ser praticado com moderação
............................ 151
* A fototerapia: uma ciência em marcha
.............................. 152
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
.......... 155
As sanguessugas vão voltar aos nossos hospitais?
..... ... ........ 155
As ventosas na terapia moderna .......................
....................... 158
* litoterapia, ou terapia pelos minerais .......
.......................... 164
* O múmio, ou “bálsamo das montanhas”
............................ 167
* A ozoquerite: uma cera natural
....................................... ... 169
* O mistério da “pedra das serpentes”
............................. ..... 171
* O âmbar: um precioso medicamento desde a Antiguidade
172
* espeleoterapia ou terapia no subsolo
.................................. 174
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA A EVITAR
........... 177
Como se chegou ao reducionismo na medicina?
................... 177
A medicina reduz os factos a uma causa única
................ 178
Lutar para que a medicina natural não constitua uma ameaça para a Natureza
...................................................... 178
* Como foi possível chegarse a esta situação?
................... 179
* Qual é o papel da medicina natural neste tráfico indigno?
179
* As principais espécies de fauna ameaçadas
....................... 180
* As principais espécies da flora ameaçadas
........................ 182
* O que pode fazer a medicina natural para remediar esta situação?
...............................................................................
183
DOENÇAS E OS SEUS TRATAMENTOS NATURAIS
.... 185
Símbolos visuais que acompanham certos tratamentos
....... 186
A
Abcessos furúnculos
................................................................. 188 Acidez de
estÔmago (azia gástrica)
............................................ 190 Ácido úrico (uremia)
.................................................................... 192 Acne
...............................................................................
............... 194 Afrontamentos
...............................................................................
196
12
Aftas
...............................................................................
............... 198 Albuminúria
............................................................... .
.................. 200 Alcoolismo
...............................................................................
..... 201 Alergias e doenças ditas ambientais
........................................... 207
* Influência das alterações naturais do ambiente sobre
a saúde
...............................................................................
... 207
* Influência das alterações artificiais do ambiente sobre
a saúde .................................... .
............................................. 212
* A poluição electromagnética
............................................... 215
* óleos essenciais, legionelose e poluição microbiológica
do ar
...............................................................................
....... 223
* As alergias alimentares e as suas consequencias
.............. 226
* Alguns tratamentos naturais recomendados em casos
de alergias
............................................................................
230 Anemia
...............................................................................
........... 231 Anginas, Dores de garganta
......................................................... 233 Ansiedade
angústia, medos
...................................................... 236 Apetite falta
de, perda de (anorexia)
....................................... 237 Arteriosclerose, Angina de
peito, Enfarte do miocárdio ...........
242 Artrites
...............................................................................
............ 245 Artrose, Reumatismos articulares, Poliartrites
............................ 247 Asma
...............................................................................
............... 252 Astenia nervosa
.............................................................................
258
Blenorragias, Gonorreia Esquentamento
................................. 260 Boca (Afecções bucais, Estomatite,
Piorreia, etc.) .................... 261
Bronquites, Traqueítes, Catarro das vias respiratórias
............... 264 Bursite (Higroma)
.........................................................................
267
Cabeça (dores de)
.........................................................................
270 Cabelo (queda do), Caspa
............................................................ 270 Cãibras
...............................................................................
............ 272 Cálculos biliares (litíases)
............................................................ 274
13
Cálculos urinários
......................................................................... 276
Cancro ......................
.................................................................... 279
* A devastação do cancro
....................................................... 279
* Os antibióticos: uma grande ameaça para a sua saúde
.... 283
* O ponto de vista dos naturopatas
....................................... 284
* Dois casos de cura natural
............................................ ...... 285
* 44 métodos de prevenção do cancro
.................................. 287
* Métodos de despistagem e tratamentos complementares
e “alternativos” do cancro ..............
.................................... 291 * despistagem através da fotometria
................................. 292 * ionoquínésia
..................................................................... 292 *
biologia electrónica
......................................................... 292 * cristalização
sensível ....................................................... 293 *
tratamento Solomidès desacreditado
.............................. 293 * Dr. Gernez face à medicina oficial
................................ 294 * electroacupunctura do Dr. Võll
...................................... 295
O ozono e o cancro
............................................................. 295 * lei de
ferro do Dr. Hamer sobre o cancro e a SIDA ... 296 *
germânío
........................................................................... 297
Os ácidos Le Foll
................................................................ 297 As enzimas:
uma terapia de acção sistémica .................... 297
* Dr.’ Kousmine e o cancro
............................................... 298
* medicina do Dr. Nieper
.................................................. 298
* oxigenação biocatalítica
.................................................. 299 Pierre Tubéry
........................................................................ 300
Rudolph Steiner e a antroposofia
....................................... 300 A imunoterapia em doses
infinitesimais ............................ 301 As acções
terapêuticas do selénio ......................................
301
O 714 X
...............................................................................
302 BeIjanski e as promessas da biologia molecular
............... 303 As plantas imunostimulantes e o cancro
........................... 304 Catarata
..............................................................
........................... 309 Celulite
...............................................................................
........... 310 Ciática
...................................................................
......................... 315 Cicatrização de feridas e hemostáticos
....................................... 317
14
Cistite
...............................................................................
............. 318 Colesterol ................
..................................................................... 321
Colibacilose
...............................................................................
.... 328 Cólicas hepáticas
..........................................................................
329 Cólicas intestinais
.........................................................................
331 Comichão
...............................................................................
....... 333 Conjuntivite, Inflamações oculares
.............................................. 333 Constipação (de cabeça)
.............................................................. 336
Contusões Golpes
..................................................... . ................ 338
Convulsões ................................................... .
................................ 340 Coqueluche Tosse convulsa
...................................................... 341 Coração
Afecções cardíacas
..................................................... 343 Coreia (dança de
São Gui)
.......................................................... 344 Corrimento
branco (leucorreia)
................................................... 346 Costas (dores nas)
........................................................................
349
Mais vale prevenir do que remediar
.................................. 350
* mioterapia ........................................................
. ............... 351
* osteobiótica ou o lado “psico” das dores nas costas
.... 352
* mecânica para socorrer as dores nas costas.,
................ 352 Cuperose
...............................................................................
......... 353
D
Dentes
...............................................................................
............. 356 Depressão nervosa
........................................................................
357 Descalcificação Desmineralização ....
....................................... 360 Diabetes e hipoglicemia
............................................................... 361
Diarreias ................................ .
....................................................... 366 Disenteria
...............................................................................
....... 368 Dores e nevralgias
........................................................................
369
Eczema
...............................................................................
........... 372 Edema
...............................................................................
............. 373 Enfarte do miocárdio
.................................................................... 374
15
Enjoo (de barco)
....................................................................
....... 374
Enjoo (de automóvel, transportes)
.......................................
....... 374
Entorpecimentos
.....................................................................
....... 375
Entorses Luxações
..............................................................
....... 376
Enxaqueca (cefaleias, dores de cabeça) ...............................
377
Epilepsia
...............................................................................
..
....... 381
Erisipela
...............................................................................
...
....... 383
Escaldão (golpe de sol)
.........................................................
....... 385
Escarlatina
..............................................................................
....... 385
Esclerose em placas
..............................................................
....... 385
EscrófÚlas Adenites Alporcas
.......................................
....... 386
Espasmofilia (Tetania)
...........................................................
....... 387
Esterilidade
...............................................................................
... 389
Estomatite Gengivite
..........................................................
....... 389
Fadiga Convalescença Esgotamento Fraqueza ..........
....... 392
Febre
...............................................................................
........
....... 394
Feridas abertas
.......................................................................
....... 396
Fibroma uterino
.....................................................................
....... 398
Fígado
...............................................................................
......
....... 399
Fístulas anais
..........................................................................
....... 401
Flatulência Gases intestinais
.............................................
....... 403
Flebite
...............................................................................
.......
...... 404
Fracturas
...............................................................................
...
...... 406
Fragilidade capilar
..................................................................
...... 408
Frieiras
...............................................................................
......
...... 409
Frigidez
...............................................................................
....
...... 411
Furúnculos
...............................................................................
...... 412
Gaguez
...............................................................................
......
...... 414
Gangrena
...............................................................................
..
...... 415
Gastrites
...............................................................................
....
Lombalgias (Lumbago)
.......................................................... Magreza
...............................................................................
.... Melancolia
...............................................................................
Memória (perdas de)
.............................................................. Menopausa
..............................................................................
Menstruaçã o dolorosa e difícil (Dismenorreia)
.................... Menstruação frequente
....................................» .......................
Menstruação insuficiente (Amenorreia)
................................. Menstruação demasiado abundante
(Hipermenorreia) .......... Metabolismo
(perturbações do)
.............................................. Micoses
...............................................................................
..... Mucosas (inflamação das)
......................................................
N O
Náuseas
...............................................................................
...... Nefrite Pielite
.......................................................................
Nervosismo
...............................................................................
Para acalmar uma crise de nervos
................................. Neurastenia
...............................................................................
Nevralgia
...............................................................................
... Obesidade
...............................................................................
.. Odores
...............................................................................
....... Olhos (inflamação) Oftalmia .....
........................................ Osteoporose
..............................................................................
Otalgia
...............................................................................
....... Otite
...............................................................................
........... Ouvidos Surdez
.................................................. ..................
Palpitações
...............................................................................
. Papeira
...............................................................................
....... Paralisias
...............................................................................
... Parasitas
...............................................................................
..... Parkinson (Doença de), Doenças degenerativas (Alzheimer,
Esclerose em placas)
..........................................................
18
Pele
...............................................................................
................. 504
*Pele seca
...............................................................................
505
*Pele oleosa
............................................................................
506
*Pele normal
..........................................................................
507
*Rugas
...............................................................................
..... 508
*Manchas Pontos negros
.................................................... 509
*Cicatrizes
..............................................................................
509
*Manchas de nascença
.......................................................... 509
*Sardas
...............................................................................
..... 510
*Acção benéfica das plantas na pele
.................................... 510
*Hematomas
...........................................................................
512 Pernas pesadas
..............................................................................
512 Pés
...............................................................................
.................. 515
* Pés frios
...............................................................................
. 515
* Pésinchados
.........................................................................
517
* Transpiração excessiva dos pés
........................................... 517 Pesadelos Sono agitado
............................................................ 517 Picadas de
insectos
....................................................................... 520
Para afastar os insectos
....................................................... 520 Pneumonia
................... .
................................................................. 520
Poliartrite
...............................................................................
........ 520 Pólipos
...............................................................................
............ 521
Pólipos do nariz
................................................................... 521
Prisão de ventre
............................................................................
522 Próstata
...............................................................................
........... 527 Prurido
...............................................................................
............ 530 Psoríase
...............................................................................
.......... 531
R Queimaduras
...............................................................................
.. 534 Raquitismo
...............................................................................
..... 536 Reconstituição (após fadiga ou doença prolongada)
.................. 537 Resfriamentos
...............................................................................
. 537 Reumatismos
...............................................................................
.. 538 Rins
...............................................................................
................. 543
19
Rouquidão
...............................................................................
...... 544 Rugas
.................................................... ....
..................................... 546
Salpingite
...............................................................................
........ 548 Sangue (perturbações da circulação)
........................................... 549
* Para a hipotensão
................................................................. 553
* Para regularizar o trabalho do coraçao
.............................. 554 Sarampo
...............................................................................
....... ... 554 Sarna
...................................................
........................................... 555 Seborreia
...............................................................................
........ 557 Sedativos
...............................................................................
........ 557 Sede
...............................................................................
................ 558 Seios
...............................................................................
............... 559
Beleza dos seios
................................................................... 559
Senescência
...............................................................................
.... 560 SIDA
...............................................................................
............... 561 Síncopes
...............................................................................
......... 565 Sinusite
...............................................................................
........... 567 Soluços
...............................................................................
........... 567 Sudorífico
...............................................................................
....... 568 Sufocação
...............................................................................
....... 568 Surdez
...............................................................................
............. 569
Tabagismo
...............................................................................
...... 572 Tendinite
...............................................................................
......... 582 Ténia
...............................................................................
............... 582 Tensão muscular
...........................................................................
582 Tiques
...............................................................................
............. 583 Torcicolos
...............................................................................
....... 584 Tosse
...............................................................................
............... 585 Transpiração excessiva
................................................................. 586
Tremores
...............................................................................
......... 588 Tumores
...............................................................................
.......... 589
Tumores benignos
................................................................ 589
20
U v z
ú Iceras
...............................................................................
............ 592
* úlcera do estômago ...................
.................................... 592
* úlceras varicosas
.................................................... . ............. 594
Uremia .................... ................................... ....
................................ 596 Urina (incontinência)
................................................... . ................ 596
Urina (retenção de) ...........................
..................................... 597 Urticária
...............................................................................
.......... 598 Varizes
.............................................................................
.............. 598
* Feridas decorrentes de varizes
............................................ 599
* Ulcerações ................................ .
........................................... 599 Velhice (Senilidade)
...................................................................... 600
Verrugas ................................................
.................. ....................... 607 Vertigens
...............................................................................
......... 608 Vómitos
...............................................................................
.......... 609 Zona
...............................................................................
................ 610 Zumbido nos ouvidos
................................................................... 611
CONCLUSÃO
...............................................................................
.... 613
Envelhecer.. mas continuando jovem
...................................... 613 * O que é realmente ajuventude?
......................................... 613 * 22 conselhos para viver muito
tempo e com saúde .......... 614 *
Prepare os seus elixires de juventude
................................ 615 * As plantas, sob todas as formas,
também o podem ajudar 616
Estabeleça metas, tenha objectivos
............................................. 617
LÉXICO DOS TERMOS CIENTíFICOS UTILIZADOS
......... 619
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
...................................... 627
BIBLIOGRAFIA
..............................................................................
641
Jornais e documentos vários
..................................................... 649
21
INTRODUÇÃO E PREFÁCIO
pelo Dr. JeanPierre WILLEM
Vivemos num tempo apaixonante em razão das suas contradições!
E a relação que a nossa sociedade mantém com a saúde é uma delas. Aliás o
sentido da palavra “saúde” não cessa de se alargar. Ela tanto designa os
cuidados intensivos numa unidade de reanimação, como o jogging das manhãs de
domingo, passando pelos medicamentos de conforto. A frase “É bom para a saúde”
constitui uma etiqueta indiscutível. Além disso, a saúde especializase por meio
de técnicas cada vez mais científicas e espalhase sob a forma de crendices cada
vez mais extravagantes. Por outro lado, se hoje em dia se tratam doenças que no
passado eram mortais, surgem doenças primárias perante as quais somos ainda
impotentes. E voltam a aparecer velhas infecções, tais como as “doenças da
miséria”, de que é um dos exemplos a sarna.
Esta obra é uma enciclopédia de medicinas naturais Seria uma presunção pretender
conhecer perfeitamente o conjunto de terapias às quais esta enciclopédia de
tratamentos naturais faz referência, sendo certo que Jean Aikhenbaum, jornalista
científico e fundador da revista Réussir votre Santé, e Piotr Daszkiewicz,
biólogo e historiador das ciências, elaboraram um guia muito completo.
A sua competência em matéria de medicinas naturais, numa perspectiva científica
e sobretudo experiencial, conjugouse para proveito das pessoas que, a
propósito, por exemplo, de uma angina, de uma gonalgia, de um edema na garganta
ou de uma hemorragia nasal, poderão consultar este manual, que terá um lugar
privilegiado para elas.
23
Um exame da medicina, dos cuidados de saúde e do doente.
As suas considerações são, na verdade, múltiplas e variadas, mas mencionarei
apenas as três principais:
O facto de que existe apenas uma medicina, com múltiplas facetas.
Já não se fala de “medicinas diferentes”, a não ser para explicar que muitas
formas possíveis de terapêutica sã o ignoradas, voluntariamente ou não, pelas
Faculdades de Medicina. A primordialidade da alimentação saudável, equilibrada
e natural.
Este fenómeno é conhecido há muito: “Existem doentes que só se curam através da
alimentação”, já dizia Hipócrates, e Jean Rostand, entre outros, fez dele um
fervoroso eco.
A vontade de cura.
Uma reflexão sobre a saúde
Esta enciclopédia aborda também os diferentes aspectos da saúde. A saúde
comporta uma grande parte de confiança: por se pensar tanto que o progresso
técnico resolve rapidamente os problemas, as suas lentidões ou impotências
suscitam decepções violentas ou a procura de terapias ditas naturais. A
confiança é, sem dúvida, fundamental no que toca a saúde: o sobreconsumo de
tranquilizantes provao. Existe por conseguinte uma forte relação entre
confiança e saúde. E um bom estado de saúde prova que o corpo se situa numa
relação de autoconfiança, de confiança no médico e de confiança na sociedade.
Evocando, diversas vezes, o assunto do investimento nos cuidados de
saúde, os nossos autores apresentam a questão da confiança na vida, no valor da
própria vida. Será que estar de boa saúde significa não ter qualquer problema?
Assistimos actualmente a um conjunto crescente de doenças físicas bem como a uma
grande dificuldade em suportar a vida. No fundo, é o problema do sentido da vida
que se põe. Que utilidade tem o que faço?”, que implica a pergunta: “0 que
vale a minha vida?”
Por outro lado, constatamos que as ciências e as tecnologias de ponta se
especializam cada vez mais. Mas o custo destes avanços é duplo:
24
a saúde está dividida em especialidades, e o homem, na sua totalidade viva, é
talvez menos considerado. Além do mais, o abismo aumenta entre as tecnologias e
a população: esta tem dificuldade em entender todas as investigações, mas exige
as “de direito”, imediatamente. E o acesso de toda a população aos cuidados de
saúde exige provavelmente uma orientação tornada inteligível e mais humana.
Sim, a saúde precisa de humanizarse. E não apenas no que se refere às condições
de acolhimento de um grande hospital, mas, sobretudo, de modo a permitir ao
homem manter uma relação justa com a saúde. Certas pessoas preocupamse de tal
modo com a sua saúde que dela se tornam escravas. A saúde não é apenas o campo
do objecto (o corpo, a psique), mas também o é do sujeito. E o domínio da saúde
passa pela condução da própria existência e, por conseguinte, pela paz consigo
mesmo...
E depois podese, recorrer, então, às terapias.
Uma mina de informações sobre as medicinas naturais
Tratase de um livro de “boa fé”: a informação do público, e até dos terapeutas,
necessitaria aliás de muitos outros livros como este. Basta sabermos que o leque
terapêutico é enorme e que é necessário actualizálo constantemente.
Esta obra é também uma mina de informações sobre os métodos tradicionais, os
remédios antigos e a medicina natural.
A medicina dos nossos dias tem o seu tempo, enquanto os métodos tradicionais,
experimentados ao longo de séculos, senão milénios, prosseguem incansavelmente a
sua acção favorável.
A medicina moderna enganouse no caminho
A medicina moderna, dita “científica, enganouse incontestavelmente no caminho
nestes últimos cinquenta anos. E contudo... Nunca antes na história do mundo
existiram tantas drogas, mas, em contrapartida, nunca
25
antes existiram tantas pessoas débeis, tantas pessoas verdadeiramente doentes:
UM terço dos indivíduos hospitalizados um número aterrador ocupam as camas
dos hospitais por motivo de doenças “causadas por medicamentos”. Muitas delas
morrem quando poderiam ter sido salvas.
É assim que as purgas e as sangrias dos séculos passados são actualmente
substituídas pelos antibióticos e pelos corticóides sistemáticos, dispensados às
cegas. As consequências nocivas deste procedimento são, desde há muito, piores
do que as purgare e saignare de Molière. Assim, durante séculos, os espíritos
“duros” que atravancam as nossas civilizações ocidentais zombaram de uma prática
muito antiga, curiosa mas eficaz: o facto de uma chave grande, aplicada na nuca,
estancar rapidamente a maioria das hemorragias nasais. Foi necessário que
surgissem os trabalhos do padre Leriche para que este método fosse despojado da
sua lenda: qualquer objecto frio (uma chave, um pedaço de metal, um cubo de
gelo), colocado ao nível das vértebras cervicais, tem por efeito excitar o
sistema nervoso simpático situado diante das vértebras, que possui entre as suas
múltiplas propriedades a de provocar a contracção dos vasos sanguíneos. Daí o
estancamento das hemorragias nasais (epistaxes).
A medicina moderna deve dar explicações
Por que razão, sempre desconhecida, na nossa época de viagens à Lua, uma simples
ligadura de linho ou de lã suprime certas dores: as cãibras nocturnas nas
pernas, as dores reumatismais nos pulsos, nos cotovelos e nos joelhos? E por que
razão um banal pedaço de sabão de Marselha colocado na cama evita o regresso das
cãibras?
Será doravante necessário esforçarmonos para encontrar uma explicação para a
eficácia de inúmeros tratamentos.
As investigações modernas”, escrevia Léon Binet, antigo decano da Faculdade
de Medicina de Paris, “apenas confirmam de uma forma geral o bom fundamento dos
cuidados de saúde utilizados no passado de forma empírica.”
Mas continuamos a ignorar a razão pela qual os nossos predecessores utilizavam
há séculos a cavalinha para as afecções degenerativas e tam
26
bém como agente remineralizante. Sabemos actualmente que as propriedades desta
planta se devem aos seus múltiplos componentes, especialmente a silícia cuja
importância é fundamental na consolidação do nosso esqueleto; e a cavalinha é
uma das plantas mais ricas neste componente. “A acção da silícia na
terapêutica”, escrevia aliás Louis Pasteur em 1878, “deverá ter um papel
grandioso.”
As propriedades vermífugas do musgodacórsega foram mencionadas por Teofrasto,
há 2000 anos. Utilizadas até à Idade Média, caíram no esquecimento e foi um
médico corso, como é natural, que as reabilitou em 1775. Conhecemos actualmente
a realidade científica da sua acção.
Para os cancros, no primeiro século da nossa era, Dioscórides utilizava o
cólquico (matacão). Foi preciso esperarmos até 1934 para isolarmos um dos seus
alcalóides: a colquicina, que, no estado actual dos nossos conhecimentos,
combate o desenvolvimento das células anárquicas dos tumores.
Durante séculos, e tal como para a cavalinha, para o musgodacórsega e para a
maioria das outras plantas, os espíritos duros negaramse à evidência da sua
eficácia sob o pretexto infantil de que se ignorava a razão “científica” da sua
acção.
Para Henri Poincaré, “negar porque não se sabe explicar não é nada científico”,
o que também afirmava Ambroise Paré, à sua maneira, há já quatro séculos e meio:
“As coisas, em medicina, não se medem ou consideram senão pelos seus
resultados.”
Felizmente que, para muitos doentes com cancro, nem Dioscórides nem os médicos
que lhe sucederam esperaram 1900 anos para tirarem provas científicas da acção
evidente das propriedades antitumorais do cólquico.
É com a intenção de vulgarizar todo este património natural que os nossos
autores escreveram esta enciclopédia.
‘ Não se trata, obviamente, de um musgo mas sim de uma alga, Alsidium
helminthocorton, um remédio esquecido, conhecido dos médicos da Antiguidade e
da Idade Média. Redescoberto em 1775 por Stephanopol, este medicamento foi,
muitas vezes, utilizado por Napoleão.
27
As medicinas naturais contribuem para o progresso médico
Aqueles que consideram a medicina moderna como fonte de descobertas infinitas,
tanto no plano das preparações farmacêuticas como no plano das intervenções
cirúrgicas, avaliam frequentemente a medicina natural como um travão indesejável
ao “progresso”. Outros parecem estar de tal modo investidos na especificidade
das suas profissões que a mera menção da palavra “oligoelementos” ou
“nutriterapia” lhes é insuportável. Os cuidados médicos “sérios” não concedem
qualquer lugar às vitaminas e aos exercícios físicos autoprescritos (argumento
ao qual não nos oporemos). Mas o que é bom para o “progresso médico” ou para os
“cuidados médicos” e o que é bom para os seres humanos são duas coisas
completamente diferentes!
Até os médicos podem tratar os seus doentes com esta enciclopédia
Os médicos receitam rapidamente medicamentos para acalmar dores, quando em
certos casos o recurso a esta preciosa enciclopédia lhes facultaria uma solução
simplicíssima.
Um exemplo: quantas dores de cabeça, perturbações da visão ou zumbidos nos
ouvidos não teriam cura se não se interviesse ao nível das vértebras cervicais,
em muitos casos deslocadas?
Mais um exemplo? Quantas disfunções vagossimpáticas, que resistiram a cuidados
diversos durante vinte anos, não poderiam ser rapidamente aniquiladas através da
negativização eléctrica?
E em que consiste esta terapia? Simplesmente em devolver às células do nosso
organismo as cargas eléctricas negativas benéficas que estas perderam: todas as
afecções degenerativas artrose, neuroses e afecções similares, diabetes,
psoríase, cancro... são concomitantes de um excesso de carga positiva.
É uma questão de bom senso
Quando terapêuticas deste tipo, ignoradas pela nomenclatura científica, são
capazes de “recuperar” situações muito comprometidas pelo abuso da
quimioterapia, por que não deveriam elas ser utilizadas antes de
28
quaisquer outras, e para as substituir, em caso de insucesso, por medicações
mais violentas? Não se tratará apenas, com o conhecimento existente dos
tratamentos eficazes e não tóxicos, de uma pura questão de bom senso? “Para
alcançar a verdade é preciso que uma vez na vida nos dispamos de todas as
opiniões recebidas e reconstruamos, de novo e a partir do seu fundamento, os
sistemas desses conhecimentos.” Estas palavras de Descartes, esse antigo oficial
do exército, matemático e filósofo, dizem respeito a todas as disciplinas. E
mais ainda à medicina. É por esta razão que a presente obra terá certamente o
grande êxito que merece, tanto em França como no resto da Europa.
Não é uma questão de negar os resultados, por vezes, incomparáveis, obtidos
graças aos medicamentos modernos. Temos o exemplo da meningite tuberculosa, que,
sem a estreptomicina, continuaria a ser uma doença mortal. É por isso que os
inúmeros e pacientes trabalhos dos fundamentalistas, indispensáveis aos
progressos do conhecimento, devem imperativamente ser prosseguidos sem que os
investigadores se tenham de interrogar se das suas descobertas serão algum dia
retiradas conclusões práticas.
A abordagem das medicinas naturais
A medicina natural assenta num método lento e orgânico. Ela começa por
reconhecer que o corpo humano está maravilhosamente equipado de modo a resistir
às doenças e a curar as feridas. Assim, quando a doença se instala, ou se produz
um acidente, a primeira abordagem das medicinas naturais consiste em ver o que
pode ser feito para reforçar a resistência natural e multiplicar os agentes de
cura, a fim de que estes possam agir mais eficazmente contra o processo
patológico.
A eficácia da medicina natural repetese desde os tempos mais remotos
Vemme à memória um pensamento chinês: “Não devemos acreditar ou deixar de
acreditar numa terapêutica, mas sim constatar ou não os seus resultados
benéficos.” Mas o espírito, mais ou menos cartesiano, de um
29
médico ocidental não pode, obviamente, subscrever este tipo de pensamento, que
apenas aceitará como tratandose de uma afirmação humorística.
Os “resultados benéficos” não trabalham, portanto, a favor da convicção. Aquilo
que, em contrapartida, não deveria deixar dúvidas no espírito dos mais cépticos
é a repetição da mesma eficácia em milhares de casos, por processos semelhantes
na aplicação de uma mesma técnica.
Se os cépticos persistem, que se acautelem, porque o cepticismo arriscase a
transformarse em máfé. E isto parece lamentável no que diz respeito ao
progresso médico.
Esta enciclopédia vai ajudálo a defender a sua saúde
Sendo cada um responsável pelo seu próprio bemestar, élhe desejável depender o
menos possível de outrem para defender a sua saúde. Cada um é o promotor, o
censor e o guardião da sua saúde. E esta obra vai ajudálo.
Uma síntese entre medicina tradicional e medicina de ponta
Muitas são as pessoas que consideram a medicina natural uma alternativa radical
aos cuidados médicos clássicos. No entanto, quando se encontram perante um
problema grave, em que a saúde está em jogo, essas mesmas pessoas rejeitam na
totalidade todo o arsenal de plantas curativas, de cereais integrais, de
vitaminas e de exercícios físicos, que são a própria essência dessa medicina. E
isto é tanto mais absurdo que a medicina natural e os cuidados médicos modernos
não se excluem mutuamente, antes pelo contrário.
Esta é a razão pela qual este livro contém não só tratamentos naturais postos à
prova através dos tempos, mas também as novas terapias derivadas das mais
recentes investigações. Houve poucos, até agora, a fazerem este tipo de síntese
entre a medicina tradicional e a medicina de ponta.
Para cada doença são propostos vários tratamentos
Esta obra, realizada graças à colaboração entre um jornalista que animou e
publicou a revista médica de abordagem holística Réussir votre
30
Santé e um homem de ciência recheado de diplomas, constitui um verdadeiro
balanço dos tratamentos mais bem adaptados a cada caso particular.
É aliás a sua segunda faceta de originalidade o propor várias terapias para cada
doença: o leitor encontrará assim, entre os tratamentos e produtos citados,
aqueles que mais lhe convêm.
Consulte esta obra em todos os casos
Desta forma, tudo foi feito para que lhe seja possível consultar esta obra fácil
e rapidamente, em caso de emergência.
O objectivo deste livro é, na verdade, permitir a todas as mães de família, a
cada um de nós, na presença de sintomas ou de doenças variadas (267 doenças
abordadas nesta obra):
tomar as primeiras previdências;
fazer abortar a doença, se possível;
alertar a nossa consciência para a eventualidade de uma afecção séria ou grave
e pôrnos em guarda contra uma despreocupação perigosa.
Mas esta obra tem também outras ambições
Diminuir o absentismo daqueles que têm todos os motivos morais ou
materiais para quererem trabalhar.
Evitar hospitalizações inúteis.
Lutar contra o abuso de uma prescrição sistemática de drogas supérfluas,
quando existem vários remédios ditos “suaves” igualmente eficazes (e, muitas
vezes, mais fiáveis preventivamente).
Tratar uma afecção benigna é coisa fácil. A grande dificuldade reside justamente
na apreciação da gravidade das manifestações anormais.
É obviamente perigoso manifestar um optimismo exagerado, mascarando a realidade
e contribuindo, deste modo, para a evolução de uma
doença que um tratamento precoce teria conseguido deter. Em contrapartida,
parecenos pernicioso usar e abusar de drogas medicamentosas, nenhuma delas
desprovida de riscos (falase do risco iatrogénico), quando a aplicação de
medicinas naturais pode, sem perigo e facilmente, levar à cura.
31
Esta enciclopédia é um passaporte de boa saúde
Saúdo a publicação desta obra de Jean Aikhenbaum e Piotr DasAiewicz que a
redigiram agregando um conjunto de práticas naturais. No nosso
mundo de poluição química e mental, este trabalho vai trazernos uma
lufada de ar fresco.
Esta enciclopédia constitui um passaporte de boa saúde. Destinase a
nos fazer descobrir um conjunto de chaves para melhorarmos a nossa
saúde, aumentarmos o nosso bemestar e preservarmos a nossa qualidade de vida.
Contudo, ponho em guarda os leitores contra uma automedicação sistemática.
Certas patologias devem recorrer aos médicos (de abordagem holística, de
preferência).
Todos aqueles que se interessam pelos métodos naturais de cura experimentarão
uma grande alegria na leitura deste tratado, que é muito mais do que um conjunto
de receitas!
Desejo um franco êxito para esta obra, elaborada por dois autores sérios.
Dr. JeanPierre Willem Presidente da FLMN (Faculdade Livre de Medicinas
Naturais)
e dos MAPN (Médicos de Pés Descalços)
32
1 A VIDA, ESSE FENÓMENO TÃO MISTERIOSO
“O nosso mundo materialista é maravilhoso e cruel, mas simultaneamente
ultrapassa a nossa compreensão, é maior do que a própria matéria. E impossível
reduzilo a essa matéria.”
Karl Jaspers
SERÁ POSSíVEL DEFINIR A “VIDA,),)?
Todos os sistemas terapêuticos têm em comum o desejo de preservar a vida. A
saúde pode ser considerada como um estado da vida. Ora um dos paradoxos e eles
são inúmeros na ciência moderna é a sua incapacidade de explicar em que
reside a vida. A biologia (que pela sua
etimologia não é outra coisa senão a ciência da vida) nem sequer consegue
definir o seu próprio objecto! Houve tentativas de a definir pela sua
estrutura química, pela interpretação de certos fenómenos, mas até à data estas
explicações foram todas elas insuficientes.
A história da biologia tem sido marcada pelo discurso dos vitalistas em
busca da célebre vis vitalis, propriedade ou substância própria à vida, e
pelos reducionistas (mecanicistas do século xix) que apenas viam na vida simples
fenómenos físicoquímicos. Mas nenhuma destas escolas apresentou respostas
satisfatórias.
Desde a experiência de WõhIer, no início do século xix, que sabemos que podemos
sintetizar substâncias orgânicas, contudo nunca consegui
33
mos descobrir um estado particular da matéria viva, nem sequer uma substância da
vida. Todavia, os reducionistas nunca conseguiram criar vida in vitro (mesmo se
as últimas investigações americanas permitiram criar sistemas polimoleculares
capazes de se reproduzirem e de utilizarem recursos nutritivos). E também não
foram capazes de explicar a sua origem.
Algumas definições da vida
Podemos propor várias definições para a vida, por exemplo, a do célebre biólogo
húngaro SzentGeorgyi (Prémio Nobel em 1935, pela sua
descoberta da vitamina C):
“A vida é uma poluição proteínica da água.”
Esta definição, proposta para ridicularizar os esforços de certos mandarins e
ideólogos da ciência oficial, tem a qualidade de fazer a
demonstração da nossa ignorância e realçar a importância da água e das proteínas
nos fenómenos da vida.
A maioria dos dicionários contentase com definições tautológicas (que definem a
vida... através do organismo vivo) do tipo:
“A vida é um conjunto de fenómenos que comporta principalmente a assimilação, o
crescimento, a reprodução e a morte, que caracterizam os seres vivos.”
Actualmente a biogénese (estudo da origem da vida) dedicase, em
especial, às definições e às características da vida. Esse campo da ciência
contemporânea desenvolvese de forma dinâmica. Podemos contar uma
boa centena de teorias sobre a origem da vida. Elas são, obviamente, apenas
hipóteses de escola... inverificáveis.
34
QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DA VIDA?
Qual é a fronteira que separa o vivo do não vivo?
Para Henry Quastler, a unidade da vida deve caracterizarse pela
capacidade de transformar a matéria, pela estabilidade de organização e pela
capacidade de adaptação e de autoreprodução.
Para H. Kuhne, a qualidade mais importante da molécula viva reside
na sua capacidade de procura e de armazenamento de informação sobre o seu meio,
bem como a sua capacidade de reprodução.
Quanto aos especialistas da biogénese, estes rejeitam as teses
reducionistas e afirmam que é muito difícil (se não impossível) explicar o
fenómeno da origem da vida através da simples evolução química.
Cada vez mais, as investigações tendem, tal como o sugeriram os
vitalistas no passado, para uma explicação de uma “entidade” que seria a
característica da vida, como por exemplo:
* a bioestrutura de Macovschie; ,
* a proteína viva (uma proteína morta que, graças a uma ligação com
a “porfirina”, se transforma numa proteína viva) de Florowska;
* ou ainda o “bioplasma”, proposto por certos bioelectrónicos.
Certos biólogos, como S. W. Fox, pensam que a vida é eterna e que
uma espécie de informação biológica existe desde a criação do universo. A génese
da vida estaria inscrita no “ Big Bang”.
Outros supõem que existe uma regra universal de integração que
governa todos os processos do universo e que o aparecimento da vida é a simples
consequência dessa lei (Bahadur designaa por “regra ekhalmamanav”).
Para C. Porteli, é a mega informação que dirige a matéria e torna
possível a biogénese.
P. Fong supõe que a informação é primordial para o aparecimento da
vida, que é ela (e não a matéria) que deve ser primeiro estudada. As teorias e
os trabalhos de Fong permitiram uma nova interpretação das tradições místicas,
porque a ciência contemporânea interpreta
35
cada vez mais à letra o preceito segundo o qual “o universo é a regra da
organização do Tao”, ou os primeiros versículos do Génesis: “No princípio, criou
Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a
face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas. Deus
disse: Taçase luz.’ E a luz foi feita.”
Quais são as consequências destas investigações e em que medida influenciaram as
nossas teorias em matéria de saúde?
Toda a gente concorda em reconhecer que a vida é um fenómeno de uma
extraordinária complexidade, apesar de existir há vários milhares de anos. Em
razão da sua complexidade e da incapacidade ou impotência da ciência para o
explicar, compreender ou simplesmente descrever, devemos rejeitar todas as
explicações simplistas.
Uma doença não pode ser reduzida (salvo em certos casos raros e
extremos) a um único factor. Ou seja, não basta, por exemplo, alterar o pH, nem
adicionar alguns elementos que aparentemente faltam (vitaminas, minerais, etc.),
para obter resultados para os quais a Natureza necessitou de condições
específicas que exigiram milhares de anos para se realizarem.
Em contrapartida, somos da opinião de Hipócrates e pensamos que a Natureza,
através dos seus mecanismos de regulação, é capaz de tratar a maioria das nossas
doenças. É também importante realçar que se os
estudos sobre a biogénese demonstram que a vida tem capacidades excepcionais
para se manter (as bactérias, por exemplo, vivem em condições extremas de calor,
num ambiente de substâncias tóxicas), existe contudo uma fronteira de alterações
ambientais para além da qual a vida não consegue manterse. Ao ultrapassar um
“certo patamar” de tolerância, a
vida pode tornarse impossível nas suas formas actuais.
Desta banal constatação podemos reter como conclusão que preservar a vida e a
saúde em geral passa pela protecção do nosso meio ambiente.
36
A NATUREZA QUE TRATA
“Saúdote, ô Natureza, mãe de todas as coisas. “
Plínio
Nos povos primitivos todos os indivíduos são exímios naturalistas, o que não
é de espantar já que disso depende a sua sobrevivência.”
Errist Mayr (Histoire de la biologie)
Em busca das origens da Natureza
Há vinte e seis séculos os filósofos gregos propuseram o equivalente à palavra
Natureza e, também na mesma época, o termo Arche (início, origem). A etimologia
da palavra Natureza globalizava o facto de as substâncias serem susceptíveis de
se desenvolverem, durarem e se reproduzirem. Tales de Mileto dedicouse, mais
especificamente, à busca das origens da Natureza. Os seus sucessores, entre os
quais Anaximandro, quiseram saber o que existia na Natureza no momento da sua
criação. A busca filosófica dos factores unificadores e das causas naturais dos
fenómenos originais estão na base da cultura europeia.
A Natureza pode tratar?
Os grandes pensadores gregos ‘debruçaramse sobre o papel terapêutico da
Natureza. Para Hipócrates, considerado fundador da medicina científica, a
Natureza está na base de todas as curas. Os diversos órgãos do corpo constituem
uma entidade harmoniosa, e a Natureza tem a possibilidade de tratar as doenças.
O papel do médico consiste em observar o doente, seguir os progressos que a
Natureza efectua em direcção à cura e, eventualmente, ajudála. Não deve de modo
nenhum contrariála na sua
37
acção curativa. “Primum non nocere” significa que o dever do médico ou do
curador é o de não perturbar o desenrolar de uma acção benéfica. Os preceitos
que orientaram os terapeutas durante séculos estabeleciam que o médico deve ser
minisler naturae (estudante da Natureza) e não magisler nalurae (mestre da
Natureza).
As relações entre Natureza e medicina
Na tradição filosófica (e medicinal) existem duas correntes:
Para a primeira, o homem faz parte da Natureza. É a relação
conflituosa entre o nosso corpo e a Natureza que está na origem das doenças, e
é, por conseguinte, na Natureza que podemos encontrar os meios de preservar ou
de recuperar uma boa saúde.
Para a segunda, o homem é o mestre da Natureza. A sua ciência e
a sua técnica têm os meios de resolver todos os problemas que lhe possam surgir,
incluindo o problema da saúde.
Nós estamos, pela nossa parte, próximos da primeira tradição: pensamos que a
Natureza põe à nossa disposição todos os meios para um
melhor bemestar. Felizmente, esta tradição, mesmo tendo sido, por vezes,
ocultada ao longo dos séculos, não desapareceu com a Grécia antiga. Ela
acompanhou os homens e a medicina ao longo da história. Encontramola na
tradição da Escola de Medicina de Montpellier, onde outrora se
escrevia com orgulho “Hippocrate oolim Cous, nunc Monspelliensis”, e
nos Conselhos Gerais de Saúde da célebre Escola de Salerno:
“Quando sentirdes que a Natureza vos quer aliviar
de alguma matéria impura, Esculai os seus conselhos, ajudaia nos seus esforços:
Em vez de reterdes essa imundície em vós, dela libertai, rapidamente e sem
tardar, o vosso corpo. Fugi dos tratamentos nocivos, pois por eles se altera o
sangue; Evitai a cólera como um veneno funesto.
O serva do estes pontos, contai que os vossos dias por meio de um regime
prudente se prolongarão.”
38
A Natureza que trata: a naturopatia
Esta tradição hipocrática encontrase igualmente na naturopatia e nas
teorias ecológicas de Gaia: “Terra organismo vivo de que o homem faz parte.”
Esta concepção da Natureza que trata tem tido inúmeros detractores,
especialmente entre os médicos e os cientistas. É compreensível, porque, se é
suposto a Natureza tratar, para que servirão então os médicos?
É evidente que a propagação desta teoria põe em jogo os interesses económicos
dos comerciantes de saúde, dos médicos e dos farmacêuticos, mas sobretudo dos
laboratórios que fabricam os medicamentos. O problema não é novo.
No século xviii um grande naturalista e médico francês, Jean Emmanuel Gilibert,
publicou as obras Autocracia da Natureza ou Primeira Dissertação sobre a Energia
do Princípio Vital para a Cura das Doenças Cirúrgicas e Segunda Dissertação
sobre a Autocracia da Natureza na Qual se Prova que a Natureza Cura as Doenças
Internas, tais como Febres, Inflamações, Convulsões e Dores. A reacção do meio
médico não se fez esperar e foi muito violenta. Gilibert foi obrigado a publicar
uma rectificação: JoannisEmmanuel Gilibert adversaria medicopraticum Lugduni,
1791, na qual explica que foi mal entendido e que, em certos casos, a
intervenção do médico pode ser necessária.
Nós partilhamos o ponto de vista de Gilibert: a intervenção do médico é
necessária apenas em certos casos. Assim, segundo o princípio hipocrático,
devemos limitála aos casos mais sérios.
A medicina pela Natureza
Aliás, na grande tradição da “medicina pela Natureza”, muitos foram os
pensadores que rejeitaram todas e quaisquer intervenções médicas, salvo as mais
urgentes (como a cirurgia das fracturas). Assim, Ambroise Paré não foi o único a
descobrir que frequentemente a ausência de medicamentos (no seu caso tratavase
de óleo a ferver que servia para tratar as feridas) pode ser mais benéfica do
que o tratamento científico”.
39
Devemos suprimir os medicamentos?
Encontramos esta ideia na tradição “hasídica” (movimento ortodoxo judeu da
Europa Central, no século xviii), para a qual “a cura e a saúde não pertencem
aos médicos”, bem como nos trabalhos de Karol Rokitansky, da Escola de Viena do
século xix. Este grande médico declarou que cada escola de medicina ensina
tratamentos terapêuticos diferentes para patologias idênticas, sem mesmo assim
obter uma cura para as doenças tratadas. Rokitansky chegou ao ponto de declarar
que toda a “matéria médica” não serve para nada e que os doentes recuperam ou
não a saúde graças à acção da Natureza; e que, nesta hipótese, é por conseguinte
impossível tratálos.
Não somos tão extremistas na nossa maneira de pensar. Partilhamos mais o ponto
de vista de Galiano, que pensava, como Hipócrates, que a
Natureza trata as doenças e que nós podemos observála e imitála, sem
reservas, através dos dons que ela nos proporciona. A Natureza tem a
capacidade tanto de nos tratar directamente como de nos fornecer as suas
capacidades terapêuticas.
A NATUROPATIA
Não é possível comparar a naturopatia com a medicina oficial, que apenas se
limita a intervir quando a doença se declara e que se esforça por fazer
desaparecer os seus sintomas o mais rapidamente possível. Ela constitui a
fotografia fiel do nosso modo de vida e da nossa técnica e sentese assim na
obrigação de trabalhar muito depressa, de responder o mais imediatamente
possível às necessidades do público. Comporta obviamente vantagens
indiscutíveis, mas gera, muitas vezes, inconvenientes maiores, inclusive riscos
com consequências difíceis de avaliar.
E se os medicamentos nos fizessem mais mal do que bem?
Utilizamos um grande número de substâncias químicas de que ignoramos totalmente
os efeitos, tanto para nos tratarmos como para nos alimentarmos: quem poderá
explicar o que acontece quando estas ditas
40
substâncias penetram no nosso organismo, se combinam entre si e se acumulam nos
nossos tecidos? Podemos considerar que os seres vivos estão perante várias
centenas de milhar de compostos químicos dos quais nos é impossível avaliar as
interacções.
É útil lembrar que 25% das patologias diagnosticadas são consideradas
iatrogénicas”, ou seja, resultam directamente de um acto ou de uma prescrição
médica.
Os erros da medicina: muitos medicamentos são retirados do mercado
Devemos, igualmente, lembrar que um grande número de produtos considerados
anódinos, que faziam parte da panóplia terapêutica de todos os médicos há alguns
anos atrás, foram desde então retirados do mercado. Numa década, 600
medicamentos foram assim postos na lista negra. Alguns deles, ainda autorizados
em certos países, são contudo considerados perigosos e proibidos noutros!...
Como se, em função da latitude em que se encontra, o ser humano fosse diferente!
Foi, aliás, o caso da demasiado célebre thalidomida',que foi autorizada na
maioria dos países ocidentais mas não na Turquia. O ministro da Saúde deste país
era médico e tinha muitas reservas relativamente às novas terapias ocidentais.
Podemos dizer que as reservas deste homem foram no mínimo felizes e que, se
prejudicaram de alguma forma as finanças do laboratório que comercializava este
produto, evitaram nascimentos monstruosos na Turquia, tais como aqueles que
ocorreram nos nossos países... mais civilizados.
A naturopatia socorre os males quotidianos
Não se trata de pôr em causa os conhecimentos adquiridos e os progressos da
medicina e da cirurgia oficiais. É necessário recorrer a essas
técnicas em certos casos limitados, especialmente nas fases agudas de certas
patologias. Mas, em contrapartida, no que diz respeito à maioria
41
dos males correntes, essas medicações apresentam inconvenientes inúteis. Torna
se, por conseguinte, preferível recorrer a técnicas que respeitem o
meio ambiente e que estejam em harmonia com os princípios vitais do organismo.
A naturopatia baseiase em princípios filosóficos que assentam no
facto de o homem ser um microcosmos no macrocosmos, um universo no
universo, um corpo feito de mares, montanhas, vales, correntes de água, rios,
desertos... Ele é a imagem emblemática e representativa das forças em movimento
que o compõem.
Ele sofre a influência do seu meio, do ambiente que o envolve. Se este é
perturbado, a perturbação reflectese no homem microcosmos, espelho da entidade
global.
A naturopatia respeita o corpo
A naturopatia age rearmonizando as energias que constituem a vida.
Tende a estimular as defesas do nosso organismo e colocao num estado capaz de
responder e fazer face às agressões exteriores.
O corpo tem obrigação de ser forte para poder recuperar e conservar
a saúde, preservando simultaneamente o seu capital vital.
* A doença ou as perturbações orgânicas que dela decorrem não são
um simples efeito do acaso, do inexplicável ou da má sorte. Do mesmo modo que
não passamos naturalmente de um estado de boa saúde para um estado de doença.
42
ALGUMAS TEORIAS (naturopáticas)
Louis Kuhne combate os excessos alimentares
A sua teoria
As doenças manifestamse através de sintomas variados, mas a sua
causa é sempre idêntica: é a sobrealimentação que forma substâncias estranhas no
corpo. Estas perturbamno, prejudicam o seu bom funcionamento e a circulação
sanguínea. A origem da doença reside na acumulação dessas matérias estranhas não
eliminadas. Estas são o resultado de o indivíduo ingerir mais alimentos do que
aqueles de que necessita efectivamente para compensar o desgaste do seu corpo.
Louis Kulme combate a ingestão de alimentos nocivos (carnes, vinho,
especiarias, álcool, chá, café, narcóticos, medicamentos, etc., que não têm, na
sua opinião, qualquer valor nutritivo) que irritam o corpo e acabam por torná
lo doente. Os órgãos ficam prematuramente enfraquecidos e tornamse incapazes de
assegurar as suas funções... nada escapa às suas
críticas, e já em 1850 ele se insurgia contra o tabagismo e as vacinas, o ar
impuro, os vapores das cloacas, os desinfectantes e a poeira “que são nocivos
para o corpo e se transformam em princípios mórbidos”.
Estes materiais armazenados e transformados não podem, em razão da
sobrealimentação, ser eliminados pelos órgãos excretores. Por conseguinte,
fermentam e apodrecem. Se surge alguma agressão interna ou externa, por exemplo
um resfriado, um sobreaquecimento ou uma emoção, os princípios mórbidos procuram
uma saída. Se encontram um obstáculo no seu caminho dilatam o espaço onde se
movem e provocam então tumores, hipertiroidismo, pólipos, enfisema,
endurecimentos, úlceras, cancro...
O seu método
Com esta filosofia (unidade das doenças, unidade do tratamento para curar todas
as doenças), Kulme exclui todos os medicamentos, plantas medicinais e
intervenções cirúrgicas. Ele preconiza um tratamento uniforme para todas as
doenças, traumatismos e feridas, através de:
* banhos do tronco;
* banhos de assento com fricções;
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* banhos de prancha;
* banhos de vapor;
* uma alimentação estritamente vegetariana.
O método natural e personalizado do professor Bilz
A sua teoria
Bilz elaborou uma técnica a que deu o nome de O Novo Método do Professor Bilz
para Curar as Doenças. Esta teoria obteve um grande êxito e conseguiu proezas e
maravilhas onde a medicina da época esbarrava contra um impasse.
Bilz utilizava apenas tratamentos naturais que ele personalizava e adaptava a
cada caso particular. Inspiravase em Savonarola, médico do século xv, e, mais
próximos dele, em Hahn, em Pressnitz e em Frank. Era um fervoroso adepto da
hidroterapia, que conseguiu adaptar maravilhosamente a cada caso.
O seu método
Apesar de fornecer receitas saborosas, considera que o vegetarianismo é o regime
mais adaptado ao homem e superior a todos os outros. Não o considera, contudo,
como uma regra absoluta, salvo no tratamento de certas doenças. Com efeito,
aconselha a prática de uma alimentação variada, composta por legumes, fruta,
leguminosas (ervilhas, feijões), lacticínios, ovos, pão integral, saladas,
compotas e, eventualmente de vez em quando, um pouco de carne assada, cereais
integrais, arroz, milho, trigo sarraceno, cevada, bem como manteiga e queijo.
Como bebida, recomenda a água, mas considera que se pode tomar, de
vez em quando, um pouco de vinho, de chá ou de café.
Para cada caso específico impõese um tratamento específico. É necessário
individualizar o tratamento e personalizálo, de modo a tornálo o mais eficaz
possível.
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Para o doente, ele afirma justamente que uma sobrecarga alimentar é totalmente
inútil. Observa também que a privação de alimentos provoca no organismo as mais
belas curas.
Bilz insurgiuse contra as águas químicas de SeItz, que denunciou violentamente.
O que diria ele hoje perante a profusão de águas gaseificadas, com sabores de
fruta e outras, adicionadas de corantes e de conservantes, que todos nós
consumimos?
Ele admitia que o ar era indispensável para prosperarmos e nos desenvolvermos.
Basta observar as plantas e delas retirar a nossa inspiração: as plantas
necessitam de ar e de luz.
Os tratamentos do padre Kneipp
Kneipp utilizava nos seus tratamentos tisanas e envolvimentos por meio de banhos
de vegetais. Utilizava a água sob a forma de compressas e aplicava cataplasmas
de argila. Também considerava a água fria como
um remédio particularmente eficaz e aconselhava a prática de imersões frequentes
e de curta duração.
Shelton nega a doença
Para Shelton, as doenças não existem. Aquilo que observamos e a que chamamos
doenças são apenas sintomas variados. Pretender curar a
doença é um contrasenso porque esta não existe. O papel da doença é o
de preparar o corpo para um bom estado de saúde. É por isso que a doença deve
ser gerida e não combatida.
A prática do jejum e as restrições alimentares
A prática do jejum é velha como o mundo e constitui provavelmente um dos meios
conhecidos mais antigos para recuperar um bom estado de saúde. A sua história
confundese com a história do homem e das religiões: a Bíblia cita Moisés, e o
Novo Testamento cita Cristo.
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A opinião de alguns teóricos e médicos sobre o jejum
Para o Pr. Biliz:
“Em vez de alimentarmos o doente alimentamos a doença. A dieta
é o meio mais seguro de recuperar uma boa saúde e de conservar a juventude e a
vitalidade. “
O jejum é um período de descanso por excelência. Logo de início o
sangue e a linfa purificamse e produzse um novo equilíbrio que permite aos
órgãos vitais regeneraremse. O jejum pode compararse a uma noite de repouso
total para um corpo extenuado.
“Os jejuns são umas férias fisiológicas de todo o nosso organismo.
Não são uma penitência mas sim uma medida de desintoxicação interna que merece
ser mais conhecida e desenvolvida.”
Para Upton Sinclair:
“A coisa mais importante em relação ao jejum é o facto de ele proporcionar um
novo nível de saúde.”
Toda a gente pode jejuar, as contraindicações são extremamente raras
e os efeitos benéficos fazemse rapidamente sentir; as funções orgânicas são
restauradas, e o corpo elimina os excessos de peso.
Para a Sr.’ Geffroy:
“É o fenómeno da autofagia que torna o jejum num meio maravilhoso de regeneração
e num extraordinário factor de longevidade.
O organismo devora as suas células, começando por aquelas que estão fracas ou
doentes, que perderam vitalidade e que representa um perigo para o corpo na sua
totalidade.”
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O jejum faz emagrecer e rejuvenescer
É por esta razão que durante as curas de jejum se eliminam primeiro as gorduras
e a celulite.
* O Dr. Bertholet, médico suíço, afirma que a autofagia se processa
da seguinte maneira: 97% da gordura desaparece, depois o baço perde 63% do seu
peso, o que prova que se encontra sobrecarregado e anormalmente dilatado, e não
sofre, de modo algum, com esta perda de peso. Em seguida, o fígado perde também
56% do seu peso, sem qualquer inconveniente. Os músculos, por sua vez, podem
perder até 30% do seu volume, o sangue 17%, enquanto os nervos e o cérebro 0%.
Para este médico o que o jejum não consegue curar nenhuma outra terapêutica será
capaz de o fazer.
* Carlon e Kunde mostraram que quando o jejum é praticado por um
homem de 40 anos, durante um período de 2 semanas:
“O jejum permite ao corpo regressar a uma condição fisiológica comparável à de
um jovem.”
Estes dois médicos realçam que, se o homem praticasse regularmente jejuns
rejuvenescedores, poderia manterse jovem ano após ano.
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AS PLANTAS MEDICINAIS
AS PLANTAS ACALMAM A FOME E ALIVIAM AS DORES
Não existe vida animal sem vida vegetal, nem mundo vegetal sem mundo mineral. O
que demonstra, caso seja necessário, que tudo o
que constitui o nosso planeta se encontra estritamente interdependente.
O essencial da nossa alimentação provém directa ou indirectamente do mundo
vegetal.
Os homens sempre procuraram nas plantas, nas flores, nas raízes e nos tubérculos
um meio de saciarem a fome. Depois procuraram as que eram mais aptas a ajudálos
a suportar a sua miséria, a sua inquietação, a sua
angústia e, também, a aliviar as suas feridas e vencer a doença e a dor.
O interesse das plantas que tratam...
Qual é o interesse da utilização das plantas medicinais na época em
que as manipulações genéticas e a síntese química são moeda corrente?
A resposta põe em evidência as grandes tradições religiosas e todas as
civilizações que utilizaram a fitoterapia do Egipto antigo à Grécia antiga,
passando pela China. Contudo, estas mostramse incapazes de fornecer uma
resposta que satisfaça as nossas expectativas.
Podemos, evidentemente, falar da superioridade das substâncias obtidas nos
laboratórios, em condições ideais de esterilização e de controlo de qualidade.
Não basta citar o exemplo dos animais que procuram re
49
médios no seu biótopo natural, apesar de sabermos, graças aos estudos
pormenorizados dos zoólogos, que os grandes primatas, por exemplo, escolhem
espécies vegetais antiparasitárias. Até sabem compor o seu regime alimentar de
modo a preservarem a sua saúde, tal como o fazem os babuínos, que escolhem as
folhas e os frutos do Balanites aegyptiaca para evitar a bilharziose.
Para convencer os Ocidentais cartesianos da utilidade das plantas medicinais, é
difícil recorrer a concepções místicas, à Lei das assinaturas” (plantas cuja
forma e cor se assemelham aos sintomas de uma determinada doença e que é suposto
tratálas), à herança dos livros sagrados ou, para finalizar, à convicção de que
o homem deve encontrar remédios para todos os males na Natureza, pois é no
desequilíbrio da Natureza que se encontra a causa da doença.
e o interesse da fitoterapia
A fitoterapia não precisa de recorrer a todas estas explicações para se
justificar. Os resultados obtidos com as substâncias de origem vegetal são
suficientemente convincentes. Devemos lembrar que o potencial e a enorme riqueza
bioquímica dos vegetais são factos indiscutíveis. Eles contêm várias centenas de
milhares (ou de milhões) de componentes químicos que a síntese artificial é
incapaz (na maioria das vezes) de reproduzir e
até, por vezes, de determinar.
No que diz respeito às substâncias que o homem aprendeu a reproduzir em
laboratório e que são portanto quimicamente idênticas às isoladas nas
plantas, existem também diferenças essenciais relativamente aos produtos
naturais. Quando se utilizam plantas, os seus princípios activos nunca
agem sozinhos mas, sim, em sinergia com os outros componentes. São estas
substâncias “complementares” que têm frequentemente um papel activador,
completando e reforçando a acção dos princípios activos. Melhor ainda, quando
verificamos que certos componentes isolados são tóxicos, outras substâncias que
contêm essa toxicidade diminuem ou neutralizam completamente a sua acção
nefasta.
E, finalmente, não devemos esquecer o aspecto económico da fitoterapia, que se
torna muito importante nas nossas sociedades hipermedicalizadas, nas quais o
custo da segurança social é cada vez mais elevado. Podemos
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frequentemente encontrar plantas muito eficazes entre as espécies banais, as
especiarias, os legumes, as plantas ubíquas (que se encontram em todo o lado). A
utilização de certas plantas exóticas, que se podem cultivar em
casa, é agora também possível.
O poder de cura das plantas está hoje cientificamente confirmado
Inúmeros investigadores, médicos, cientistas ou simples curiosos, redescobriram
desde a última guerra a medicina dos simples. Analisaram e testaram centenas de
variedades de plantas. Conhecemos agora os principais componentes de inúmeras
espécies, que os antigos ignoravam. Estes estudos confirmaram, igualmente, o seu
conhecimento empírico e
apercebemonos de que as tisanas, as decocções e outras preparações nas quais
as plantas possuem uma virtude terapêutica eram sempre prescritas adequadamente.
Podemos então afirmar que as plantas têm todos os poderes? Que as ervas, as
flores, as raízes têm todas as virtudes, que constituem o remédio ideal, a
panaceia universal? Decerto que não, mas elas têm, em muitos casos, a faculdade
de ajudar o corpo a vencer a doença e a recuperar a saúde, em situações nas
quais até as medicinas mais sofisticadas falham. As plantas têm, meramente, a
pretensão de poder constituir uma ajuda complementar interessante de um
tratamento médico.
A “LEI DAS ASSINATURAS” OU A FACE “MíSTICA” DA FITOTERAPIA
As virtudes terapêuticas das plantas
Em África, as raparigas utilizam uma “planta mágica” Kigelia africana, para
aumentar o tamanho e o volume dos seios e tratar a esterilidade. No Norte da
Europa, os Escandinavos desde tempos préhistóricos
que tratam as doenças respiratórias com a Lobariapulmonaria.
51
O salgueiro Salix sp., cura os reumatismos, e o castanheirodaÍndia
é suposto curar as hemorróidas.
Estas quatro plantas medicinais foram utilizadas por diferentes civilizações, em
épocas diferentes, para tratar diversas doenças. A descoberta das suas virtudes
foi feita sem qualquer correlação. Contudo, possuem inegavelmente factores
comuns. Estas quatro plantas foram descobertas graças à Lei das assinaturas”.
A “lei das assinaturas” revela as virtudes das plantas
*Os frutos da Kígelia africana têm aspecto fálico.
*A Lobariapulmonaria é um líquen foliáceo que se assemelha a um
lóbulo pulmonar.
*O salgueiro cresce, frequentemente, em terrenos inundados e pantanosos e, como
é facto conhecido, os reumatismos estão associados à humidade.
*As raízes do castanheirodaíndia assemelhamse a veias hipertrofiadas.
Nestes quatro exemplos a ciência moderna confirma as virtudes terapêuticas
evocadas pelas “assinaturas”. Até foi possível identificar e isolar os
componentes químicos que traduzem a acção terapêutica da linguagem da doutrina
das assinaturas para a linguagem da química dos medicamentos do século xx*A
Kigelia africana contém esteróides cuja assinatura química é
idêntica às das hormonas sexuais.
*O salgueiro contém derivados salicílicos (como a aspirina).
*Um ácido, próximo do ácido cetrátrico, conhecido pelo seu forte
poder antibiótico, foi isolado a partir da Lobaria pulmonaria.
*Os saponídeos anti inflamatórios justificam as virtudes do castanheiroda
índia.
Qual é a “fórmula mágica” que permitiu descobrir as virtudes das diversas
plantas? Como é que as civilizações “primitivas” chegaram às mesmas conclusões e
aos mesmos resultados que os Ocidentais do século xx? Os nossos antepassados não
dispunham nem de laboratórios, nem de aparelhos sofisticados, nem de
cromatografia.
52
Quem formulou primeiro a “lei das assinaturas?
Nunca descobriremos o inventor desta doutrina; ela surgiu provavelmente com os
primeiros homens. Nem sequer conseguimos determinar que civilização ou que
continente foi precursor em matéria de decifração dos sinais divinos da cura.
Para os Europeus esta doutrina está ligada à medicina e à filosofia de
Paracelso, que transformou a antiga regra na lei simula similitibus curantor (o
semelhante curase pelo semelhante). Esta lei pretende que cada planta contém um
sinal que indica a sua prescrição. Por exemplo, uma folha em forma de coração
trata perturbações cardíacas, outra em forma de fígado e as flores de cor
amarela são indicadas contra a icterícia.
Por outro lado, Giambattista della Poria associou a botânica à astrologia e
dedicou a sua obra Phytognomococa ao estudo e à descrição das assinaturas em
relação com o cosmos.
A base teórica desta lei pertence à concepção hipocrática e já era
conhecida na Grécia antiga. Mas foi provavelmente no século xvi que a
doutrina das “assinaturas” entrou no cânone do conhecimento médico e na
filosofia ocidental. Foi também nessa época que os viajantes e conquistadores
espanhóis descobriram que esta lei não pertencia apenas aos Europeus. No tempo
de Paracelso a doutrina das “assinaturas” tornouse no verdadeiro paradigma do
conhecimento humano.
A “lei das assinaturas” decifra os “sinais” das plantas
É evidente que a época de Paracelso favorecia a redescoberta, a divulgação e a
predisposição para a doutrina dos sinais. Em primeiro lugar porque o homem (e
também o cientista) vivia com a consciência da omnipresença divina e o medo da
morte. Viravase para Deus e pediaLhe que levasse em conta os seus infortúnios.
A certeza de que não estamos sós com as nossas doenças predominava nas
mentalidades.
Segundo a teoria dos alquimistas, e de Paracelso em particular, é a
visão das relações entre micro e macrocosmos que constitui a base importante da
doutrina das “assinaturas”, porque:
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“Existe uma correspondência entre o que acontece nos astros e o que acontece na
terra, uma influência do céu sobre os objectos que constituem a Natureza.”
Esta ideia teve um papel importante na filosofia do século xvi. A teoria das
“assinaturas” está em sintonia com a visão que os alquimistas tinham da matéria,
ou seja, com a concepção da transformação. É, com
efeito, a Natureza que impõe um sinal na “matériaprima” (amorfa) e a
transforma em “matéria última”, que possui a forma característica associada às
virtudes medicinais.
Os alquimistas, e em particular Della Porta e Paracelso, desenvolveram toda uma
teoria da cosmogonia dos sinais. Devemos lembrar que os
princípios desta teoria são idênticos ou, pelo menos, quase idênticos, em
todas as civilizações.
Como identificar esses sinais
Os sinais podem ser assimilados aos sintomas, às causas das doenças
ou aos órgãos (sinais organolépticos e, eventualmente, aos processos
fisiológicos) do corpo humano.
A ficária (Ficaria sp.) é um bom exemplo de sinal “sintomático”: as
suas raízes são inchadas, têm a forma de hemorróidas, e daí o seu nome corrente,
ervadashemorróidas.
As plantas cuja aparência se assemelha à de uma serpente ou de um escorpião
foram, durante muito tempo, utilizadas para neutralizar a acção dos venenos.
Elas pertencem ao grupo dos sinais “causais” (ligados às causas das doenças).
Em certas culturas, a utilização destes sinais ia ao ponto de tratar feridas
feitas por flechas com plantas que serviam para o fabrico das flechas.
Contudo, os sinais organolépticos eram provavelmente os mais frequentes. As
plantas em forma de fígado (como a Repatica nobilis) ou de pulmão (como a
Lobaria pulmonaria) estão presentes em todas as farmacopeias.
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Para terminar, não podemos esquecer os sinais ligados aos processos
fisiológicos. As plantas com suco branco era suposto estimularem a lactação, Nos
índios, a pedravermelha eztetl tinha a capacidade de estancar as hemorragias.
Quais são esses sinais?
É frequentemente a morfologia de uma planta (ou parte dela) que
constitui o sinal:
As folhas da Hepatica nobilis (anémonahepática) são recortadas
em três lóbulos profundos com a forma de fígado.
O talo da Lobaria pulmonaria lembra os alvéolos pulmonares.
As cores constituem a segunda grande classe de sinais:
As plantas amarelas são, com frequência, utilizadas no tratamento da icterícia
ou das afecções da vesícula biliar.
Estes dois sinais (a morfologia e a cor) estão, muitas vezes, presentes em
simultâneo:
* As folhas da pulmonária têm a aparência de alvéolos não só por
causa da sua forma, mas também das suas manchas brancas.
* A cor vermelha da parte inferior de uma folha de anémonahepática reforça a
semelhança com o fígado.
Mas o sabor e o aroma constituem, igualmente, sinais utilizados
pelo homem.
Todas as partes de uma planta podem constituir sinais: a raiz (ficária,
orquídeas), os talos (lianas), a flor (Sarothamnus), o fruto (Kigleya) e também
o látex (Chelidonium majus).
Na tradição chinesa utilizouse também a repartição anatómica dos
sinais: os botões e as flores representavam as partes superiores do corpo, e as
raízes as partes inferiores.
Os sinais podem estar ligados não apenas à planta, mas também à
sua ecologia. O salgueiro e a rainhadosprados, utilizados como antipiréticos e
para tratar o reumatismo, pertencem à classe de sinais
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definidos pelo seu habitat, já que ambos crescem em terrenos habitualmente
inundados.
O homem estudou frequentemente as capacidades específicas dos
organismos a fim de os decifrar:
*Assim, na América do Sul utilizavase a pele de nandu contra os
males do ouvido, por causa da grande dimensão das orelhas deste animal.
*Considerando a coragem e a força do tigre, os Chineses utilizam
o pó dos ossos deste animal como panaceia necessária para recuperar as forças do
organismo, enfraquecido pela doença.
*As flores da ervadesãojoão (hipericão) são amarelas, mas se as
desfizermos entre os dedos tornamse vermelhas, o que lembra a
reacção da pele às queimaduras do sol (as flores desta planta são utilizadas em
inúmeros cremes cosméticos).
Não devemos contudo esquecer que certos sinais nunca foram confirmados (por
exemplo, a utilização da noz, que pela sua forma se assemelha ao cérebro, nunca
demonstrou qualquer eficácia contra as dores de cabeça).
Para descobrir certos sinais o homem observou os animais, como
é o caso da quelidónia, que, segundo uma tradição popular, é utilizada pelas
andorinhas.
Os sinais ligados ao sistema reprodutor do homem (fálico, testicular
ou vaginal) constituem uma grande parte dos afrodisíacos e também das plantas
antisifilíticas. Não devemos esquecer a categoria dos sinais linguísticos, em
que o nome da planta nos indica as suas propriedades. Mas desde há muito que
esta categoria parece secundária, já que o homem descobriu primeiro as
características dos vegetais e só depois lhes atribuiu um nome. A aceitação da
existência de sinais linguísticos exige obrigatoriamente a aceitação da
existência de “nomes primários” (supostamente existentes antes do conhecimento).
Por outro lado, devemos realçar que determinadas concepções psicolinguísticas
(sobre as relações entre o cérebro, o espaço, o tempo e a língua) tentam
explicar este fenómeno.
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A fitoterapia decorre da “lei das assinaturas”
O homem sempre procurou uma panaceia para curar os seus males. Para este efeito,
a lógica da teoria das semelhanças assenta sobre a busca
de uma planta que possua o maior número possível de sinais. É daí que derivam
todos os estudos sobre as plantas que possuem a forma do corpo humano, como, por
exemplo, a mandrágora e o ginseng.
Iniciámos estas reflexões com o exemplo das “assinaturas” que foram confirmadas
pela biologia molecular. Podemos também demonstrar que inúmeras “assinaturas”
utilizadas no passado não têm qualquer poder terapêutico (ou talvez não tenham
ainda pura e simplesmente revelado os seus segredos aos nossos laboratórios?).
Quererá isto dizer que a doutrina das “assinaturas” não é credível? Que todas as
plantas descobertas através desta lei são o resultado de um mero acaso? Ou
tratarseia talvez de “falsos sinais” (mal escolhidos ou mal interpretados) que
não constituem o reflexo de uma teoria exacta?
É certo que a doutrina das “assinaturas” foi uma hipótese para um
trabalho de investigação que deu resultados muito interessantes. Ela permitiu a
descoberta de inúmeras plantas medicinais, e não esqueçamos que Paracelso,
grande partidário desta doutrina, está na origem das bases da química e da
farmacologia modernas. Até os que ridicularizaram as
“assinaturas” não podem ocultar a importância do contributo que esta teoria pode
ter no campo da fitoterapia.
ALGUMAS NOÇÕES SOBRE A QUÍMICA DAS PLANTAS
Não lhe vamos fazer um curso teórico
A utilização de fórmulas químicas num livro faz baixar a sua venda em 20%, e
até o simples facto de se utilizarem palavras como “fenol” ou “flavonóide” pode
desencorajar o leitor.
Não pensamos, por isso, como o fazem muitos responsáveis do marketing dos
laboratórios farmacêuticos, que uma fórmula ou um nome químico complicado (por
exemplo, parahidroximetanitrohidroxibenzoato de metilo) possa aumentar,
graças ao seu efeito psicológico (placebo), a eficácia dos medicamentos.
57
Os leitores interessados no aspecto e na composição química dos remédios
naturais podem consultar, se o desejarem, livros de fitoquímica ou
de bioquímica, de que damos referências no fim desta obra. Limitarnosemos, nas
linhas que se seguem, ao estritamente necessário e não lhe apresentaremos
qualquer fórmula química rebarbativa.
Verifique a composição química das plantas
Os princípios activos das plantas podem ter um carácter químico muito variado e
serem compostos por fenóis, flavonóides, antocianos, glícidos, lípidos,
aminoácidos e proteínas, chiquímatos, poliacetatos, terpenos, esteróides,
alcalóides, etc.
Alguns deles são venenos terríveis. É o caso, por exemplo, da estricnina, da
ergotamina, do curare, da cocaína... Parecenos indispensável lembrar este
facto, já que certos médicos e terapeutas têm uma deplorável tendê ncia para
banalizar e subestimar o poder da fitoterapia. A composição química das
substâncias de origem vegetal confirma não só a sua eficácia sobre o organismo
humano, mas também o perigo que a sua má aplicação poderia representar.
A guerra química das plantas entre si
Perguntamonos frequentemente qual poderá ser o papel destas substâncias para os
vegetais? Por que razão as plantas sintetizam estes princípios activos? Em
inúmeros casos a ciência não tem capacidade para fornecer uma resposta a esta
pergunta. Mas sabemos que algumas dessas substâncias activas têm um papel na
“guerra química que as plantas travam entre si”.
Por exemplo, a Cafluna vulgaris inibe, graças à síntese dos seus mediadores
químicos, o desenvolvimento da Avenafatua e deste modo livrase de um
concorrente. O Eucalyptus globulus intoxica os seus concorrentes por meio de
fenóis e terpenos, “utilizando” um pequeno coleóptero, o Paropsis atomaria, que
come as suas folhas e ingurgita as substâncias
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activas para mais tarde as libertar na proximidade de plantas das quais pretende
livrarse.
A intensidade das “armas químicas” das plantas é tal que uma substância isolada
a partir do látex, o Panthenium argentatum, inibe a acção das outras espécies
numa concentração de O,000 1 %! Para se obter 20 g desta substância seria
necessário utilizar 20 kg das suas raízes.
Compreendemos, deste modo, a terrível eficácia de que dispõem as
plantas para se defenderem das doenças causadas por bactérias ou fungos, e
também dos seus diversos predadores: das lagartas aos mamíferos.
A título de curiosidade, podemos acrescentar que esta acção constitui uma das
hipóteses apresentadas para tentar explicar o desaparecimento dos dinossauros.
Esta tese dá a entender que, no decurso da sua evolução, as plantas se foram
aperfeiçoando quimicamente cada vez mais. Tornaramse então tóxicas para os seus
predadores e conseguiram sair vitoriosas dos dinossauros, que não conseguiram
desenvolver mecanismos de desintoxicação.
Esta teoria desenvolveuse, mas desde os trabalhos de Alvarez que se
admite geralmente a teoria da ocorrência de uma catástrofe cósmica como
explicação para a sua extinção. Contudo, não se considera, actualmente, uma
atitude séria pôr em dúvida o poder da acção biológica dos princípios activos
inerentes à fitoterapia.
As plantas também nos protegem
As substâncias contidas nas plantas podem ter ainda outras funções biológicas.
Explicase que a grande quantidade de bioflavonóides contidos nas folhas de
certas espécies funcionam como filtros contra as radiações ultravioletas e
desempenharam um papel primordial durante a colonização da terra no período
siluriano. É possível que estas substâncias venham ainda a ter um papel
importante, no futuro, no que diz respeito à protecção do homem contra as
radiações resultantes da destruição da camada de ozono.
Segundo as últimas investigações americanas, a presença de fenóis garante uma
protecção imunitária e também uma possibilidade de adap
59
tação. No caso das plantas que vivem em ecossistemas pobres em azoto, certas
espécies utilizam componentes orgânicos para substituir este elemento. Os
fenóis, segundo esta teoria, formam com as proteínas complexos acessíveis
(contrariamente às proteínas que, só por si, são incapazes de fazêlo) às
plantas como fonte de azoto.
Um dos autores desta obra trabalhou durante vários anos na investigação dos
mecanismos de resistência das plantas às poluições atmosféricas e às doenças
fúngicas. Pôde constatar que o aparecimento ou o desenvolvimento desta
resistência são sempre acompanhados de um aumento importante dos teores em
componentes fenólicos. Parece então que os princípios activos constituem um
elementochave do sistema de defesa dos vegetais contra o stress ambiental e as
suas diversas patologias.
Os estudos farmacológicos sobre os flavonóides realçam a complexidade da sua
acção sobre o organismo: a capacidade de libertar histaminas, a facilidade de
amalgamação às plaquetas sanguíneas e a capacidade de bloquear os efeitos
inflamatórios das toxinas do fígado, o efeito sobre o sistema enzimático (os
flavonóides depositados nas folhas agem no sistema enzimático e inibem a acção
dos parasitas).
A descoberta da presença destas substâncias na superfície dos tecidos vegetais
permite compreender melhor o sistema imunitário das plantas.
São, por conseguinte, os vegetais que, em razão das substâncias activas de que
dispõem, têm fortes possibilidades de substituírem, com eficácia, os
antibióticos. Além disso, certos flavonóides têm, independentemente do seu poder
antimicrobiano, um poder antiarteriosclerótico.
A acção terapêutica das plantas
O mistério da Natureza é tal que torna impossível substituir o poder terapêutico
da planta por um dos seus princípios activos, isolado quimicamente. A razão
deste fenómeno é simples: a sua acção terapêutica baseiase, em geral, no efeito
combinado de vários princípios activos. É o caso, em particular, da salva, que
age através dos seus muitos componentes antibióticos e antisépticos, bem como
dos seus taninos (acção adstringente).
60
Algumas noções sobre a combinação dos princípios activos das plantas
É importante saber que uma planta possui sempre vários princípios activos. As
espécies (mas também os diversos especimenes da mesma espécie) diferenciamse
pela estrutura química de alguns dos seus componentes e pela sua quantidade
(que depende sobretudo de factores ecológicos). Contudo certos autores tentaram
simplificar a classificação fitoterapêutica das plantas escolhendo os princípios
que caracterizam as suas utilizações terapêuticas. A título indicativo,
apresentamos alguns “tipos quimioterapêuticos”, com as suas espécies:
Plantas com alcalóides
Aconitum napeflus (acónito), Bryonia alba (briónia), Conium maculatum (cicuta),
Cordyalis cava (cordiala tuberosa). Como podemos verificar, são plantas com uma
forte acção, tóxicas, mas
encontramse neste grupo espécies mais utilizadas na terapia, como o
Leonurus cardíaca (agripalma cardíaca).
Plantas com vitaminas
Petroselinum crispum (salsa cultivada), Ribes nigrum (groselha).
Plantas com acção antibiótica
Hieracium pilosella (pilosela), Plumbago europeaea (denteláriadaeuropa).
Plantas com heteróssidos sulfúricos
Allium porrum (alhoporro).
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Plantas com heteróssidos fenólicos
Arctostaphyllos uva ursi (uvadeurso).
Plantas com flavonóides
psella hursa pastoris (bolsadepastor).
Plantas com heteróssidos cumaríuicos
Melilotus officinalis (trevo coroaderei)
Plantas com renunculóssidos
Anemone nemorosa (anémonadosbosques)
Plantas com antracenóssidos
Rhamnus cathartica (escambroeiro).
Plantas com taninos
Fagiis sylvatica (faia).
Plantas com princípios amargos
Artenúsia absinlhum (absinto).
Plantas com cardenólidos
Digitalis lanata (digitália).
Plantas com saponíssidos
Beta vulgaris (beterraba).
Plantas com essências e resinas
Ocinium basilicum (manjericão).
Plantas com glícidos
Borago officinalis (borragem).
Plantas com componentes inorgânicos
Pulmonaria officinalis (pulmonária).
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FITOTERAPIA DAS PLANTAS INFERIORES (Criptogamas)
A maioria dos manuais de fitoterapia, bem como as obras sobre saúde relacionadas
com plantas, preocupamse apenas com as plantas superiores (pteridófitas,
gimnospermas e angiospermas). Contudo, a imensa variedade de cogumelos, de
algas e de líquenes ultrapassa o número de plantas correntemente utilizadas
pelos terapeutas.
Esta riqueza manifestase pelo número impressionante de espécies e pela sua
profusão em substâncias bioquímicas. Estes organismos são pioneiros na
preparação do terreno para outros organismos que lhes sucedem. Encontramse
frequentemente em estado de concorrência e travam uma “verdadeira guerra
química” entre si. São dotados de extraordinárias capacidades.
Houve tempos em que o homem procurou os seus remédios no mundo estranho dos
cogumelos e das algas. É por esta razão que decidimos apresentar alguns deles,
com as respectivas utilizações terapêuticas tradicionais.
A MICOTERAPIA OU O TRATADO DOS COGUMELOs MEDICINAIS
O Outono é o período por excelência dos cogumelos. Mas é evidente que os
verdadeiros apreciadores de cogumelos não ligam muito a este pequeno pormenor,
já que é possível cultiválos praticamente todo o ano.
1 Segundo os novos sistemas taxinómicos, os cogumelos já não são considerados
plantas. Contudo, por razões práticas, inserimolos neste capítulo.
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De facto, existem espécies que aparecem nos primeiros dias da Primavera e outras
que até existem no Inverno. Mas o Outono é a estação por excelência dos
cogumelos.
Quando os colhemos e provamos, negligenciamos quase sempre as suas propriedades
medicinais. Contudo, no que diz respeito à sua composição bioquímica, os
cogumelos são provavelmente os mais ricos e variados de todos os organismos
vivos.
Os cogumelos também são medicinais: uma tradição popular antiga
As capacidades metabólicas dos cogumelos são ainda pouco conhecidas. Mas para
dar uma ideia da sua força vital, basta lembrarmos que o Bovista gigantea pode
atingir, apenas numa noite, o tamanho de uma abóbora grande e pesar 7 kg
(conhecese mesmo um exemplar com 15 kg). Acrescentemos que o pó (composto em
grande parte pelos esporos deste soberbo cogumelo) é utilizado na farmacopeia
chinesa como expectorante.
Lindley, biólogo americano, calculou que alguns cogumelos produzem
60 milhões de células por minuto. A sua grande actividade e riqueza enzimática
predestinavaos a todos os tipos de enzimoterapia. Aliás, desde há muito que se
utilizam os fermentos oxidados dos cogumelos, especialmente no tratamento da
hipertensão.
Desde a descoberta da penicilina que os investigadores se interrogam sobre o
facto de os cogumelos superiores serem também dotados dos mesmos princípios
activos. O estudo e a observação da sua vida confirmam esta hipótese. Constatou
se com frequência a não germinação dos grãos na proximidade imediata dos
célebres círculos das bruxas. Estes locais eram assim chamados porque os
cogumelos surgiam aí em grande quantidade, formando um círculo, que era
considerado mágico por muitos povos. A morte das plantas vizinhas é o resultado
provável da acção de uma substância comparável à dos antibióticos.
As medicinas populares sempre lhes atribuíram propriedades antiinfecciosas.
Sabemos empiricamente que os esporos do Colybia radiata e os do Amonita
inaurata, bem como dos cogumelos de tabuleiro, tomados em quantidade suficiente,
curam as tosses rebeldes. As observações
64
populares sobre a acção desinfectante do pó do Polyporus sulfureus, do Polyporus
umbellatus, do Polyporus frondosus e até do vulgar Boletus luteus foram
confirmadas.
Nas receitas antigas preconizavase uma mistura composta do lactário apimentado
para tratar a tuberculose pulmonar. Sabiase também que o pó do
Lycoperdônpirifórine curava os resfriados e as dores de garganta e o do
BolletusfeIlus e do Russula delica reduzia as secreções excessivas em casos de
bronquite.
Já no século xix médicos não convencionais constatavam a existência de
propriedades antibacterianas nos cogumelos. Assim, o Dr. Curtis propõe uma
tintura de “agárico falóide” ou de “agárico bulbex” contra a
cólera e contra a doença de Bright. As experiências confirmam o seu forte poder
antibiótico contra bactérias tais como os estafilococos dourados e os bacilos de
Koch. A clitocibina, extraída dos cogumelos Clilocybe candida e Clitocybe
gigantea, foi a primeira substância isolada nos cogumelos superiores que
confirmou as suas propriedades antibióticas.
Depois da descoberta da estreptomicina, as investigações sobre as
propriedades dos clitócibos e sobre as várias espécies de cogumelos caíram em
desuso. Mas é provável que a crise que atravessam os antibióticos, bem como o
regresso da tuberculose e das doenças infecciosas, façam
renascer as investigações sobre as suas propriedades. Além disso, sabese que
certas espécies, como o “tricólomo de São Jorge” (Tricholoma georgi), têm uma
acção antibiótica comparável à dos mais potentes antibióticos sintéticos
actuais.
Propriedades antibióticas e doenças de civilização
As propriedades antibióticas dos cogumelos não são as únicas virtudes destas
espécies que podem ser utilizadas pela nossa sociedade. Muitos deles podem ter
um papel importante no tratamento das doenças de civilização. Infelizmente
abandonámos muito rapidamente as investigações sobre os cogumelos de tabuleiro
(cultura) Agaricus campester, cujos resultados eram promissores no tratamento
das alergias.
Também é possível que certos cogumelos possam substituir vantajosamente as
pílulas antistress e os meios químicos inibidores do cansaço.
65
O célebre micólogo George Becker descreveu o caso de uma pessoa “que depois de
mastigar e ingerir a cera branca espessa e amarga que recobre o políporo
Ganodemia appIanatum viu desaparecer em poucos minutos o cansaço que a
acometia”. Observou também que depois de comer dois silercas crus, Marasmius
oreades, experimentou durante alguns minutos um sentimento de alegria e de
leveza muito agradáveis.
A medicina popular, por outro lado, utiliza o pó esporal (a porção de
1 colher) de certos licoperdos (bexigadelobo) para combater a sonolência e
aumentar a pressão arterial.
Remédios que não necessitam de preparação
A incomparável vantagem da micoterapia reside no facto de a maioria dos remédios
à base de cogumelos não exigir praticamente qualquer tipo de preparação.
o pó do Mucidula radicata, tomado tal qual, cura rapidamente todas
as inflamações de garganta, incluindo as anginas!
O lactário apimentado é um notável antiblenorrágico (antibiótico e
antigonocócico). As suas propriedades foram descobertas em 1930 por um micólogo
amador de nome Bataille e foram posteriormente confirmadas por G. Becker.
Antigamente os lenhadores do condado franco curavamse destas doenças consumindo
2 a 3 destes cogumelos assados na grelha.
Os cogumelos do grupo lactário foram também utilizados como
diuréticos para a gravela e para os cálculos urinários. O seu suco foi
aproveitado com grande eficácia para eliminar as verrugas.
À redescoberta dos lactários...
As descobertas em etnobotânica eram divulgadas como notícias de sensação na
imprensa especializada. A nota publicada por S. Berthoud em
Les petites chroniques de la Science, em 1860, sobre a acção de um
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cogumelo, provavelmente o Phallus impudico, é a este respeito muito evocadora:
“ Tratase de um cogumelo que possuiria uma propriedade que não
possuem, infelizmente!, nem as nossas gentes simples nem a nossa farmacopeia,
nem sequer as nossas águas, de curar essas doenças implacáveis que são a gota e
o reumatismo.
O cogumelo dos pobres... e dos ricos
Este cogumelo, que existe em abundância no Norte da Ásia, no Cáucaso e até nas
florestas da Europa (as que ainda merecem este nome), nasce sob camadas de
folhas e detritos de ramos que a humidade, a fermentação e a acção do tempo
transformam em humo, nas proximidades de aveleiras, de fusanos e de alfeneiros.
De Junho a Agosto o criptogama que na Rússia é chamado zemlianóe maslo (ou
manteigadaterra) aparece primeiro sob a forma de uma bola subterrânea
oblonga, de cor esbranquiçada e aveludada. Quinze dias depois esta bola rompese
e dela nasce um cogumelo grande e sólido que não tarda em secar e em espalhar à
sua volta, à medida que se vai reduzindo em pó, um cheiro acre que irrita a
garganta.
Os habitantes da Ucrânia colhem o zemlianóe maslo quando este se
encontra ainda na sua forma ovóide, abremno e recolhem o seu muco em vasilhas e
deitam manteiga ou gordura derretida, para o preservar do contacto com o ar.
Utilizamno com eficácia em fricções para curar os
reumatismos de que muito frequentemente sofrem, devido à insalubridade das suas
cabanas construídas na floresta e na proximidade de pântanos.
E assim é no que diz respeito aos pobres! Para os ricos, secamse em estufa os
pés e os chapéus dos cogumelos manteigadaterra reduzidos a
pó. Este pó é depois macerado em álcool e enviado para toda a Rússia, onde,
segundo o Dr. Kalenitchenko, professor de Fisiologia da Universidade de Khárkov,
é muito utilizado para curar radicalmente a gota e a hidropisia.
67
O cogumelo: um remédio universal
Os nomes vulgares de certos cogumelos revelam a sua utilização terapêutica
tradicional. Como podemos constatar lendo os manuais do século XIX:
O políporo dos farmacêuticos’ (ou agárico) era utilizado, ainda
há pouco tempo, contra a diarreia, em aplicação externa nas
doenças dos olhos, nas manchas e nas erupções cutâneas, nas feridas e nas
úlceras e também contra as hemorróidas.”
Actualmente os camponeses suíços utilizamno para purgar o gado. Em certas
regiões da Europa ainda é utilizado contra os suores nocturnos dos tuberculosos.
O agárico (Pol>porusfomentarius, assim chamado pelos cirurgiões) foi utilizado
contra as hemorragias externas.
Para a sua preparação:
“... escolhemse os mais jovens, separamse dos tubos e da casca, depois de
amolecidos durante algum tempo numa cave (ou noutro local fresco). Em seguida
cortamse em fatias que se batem com força com um maço de madeira, afim de as
espalmar e esticar; molhamse de vez em quando, batemse de novo e depois
esfregamse entre as mãos até adquirirem um certo grau de moleza e de doçura. “
O 6(lagárico” utilizado na homeopatia
A homeopatia sempre o utilizou. Já Halmernann propunha a utilização da falsa
oronia. Devemos realçar que os médicos homeopatas empregam o nome Agaricus
muscarius há muito tempo e erradamente, já que este cogumelo não é um agárico!
Este remédio é utilizado para os espasmos musculares, os abalos, os tremores e a
epilepsia.
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A tintura obtida a partir destes cogumelos, depois de devidamente limpos,
descascados e cortados em pequenos pedaços macerados em álcool, é um meio eficaz
contra a tinha, o impetigo e as impigens.
A propósito do hongo, esse remédio milagroso
Quando se fala em micoterapia, deve mencionarse o célebre hongo ou
cogumelodochá. A primeira informação sobre este misterioso organismo foi
publicada em 1913 pelo Dr. Lindau. Este médico alemão descobriu que os
habitantes de Mitau, um porto no mar Báltico, consideravam como
um remédio milagroso um “cogumelo”, trazido pelos marinheiros do Extremo
Oriente, onde era acompanhado de um verdadeiro ritual durante a sua preparação e
consumo.
A origem deste cogumelo permanece obscura. Será ele originário dos campos de
arroz da China, do Peru ou da Europa? A sua cultura espalhouse por muitas
regiões. As investigações demonstraram que o hongo não é um simples cogumelo mas
sim uma associação de microrganismos, de bactérias e de cogumelos. Infelizmente,
os componentes do hongo são muito variáveis, e as suas propriedades estão em
estrita relação com a forma como é cultivado.
Nos anos 60, a Europa Ocidental apaixonouse pelo hongo. Mas esta moda, bem como
as investigações feitas em diversos laboratórios, foram rapidamente abandonadas.
É contudo indiscutível que este cogumelo merece que nos interessemos de novo por
ele.
A TERAPIA PELAS ALGAS
O mar parece ser uma fonte terapêutica ainda muito mal conhecida e
pouco utilizada. Contudo muitos são os especialistas que pensam que a
riqueza bioquímica dos organismos marítimos é mais importante do que os da
terra.
Devemos realçar que a utilização terapêutica das algas, salvo algumas excepções,
é recente e que os nossos antepassados desenvolveram mais (excepto no Extremo
Oriente) uma fitoterapia baseada nas plantas terres
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tres. Além disso, relativamente aos organismos marítimos, os antigos
interessaramse mais por certas toxinas ou tinturas de origem animal, do que
pelas algas.
As algas são antibióticos naturais
Há algumas décadas que certas substâncias são objecto de estudos aprofundados.
Neles utilizase o fenómeno do antagonismo bioquímico (os organismos libertam
substâncias biologicamente activas para inibir o
desenvolvimento de outros organismos) de certas espécies de algas, de modo a
descobrir os princípios antibacterianos e antifúngicos.
Descobriuse que estes “antibióticos naturais” não só inibem a proliferação de
certos organismos patogénicos mas também tornam as bactérias “menos agressivas”.
A penetração das bactérias na célula hospedeira tornase difícil e até
impossível.
Certos terapeutas invocam como argumento a origem marítima da vida para
justificar a sua utilização na terapia. Esta estranha coincidência está
associada à descoberta dos evolucionistas do século xix, que sublinhavam a
grande semelhança entre a composição química da água do mar e a dos líquidos
fisiológicos dos organismos, incluindo o do homem.
Os bioquímicos, para grande espanto seu, redescobriram a unidade do mundo vivo.
Constatouse, assim, que os ácidos biliares de inúmeros peixes são idênticos aos
do homem.
As algas: uma solução milagrosa contra os retrovírus?
Nos tempos da SIDA, a ausência de um remédio antiviral constitui um dos maiores
falhanços da medicina contemporânea. Deste ponto de vista,
o mar e os seus produtos parecem propornos uma alternativa. As investigações
mostraram que certas substâncias (derivados sulfÓnicos dos polissacáridos)
provenientes das algas têm uma acção sobre os vírus da poliomielite e do herpes
e podem ser utilizadas no tratamento destas doenças.
Os extractos de um rodófito do Pacífico, o Schizymenia pacífiqua, têm uma acção
inibidora sobre a transcriptase inversa (enzimachave no fun
70
cionamento dos retrovírus) dos pássaros e dos mamíferos. Além disso, podem
utilizarse estes extractos de maneiras e em doses não nocivas para as outras
enzimas.
Serão as algas uma “solução milagrosa"contra as doenças causadas por retrovírus?
É uma hipótese a investigar. Devemos acrescentar que a riqueza marítima das
substâncias antivírus não se limita às algas e às plantas. Também existem outros
organismos que nos oferecem meios de luta contra os vírus, nomeadamente as
esponjas, como, por exemplo, uma
espécie originária do mar das Caraíbias, a Tethyda crypta.
Algumas algas medicinais: apanheas durante as férias
É possível encontrar um equivalente para a fitoterapia clássica graças às algas.
Apresentamos em seguida algumas “algas medicinais”. Devemos acrescentar que a
sua maioria é acessível sob diversas formas de preparação. Algumas podem mesmo
ser recolhidas durantes as férias à beiramar. E a sua preparação é idêntica à
das plantas superiores (decocções, tinturasmãe, banhos, etc.)
Alsidium helniinthochostor
Musgodacórsega Vermífugo Estimula a glândula tiróide Faz parte dos
regimes de emagrecimento Uso externo: sob a forma de cataplasmas, para tratar
as papeiras.
Ascophy11um nodosum
Sargaçonegro Espécie muito rica em iodo Utilizase como o Fucus
vesiculosus.
Corraffina officinalis %Vermífugo Hipoglicemiante Diminui a taxa de
colesterol Anticoagulante.
Cystoseira fibrosa
Espécie aconselhada aos diabéticos, tem uma acção hipoglicemiante. Também faz
baixar o colesterol.
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Chondrus crispus
Musgodairlanda. Utilizase para tratar: o a arteriosclerose as doenças
respiratórias as patologias gástricas (hiperacidez, inflamações intestinais,
prisão de ventre) o raquitismo (banhos).
Dignea simplex
No Japão é utilizada como vermífugo sob o nome de “kaninso”.
Fucus vesiculosus
Carvalhomarinho (também o Fucus platycarpus e o Fucus serratus) é uma espécie
muito abundante em França, especialmente na Bretanha. Os seus princípios
activos, a sua acção e a sua posologia são semelhantes aos da Laminaria
digitata, mas o seu teor em iodo é muito mais elevado Além disso tem
propriedades hemostáticas e por isso é indicado contra as hemorragias externas.
Gelidium sp.
(Também Pterociadia sp.) Espécies utilizadas por via interna para
perturbações gástricas (estados inflamatórios, prisão de ventre crónica).
Hisikia fusiforme
Faz parte de um prato japonês. Faz baixar a taxa de colesterol.
Laminaria digitata, Chicotedasbruxas
(As suas propriedades são idênticas às da Alaria esculenta.) Esta alga
é comum nas costas bretãs e normandas. Tem inúmeras virtudes curativas (é
amplamente utilizada). É remineralizante * reconstituinte estimulante da
circulação sanguínea Influencia favoravelmente a glândula tiróide. É laxante
e diurética (presença de manitol). É também um estimulante geral do
metabolismo celular. É interessante em
regimes de emagrecimento e faz baixar o colesterol. Em banhos é uma aliada
eficaz contra os reumatismos e as perturbações circulatórias.
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Absorvida por via interna é descrita como uma “verdadeira panaceia”, e muitos
autores aconselhamna para: a arteriosclerose as
doenças dos olhos a menopausa a prisão de ventre as neuroses o
envelhecimento prematuro a queda de cabelo a astenia o cansaço e a
convalescença.
Preparase por decocção: 50 g do talo seco para 1 litro de água fria. Deixar
macerar durante 6 horas, em seguida ferver durante um quarto de hora e deixar em
infusão durante 15 minutos. Filtrar. Tomar 1 a 2 chávenas por dia.
Ou em tinturamãe: 50 g da planta seca para meio litro de álcool a 50’. Deixar
macerar durante ]0 dias. Tornar 20 a 40 gotas num pouco de água, 2 vezes por
dia.
Para banhos: utilizar a planta seca. Existem no comércio preparações prontas a
utilizar.
As algas que pertencem ao género Laminaria (a que pertence esta espécie) fazem
parte do prato japonês Kombu.
Mas atenção: as espécies do género Laminaria contêm uma proporção importante de
iodo, agem sobre as glândulas hormonais, e a sua acção anticoagulante exige que
sejam utilizadas com prudência. É por isso preferível utilizálas sob a
prescrição de um especialista!
Laminaria hyperborea, Lamináriadeclouston
Idêntica à espécie anterior.
Laminaria saccharina, Boldriédeneptuno
Idem.
Lithothaninium calcereum, “Maêrl”
Recomendada para as acidoses gástricas (incluindo as úlceras), em
decocção: 50 g do talo para 1 litro de água. Tomar 1 a 2 chávenas por dia.
73
Rhodymenia palmata, Sargaçodevaca
A decocção provoca uma transpiração abundante.
Spirulina maxíma e Spirulina platensis
A primeira espécie, misturada com milho, constitui o célebre “tecuitlatl”, prato
tradicional dos Astecas. A outra espécie é ainda consumida lia
África negra. Estas duas espirulinas têm propriedades antlinflamatórias e
de emagrecimento, Constituem uma fonte importante de amlnoácidos. Encontramse,
frequentemente, na cozinha vegetariana, como tempero aromatizante dos pratos e
saladas.
Undaria sp.
As espécies deste género fazem parte da cozinha oriental (”Wakame” no Japão,
“Miyok” na Coreia, “Quindaicai” na China). Demonstrouse que o consumo desta
espécie facilita a assimilação do cálcio (tem uma acção antialérgica notória). A
Undariapinnatifida é cardiotónica certos autores aconselhamna nas curas
antitabaco. Em tinturamãe: tomar 30 a 50 gotas por dia.
OS LÍQUENES: UMA SIMBIOSE ENTRE AS ALGAS E OS COGUMELOS
É a Lei das assinaturas” que faz surgir em grande plano a importância medicinal
dos líquenes nas doenças dermatológicas (ainda agora, em várias línguas, a
expressão “líquen” serve para designar sintomas) e também no que diz respeito a
outras patologias.
A “lei das assinaturas” impõe o tratamento
0 Lobaria pulmonaria, semelhante a um lóbulo pulmonar (o líquenpulmonar, erva
dospulmões), é utilizado no tratamento das afecções
74
das vias respiratórias. É interessante realçar que este líquen contém um ácido
próximo do ácido cetrárico, dotado de um poder antibiótico.
O Parmelia sulcala é um líquen que se assemelha a um cérebro. Foi
portanto utilizado contra as dores de cabeça.
O Pelligra canina, misturado com pirrienta, previne contra a raiva (daí o seu
nome).
O líquen dos muros, o Xantharia parietina, foi utilizado como sucedâneo do
quinino porque contém crisopicrina.
O Pertusaria amara é um excelente antipirético.
Graças à lei das assinaturas” o homem descobriu um verdadeiro tesouro
bioquímico. Actualmente conseguimos isolar cerca de 200 substâncias (princípios
activos) liquénicas, e a lista está longe de ter acabado.
E, para finalizar, os estudos dos Japoneses mostram que algumas destas
substâncias têm propriedades antitumorais e que outras possuem factores
inibidores das replicações virais.
75
AS PLANTAS EXÓTICAS
OS CINCO CONTINENTES POSSUEM PLANTAS MEDICINAIS
A maioria das plantas medicinais que apresentamos pertencem à flora da Europa. É
certo que os outros continentes possuem também uma
grande riqueza vegetal. Os nossos leitores podem encontrar informações sobre a
flora africana, asiática, americana e australiana, se o desejarem. Infelizmente,
é frequente as espécies apresentadas não estarem disponíveis em França. Além
disso a utilização de algumas dessas plantas, presentes nas colecções botânicas
francesas, está interdita.
A flora tropical e a sua utilização terapêutica são, frequentemente, pouco
conhecidas e até ignoradas. Segundo J. M. Watt (Plants potentially useful in
mental health, Lloydia 1/1967), conhecemse actualmente 200 espécies africanas
que estão potencialmente disponíveis (fazem parte das farmacopeias locais) para
o tratamento de doenças mentais.
55 espécies africanas são antiepilépticas e 3 espécies têm uma acção
antiamnésica (descoberta sem precedentes, que consideramos como quase
excepcional). Tratase das seguintes plantas:
Adenia lobata;
Adenia cissampeloides;
Gardenia neuberias.
Para realçar a riqueza da flora exótica, apresentamos as plantas da família das
cactáceas e dos aloés, cuja grande maioria pode ser comprada em França. São bem
conhecidas e possuem um vasto leque de possibilidades terapêuticas.
77
O ALOÉS
Aloe sp. A aparência desta planta engana os não especialistas que pensam que o
aloés é um cacto. Na realidade é uma Liliaceae (actualmente classificada na
família das Asphodelaceae).
O gênero aloés está representado por cerca de 250 espécies. O maior
(Aloe arborescens) pode atingir 5 metros de altura.
O Aloe succotrina é um dos remédios mais antigos da humanidade.
O seu suco, “aloana”, é conhecido desde há 3000 anos na Somália e no Egipto.
Os poderes mágicos e terapêuticos do aloés remontam à noite dos tempos
O aloés vem mencionado na Bíblia e faz parte dos remédios citados no papiro de
Edwin Smith. No Egipto tem a reputação de preservar a
vitalidade e a beleza. Estava presente durante as cerimónias funerárias e era
considerado como um sinal divino da renovação da vida. As lendas atribuemlhe um
papel na preparação da mumificação dos corpos. Faz também parte das plantas
secretas do Atharvaveda (um dos quatro Vedas).
O aloés era conhecido dos Gregos, que o traziam da ilha de Socotra. Dioscórides
menciona as suas virtudes relativamente à cicatrização de feridas, de arranhões
e de chagas. Plínio, o Antigo, descreve, na sua
História Natural a cura de Alexandre, o Grande, ferido por uma flecha.
Hipócrates aprecia as suas capacidades para curar tumores. Esta “planta
panaceia” foi redescoberta por Alberto, o Grande, que a introduziu na
farmacopeia medieval. Era então largamente utilizada como remédio hepático.
O aloés está presente no Codex de Meletios da medicina bizantina. Também está
presente na farmacologia chinesa: Li ShihShen citao como
tónico para as doenças do estômago e do aparelho digestivo. Os grandes viajantes
portugueses, espanhóis e ingleses trouxeram novas espécies de aloés dos seus
países de origem, bem como informações sobre as doenças para as quais eram
prescritas. Foi assim que se descobriu o aloés do Cabo e o aloés do Natal.
78
Esta planta tem, nas culturas “primitivas”, um papel mágico. Em África, ela
neutraliza a influência dos mortos que voltam à terra para perturbar o espírito
dos vivos. Nos Camarões, ela protege as mulheres contra os acidentes que podem
ocorrer ao cultivarem os seus jardins. No Mali, pendurado no tecto, afasta os
espíritos e atrai a boa sorte. Os Mexicanos fabricam grinaldas de aloés para dar
sorte. As jovens Maias besuntam o
rosto com suco de aloés para atrair os rapazes. “A capacidade feronómica” (de
atracção) foi observada e utilizada na África do Sul, onde os Afrikaaners e os
Zulus afirmam que o “perfume do aloés é um potente perfume sexual”.
Os poderes de cura do aloés
As virtudes dos aloés são múltiplas:
São cicatrizantes em uso externo, colagogos, laxantes e purgativos
em uso interno.
Têm uma sólida reputação no tratamento de queimaduras, até mesmo
nas queimaduras causadas por irradiações.
Certas tribos da África do Sul utilizamno no tratamento antisifilítico e
antibiótico.
O Dr. Jefi`rey Bland, que estudou a influência do aloés no sistema
digestivo, verificou que esta planta melhora o pH gástrico e permite uma melhor
assimilação das proteínas.
A tradição africana e as investigações americanas atribuem ao aloés
uma acção benéfica nas doenças dos olhos; o aloés foi utilizado em oftalmologia
pelo Dr. Vladimir Filátov, autor da teoria sobre os bioestimuladores.
Finalmente, certos investigadores fazem prova da sua capacidade de
diminuir os riscos das doenças coronárias.
É também prescrito na cirurgia bucal.
É natural que uma planta como esta tenha suscitado inúmeras investigações,
especialmente no que diz respeito ao estudo dos seus componentes fitoquímicos.
Parece que a maioria das virtudes do aloés está ligada aos heteróssidos
antracénicos (pelo menos uma quinzena, entre os quais a aloína) e a certas
substâncias aromáticas. Os outros elementos (vitami
79
nas, enzimas, am inoácidos) não lhe são específicos, já que estão presentes em
abundância no mundo vegetal.
As diferentes espécies de aloés
A grande riqueza das espécies do género aloés, bem como a existência de inúmeras
diferenças bioquímicas, obrigam a identificálos com rigor. Certas fontes
demonstraram que os aloés de Curaçau não contêm aloína. Thomas Githeres, em Drug
Plants of Africa, afirma que os aloés medicinais se resumem apenas a algumas
espécies: o Aloe succotrina, o Aloe perryi e os aloés do Cabo (A. ferox, A.
africana, A. plicatilis).
Aqueles que podemos encontrar são provavelmente misturas de origem incerta. As
plantas cultivadas são mais homogéneas e mais facilmente identificáveis, mas
poderemos nós ter a certeza de que preservamos toda a riqueza bioquímica que se
encontra nas espécies selvagens? A experiência demonstra que as monoculturas
empobrecem os componentes genéticos das plantas, o que tem forçosamente
repercussões na sua riqueza bioquímica. Sabemos assim que certos aloés selvagens
contêm até 18% de aloína.
Qual é a situação das plantas de cultura?
Inúmeras espécies estão actualmente ameaçadas pelo homem, e a única forma de as
preservarmos é cultivar aquelas que podemos aclimatar.
O Aloe aIbida está em vias de extinção (o baixo nível de germinação das suas
sementes é provavelmente um dos factores responsáveis desta situação). Restam
apenas algumas centenas ou menos (certas fontes afirmam que existem apenas 200),
de Aloe polyphy11a. Ora é praticamente impossível cultiválo fora dos seus
locais naturais.
O Jardim Botânico de Kew, a mais prestigiosa instituição nesta matéria, vai
recorrer a manifestações para a sua protecção.
Desconfiem do Aloe vera
Existem actualmente muitos autores e (sobretudo) produtores que transpõem as
virtudes tradicionais do Aloe succotrina para o Aloe vera (planta de cultura).
Mas esta prática não é minimamente aceitável.
80
As diferenças bioquímicas entre as espécies vizinhas devem incitar o
consumidor a uma certa reserva. Os produtos à base de aloés deveriam ser objecto
de estudos sérios antes de serem vendidos como “produtos naturais”. A falta de
dados e de comunicações sobre estes produtos levanos a aconselhar os leitores a
cultivarem em vaso, nas suas casas, os seus
próprios aloés e a confeccionarem eles próprios os seus produtos.
Se o aloés foi objecto de estudo dos fármacobotânicos, não devemos esquecer que
inúmeros charlatães se serviram dele unicamente para ganhar dinheiro. O
interesse de todos não será o de evitar que uma planta tão preciosa seja
desacreditada através de simplificações rápidas, duvidosas e pouco credíveis?
As receitas produzidas à base de aloés
O sumo de aloés espremido
Para obter 80 ml de solução aquosa de sumo de folhas frescas de aloés,
Aloeferox, são necessários 20 ml de álcool a 95%.
As folhas são conservadas em local fresco e à sombra, entre 12 e 14 dias. Em
seguida deverão ser cuidadosamente lavadas com água quente.
Depois devem ser esmagadas, envolvidas em gaze e comprimidas.
A suspensão obtida deve então ser filtrada (com gaze ou papel de
filtro). Este produto filtrado deve ser aquecido durante 8 a ]0 minutos até
atingir o ponto de ebulição e depois vertido num recipiente de decantação.
Acrescente a quantidade de álcool necessária. Deixe esta mistura em local fresco
e sem luz durante 14 dias, mexendoa uma vez por dia. Para terminar, filtre.
Creme de aloés para a protecção da pele
Composição:
* 6 g de cera de abelhas (branca) * 6 g de óleo de jujuba * 40 g de óleo de
amêndoasdoces
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20 g de tintura DI, feita de folhas bioestimuladas de aloés (todos os tipos de
aloés, excepto os que não contêm aloína)
Misturar para obter um creme.
AS CACTÁCEAS
Esta família conta com cerca de 2000 espécies. A grande maioria cresce em
terrenos tropicais e subtropicais das Américas, mas também se encontram algumas
espécies em África, na Ásia e na Austrália. O Peru e o México possuem uma flora
de cactáceas particularmente rica. Um grande número destas plantas possui um
tecido especializado no armazenamento de água, já que crescem e vivem em
terrenos desérticos.
Têm frequentemente flores muito belas, adaptadas à polinização pelos insectos,
pelos pássaros e pelos morcegos. As maiores, como o Carnegia gigantea, podem
atingir uma altura de 20 metros.
As cactáceas caracterizamse pela sua grande riqueza bioquímica em
princípios activos, bem como pelo papel importante que têm na religião
e na mitologia das culturas précolombianas.
O Trichocereus pachanoi: planta mágica latinoamericana
O Trichocereus pachanoi é uma das plantas mágicas mais antigas da história da
Humanidade. No Peru encontrase nas imagens, nas pedras gravadas e nos têxteis
da civilização chavín que existiu há mais de 3300 anos. Encontrase também nos
objectos das culturas nasca e inca.
Durante milhares de anos, o Trichocereus panachoi esteve associado a diversos
animais: ao veado, ao colibri e especialmente ao jaguar, que está intimamente
associado ao xamanismo da América Latina. A igreja católica, desde a conquista
espanhola, combateu as plantas mágicas, incluindo o Trichocereus, porque “é a
planta usada pelo diabo para enganar os índios”. Mas, nos Andes, existe uma
mistura estranha de catolicismo e de culturas indígenas, que lhe atribuiu o nome
de “San Pedro”, nome muito significativo já que São Pedro possui as chaves do
paraíso...
No Peru e na Bolívia, o Trichocereus é actualmente utilizado para tratar certas
doenças, principalmente as perturbações mentais e o alcoo
82
lismo. Serve também como meio de defesa contra todo o tipo de bruxarias, bem
como para garantir o êxito e para adivinhar o futuro. Pensase também que esta
planta é a guardiã da casa e que ela produz um assobio lúgubre que afasta os
intrusos.
Os xamãs distinguem 4 tipos de cactos Trichocereus, dependendo do número de
lados que possuem. Os mais potentes possuem 4 (representam os 4 ventos, as 4
estradas), mas infelizmente são muito raros.
Os talos dos cactos, que se podem comprar nos mercados, são cortados aos pedaços
e fervidos em água durante 7 horas. Esta decocção é tomada com outras plantas, o
PedilantInís tilhymaloides (Euphorbiaceae), o Isotoma longiflora (Campanulaceae)
e o Neoromandia macrostibas (Amaranthaceae). Também se mistura, por vezes, com
duas outras plantas alucinogéneas: a Brugmansia aurea e a Brugmansia sanguínea.
Estudos químicos e psiquiátricos demonstraram o papel importante destes
aditivos. No xamanismo tal como os outros alucinogéneos a
“San Pedro” permite a separação entre a alma e o corpo, e as pessoas tratadas
voam através das regiões cósmicas. Um dos primeiros oficiais espanhóis que
assistiram a estes fenómenos descreveuos da seguinte maneira:
“Os magos índios tomam a forma que desejam e deslocamse nos
ares através de grandes distâncias num espaço de tempo muito curto. Vêem o que
se passa, falam com o Demónio, que lhes responde por meio de pedras ou de outros
objectos que eles veneram.5@
O Lophophora williamsi, “peyotl”: planta sagrada e alucinogénea
O Lophophora williamsi, o “peyotI”, é provavelmente a planta sagrada americana
mais bem conhecida. Tal como o “San Pedro”, e a despeito de vários séculos de
luta por parte da igreja e da administração, esta planta é ainda muito utilizada
pelos Mexicanos, e o comércio dos botões de mescal é ainda florescente nos
mercados da América Central e do México. Todos os anos, após a estação das
chuvas e da colheita do milho, organizam a festa do “peyoti” para comemorar esta
planta, que permitiu ao
83
grande chefe Majakugay, há vários séculos, combater os seus inúmeros inimigos e
fundar um império. Todos os objectos das tropas dispersas de Majakugay foram
destruídos, e o deus transformouos numa planta maravilhosa, que conhecemos sob
o nome de Lophophora williamsi.
O efeito psicológico do “peyotV’ é muito variável e depende das doses
absorvidas, das condições físicas e do carácter receptivo do consumidor. Os seus
efeitos alucinogéneos são muito fortes: provoca visões caleidoscópicas
coloridas. Os outros sentidos, como o tacto e o gosto, também se alteram.
A acção do Lophophora willianisi efectuase em dois níveis sucessivos:
Primeiro, aguça a sensibilidade. Numa segunda fase produz uma grande calma e
um relaxamento muscular; a atenção desligase dos estímulos exteriores, para se
tornar introspectiva e meditativa.
O Lophophora williamsi contém cerca de 30 alcalóides (entre os quais a
mescalina), e é fácil entender a importância que esta planta poderá ter no
tratamento das doenças mentais.
Outras cactáceas com efeitos alucinogéneos
O Lophophora williamsi e o “San Pedro” não são as únicas cactáceas mágicas e
alucinogéneas da cultura précolombiana. Grande parte das plantas alucinogéneas
foi designada pelo nome de “falso peyotl”.
A Epithelantha micromeris, cujos frutos, os “xilitos”, são comestíveis, foi
utilizada pelos índios Tarahomara. Os feiticeiros ingeremna para obter visões
mais claras e para comunicar com os outros feiticeiros. Os corredores utilizam
na como estimulante e para combater o cansaço. Os índios pensam que prolonga a
vida e que faz enlouquecer as pessoas maldosas.
A Ariocarpus retusus, ou “falsa pedra”, foi utilizada pelos habitantes
do Norte do México.
O maior cacto de todos, o Carnegia gigantea ou “saguaro”, apesar
de não se conhecer a sua utilização pelos indígenas, contém alcalóides com
efeitos psicotrópicos.
84
O Pelcyphora asseliformis é também considerado como “falso peyotF’.
O Coryphanta compacta é um pequeno cacto respeitado no Norte do
México por ser uma planta eleita pelos deuses. É também consumida pelos xamãs.
0 Mamillaria senifis é alucinogéneo e cresce na América Central.
Todas estas espécies contêm em abundância alcaloides anteriormente desconhecidos
da ciência.
A utilização terapêutica das cactáceas
A utilização terapêutica das cactáceas não se limita aos seus efeitos
psicotrópicos e à estimulação do sistema nervoso.
O Lophophora williamsi foi utilizado pelos índios norteamericanos como
remédio para estancar as hemorragias.
O médico homeopata italiano Rubini foi o primeiro terapeuta a preconizar a
utilização do Cereus grandiflorus. Prescreveuo para as afecções orgânicas do
coração e dos vasos sanguíneos e, como não tem uma acção depressiva sobre o
sistema nervoso, prefereo ao acónito, especialmente para os linfáticos e para
os nervosos. Utilizao também como potente antipsoríaco (uso externo).
* O suco do Cereus pode também ser utilizado como depilatório e
para eliminar as verrugas. Em 1890, Jones descobriu a acção antinómica deste
cacto e da digitália. A digitália foi prescrita para corações cansados, e o
Cereus grandiflorus para a astenia do coração.
* Sultano isolou o alcalóide que denominou “cactina”. Este alcalóide
aumenta a energia do músculo cardíaco, faz subir a pressão sanguínea e activa os
centros motores da espinal medula.
* Segundo o Dr. Watson Williams, a parte mais rica em princípios
activos é a flor.
* Ele recomenda uma tintura obtida por maceração (durante 1 mês)
dos talos e das flores em 500 ci de álcool e aconselha a sua utilização em doses
de algumas gotas de 4 em 4 horas.
85
O Cereus fimbriatus e o Cereus moníliformis têm propriedades antireumatismais.
O Cereus geonietrizans está indicado para as úlceras.
No género Pereskia existem várias espécies terapêuticas:
* O Pereskiaguamacho, produzido como goma utilizada nas afecções
pulmonares catarrais. As folhas têm um sabor acre e utilizamse em inalações e
tisanas. As flores fornecem tisanas espessas, e os frutos são diuréticos.
* O Pereskia bleo tem virtudes antisifilíticas e é também utilizado
contra a febre amarela.
* Os frutos do Pereskia aculeata têm uma acção antisifilítica e expectorante.
O talo carnudo do Opuntia contém uma quantidade importante de mucilagem. É por
esta razão que é utilizado como emoliente e para fazer amadurecer os tumores
indolentes.
* Segundo Faiveley aplicase o talo do Opuntia vulgaris em todas
as afecções inflamatórias e flegmónicas: herpes, erisipela, fleumatismos,
furúnculos. O talo é cortado aos pedaços e esmagado e aplicase cru ou aquecido
em excelentes cataplasmas.
* Contra a desinteria, aconselhamse as flores da Opuntia vulgaris.
Os frutos da Opuntia brasiliensis são antiescorbúticos, os ramos
são utilizados em cataplasmas e acalmam as dores ciáticas. O suco é utilizado
nos edemas das pálpebras.
As cactáceas também são comestíveis
Muitas cactáceas dão frutos comestíveis, por exemplo, o Opuntia vulgaris (figo
dabarbárie) ou o Cereus thurberi dão frutos do tamanho de uma laranja. Também
se comem os frutos do Cereus pruinosus, do Cereus triangularis e do Cereus
giganteus. Com o Opuntia produzse álcool. Certas espécies servem para a criação
de cochonilhas.
Para terminar, as cactáceas são reservatórios naturais de água nas
regiões desérticas.
86
É difícil identificar e obter as espécies de forma fiável
A utilização das cactáceas, tal como a de outras espécies vegetais, apresenta
alguns inconvenientes. A primeira e maior dificuldade consiste em obter plantas
cuja actividade seja uniforme. Na verdade, as condições específicas de
vegetação, a época das colheitas, a latitude e a natureza dos solos alteram de
forma significativa os processos de nutrição da planta, bem como a sua genética.
Todos estes factores têm uma repercussão sobre o teor em alcalóides da planta.
Assim, segundo Rouhier, os “peyotIs” do Texas, sendo mais tóxicos, dão menos
visões coloridas do que os “peyotIs” de outras proveniências.
Por outro lado, as leis do mercado fazem com que os produtos sejam
frequentemente falsificados. Isto acontece especialmente com o Cereus
grandiflorus. A matériaprima vendida no mercado e que é suposto ser
proveniente desta espécie não é senão uma variedade qualquer de Opuntia, com
propriedades diferentes das que lhe são atribuídas. É por isso que é
particularmente difícil determinar as espécies utilizadas pelos indígenas. Mesmo
o “San Pedro”, que é bem conhecido, só há bem pouco tempo foi identificado com
exactidão, pois durante muito tempo foi confundido com o Opuntia cy1indrica.
As cactáceas são plantas resistentes... mas conseguirão resistir à civilização?
As cactáceas são, por natureza, resistentes às condições difíceis: seca,
amplitudes térmicas e poluição. A exploração indígena nunca ameaçou a sua
existência, já que os índios colhem apenas uma parte e salvaguardam a quantidade
necessária para a reconstituição da população vegetal.
Contudo o entusiasmo dos coleccionadores e a moda dos medicamentos produzidos à
base destas plantas constitui uma ameaça séria para este grupo. Assim, em 1976,
a população de Pediocaclus knowIlonú não ultrapassou os 250. A polícia do
Arizona estima que o contrabando de cactáceas representa um mercado de várias
centenas de milhares de dólares.
87
Actualmente, cerca de 30% das espécies presentes nos Estados Unidos estão
ameaçadas. Seremos nós privados desses “dons terapêuticos fabulosos” que nos
legaram as civilizações précolombianas, antes mesmo de conhecermos todas as
suas possibilidades?
88
OS REMéDIOS UNIVERSAIS DE ORIGEM VEGETAL E ANIMAL
OS CHIFRES: a ciência confirma a eficácia dos remédios tradicionais dos
Siberianos
A utilização dos chifres fez parte durante muito tempo das receitas populares da
Sibéria. É provável, aliás, que esta prática fosse proveniente da medicina
chinesa. Quanto à farmacopeia de certos povos europeus, ela contém igualmente
extractos de chifres. O Dr. Gilibert estudou a eficácia terapêutica dos chifres
de alce para tratar a epilepsia, depois de a ter observado na Lituânia. As
investigações contemporâneas confirmam os efeitos deste remédio popular.
Os três tipos de chifres medicinais
Os médicos russos distinguem três tipos de remédios à base de chifres, cujas
propriedades são função da sua origem.
A pantocrina
A pantocrina foi isolada nos chifres em 1930 pelo professor Pavlenko. Desde
então já foram publicadas várias obras sobre as propriedades desta
89
substância. A dita substância encontrase em dois tipos de veado: o “sika”
(Cervus nippon) e o “wapiti” (Cervus elaphus), dos quais quatro subespécies
vivem na Sibéria.
Para a sua extracção cortamse os chifres sem magoar o animal, que vive em
semiliberdade. A operação decorre durante o período intenso da sua actividade
biológica.
Depois de limpos, os chifres são secos, cozidos, pulverizados e colocados em
solução alcoólica. A sua prescrição fazse por meio de gotas ou
de injecções intramusculares.
Breckman e Dobriakov determinaram as suas condições de criação de modo a
sistematizar e optimizar a pantocrina. Os investigadores russos e
japoneses conseguiram identificar uma parte dos seus componentes. Estes
constituem uma mistura muito complexa de substâncias inorgânicas e
orgânicas, de aminoácidos (leucina, treonina, lisina, fenilalanina, isoleucina),
de lípidos e de fosfolípidos (lecitina, lisoleticina, esfingomielina).
Além disso, contêm substâncias específicas, tais como o he tacosan (C27H56), 6
colesteróides, glicóssidos, querâmidos, vestígios de magnésio, de ferro, de
alumínio, de titânio, de cobre, de prata, de nátrio e de cálcio.
A pantocrina é uma substância que parece não ter efeitos secundários. Possui
capacidades antitóxicas e caracterizase por uma dupla acção sobre o sistema
nervoso, simpático e central.
A rantarina
A rantarina é extraída dos chifres das renas (da Rangifer tarandus, que é a
principal subespécie da Sibéria, e da Rangifer tarandus phylarchus).
A sua composição é semelhante à da pantocrina, contudo contém um
maior número de substâncias orgânicas e um menor número de compostos minerais.
No entanto age de forma diferente, tem uma acção antiinflamatória e possui
propriedades antistress. Certas investigações confirmam a sua acção
antitumoral.
A santarina
A santarina é extraída dos chifres do antílope saiga (Saiga tatarica). Esta
espécie é explorada pela farmacopeia chinesa. A santarina é um
90
tranquilizante e um antiespasmódico. É uma substância bastante interessante e
que tem, sem dúvida, um futuro indiscutível porque não diminui as capacidades
de trabalho dos indivíduos tratados.
Possibilidades terapêuticas da pantocrina, da rantarina e da santarina
Os investigadores testaram as possibilidades terapêuticas destas três
substâncias. Os resultados são extremamente promissores no tratamento
de doenças cardiovasculares, de hipotensão e também como adaptogéneos e em casos
de neurastenia (incluindo a insónia).
A pantocrina tem um efeito antiarrítmico e pode também ser prescrita para as
gastrenterites. A sua utilidade foi confirmada em operações cirúrgicas, em
queimaduras e em fracturas.
A pantocrina (e sobretudo a santarina) age sobre a epilepsia e a
hipertensão.
A rantarina e a pantocrina são estimulantes e tónicas. Melhoram as
actuações físicas e mentais e agem, ainda, na coordenação, no cansaço, na
irritabilidade e no apetite. Favorecem também a convalescença.
A rantarina e a pantocrina são prescritas na Rússia para tratar problemas
geriátricos (hipertrofia da próstata, em períodos pré e pósoperatórios e como
adjuvante de diversos tratamentos).
Reconhecidas as suas propriedades sobre o sistema nervoso, a santarina
é utilizada como tranquilizante.
Finalmente, estas substâncias são também indicadas para casos de
perturbações sexuais.
É espantoso que, não obstante todos estes dados (publicados nos jornais
científicos), as substâncias extraídas dos chifres sejam tão pouco conhecidas,
excepto no Japão. Certos biólogos britânicos, contudo, como, por exemplo, o
célebre Thomas Huxley, interessaramse pela pantocrina, mas as suas
investigações não ultrapassaram a fase experimental.
91
ADAPTOGÉNEOS E BIOESTIMULADORES OU A BUSCA DA"PANACEIA” MODERNA
O organismo possui grandes capacidades de adaptação às condições exteriores às
quais é submetido. A homeostase é o resultado desta adaptação. Os teóricos da
medicina definem a doença como um resultado da ruptura da homeostase, ou seja,
do enfraquecimento destas capacidades de adaptação.
A homeostase mantémse por meio de reacções enzimáticas a nível
molecular e de uma acção hormonal a nível do organismo.
Todas as reacções bioquímicas têm um carácter de compensação (asseguram a
manutenção do equilíbrio) ou um carácter exploratório (elas
procuram” novas possibilidades metabólicas).
O envelhecimento é entendido como uma perda das nossas faculdades de adaptação,
já que para lutar contra os factores ambientais nocivos o organismo se desgasta
imoderadamente.
A busca de substâncias susceptíveis de aumentarem as nossas
capacidades de adaptação parece ter um futuro promissor
Esta busca não é uma novidade. As plantas “adaptogéneas” pertenciam à “classe
imperial” da farmacopeia chinesa. A sua importância para a
medicina moderna está ligada à independência da sua acção sobre os
factores externos.
Elas aumentam a resistência do nosso corpo contra a poluição química e
electromagnética, contra as infecções, contra o abaixamento do teor de oxigénio
na atmosfera e contra as condições extremas de pressão atmosférica e de
temperatura.
Parecem protegernos contra as depredações autodestrutivas a que o nosso
organismo é submetido: os radicais livres, a oxigenação natural, os
desgastes hidrolíticos, etc.
Devemos realçar a diferença entre adaptogéneos e bioestimuladores. Estes últimos
estimulam o sistema imunitário, que é apenas um dos nossos mecanismos de
adaptação.
92
Esta busca é difícil
A acção adaptogénea é o resultado de uma actividade complexa dos diferentes
componentes orgânicos. Por este motivo é muito difícil estudálos, sistematizá
los e garantir a repetitividade dos seus resultados. Pelo mesmo motivo é
praticamente impossível obter adaptogéneos sintéticos. Acrescentemos que nas
plantas “panaceia” uma classe de substâncias adaptogéneas está, por vezes,
presente nas raízes e outra nas folhas (é o caso do Rhaponticum carthamoides).
A acção terapêutica das plantas adaptogéneas
A maioria dos adaptogéneos tem uma forte acção anabólica (comparável à dos
esteróides). Eles favorecem as reacções enzimáticas, participando na síntese dos
componentes macromoleculares, tais como as proteínas, os lípidos e os ácidos
nucleicos.
Não obstante a medicina asiática possuir o maior número de adaptogéneos
(Schisandra chinensis, Panax ginseng, Centella asiatica, Angelica sinensis),
conhecemse e estudamse cada vez mais plantas provenientes de outros
continentes, por exemplo, a raiz de Cimicifuga racemosa (black cohosh root) da
América do Norte, o Harpagophytum procumbens (raizdodiabo) de África, as
folhas de Turnera aphrodisiaca do deserto do México ou a casca da árvore
Tabebuia impetiginosa.
Vários adaptogéneos parecem ter também uma acção anticancerígena, como por
exemplo, os cogumelos Lentinus edodes (shitake), Ganoderma lucidum (cogumelo de
Reischi) e Pachyma hoelen (hoelen).
Devemos mencionar também a Rhodiola rosea, planta adaptogénea que pertence à
farmacopeia europeia. Foi cultivada em França, em Inglaterra, em Itália e nos
Países Baixos até ao final do século xvii (actualmente encontrase em estado
selvagem em França). A sua raiz (vendida sob o
nome de Radix rhodiae) foi utilizada na Europa contra as dores de cabeça e como
substituto do ginseng, demasiado caro nessa época. No Extremo Oriente era
conhecida sob o nome de “raiz dourada” e era prescrita contra o cansaço.
93
As investigações contemporâneas confirmaram que a Rhodiola rosea age sobre o
sistema imunitário e hormonal. Tem propriedades adaptogéneas de luta contra o
stress físico e psicológico. Redescobriuse o interesse da sua prescrição em
casos de neurose, bem como em estados patológicos do sangue: por exemplo, para a
leucocitose e para a hipo e hiperglicernias. Além disso, também se observaram
efeitos benéficos desta planta em pacientes em tratamento citostático.
94
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
Neste capítulo descreveremos os tratamentos preconizados na segunda parte deste
livro:
Como utilizar as plantas e de que forma devem ser consumidas ou aplicadas sobre
o corpo.
Como alimentarse para melhorar o estado de saúde. Através de
conselhos e de uma revisão das teorias existentes por exemplo, o
“crudivorismo” ou o vegetarianismo de estudos sobre a germinação dos grãos,
sobre o açúcar, o pão, as bebidas, bem como as suas indicações e contra
indicações. Falaremos também do jejum, recomendado em quase todas as afecções.
Como viver melhor graças a exercícios físicos (combinados com um
bom repouso), ao relaxamento, aos exercícios respiratórios e aos
inúmeros efeitos benéficos do riso.
Finalmente, para fechar o capítulo, examinaremos os remédios preconizados pelo
padre Kneipp e pelo Dr. Bilz, praticados durante muito tempo e actualmente
esquecidos pela medicina moderna ocidental: por exemplo, os duches terapêuticos
e os banhos de todos os tipos (vapor, ar, sol, luz ... ).
COMO UTILIZAR AS PLANTAS
A INFUSÃO
A preparação de uma infusão pode ser feita tanto para um consumo diário como à
medida das tomadas.
95
*Aqueça água até ferver e depois juntelhe as plantas: o equivalente
para uma chávena serão 2 a 3 pitadas (cerca de 1 colher, de café). Para 1 litro,
que representa geralmente o consumo diário, uma dezena de pitadas é suficiente.
*Deixe a água tremer sem ferver, durante 2 a 3 minutos. Depois deixe
em infusão durante 10 a 15 minutos, filtre e beba morna. Se o sabor da sua
tisana for demasiado amargo, pode acrescentar um pouco de mel. Quando tiver de
utilizar várias plantas para fazer a sua infusão, pode fazer a sua preparação
por meio de saquinhos individuais. Neste caso a
quantidade necessária deve, bem entendido, ser dividida pelo número de plantas.
Se, por exemplo, utilizar 4 plantas diferentes para a sua preparação, a mistura
para 1 litro de água comportará 2 a 3 pitadas de cada planta. Se o desejar, o
seu farmacêuticoervanário pode prepararlhe estas misturas.
A DECOCÇÃO
É preferível preparar a sua decocção para 1 dia ou 2 de utilização.
*Utilize uma dezena de pitadas de plantas (cerca de 3 colheres, de
sopa) para 1 litro de água.
*Deixe ferver em lume brando durante cerca de 20 minutos e em
seguida deixe repousar a mistura durante meia hora e, se necessário, juntelhe
um pouco de mel.
A decocção pode beberse fria ou aquecida antes de cada tomada.
AS DECOCÇõES DO PADRE KNEIPP
As decocções do padre Kneipp são utilizadas em banhos, cataplasmas ou
compressas.
FLORES DE FENO 91)
Por “flores de feno” entendemse os talos, as folhas, as flores e os grãos do
feno.
96
Utilizamse 1 a 2 punhados para 1 litro de água. Esta mistura deve ferver em
lume brando durante 15 a 20 minutos.
Kneipp realça que os fenos secos ou frescos têm o mesmo valor.
Esta preparação é útil em cataplasmas, compressas ou banhos.
Como alternativa, pode utilizar flores dos campos, dos prados e
dos bosques.
Palha de aveia
Preparase fervendo a palha de aveia cortada, à razão de 2 punhados para 1
litro, durante 15 a 20 minutos.
Esta mistura utilizase em compressas e em banhos.
Decocção de cavalinha
1 punhado para 1 litro de água. Deixe ferver durante 15 minutos.
O padre Kneipp recomenda vivamente a cavalinha, quer em tisana
quer em banhos, compressas ou cataplasmas.
Esta planta tem uma acção remineralizante.
AS CATAPLASMAS DE ARGILA
Preparamse com argila desfeita, verde ou branca, que se pode encontrar à venda
no comércio.
Coloquea num recipiente e cubraa de água. Quando apresentar uma
consistência pastosa, estará pronta a utilizar. A argila é conhecida desde os
tempos mais remotos. Tem os seus fervorosos defensores. As suas aplicações
terapêuticas são muitas e variam em função da sua origem. Revelase de uma
eficácia notável em unguentos, cataplasmas, máscaras de beleza e compressas,
Para o padre Kneipp ela tem um papel importante no tratamento
do lúpus e do cancro. É antiinflamatória e limpa as úlceras pútridas e
malignas.
97
Aconselhaa também para dores de cabeça, de costas, para as
luxações, os tumores e as inflamações. A sua acção antipútrita permite a
aplicação em feridas abertas.
A MACERAÇÃO
Obtémse deixando as plantas dentro de um líquido durante um período de tempo
mais ou menos longo.
Maceração em água
* Encha um frasco de vidro com ‘/4 de plantas e o restante com água.
* Deixe macerar durante 2 a 3 dias, se possível ao sol.
* Agite o frasco de vez em quando.
* Filtre, de modo a obter o suco.
* Uma alternativa consiste em encher o frasco tal como descrevemos,
aquecêlo em banhomaria durante cerca de 1 hora e deixálo a repousar durante
24 horas.
Estes preparados são utilizados em banhos, cataplasmas ou misturadas com
bebidas, à razão de 2 colheres, de café, por dia (em média).
Devemos acrescentar que este tipo de preparado tem um prazo de
conservação muito curto e por conseguinte deve ser utilizado nos dias que se
seguem à sua confecção.
Maceração em álcool (alcoolatura)
* Pode deixar macerar a planta directamente em álcool, que absorve
deste modo os princípios activos da planta. As quantidades geralmente utilizadas
são da ordem de 50 a 100 g para meio litro de álcool.
* Pode também utilizar outros tipos de álcool, como o rum, o calvados
ou o vodka. O tempo de “digestão” dos produtos activos é de alguns dias para as
folhas, flores e rebentos, e de 2 a 3 semanas para as
raízes e cascas. Filtre no final da operação.
98
Tinturamãe
O preparado tem um protocolo semelhante ao anterior. É feito por
laboratórios e destinase à homeopatia.
A posologia destes preparados varia, segundo os casos, entre 20 a
50 gotas diluídas em água ou sumo de fruta, 1 a 2 vezes por dia.
Maceração em vinho
O vinho é um suporte interessante. É preferível escolher um de muito boa
qualidade e, de preferência, biológico.
* A maceração em vinho fica pronta ao fim de um período de 5 a 6
dias, ao fim do qual deve ser filtrada. A sua conservação é excelente.
* A prescrição é da ordem de meio a 1 copo, de licor, por dia.
Maceração em óleo
* Deve utilizar um óleo virgem de primeira pressão a frio. Os óleos
de azeitona, de cártamo e de germe de trigo são bons para este tipo de operação.
Após terminar a maceração deve proceder à sua filtragem.
Este óleo pode ser tomado com vegetais crus e saladas, na porção
de meia colher de sopa. Atenção: não utilize este óleo em cozeduras.
Para uso externo em massagens (especialmente dores musculares, reumatismos,
lumbagos, tratamento da pele, etc.), os óleos de amêndoasdoces e de avelã são
mais agradáveis.
* Deixe macerar durante um período de 15 dias a 3 semanas, se possível ao sol.
* Para acelerar o processo, pode aquecer esta mistura em banhomaria
durante cerca de meia hora e deixála macerar durante 48 horas. Filtre no final
da operação.
99
OS óLEOS ESSENCIAIS
Definição e complexidade da sua estrutura química
É impossível dar uma definição exacta dos óleos essenciais. Contudo, a mais
adequada parece ser a seguinte:
“Substâncias oleosas aromáticas, provenientes de fontes naturais,
frequentemente vegetais, distiladas no vapor.”
Não são corpos químicos simples e homogéneos. Contêm misturas de vários
componentes, podendo alguns deles ser dominantes. Além disso, pode existir
sinergia ou antagonismo entre eles.
É inútil tentar reduzir a acção do óleo essencial a um dos seus componentes,
mesmo que alguns deles sejam predominantes e que as propriedades do óleo possam
ser bem definidas. A título de exemplo, o óleo essencial de cravodecabecinha
tem fortes propriedades antibióticas. As experiências realizadas no século xix
por um dos fundadores da microbiologia, Robert Koch (Prémio Nobel), demonstraram
que este óleo age sobre certas bactérias após um período de apenas 12 minutos de
exposição e numa solução diluída a 1%!
Tentase frequentemente reduzir o poder antibiótico dos óleos essenciais à
quantidade dos seus componentes fenólicos. Mas o caso do óleo de cravode
cabecinha mostra bem que tal associação carece de uma justificação científica,
já que este óleo tem efeitos superiores aos do fenol. Por este motivo é difícil
determinar os inconvenientes associados à sua utilização, mesmo que, como é o
caso do Melaleuca alternifolia (que sabemos ser responsável de inúmeros eczemas
alérgicos), se tenha conseguido isolar o factor causal (dlimenona).
Cinco razões pelas quais os óleos essenciais não são estáveis
A riqueza bioquímica dos óleos essenciais é, sem dúvida, uma das razões da sua
eficácia, mas infelizmente é difícil e, muitas vezes, até impossível realizar
investigações comparativas, bem como repetir os resultados.
100
O problema da garantia e da estabilidade dos óleos essenciais comercializados
também se põe. A quantidade extraída depende do período de vegetação. Os estudos
sobre o manjericão mostraram que ela aumenta significativamente nas folhas, no
início, e isto até à floração, e que em seguida a quantidade baixa nas folhas e
sobe nas flores. Depois da fecundação, ela volta às folhas (mas diminui em
quantidade). É por este motivo que, ao longo do dia, a quantidade de óleo na
planta varia, tal como a libertação do seu perfume. Foi possível constatar que
esta variação diária é regular, a tal ponto que no século xviii R. Meusee criou
um relógio vegetal aromático, composto de várias espécies de flores. As horas
eram indicadas pelos aromas libertados ao longo do dia, cada espécie libertando
o seu “perfume” em momentos bem específicos.
O perfume dos óleos essenciais fornece particularidades multifacetadas. Existe
em particular um mundo fascinante no qual os aromas têm um papel preponderante:
é o que se utiliza quando nos
servimos dos seus princípios voláteis para perfumar um quarto de
uma casa.
A composição química (quantitativa e qualitativa) está associada às condições
ambientais, tais como a qualidade do solo, a atmosfera, a utilização de
herbicidas e a presença de poluentes. Pode variar muito dentro da mesma espécie
em função da sua origem (por exemplo, a diferença de quantidade de cetonas de
Salvia officinalis pode variar de 1000%). Esta variação não se verifica apenas
no que diz respeito à sua composição química, mas também à reacção do organismo
receptor. A experiência confirma que a acção bacteriostática das várias raízes
de um mesmo germe pode ter reacções diferentes num óleo essencial aparentemente
sempre idêntico. A sua grande diversidade química torna impossível comparar o
processo de acção dos produtos naturais com o dos extractos brutos ou de óleos
purificados, e não é possível de modo algum ter uma garantia de estabilidade na
sua produção. Outra dificuldade da homogeneização está ligada ao facto de os
óleos não serem solúveis em água e ser necessária a sua utilização por meio de
um solvente especial um agente emulsionante que interfere no produto inicial.
101
Um pouco de história a propósito da origem dos óleos essenciais
Apareceu primeiro a aromaterapia
A utilização dos aromas de flores e de plantas é muito antiga. Todos os povos e
todas as tradições utilizaram os “aromas”, com finalidades rituais ou
terapêuticas. A Bíblia cita o hissopo, planta sagrada dos Hebreus
que a preparavam de uma maneira específica.
A aromaterapia é a arte de recuperar ou de conservar a saúde utilizando a parte
volátil ou olfactiva das plantas.
Depois veio o embalsamamento
O embalsamamento foi praticado por diversas culturas. Há 6000 anos os Egípcios
sabiam extrair a essência das coníferas: a madeira de cedro era aquecida num
recipiente de argila, cuja abertura era coberta por uma
grade de fibras de lã. Bastava espremer a lã para libertar a essência de que
esta ficava impregnada.
A seguir vieram as destilações
O desenvolvimento e o entusiasmo que os óleos essenciais tiveram ao
longo dos séculos só foram possíveis graças à destilação. Este procedimento foi
provavelmente descoberto por sábios árabes no início da Idade Média. A essência
de alecrim foi uma das primeiras a ser isolada e extraída por Ramóri Luil
(nascido em Maiorca em 1235).
Em 1370, certos documentos relatam a existência de uma destilação obtida a
partir do cedro, do alecrim e da terebintina, chamada “água da rainha da
Hungria”. Mas só a partir do século xv se começou a praticar a destilação de
plantas e de flores. Independentemente da águahúngara, ninguém (à excepção de
alguns alquimistas cujos trabalhos são ainda mal conhecidos) se interessava
pelas partes oleosas das plantas que, ao separaremse, boiavam à superfície das
águas destiladas. Eram consideradas como impurezas, inutilizáveis na produção de
“perfumes”.
102
E são finalmente mencionados
O catálogo das especiarias de Francoforte, editado em 1450, não menciona nenhum
óleo essencial. Um pouco mais de um século depois, em
1587, existe um reportório de 59. A partir do início do século xvii a
destilação é realizada em laboratórios, e a sua produção tornase mais
substancial. No século xviii começam a melhorar os rendimentos e passam a
existir meios que irão permitir detectar e suprimir as fraudes, que se
tornam frequentes.
O século xix e o início do século xx trazem um melhor conhecimento dos óleos
essenciais, graças às aplicações da química analítica e da fisiologia vegetal.
Mas, apesar de ter conhecido uma fama incontestável, constatase actualmente o
pouco interesse que a ciência oficial tem por este tipo de investigação. A mais
importante base de dados das investigações médicas, a Medline, relata apenas 57
trabalhos efectuados sobre os óleos essenciais durante os últimos três anos.
As causas dos poderes dos óleos essenciais
Os óleos essenciais estão entre os remédios mais potentes conhecidos. A sua
eficácia reside na diversidade dos seus componentes químicos. A sua concentração
em princípios activos conferelhes um poder excepcional.
Deste modo, para extrair quantidades ínfimas, são necessárias grandes
quantidades de matériaprima. Para obter 500 g de essência de bergamota, por
exemplo, são necessários 100 kg de frutos; 300 kg de limões para 1 kg de
essência; 1000 kg de flores de laranjeira para 1 kg, e 200 kg de lavanda para 1
kg de essência.
Certas plantas fornecem quantidades ainda mais ínfimas: para se obter
5 g de essência de violeta, são necessários 100 kg de flores de violeta! A
título de comparação, para uma decocção de violeta (20 g para 1 litro de água)
utilizamse 1000 vezes menos de matéria vegetal do que para produzir uma só gota
(1 g) de óleo essencial. Mas este exemplo tem apenas um carácter demonstrativo,
já que a diferença é também qualitativa (os princípios da decocção são
diferentes dos princípios dos óleos essenciais).
103
Verificase que os óleos essenciais penetram facilmente no organismo através da
pele. Esta propriedade é um meio precioso para veicular outros tipos de
preparações medicinais. Os óleos são depois eliminados pelos rins e pelos
pulmões, onde produzem a sua acção antiséptica. Esta facilidade de penetração
no corpo é frequentemente subestimada.
O poder dos óleos essenciais sobre o organismo
O seu poder, bem como a heterogeneidade da sua acção sobre o organismo, são as
razões pelas quais é imperativo utilizálos com prudência!!! A sua utilização
deve ter em conta o óleo e o modo de administração:
Em uso externo, por inalação, lenço, compressas, máscara de argila,
massagens, fricções, banhos curativos, gargarejos, champôs ou difusão no ar (por
evaporação ou pulverização).
Por via interna, é necessário o aconselhamento de um terapeuta
competente e não os utilizar puros, mas, de preferência, diluídos ou em
cápsulas.
A acção antibiótica dos óleos essenciais
O poder antiséptico dos óleos essenciais é conhecido desde há muito e foi
confirmado pelos resultados das investigações contemporâneas. A sua acção
antibiótica é inegável: em 133 óleos estudados, 105 demonstraram uma forte acção
bactericida, bacteriostática e antifúngica. Além disso, a lista dos “óleos
antibióticos” não terminou e enriquecese constantemente. Entre as plantas
africanas, o Schinus inollelin, espécie originária do Zimbabwe, tem um poder
antibiótico quase excepcional sobre todos os micróbios examinados (20 espécies
de bactérias e 5 fungos).
Esta acção antibiótica já foi realçada no início da microbiologia moderna. Em
1881, Robert Koch estudou a acção bactericida da essência de terebintina. Além
disso, estudos efectuados no século xix confirmaram a acção particularmente
forte das essências de canela, de orégão e de cravinhodaíndia (em emulsão ou
vaporização).
Contudo, pensase descobrir ainda as suas propriedades terapêuticas. Em 1893, M.
G. Bertrand e Forne estudaram o poder bactericida do
104
Melaleuca viridi ra (”niauli”). Um século depois, em 1992, certos produtores
reivindicam ter “descoberto” as suas propriedades medicinais.
E, para terminar, notamos que são sempre os mesmos óleos os mais utilizados: de
orégão, de tomilho, de gerânio, de canela, de cravinho, de caneladachina, de
lavanda, de limão, de zimbro, de laranjeira e de bergamota.
As vantagens dos óleos essenciais
Os investigadores surpreenderam se (e continuam a surpreenderse)
com a rapidez da sua penetração no organismo:
Já dissemos que bastam 12 minutos para o óleo de cravinho agir
sobre certas espécies bacterianas. Os vapores da essência de limão, em
suspensão no ar, agem em 2 horas sobre os estafilococos.
As afecções das vias respiratórias são atacadas pelos óleos de
eucalipto, de pinho, de mirta, de mirra ou de tomilho em menos de
1 hora.
Em 1936, Risler verificou que era possível prolongar a sua acção acrescentando
lhes elementos não voláteis, tais como resinas, o que lhes confere um tempo de
acção extremamente longo. Este autor demonstrou assim que as misturas de óleos
essenciais são muito mais activas do que quando estes são aplicados
separadamente.
Mas utilizemnos com prudência!
Independentemente do poder que as essências fornecem durante a sua utilização,
deve evitarse misturálas (salvo sob prescrição médica autorizada) com outros
medicamentos.
Verificouse, por exemplo, que certos antibióticos diminuem o poder
antibacteriano do óleo de ervacidreira. Em contrapartida, este aumenta a
toxicidade dos antibióticos.
Finalmente, observouse por diversas vezes a resistência dos microrganismos. É a
utilização abusiva dos óleos essenciais que é responsável deste fenómeno. É
também por esta razão que é necessário utilizálos com cautela.
105
Outras acções dos óleos essenciais sobre o organismo humano
Os óleos essenciais não se limitam a ter uma acção antibiótica. A riqueza deste
grupo de remédios fitoterapêuticos é tal que não existe praticamente nenhuma
patologia que não responda à sua administração. Apresentamos a sua utilização
pormenorizada na 2.’ parte desta obra, consagrada ao tratamento de 267 afecções.
Mas, de uma maneira geral, podemos afirmar que eles são notoriamente
antiespasmódicos. Os óleos essenciais geram, em doses fortes, um malestar que
pode ir até à paralisia dos movimentos espontâneos da musculatura lisa. Em altas
diluições são estimulantes.
As múltiplas virtudes terapêuticas dos óleos essenciais
*Os óleos de menta, de mentol e de cânfora são antiespasmódicos e
agem sobre o intestino e a vesícula biliar.
*O tomilho age mais especificamente sobre os pulmões.
*A mistura de mentol, timol, cânfora e cineol, utilizada em aerosol,
é antitússica. Este fenómeno foi demonstrado nas cobaias submetidas a vapores de
amoníaco e no homem submetido a vapores de ácido cítrico.
*As propriedades cicatrizantes, antiinflamatórias (as últimas investigações
relatam a grande eficácia do Bupleurum frutescens), citofilácticas, tónicas,
desintoxicantes e antireumatismais, a acção estimulante sobre as secreções
gástricas, biliares e intestinais, os seus efeitos sobre o sistema circulatório
são também frequentemente citados.
*Também se demonstrou o seu poder anticolesterol (menta) e antiparasitário
contra vermes e protozoários (até contra certos parasitas tropicais difíceis de
combater).
*As investigações realizadas em 1993 em São Paulo, no Brasil, demonstraram a
acção preventiva do sabão à base de óleo essencial de Pterodonpubescens
leguminoseae contra o Schistosomias mansoni, veiculado pelos ácaros.
106
Eles estimulam as defesas imunitárias e combatem as bactérias
A outra vantagem dos óleos essenciais que não devemos negligenciar é que eles
estimulam as defesas naturais do organismo. Quando, por exemplo, actuam sobre
uma infecção, aniquilam os germes e têm um poder antibacteriano garantido. Não
sendo meramente imunoestlmulantes, reforçam também o terreno e favorecem a
reacção orgânica.
Inúmeros trabalhos apontam o largo espectro da sua aplicação: podem ser
utilizados em praticamente todas as afecções bronquíticas, gripes, sinusites,
afecções urinárias e micoses. Mas o mais importante é que, graças ao seu poder
de estimulação natural das defesas imunitárias, eles favorecem o regresso a um
bom estado de saúde.
Mas, prudência!...
A aromaterapia é uma medicina activa que deve, contudo, ser utilizada com alguma
precaução. Certos óleos essenciais podem apresentar inconvenientes, em
particular a salva, o hissopo e a artemísia, que podem provocar crises de
epilepsia. Devem ser manejados com prudência e ser
prescritos apenas por terapeutas experimentados.
O seu modo de preparação
A destilação mais correntemente utilizada praticase em vapor de água. As
plantas, depois de seleccionadas e limpas, são colocadas num alambique. A
mistura é então aquecida, e o óleo essencial sobe à superfície, podendo ser
recolhido no final desta operação.
Modo de utilização
Por via interna
A posologia média é de 1 a 4 gotas, duas a três vezes ao dia, dependendo das
essências.
Não é necessário tomar quantidades importantes de óleos essenciais, tendo a sua
utilização demonstrado que uma posologia regular de peque
107
nas quantidades dava com frequência melhores resultados. É preferível começar
por doses fracas e aumentálas progressivamente, sem contudo ultrapassar as
doses indicadas pelo terapeuta.
Certos óleos fenolados, tais como o de tomilho, de segurelha ou de orégão, devem
ser tomados de preferência em preparações específicas, confeccionadas por um
farmacêuticoervanário.
Em supositórios
O seu farrnacêuticoervanário pode prepararlhe supositórios à base de óleos
essenciais.
Em fricções
Fricções ou massagens podem ser executadas com óleos essenciais diluídos num
óleo vegetal (de avelãs, amêndoasdoces, germe de trigo, etc.). A pele, por
capilaridade, absorve os princípios activos, que penetram deste modo no
organismo.
Por vaporização
A vaporização na atmosfera é uma forma interessante de sanear o ambiente e de o
purificar de forma agradável. Os óleos essenciais perfumam a atmosfera
regenerando simultaneamente o meio ambiente.
Existem actualmente pequenos difusores de aromas, baratos e de fácil utilização.
Como alternativa, pode colocar algumas gotas de essência num
recipiente, previamente misturadas com álcool (10 a 20%, ou seja, 1 a 2 gotas
para 10 gotas de álcool). Ao evaporarse, esta mistura purifica a atmosfera.
Esta utilização é um meio eficaz de prevenção contra os pequenos males do
Inverno (essências de eucalipto, de tomilho, de pinho e de terebintina).
Onde se podem encontrar os óleos essenciais?
O seu farmacêuticoervanário pode fornecerlhe todos os óleos essenciais e
aconselhálo quanto à sua administração.
108
Também existe uma gama importante à sua disposição nas lojas de dietética.
É preferível utilizar óleos extraídos por vapor de água, se possível de
qualidade biológica.
Precauções na utilização
É importante saber que os óleos essenciais não se dissolvem em água (não são
hidrossolúveis). Terá de utilizar um diluente, por exemplo, álcool, óleo,
“carvão de Belloc” (vendese nas farmácias), um pedaço de açúcar ou de mel ou
ainda incluílos noutras preparações.
Para os banhos, pode utilizar o álcool, numa proporção de 10 volumes de álcool
para 1 volume de óleo essencial. Para fazer esta mistura pode também utilizar um
gel de banho ou champô.
N. B.: Nunca deixe os óleos essenciais ao alcance de crianças.
A DRAGEIA
A drageia envolve e protege a planta sem diminuir de modo algum a
sua eficácia, apesar de muitos terapeutas tradicionalistas lhe preferirem a
infusão ou a decocção.
Uma cápsula está doseada de 250 a 400 mg. O invólucro é dissolvido pelos sucos
gástricos, e a planta, ficando em contacto directo com as mucosas do estômago, é
rapidamente assimilada pelo organismo.
Esta modalidade fornece a possibilidade de seguir um tratamento fitoterapêutico
de forma fácil e eficaz. Além disso, sendo cada drageia doseada com precisão, a
sua ingestão é sempre idêntica, fácil e agradável.
Certas plantas têm um sabor particularmente acre, como, por exemplo, a erva
moleirinha. Graças às cápsulas, podem ser facilmente ingeridas, o
que nem sempre é o caso com a infusão, a decocção ou a maceração, que exigem,
frequentemente, o recurso ao açúcar ou ao mel para alterar o seu sabor inicial.
109
COMO DEVE ALIMENTARSE PARA SALVAGUARDAR A SUA SAúDE
A ALIMENTAÇÃO
As teorias alimentares são variadas e antigas
Certas teorias estão associadas a práticas religiosas ou a proibições
alimentares, como é o caso, por exemplo, do catolicismo. De facto, esta religião
prescreve a quaresma em determinados períodos, bem como a
proibição do consumo de carne às sextasfeiras, e aponta os pecados capitais,
entre os quais a gula tem um lugar importante.
Hipócrates conhecia a importância da alimentação e preconizava:
“Que a alimentação seja o teu medicamento.”
E ainda:
Quando alguém desejar recuperar a saúde, é necessário perguntarlhe se está
pronto a suprimir as causas da sua doença; só então será possível ajudálo. “
Maimónides, médico, filósofo e rabino que viveu em Toledo no século xii enuncia
as seguintes regras:
“Come apenas quando sentires vontade. O homem sábio só come
para acalmar a sua fome.”
Cinco séculos antes da nossa era, os médicos chineses já tinham feito a
aproximação entre a sobrealimemtação e a doença. No Neí Ching, que é um dos mais
antigos tratados de medicina, é sob a forma de diálogos que um médico ensina ao
seu imperador as regras que governam a vida:
110
Nos tempos antigos perguntava o imperador o homem podia, ao
que parece, viver até aos 100 anos; agora, gastase muito rapidamente e morre
jovem, qual é a razão de ser assim? Antigamente responde o médico os homens
seguiam o Princípio.
Eram sóbrios e levavam unia vida ordenada e regular; actualmente os homens são
destemperados, bebem álcool e cometem abusos. Ainda neste nosso tempo, se o
homem poupar as suas energias, pode viver de boa saúde e tornarse centenário.
A sua alimentação e o seu modo de vida têm consequências sobre a sua saúde
Para os partidários de uma alimentação saudável, a cozedura e as diversas
transformações dos alimentos implicam alterações de estrutura e
perdas de nutrientes difíceis de avaliar.
Deste modo, as experiências feitas no início do século por dois célebres
investigadores, Simonsen e Pottenger, não deixam qualquer dúvida sobre as
consequências que as modificações nos nossos hábitos alimentares podem implicar.
No âmbito desta experiência, dois grupos de gatos foram alimentados de forma
diferente: o primeiro com carne crua e leite cru; o segundo com
carne cozida e leite fervido. Os gatos alimentados com carne crua permaneceram
de boa saúde, enquanto os do outro grupo, alimentados com carne cozida, sofreram
doenças, e as suas crias apresentaram taras e malformações, em particular ao
nível do maxilar e do esqueleto.
Não somos gatos, como é óbvio, mas é mais do que certo que não somos
geneticamente capazes de nos adaptarmos a modificações importantes no nosso modo
de vida. A nossa alimentação já não é semelhante à dos nossos antepassados, que
era fundamentalmente crua e composta de frutos, bagas e raízes.
Os alimentos desnaiurados que consumimos
Actualmente, a nossa alimentação, devido à industrialização da agricultura e à
notável transformação que tem sofrido graças à conservação, ao congelamento e
aos pratos prépreparados, tornouse barata (as despesas neste campo representam
em média 20% a 25% do orçamento familiar).
As prateleiras dos mercados e das grandes superfícies estão repletas de
alimentos variados e abundantes. Mas estes sofreram alterações muito importantes
durante as últimas décadas. Inúmeras substâncias químicas, destinadas a
preservar as culturas contra a invasão de parasitas e de ervas daninhas, são
utilizadas para aumentar o rendimento da produção. Estas substâncias concentram
se no vegetal, e os excedentes contaminam os solos e as camadas friáticas.
Calculase um patamar de tolerância, considerado aceitável, que vai
até um certo teor de contaminação, já que se considera que abaixo desse patamar
as doses ingeridas não têm qualquer incidência sobre a saúde humana. Estas são
calculadas em função de uma quantidade ingerida ao
longo de uma vida e supõese que não apresenta riscos apreciáveis. Uma vez
estabelecida esta quantidade limite, aplicaselhe um coeficiente de segurança e
definese assim a dose máxima admitida diariamente.
Este tipo de cálculo deveria ser tranquilizador e pôrnos ao abrigo de qualquer
intoxicação pelos componentes de síntese que entram hoje em
dia correntemente na nossa alimentação. No plano teórico, estes cálculos têm uma
certa coerência. No plano prático, em contrapartida, podemos considerar que
diversos poluentes alimentares, introduzidos através de técnicas modernas e
industriais, representam uni “risco maior” para a
saúde global das populações, quanto mais não seja porque somos incapazes de
avaliar as reacções específicas de cada indivíduo.
Escolha a qualidade e modere a quantidade
Uma boa parte dos males de que sofremos está directamente ligada ao
nosso modo de vida e, especialmente, à nossa alimentação. É por esta
razão que nos parece especialmente importante insistir neste ponto. Se, por um
lado, como afirmam muitos investigadores, devemos limitar a
quantidade de alimentos que consumimos, devemos por outro lado estar atentos à
sua qualidade. Por esta razão é útil evitar o consumo de pratos prépreparados,
congelados, cozinhados, etc., e que sofreram, além dos poluentes alimentares
durante a sua cultura (ou criação, quando se trata de produtos de origem
animal), manipulações para a sua transformação que recorrem a conservantes,
corantes, emulsionantes, etc.
112
O consumidor, no final desta cadeia, compra, prepara e consome alimentos
desnaturados. A nossa vitalidade e a nossa saúde sofrem as consequências, e
perdemos a capacidade de fazer face às inúmeras agressões exteriores.
As doenças de civilização cardiovasculares, cancros, diabetes, reumatismos,
alergias, etc., proliferam (consequência de uma mistura judiciosa de stress, de
condições de vida trepidantes e, para cúmulo, de uma alimentação inadequada,
rica em gorduras animais e em colesterol ... ).
Conselhos para melhorar a sua alimentação
Escolha bem os seus produtos
É preferível escolher, se possível, produtos provenientes de agricultura
biológica. Existem etiquetas que garantem a origem, por exemplo, a
Ecocert, e que diminuem parcialmente os riscos. Como alternativa existem em
muitos mercados pequenos agricultores que vendem directamente
a sua produção aos consumidores e que utilizam geralmente muito menos
produtos químicos, ou só os utilizam em caso de necessidade.
Quando? Como? O que comer?
O professor Bilz tinha este tipo de discurso:
Quando deve comer? Quando sentir necessidade; o melhor é comer
3 vezes por dia e nunca comer nem de mais nem à noite.
Como deve o homem comer? Deve mastigar bem e durante um período o mais longo
possível todos os alimentos. Por duas razões. A primeira, porque a saliva, tão
importante no acto da digestão, misturase convenientemente aos alimentos e
facilita o trabalho do estômago. Mas para conduzir até ao estômago alimentos bem
triturados e muito bem desfeitos é necessário ter bons dentes. Se quiser ter
dentes sãos, laveos várias vezes
ao dia. Não tome bebidas nem alimentos demasiado quentes ou frios pois estes
estragam os dentes e prejudicam a sua conservação.
O que devemos comer? O homem deve comer alimentos fáceis de digerir, em
particular:
113
Frutos e legumes que a terra produz e que o sol faz amadurecer. Cereais
integrais: o trigo, com o qual se fabrica um pão de farinha
grossa e que é tão alimentício e saboroso. É bom para a saúde porque o seu
conteúdo tem glúten, situado no invólucro do grão. O pão também contém fósforo,
magnésio e inúmeros minerais, indispensáveis ao bom equilíbrio corporal. Pela
primeira vez, há cerca de 7000 anos, os homens colheram gramíneas selvagens e
cultivaramnas.
Todos os cereais estão inscritos nas grandes civilizações e marcaram
a consciência dos povos e a história da humanidade. Eles estão na base de
tradições filosóficas e religiosas. O arroz, o trigo, a cevada, o milho painço,
o trigo sarraceno, o centeio e o mais (em função das épocas e das
regiões) participam na elaboração da estrutura do corpo e das células e têm uma
influência directa nos comportamentos humanos. A sua cultura
contribuiu para sedentarizar os nossos antepassados nómadas, transformandoos em
cultivadores.
A classificação dos alimentos de Shelton
Para Shelton, as perturbações que se verificam no nosso estado de saúde decorrem
de um desconhecimento da higiene alimentar, da sobrealimentação e de combinações
erradas de alimentos. Shelton estabeleceu regras para as combinações
alimentares. A sua observação dos animais selvagens permitiulhe constatar que
estes comem sobriamente e não misturam variedades diferentes de alimentos no
decurso de uma mesma refeição. Assim a sua classificação dos alimentos é a
seguinte:
* proteínas
* xaropes, hidratos de carbono e outros açúcares
* farináceos
* frutos doces
* gorduras
* frutos ácidos
* frutos semiácidos
* legumes verdes
* e, numa categoria à parte, os melões, já que estes não podem ser
misturados com outros frutos nem com qualquer outro tipo de alimento.
114
Os dez mandamentos de Geffroy
Geffroy, fundador da revista Vie Claire, preconizou as seguintes regras de
alimentação:
1. Evitar a sobrealimentação, devendo as restrições alimentares aplicarse
sobretudo à carne e aos subprodutos animais e, obviamente, ao álcool e ao
tabaco.
2. Evitar o hipertiroidismo e as radiações ionizantes, as temperaturas
ambientes elevadas (o sobreaquecimento dos apartamentos).
3. Exigir a não eliminação do germe e da base proteica do trigo na
preparação das farinhas e a proibição do mazute para a sua cozedura.
4. A proibição de utilizar, na indústria alimentar, aromatizantes,
emulsionantes e outros produtos que ele desconfiava serem cancerígenos.
5. A proibição da comercialização de óleos refinados, de gorduras
hidrogenadas e de carne de animais alimentados com produtos adicionados de
antibióticos.
6. O regresso a processos razoáveis de cultura de frutos, de legumes
e de cereais, de modo a não perturbar a sua composição aumentando o teor em
produtos químicos, nitratos e potássio.
7. Proibição de obrigar seres humanos a trabalharem em condições
insalubres, sem luz e num ambiente viciado, de modo a que, por magia,
desapareçam muitas patologias.
8. Estimular a expressão activa da consciência e o desenvolvimento de
faculdades tais como a memória e a intuição, que permitem ao
homem ultrapassar a sua mediocridade. Quanto à vontade, esta desenvolvese por
meio de exercícios físicos, tal como os músculos. É simples, basta para tal,
perante uma alternativa possível, fazer algo que tem de ser feito, ou não o
fazer porque é cansativo. Qualquer acção que necessite de esforço deve ser
privilegiada. Pretender escolher o caminho da boa saúde exige um esforço de
vontade.
9. Necessidade de optimismo e de autosugestão; reconhecer a influência que pode
ter o pensamento sobre o corpo e viceversa.
10. Agir também sobre certas causas independentes da nossa vontade:
as causas psicológicas, de origem psicossomática, tais como a angús
115
tia, os medos, o stress e os desgostos, que geram reacções próprias a cada
indivíduo e que têm por vezes origens ambientais.
O crudivorismo
O crudivirismo preconiza a exclusão da nossa alimentação de qualquer tipo de
cozedura e a ingestão de alimentos no estado em que a natureza os produz. O
instinto alimentar deve ser redescoberto, já que os nossos gostos e apetências
foram pervertidos pela transformação dos alimentos e dos nossos métodos
culinários.
O exemplo de um animal doméstico que sempre comeu carne crua, e a quem se dá a
provar carne cozinhada, e a come e pede mais é uma boa ilustração deste facto.
Já se observava este fenómeno em volta dos acampamentos onde os alimentos eram
cozidos e onde os animais selvagens, atraídos pelo cheiro, comiam os restos
deixados pelos homens. Um outro fenómeno relacionado com este é o facto de este
tipo de hábito criar dependências e, por conseguinte, se espalhar facilmente. É
assim que trocamos de moradas de restaurantes ou de receitas culinárias.
Para os adeptos do crudivorismo, só os alimentos produzidos naturalmente no
nosso ambiente devem fazer parte das nossas ementas.
Fomos geneticamente “programados” para os consumirmos assim mesmo, já que
estamos fisiologicamente próximos dos nossos primos, os
macacos, tendo em comum com eles 99% do nosso material genético. Entre o
chimpanzé e o homem existem grandes semelhanças genéticas. Estas semelhanças
deveriam inspirarnos sobre o nosso tipo de alimentação.
Este método preconiza uma alimentação que terá sido a do homem na sua origem.
Alguns chamamlhe alimentação paleolítica, pois exclui qualquer tipo de
cozedura ou de transformação, qualquer adição de sal, de pimenta ou de açúcar
(mas permanece contudo uma hipótese de escola). As alterações que decorrem da
cozedura predispõemnos ao consumo de alimentos cada vez mais modificados, como
é o caso, por exemplo, do açúcar, do café e dos excitantes, o que contribui para
o nosso desequilíbrio orgânico.
116
Para o Dr. Devernois de Bonnefon, o carácter recente das transformações que
aplicamos aos nossos alimentos, graças à industrialização da agricultura e às
diversas mutações ligadas à conservação e à preparação da nossa alimentação, têm
por consequência o facto de o nosso organismo não conseguir adaptarse a estas
novas formas e técnicas alimentares. Deveríamos, por isso, questionar estas
transformações, bem como as diversas misturas que fazemos no decurso de uma
mesma refeição.
As fibras cruas agem de uma forma específica sobre a flora intestinal e
influenciam os microrganismos que a compõem. Elas estimulam a função das
bactérias úteis e facilitam a eliminação das bactérias patogénicas.
A acção enzimática da alimentação crua é importante: ela é viva e
facilita a digestão e a boa assimilação dos princípios nutritivos. Daí a
necessidade de uma alimentação em que o cru entre numa proporção importante,
para nos protegermos contra as doenças degenerativas. A cozedura destrói as
enzimas e priva o organismo destes preciosos aliados.
A clorofila é um pigmento essencial, cuja função é a fotossíntese, e
encontrase em quantidades suficientes nos legumes verdes. Quando estes
alimentos são ingeridos crus, têm poderes protectores espantosos sobre o nosso
organismo.
Os grãos germinados
Constituem uma outra forma de consumir os cereais e as leguminosas. Muitos grãos
prestamse admiravelmente, com efeito, a esta simples operação: basta colocar os
grãos num prato ou num recipiente e cobrilos de água. Depois devem ser
enxaguados, e deve mudarselhes a água todos os dias. Ao fim de 2 a 3 dias os
grãos começam a germinar e podem ser consumidos misturados em saladas.
O príncipe Sadruddin Aga Khan lembra o seguinte:
1’Para nos livrarmos dos hábitos alimentares suicidas das sociedades industriais
e para garantir aos habitantes do Terceiro Mundo uma quantidade de alimentos
suficiente, tratase de aprender a
utilizar as tecnologias primárias que livram os primeiros da doença
dos da fome. “
117
Os grãos germinados têm um poder energético extraordinário. Constituem um
alimento por si só e são ricos em vitaminas, enzimas e oligoelementos
assimiláveis. Têm uma importância fundamental em todos os casos de carência e,
além disso, não têm quaisquer contraindicações.
Todos os grãos são excelentes: o trigo, a aveia, o centeio, o arroz, a cevada, o
milho painço, bem como as leguminosas: grãodebico, lentilhas, feijões de todas
as espécies, soja, etc.
O pão na história
A evolução do consumo do pão na história é interessante já que ela
marca a diminuição progressiva do número de cereais utilizados pelo homem. Como
alimento fabricado, é relativamente recente na história alimentar da humanidade
e foi colocado em lugar de honra pelos ricos. Anteriormente consumiamse
essencialmente bolachas e papas.
Rivalidade entre os cereais segundo as épocas
Para a Roma antiga o pão era um produto novo. Preferiamlhe o trigo
moído confeccionado em papas. Na Antiguidade o pão de trigo fermentado era o
mais utilizado. Não boiava à superfície da água e afundavase, o que nos dá uma
ideia da sua densidade.
Os Gregos, habituados ao pão de trigo, consideravam que o pão
negro de centeio dos Macedónios e dos Trácios era detestável.
Os Romanos consideravam o centeio uma planta daninha. Só gostavam do pão de
cevada.
Durante muito tempo o pão foi considerado como um produto raro e
caro, que era necessário consumir com moderação e parcimónia. Nas regiões
alpinas coziamno raramente por falta de lenha, e era conservado com um cuidado
muito especial. Encontraramse pães conservados durante vários anos.
Mais perto de nós, os Anglosaxões e os Latinos têm uma preferência
acentuada pelo pão branco. Os Alemães e os Eslavos preferem o pão negro.
118
Também se confeccionou pão de milho painço, aveia e bolota e até mesmo de
leguminosas (sobretudo lentilhas). E foi por causa da noção de luxo associada ao
pão de trigo que se expandiu o pão de batata.
Crenças e doenças
Para certos povos o pão era considerado um alimento “extraordinário”, uma dádiva
dos céus. Basta verificar a importância que ele ocupa nos
mitos, nos contos e nas crenças populares. O pão era utilizado para acalmar a
fome e, em razão dos seus poderes benéficos, para combater as más influências
graças às suas propriedades curativas. Os bolos que se confeccionam em memória
do pão milagroso de Santo Emiliano, bem como os
que se oferecem a Santa Agata no dia 5 de Fevereiro, constituem um bom exemplo
deste fenómeno.
Um ditado popular afirma que “aquele que deixar cair pão ao chão e por cima lhe
passar saberá um dia o que é ter fome “.
O poder estatal descobriu também a importância do pão, que é mencionado no
Capitulário de Francoforte de 794, em documentos emanados de Carlos Magno: este
imperador pretendia fixar um preço máximo para os cereais, independentemente da
importância da colheita.
As virtudes do pão
Panificação e simbólica
Segundo o historiador Henirich Edouard Jacob, a origem da primeira panificação
situase a cerca de 4000 anos antes da nossa era. Foi o principal alimento dos
povos da região do Nilo, e pensase que os primeiros trigos cultivados provinham
da Abissínia. Mas é provavelmente do Egipto antigo que aprendemos a arte da
panificação.
A simbólica do pão revestese de um carácter muito particular. A segurança
alimentar que oferecia a cultura do trigo foi o ponto de partida da evolução das
técnicas e das ciências. Tem uma Influência importante na construção do
pensamento abstracto. As antigas tradições sempre tiveram uma atitude de
respeito para com os seus cereais.
119
Pão integral e pão branco.. Uma explicação necessária
A operação de moagem pulveriza simultaneamente o farelo e o endosperma para
fazer uma farinha integral. Desde há séculos que a farinha é peneirada de modo a
fornecer farinhas cada vez mais brancas. Porque a imagem da brancura imaculada é
imposta ao público como garantia de pureza e de boa saúde!
Todavia tudo milita em favor do pão integral, na condição de este ser
confeccionado com farinha biológica. Porque o pão integral cuja farinha provém
de cultura industrial é mais perigoso do que benéfico, já que o
farelo concentra os resíduos químicos utilizados na agricultura.
O pão integral natural é mais rico em sais minerais e biocatalisadores. A
celulose é um activador hepático. Graças à sua acção laxante, é um antiséptico
das vias biliares e intestinais. Além disso, a ingestão de farelo favorece a
eliminação do colesterol e dos sais biliares e reduz as litíases, daí a sua
importância na prevenção dos cálculos.
O farelo facilita a digestão e combate a prisão de ventre
De um ponto de vista alimentar é nitidamente preferível às outras fibras que se
encontram nos vegetais. Estes contêm todos celulose em
várias quantidades, mas o farelo tem um poder higroscópico várias vezes superior
ao dos legumes.
O professor Bernier considera que 20 g de farelo por dia são suficientes para
tratar a prisão de ventre causada por inércia do cólon (a mais
vulgar). Henri Charles Geffroy, fundador da revista Vie Claire, constata que a
prisão de ventre, mesmo a mais rebelde, desaparece geralmente em
alguns dias quando as pessoas que dela sofrem substituem o pão branco por pão
integral. Realça também que este tem uma acção salutar sobre as
perturbações digestivas, a obesidade, a hemoglíase e os problemas
cardiovasculares decorrentes de uma má assimilação do glúten e do amido.
Mas actualmente só os pães integrais confeccionados com farinhas biológicas
respeitam estes critérios de qualidade.
120
As especiarias: devem ser consumidas com moderação
Estas são, geralmente, muito controversas para todos os adeptos de uma
alimentação saudável, pelo menos nas nossas regiões. Aconselham que sejam
utilizadas com moderação.
É também o caso do sal, cujo consumo não deve ser exagerado.
O açúcar
O açúcar na história
O consumo de açúcar é um fenómeno relativamente recente. Os Gregos nem sequer
tinham uma palavra para designar a cariadeaçúcar. Nearco, almirante ao serviço
de Alexandre, o Grande, chamavalhe o mel sem abelhas.
600 anos antes da nossa era, os Persas descobriram uma técnica de refinação e de
cristalização do suco da canadeaçúcar, que, ao solidificar, não fermentava.
O exército muçulmano foi o primeiro a constatar os malefícios do açúcar. Os
oficiais do sultão falam do pouco entusiasmo para a guerra que demonstravam os
soldados consumidores de açúcar, da sua falta de combatividade, de resistência
física e de coragem.
No século xvi, Léonard Rauwolf, botânico e viajante, descreve o
fenómeno da dependência das guloseimas.
Não se deixem tentar pela “açucarmania”
A hipoglicemia (queda brusca da taxa de glicose no sangue), que se
manifesta por múltiplas perturbações, é, para certos neuropsiquiatras, uma
das causas principais das doenças mentais (psicose, paranóia, esquizofrenia) e
tem a sua origem nas transformações efectuadas nos nossos hábitos alimentares.
Para o Dr. Van Meer, investigador, a correlação entre o aparecimento da
poliomielite e o consumo de açúcar não deixa quaisquer dúvidas.
Combater o açúcar não é, contudo, uma coisa fácil. Este simboliza efectivamente,
aos olhos do público, a doçura e a facilidade. Questionar
121
esta imagem, ou simplesmente lançar a dúvida e sugerir que o açúcar pode estar
associado ao aparecimento de doenças, é insustentável. Como negar tantas ideias
adquiridas e conseguir que as pessoas aceitem que quando dão uma guloseima ou
açúcar às crianças estão a preparálas para que elas se tornem no futuro
“açúcardependentes” e que isto constitui uma porta aberta para muitos problemas
de saúde?
Como todas as dependências, a “mania do açúcar” é uma droga difícil de
abandonar. Ela predispõe e favorece outras dependências: do chocolate, do café,
do chá, do tabaco (e, para algumas pessoas, predispõe à toxicomania).
Nas crianças pequenas podemos constatar por vezes uma hipoglicemia funcional que
faz com que não sejam capazes de assimilar o açúcar e o rejeitem.
Para os médicos tradicionalistas orientais, o açúcar, sendo “Yin”, favorece as
doenças “Yin”, ou seja, os cancros, as doenças cardiovasculares
e as doenças mentais. Inúmeros investigadores ocidentais consideram também que o
açúcar é o alimento privilegiado da célula cancerosa.
Para o Dr. Tintera, existe apenas um único tipo de alergia: a alteração das
glândulas suprarenais pelo açúcar. O Dr. Tintera emite a hipótese de que o
recrudescimento (apesar da vacinação sistemática) da tuberculose está ligada ao
consumo de açúcar, que favorece o desenvolvimento das bactérias patogéneas.
Finalmente, constatase que o diabetes está em constante progressão: quanto mais
os países consomem açúcar, mais os cidadãos desses países sofrem desta doença.
Quanto à mortalidade em razão dos seus efeitos, esta aumenta nos países onde
aumenta o consumo de açúcar.
Dezoito consellios para lutar contra a hipoglicemia
O Relatório da “United States Dietary Goals” (Metas dietéticas dos Estados
Unidos) propõe o regime seguinte:
aumente os hidratos de carbono naturais;
diminua as gorduras saturadas;
suprima os açúcares rápidos (ou reduzaos acentuadamente); restrinja o uso do
sal; use e abuse de frutos e de legumes frescos, bem como de cereais
integrais;
122
evite a carne, diminua o consumo de manteiga e de leite (e, ainda,
dos subprodutos lácteos, queijos, pastelaria, etc.); abstenhase de tomar café;
evite os excessos alimentares, não coma demais;
não coma quando se sentir contrariado, depois de uma emoção violenta, medos,
desgostos... evite comer pratos demasiado quentes ou gelados; evite as
cozeduras em fornos de microndas; evite os grelhadores e os barbecues;
não coma quando não tiver vontade. É preferível saltar uma ou duas
refeições a forçarse (ou forçar uma criança) a comer;
não coma alimentos refinados continuamente (pão branco, açúcar,
congelados, batatas fritas, conservas, produtos de charcutaria, enchidos, carnes
frias, pratos cozinhados, manteigas cozinhadas, gorduras animais, pastelaria e,
de uma maneira geral, todas as preparações alimentares précozinhadas);
suprima as bebidas açucaradas: sodas, schweppes, cocacola;
consuma com bom senso vinho, cerveja, álcool, café, chá;
evite consumir diversos tipos de alimentos numa mesma refeição;
de uma maneira geral, evite os aditivos, os produtos de síntese, os
adoçantes, os aromatizantes e os conservantes.
A título indicativo, apresentamos uma lista de alguns produtos que ingerimos com
os nossos alimentos
Os pesticidas vão parar ao seu prato
O rendimento das colheitas duplicou desde a última guerra. Para que isto pudesse
acontecer foi necessário utilizar dez vezes mais pesticidas. Os insectos e as
ervas daninhas que estes produtos supostamente combatem tornamse cada vez mais
resistentes e adaptamse de modo a lutar contra os pesticidas utilizados para a
sua destruição. Por conseguinte é necessário utilizálos em quantidades cada vez
maiores e descobrir novos
sem cessar.
Entre os produtos utilizados encontramse, nos insecticidas, organocloretos (das
quais faz parte o célebre DDT), organofosfatos; nos herbicidas, fenoxil,
dinitrofenol, ete.; nos fungicidas, guanidina, ciciohexano,
123
carbamatos, etc. Alguns destes produtos, como, por exemplo, o DDT, foram
proibidos na maioria dos países industrializados, mas continuam a ser vendidos
nos países subdesenvolvidos. É por isso que certos produtos alimentares
comprados nesses países e cultivados com a ajuda desses pesticidas aparecem,
graças às importações, no cabaz das compras da dona de casa do Ocidente.
Inúmeros estudos demonstraram que alguns destes produtos podiam ter efeitos na
saúde dos indivíduos e ser genotóxicos, apesar de serem, em
geral, rapidamente metabolizados. Tratase, em particular, dos organocloretos
que permanecem mais tempo nos tecidos. A toxicidade destes produtos revelase
frequentemente quando se encontram associados a outros, tais como a certas
substâncias farmacêuticas.
Os pesticidas atacam o esperma
Devemos também lembrar que a utilização de pesticidas na agricultura é um dos
factores que contribuíram para fazer baixar de forma notável a taxa de
fertilidade do esperma masculino. Estudos escandinavos e belgas concluem a
existência de uma redução de 30% na espermatogénese, fenómeno que se verificou
nos últimos trinta anos. Para Ralph Doughtery, da Universidade da Florida, a
densidade do esperma passou de 90 milhões de espermatozóides para 60 milhões.
Quem é responsável: os bifenilos policloretos (BPC). Todas as amostras de
esperma examinadas continham resíduos de pesticidas.
O tratamento dos animais degrada a carne que consumimos
No que diz respeito aos produtos de origem animal, o processo é idêntico. O
animal é, primeiro, alimentado e engordado com ingredientes que contêm os
produtos atrás referidos, e, além disso, para o proteger contra as doenças
infecciosas, a sua alimentação é submetida a tratamentos preventivos. Todos
estes comportam doses notáveis de antibióticos incorporados nos alimentos. Para
além de combaterem as doenças infecciosas, estimulam o crescimento dos animais.
A penicilina, a tetraciclina e a estreptomicina são utilizadas com nitrofuranos
(sulfamidas). A tal ponto que existem criadores que se recusam a consumir os
seus próprios animais e produzem outros animais reservados ao seu consumo
pessoal.
Não obstante a maioria destas substâncias serem eliminadas nos excrementos ou se
degradarem no organismo, algumas podem fixarse nos
124
tecidos do animal e causar, nos humanos sensíveis problemas de intolerância ou
alergias. Além do mais suspeitase que sejam cancerígenas.
O QUE DEVEMOS BEBER?
A água, esse elemento mal conhecido que nos sacia a sede desde os tempos mais
remotos
O adulto, o adolescente e a criança devem saciar a sua sede com uma bebida: a
áGUA. “
Era assim que começava um dos discursos pronunciados pelo prof Bilz.
A água representa mais de 70% da superfície terrestre. É o principal componente
do nosso corpo. A sua origem na terra remonta ao período précâmbrico (há 4 mil
milhões de anos). É um elemento extraordinário, presente a todos os instantes da
nossa vida e, contudo, tão mal conhecido.
A água tem a faculdade extraordinária de se regenerar e recielar. Bebemos
actualmente a mesma água que os primeiros seres vivos do nosso planeta bebiam.
No nosso organismo ela está presente de duas maneiras: a água associada e
integrada nas nossas células, e a água livre que circula na linfa e no sangue e
assegura desta forma a nutrição e a eliminação dos detritos.
Para o Dr. Eng. J. Giralt Gonzales, os aspectos das propriedades dinâmicas da
água são desconhecidos, e ela não constitui apenas uma simples combinação de
átomos de oxigénio e de hidrogénio, contendo outras substâncias em dissolução.
A água é indispensável à vida
Reduzir a água a propriedades químicas e físicas tem um significado muito
limitado. A realidade é mais complexa e ultrapassa largamente todas as hipóteses
actualmente emitidas. Ela é indispensável à vida e tem
uma função de intermediário entre o meio ambiente e os seres vivos.
125
A água, no nosso organismo, participa no equilíbrio geral e é um dos factores
essenciais na optimização das nossas defesas imunitárias. Se ela contiver
elementos indesejáveis, estas ficam diminuídas e perturbadas.
A água participa em todas as trocas corporais e é a base de todas as reacções
físicoquímicas. Serve como veículo para transmitir os elementos necessários à
reconstituição do nosso corpo e à eliminação dos detritos. É o motor dos nossos
intercâmbios extra e intracelulares.
O culto da água em todas as grandes tradições
Em todas as grandes tradições, a água é certamente o símbolo regenerador, mas
também purificador, por excelência. Ela liberta o corpo e alma das suas
impurezas. É indispensável e antecede todas as cerimónias tradicionais. Na
Bíblia, este elemento está presente de forma quase permanente. No Deuteronómio
11:1317, pode lerse este trecho perfeitamente significativo:
“Se obedecerdes às leis que hoje vos imponho amando o Senhor
vosso Deus, servindoO com todo o vosso coração e com toda a vossa alma, o
Senhor derramará sobre a vossa terra a chuva no seu tempo, chuva de primavera e
chuva de fim de outono, e farás a
colheita do teu trigo, do teu vinho e do teu azeite. Fará crescer a erva no teu
campo para o teu gado, e viverás na abundância. Cuidai para que o vosso coração
não ceda à sedução e sejais infiéis a ponto de servir outros deuses e de lhes
prestardes culto. A cólera do Senhor inflamarseia contra vós e Ele fecharia os
céus: a chuva deixaria de cair, a terra recusarvosia o seu fruto e vós
desapareceríeis rapidamente da boa terra que o Senhor vos destina.1
Desconfiem das águas minerais
A alteração dos nossos hábitos relativamente ao consumo de água nos
últimos vinte anos, derivada em parte da poluição das nossas camadas friáticas,
fez com que o consumidor se tenha virado para as águas ditas
126
“minerais”. É importante realçar que se trata de águas medicinais que têm
frequentemente virtudes específicas.
Estas águas são muitas vezes fortemente mineralizadas e desaconselhamos
vivamente o seu consumo sistemático. É aliás provavelmente por este motivo que
cada vez existem mais pessoas com problemas de cálculos.
Contudo, se desejarem beber uma água pouco mineralizada, existe um
método: consiste em adaptar um aparelho de osmose inversa na torneira de água.
Este tipo de aparelho tem a particularidade de libertar a água dos seus
minerais, do calcário, dos pesticidas, dos microrganismos, etc.
ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA E DIETA
As refeições “fortificantes” não vos curarão
A digestão exige que o organismo mobilize as suas forças. Este trabalho, sendo
fácil para um corpo em bom estado de saúde, tornase difícil para pessoas
doentes, cansadas, perturbadas ou simplesmente contrariadas. Contrariamente ao
que se pensa habitualmente, não se ajudam os
doentes dandolhes alimentos ditos “fortificantes”. Estes só fazem, na
melhor das hipóteses, atrasar a cura e, na pior, acentuar as afecções e
provocar recaídas.
Um organismo que precisa de se defender mobiliza as suas forças contra a doença,
por conseguinte restamlhe poucas ou nenhumas para dedicar à digestão. Um doente
que pretenda encontrar o caminho da saúde deve saber que não é através de
excessos alimentares que encontrará um
remédio para os seus males.
Para Bilz:
“Restringirmonos ou privarmonos de alimentos produz no nosso
corpo as mais sólidas curas. “
127
Alimentação alternativa de tendência vegetariana: redescubram o sentido de bem
comer
Muitas doenças, como já vimos, têm por origem erros alimentares. Estes erros
estão entranhados em nós e foram frequentemente transmitidos de geração em
geração, a ponto de se tornarem imperceptíveis e de já não os considerarmos como
tal.
Os legumes, os cereais, as leguminosas, as batatas, os frutos e as bagas devem
ter uma parte importante na nossa alimentação. Se actualmente os
vegetais não chegam para alimentar completamente os homens, é provável que antes
de existir a agricultura compusessem o essencial da alimentação dos primeiros
homens.
O cansaço é o resultado de a nossa alimentação ser demasiado forte, mal
mastigada, demasiado rica e abundante e não conter suficientes frutos frescos,
que deveríamos consumir diariamente.
Recentemente a medicina começou a relacionar os alimentos industriais com as
doenças e perturbações que estes podem favorecer (pão branco e prisão de ventre;
gorduras animais e colesterol, doenças cardiovasculares; açúcares e obesidade,
diabetes; aditivos químicos e cancros e alergias, etc.).
O JEJUM PARA DESINTOXICAR
Tal como dissemos anteriormente, para fazer um jejum prolongado é preferível
consultar um médico especialista ou um terapeuta nutricionista e seguir o
tratamento sob a sua vigilância.
Em contrapartida, o que toda a gente pode e deve é fazer jejuns de 24 a 36
horas. Estão ao alcance de todos, são benéficos e não têm qualquer perigo. Além
do mais, como o período de dieta é muito curto, a realimentação não levanta
qualquer problema.
O hábito que é necessário vencer é a fome psicológica (que não tem nada a ver
com a fome real), esse pequeno buraco no estômago que sentimos nas horas
habituais das refeições. Tal sensação não dura muito, o que verificamos
facilmente quando temos alguma obrigação ou trabalho que nos faz esquecer esse
momento.
128
Para começar faça uma cura de frutos
As pessoas que nunca jejuaram devem, de preferência, começar por uma cura de
fruta.
* Na véspera à noite coma uma refeição leve.
* No dia seguinte de manhã coma fruta fresca, toranjas, laranjas ou
maçãs.
* Ao almoço varie a fruta se puder: peras, melão, fruta da época, etc.
Cerca das 16.00 pode voltar a comer uma ou duas peças de fruta. Esta dieta é
acompanhada de água fresca, à discrição, ou de infusões. À noite coma muito
pouco.
Este género de dieta pode praticarse um dia por semana e, até, mais vezes,
podendo ser eventualmente adaptada. É excelente e permite desintoxicar o
organismo. É, em especial, recomendada após abusos alimentares (refeição
copiosa, abuso de bebidas alcoólicas, etc.).
Em seguida, jejue durante 24 a 36 horas
Os benefícios do jejum são inúmeros e recomendáveis para todas as
afecções. As únicas contraindicações, para certos especialistas, são a
diabetes e a tuberculose.
As pessoas obesas podem jejuar, tal como as pessoas magras; e os jovens, tal
como as pessoas idosas.
Proceda da seguinte maneira:
* Na véspera à noite coma uma refeição ligeira. No dia seguinte beba
apenas água. Se por qualquer razão o jejum se tornar desagradável (o que
significa que a desintoxicação se está a efectuar), interrompao com uma
refeição de fruta fresca e recomece 2 ou 3 dias depois. Na maioria dos casos,
para jejuns de 24 a 36 horas, pode continuar a ter as suas ocupações habituais.
* Para um jejum de 24 horas, alimentese ligeiramente à noite, o que
na realidade consiste apenas em “saltar o pequenoalmoço e o almoço,,.
129
Pode terminar este jejum com uma infusão de tomilho, de alecrim ou de outra
planta qualquer.
Depois de várias experiências o jejum tornase tão simples, fácil e
benéfico que certamente conseguirá converter muitos adeptos.
* As pessoas com prisão de ventre crónica podem sentir, eventualmente, um certo
malestar, mas sem qualquer gravidade: dores de cabeça, náuseas, etc. Para o
evitar basta tomar na véspera uma compota de ameixas cozidas, à qual pode
acrescentar 2 colheradas de farelo, e de manhã, fazer uma lavagem intestinal com
água morna com um pouco de sal (ver também o tratamento natural contra a prisão
de ventre).
* Para jejuar durante 36 horas, proceda da mesma maneira e só volte
a alimentarse dois dias depois, à hora do almoço, mas faça apenas uma refeição
ligeira (ou de fruta fresca).
* Além de 36 horas é preferível jejuar sob a vigilância de um terapeuta
competente.
CONSELHOS PARA VIVER MELHOR E MAIS TEMPO
DUAS REGRAS ESSENCIAIS PARA UMA BOA SAúDE
1.’ regra: Vigie a sua saúde
“Não se deve começar a pensar no corpo quando este está em
sofrimento, mas, pelo contrário, começar a preocuparse quando ele está
saudável. Com efeito, é sempre mais simples evitar uma
doença, por grave que seja, do que curar uma simples constipação.
Bilz
Encontrase este princípio, tal como outros conselhos de temperança, em todos os
grandes médicos da Antiguidade.
130
Quanto mais se vigia a saúde, tomando medidas de prevenção adequadas, menos se
terá de intervir para combater a doença. Mas, mesmo que esta apareça, o doente
terá a capacidade de a enfrentar sozinho.
2.’ regra: Procure um ambiente de qualidade e respire a plenos pulmões
Já vimos, no capítulo que lhe foi dedicado, qual é o papel de uma
alimentação saudável e restrita. Os problemas gerados pelo nosso mundo
industrial aumentam constantemente e são responsáveis por novas
patologias. A qualidade do nosso ambiente, mesmo escapando ao nosso
poder de decisão, tem, por conseguinte, uma importância capital. Por este motivo
devese absolutamente, tanto quanto possível, viver num ambiente saudável.
Cinco conselhos para viver de uma forma saudável
A respiração é a nossa necessidade primordial. A vida começa com a respiração e
acaba com ela. A cada inspiração ingerimos ar, e a sua
composição intervém directamente na totalidade do nosso metabolismo e do
funcionamento do nosso corpo. O ar é a nossa necessidade primordial e,
juntamente com a água, é totalmente indispensável. Podemos jejuar, privarmonos
de certos alimentos na nossa alimentação, mas é impossível vivermos mais do que
alguns minutos sem respirar, É por isso que, se
seguir os conselhos que damos adiante, terá uma boa saúde.
Evite, se possível, viver nos grandes centros urbanos. As cidades médias ou as
aldeias são sempre, no que diz respeito à qualidade do ar, preferíveis às
megalópoles.
Viva num ambiente agradável.
Evite os materiais tóxicos. Inúmeros materiais intervêm no nosso ambiente
próximo e podem ter repercussões sobre a nossa saúde. O escândalo recente do
amianto é a prova disto. Existe actualmente a possibilidade de viver num
ambiente aceitável. Encontramse, hoje em dia, tintas e tratamentos não tóxicos
à disposição do público, para a construção ou recuperação de casas. Para o chão
é preferível utilizar a madeira, a tijoleira ou revestimentos naturais tais como
as alcatifas de lã.
131
Prefira as fibras naturais. As fibras naturais são, de longe, superiores aos
tecidos artificiais que perturbam os campos magnéticos do corpo. Evite, se
possível, roupas à base de tecidos sintéticos e prefira o algodão, a lã e a
seda.
Evite usar constantemente sapatos isolantes (com solas de borracha, material
sintético, etc.).
O ENDURECIMENTO:
SETE MANEIRAS DE VENCER A DOENÇA
Segundo o professor Bilz e para o padre Kneipp, é indispensável tornar o corpo
mais resistente, de modo a que este esteja apto a fazer face às
variações climatéricas e seja capaz de enfrentar e de vencer a doença. Os seus
conselhos continuam válidos:
Faça fricções diariamente com loções frias ou frescas em todo o
corpo, durante um período prolongado. Se no início não suportar a
água fria, habituese progressivamente, começando com água morna.
Não hesite em tomar banho na banheira: estes banhos tomamse
a uma temperatura de 25 a 30’ centígrados e duram entre 5 e 10 minutos. São
imediatamente seguidos de duches frios com uma
duração de 2 a 3 minutos, terminando com uma vigorosa fricção. Aproveite os
banhos de Verão, de mar ou de rio.
Ande descalço: o andar deve ser confortável e pode durar de alguns
instantes a várias horas. Deve certificarse de que os seus pés estão quentes.
Ande no jardim ou na tijoleira. Uma das particularidades deste exercício é
permitir ao corpo libertarse da electricidade estática.
_na erva húmida: esta marcha é particularmente vivificante. É
recomendada depois da chuva e também quando aparece o orvalho matinal. A sua
duração é variável, pode durar de alguns instantes a
30 minutos. ...Sobre as pedras húmidas. ... e na água, à beira do mar e dos
rios. A água deve chegar até às canelas (quanto mais fresca for, mais benéfica
será). Na falta de mar ou de rio, pode fazêlo em casa, dentro da banheira.
132
PROCURE NOS EXERCíCIOS FíSICOS A DESCONTRACÇÃO E A EXPRESSÃO CORPORAL
O exercício físico é indispensável ao bom funcionamento do nosso corpo. Este
deve sempre adaptarse à idade, ao físico e à personalidade de cada um.
Caminhe ao ritmo da sua respiração
Caminhar é o exercício físico por definição. Não tem contraindicações e pode
ser praticado por toda a gente. Não exige qualquer tipo de equipamento
sofisticado nem qualquer infraestrutura dispendiosa. Além disso, andar a pé ao
ar livre favorece a oxigenação, a circulação sanguínea
e a descontracção.
Um exercício excelente que fornece bemestar e descontracção é caminhar ao ritmo
da respiração: o andar é lento, com o corpo relaxado, começando por uma
expiração lenta e profunda, de modo a expulsar o ar
dos pulmões.
A inspiração efectuase durante 3 ou 4 passos, conservando o ar nos
pulmões durante 2 ou 3, e a expiração efectuase, igualmente, durante 3 ou 4
passos. Este exercício deve adaptarse ao ritmo da respiração e
efectuarse sem brusquidão.
Cultive as benesses dos exercícios físicos
Podem praticarse inúmeras actividades físicas: andar de bicicleta, natação,
jogging, desportos de equipa, ete. Contrariamente, todos os desportos violentos
que buscam hipotéticas performances, ou as competições desportivas, estão
proscritos. Desenvolvem apenas a agressividade e predispõem à violência. Para
nos apercebermos disto basta constatar os danos e a violência que geram certas
reuniões desportivas. Estas competições só existem porque geram lucros. Quanto
aos desportistas de alto nível”, estes sofrem, frequentemente, as sequelas de um
treino que os empurra para além das suas capacidades físicas. Eles são, para os
promotores de espectáculos desportivos, meras ferramentas das quais
133
retiram o máximo de rentabilidade por todos os meios possíveis, incluindo o
doping.
Em contrapartida, quando um desporto é praticado como forma de descontracção ou
de expressão corporal, respeitando os recursos físicos próprios de cada
indivíduo, ele é sempre benéfico.
O REPOUSO: INDISPENSÁVEL PARA O SEU BEMESTAR
Se, tal como vimos, o exercício físico bem coordenado é indispensável ao corpo,
o repouso também é muito salutar.
O nosso corpo possui a faculdade de se autoregenerar de forma natural. Possui
também um elo específico que o mantém em estreita relação com o seu meio
ambiente. Mas nós temos, por intermédio do nosso espírito, a possibilidade de
influenciar as nossas reacções e as fases que as compõem.
O segredo de um bom repouso: durma... naturalmente
Existem diferentes tipos de sono que foram descritos por inúmeros
investigadores. É simples consciencializarmonos deste facto, basta examinar os
períodos e a intensidade do sono. A sua duração é variável em
função dos indivíduos e da idade. Por isso, durante a infância e a adolescência,
as necessidades são maiores.
Constatase que as perturbações do sono são cada vez mais frequentes. Contudo, o
sono ocupa ou deveria ocupar um terço da nossa vida, do qual grande parte é
feita de sonhos.
Para que o nosso organismo possa recuperar o melhor possível, é necessário que o
sono seja natural. Quando se recorre, para dormir, a
soníferos, antidepressivos ou ansiolíticos, estes alteram as fases iniciais do
sono. Estes medicamentos geram habituação e dependência. Ora o sono pode
aprenderse e prepararse. Para tal, antes de se deitar, faça exercícios de
relaxamento, oiça música clássica e evite os espectáculos stressantes ou
violentos na televisão, que favorecem as insónias.
134
Aprenda a descontrairse e a relaxar
Muitas vezes, é preciso pouca coisa para nos conseguirmos descontrair. As
técnicas são variáveis em função dos indivíduos. As decorrentes do hathayoga já
demonstraram a sua eficácia: treino autogéneo, sofrologia de Edgar Cayce, auto
hipnose, relaxamento Schultz, método Vittoz, stretching postural, Rebirth, etc.
Todas elas visam o mesmo objectivo, que é o de nos predispor à descontracção.
Um método muito simples
Existe um método simples: deitese de costas, em cima de um tapete no chão.
Escolha um local silencioso e com pouca luz e vistase confortavelmente. A
posição deve ser agradável.
Descontrairse: um método para se conhecer melhor
Com os olhos semicerrados comece por respirar calmamente, lentamente. Passe em
seguida em revista todas as partes do seu corpo e todos os seus músculos.
Visualizando interiormente as várias partes do seu
corpo, descontraiaas mentalmente. Para tal pode utilizar frases do tipo:
* “Estou calmo, calmo, calmo... descontraído, descontraído... o meu
corpo está pesado, pesado... já não o sinto. Está a afundarse no chão. Uma doce
sensação de calor invademe...”
* Depois, comece pelo rosto: “0 meu rosto está descontraído, as minhas
faces estão descontraídas, os meus lábios estão descontraídos.” A língua é
importante: no início, deve atentar em deixála repousar tranquilamente na sua
cavidade bucal.
* Desta forma, cada vez que pensar num órgão ou num músculo, visualizeo
descontraindoo simultaneamente.
Tratase aqui apenas de um resumo de uma técnica que deu provas da sua eficácia.
O que podemos esperar e obter do relaxamento acompanhado de exercícios
respiratórios é, em primeiro lugar, um melhor autoconhecimento. Estar mais
calmo, na vida quotidiana. Aumentar a nossa
resistência física, a nossa memória, a nossa atenção, o controlo das nossas
emoções e da dor.
135
Relaxamento e visualização criativa: positivese e curese!
*/* A LER E A MARCAR
A importância do querer, a forma e a intensidade com as quais o
formulamos, eis o que, sem contestação possível, constitui um dos factores de
qualquer tipo de êxito. Não existe qualquer objectivo alcançado sem que
previamente tenhamos formulado o nosso desejo.
O derrotismo, a autodesvalorização, as imagens parasitas e negativas devem, numa
primeira fase, ser identificados, examinados e controlados, para que possam, em
seguida, ser transformados em imagens positivas. Um dos factores do malestar
reside no sentimento de culpa e de falta de autoestima que mantemos e que
perturbam as nossas relações com os outros.
A descontracção criativa é um meio de evolução. Para tal, comece a
analisar as suas tensões e os seus pensamentos negativos. Anoteos e
classifiqueos por ordem de prioridade. Examineos sem tentar combatêlos
frontalmente; contorneos e quando tiverem perdido alguma intensidade,
transformeos em imagens positivas.
O nosso corpo tem a possibilidade de se curar a si mesmo da maioria das doenças.
Os sintomas com que somos confrontados são sinais que o
corpo nos envia de modo a alterarmos o nosso comportamento.
Podemos assim encurtar o tempo de cicatrização das feridas, consolidar mais
rapidamente fracturas, aumentar a eficácia de um tratamento médico e participar
activamente na cura.
A ajuda mais preciosa que podemos dar ao nosso corpo, quando este está doente, é
imaginálo a curarse, pouco a pouco, pormenorizando todas as fases dessa cura,
e visualizálo, em seguida, de boa saúde, fazendo aquilo que gostaríamos que
ele fizesse.
Em casos de infecção, ajude a cura, visualize e ajude as suas células saudáveis
a vencerem o mal. Elimine pouco a pouco o mal, erradiqueo, volte
incansavelmente a essa imagem. Arrefeça ou aqueça, conforme o
caso, a parte do seu corpo que de tal necessita. Ao fim de um certo tempo e com
um pouco de prática, verificará que pode perfeitamente visualizar uma parte do
seu corpo e que o seu espírito concebe a forma como este se pode curar.
Esta visualização criativa dálhe a possibilidade de canalizar a sua
energia mental de modo a permitir ao seu corpo pôr em acção todos os
mecanismos que activam a cura.
136
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
A RESPIRAÇÃO E O RELAXAMENTO
O homem, tal como todos os animais, respira instintivamente. É um
acto indispensável que se faz e se pratica sem a intervenção do nosso
intelecto, da nossa vontade ou da nossa reflexão. Sem respiração a vida pára.
Aprenda a controlar a respiração por meio de exercícios
Os exercícios respiratórios começam no momento em que fixamos a
nossa atenção nesta função. O simples facto de pensarmos nela modifica o seu
curso e o seu ritmo.
Aperfeiçoaramse inúmeras técnicas. Na índia, os yogues utilizam várias dezenas:
cada uma delas tem uma acção específica, por exemplo, para ajudar a suportar o
frio, o calor, a fome, a controlar os pensamentos, etc. Descreveremos apenas
algumas que estão ao alcance de todos e que são fáceis de entender e de
executar. Não comportam qualquer perigo, e os
benefícios decorrentes são frequentemente imediatos.
Salvo em casos bem específicos, a inspiração e a expiração fazemse sempre pelo
nariz. Começase pela expiração, que se efectua expulsando o mais completamente
possível o ar dos pulmões, sem brusquidão e sem
esforçar demasiado. A inspiração fazse naturalmente, sem esforço, deixando o ar
penetrar por si. A respiração é controlada, dirigida, mas de modo suave. Como
dissemos antes, este exercício pode ser praticado em qualquer lado. Ajuda a
descontracção, combate a agressividade, expulsa o stress e predispõe ao
autocontrolo.
Dois exercícios simples
Uma variante consiste em contar mentalmente o tempo de inspiração
e de expiração; por exemplo, 3 para a inspiração, 2 para a retenção,
3 para a expiração, 2 para o período em que os pulmões estão vazios.
Uma outra variante pode fazerse ao caminhar. Neste caso, o ritmo
da marcha adaptase à respiração; por exemplo, 2 passos para a
inspiração, 2 passos para a retenção, 3 passos para a expiração,
2 passos para o período em que os pulmões estão vazios.
137
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
Como é evidente, estes exercícios devem fazerse o mais naturalmente possível e
devem ser sempre agradáveis. Devem ser interrompidos se
apresentarem algum desconforto.
O canto ou a emissão de sons para esvaziar os pulmões
Assemelhase à oração, aos cantos litúrgicos, às melodias e canções de embalar
que escutávamos quando éramos crianças e nos adormeciam. Um método simples
consiste em emitir sons expirando profundamente e esvaziando totalmente os
pulmões. Todas as letras do alfabeto servem, mas as vogais são particularmente
indicadas.
Escolha a sua música: o seu corpo está à escuta
A Bíblia conta que o rei Saul, doente e deprimido na sua velhice, chamava David
(que lhe sucedeu no trono de Israel) para que este lhe tocasse harpa. A história
realça que o rei Saul melhorava. Todas as tradições falam da música e dos sons
que eram utilizados na oração, na descontracção e para aliviar os doentes.
A tradição chinesa, durante a dinastia de Chu (1030 a 480 a. C.) já falava das
influências musicais, e, em 1980, foi criado um grupo de estudo das medicinas
tradicionais chinesas de Hunan (na China). Os seus autores, musicólogos e
musicoterapeutas, elaboraram uma série de cinco peças harmónicas, denominadas
Música I Ching, para a saúde. (Estas músicas estão disponíveis na Livraria
Chinesa de Paris.)
Mas os Ocidentais não ficaram de mãos a abanar. Com efeito, existem muitos
cientistas, médicos e terapeutas que trabalham sobre a influência sonora: o
nosso corpo e as nossas células estão em constante vibração. Para Georges
Lakhovski, tudo são vibrações, e a desordem orgânica e a
doença perturbam essas vibrações.
O nosso corpo, na sua totalidade, apreende, por conseguinte, as vibrações
emitidas por esses sons. A música, quando é bem escolhida, permitenos
desligarmonos do ambiente. Existe todavia o risco de se tornar nociva, é
preciso lembrálo, quando os sons são inadaptados, violentos, e de um ritmo que
não corresponde às nossas realidades biológicas. É o
caso em particular das músicas que se ouvem nos concertos de hard rock, nas
raveparties ou por intermédio dos walkmans. Muitos jovens começam, de facto, a
sofrer os efeitos devastadores destas músicas.
138
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
A osteofonia: faça vibrar a sua voz
Este método utiliza a voz como ferramenta para reestruturar o corpo
e o espírito. Ajuda a “colocar” em fase o timbre da voz e a estrutura interna do
ouvido e a alargar a tessitura para um espectro maior. É uma
boa preparação para os cantores e actores que desejam desenvolver a “sua aura” e
expressarse com maior facilidade.
A osteofonia permite reencontrar o eixo fundamental de evolução, sintonizando
nos com as energias de base e evacuando as perturbações físicas e psíquicas.
Ela entra no processo de limpeza dos stresses vibratórios.
Visualize cores
Podem utilizarse as cores como suporte do relaxamento. A visualização efectua
se por inspiração, fixando uma cor, visualizando~a de olhos fechados e
efectuando em simultâneo exercícios respiratórios.
Cada estação permite igualmente contemplar as cores presentes na natureza e
associarlhes exercícios respiratórios e visualizações. Com um
pouco de prática é possível sentir as cores e associálas a sentimentos, cheiros
ou a certas imagens mentais.
O riso: uma terapia com mil virtudes benéficas
“Se pretender estudar um homem, não dê atenção ao modo como
se cala, fala, chora, ou até se comove com as ideias nobres. Observe sobretudo
quando ele ri.” Dostoiévski
O riso é um meio de expressão variável até ao infinito. Não nos rimos todos da
mesma maneira, nem pelas mesmas razões. As expressões sobre o riso são inúmeras:
rimonos até dilatar o baço, até dar murros nas coxas, à s gargalhadas,
divertimonos, torcemonos a rir...
Melhor do que tudo isto, rir é bom, é saudável, é convivial e, além do mais,
trata e cura! O riso sob prescrição médica? Será preciso prescrever o riso?
Existirá em breve um ensinamento do riso nas Faculdades de Medicina e, para
cúmulo de tudo, exigiremos nós ser tratados pela “risoterapia”?
139
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
O riso é uma terapia de direito próprio, a tal ponto que certas enfermeiras
americanas nos hospitais colocam nas batas o slogan:
Atenção: rir é perigoso... para a sua doença.”
Os seus benefícios fazemse sentir tanto no plano físico como no plano psíquico.
O riso faz trabalhar os músculos do rosto e atrasa o aparecimento das rugas. Os
músculos das costas e do abdómen são estimulados. Favorece a eliminação de
detritos, activa o fígado, o coração e o baço. Liberta endorfinas e, por
conseguinte, tem uma acção sobre o stress, a angústia e a ansiedade. Todos os
deprimidos deviam dar grandes gargalhadas. Os insatisfeitos, os nervosos e os
bulímicos podem abusar do riso.
O riso (quem o diria?) é nutritivo: é portanto recomendado a todos os que
pretendem perder peso.
O riso acalma os agressivos e os hipertensos e controla a dor! O riso é um
verdadeiro medicamento, é o único que se aconselha a ultrapassar a dose
prescrita. Então, não hesite. Ria!!!
OS TRATAMENTOS ESQUECIDOS
OS DUCHES TERAPÊUTICOS
Os duches e afusões prescritos pelo padre Kneipp e pelo Dr. Bilz têm uma
vantagem nos nossos dias: podem, com efeito, ser facilmente praticados. Todas as
casas de banho estão equipadas com um duche de “telefone”. Além disso existem
actualmente no mercado aparelhos de duche de pressão variável, que permitem
aumentar a intensidade do jacto e, por conseguinte, a sua eficácia. Contudo os
princípios de base enunciados pelos seus fundadores e demonstrados pela prática
e pela experiência de inúmeros praticantes permanecem os mesmos.
Todavia, acautelese, já que as práticas hidroterapêuticas devem ser
sempre personalizadas e adaptadas a cada um. O que significa que se deve
interromper o tratamento em caso de reacção violenta ou de cansaço, e
retomálo moderadamente no dia seguinte.
140
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
Testados e adaptados pelo Dr. Bilz, os duches (afusões) de Kneipp fizeram a
prova das suas virtudes. Este utilizavaos contra o esgotamento, o cansaço, o
nervosismo, a prisão de ventre, as hemorróidas, a histeria, as psicoses, os
tremores, a gota, a diabetes e a obesidade, bem como para as doenças cardíacas
(afusão das pernas) e a fraqueza sexual (afusão das costas e o meio banho).
A técnica de base preconizada
Tratase do duche ou do banho frio curto, de cerca de 1 a 2 minutos, sobre
determinadas partes do corpo. A excitação assenta sobre as reacções cutâneas ao
jacto de água fria.
Todavia, para indivíduos frágeis e sensíveis, devese graduar o efeito e
proceder por etapas, para que se habituem progressivamente. Por exemplo: no
primeiro dia, água morna, no segundo, um pouco mais fria, etc. As temperaturas
das nossas águas correntes são geralmente aceitáveis para estas práticas.
Duche terapêutico do rosto
* Com o corpo ligeiramente inclinado para a frente, as partes tratadas
são a testa, os olhos, as faces e o queixo.
* Utilizase um jacto suave. Passase de um olho para o outro várias
vezes, e depois voltase a passar na testa. O movimento é lento, circular.
* Dura de 1 a 2 minutos.
Duche terapêutico do peito
* Praticase sobre o peito, em movimentos circulares e, em seguida,
de baixo para cima, da direita para a esquerda e em ziguezague.
* A duração deste duche é de 1 minuto (máximo 2).
Duche terapêutico, da cabeça
* Utilizase particularmente para as doenças dos olhos e dos ouvidos.
* Com o corpo inclinado para a frente, virase o jacto para o topo da
cabeça e todo o coro cabeludo, em movimentos circulares e rotativos.
141
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
Duche terapêutico dos braços
*Vivamente aconselhado em caso de constipações rebeldes e corrimento nasal.
Estes duches acalmam também a dor e previnem contra os reumatismos e a gota.
*Começase pelas mãos, e sobese até às axilas, passando pelo interior e pelo
exterior dos braços.
*Dura 1 minuto, em cada braço.
Duche terapêutico das coxas
*Começase pelo pé, subindo ao longo da perna. Em seguida começase pelo
calcanhar e sobese até aos rins. Voltase a descer, em movimento lento. Em caso
de dificuldade, devese pedir ajuda.
*Quando o jacto se encontra na parte dianteira da perna, pode também
duchar o ventre e o baixoventre, o que tem uma influência notável nos
intestinos, combate a prisão de ventre e age favoravelmente nas
dilatações do estômago e nos gases de origem nervosa.
Duche terapêutico dos joelhos
*Molhamse as pernas a partir do pé e até ao joelho. O Dr. Bilz
comenta que, quanto mais extenso for, mais eficaz será.
*Quando se chega ao joelho efectuamse vários movimentos de rotação. O padre
Kneipp dizia que era um meio excelente para facilitar o trabalho de parto e
estancar as hemorragias. Repetese a operação várias vezes em cada perna.
* A duração é de 1 a 2 minutos, em cada perna.
Duche terapêutico das costas
Parte da planta do pé e sobe até à base do crânio. O importante é
a regularidade do movimento. Sobese ao longo de uma perna até à nádega,
continuase subindo pela borda externa das costas até ao
ombro. O jacto é depois dirigido para a omoplata e voltase a descer
142
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
até à cintura. A projecção de água fazse, em seguida, ao longo da coluna
vertebral, de baixo para cima, depois de cima para baixo. Depois realizase a
mesma operação no outro lado do corpo. Esta afusão fortalece o coração. A
insistência nas partes lombares constitui um excelente meio de combater as
hemorróidas. Deve ser evitada em caso de menstruação dolorosa ou demasiado
abundante.
Duche terapêutico rectal
* Como todas as outras afusões, o duche rectal praticase quando o
corpo está quente e, de preferência, de manhã, ao sair da cama. É relaxante e é
útil em inúmeras afecções: reumatismos, insónia, doenças nervosas, abdominais,
insuficiência hepática, impotência, hemorróidas, etc.
* O ideal é praticá~lo sentado no bordo da banheira, ou sobre uma
prancha atravessada, com as nádegas de fora, de modo a que o ânus fique bem
acessível ao jacto do duche. A água pode ser fria (de preferência), fresca ou
morna.
Duche terapêutico fulgurante
Praticase em todo o corpo. Começase pela face interna, partindo
do pé, subindo ao longo da perna, parando ao nível do umbigo, depois prossegue
se, da mesma maneira, sobre a outra perna. Sobese, em seguida, ao longo do
peito. Descese pelo meio do corpo c
sobese até ao pescoço. Procedese do mesmo modo para o outro lado do peito. Em
seguida efectuase uma afusão completa das costas e dos braços. * 6 a 8 minutos
são necessários para efectuar correctamente esta operação. * O Dr. Bilz lembrava
que esta afusão só se devia aplicar a pessoas robustas (e bem preparadas) e
endurecidas por outras aplicações. Devese, portanto, actuar de forma gradual.
Recomendase aos obesos. O padre Kneipp recomendavaa para os casos difíceis.
143
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
NOTA: todos os duches terapêuticos podem ser seguidos de fricções, com a ajuda
de um pano grosso em linho ou de uma luva de crina. Por outro lado, as
deslocações do jacto devem sempre ser
executadas lentamente.
OS BANHOS MEDICINAIS
O banho dos pés derivativo
* Fazse com água fria. Mas as pessoas sensíveis podem começar com
água morna (1 8'C). Durante todo o banho, devem esfregarse os pés um contra o
outro. Esfregamse também as barrigas das pernas com a planta dos pés. A duração
é de 3 a 5 minutos. Este banho deve ser seguido de uma vigorosa fricção, até os
pés ficarem quentes.
* Uma segunda maneira de proceder consiste em meter os pés em água
morna durante alguns minutos e terminar mergulhandoos em água fria durante
alguns instantes. Terminase a operação com uma vigorosa fricção.
Os banhos de assento
São provavelmente os mais célebres e mais úteis em casos de digestão difícil,
afrontamentos, doenças abdominais e hemorróidas. Os seus efeitos salutares
surgem, muitas vezes, rapidamente. Existem diversas formas de proceder: as
descritas pelo padre Kneipp e retomadas pelo Dr. Bilz, bem como o banho de
assento com fricções recomendado por Louis Kuhne.
Utilize um alguidar grande de plástico, mais prático do que o bidé
tradicional porque permite um melhor contacto com a água. Para certos banhos as
nádegas devem ficar dentro de água, e também as partes genitais e o baixo
ventre.
144
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
Os banhos de assento Kneipp
Fazemse com decocções de cavalinha, de flores de feno” ou palha de aveia.
* Deite a planta escolhida na água a ferver (um pequeno punhado para
1 litro de água) e deixea ferver durante alguns instantes. Deite em seguida a
decocção no alguidar e acrescente água quente suficiente. Este banho deve durar
15 minutos.
* Todos os cinco minutos, alterne com um banho de assento frio que
deve durar de 30 segundos a 1 minuto.
Estes banhos são recomendados para as seguintes afecções:
0 banho de aveia, para a gota. 0 banho de cavalinha, para os reumatismos,
nefrites, doenças dos
rins, da bexiga e cálculos. 0 banho de feno, para as cólicas ou prisões de
ventre difíceis.
O banho de assento quente
Utilizase para acalmar as dores, cãibras, espasmos da bexiga, dores
intestinais, estomacais, etc.
* A temperatura da água deve ser quente (30’ ou mais). A duração do
banho é de 20 a 25 minutos. No fim do banho aplicase uma loção fresca (ou um
duche) nas partes tratadas. Terminase com fricções manuais vigorosas,
* Aconselhase, durante este banho, a beber um pouco de água em
pequenos goles.
* Mas atenção: este banho deverá ser interrompido em caso de
transpiração excessiva, palpitações, náuseas, etc.
O banho de assento frio
Este tem uma reputação de soberania em muitos casos. Para o Dr. Bilz, é um
regulador da circulação sanguínea: deve por conseguinte aplicarse em caso de
corrimentos sanguíneos, clorose, problemas ligados ao baixoventre, em caso de
digestão difícil e contra as sensibilidades excessivas às mudanças de
temperatura.
145
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
* Deve ser tomado, de preferência, de manhã. A única condição expressa é que o
corpo esteja quente. É excelente contra a insónia e
as doenças nervosas.
* Dura de 1 a 5 minutos, mas pode ser prolongado para além deste
período.
O banho de assento com fricções (ou banho Kuhne)
Utilizase o banho de assento com fricções para excitar os órgãos digestivos, os
intestinos, os rins e, sobretudo, para provocar a excreção de substâncias
mórbidas (segundo o autor).
O nosso sistema nervoso deixase influenciar num único lugar do nosso corpo: as
partes sexuais. Sempre segundo Kuhne, os banhos de assento praticados nestas
partes fortificam os nervos condutores e transmissores da nossa força vital, já
que é precisamente nestas partes que estes se encontram reunidos. Por
conseguinte, têm uma acção sobre todo o nosso sistema nervoso.
Kuhne afirmava também que a entrada de materiais estranhos, acumulados no nosso
organismo, conduz à doença: uma digestão mal feita, os
maus hábitos alimentares e os abusos permitem que as doenças penetrem nos nossos
órgãos.
O atrito e a afluência de substâncias estranhas não evacuadas produzem no corpo
alterações de temperatura. O corpo é refrescado durante o
banho, e a pele é aquecida. O doente não sente o frio mas, pelo contrário, um
calor agradável. Quanto mais fria for a água, mais eficazes serão os
banhos. Quanto ao seu número e duração, são variáveis conforme o estado da
pessoa. Mas, regra geral, devem durar entre 10 e 60 minutos.
O corpo não deve ficar em contacto directo corri a água. Se se utilizar um bidé,
basta colocar uma prancha atravessada e sentarse em cima da mesma. No caso de
se utilizar um alguidar, deve colocar~se um pequeno banco, para que a água
alcance a altura do banco, sem molhar a sua parte superior e sentarse sem que
as nádegas fiquem em contacto com a água.
O recipiente deve estar cheio de água fria. Pegase num pano grosso e lavamse
suavemente as partes sexuais. Não se deve esfregar, e de cada vez voltarse a
mergulhar o pano na água. As mulheres só
146
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
devem lavar as partes exteriores dos lábios vaginais (como é óbvio, este banho
não deve ser praticado durante o período menstrual).
Os homens devem lavar a ponta do prepúcio, mantendoo entre o
polegar e o indicador, sempre com a ajuda de um pano grosso.
OS BANHOS DE VAPOR PARA TRANSPIRAR
Actualmente é possível encontrar no comércio saunas aquecidas electricamente.
Estes aparelhos, concebidos para uma ou mais pessoas, podem ser facilmente
instalados em casa. Os seus preços variam em função dos aparelhos. Na maioria
dos salões de desporto existem saunas, e alguns possuem mesmo hammams (vapor e
calor húmido).
A sauna é agradável, dilata os poros da pele e acelera o ritmo sanguíneo.
Infelizmente, poucas casas estão equipadas com saunas.
Comentários importantes sobre os banhos de vapor
São desaconselhados, salvo indicação médica favorável:
em caso de temperatura alta;
doenças cardíacas;
insuficiência respiratória ou doenças dos pulmões.
A sua duração oscila entre 15 e 60 minutos. Deve ser praticado enquanto for
agradável; caso contrário, párase e recomeçase no dia seguinte, eventualmente.
Para acelerar a transpiração
Existem contudo vários meios de transpirar de uma forma pouco dispendiosa, caso
não se possua uma sauna e não exista nenhuma próximo de nós.
Basta tomar um duche quente ou um banho quente de curta duração (5 minutos
bastam), não secar o corpo, tomar antes e durante o
banho infusões quentes de rainhadosprados, tomilho ou sabugueiro, beber água
durante o banho e envolverse, em seguida, num
roupão húmido e deitarse coberto.
147
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
A CAMISA DE 4 (FLORES DE FENO” (SEGUNDO O PADRE KNEIPP)
Esta camisa deve ser feita em pano grosso e deve ser ampla e comprida. Como
alternativa pode utilizar um roupão velho.
Mergulhe esta camisa numa decocção quente de flores de feno. Espremaa e vistaa
contra a pele. Proteja a sua cama com um
pedaço de nylon e coloque dois cobertores para se tapar. Conserve a camisa
durante 1 a 2 horas.
N. B.: A camisa deve ser agradável de vestir, caso contrário é melhor despiIa.
Para as pessoas em bom estado de saúde, o Dr. Bilz recomenda aplicar todos os 15
dias um camisa fria de curta duração (4 a 5 minutos), procedendo da mesma
maneira que para a camisa de flores de feno”. Apenas mudam a duração e a
temperatura do líquido.
Esta camisa fortalece o baixoventre, o fígado e os rins.
O CINTURÃO DE NEPTUNO (COMPRESSA ABDOMINAL)
Comentários do Dr. Bilz: “Se existissem remédios universais, a compressa
corporal mereceria este nome. A compressa nocturna é extraordinariamente útil
nas mais variadas doenças e perturbações da saúde. Para a tosse, constipação,
afrontamentos, dores de cabeça, dores de dentes, inapetência, vertigens,
inflamação dos olhos, difteria, pneumonia... numa palavra, todas as doenças
agudas.
Devese usar a compressa durante todo o período da doença, de alguns minutos a
várias horas, com pequenas interrupções.
Quase tudo cede à compressa corporal: hemorróidas, flatulência, doenças
estomacais, gases...
148
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
A acção das compressas corporais é maravilhosa nas doenças da mulher. Inúmeras
doenças deste tipo foram curadas com compressas no corpo e banhos de assento.
Para a insónia das crianças a compressa corporal é um remédio soberano.”
Material
Um cinto de flanela suficientemente comprido e largo para dar duas
voltas à cintura.
Dois panos de algodão cru.
Proceda da seguinte maneira:
Coloque na cama um plástico e um ou dois cobertores. Pegue num
ou dois panos que mergulhará numa água a cerca de 20’. Espremaos. Coloqueos,
em seguida, sobre o seu corpo, ao nível do ventre e do baixoventre, incluindo
as costas. Pegue em seguida no cinto de flanela e enroleo em volta da cintura,
de modo a segurar os panos. É preferível que os panos molhados ultrapassem
ligeiramente, de 1 ou 2 cm, o cinto de flanela. Fixe o cinto com agrafos ou
alfinetesdeama, e cubrase.
Comentários importantes
É preferível aplicar a compressa à noite, ao deitar. Nunca a aplique no corpo
se este estiver frio. Neste caso, aqueçao
previamente por meio de fricções, banhos quentes ou de vapor. Nas pessoas
robustas, habituadas às compressas corporais, pode utilizarse água mais fria
(15’) ou mesmo fria. O aquecimento dáse neste caso mais depressa. Johanna
Brandt preconiza a utilização de cubos de gelo colocados dentro dos panos; este
modo de proceder deve ser efectuado com precaução.
Devese estar atento a que a compressa aqueça o corpo e que
a sensação de frio desapareça rapidamente (em geral, ao fim de 1 a
2 minutos). Se pretender agir mais especificamente no estÔmago, coloque um
pano húmido dobrado em quatro sobre este órgão.
149
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
Se retirar a compressa sem a renovar, faça uma fricção geral do
corpo com água morna (a uma temperatura de cerca de 20’).
Durante o dia, as compressas devem ser mudadas de 2 em 2 ou de
3 em 3 horas. A acção da compressa é amplificada com uma alimentação ligeira,
pobre e não excitante (veja o capítulo dedicado a este assunto). As lavagens
com água morna podem também favorecer a acção da
compressa.
A compressa aplicase o tempo que for necessário. Retirea de tempos a tempos,
para a renovar (de 2 em 2 ou de 3 em 3 horas).
Como se verifica, o Dr. Bilz considerava esta compressa corporal uma ferramenta
necessária aos seus tratamentos. É espantoso que ela tenha sido completamente
esquecida pelos adeptos da actual medicina naturopática.
As suas explicações a propósito da eficácia desta compressa eram as seguintes: “
Ela age ao nível dos milhões de vasos capilares que percorrem a pele. Quando o
vaso se contrai com o frio, contém pouco sangue. A pele tem então um aspecto
pálido, o seu toque é fresco: onde falta o sangue falta o calor. Se pelo
contrário os vasos se dilatam, o que acontece com o calor, ficam cheios de
sangue. Quanto mais o sangue correr vivamente na pele e para ela, menos ele
provocará no interior acúmulos e, a partir daí, inflamações. Além disso,
arrastará consigo as impurezas para a pele sob a forma de suor.
A compressa húmida está mais fria do que a pele. No momento da sua aplicação, o
sangue recua, por assim dizer, amedrontado, e os vasos capilares contraemse.
Todavia, imediatamente a seguir, o corpo envia mais sangue, porque está
organizado para tal, aos locais cobertos pelo pano frio e húmido, de modo a
aquecêlos vivamente. Ao mesmo tempo que a pele, os panos húmidos também
aquecem. O calor é retido pela compressa. Daí resulta uma chegada contínua e
vigorosa de sangue para os vasos capilares dilatados pelo calor, bem como,
simultaneamente, um calor elevado nos locais por ela cobertos. Os órgãos
internos nobres são libertos do excesso
de sangue que os perturbava e podem assim curarse.”
150
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
OS BANHOS DE AR LIVRE E DE SOL: UM TRATAMENTO NATURAL QUE DEVE SER PRATICADO COM
MODERAÇÃO
Uma moda ridícula e nefasta exige que actualmente, para se ser bonito ou bonita
e parecer saudável, o homem ou a mulher estejam bronzeados, tenham uma cor
acobreada, de modo a responder aos critérios da nossa actual concepção de
estética. Esta moda recente tem apenas cinquenta anos.
Abusar do sol e querer a qualquer preço, após um curto espaço de tempo, ter uma
pele trigueira pode implicar vários perigos, entre eles os
temíveis “escaldões”, que ocasionam frequentemente graves queimaduras.
Predispõem às rugas e ao envelhecimento da pele e são, além disso, responsáveis
por inúmeras doenças cutâneas. Além disso favorecem a
evolução dos cancros.
Todavia o ar e o sol, tomados de modo sensato, são ainda um meio que faz parte
dos tratamentos naturais possíveis.
Théodore Hahn, no século passado, para grande sorte dos seus doentes, faziaos
tomar banhos de ar e de sol, duas vezes por dia, durante o Verão no vale da
Goldach. Estes banhos eram acompanhados de loções quentes. Apresentamos abaixo
os conselhos que ele dava e que nos parecem ser ainda actuais:
“0 sol é medicinal e, como tal, deve ser utilizado com uma certa
cautela e sobretudo sem abusos.”
O Dr. Bilz procedia da seguinte maneira: “0 doente deve estar deitado
naturalmente, nos dias quentes de Verão, num local iluminado pelo sol, pouco
exposto ao vento, sobre um saco de palha ou um colchão, envolto num pano leve e
com a cabeça protegida por um guardasol. Ao fim de uns instantes deve voltar
se.
Quando o doente está transpirado, deve tomar duches frescos ou frios. Se o pano
leve for insuficiente para causar transpiração, deve ser envolvido num cobertor
de lã. Como estes banhos de sol servem sobretudo para o tratamento de doenças
crónicas, devem ser utilizados com precaução e ser apropriados à doença e à
pessoa. Devem ser prescritos por um médico naturista.”
151
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
A FOTOTERAPIA: UMA CIÊNCIA EM MARCHA
A luz medicinal
O jornal científico Nature, no final do século xix, publicou um artigo sobre os
trabalhos do Dr. NieIs Finsen, que valorizava a fototerapia no
tratamento da varicela.
NieIs Finsen isolou os seus pacientes num quarto onde a luz era velada por
vidros e tecidos vermelhos. Observou que sob esta influência as
pústulas supuravam menos e que, quando a doença acabava, as cicatrizes eram
inexistentes ou pouco pronunciadas. A observação era importante devido aos
estigmas que esta doença frequentemente deixa. Em vários países, em França e no
Japão, existe um método que consiste em colocar no escuro os doentes com
varicela ou com outras doenças com sintomas cutâneos.
Finsen pensava que a eliminação de certos raios luminosos devia assegurar uma
atenuação da inflamação. Depois das suas experiências com a
varicela, procurou aplicar o seu método a outras doenças. Os microbiólogos já
conheciam, nessa época, a acção antibacteriana da luz sobre certas espécies de
bactérias.
Finsen tratou as dermatoses de origem bacteriana (como o lúpus) com
a luz (solar ou eléctrica). Para a concentrar e simultaneamente diminuir a sua
acção térmica, construiu um sistema óptico complexo. Graças a este
aparelho, os raios solares eram projectados sobre a parte doente do corpo. A
superfície exposta era reduzida e limitada no tempo.
Numa primeira fase, Finsen utilizou unicamente a luz, depois besuntou a pele com
loções para que esta ficasse mais flexível e a penetração dos raios se
efectuasse em melhores condições. Os resultados obtidos foram significativos na
maioria dos casos, tal como o testemunharam os jornais da época. Conseguiu curar
“deformidades, mutilações graves, ulcerações extensas. Mas a fototerapia tem um
campo bem mais vasto: a luz é o elemento regenerador e vivificante por
excelência. Tudo na natureza sofre a sua influência benéfica”. Nessa época
utilizaramse também os banhos solares para tiatar os reumatismos, a obesidade
e a manutrição.
152
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
A luz permanece um grande mistério
O papel da luz em diversos processos é mal conhecido. É certo que é um dos
factores mais importantes da saúde. O médico alemão F. A. Popp dirigiu um grupo
de investigadores que trabalhou sobre os problemas da estrutura física das
substâncias cancerígenas. O 3,4benzopireno é uma substância conhecida pela sua
forte acção cancerígena. K. Bauer, pioneiro das investigações alemãs sobre estas
patologias, descreveu esta substância como sendo a mais fatal de todas as
substâncias produzidas pelas sociedades industrializadas.
Mas existe um facto muito surpreendente: o 1,2benzopireno é uma
substância muito próxima do 3,4benzopirénio (a diferença entre as duas
substâncias reside apenas na diferença de posição dos dois anéis aromáticos) que
parece ser neutra, inofensiva e não cancerígena. Este facto é tanto mais
surpreendente que entre as substâncias cancerígenas encontramse substâncias
muito variadas do ponto de vista químico e que não têm, do ponto de vista
físico, nenhum denominador comum.
Elucidar este mistério significaria compreender os mecanismos de desencadeamento
do cancro
Por que razão duas substâncias tão próximas uma da outra podem agir de uma forma
tão diferente sobre o organismo? É evidente que se conseguíssemos determinar a
razão de uma delas ser cancerígena conseguiríamos compreender, pelo menos em
parte, os mecanismos de desencadeamento do cancro.
O grupo dirigido por A. Popp descobriu que estas duas substâncias se
distinguiam pelo espectro de luz que absorviam. O 3,4benzopireno, substância
cancerígena, absorve a luz ultravioleta numa faixa de cerca de
800 mm. É exactamente este tipo de luz que é necessária à fotoactivação de uma
célula, ou seja, para activar os mecanismos de autoreparação do seu material
genético. Será possível que as substâncias cancerígenas sejam as que privam a
célula dos mecanismos necessários à sua autoreparação?
153
DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS UTILIZADOS
Desde a descoberta dos médicos alemães que o mundo da ciência se começou a
interrogar seriamente sobre o papel da luz. Mesmo que este esteja longe de ter
sido claramente demonstrado, é certo que estes dados devem ser levados em conta
no que respeita à investigação das possibilidades da fototerapia, já que as
células do nosso corpo necessitam de luz para se poderem proteger contra a
destruição do seu património genético. Mas, por outro lado, está bem demonstrado
o papel preponderante dos raios ultravioletas no processo de cancerização:
devemos, por conseguinte, ser prudentes na sua utilização e proibir os
bronzeamentos artificiais!
154
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE
ESQUECIDOS
AS SANGUESSUGAS VÃO VOLTAR
AOS NOSSOS HOSPITAIS?
Existem muitos estudos que permanecem desconhecidos, apesar do seu
grande interesse para a história da medicina e para a terapia. É infelizmente o
caso da maioria das teses. O excelente estudo da Sr.’ Elisabeth Kind sobre A
Escola Fisiológica de Broussais e a Utilização das Sanguessugas no Século xix
está entre os trabalhos que mereciam uma publicação de grande tiragem. A autora
descreve neste livro a utilização das sanguessugas ao longo da história.
O tratamento pelas sanguessugas na história
As sanguessugas fazem parte dos tratamentos médicos desde os tempos mais remotos
(vêm mencionados na Bíblia sob o nome de “aluca”). A sua utilização foi
redescoberta pelos Gregos, pelos Hindus, pelos Árabes e pelos Chineses. No
século xvi, este animal foi estudado pelo grande naturista Conrad Gesner.
A utilização das sanguessugas era muito vulgar na época das sangrias
terapêuticas. Voltaram a ter o seu lugar na medicina graças à escola e à
doutrina de Broussais. Foi a vitória da teoria de Pasteur que diminuiu a
presença deste anelídeo nos hospitais. Contudo as investigações demonstraram a
sua grande utilidade. Em 1884, Haycraft descobriu a hirudina e o seu poder
anticoagulante. Sete anos depois, Heidenhain observou a
155
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
acção do extracto de sanguessuga. Em 1895, Ledoux confirmou o seu
poder anti~infeccioso ao constatar a imputrescibi 1 idade do sangue das
sanguessugas.
As sanguessugas segregam uma proteína com poderes medicinais
Sali demonstrou que a injecção intravenosa de hirudina combatia a
formação de coágulos durante a penetração de um corpo estranho por via
intravascular. Demonstrou, assim, que não era à sangria local provocada pela
sucção da sanguessuga que se deviam atribuir os efeitos terapêuticos, mas sim à
penetração no organismo da proteína que ela segrega: a hirudina.
Muitos autores confirmaram a sua eficácia nos tratamentos médicos e cirúrgicos.
Assini, em 1946, Durant utilizou a hirudina no tratamento de crises de asma.
Bach descobriu as suas propriedades diuréticas e utilizouas para a eclampsia.
Mohard concluiu que:
“as indicações da sanguessuga relacionamse em primeiro lugar
com as doenças do sistema venoso, em particular com as tromboses e as embolias,
as flebites, as hemorróidas, as inflamações fleumonosas e os abcessos das
amígdalas, bem como as inúmeras afecções oculares. Certas perturbações mentais
são melhoradas, bem como as ocasionadas pela menopausa.”
Diversos países utilizaram várias espécies: a Hirudo officinalis (espécie
protegida) e a Hírudo trochina, na Europa; a Hírudo mysomelus no Senegal; a
Hirudo granulosa, na índia, e a Hírudo sinica, na China.
Actualmente as sanguessugas continuam a ser utilizadas em certos campos da
medicina
A utilização da sanguessuga pertence a uma arte terapêutica específica.
O médico é, de facto, obrigado a escolher a frequência das aplicações, e
também o local e o número de hirudíneas aplicadas. A hirudinoterapia
156
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
comporta certas complicações, tais como, eventualmente, hemorragias ou
a transmissão de doenças contagiosas.
Actualmente, a indústria farmacêutica utiliza estes anelídeos para produzir a
hirudina. As sanguessugas são ainda utilizadas actualmente num
dos hospitais mais modernos de Nova Iorque, no serviço de microcirurgia pós
operatória. Outros hospitais (por exemplo, o Hospital Pellegrin de Bordéus)
utilizamnas em cirurgia cardiovascular e plástica. São também utilizadas nos
reimplantes de dedos seccionados, quando o cirurgião não descobre veias
pequenas.
No passado as sanguessugas fascinavam, actualmente continuam a espantarnos
As sanguessugas fascinam o homem desde há séculos. Heródoto descreve a
tarambola’ do Egipto que procura a sanguessuga de origem egípcia Ozobranchus
quatrefagesi na goela dos crocodilos. Os viajantes contam que na Ásia vivem
grandes sanguessugas “vampiras” que atacam os
homens. Estas sanguessugas exóticas de grande dimensão, da família dos
Haemapsidae, nidificam nas árvores ou nas ervas altas. Quando o homem passa na
sua proximidade, atiramse a ele às dezenas ou mais e fazemlhe múltiplas
sangrias, a tal ponto que o sangue continua a escorrer muito depois de se terem
desligado da sua vítima.
Os inúmeros caracteres biológicos dos hirudíneos permanecem desconhecidos. Os
biólogos espantamse com a sua extraordinária resistência ao jejum. Com efeito,
as sanguessugas medicinais suportam privações de alimento durante 6 meses. Foram
mesmo observados jejuns de 300 dias nas Hemiclepsis marginata.
A sua capacidade de conservar o sangue é também espantosa. Durante semanas o
sangue ingerido pelo animal não apresenta qualquer alteração: é possível desta
forma observar corpos imunizantes e bactérias patogéneas assimilados pela
sanguessuga juntamente com o sangue. São necessárias várias semanas e, por
vezes, meses até começar a bemólise.
‘ Tarambola: ave pernalta que vive à beira de água.
157
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
As cinco principais indicações das sanguessugas
No passado, as sanguessugas eram utilizadas em 3 ópticas diferentes (segundo o
Tratado de Zoologia de Grasset):
Para efectuar sangrias importantes (a colocação simultânea de uma
vintena de sanguessugas pode, em poucas horas, retirar meio litro de sangue).
Para uma sangria local numa região inflamada, de modo a acalmar
os fenómenos dolorosos e congestivos.
Para uma sangria em locais suspeitos da formação de um coágulo (flebites).
Eram particularmente aconselhadas nas partes do corpo onde não era
possível colocar ventosas. Graças à acção da hirudina, a sangria tem também uma
acção antiinfecciosa. Todavia o papel das bactérias simbióticas dos hirudíneos
é ainda mal conhecido. Contudo a bactéria intestinal Pseudomonas hirudinis tem
uma acção antibiótica particularmente eficaz contra o
estafilococo dourado.
Por outro lado, existem inúmeros autores que afirmam a acção
antialérgica (antihistamínica) das hirudíneas.
AS VENTOSAS NA TERAPIA MODERNA
As ventosas foram abandonadas pela medicina moderna e substituídas por outros
métodos terapêuticos, em particular pelos antibióticos e pelos medicamentos
antálgicos. Podemonos interrogar se o abandono deste método não terá sido
prematuro. Na verdade, quais são as razões (científicas ou técnicas) que
motivaram o seu desaparecimento? Teria a medicina vivido um mito durante vários
séculos?
A crise que defrontam os métodos que as substituíram justificaria o
retorno a esta terapia. Desta forma, nos Estados Unidos e na Europa central
assistese ao seu regresso. Seria, por conseguinte, desejável lançar o debate
sobre a utilidade das ventosas.
158
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
Um inquérito médico prova a incontestável eficácia das ventosas
Este debate é tanto mais necessário que se prevê que as ventosas serão
provavelmente reutilizadas nos próximos anos.
No catálogo da Biblioteca Interuniversitária de Medicina encontrámos apenas um
único trabalho recente sobre esta matéria, datado de 1973. Contudo a excelente
tese de doutoramento em Medicina de Alain Sonneville e algumas investigações
históricas permitiramnos encontrar respostas para várias perguntas sobre as
ventosas.
A. Sonneville fez um inquérito a 100 pacientes hospitalizados em
diversos serviços, submetidos a uma terapêutica revulsiva por ventosa seca.
Informouse sobre os tipos de afecções para as quais estavam a ser aplicadas e
os alívios resulantes em casos de dispneia, dores ou febres, bem como a
influência dos modos terapêuticos que fizeram com que elas tivessem deixado de
ser aplicadas.
O efeito positivo sobre as dificuldades respiratórias é incontestável
* 92% dos doentes sentiram, com efeito, um alívio imediato nas horas
que se seguiram à aplicação de ventosas secas; * 32% observaram também uma
diminuição da dor; * 26% observaram um abaixamento da temperatura.
Entre as afecções tratadas com êxito, o inquérito de Sonneville enumera 55% de
bronquites, 7% de lumbagos, 25% de afecções gripais, 10% de asma, 8% de
congestões pulmonares e 7% de pleurisias.
Por outro lado, o mesmo inquérito interrogou 100 médicos de clínica geral
franceses que tinham utilizado ventosas. As perguntas diziam respeito aos
efeitos no plano funcional, sobre o aparelho broncopulmonar e circulatório
(mecanismo meramente físico e mecanismo imunológico), sobre o aparelho
neurológico e também as eventuais contradições e a
necessidade de um estudo patogénico completo, fisiológico e anatómico, sobre as
ventosas.
Os médicos e os doentes ficam, na sua maioria, satisfeitos
82% dos médicos estão persuadidos dos seus efeitos objectivos, enquanto 78% que
utilizaram as ventosas com êxito acreditam nos seus
159
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
efeitos subjectivos. Apenas 11 % pensam que os efeitos objectivos das ventosas
são nulos. 14% dos médicos ignoram o seu mecanismo de acção ‘
63% adiantam diversas hipóteses, entre as quais algumas não foram verificadas ou
permanecem meras suposições. 70% consideram este método inofensivo, mas 26%
evocam as suas diversas contraindicações, em particular nos casos de hemoptise
e de tuberculose. 6% observaram efeitos nocivos em afecções cardíacas e em
perturbações da crase sanguínea.
O inquérito revelou que os doentes tratados por ventosas se mostravam
satisfeitos com os resultados dos tratamentos. Os médicos que as tinham
preconizado também tinham ficado satisfeitos com os resultados obtidos.
Por conseguinte, devemos deplorar que este método terapêutico tenha sido
abandonado, sem que os mecanismos da sua acção no corpo tivessem sido
analisados.
Uma terapia já apreciada na Antiguidade
As ventosas já eram utilizadas na Antiguidade. A história da revulsão torácica
por meio de ventosas está ligada à da sangria e das sanguessugas. Os médicos da
escola de Alexandria criticavam a utilização demasiado frequente da sangria e
preconizavam a emissão localizada de sangue por meio de ventosas. Há 2000
anos, Asclépio da Bitínia aplicou ventosas secas e escarificadas.
Segundo Próspero Alpinus, eram utilizadas pelos Egípcios para a
extirpação de sangue viciado. Os médicos árabes reservavamnas para tratar
crianças com menos de 14 anos.
Dioscórides preconizava a sua aplicação na região epigástrica em afecções
hepatobiliares.
Qual é a verdadeira acção das ventosas?
Ao longo dos séculos diversas teorias propuseram uma explicação para o mecanismo
das ventosas. A teoria depurativa ou desintoxicante foi provavelmente a primeira
hipótese emitida ao longo da história. A experiência mais importante, inspirada
nessa teoria, foi realizada por Bier. Foram efectuadas sucções por ventosas em
dois grupos de cães nos quais tinha sido injectado veneno de cobra. Todos os
animais submetidos à
160
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
1
sucção sobreviveram e desenvolveram uma patologia mínima, enquanto os animais
picados e abandonados à s suas próprias defesas apresentaram perturbações
convulsivas gravíssimas.
Várias respostas não convincentes
*A teoria derivativa ou descongestionante passiva baseiase no
fenómeno de um afluxo de massa sanguínea no território subcutâneo, libertando os
órgãos profundos de uma estase nociva.
*A teoria reflexa recorre a uma observação da diferença de reacção
dos vasos sanguíneos sob a influência de uma excitação sensitiva. Segundo esta
teoria as ventosas beneficiam o tecido pulmonar por meio de um impulso arterial
acrescido e de uma estimulação periférica.
*A teoria imunológica considera que a acção das ventosas implica a
produção de anticorpos contra as proteínas eventualmente desnaturadas pelo
extravasamento, ou contra as substâncias produzidas por catabolismo celular.
Outros partidários desta teoria evocaram o
fenómeno do choque coloidal ou peptónico.
*A teoria sedativa considera em primeiro lugar a acção antálgica das
ventosas. Ela recorre aos diversos fenómenos físicos, eléctricos e
radioterapêuticos que podem inibir os reflexos. Deve acrescentarse que os
efeitos sedativos das ventosas foram observados desde a
Antiguidade, muito antes da utilização farmacológica de substâncias calmantes. A
sua acção antálgica não se limita às pontadas pneumónicas. Foi assinalada em
inúmeros campos. É por esta razão que os cinesioterapeutas as utilizaram para
aliviar algias, lumbagos ou torcicolos.
Verificamos que foram propostas várias teorias para a acção das ventosas, todas
elas mais ou menos criticáveis ou aceitáveis. Mas nenhuma delas foi capaz de dar
uma explicação satisfatória.
Três certezas científicas sobre a acção das ventosas
Alain Sonneville, pela sua parte, não limitou as investigações a estudos
estatísticos e bibliográficos. Para entender o modo como agem as ventosas fez
uma série de experiências em animais e uma série de observações
161
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
clínicas no homem. Estudou os factores hematológicos e biológicos. Examinou os
parâmetros de tensão, as medições da numeração globular vermelha e branca, os
valores espirométricos, tais como a ventilação máxima/minuto, o volume corrente,
o volume expiratório máximo/segundo, os
gases do sangue, as impressões deixadas pelas ventosas e os factores de
coagulação por meio de trombociastogramas.
Depois de efectuar estes estudos, propôs três processos diferentes de acção das
ventosas:
um sistema reflexo imediato: melhoria funcional em caso de afecção
infecciosa ou inflamatória, queda tensional moderada, leucopenia inicial,
activação do sistema simpático;
um sistema humoral secundário: melhoria a longo prazo dos estados
infecciosos e dispneicos, leucocitose tardia, libertação de substâncias humorais
e de histamina;
e fenómenos acessórios.
Uma alternativa aos antibióticos e aos antálgicos?
Passaramse vinte anos desde os estudos de Alain Sonneville. Actualmente estamos
em plena crise dos antibióticos e dos calmantes. Por outro lado, o nosso
conhecimento dos mecanismos imunológicos progrediu muito. Dispomos de técnicas e
de investigações que há alguns anos eram inacessíveis. Talvez seja então o
momento de retomarmos os estudos sobre as ventosas?
Existem muitas terapias que tenham uma tal unanimidade, com 92% dos pacientes
satisfeitos com a sua acção?
Tentativa de explicação da terapia das ventosas mediante as teorias da medicina
chinesa
O dorso é percorrido por quatro meridianos. Também possui outros, conhecidos e
utilizados em acupunctura e moxibustão (pontos de acupunctura aquecidos com a
ajuda de cigarros de artemísia ou de cones de
162
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
artemísia colocados sobre a pele). São estes os meridianos da “bexiga”, do
‘triplo aquecedor” e do “intestino delgado”. Todos estes meridianos são Yang,
por oposição aos meridianos que lhes estão acoplados e que são chamados Yin
(ex.: bexiga [Yang] acoplado ao dos rins [Yin] ... ).
O meridiano da bexiga parte do ângulo interno do olho, sobe até à testa, passa
por trás da cabeça e percorre as costas em duas linhas distintas, paralelas à
coluna vertebral. Em seguida desce, ao longo da face interna da coxa terminando
no dedo mindinho do pé.
Este meridiano possui pontos, chamados Yu, que têm a particularidade de estarem
em ligação activa com todos os órgãos do corpo. Estes pontos são aliás
utilizados para expulsar o excesso de Yang (calor, dor, etc.). Desta forma temos
uma relação com os rins, os pulmões (daí a relação da ventosa com as doenças
causadas pelo frio), o fígado, a vesícula biliar... Entendese melhor agora a
importância que os médicos e os doentes atribuíam a esta terapia que lhes deu
plena satisfação durante séculos.
As indicações das ventosas são inúmeras
Tosses, constipações, bronquites, doenças derivadas do frio, febres, lombalgias,
reumatismos articulares, traqueítes, cansaço, nervosismo, perturbações
digestivas, torcicolos...
Como se colocam as ventosas?
As ventosas assemelhamse a pequenos frascos de iogurte. Colocam ~se,
geralmente, entre 6 e 24, conforme a afecção tratada e a corpulência do doente.
Enrolado num pauzinho um pouco de al godãoem rama, previamente embebido em
álcool, incendeiase no frasco já próximo da parte do corpo que vai ser tratada.
Em seguida retirase vivamente (1 segundo basta para efectuar o vazio no
frasco), e colocase a ventosa sobre a pele. Recomeçase a operação para todas
as ventosas que se pretenda aplicar.
Através da acção de vácuo, a pele é atraída e incha ligeiramente no interior
da ventosa. As ventosas ficam sobre a pele entre@ ]0 e 20 minutos.
163
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
A LITOTERAPIA, OU TERAPIA PELOS MINERAIS
Os minerais são um elemento importante na medicina tradicional. Realmente, o
homem utilizou desde sempre as pedras para tratar certas doenças.
As duas faces da litoterapia
A litoterapia, tal como a fitoterapia, tem duas faces. Uma delas, “científica”,
procura nos minerais uma fonte de microelementos, cuja acção pode ser
demonstrada. A litoterapia científica demonstrou, por exemplo, a acção da
dolomite. Este mineral deve o seu nome a um naturista e viajante suíço que lho
atribuiu em honra de um geólogo francês, D. Dolomieu. A sua fórmula química é
CaC03 Mgc03’ Nos anos 30 descobriuse, graças aos trabalhos do Prof. Delbet, que
em França as
arterioscleroses e os cancros eram menos frequentes em terrenos ricos em
dolomite. Explicase assim o papel protector do magnésio na regulação enzimática
e na permeabilidade das membranas celulares.
De qualquer modo a litoterapia é pouco estudada pelos cientistas.
O aspecto esotéricomístico, a sua segunda face, que procura a relação entre as
partes do corpo humano e as pedras, é provavelmente uma das razões desta
situação. É difícil encontrar um equilíbrio entre estas duas correntes de
pensamento, apesar de a biologia electrónica e de a física moderna reconhecerem
que os “amuletos de pedra”, desprezados pela medicina oficial cartesiana, podem
influenciar o estado energético do organismo e ter um papel no equilíbrio saúde
doença.
As pedras medicinais
É interessante notar que a origem dos nomes de certas pedras está ligada às
práticas médicas ancestrais. Assim a “nefrite” deve o seu nome à acção curativa
do pó dessa variedade de jade nas doenças dos rins (do grego, nephros). Além
disso, na quase totalidade das grandes tradições medicinais (e religiosas)
encontramse práticas nas quais a utilização das pedras preciosas era corrente.
164
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
Também não é um acaso o facto de as investigações dos alquimistas sobre a “pedra
filosofal” os ter levado a transmutar os metais em ouro e a tratar todas as
doenças.
Acreditavae que as pedras protegiam o seu possuidor contra as grandes
epidemias, e os amuletos orientais sobreviveram aos impérios orientais.
As pedras assírias serviram durante vários séculos para facilitar o
parto. 0 beosar (produto mineral proveniente do estômago dos antílopes e
das cabras) era um detector e um antídoto dos venenos. Os povos nómadas da Ásia
Central utilizamno até hoje. 0 berilo trata a rinite e protege contra os
abortos.
O crisólito elimina a falta de ar e diminui os riscos das doenças
respiratórias.
O quartzo foi apreciado porque prevenia e curava a cólera, as intoxicações
digestivas, as enxaquecas e era um antídoto contra o arsénico.
A ametista foi utilizada para tratar as ulcerações. 0 jaspe permitia estancar
as hemorragias. 0 rubi era a pedra da juventude eterna e tinha a capacidade de
regenerar os tecidos.
A safira é ainda utilizada nas doenças dos olhos. Alguns pretendem,
até, que a sua radiação é tal que pode fazer desaparecer os cancros.
Os antigos médicos utilizavam o pó de coral misturado com azeite
para curar problemas auditivos e de surdez. Quanto a Paracelso, este prescrevia
o coral branco para tratar a epilepsia e as intoxicações.
O pó de pérolas misturado com leite preservava e permitia manter
uma bela voz. Na índia, ainda hoje, esta preparação serve para lavar os olhos
dos recémnascidos de modo a prevenilos contra futuros problemas oculares.
Inúmeros investigadores pensam que o estado de saúde se caracteriza pelo
equilíbrio energético do organismo. Avançam a hipótese de que os
minerais estão em relação com as radiações cósmicas e têm um campo magnético
semelhante aos dos diversos órgãos do corpo humano. Os campos magnéticos
emitidos pelas pedras preciosas têm, por conseguinte, a capacidade de
reequilibrar o campo magnético corporal. Esta teoria
165
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
energoterapêutica explica por que motivo certos doentes se sentem aliviados
quando estão na presença de pedras preciosas. Desta feita, os
cristais de quartzo acalmam as personalidades stressadas e, além disso, teriam a
capacidade de rearmonizar as emissões energéticas.
QUADRO DAS RELAÇÕES ENTRE OS PLANETAS, OS óRGÃOS E AS PEDRAS
Sol, Lua ou planeta
órgão do corpo humano
Pedra
Sol
Coração, circulação sanguínea.
Diamante, rubi, crisólito, calcedónia (crisópraso e heliótropo).
Lua
Linfa, figado, estômago, garganta, mucosas.
Esmeralda, opala, berilo (variedade de águamarinha), selenite, malaquite, pedra
da Amazónia, coral branco, nefrite.
Mercúrio
Cérebro, sistema nervoso.
Jaspe, crisólito, topázio, calcedónia (cornalina).
Vénus
Seios, góriadas.
Esmeralda, ágata, pérola branca, coral rosa, berilo (variedade de águamarinha),
safira, topázio, quartzo, turmalina.
Marte
Veias, góriadas, metabolismo geral.
Rubi, diamante, granada, opala, espinela, hematite, coral vermelho.
Júpiter
Fígado, desenvolvimento celular, aorta.
Safira, ametista, turquesa, lápislazúli e
todas as pedras azuis.
Saturno
Ouvido, boca, dentes, baço, sistema ósseo.
Ónix, pérola preta, calcedónia, ágata, espinela azulmarinho.
úrano
Sistema nervoso central.
Alexandrite, âmbar, turquesa verde, zircónio, jacinto.
Neptuno
Olhos, cérebro, capacidades mentais.
Turmalina, berilo (variedade de águamarinha), ametista, coral branco.
Plutão
Sistema imunitário.
Granada.
166
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
Quatro substâncias minerais com poderes de cura
Entre as inúmeras substâncias minerais utilizadas em terapia, seleccionámos
quatro que vos apresentaremos, a seguir, com mais pormenores.
O MÚMIO, OU “BÁLSAMO DAS MONTANHAS”
O múmio (múmia, mummy ou bálsamo das montanhas) é uma substância balsâmica que
se encontra nas montanhas da Sibéria, nos Himalaias, no Irão e na Mongólia. Os
cientistas confirmam que as propriedades do múmio, independentemente da sua
origem, têm as mesmas características terapêuticas.
As propriedades curativas ancestrais do “bálsamo das montanhas”
Desde há mais de 2000 anos que os povos asiáticos o utilizam por via interna e
externa para tratar entorses, asma, doenças gastrointestinais, diversos
problemas respiratórios e a gangrena. Para os povos siberianos o múmio tem o
mesmo papel que os antibióticos para os ocidentais. Ele fazia parte da
farmacopeia de Avicena.
Engelbert Kampfer, viajante, médico e naturista (a quem devemos também a
descoberta do Gingko biloba), foi provavelmente também o
primeiro europeu a descobrir e descrever os estranhos poderes do “bálsamo das
montanhas”. Em 1717, Kampfer, convidado pelo xá da Pérsia, constatou que os
habitantes do Golfo Pérsico consideravam o múmio, uma substância cara e
preciosa, como uma dádiva dos céus. A sua utilização era estritamente reservada
às pessoas próximas da família imperial. A descoberta, a verificação e a
autenticidade dos novos jazigos eram
acompanhadas de grandes festejos. O soberano cedia, por vezes (mas raramente),
um pouco de múmio aos guerreiros nobres, feridos nas batalhas.
Esta substância, na época de Paracelso, conheceu também uma voga excepcional.
Finalmente, os Egípcios chamavam ao múmio “ensani”, o que significa “substância
humana por excelência”. Engelbert Kampfer observoulhe as capacidades curativas
e no seu Ameonitum exoticarum
167
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
descreveu a consolidação de fracturas em três dias, nas crianças, e num
dia, nos pássaros feridos.
Os Siberianos utilizam os animais para descobrir novos jazigos’ já que os
mamíferos feridos procuram o múmio para se tratar. A mitologia siberiana associa
a presença do “bálsamo das montanhas” aos mamutes, animais mágicos e
omnipresentes nas crenças do Norte da Ásia.
Em 1956, o Dr. Shakirov de Tachekent descobriu um jazigo muito rico
de uma substância betuminosa que ele utilizava no tratamento de fracturas e para
a regeneração tissular. Os institutos de investigação, tanto soviéticos como
americanos, demonstraram a heterogeneidade dos múmios provenientes de diversas
regiões. Actualmente só existem vinte locais de exploração.
A riqueza da composição química do múmio
Os químicos russos falam da existência de nove classes diferentes. Estas
diferenciamse pelas suas propriedades físicas: a estrutura granular, resinosa
(chamada na Sibéria “manteiga de pedras”) ou líquida, a solubilidade na água e a
composição química. De qualquer forma, todas as
classes são suficientemente parecidas para terem sido repertoriadas num mesmo
tipo.
A análise química do múmio mostra a grande riqueza da sua composição. O
“bálsamo das montanhas” contém proteínas, nove aminoácidos, esterídios, ácido
hipúrico, ácido benzóico, resinas e compostos inorgânicos: sílica, alumínio,
magnésio, cálcio, nátrio, potássio, manganês, níquel, cobalto, crómio,
molibdeno, berílio, cobre, paládio, zinco, gálio, bário, fósforo e titânio. A
riqueza química do múmio é tal que os químicos russos dizem que contém todos os
elementos conhecidos.
A controvérsia acerca da origem do múmio
As teorias relativas à origem do múmio são muito controversas. A datação
isotópica fornece uma hipótese que vai dos 800 milhões aos
3 milhões de anos. Certas categorias de múmio contêm resíduos vegetais entre os
quais uma parte é composta de restos de espécies cambricas. Outras amostras não
contêm nenhuns vestígios de plantas. Além disso, os
investigadores avançam várias hipóteses: seria de origem animal, vegetal,
vulcânica ou mesmo cósmica? Quanto a certas teorias originais e, por
168
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
vezes, muito fantasistas, essas são mais que muitas e pretendem que o
múmio seria proveniente de restos de mamutes ou até de dinossauros.
As incríveis proprieda(les do múmio
As investigações e as experiências clínicas confirmam a grande capacidade
regenerativa do múmio. Esta capacidade polivalente permitiria tratar com a mesma
eficácia tanto a consolidação de fracturas como as
doenças degenerativas. A imprensa russa menciona a eficácia do múmio em inúmeros
casos reconhecidamente incuráveis. Todavia, até à data, ainda não foi
apresentada nenhuma explicação cientificamente válida sobre o mecanismo do
múmio. Os médicos ocidentais confirmaram também a sua forte acção
bacteriostática. O múmio é por conseguinte um “antibiótico natural” por
excelência.
Finalizando, o múmio está, provavelmente, na origem dessa misteriosa pomada
antiinflamatória utilizada pelos médicos do exército russo durante a guerra
contra o Afeganistão. A grande surpresa dos médicos russos foi a de constatar as
capacidades regenerativas do múmio em patologias que surgiam no seguimento de
irradiações. Mas neste campo as investigações continuam em fase experimental.
Um último comentário interessante: esta substância está disponível (e a preços
acessíveis) em todos os países da Europa Central e Oriental.
A 0ZOQUERITE: UMA CERA NATURAL
O nome ozoquerite provém de duas palavras gregas: ozein (sentir) e keros (cera).
A substância também é chamada “cera das montanhas” ou
14 cera natural” e é comparável à cera de abelhas. Além disso é uma resina
mineral com uma origem idêntica à do petróleo.
O jazigos de ozoquerite, existem em diversas regiões do mundo: na Roménia, na
Polónia, na Ucrânia (o maior jazigo do mundo encontrase na Boristávia), na
Áustria, na Eslovénia, nos Estados Unidos, no Tajiquistão e no Usbequistão. A
ozoquerite da Escócia, de França (vale do Loire) e do País de Gales distinguese
das de outras proveniências e por este motivo é chamada elateríte ou
“hatchetin”.
A sua cor pode ir do amareloesverdeado ao castanho, passando pelo preto. É
facilmente combustível, e o seu cheiro é semelhante ao da cerasina.
169
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
É utilizada na indústria de cosméticos e de têxteis e pode substituir a cera
de abelhas.
A ozoquerite: uma penicilina mineral
Avicena prescreviaa para o tratamento de hemorragias, fracturas e
dores de cabeça. Mas a ozoquerite está muito divulgada na medicina popular
russa. Além disso, neste país esta substância é muito acessível e
pouco dispendiosa. A sua grande reputação começou na exURSS em
1942, quando foi utilizada pelos médicos do exército para tratar feridas e
fracturas nos soldados. Descobriramse então os seus poderes bactericidas e
antibióticos, que são comparáveis e, por vezes, até superiores aos da
penicilina.
As indicações da ozoquerite
A ozoquerite pode ser utilizada por via externa, oral, rectal ou vaginal. O seu
mecanismo de acção é pouco conhecido. Durante o trata~
mento observase uma melhoria da circulação sanguínea (daí a sua
utilidade no tratamento da arteriosclerose), mas também estimula a regeneração
dos nervos periféricos e melhora as polinevrites. Na Ucrânia é prescrita na
balneoterapia e nas curas termais. No tratamento de gastrites e de doenças
intestinais os médicos russos prescrevemna como
terapia complementar.
A série de experiências feitas no início dos anos 40 está na base da sua
prescrição em ginecologia. Tem efeitos ostrogénicos e, por conseguinte, é
utilizada em casos de insuficiência ovariana e em inflamações.
Em pediatria é prescrita contra inflamações, broncopneumonias e
poliomielite. Uma das suas vantagens, a não negligenciar, está ligada ao
facto de não ter qualquer efeito secundário sobre o sistema imunitário das
crianças.
Referir, ainda, que a ozoquerite diminui as alterações dermatológicas ligadas à
radioterapia. Em razão da sua acção vascular está indicada no
tratamento de certas doenças corno as úlceras e os eczemas crónicos.
As experiências russas demonstraram que quando é utilizada localmente aumenta a
permeabilidade capilar e melhora a circulação. A sua
170
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
acção fortemente antii n fiam atória é cada vez mais reconhecida pela medicina
oficial.
E, para finalizar, a ozoquerite opõese à decomposição da matéria viva, daí o
fenómeno de conservação de animais préhistóricos encontrados em
perfeito estado de conservação. O mais célebre é provavelmente o rinoceronte de
Estarúnia, na Galícia (exposto no Museu de Zoologia de Cracóvia, na Polónia).
O MISTÉRIO DA “PEDRA DAS SERPENTES”
Quando se consultam os antigos jornais e publicações, encontramse informações
enigmáticas e misteriosas.
Uma história enigmática
Assim, na revista mensal Nature, de 1906, o Dr. A. Gartaz fez um comunicado
sobre a pedra indiana das serpentes. Na índia os répteis são responsáveis, todos
os anos, por várias dezenas de milhares de acidentes mortais. Os indígenas
serviamse deste talismã contra as mordeduras de serpentes e outros animais
venenosos. As pedras eram preparadas pelos brâmanes e, segundo as crenças
populares, eram dotadas de poderes sobrenaturais. Protegiam a vida dos
encantadores de serpentes, frequentemente vítimas das mordeduras dos seus
répteis.
Faraday, no início do século, fez a análise química de uma delas, proveniente da
região de Hyderabad. O seu primeiro comentário foi a
constatação de que a pedra não passava de um fragmento de osso calcinado cheio
de sangue e passado no lume.
Por seu lado, o Dr. WatkinsPitchford, de Pietermaritzburgo (África do Sul),
testou a pedra de acordo com a directivas indianas. Aplicouas no
local da mordedura, depois de molhar previamente a ferida com um pouco de água.
Mas os testes sulafricanos não confirmaram a sabedoria popular indiana.
Seis perguntas continuam em suspenso
A diferença entre as espécies de répteis sulafricanos e indianos e por
Conseguinte entre os venenos seria, talvez, a causa?
171
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
A pedra agiria apenas em pequenas doses de toxina? Seria ela eficaz apenas nos
humanos (a experiência foi feita em coelhos)?
A pedra, talvez, não tivesse suportado a longa viagem (nessa época eram
necessárias várias semanas para ir da índia até África)?
As pedras testadas, talvez, não fossem verdadeiras “pedras das serpentes”?
A pedra seria uma mera crença, a última esperança que resta às pessoas mordidas
por uma cobra?
Seria, sem dúvida, interessante examinar de novo esta pedra misteriosa de modo a
ficarmos definitivamente elucidados e sabermos enfim se esta “pedra das
serpentes” tem algum poder terapêutico.
O ÂMBAR: UM PRECIOSO MEDICAMENTO DESDE A ANTIGUIDADE
Desde a mais recuada Antiguidade que o âmbar foi um dos medicamentos mais
preciosos da farmacopeia europeia.
A sua prestigiosa história
DiócIes foi o primeiro médico grego, conhecido dos historiadores, a
aconselhar a sua utilização em preparações médicas. Atribuía a esta pedra
capacidades purgativas, antireumatismais e antihemorrágicas.
Os naturistas gregos foram também os primeiros a tentar explicar a
origem do âmbar. Para eles esta pedra provinha da urina de certos animais, em
particular do lince.
Dioscórides, Teofrasto e Galiano mencionaram o valor médico desse “ouro do
norte”. Plínio, o Antigo, e Callistratus citamno nas suas obras que descrevem
os remédios que receitavam. Acreditavase que o âmbar ajudava contra os males da
garganta e protegia as amígdalas. Foi também prescrito como colírio associado a
óleo de rosas e mel. Era, ainda, utilizado na preparação de um vinho para tratar
a icterícia. Contudo, é difícil saber se o conhecimento antigo das virtudes do
âmbar provinha das observações dos médicos gregos, romanos ou árabes.
A tradição da Idade Média coloca o âmbar entre os seis medicamentos mais
eficazes. Segundo Santa Hildegarda, o âmbar macerado em vinho ou
172
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
cerveja trata as dores de estômago. No livro de Agrícola (1554), o âmbar em
solução tem uma acção antihemorrágica e, no vinho, trata as doenças do
estômago. Santa Hildegarda e Culperer aconselhamno para resolver problemas
urinários. Os médicos dessa época utilizamno também para tratar os reumatismos,
a epilepsia e também, segundo Alberto, o Grande, para... examinar a virgindade.
Durante as grandes epidemias era utilizado em fumigação para prevenir contra a
peste. Era por conseguinte um dos remédios mais caros nessa época. A sua
utilização era reservada aos privilegiados, aos reis e aos papas. A Ordem dos
Cavaleiros Teutónicos tentou monopolizar a sua
exploração. A comercialização em territórios polacos e lituanos era aliás
controlada por estes cavaleiros teutónicos.
Actualmente as investigações recomeçam
Actualmente, entre os célebres pacientes tratados com âmbar podemos citar Martin
Luther King, que graças a este medicamento se livrou dos cálculos renais.
Compreendese, aliás, mal que esta pedra medicinal tão rica não tenha sido
devidamente estudada. Mas ultimamente a sua grande capacidade de produção de
iões negativos, bem como alguns dos seus
componentes aromáticos, é objecto de investigações aprofundadas.
O âmbar continua a ser utilizado na medicina popular de certas regiões da
Polónia e dos Países Bálticos, como medicamento antireumatismal. Preparações
homeopáticas de âmbar são comercializadas na Alemanha e na Polónia. Na Rússia os
médicos utilizam a vitamina D3, extraída do âmbar.
Como se utiliza o âmbar?
Ao longo dos séculos e de acordo com os autores, foram preconizadas diversas
preparações. Seleccionámos algumas receitas, fáceis de preparar:
O âmbar jóia: @@)loease directamente em contacto com a pele, em
medalhão, especialmente no Inverno durante o tempo frio. É particularmente
recomendado a pessoas sujeitas aos inconvenientes derivados das mudanças de
estação (resfriamentos, gripes, constipações, bronquites, tosse, dores de
garganta, etc.).
173
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
Macerado em vinho: escolha um vinho tinto de boa qualidade. Deixe macerar o
âmbar durante 24 horas e depois fervao. Esta preparação era especialmente
utilizada para as dores de estómago (úlceras?), os cálculos renais e as
hemorragias. óleo de âmbar: deixe macerar um pedaço de âmbar, durante 8 dias,
num litro de azeite. Este azeite pode ser utilizado no tempero de saladas e
outros vegetais crus.
Esta preparação está mais indicada para combater o stress, a angústia e as
depressões.
A ESPELEOTERAPIA OU TERAPIA NO SUBSOLO
A espeleoterapia é uma terapia baseada na acção curativa das caves e
das formas subterrâneas.
Nas grutas e nas minas de sal
Desde 1949 que existe uma estação termal subterrânea na Áustria, na
região de Salzburgo, perto de Badenstein. Nesta estação os médicos austríacos
obtêm excelentes resultados no tratamento de afecções reumatismais (reumatismos
degenerativos), perturbações da circulação e em certos casos
de artrite. Por outro lado, na Hungria, na região de Braradala, o Dr. Dudech
criou uma cura para asmáticos, situada a 50 metros abaixo do solo.
As primeiras experiências de espeleoterapia datam do século xix. O Dr. Crogham,
para tratar os seus pacientes tuberculosos, faziaos passar cinco meses numa
gruta do estado de Kentucky.
As minas de sal têm um lugar muito especial na espeleoterapia. Já em
1740, uma carta endereçada a Henry Baker, secretário da Royal Society, por John
Mouney, médico inglês do exército russo, descrevia o perfeito estado de saúde
dos mineiros que trabalhavam nas minas de sal de Wieliezka, perto de Cracóvia,
na Polónia. Nessa época um naturista francês, Jean Étienne Guettard, dedicou uma
obra completa a essa mina de sal. Actualmente a mina de Wieliczka está protegida
e faz parte do patri174
OS TRATAMENTOS INJUSTAMENTE ESQUECIDOS
mónio mundial da UNESCO. Uma parte contém um museu, e a outra foi transformada
em hospital onde, a 210 metros abaixo da terra, desde há trinta anos, são
tratados com êxito casos de asma e todas as doe"cas respiratórias.
A eficácia da espeleoterapia está relacionada com a especificidade do meio
É difícil explicar o fenómeno curativo da espeleoterapia e, em particular, das
minas de sal. Evocase a especificidade do clima, a estabilidade da pressão
atmosférica, a ausência de alergénios e de microrganismos patogénicos, a
presença de pequenas quantidades de movimentos impetuosos e os efeitos da
ionização das pequenas partículas de sal.
Como é evidente, todas estas condições favorecem uma boa ventilação dos pulmões,
mas as investigações feitas na Rússia demonstram também a acção da
espeleoterapia e das minas de sal no que diz respeito à estimulação directa do
sistema imunitário do homem. Finalmente, todas as investigações sobre as
diferentes formas de vida mostraram que estas beneficiam de um ecossistema bem
particular, muito distinto dos outros ambientes.
175
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA
A EVITAR
reducionismo é a causa principal da crise do pensamento médico ocidental da
nossa época. Se, por um lado, não nos é difícil entender que uma teoria que
reduz os fenómenos complexos a um único factor seja sedutora, sabemos também que
é a investigação científica que obriga os investigadores a tornaremse
reducionistas. Porque é impossível estudar a vida e a saúde em toda a sua
complexidade e permanecer cientificamente credível. Este tipo de fenómeno é bem
conhecido.
COMO SE CHEGOU AO REDUCIONISMO
NA MEDICINA?
Em primeiro lugar escolhemse os problemas acessíveis aos estudos e aqueles que
têm a possibilidade de ser resolvidos. Não nos preocupamos com aqueles que, no
estado actual dos nossos conhecimentos, não têm qualquer hipótese de solução,
como sabemos de antemão. Considerase que são inexistentes. Desta forma obtémse
uma caricatura do método cartesiano, pelo facto de se rejeitar tudo o que é
duvidoso ou incerto.
A ciência moderna só se preocupa com o acessível, cuja solução lhe parece
possível. Além disso, considerase que a realidade de laboratório, totalmente
artificial, é idêntica à que se encontra na Natureza. Em seguida, pretendese
que o conhecimento do comportamento de algumas moléculas é suficiente para
descrever todos os parâmetros dos organismos vivos. Esquecese facilmente que,
por exemplo, a física clássica (newtoniana) é incapaz de descrever sistemas
compostos por... três bolas de bilhar e que a ciência moderna não consegue
compreender o mecanis177
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA A EVITAR
mo da formação... das bolhas de champanhe. Desta forma, a ciência, que deveria
ser uma ferramenta de conhecimento do mundo, transformase na força criadora de
um novo mundo que, infelizmente, está nos antípodas do mundo real.
A medicina reduz os factos a uma causa única
Podemos pensar que estas reflexões sobre a ciência moderna não têm nada em comum
com os problemas de saúde que defrontamos diariamente. Mas a medicina é
provavelmente o mais reducionista de todos os nossos conhecimentos. Além disso,
é o mais hipócrita porque, contrariamente à física ou à biologia modernas, os
médicos continuam à procura de meios milagrosos. Pretendem compreender a maioria
dos problemas, que sã o muito mais complicados do que, por exemplo, a formação
das bolhas de champanhe.
A medicina é reducionista nas suas investigações sobre a causa das doenças ao
tentar quase sempre limitála a um único factor. É também reducionista na
investigação dos mecanismos patológicos e dos remédios, porque, se a doença é
causada@ por um factor (microrganismo, carência de um elemento, gene, etc.),
basta agir sobre esse factor único (antibiótico, suplemento alimentar, terapia
genética) para recuperar a saúde.
Pensamos que esta lógica é eficaz apenas em alguns casos raros. Nos restantes,
para preservar a saúde, é indispensável agir sobre vários factores. O nosso
principal conselho é, por conseguinte, vigiar as nossas condições de vida e agir
de modo a proteger o nosso meio ambiente.
LUTAR PARA QUE A MEDICINA NATURAL NÃO CONSTITUA UMA AMEAÇA PARA A NATUREZA
“... a fauna e aflora selvagens constituem um elemento insubstituível dos
sistemas naturais, que deve ser protegido contra a sobreexploração pelo comércio
internacional.”
O desaparecimento das espécies e o empobrecimento da riqueza natural são as
consequências mais graves da actividade humana. Ninguém pode fornecer um número
exacto das espécies animais e vegetais que
178
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA A EVITAR
vivem no nosso planeta, e ninguém tem a possibilidade de fornecer números sobre
a extinção total de algumas delas. Contudo, as estimativas são muito
pessimistas, já que os botânicos afirmam que todos os dias desaparecem uma ou
duas espécies de plantas superiores. Do início dos anos 80 até ao final do
século, 40 000 plantas superiores terão definitivamente desaparecido.
Como foi possível chegarse a esta situação?
As principais causas desta situação foram a alteração do ambiente e a destruição
dos habitat naturais. Todavia não devemos negligenciar o
papel da colheita e da comercialização incontrolada das espécies selvagens. Com
uma facturação de cerca de 30 mil milhões de francos, o tráfico relacionado com
a fauna e a flora é considerado como a terceira actividade comercial ilícita, a
seguir à das drogas e das armas.
O transporte de plantas e de animais selvagens gera diversos problemas: em
primeiro lugar, favorece a extinção das espécies. Em segundo lugar, a introdução
de organismos novos na natureza do país destinatário tem consequências: podemos
citar a tartaruga da Florida que constitui uma ameaça para a cístude (tartaruga)
indígena de França, ou a rã sulamericana introduzida em Itália. Além disso, os
organismos transplantados podem ser os vectores de diversas doenças (a tortue
salmonelose). Para finalizar, é importante realçar as condições cruéis de
transporte, responsáveis pela mortalidade de 62% dos pássaros provenientes do
Senegal e de 55 % dos provenientes do México.
Qual é o papel da medicina natural neste tráfico indigno9
O carácter ilícito, bem como a determinação difícil dos destinatários de certas
orquídeas, cactáceas ou corais, tornam impossível avaliar o
impacto da medicina natural na destruição das espécies ameaçadas. Todavia, desde
o desaparecimento do “sifilon” planta contraceptiva da Grécia antiga, cuja
colheita intensiva ocasionou a sua completa extinção
sabemos com exactidão que a prática medicinal (mesmo dita natural) pode ser a
causa directa da destruição total de uma espécie.
179
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA A EVITAR
Os historiadores das ciências e os botânicos dedicam uma grande parte das suas
investigações à descoberta das plantas dos Antigos. Frequente mente, não
conseguem determinálas nem inseriias no nosso sistema taxinómico. Estará esta
dificuldade exclusivamente relacionada com as dificuldades linguísticas? É muito
provável que, pelo menos em certos
casos, seja o seu desaparecimento que torna a identificação impossível.
As principais espécies de fauna ameaçadas
Entre as espécies ameaçadas pelo mercado da medicina natural podemos até
encontrar animais de grande porte.
Desta forma, na medicina chinesa utilizamse os ossos de tigre para tratar as
úlceras, os reumatismos articulares e musculares, o paludismo, a febre tifóide e
para aliviar as dores. O grande mercado de pó de osso
(aplicado debaixo das unhas dos pés para queimaduras e erupções cutâneas) e as
bebidas alcoólicas, fabricadas com ossos, são a principal causa da caça furtiva
a este animal. Estimase que no ano de 1991 mais de 30 000 garrafas de bebida de
osso de tigre foram enviadas da China para Hong Kong, Singapura, Malásia,
Tailândia e para todos as partes do mundo onde existe uma diáspora chinesa,
particularmente na Europa Ocidental e nos
Estados Unidos. O preço dos ossos varia muito: na fronteira chinesa, 1 kg pode
valer até 270 dólares (um tigre de pequeno porte tem um esqueleto de cerca de 7
kg). É por isso que em certas regiões a situação dos tigres se torna muito
crítica devido à caça furtiva supostamente “medicinal”. Desta forma, o número de
tigres no Parque Nacional de Ranthaombar, índia, é inferior a 14.
Os efectivos mundiais de rinocerontes passaram de 80 000, nos anos
70, para 11 000 actualmente. A caça furtiva de rinocerontes é a razão principal
da sua progressiva extinção. Esta situação persiste apesar de mais de 100 países
perseguirem os traficantes e os indivíduos que comercializam os cornos destes
animais. A procura de cornos é muito grande porque a medicina tradicional
chinesa utilizaos contra as febres, a epilepsia, a malária, os envenenamentos,
os abcessos e, especialmente, a impotência. Três anos de prisão e uma multa
constituem a sanção para as pessoas que comercializam ou utilizam o corno de
rinoceronte na
180
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA A EVITAR
Formosa (centro mundial deste tráfico). Mas as inúmeras apreensões efectuadas
por diversos países, por exemplo, 21 chifres apreendidos ultimamente pela
polícia belga a um comerciante de Bruxelas, mostram que os
caçadores furtivos não hesitam em arriscar a sua liberdade.
Por outro lado, a utilização de “castóreo”, sedativo nervoso, antiespasmódico,
estimulante vascular e um dos seis remédios panaceia da Idade Média, foi
provavelmente uma das causas da caça e do desaparecimento do castor na Europa.
Graças à sua reimplantação podemos encontrálo em
diversos rios da Europa Ocidental e Central. Infelizmente, existem provas de que
este animal se tornou, de novo, alvo dos caçadores furtivos.
A caça ilegal ameaça também a população de arganazes nos Cárpatos. A gordura
deste animal é utilizada como remédio contra os reumatismos.
Os ursos pretos asiáticos, os ursos dos coqueiros e os baribalas estão ameaçados
pela comercialização da sua vesícula biliar. A Coreia do Sul é o centro mundial
do comércio e do tratamento deste produto. As vesículas biliares são secas e
reduzidas a pó e, em seguida, utilizadas em chá ou sob a forma de infusão para
tratar as hemorróidas, as infecções intestinais, a hepatite e a icterícia.
As serpentes são, frequentemente, também objecto de tráfico. Em certas culturas
africanas os amuletos de pele de serpente protegem contra as
doenças dos olhos. Na América Latina utilizamnas para tratar as fracturas. Na
Ásia são preconizadas contra os reumatismos. Na medicina grega a serpente é um
dos componentes da célebre “grande teriaga”. Este medicamento foi utilizado na
Europa durante mais de dez séculos como
remédio contra as mordeduras de serpentes e contra a raiva, a peste e a varíola.
Ao longo da história existiram outras substâncias que serviram para tratar as
mordeduras de serpentes, em particular o corno do unicórnio marinho. Foi aliás
por este nome que os Antigos designaram o narval, mamífero actualmente raro e
ameaçado de extinção total.
A utilização do almíscar, produzido por certos mamíferos e por um pequeno
cervídeo, pela indústria de cosméticos e pela farmacopeia tradicional é uma
ameaça para as populações. Ora a colheita do almíscar pode ser feita sem matar o
animal, e existem na China unidades de produção especializadas nisso. Mas a
procura desta misteriosa substância (o almíscar é composto de hormonas sexuais,
de colesterol e de substâncias cerosas) é tão importante que a caça furtiva
persiste, especialmente nos Himalaias
181
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA A EVITAR
e na Sibéria. Ele é depois revendido na Europa e na América, e é impossível
distinguir do almíscar proveniente da caça furtiva o almíscar proveniente das
unidades legais de produção.
A abertura das fronteiras na CE agrava ainda mais a situação de diversos
animais, entre os quais se encontram as víboras da Europa Central e Ocidental,
que servem para confeccionar pomadas (certas serpentes são mesmo utilizadas
vivas), os alces e os veados por causa dos seus cornos, que são utilizados
depois de pulverizados. Na Checoslováquia existem vários “estabelecimentos
turísticos” especializados em viagens a África, a Espanha, a França ou à
Alemanha. Estes “turistas” de um género muito especial importam animais
exóticos, em particular répteis, insectos e aranhas provenientes de África, e
comercial utiliizamnos em França ou na Alemanha.
As principais espécies de flora ameaçadas
Certas explorações medicinais põem em perigo inúmeras espécies vegetais. A
Prunus africana é uma árvore africana cuja casca é utilizada para tratar
problemas de micção nos homens idosos, entre os quais o
tumor da próstata. infelizmente, a sua sobreexploração colocou em perigo a
maioria das árvores. É desta forma que uma planta pode desaparecer antes mesmo
de todas as suas virtudes terem sido descobertas.
As florestas de teixos nos Himalaias foram, praticamente, destruídas desde que
se conhecem as propriedades anticancerígenas das substâncias extraídas da casca
desta árvore. Além disso, a publicação sobre a acção antitumoral do “taxoi” foi
a causa directa da destruição de várias espécies de árvores na Europa graças a
uma colheita selvagem, apesar de ser
praticamente impossível isolar esta substância sem uma aparelhagem
especializada.
O Aloe polyphy11a (aloés espiralado) é uma planta originária das montanhas do
Lesoto. A descoberta das suas propriedades medicinais gerou um tráfico
internacional, e foram feitas tentativas do seu cultivo nos Estados Unidos.
Infelizmente, este aloés só cresce no seu solo natal, onde é cada vez mais raro.
182
O REDUCIONISMO, UMA ARMADILHA A EVITAR
O dragoeiro (Dracaena draco) das ilhas Canárias pode atingir uma
idade de 6000 anos. Os habitantes destas ilhas utilizaramno para mumificar os
mortos e para tratar várias doenças (é fortemente imunoestimulante); a sua
madeira também serve para fabricar violinos de grande qualidade. Esta árvore
desapareceu totalmente de quatro das sete ilhas Canárias. Existem apenas cerca
de 200 exemplares desta árvore no conjunto destas ilhas. Ainda será possível
preservála?
O que pode fazer a medicina natural para remediar esta situação?
É certo que a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies de Fauna e de
Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES), bem como a acção de organizações
como a WWF ou TRAFFIC, melhoraram a situação de certas espécies. Mas uma acção
meramente legislativa não tem capacidade para fazer face a todos estes
problemas. É, por conseguinte, indispensável que certos princípios de
deontologia profissional sejam aplicados pelos praticantes da medicina natural,
de modo a evitar uma catástrofe que precipitaria a extinção de várias espécies.
Apesar de ser difícil distinguir as plantas cultivadas das plantas selvagens, é
sempre possível verificar e exigir certificados de proveniência. Porque o
desaparecimento de espécies limita a riqueza natural e pode privarnos, no
futuro, de inúmeros novos medicamentos.
Uma das forças da medicina natural é o seu paradigma holístico, ou seja, a sua
visão da doença como um estado de desequilíbrio entre o corpo humano e a
Natureza. De acordo com esta visão, é impossível tratar ou prevenir as doenças
se, paralelamente, destruímos a Natureza. A aplicação de uma ética sobre as
colheitas e a utilização das plantas medicinais deve, portanto, ser um dos
principais dogmas do código de deontologia do médico naturista.
Os praticantes de medicina natural rejeitam a vivissecção como base do
conhecimento médico. Eles podem, por conseguinte, ter também um papel na acção
de protecção dos primatas que são actualmente alvo de caça furtiva com o
objectivo de investigações experimentais.
183
267, DOENÇAS E OS SEUS TRATAMENTOS*
NATURAIS
O asterisco que acompanha certos tratamentos assinala que estão amplamente
explicados na parte “DESCRIÇÃO DOS TRATAMENTOS LITILIZADOS”, da página 97 à
página 156. À mínima questão sobre a forma de aplicar qualquer um
deles, não hesite em consultála!
185
SIMBOLISMOS VISUAIS QUE ACOMPANHAM CERTOS TRATAMENTOS
*/* para ver com o livro
4
14 0)
Alififfinffição (p. 110)
ÁRO/7/los * ~ pós, de assento) (p. 144)
sonhos de vapor @@=0l (p, 147)
at ,qpl
405m95 * compressás 11
(p. 97)
CIliturão de Noptuno (p. 148)
DOMOS (111g10170 ~
Á0r8901.95 (p. 109)
Falmacopela chinesa
Altoteripla
Gargorejos Ágochechos
117fu.qão * Deco~o (pp. 9596)
jejum (P. 128)
Ráscora
óleos essenci.TIS (p. 100)
;r1J7t11181nãO * (p. 99)
Tratamentos descritos em pormenor nas páginas mencionadas
186
* Abcessos furúnculos
* Acidez de estômago (azia gástrica)
* Ácido úrico (uremia)
* Acne
* Afrontamentos
* Aftas
* Albuminúria
* Alcoolismo
* Alergias e doenças ditas ambientais
* Anemia
* Anginas, dores de garganta
* Ansiedade angústia, medos
* Apetite falta de, perda de (anorexia)
* Arteriosclerose, Angina de peito, Enfarte do miocárdio
* Artrites
* Artrose, Reumatismos articulares, Poliartrites
* Asma
* Astenia nervosa
Abcessos furúnculos
Abcessos furünculos
*/* a corrigir
Tratase de vermelhidão frequentemente acompanhada de inchaço purulento e de
dor, com diminuição de mobilidade e eventualmente febre.
DIV90i
475 * ZIMbro Escablosa
Salsaparrilha
1 drageia de cada planta, 3 vezes ao dia, antes das principais refeições. @
OU IMUSÃO ZIMbrO Escablosa
” salsaparrilha
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Leve a ferver durante 1 minuto e
deixe em infusão 10 minutos.
Beber 3 chávenas por dia, entre as refeições, durante uns 15 dias.
óIOM OSSOMI.115
ESSênCI.7 o& ZIMbrO
2 ou 3 gotas, 2 vezes ao dia.
Cura de 15 dias (a repetir).
offipi ,wn,95 * IM Fenogrego + Endro
Em meio litro de água deite 2 pitadas de cada planta e leve a ferver. Apague o
lume e acrescente 3 boas pitadas de urtigas para fazer uma decocção. Deixe
macerar 2 horas.
Aplique em compressa. Repetir frequentemente.
ou Cataplasmas da decocção de:
Fnogrogo i Argíl27
Outras cataplasmas possíveis:
Foffias de Couve ou de Cebola (cort27d27 em 2) ou ArgIla
* A borragem: as folhas frescas
bem esmagadas e aplicadas nos abc&ssos em cataplasmas ajudam a amadurecêlos.
* As virtudes desta planta foram
descritas por Alberto, o Grande. Este consideravaa como “geradora de um bom
sangue”. Os médicos da Idade Média também a utilizavam para tratar fraquezas
cardíacas.
* A brunela, tomada em decocção
e aplicada em cataplasmas suprime os firúnculos e cura as feridas (Cefal p i
no).
* O saláo aplicase com êxito (em
decocção) nos panaríclos.
8917h05 de lissento *
Banhos de assento frios, diários.
188
Abcessos furúnculos
UÇAO ÁRRIffiOS dO 1140p0.r *
Banhos de vapor completos, 2 vezes por semana.
cilitulio de Neptu170
Fálmacopelo C17117050
A casca de “tse king”, G&rcis chinensís, misturada com tc17ang (canforeiro)
GInnamornum camp17oia e com vinho chinês. Só se utiliza em aplicação externa,
depois de macerada em vinho, à razão de 30 g para 1 garrafa, durante 8 dias.
Aplique por meio de compressas, 1 ou 2 vezes ao dia. Ou, ainda, em infusão: 30
g para
1 litro de água. Leve a ferver durante 4 minutos e deixe em infusão durante 10
minutos. Aplique em compressas, 1 ou 2 vezes ao dia. A raiz de Ilyuen hoall
Dap17i7&
919~8. “Tse hoa” (Violeta, talos) víola patrínil
O pó de 9eu lu” Ec171nops da17uricus. Estas 3 plantas preparamse quer em
infusão quer em maceração em vinho. Em Infusão: 10 g para 1 litro de água. Leve
a ferver durante 2 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia. Em maceração em
vinho: 20 g de planta para 1 garrafa de vinho. Deixe macerar 8 dias e depois
filtre.
Tomar 1 ou 2 pequenos copos,
de licor, por dia.
A1117701MOÇãO
* Alimentação sóbria, supressão
de carnes gordas, de pratos com molho, charcutaria, caça, manteigas cozinhadas,
bebidas alcoólicas, papas de aveia.
* Alimentos privilegiados: Alho
cebola, germe de trigo (consu ma em abundância), todos os frutos, legumes
frescos e cereais integrais.
ou&” ã~Mentos
* Para acelerar a maturação dos
abcessos, aplicar cataplasmas de folhas de figueira Fícus carIc.7 (Moraceae). As
virtudes desta árvore foram mencionadas na Bíblia, e o profeta Isaías utilizoua
para curar Ezequias.
* Os figos também fazem parte da
farmacopeia de Maimónides (médico, rabino e filósofo do século xii). As suas
inúmeras utilizações foram descritas no Código de Melétios, monge bizantino do
século IX. Estes frutos estão igualmente presentes na farmacopeia mediterrânica
da Idade Média.
* Dioscórides preconiza o “s.71
viperuiW como antídoto. Este não é mais do que a carne de serpente cozida com
figos, sal e mel.
189
Acidez de estômago (azia gástrica)
Acidez de estômago (azia gástrica)
ia, acidez, dores de estômago, seguidas, por vezes, de vómitos. Pode @ser
provocada por inúmeras doenças digestivas, bem como por uma alimentação ou uma
mastigação insuficientes.
Lembremos que todos os alimentos devem ser bem mastigados, que todas as
refeições devem ser tomadas em posição sentada, num estado calmo: devem
constituir um momento de descontracção.
DIW0611
479 * Énulac.7mpana Hortelãpímenta
* 1 drageia de cada planta, 2 vezes ao dia, de manhã.
PrópolIS Endro
* 1 drageia de cada planta, 2 vezes ao dia, de tarde.
ou 11MUSJ0 * Énulac,gmpana Hortelãpímenta , Endro
1 pitada de cada planta para 1 chávena grande de água; leve a
ferver 3 minutos e deixe em infusão 10 minutos. Tomar 3 chávenas por dia. Z
õleos essenciais Lavanda
2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia. Fazer curas de 10 dias, várias
vezes ao ano.
ÁS017hOS £fO OSSOIMO *
Banhos de assento, com massagem do baixoventre, seguidos de fricção vigorosa
(diariamente).
ES/7/105 £f0 mpor *
2 vezes por semana.
Afusões *
* Depois do duche: Afusão dos
braços + coxas, alternadamente, 1 dia para cada.
* Fulgurante: afusão rectal.
CintUI*O de Nopt,1170
Pode ser experimentado.
190
Acidez de estômago (azia gástrica)
Recol~ fitomIspêuticas Betóníc.7ofikinal
Em infusão: 15 g para 1 litro de água. Leve a ferver durante 2 minutos, deixe em
infusão durante 10 minutos. Tomar 2 chávenas por dia, depois das refeições. É
uma das plantas considerada panaceia na Idade Média. Era utilizada para tratar
nada menos do que 40 doenças, das mais diversas. A sua eficácia foi demonstrada
nos casos de catarro pulmonar e estomacal e de cólicas e nas doenças de rins e
da bexiga.
Camomíl27 (matrícárlá) e Camornilaromano
* Em infusão: 15 g para 1 litro de
água. Leve a ferver durante 1 minuto e deixe em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia, entre
as refeições.
Centáureapoquena
* Em infusão: 10 g para 1 litro de
água, 1 chávena antes de cada refeição.
* Para suavizar o sabor particular,
pode aromatizálo com uma mistura de endro ou de angélica.
* Pode também macerar a planta
em vinho.
HortélãPIM17ta
Em infusão: 20 g para 1 litro de água; tomar 1 chávena de manhã e outra à
noite.
PIMpi17ela
Em infusão: 10 g para 1 litro de água. Leve a ferver durante 3 minutos e deixe
em infusão durante 10 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia. Nos Alpes esta
planta tem o nome comum de “bouquetine” ou “salsadebode”, devido ao cheiro
característico da sua raiz.
Tanc173~ Tratase do ‘Plai7tago major”, bem como de outras espécies de tanchagem
(Plantagínac&ao Decocção de tanchagem: 20 g de raiz ou de folhas em 1 litro de
água; tomar 4 chávenas por dia (esta preparação pode ser feita com vinho branco
puro ou cortado com água). A azia estomacal não é a única indicação para a
utilização da tanchagem. As suas propriedades mucilaginosas e acistringentes
foram aproveitadas (e podem continuar a sêlo) nas patologias das vias
respiratórias e digestivas. No século xix, nas regiões alpinas utilizavase esta
planta para tratar a disenteria. A tanchagem foi também utilizada em cataplasmas
para tratar feridas, mordeduras de insectos e queimaduras.
191
Ácido úrico (urernia)
Finalmente, certos médicos, como o Dr. Dubois, preconizavam a decocçâo de
tanchagem, aplicada em uso externo, no tratamento de úlceras.
O suco das folhas jovens misturado com mel (1 parte de mel para 5 partes de
suco) é uma excelente bebida popular na Europa Central.
J@JI A1,1k7entação *
Regime sóbrio (se possível vegetariano).
* Evitar: todos os abusos alimentares, álcool, aperitivos, cerveja, bebidas
gaseificadas, charcutaria, manteiga cozinhada, pratos com molhos, caça,
especiarias, enchidos, vinagres, etc. Vigie o sal e o tabaco.
* Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, azeite, couve e lacticínios.
jejum
1 vez por semana ou, pelo menos, uma cura de fruta.
CONSELHOS
Ver também, na parte Descrição dos tratamentos utilizados:
Caminhar de pés descalços (p. 132).
Exercícios físicos (p. 133). Repouso (p. 134). Respiração (p. 13 7).
Jw Acido Úrico (uremia)
r E
um aumento anormal da taxa de ureia no sangue. O ácido úrico ocasiona: cansaço,
dores de cabeça, vertigens, náuseas, cãibras, for migueiros e insensibilidade
nas extremidades do corpo.
É indispensável um acompanhamento médico.
192
Ácido úrico (uremia)
LL(@@j
* 1.8 semana: 1 drageia de cada
planta, 2 vezes ao dia.
Zímbro AmíeIropreto
* 2.8 sernana: 1 drageia de cada planta, 2 vezes ao dia.
Dontodêl&ãO Bétula
* Repetir.
@ OU IMU5J0
1.8 semana:
Zímbro i Bétula
* 2.8 semana:
Dentedel&ão + Ami&iropreto
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Leve a ferver durante 2
minutos e deixe em infusão 10 minutos. * Tomar 1 chávena de cada planta, 2 vezes
ao dia.
óleos essenciais *
1 a 3 gotas de zimbro, 2 vezes ao dia, por períodos de 15 dias. Repetir.
8917hos de assento *
Banho de assento morno, acompanhado de massagem do ventre e do baixoventre.
Este banho de assento deve ser seguido de fricções no corpo, vigorosas e mornas,
com a ajuda de uma luva de tela ou de crina.
SoMios de vapor *
1 por semana (de curta duração, no início), de 20 a 30 minutos.
AI1M0174a~
* A alimentação vegetariana é a
mais recomendada, ou uma alimentação muito sóbria. (Beber de preferência apenas
água.)
* Contraindicações: carnes vermelhas, em sangue, pratos com molhos, manteigas
cozinhadas, salmouras, charcutaria, caça e bebidas alcoólicas.
* Diminuição acentuada do consumo de sal.
* Alimentos privilegiados: alho,
cebola, limão.
JOjUM
* Refeição de fruta.
* Jejum de 24 horas. Repetir.
193
Acne
CONSELHOS
Dormir com as janelas abertas, se possível. Andar a pé. Caminhar de pés
descalços. Evitar preocupações e enervamentos.
Actividades desportivas devem ser praticadas com moderação.
Repouso.
Ver, eventualmente, Obesidade (página 479).
Ame
corre especialmente na adolescência, deixa marcas no rosto, no pescoço, na nuca,
no peito e nas costas. Estas marcas são pequenos nódulos desagradáveis, na
extremidade dos quais se encontra um pequeno ponto escuro. A pele é geralmente
gordurosa.
MiMoffias rAquIleÃâ) Amorperfeito * 1.1 semana: 1 drageia, 2 vezes ao dia. *
2.1 semana: 1 drageia de cada planta, ao acordar, e 1 drageia de cada, durante a
manhã.
GêniáUroa Zk7bro
* 2 vezes ao dia, a seguir ao almoço e ao jantar. Repetir,
Devem fazerse, várias vezes ao ano (no início de cada estação), curas de 3
semanas, de drageias de própolí s, ou de extracto líquido, 10 a 20 gotas, 2 ou 3
vezes ao dia.
ou IMUSãO *
Mílfoffias + Amorperf&Ito Centáulea + ZImbro
1 pitada de cada planta para 1
194
Acne
chávena de água, leve a ferver e deixe em infusão 15 minutos. A miMoffias
(aquileia) não deve ser utilizada durante o período menstrual.
ó1005 e55e17CARIS * (P~MeIMO dO rOStOj
Loção de Leptoso&imum (Méialeuca alterolfolla) , Águ.?drosgs (20 ml) *
hamamélIs (20 ml) * 25 g o& mistura de flores o& Lavanoa, MIlfoffias e Sabugu
lro
Outros óleos:
caioputo, Límão, Palmarosa, Sâncalo
comp/essas * Énulacamo.7na ,, Escabiosa ‘. c,9momí/,9
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Leve a ferver e deixe em
infusão 10 minutos. * Aplicar durante alguns minutos, de manhã e à noite.
Termine com uma afusão do rosto. * Esta loção pode também servir como
desmaquilhante.
MIísca/0 ÉnuiaCaMpa170 + ESCabIOS.7 @@ + Algíla
Fazer uma infusão com 2 pitadas de cada planta para 1 chávena de água. Leve a
ferver e misture com a argila.
A infusão misturase com argila
desfeita, de modo a fazer uma pasta homogénea. Esta máscara conservase 20
minutos, e deve repetirse todos os dias (ou, pelo menos, 3 vezes por semana).
Terminar com uma afusão do rosto.
Outra máscara de argila:
Lavanda + Argila verde
* 4 ou 5 gotas de óleo essencial misturadas em 1 colher, de sopa, de óleo de
amêndoasdoces, adicionadas a 1 copo de argila verde. Acrescentar água, de modo
a obter uma pasta homogénea e untuosa. * Aplicar e conservar cerca de 20
minutos, 3 vezes por semana.
n@@ ESIMIOS *
* Cuidados rigorosos com a pele.
* Loções totais seguidas de fricções diárias.
8,7171105 dO MSOMO
* Banhos de assento frios, todas
as manhãs ao acordar.
LÇApi ÁRY171;os de vapor *
Banhos de vapor, 2 vezespor
semana.
195
Afrontamentos
A fusões *
Afusão fulgurante. Afusão rectal, 3 vezes por semana, depois da toMette.
C117M110 dO NOPtUI1O
AllInenffiÇão *
Alimentação sóbria, se possível vegetariana. Contraindicaçô«: charcutaria,
fritos, carnes gordas, gorduras animais, manteiga cozinhada, ovos (excepto ovo
escalfado), queijos fortes, vinho, álcool, cerveja, pratos com molhos,
especiarias (atenção ao sal), açúcares e pastelaria.
* Alimentos aconselhados: legumes, fruta, cereais integrais (arroz integral,
trigo sarraceno, etc.), pão integral, peixe, carnes magras e bem cozinhadas,
papas de aveia (se não se retiver o regime vegetariano).
* Alimentos privilegiados: alho,
cebola, levedura de cerveja (a cada refeição), germe de trigo,
* Atenção.*vigiar também as causas possíveis: dentição, doenças digestivas,
obesidade, etc. @u J¥11177
Deve, pelo menos, fazer uma dieta de fruta (2 vezes por semana).
CONSELHOS
Evitar a maquilhagem e as exposições ao sol.
Afrontamentos
v i
gie especialmente a tensão arterial. Ver, eventualmente, Menopausa, p. 459.
Drageias * Valeriana Escabiosa Nogueira (folhas) Betónica Espinheiroalvar
2 drageias de cada, 1 vez por 1 pita dia.
cháve
ou Infusão * Valeriana + Escabiosa + Nogueira (folhas) + Betõnica + Espinheiro
alvar
da de cada planta para 1 na grande de água. Fer196
Afrontamentos
ver durante 3 minutos e deixar em infusão durante lOrninutos.
Beber 3 ou 4 chávenas por dia.
óleos essenciais Bagas de Zimbro
2 gotas, 3 vezes ao dia.
O u .
Manjerona
2 ou 3 gotas, 3 vezes ao dia.
Banhos de assento *
Banhos de assento frios.
Banhos de vapor
vez por semana.
Duches e afusões
Da face e dos braços, alternando com as coxas e o peito.
Alimentação
* Alimentação sóbria. Mastigar
bem.
* Contraindicações: bebidas alcoólicas, vinho, cerveja, café, chá, charcutaria,
doces, carnes vermelhas, salmoura, fritos, etc.
* Alimentos privilegiados: legumes frescos, cereais integrais, pão integral,
fruta fresca, saladas, vegetais crus, levedura de cerveja, alho, cebola, couve,
limões, laranjas.
Jejum *
* 1 dia por semana. * Praticar também cura, de 1 dia, de fruta.
CONSELHOS
Caminhar'de pés descalços (ver Endurecimento, p. 132). Banhos de ar livre e de
sol (p. 15 1).
Cinturão de Neptuino (p. 148).
197
Aftas
Aftas
onsultar também Boca (p. 261). Inflamação provocada por pequenos nódulos que
cobrem o interior da boca.
Escovar regularmente os dentes e lavar frequentemente a boca.
~veias *
Urz& Cavalínha SaIka
1 drageia de cada, 2 ou 3 vezes ao dia. Cura de drageias de própolis. 4
drageias por dia, durante 1 mês, ou, em solução, 10 a 20 gotas,
2 a 4 vezes ao dia, durante 1 mês. Repetir.
ou 117fusfo * Urz& Cavalính.7 Salva
1 pitada de cada para 1 chávena grande de água. Ferver durante
4 minutos e deixar em infusão durante um quarto de hora. Tomar 3 chávenas por
dia.
óleos essenCI.Tis Gravod&cabecínha
* 2 gotas, 3 vezes ao dia. Outros õleos essenciais:
Mal7jerICãO, C8M0M170, LImão, Fúncho, Segureffia, Gorânío
711MIMOMãO * MIrra (15 1771)
* Algumas gotas misturadas numa infusão de alecrim, 3 vezes ao dia. * Ou em
vinho quente, para lava gem da boca. * 2 ou 3 lavagens por dia.
Mi LOVO_~M £47 bOCO
Carva117o * Buxo (foffias) * Decocção: 2 pitadas de cada planta para meio litro
de água. Ferver durante 20 minutos e deixar em infusão durante meia hora. * 3 ou
4 lavagens por dia (de preferência, depois das refeições).
Hig10170 dos melmes
Faça uma pasta de argila, acrescentelhe 5 ou 6 gotas de essência de tomilho e
obtém uma pasta dentífrica pronta a utilizar.
198
Aftas
0817h05 dO OSSOMO *
Banhos de assento (Kneipp), todos os dias.
Á%1/71;05 dos
Banhos dos pés derivativos (3 vezes por semana).
ÁRO/MIOS de vapor *
1 ou 2 vezes por semana, seguidos de uma fricção vigorosa.
Afusios
Afusão diária da face.
Afusâo fulgurante (3 vezes por
semana).
AlIMeIMOÇj0
* Regime sóbrio.
* Evitar: carnes gordas, manteiga
cozinhada, especiarias, mostarda, doces, frutos secos, álcool, charcutaria,
conservas, chocolate, fritos, etc.
* Alimentos privilegiados: alho,
cebola, levedura de cerveja, germe de trigo, cereais integrais, papas de aveia,
frutos frescos lavados ou descascados, lacticínios, carnes grelhadas ou bem
passadas, manteiga crua.
JOJU177
Cura de fruta e jejum, muito aconselhado.
A L GumA s REcEirA s ürEis
As lavagens da boca com quintefõllo + ervad"ãolourenço (ou consoldapequena)
em infusão, várias vezes ao dia, curam as
aftas: 10 g de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante
3 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
CONSELHOS
Ver também:
Endurecimento (p. 132)
Respiração (p. 137). Banhos de ar livre e de sol (p. 15 1).
199
Alburninúria
Albuminúria
igie as causas, que podem ser inúmeras.
L&1J@I ~geios *
Zimbro salva
* 1 drageia de cada, 2 vezes ao dia (de manhã).
BétUla TOMI1170
* 1 drageia de cada, 2 vezes ao dia (de tarde).
ou MAISão *
Zírnbro salva * Bétula + TOMi1170
* 1 pitada de cada para uma chávena de água; leve a ferver durante 5 minutos e
deixe em infusão durante 15 minutos.
* Beber 4 chávenas por dia.
ó10OS OSSO0CAVIS
Zimbro Sétilla
1 ou 2 gotas de cada, alternadamente, 2 vezes ao dia.
8317h05 dO 35501M0 *
Frios ou banhos de assento com fricções (Kuhne). Diários.
8a1717os de mpor *
1 vez por semana, seguidos de uma fricção vigorosa.
* Afusão do rosto + braços + pernas.
* Afusão fulgurante. Alternadamente, 1 dia cada.
AIAMOIMOP#O
Alimentação sóbria, vegetariana se possível. Evitar: ovos, lacticínios, queijos,
álcool, vinho, charcutaria, carnes gordas, pratos com molhos, caça, enchidos,
crustáceos, moluscos, etc. Alimentos privilegiados: levedura de cerveja,
legumes, frutos, saladas, cereais, carnes magras bem cozinhadas.
JejUM
1 vez por semana, mas também cura de fruta.
200
Alcoolismo
outMS ã~Mentos secas de giesta, 8 g de barbas
de milho e 10 g de bagas de Infusão ou decocçâo da seguin zimbro. te
mistura: rãbano silvestre, Estas plantas podem também ser
10 g para 2 litros de água, à qual tomadas separadamente, em inse acrescentam
15 g de flores fusão ou decocção.
CONSELHOS
Ver também:
Endurecimento (p. 132)
Exercícios físicos (p. 133)
Respiração (p. 137)
Alcoolismo
r E um dos flagelos da nossa época que favorece e predispõe a um grande
número de afecções, doenças vasculares, artrites, reumatismos, gota, cancro,
etc. Constitui também um factor agravante nos acidentes de viação.
Tal como o tabagismo, o alcoolismo atinge todas as camadas da população.
Foram feitos inúmeros estudos sobre as populações alcoólicas, frequentemente
vítimas de carências. A carência em magnésio atingeas especificamente, já que
os alcoólicos eliminam esta substância mais facilmente do que os abstinentes.
O Prof. Delbet demonstrou que a indústria agrícola e as grandes quantidades de
adubos potássicos empobrecem os solos em magnésio e
carenciam as culturas. Esta situação agravase em razão da transformação dos
alimentos e do consumo de pão branco (que contém 5 a 6 vezes menos magnésio do
que o pão integral). Quando um organismo está deficiente, procura aliviar este
estado. Se este persiste, a ordem orgânica
201
Alcoolismo
é perturbada, o instinto é enganado e a resistência enfraquecida. Podem então
manifestarse diversas perturbações: abuso de drogas, de medicamentos, de
açúcares, acompanhadas de várias desordens indefiníveis, tais como cansaço
geral, lassidão, instabilidade emocional, dificuldade em seguir o pensamento,
etc.
As curas de desintoxicação constituem um paliativo, uma ajuda momentânea e
passageira que devern, para evitar recaídas, ser seguidas de uma vigilância
séria.
Existem diversas associações que provaram a sua boa prática e eficáela: os
“Alcoólicos Anónimos”, as “Cruzes de Ouro”, etc. Associaçoes como estas existem
na maioria das cidades.
D189eias * Tânchagem Absínto M//folhas
* 1 de cada, 3 vezes ao dia, durante uma semana, alternando com:
Torment11178 Angélica Tancha~ * na outra semana; depois, recomeçar. * Própolis
ou extracto líquido: 3 vezes ao dia durante 3 semanas. Várias vezes por ano.
OU IMUSãO *
O padre Kneipp aconselhava:
Tanchagem Absinto M//f0117aS
* Alternando 1 semana de cada
planta com:
Tormentíffia Angélica TanC179geM
* Em infusão: 1 pitada de cada
planta para uma chávena de
água. Leve a ferver e deixe em infusão durante 15 minutos. Tomar 3 ou 4 vezes ao
dia. Estas infusões podem ser substituídas por drageias (ver acima).
Recomendações formuladas pelo Dr. Bilz: “AqU&I&S qU& plelênOeM OeSintoxicarso
devem fazêlo de Lima só V&Z & nunca mais tecomeÇar, poís poderíam tornar a
ficar deoendenies.”
SOMIOS dO .95501M0 *
Frios ou com fricções (Kuhne).
BY17lios de vapor *
Frequentes ou mesmo diários (constituem um excelente meio de desintoxicação); no
início 1 ou 2 por dia. Devem ser seguidos de um fricção fresca e vigorosa.
202
Alcoolismo
A fusões *
* Do rosto, das coxas, dos braços,
fulgurante.
* Várias vezes ao dia, se possível.
* Use e abuse dos duches, afusões frescas ou frias todos os dias.
Receitas Lf AtotelaPdUticas
ÁS.7r0
Esta planta tem uma forte acção vomitiva, comparável à da ipeca. Era utilizada
antes da importação desta. O seu segundo nome,
11 cabaret”, provf5m do facto de ser utilizada para fazer vomitar os bêbados.
Tomar infusões de folhas frescas ou do pó do rizoma.
ATENÇA01 Esta planta é perigosa o deve ser prescrita por um especialista.
Erv.7~Mate
Entre as plantas utilizadas no tratamento do alcoolismo, a ervamate parece ser
um dos remédios mais eficazes. A garantia de não produzir efeitos secundários e
a sua acção suave tornamna num precioso aliado. Mas, paradoxalmente, continua
desconhecida como meio de luta contra a dependência etílica e os malefícios do
álcool.
A história da ervamate é espantosa. Esta planta foi descoberta no final do
século xvii pelos Jesuítas. A ciência classificoua, graças à descrição de
Auguste SaintHilaire, um século depois. Tal como inúmeras plantas pertencentes
às civilizações précolombianas, a ervamate está associada a uma cultura e a um
cerimonial de colheita e de consumo. Esta bebida é o equivalente do chá na Ásia.
Os colonizadores aperceberamse rapidamente que se tratava de uma planta com
virtudes excepcionais. No século xix, a bebida preparada à base de ervamate era
muito popular na Europa Ocidental. A colheita da ervamate é um trabalho penoso
mas simultaneamente uma aventura rocambolesca. Uma equipa, constituída por uma
quinzena de “hervateiros” (nome dado aos colhedores de mate), dirigida por um
chefe, parte para a colheita do
11 chá do Paraguai”. Esta primeira busca consiste em encontrar u m a A rwwriá
brasillensls, u m a árvore de grande porte que vive em simbiose com a ervamate.
Infelizmente, a sua hiperexploração é responsável pelo desaparecimento dos
locais naturais desta planta. Mas o homem aprendeu a cultivar esta planta há um
século, e ela continua a
203
Alcoolismo
ser a bebida preferida de uma grande parte dos habitantes da América Latina. No
Brasil as culturas de ervamate cobrem uma superfície de 65 000 ha (a produção
anual é de cerca de
100 000 toneladas). As folhas de ervamate contêm
1,8% de cafeína, 9,3% de taninos, várias vitaminas (ainda mal identificadas),
20% de resinas e
O,1% de óleos essenciais. A sua acção é múltipla. Ela é em primeiro lugar um
forte estimulante cardíaco: dilata os vasos sanguíneos e combate o cansaço. O
mate é também um antialcoólico notável. Mas grande parte das suas virtudes
permanecem ainda desconhecidas. Vários autores científicos observaram que as
populações consumidoras de mate estão protegidas contra os malefícios do
alcoolismo que dizimam actualmente as populaçõ es indígenas. Esta situação
provém do facto de os bebedores de mate consumirem menos etanoi e nunca caírem
numa dependência alcoólica. Esta bebida, que tem um sabor muito agradável,
merece ser redescoberta.
* A infusão de ervamate preparase tal como o chá.
MeiMe17drO
* Os seus princípios activos são
utilizados como sedativo nervoso contra as dores nevríticas,
as doenças mentais, a melancolia, a ansiedade e também para tratar o alcoolismo.
ATENÇA01 Esta planta é tõxica. Só deve ser utilizada sob receita médica.
Vi17C~XíCO
Utilizamse os rizomas (nome popular: raizdeasclepíades).
O seu nome provém do facto de ter a capacidade de libertar os intestinos de
certas substâncias. Era considerada como um antídoto de vários venenos e era até
utilizada contra a peste. Mas, apesar da sua acção real (e do facto de continuar
a fazer parte de certas preparações farmacêuticas), tais virtudes parecem
exageradas. ATENÇÃO1 Esta planta é tõxica. Só deve ser utilizada sob receita
médica.
AliMeIM~O
Uma alimentação saudável, de tendência vegetariana, rica em magnésio (pão
integral, cereais integrais, frutos frescos, frutos secos, legumes, etc.). A
proscrever: refeições ricas, pratos com molhos, charcutaria, carnes gordas,
conservas, fritos, guloseimas, pastelaria. Quanto mais gorda e gastronómica for
a
204
Alcoolismo
alimentação, mais ela necessita de ser acompanhada, como é lógico, de vinho e
bebidas espirituosas. Diminuiçã o do consumo de batatas.
Alimentos privilegiados: papas de aveia (a aveia é utilizada devido às suas
propriedades desintoxicantes), levedura de cerveja, germe de trigo, alho,
cebola, salsa, couve.
jejum
É fortemente recomendado, tal como a cura à base de fruta. Aconselhamse as
curas de uvas (biológicas), da é poca.
Bebid,75 *
O vinho é um remédio comprovado caso não se abuse dele de modo a criar
dependência.
O Cânone de Avicena dizia, a propõsIto do vinho que utilizava como remédio:
Sob a designação de vinho entendese o “verdadeiro vinho”, bebida fermentada
preparada a partir de uvas secas ou de tâmaras. (Este vinho bastante espesso
necessita de ser filtrado. O vinho da época de Avicena era semelhante aos vinhos
gregos do tipo “Retsina”.)
* As principais virtudes que este
lho reconhecia oram as seguintes: reforça as vísceras, preserva a saúde geral e
a digestão, conserva o corpo, regenera as fracturas e purifica os humores.
Segundo Avicena, o vinho activa o funcionamento do fígado e ajudao em caso de
obstrução. Influencia a formação dos ossos e ajuda, em doses moderadas, a
“clarificar” o cérebro. Além disso, fornece uma boa disposição e permite vencer
a melancolia.
* O vinho branco leve é preferível, segundo Avicena, para as pessoas “excitadas”
(nervosas) pois não causa dores de cabeça. Pode ser consumido misturado com mel
(depois de macerado durante 2 horas).
* O vinho branco pesado, quando é doce, é indicado para todos aqueles que
pretendem engordar e recuperar as forças. Quanto mais agradáveis forem o aroma e
o sabor do vinho, mais benéfico será para o organismo. Ajuda a digestão e a
assimilaçâ o dos alimentos. Torna os humores mais móveis e participa no
equilíbrio do corpo.
* O vinho velho é como um bom
médico, mas o vinho novo é como o fel e pode provocar desordens hepáticas. Se
ficarmos doentes depois de ter bebido vinho, no dia seguinte devemos
205
Alcoolismo
beber água fria, absinto e comer romãs. Para prevenir problemas desagradáveis
ocasionados pelo excesso de bebida, Avicena recomendava que se tomasse (antes de
beber vinho) um xarope de suco de couve branca, misturado em partes iguais com
suco de romã verde, aos quais se acrescentava o dobro do volume de vinagre. É
interessante assinalar a influência (e a concordância) dos conselhos de Avicena
na medicina medieval.
Citamos aqui alguns aforismos e conselhos da célebre Escola de Salerno (segundo
o 1?egímon Sabítatís Saleiniatum, de Bleusen de Ia Martinière, em 1749. Editado
pela Union Latine d'Éditions):
* Sobro a escolha e as marcas de bons vinhos:
Quanto ao vinho, sobre a sua escolha, eis aqui a nossa doutrina.Bebam pouco,
mas que s&ja bom
O bom Vil7170 é UM3 boa M&díCina,
O mau vonho é um veneno. EVItar OS V11717OS faISIfICadOS POIS dão CabO do pWtO
* Sobre os afeitos dos bons vinhos:
Sempre aos me117ores vil717os dêem a vossa preferêncla, Produzem sempre os
me117ores humores. Dêsprezem o vinho n&gro, espesso, sem transparência Est&
envia ao cérebro vapores grosseiros; Carr&9a o &stômago causa uma sensação o&
peso E torna nos suj<os a pr&guiça
CONSELHOS
Cura de magnésio: 3 semanas várias vezes por ano, salvo em
caso de insuficiência renal grave (em saquetas de 20 g, dissolvido em 1 litro de
água de boa qualidade): meio copo de manhã, em jejum. Ver também:
Endurecimento, exercícios físicos, repouso, respiração, relaxamento yoga
(pp. 133 a 139).
206
Alergias e doenças ditas ambientais
Alergias e doenças ditas ambientais
ão inúmeras, e as suas manifestações podem ter diversas formas. As causas são
múltiplas e, por vezes, iatrogé neas (envenenamento por medicamentos).
Contudo, as alterações no modo de vida e no regime alimentar produzem sempre uma
melhoria.
Veja também as diversas formas de alergias e as suas manifestações sintomáticas
(asma, asma dos fenos, etc.).
INFLUÊNCIA DAS ALTERAÇõES NATURAIS
DO AMBIENTE SOBRE A SAúDE
A meteopatologia ou a biometeorologia
As condições atmosféricas têm um papel importante na nossa saúde. Conhecemos
desde sempre o “mal do vento”, que se caracteriza por astenia, irritabilidade
ou, ainda, por dores reumatismais nos adultos e perturbaçõ es digestivas ou
respiratórias nas crianças.
A meteorologia age sobre a saúde
Certos ventos são mesmo responsáveis por perturbações específicas, apesar de
estas serem frequentemente difíceis de definir.
* Assim a síndroma do vento suão perturba o cicio do sono e provoca
insônias, pesadelos, enxaquecas e dores ao nível do tórax.
* O mal do vento mistral ocasiona nevralgias e insónias. O vento
sharav, em casos extremos, é responsável por anomalias hormonais, corticosupra
renais ou hipertiroidismo.
* Também foi observada a síndroma da trovoada: antes da trovoada os
bebés lactentes têm diarreias, convulsões e uma agitação anormal.
207
Alergias e doenças ditas ambientais
* No século xvi, o padre jesuíta d'Acosta descreveu o mal de “Puna”
que dizimava as expedições espanholas durante a travessia dos recifes
montanhosos. Os sintomas são comparáveis ao mal da montanha, com dificuldades
respiratórias e aceleração do ritmo cardíaco. Foram descritos por Saussure
durante a sua escalada ao cimo do monte Branco. Inúmeras observações feitas por
viajantes e praticantes foram retomadas e estudadas pelos naturistas. (É
provavelmente daí que decorrem as investigações feitas sobre os
efeitos da electricidade do ar realizadas por Nollet, Franklin, Saussure e de
Candolle.) Por outro lado, o desenvolvimento da aviação permitiu constatar que
os pilotos estão sujeitos à mesma doença que os
alpinistas, apenas muda a altitude em que surgem os sintomas (2000 metros para
os alpinistas e cerca de 6000 para os aviadores).
* A guerra trouxe novas constatações: o mal causado pelo “vento da
bala” é responsável por hemorragias capilares. Sabese perfeitamente que o tempo
pode agravar ou melhorar certas patologias.
* O mistral e a tramontana provocam acessos de congestão e hemoptíses
nos tuberculosos. Aliás, em certos casos, uma simples previsão meteorológica
permite fazer um prognóstico sanitário. Nesta perspectiva, os investigadores
gregos utilizam eficazmente o índice termohigrométrico (medida da humidade e da
temperatura diárias) para prever a mortalidade em Atenas.
Por que razões reagirá o organismo desta forma?
Quais são as causas das patologias meteorológicas? Incriminouse a
rnodificação da pressão atmosférica, os fenômenos eléctricos, as alterações na
quantidade de oxigénio e de óxidos de carbono, bem como vários outros factores.
Estas modificações (naturais) teriam o poder de modificar o nosso meio ambiente
e a nossa homeostase. Paradoxalmente a explicação destes fenômenos biológicos é
sempre vaga. Dispomos de inúmeras constatações, mas temos falta de explicações
fisiológicas. Porque são raros os casos que se podem resumir a um fenômeno
único, como é o caso do mal do mistral em que o vento é acompanhado de uma
ionização positiva. (Neste caso um simples regresso a uma ionização negativa
basta para curar o doente.)
208
Alergias e doenças ditas ambientais
Quais são os mecanismos da acção do estado do tempo sobre as afecções?
Devemos em primeiro lugar considerar a acção geral sobre o orgaIlisnio.
A acção directa das condições meteorológicas influencia as reacções
fisiológicas.
A acção indirecta, por sua vez, modificaas indirectamente, favorecendo a
hipersensibil idade.
Foi por este motivo que os investigadores se interessaram pelos efeitos dos
climas continentais. Todavia as explicações propostas são variáveis: pensase
alternativamente num enfraquecimento geral do organismo que favorece o
aparecimento de infecções microbianas, o desenvolvimento de novas patologias
bacterianas, uma falha do sistema enzimático, o
desregulamento dos mecanismos de termorregulação, a modificação dos parâmetros
físicos dos líquidos (a viscosidade), uma actividade anormal do sistema nervoso
autónomo, alterações na permeabilidade das membranas celulares e a interrupção
do funcionamento do metabolismo proteico.
As estações agem sobre o corpo e sobre o espírito
Por outro lado, entre as várias meteosensibilídades, devemos mencionar, para
além das alergias, as bronquites e as insuficiências respiratórias, as
tuberculoses pulmonares e os enfartes. As condições atmosféricas intervêm também
de uma forma predominante nas
doenças vasculares cerebrais. Quanto ao aparecimento do reumatismo, este está
relacionado com o frio, com a humidade e com a natureza dos solos.
Além disso, em muitos países observase um agravamento das doenças mentais por
ocasião da Primavera. Certos investigadores até emitiram a hipótese de a
criminalidade e o nascimento de esquizofrénicos serem sensivelmente mais
elevados nos primeiros dias de Primavera. Outros estudos demonstraram que os
acidentes no trabalho aumentam quando a temperatura ambiente é diferente da
temperatura óptima para o organismo humano (entre 11 e 24'C). Aplicase o mesmo
comentário aos suicídios, mais frequentes no Inverno do que no Verão.
209
Alergias e doenças ditas ambientais
Aliás o sol intervém de forma tão benéfica no nosso corpo que até a cárie
dentária parece (segundo certas fontes) sofrer a influência dos
raios de sol.
As doenças infecciosas têm, também elas, um carácter sazonal. Manifestamse
tanto sob a forma de epidemias como pela diversidade dos seus tipos. Na Europa
Central as doenças infecciosas dividemse em três categorias:
* estivais (febre tifóide, poliomielite, disenteria);
* hibernovernais (patologias rinofaríngicas, sarampo, varicela
e varíola);
* hibernais (escarlatina, difteria, gripe, pneumonia).
As condições atmosféricas podem fazer baixar o teor de ácidos gordos (que têm
um papel protector) da pele, o que tem por efeito facilitar a penetração de
bactérias patogénicas.
A observação dos fenómenos naturais demonstra que o ar seco e frio
estimula a mucosa nasal, enquanto o ar húmido a inibe. Isto explica a razão de
as doenças das vias respiratórias serem muito menos frequentes no Norte da
Europa.
0 estado do tempo tem também uma influência apreciável sobre a
taxa de anticorpos. Ele altera a composição hormonal (sobretudo suprarenal). O
frio caracterizase pela excreção urinária de esteróides e por um aumento da
resistência antibacteriana.
A meteorologia: um meio de prevenir muitas doenças
O conhecimento dos elementos meteorológicos permite neutralizar certos
inconvenientes e tirar proveito de certos remédios elementares bem conhecidos,
tais como a benéfica “mudança de ares”.
A título indicativo, consulte o quadro que apresentamos adiante. Este mostra o
aumento do número de certas patologias em relação com as
perturbações climáticas sazonais nos vários meses do ano.
210
Alergias e doenças ditas ambientais
MÊS
Doenças de risco e fenórnenos patológicos
Janeiro
Aumento significativo das doenças cardíacas, de apoplexias, de úlceras pépticas,
riscos de coma diabético, raquitismo, gripe, pneumonia, meningite cérebro
espinal, aumento da fragilidade capilar, riscos de deficiência em vitaminas A,
Li e K, hipertensão.
Fevereiro
Fortes crises de arteriosclerose, de doenças cardíacas diversas, apoplexias,
bronquites, úlceras pépticas, aumento de risco de comas diabéticos, doenças
mentais, raquitismo, riscos de pneumonia, meningite cérebroespinal, deficiência
em vitaminas A, D e K, descalcificação, hipertensão, tuberculose e perda de
fosfato.
Março
Reumatismos, doenças mentais, risco de tuberculose, meningite cérebroespinal,
varíola, fragilidade capilar acrescida, hipertensão, descalcificação e perda de
fósfato.
Abril
Doenças mentais, risco de tuberculose, meningite, agravamento da fragilidade
capilar.
Maio
úlcera duodenal, bócio, asma dos fenos, febre tifóide, poliomielite, risco de
deficiências em vitamina B.
Junho
Asma dos fenos, febre tifóide, poliomielite, disenteria, deficiência em
vitaminas B e C.
Julho
Apendicite, conjuntivite, febre tifóide, poliomielite, disenteria, deficiência
em vitamina C.
Agosto
Propício às febres tifóides, asma, poliomielite, disenteria.
Setembro
Asma, cólera, disenteria, poliomielite.
Outubro
Reurnatisinos, escarlatina, gripe, hipertensão.
Novembro
úlcera do duodeno, acréscimo de casos de glaucomas, reumatismos, difteria,
gripe, crises de hipertensão.
Dezembro
Bronquites, úlceras pépticas, aumento do risco de coma diabético, raquitismo,
gripe, pneumonia, meningite cé rebroespinal, possibilidade de dericiência em
vitaminas A, D e K, hipertensão, acréscimo de leucócitos.
211
Alergias e doenças ditas ambientais
INFLUÊNCIA DAS ALTERAÇõES ARTIFICIAIS
DO AMBIENTE SOBRE A SAúDE
Qualquer tipo de actividade utiliza energia e gera poluições que têm freq
uentem ente repercussões nefastas, que só consideramos quando temos a
possibilidade de as medir e identificar. Isto é possível quando as consequências
se fazem sentir imediatamente, mas difícil quando estas só surgerri muito tempo
depois.
O nosso mundo está doente de poluição
Certas espécies animais e vegetais, ditas bioindicadoras, apresentam uma
sensibilidade particular e testemunham do desaparecimento de certas formas de
vida.
Quando uma indústria polui com os seus detritos (o que acontece com todas) e
surge o escândalo à luz do dia, instaurase um regateio entre os
industriais aliados dos sindicatos da empresa que defendem o direito ao emprego.
A vida, as alterações nos ecossistemas, as repercussões biológicas e as
eventuais consequências sobre a saúde têm pouco peso face aos
argumentos económicos.
Caminhamos para uma diminuição da poluição?
Os factores criadores de poluição acentuaramse nos últimos anos,
particularmente graças à intensificação da industrialização. O crescimento
e a alteração do consumo dos indivíduos são em grande parte os factores
responsáveis desta situação. E seria uma ilusão pensar que os progressos
realizados fazem ou farão inverter este processo de degradação que constatamos
na nossa vida quotidiana.
O estado global de nosso meio ambiente, desde que tomámos consciência da sua
degradação, não melhorou por isso. Alguns cientistas, desde os anos 30 (a
escolha desta data, sabemolo, é puramente arbitrária, já que os primeiros
trabalhos sobre os efeitos nocivos dos fumos datam do século xvii) começaram a
avaliar os efeitos nefastos da industrialização sobre a Natureza. Apresentaram
as suas reservas relativamente à poluição gerada pelas actividades humanas e
acautelaram os poderes públicos. As
212
Alergias e doenças ditas ambientais
primeiras medidas significativas foram tomadas nos anos 70, mas o estado do
planeta continua todavia a degradarse.
Existem me(lidas possíveis de prevenção?
As ineclídas preventivas são quase ínexístentes. Mesmo que um país tornasse a
decisão de respeitar totalmente o seu meio arribiente (o que é impossível no
nosso mundo industrializado), esta decisão teria poucas repercussões porque a
poluição não tem em conta as fronteiras e estas, numa perspectiva
proteccionista, não nos servem de nada.
Quando sornos confrontados com uma poluição que nos obriga a agir de modo a
neutralizála, limitála ou substituíla por uma técnica “com efeitos nocivos
aceitáveis”, o mal já está feito. Além disso, o que poderia à primeira vista
parecer uma boa medida demonstra ser irrealista e, grande parte do tempo, apenas
substituímos um tipo de poluição por outro, cujos efeitos ainda não se
manifestaram.
Tomar consciência (lo meio ambiente significa a(laptarmonos ou adaptálo às
nossas necessida(les?
O problema reside na percepção que o homem tem do seu meio ambiente. As outras
espécies vivas, sejam elas animais ou vegetais, vivem em osmose com o seu meio
ambiente. Uma espécie adaptase e aclimatase em função do seu meio: se não
consegue encontrar o seu lugar, desaparece; pelo contrário, se as condiçõ es lhe
são favoráveis ela persiste e prolifera.
Para o homem a situação é muito diferente. Este adapta o meio ambiente à suas
necessidades’ . Enquanto estas apenas exigiram a energia fornecida pela força
dos animais, as repercussões, apesar de terem algumas consequências, perinitiram
contudo um modus vivendi. O homem explorava a natureza em função das suas
capacidades limitadas, e esta podia, mal ou bem, reconstituirse.
Com a chegada da era industrial, a relação de forças alterouse em
grande escala e a exploração dos recursos naturais acentuouse ainda mais,
aumentando paralelamente os seus efeitos desagradáveis. O raciocínio do homem
fálo pensar que aquilo que não conseguiu resolver ontem
1 As alterações feitas pelos animais também existem, mas têm um carácter
limitado.
213
Alergias e doenças ditas ambientais
estará ao seu alcance amanhã. Mas, no estado actual da situação, nada indica que
os problemas para os quais não encontrámos uma resposta sejam resolvidos num
futuro próximo.
Além disso, o nosso sistema imunitário tem a capacidade de indentificar as
substâncias patogénícas que encontramos e deveria neutralizálas. É o
que norrnalmente acontece. Mas quando somos confrontados com agentes tóxicos
novos, que enganam as nossas defesas, o nosso organismo não consegue ídentificá
los, e estes são, assim, assimilados e armazenados.
O progresso gera exclusão e inatlaptação
Destas perspectivas decorrem dois sistemas de pensamento:
O primeiro consiste em afirmar que o homem, desde os tempos mais
remotos, soube adaptarse ao seu meio arribiente.
O segundo consiste em acreditar que o homem, no futuro, será capaz
de encontrar a solução para os problernas que tem sido incapaz de resolver no
passado.
Este tipo de raciocínio optimista, que defende o progresso “a todo o custo”, não
é sério e não resiste a uma análise profunda. Dizer que o
homem vai conseguir adaptarse é uma pura abstracção especulativa e
revela mais do desejo do que da realidade observável que decorre dos factos.
Basta, para ficaririos convencidos, enumerar as espécies que desapareceram ao
longo desta última década e verificar que inúmeros rios e
lagos perderam a totalidade ou uma grande parte da sua fauna aquática.
Um outro aspecto que não se deve negligenciar e que é esquecido é que, longe de
resolver os problemas do homem, a industrialização marginaliza socialmente os
indivíduos mais fracos (os que não podem ou não sabem adaptarse às condições
sociais ou económicas) e excluios, perante a indiferença geral da colectividade
(à excepção de algumas associações de caridade com meios limitados). Para estes
problemas, e isto independentemente do tipo de governantes no poder, não foi
ainda encontrada qualquer solução. A sociedade continua a produzir progresso e
a
acentuar o fenómeno da inadaptação e da exclusão.
Quanto aos outros, aqueles que estão “provisoriamente” adaptados, têm
consciência da precariedade da sua situação. Esta é uma das razões pelas quais
os países ricos necessitam cada vez mais de drogas (legais ou
ilegais) para os ajudarem a suportar o seu “malestar”.
214
Alergias e doenças ditas ambientais
A POLUIÇÃO ELECTROMAGNÉTICA
A fada boa da electricidade
Uma das primeiras pessoas em França a apontar os riscos ligados a
este tipo de poluição invisível, e por isso insidiosa, foi o Dr. Maschi. Como é
o caso de todos os precursores, isto não só lhe valeu um grande número de
transtornos e processos, como tarribém o ter sido, durante mais de vinte anos,
excluído da ordem dos médicos. Actualmente toda a gente parece concordar, ou
quase, e inúmeros cientistas admitem que a corrente eléctrica não é talvez tão
anódina como normalmente se pensa.
Com efeito, os responsáveis e os produtores de electricidade de todos os países
fizeram crer ao público que a electricidade só tinha vantagens. Durante muito
tempo ela só teve qualidades, a tal ponto que os publicitários, ao gabarem os
seus méritos, apresentavamna sob a imagem tranquilizadora de “fada boa do lar”.
Mas, por detrás desta fada radiosa e dispensadora de tanto conforto e
facilidade, escondese talvez uma terrível bruxa, pronta a fazernos pagar o
cêntuplo por todas as vantagens que nos fornece.
As investigações finalmente reveladas
As primeiras investigações dissonantes datam de 1954. Foram efectuadas nos
Estados Unidos. Na mesma época os Polacos também trabalharam sobre esta questão
polémica.
A evolução da técnica teve como resultado o facto de o conjunto de radiações
electromagnéticas da atmosfera terrestre ter ficado “carregado” de forma
considerável. Tratase de uma poluição ignorada, ocultada, mas
cuja presença se torna cada vez mais evidente.
Já nessa época se suspeitava que este tipo de poluição era responsável por
certas patologias degenerativas tais como as leucemias ou a doença de Parkinson.
Em 1976 um estudo americano apresentava os resultados de um relatório do
Pentágono que realçavam que “os fornos de microndas poderiam produzir crises
cardíacas, alterar o comportamento dos diplomatas e
influenciar as pessoas submetidas a um interrogatório”.
215
Alergias e doenças ditas ambientais
Milhões de dólares foram investidos neste tipo de investigação, tanto rio
Ocidente como no Oriente. Mas com que finalidade? Esta questão continua actual.
Em 1979, WertheIrner e Leeper observaram um excesso de mortalidade por doenças
cancerosas em crianças que viviam em casas com campos magnéticos muito elevados.
Três anos depois Milham realça que as pessoas que têm uma actividade associada
à exposição a campos inagnéticos podem manifestar um risco acrescido de
leucemia.
Nos anos 80 e 90 foram realizados estudos epiderniológicos em pessoas que
manifestavam exposiçoes não só residuais, mas tarribém profissionais. Na Suécia
confirmaram que o aumento dos riscos relativos cresce proporcionalmente à
frequência e aos níveis de exposição. Este estudo conclui “que os resultados
trazem mais argumentos em favor de uma relação entre campos magnéticos e cancro
do que contra ela”. Esta evidência é ainda mais acentuada no caso da leucemia
infantil.
As doenças desencadeadas pelos campos electromagnéticos
O Prof. Cyrí1 W. Smith realça o papel fundamental das radiações não ionizantes
nos processos vitais e os perigos potenciais que resultam da exposição regular
às radiações electromagnéticas, mesmo de fraca potência. Estas favorecem o
aparecimento do cancro, de leucemia, de alergias e de depressões. Estas doenças
são agravadas ou desencadeadas pela maioria dos nossos sistemas e campos
eléctricos, tais como os cabos de alta tensão, os fornos de microndas, as ondas
de rádio, os radares e certas
aplicações militares. Estes exemplos edificantes mostram a enorme complexídade
dos problemas e dos fenómenos que podem resultar das consequências das
actividades industriais.
Localizar e conhecer o nível e o grau de exposição aos campos electromagnéticos
do nosso meio ambiente é uma etapa indispensável para combatermos estes perigos
com conhecimento de causa e nos mantermos afastados das suas fontes.
Máquinas de costura efetos
As mulheres grávidas que trabalham com máquinas de costura eléctricas arriscam
se a expor os seus fetos a radiações electromagnéticas,
216
Alergias e doenças ditas ambientais
susceptíveis de provocar leticemia. Com efeito, a Dr.’ Claire InfânteRivard, da
Universidade McGill de Montreal, recenseou um número importante de leucernias em
crianças filhas de costureiras. Esta investigadora tinha primeiro atribuído este
fenómeno ao pó e às fibras sintéticas.
Campos magnéticos e cancro do cérebro
“As pessoas que trabalham em instalações eléctricas duplicam o risco de
contraírerri cancro do cérebro”, afirmam os investigadores da Universidade da
Carolina do Norte.
Os resultados mais significativos estabelecem uma relação de causa e
efeito entre exposiçao e cancro do cérebro. Esta doença provocou 144 mortes
entre os 140 000 indivíduos que trabalhavam numa central eléctrica (foram
escolhidos ao acaso para o estabelecimento da amostra analisada).
Este risco alargase também a outros tipos de cancro, por exemplo, ao
cancro do sangue. Com efeito, a exposição prolongada aos campos magnéticos
duplica as “possibilidades” de desenvolver um tumor deste tipo.
Por outro lado, na Bélgica, certos criadores de gado constataram o
aparecimento de perturbações fisiológicas no gado depois da colocação de um cabo
de alta tensão nos seus terrenos. Podemos também mencionar o teor anormal de
astrocitomias em Los Angeles e o número elevado de cancros entre o pessoal da
central telefónica Pacífic Bell; na Polónia e na Ucrânia, constatase um aumento
de leucemias crónicas e agudas, bem como casos de cancro em instaladores e
técnicos de rádio e a multiplicação de arterioscleroses e também de problemas de
esterilidade nos
condutores de carros eléctricos.
É possível preservarmonos da poluição electromagnética?
É preciso, em primeiro lugar, medir os campos magnéticos do nosso
meio ambiente para identificálos e protegermonos. Existem diversos meios:
Aparelhos de medição;
Detecção efectuada por especialistas. Além disso, é necessário:
* que a instalação eléctrica esteja bem feita;
* que as tomadas estejam ligadas à terra;
217
Alergias e doenças ditas ambientais
* que não existam perdas de corrente;
* evitar ter nos quartos despertadores eléctricos, reduzir o número de
tornadas e proceder de modo a que os candeeiros de cabeceira tenham uma
iluminação mínima;
* evitar as camas metálicas;
* evitar as fibras sintéticas;
* limitar o tempo passado diante de aparelhos de televisão, ecrãs de
computador, evitar também os telemóveis, os microndas, etc. (ver o
capítulo dedicado ao cancro, p. 279). A acumulação de electricidade estática
provém do facto de estarmos permanentemente isolados da terra. Com efeito as
nossas estradas são alcatroadas, os solos das nossas casas estão isolados e os
nossos sapatos com sola de borracha isolamnos do solo. Desta forma acumulamos
electricidade sem podermos libertarnos dela.
* O primeiro método consiste em retomar o contacto com a terra,
andando a pé, sempre que possível, de pés descalços sobre a terra, na erva
húmida, etc.
* Outro meio, contudo menos eficaz, é lavar, várias vezes, ao dia as
mãos com água fria e agarrar, durante alguns instantes, na torneira com as duas
mãos, o que permite fazer uma ligação à terra. Mas, como é óbvio, o melhor meio
consiste em penrianecermos, se possível, afastados de campos electromagnéticos.
A irradiação alimentar
É um outro aspecto da utilização da ionização destinada a proteger a nossa
alimentação e a prolongar o seu tempo de conservação.
Se nos é possível, quando compramos um produto alimentar, ler nas etiquetas os
componentes químicos conservantes, aromatizantes, adoçantes, emulsionantes e
outros que são necessários ao seu fabrico, énos muito mais difícil saber se o
produto em questão foi tratado com raios ionizantes. Contudo, uma lei de 8 de
Maio de 1970 torna obrigatória a
indicação de qualquer produto que tenha sido sujeito a irradiação. Mas esta lei
nunca é aplicada. A 15 de Novembro de 1989, o Parlamento Europeu, com a
finalidade de proibir a irradiação dos alimentos frescos na CEE a partir de 1 de
Janeiro de 1993, adoptou uma directiva. Mas a
218
Alergias e doenças ditas ambientais
França ultrapassou esta directiva e continuou a irradiar os queijos “camembert”
confeccionados com leite cru. Quanto à Alemanha, não obstante ter proibido a
irradiação dos produtos destinados ao seu mercado interno, autorizaa para os
produtos destinados à exportação.
As consequências da irratfiação
Em todos os casos, a permeabilidade das membranas celulares é afectada, os
raios ionizantes dissociam as moléculas e libertam radicais livres. As batatas
irradiadas, por exemplo, têm uni tempo de conservação mais longo, mas perdem a
vitalidade, estão mortas.
Destrói a germinação e opõese à vida: os cereais tratados não germinam ou
germinam muito mal. O estudo feito com raios infravermelhos mostra o
aparecimento de deformações estruturais. Os açúcares e os amidos alteramse.
Quanto aos frutos, os processos são idênticos: a irradiação mata os micróbios,
mas altera o teor de vitaminas e acarreta uma perda enzimática importante.
Inúmeros produtos agrícolas, tanto em França como noutros países, são
actualmente irradiados: frutos frescos, cebolas, alhos, frutos secos, aves,
leite, etc. É, por conseguinte, preferível consumir apenas produtos de qualidade
biológica ou comprados a pequenos produtores.
Os metais são necessários, mas em doses altas são tóxicos
O organismo tem necessidade de inúmeros metais para assegurar o seu
funcionamento. Mesmo que só os utilizemos em quantidades infinitesimais, não
podemos viver sem eles. Em contrapartida, certos metais podem estar na origem de
graves perturbações orgânicas. Por exemplo, o cobre é um elemento necessário,
mas, ingerido em quantidades importantes, tornase nocivo. A toxicidade dos
metais obriganos a utilizálos com precaução nos complementos alimentares e nas
amálgamas dentárias.
As fontes de intoxicação podem ser variadas. Na Silésia, por exemplo,
constataramse vários casos de intoxicação em crianças que brincavam em
parques infantis onde a areia de jogos continha doses anormais de chumbo.
Por outro lado, devemos sempre ter em conta que não basta, em caso
de carência, tomar apenas o elemento que falta para remediar a carência, já que
vários factores podem ser responsáveis. Por exemplo, a anemia
219
Alergias e doenças ditas ambientais
maligna é frequenternente o resultado, não de falta de vitamina B12 (ver
“Cobalto” no quadro adiante), mas da incapacidade que o organismo tem de a
assimilar. Ela só pode ser utilizada sob a forma de um complexo com
uni factor interno (glicoproteina produzida pelas mucosas do estômago).
O exemplo do zinco
O caso do zinco demonstra bem a evolução dos nossos conhecimentos sobre o papel
dos microelementos metálicos no nosso organismo. Em
1869, Raulin descobriu que o zinco era necessário ao desenvolvimento do cogumelo
Aspergilliís niger. Mas foi preciso quase um século para se
descobrirem as consequências das carências desse metal e as suas funções no
organismo. Em 1961 demonstrouse que uma carência em zinco é a causa de graves
perturbações metabólicas, de anemia severa, de estagnação ponderal, do atraso no
crescimento e de hipogonadismo.
Os bioquímicos descobriram que este elemento é necessário ao funcionarnento de
várias enzimas: desidrogenases, aldolases, peptidases, fosfatases, isomerases e
transfosfiralases. Sabemos que ele participa no processo de sintetização
proteica e de divisão celular. Continuam a ser estudadas as relações com os
ácidos nucleicos. As graves consequências da sua
carência e a sua múltipla acção retiram a atenção dos terapeutas.
Utilizouse primeiro o zinco para tratar certas patologias. A sua
toxicidade não era ainda conhecida. Todavia, certos metais vitais são, em
certas formas e em determinadas doses, fortemente tóxicos. As primeiras
intoxicações causadas pelo zinco foram descritas nos mineiros e operários da
indústria metalúrgica. A “febre do zinco” tem os sintomas seguintes: arrepios,
febre, vómitos, cansaço, fraqueza, acompanhados de secura bucofaríngica. Contudo
os efeitos tóxicos do zinco a longo prazo foram durante muito tempo ignorados.
Além disso, casos de intoxicação próximos dos observados na indústria foram
considerados como efeitos secundários do tratamento terapêutico pelo zinco.
Actualmente a toxicidade dos sais e compostos de zinco é mais bem conhecida. A
base de dados Medline comporta 74 publicações sobre este assunto. Inúmeras
informações falam da sua toxicidade em animais de laboratório, também observada
no meio natural. Para estas investigações utilizamse culturas celulares in
vitro (fibroplastas humanos) e estudamse as zonas ecologicamente devastadas. A
acção tóxica dos compostos de zinco é muito variada.
220
Alergias e doenças ditas ambientais
Os metais: doenças de carência ou de excesso
METAL
Efeito de carência
Efeito de excesso
Crómio (Ci)
Metabolismo
Desconhecido.
anormal da glicose.
Cobalto (Co)
Anemia maligna,
Insuficiência das artérias
porque este metal
coronárias e hipergIobulia.
faz parte da
Nos anos 19651966, no
vitamina B,,,
Canadá, acrescentouse
necessária à síntese
sulfato de cobalto à cerda hemoglobina.
veja (I mg para 750 ml)
A falta de cobalto
de modo a estabilizar a
na alimentação dos
espuma. Detectaramse
animais provoca
então nos consumidores
doenças que,
casos de cardiomiopatia,
outrora, dizimavam
20 deles mortais. O pó de
os rebanhos de
cobalto provoca tumores
ovelhas na Austrália.
malignos nos músculos.
Lítio (U)
Depressão maníaca.
Desconhecido.
Magnésio (Mg)
Convulsões.
Parestesia.
Manganês (Mn)
Deformações ósseas.
Inércia locomotora.
Funcionamento
A inalação de pó de óxido
anormal das
Alergias e doenças ditas ambientais
METAL
Efeito de carência
Efeito de excesso
Potássio (K)
Doença de Addison.
Selénio (Se)
Necrose do figado.
Cenurose nos anirriais, efeito desconhecido no homern.
Sódio (Na)
Doença de Addison.
Cálcio (Ca)
Deformação óssea, Tetania.
Catarata. Cálculos da vesícula biliar.
Ferro (Fe)
Anemia.
Hematocromatose (acompanhada de cirrose do fígado). Sideritose.
Cádmio (Cd)
Inflamação renal, doença “Itai Itai” (intoxicação crónica). Várias centenas de
pessoas morreram dos efeitos desta intoxicação no Nordeste do Japão, numa região
mineira (antigas minas de metais não ferrosos). O cádmio acumulase nos rins e
no figado. Este metal fragiliza também os ossos.
Chumbo (Pb)
Anemia. Encefalomielite. Neuropatia.
222
Alergias e doenças ditas ambientais
óLEOS ESSENCIAIS, LEGIONELOSE E POLUIÇÃO
MICROBIOLóGICA DO AR
Uma doença misteriosa...
A história começa corno um policial americano. Em 1976, durante uma reunião
comemorativa do 58.O aniversário da Legião Americana, no
Hotel Bellevue Stratford de Filadélfia, 182 antigos legionários, cidadãos
arnericanos, são vítimas de uma estranha doença. A “nova” pneumonia causou a
morte de 29 pessoas. A imprensa avançou a hipótese de um
atentado “biológico” contra estes antigos mercenários. O FBI fez uma
investigação pormenorizada, mas foi preciso um ano para se descobrir a
solução deste mistério.
Em Dezembro de 1977, a equipa de investigadores do Centro de Controlo de Doenças
de Atlanta conseguiu isolar e determinar o bacilo incriminado. A “nova” bactéria
recebeu o nome de Legionellapneumophila, e descobriuse que o seu vector era o
sistema de ar condicionado.
A doença dos legionários seria realmente uma nova doença? Ou teríamos nós
conseguido finalmente encontrar uma explicação para certas patologias pulmonares
inexplicadas até 1977? Isto porque a análise de amostras de soro responsáveis
por antigas pneumonias determinou a
implicação da Legionellapneumophila na epidemia de febre de Pontiac em 1968, e
também:
na morte de 14 pessoas entre as 81 contaminadas no Hospital de
Santa Elizabeth, em Washington em 1965; em 11 pneumonias, entre as quais 2
mortais, no mesmo hotel em
Filadélfia, em 1974. Além disso, as epidemias ocorridas em diversos países
mostram o
carácter universal da legionelose: em hotéis de Itália, em 1980; em centros
comerciais na Suécia, em 1979, em hotéis nos Estados Unidos, na Austrália, em
Porto Rico, em hospitais franceses em 1989. Basta lembrar que todos os anos a
legionelose atinge 400 000 pessoas nos Estados Unidos e que uma única epidemia
num pequeno clube de golfe em Inglaterra provocou a morte de 43 pessoas, para
compreendermos a importância desta doença.
223
Alergias e doenças ditas ambientais
Desde 1976 descreverarrise cerca de 30 espécies e 80 estereótipos diferentes de
legionela. Contudo, a Legionella pneuniophila, estereótipo 1, é responsável por
90% das infecções. Mas as outras espécies também podem ser patogénicas. Além
disso, o nosso conhecimento sobre este grupo de bactérias é ainda muito
limitado. A capacidade patogénica da Legionella anisa só foi descoberta na
Austrália em 1990, ou seja, catorze anos depois do início das investigações
sobre a legionelose.
A responsável finalmente descoberta
A legionela é uma bactéria muito cornum. A investigação mostrou a
sua presença em 64% de torneiras de água fria e em 75% de torneiras de água
quente, em Paris. Os aerossóis e a transmissão de pequenas gotas contendo
bactérias favorecem a contaminação. Os sistemas de climatizaçã o e humidificação
do ar são as principais fontes de risco de legionelose. Mas não devemos contudo
esquecer os riscos ligados aos simples duches e
trabalhos de construção.
A legionela vive em simbiose com o Flavobacteriutn breve ou Fischerella sp.
Estes microrganismos assegurarnlhe uma fonte de ferro. A legionela pode também
sobreviver em períodos difíceis graças à sua
simbiose (parasitismo?) com as arnibas. É uma bactéria muito resistente que
consegue viver no seu meio, mesmo depois de um tratamento por meio de cloro,
ozono, raios UV e calor. A utilização dos biostáticos, que se julga limitar o
seu desenvolvimento, não forneceu resultados comprovativos. É por isso que os
meios utilizados para a esterilização dos contentores de água dos climatizadores
devem ser limitados, já que são tóxicos e serão posteriormente dispersos no meio
ambiente pelo sistema de climatização.
Os sistemas de ar condicionado são os culpados
A doença dos legionários deve incitar os investigadores a trabalharem sobre a
flora e a fauna dos reservatórios e dos sistemas de ar condicionado. Porque
certas condições físicas, como a temperatura e a humidade, criam um ambiente
ideal para a proliferação de bactérias. Desta forma, a análise biológica dos
sistemas de ar condicionado pode inquietar todas as pessoas que trabalham em
edifícios “modernos”, equipados com siste224
Alergias e doenças ditas ambientais
mas de clirriatização do ar. A análise mostrou que, além das bactérias do tipo
legionela, cerca de 50 espécies de bolores e esporos (AspergilIus,
Cl(ido,@I)orini@i, Alternaria, Mucor, Alirebasidiui7i, etc.), mais de 20
espécies de bactérias também vivem nos ares condicionados (Baciflus cereus,
Baciffiíssubtilis, etc.), bem como amibas, do tipo Acanihamoeba e Nagleria, e
algumas algas.
Alguns destes microrganismos são susceptíveis de ter uma acção patogénica. Desta
forma, 26 casos de aspergilose invasiva forarri diagriosticados em pacientes
imunodeprimidos, em tratamento no Serviço de Hematologia do Hospital Henri
Mondor. A aspergilose parece ser uma das doenças microbiológicas iatrogénicas
mais frequentes rios hospitais franceses. Por outro lado, certos organismos de
“ecossisternas de ar condicionado” têm um papel de agentes patogénicos directos,
e outros são
responsáveis por patologias de origem alérgica. As arnibas poderri também ter um
papel de “reservatórios de vírus” e, como já dissernos anteriormente, podem
constituir um veículo para as legionelas.
O Prof Ragnar Rylander da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, trabalha desde
há anos sobre o papel das bactérias Gram, diferentes da legionela, e das suas
endotoxinas, nas doenças do ar condicionado. Os resultados mostram os perigos de
diversas bactérias e das suas toxinas dispersas rio ar através dos sistemas de
climatização.
Como diminuir os riscos de contaminação pelos sistemas de ar condicionadrp?
A patologia do ar condicionado provém essencialmente de uma concepção errada na
instalação da climatização e está frequentemente associada ao sistema de
hurnidificação. As soluções eficazes continuam, por conseguinte, nas mãos dos
engenheiros e técnicos mais do que nas mãos dos médicos. Em certos casos é
necessário conceber novamente e substituir totalmente o sistema de climatização.
Trabalhos dispendiosos deste tipo permitiram deste modo eliminar os riscos rios
edifícios da BBC em Londres. É certo que uma instalação e humidificação
correctas, filtros eficazes, uma temperatura da água desfavorável à proliferação
microbiana e limpezas regulares são as precauçõ es necessárias para diminuir
estes riscos.
225
Alergias e doenças ditas ambientais
O que é evidente é que é preferível não criar condições artificiais patogénicas.
Mas, indiscutivelmente, a “escolha técnica” não está ao alcance de um indivíduo
obrigado a trabalhar ou a tratarse em locais climatizados.
Os óleos essenciais podem resolver uma parte dos problemas?
Faltamnos dados sobre a acção antibiótica contra a legionela, mas
existem estudos, infelizmente desconhecidos, sobre a desinfecção contínua do ar
por meio de óleos essenciais. Como é óbvio, a dispersão de substâncias tão
potentes exige uma certa prudência, mas esta solução deve ser encarada e, além
disso, é facilmente aplicável. Em 1960, M. L. Joubert de Lyon estudou a
desinfecção contínua. Por este meio demonstrou a eficácia dos aparelhos
“aerolizores” (em relação aos brumizadores e pulverizadores), o que resultou na
diminuição quantitativa dos germes patogénicos quando se utilizam aerosóis com
óleos essenciais, bem como numa importante diminuição de bactérias.
Observou também a atenuação da virulência destes microrganismos, mas, o que é
mais importante, que a taxa de germes “saprófitos” (encarregados da defesa)
permanecia estável. Quanto à acção broncodilatadora e apneizante, esta
melhorava. Além disso, notou também a diminuição da poluição química do ar
ambiente (como a do amoníaco, por exemplo).
AS ALERGIAS ALIMENTARES E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS
Certas doenças não respondem aos tratamentos clássicos. Sintomas diversos, tais
como cansaço, dores de cabeça, dores abdominais e diarreias não parecem
corresponder a uma doença com características bem determinadas. Perante casos
deste tipo, um grande número de terapeutas classifica estas perturbações na
categoria das patologias psicossomáticas. É certo que pode ser verdade para
certos pacientes, mas outros apresentam simplesmente uma intolerância a uma
substância alimentar, a um aditivo químico ou uma reacção ao contacto com um
determinado produto.
226
Alergias e doenças ditas ambientais
Quando se poderá suspeitar que as alergias têm uma origem alimentar?
Em casos de diarreias rias crianças: estas cólicas poderri por vezes
ocorrer se a criança é alirrientada ao peito e a mãe abusa de produtos lácteos.
Dores de garganta repetidas, rinites (suspeitar também do tabaco e
das poluições ambientais).
Sinusite.
Dores de cabeça.
Cansaço, ansiedade.
Doenças da pele tais corno eczema, psoríase (neste caso podern
existir também alergias ao contacto com fibras sintéticas ou com produtos
químicos).
Asma.
Reumatismos.
Artrite, artrose, artrite reurnatóide (incluindo as inflamatórias).
Certas doenças gastrintestinais, inchaços.
Doenças card lovascu lares.
Hiperexeitabilidade.
Instabilidade, stress, irritabilidade.
Insónia.
Quais são os produtos suspeitos de causar alergias?
O leite e os seus derivados (manteiga queijo)
Basta, muitas vezes, eliminálos durante algum tempo para que a alergia
desapareça, em particular em problemas nas crianças pequenas, mas
também em casos de diarreias, prisão de ventre, doenças da pele, asma, rinites,
sinusites e também nas doenças card iovascu lares e intestinais.
Conhecemse actualmente 20 substâncias alergizantes além dos antibióticos, todas
elas contidas no leite.
O mito de que os produtos lácteos contêm cálcio e são, por conseguinte,
saudáveis só é alimentado pela publicidade e contradiz os factos.
227
Alergias e doenças ditas ambientais
Os países onde existe inenos osteoporose são os que não consomem ou consomem
poucos produtos lácteos (a China, os países africanos e certos
países do Extremo Oriente). O Prof. Kervran dernonstrou que não bastava
consurnir produtos lácteos para cobrir as necessidades em cálcio do organismo, e
que estes tinham, muitas vezes, um efeito oposto.
Certos produtos de origem animal
Os ovos, os peixes, sobretudo os fritos. Esta alergia manifestase
frequentemente à distância, veiculada unicamente pelo cheiro (a peixe frito).
O glúten e os cereais
Especialmente nas perturbações intestinais, na artrite, na artrose e rias
poliartrites reurnatismais, bem como nas diversas alergias (à excepção do
arroz).
O açúcar, o café, o chá, o chocolate
Estes podem, em certa medida, acentuar os fenómenos alergizantes e
devem ser proscritos em todas as abordagens desintoxicantes.
O que fazer para descobrir uma alergia?
Para descobrir uma alergia alimentar, basta, muitas vezes, deixar de consumir o
produto suspeito até se fazer sentir uma melhoria. Esta chega normalmente ao fim
de alguns dias. Mas não se trata de uma regra absoluta: em certas alergias é
necessário esperar mais tempo, às vezes algumas semanas. Além disso, os
sintomas, no início, podem acentuarse. Se isto acontecer, é porque existem
fortes probabilidades de que o produto em questão seja o responsável desta
situação. Se nada acontecer, volte a
introduzir o elemento na sua alimentação e retire outro.
Uma outra técnica consiste em jejuar alguns dias e voltar a introduzir os
alimentos suspeitos de toxicidade, uns a seguir aos outros, espaçando
228
Alergias e doenças ditas ambientais
a ingestão de cada um de alguns dias, o que permite observar o
reaparecimento do sintoma e identificar a substância com uma margem de erro
mínima.
Existem testes de electroacupunctura (Võll, moraterapia) que permitern, na
generalidade dos casos, diagnosticar as alergias e tratálas.
Quando o excesso de sensibilidade provém da acumulação de metais pesados, os
testes de moraterapia, de Võll, do perfil proteico, e a análise
do cabelo são tarribém de uma grande utilidade e podem orientar o tratarnento. A
queloterapia permite, na maioria das vezes, corrigir estas situações. Em caso de
intoxicações deste tipo, o alho tem virtudes desintoxicantes que tornam este
boibo particularmente interessante.
Em casos de artrite, artrose e patologias reumatóides tais como a
poliartrite, existem motivos para se suspeitar que estas possam ter unia,
origem alimentar. É importante intervir pr ioritariam ente neste factor.
Como realçámos anteriormente, inúmeros investigadores começam a
pensar que os alimentos, a sua escolha, a sua origem e a forma como são
preparados, podem ter uma incidência sobre a nossa saúde. A assimilação
e a utilização dos alimentos pelos nossos organismos são variáveis em
função de parâmetros pouco ou mal conhecidos.
Os outros alergizantes
Os ácaros
É uma das alergias mais frequentes. Está ligada à presença dos ácaros no meio
ambiente. Estas alergias são cada vez mais nurnerosas e provêm das alterações no
nosso modo de vida, particularmente do sobreaquecimento dos apartamentos que
lhes permite viverem e reproduziremse em condições ideais.
Os produtos cosméticos, de limpeza, lixívias, sabões
A alergia é causada pela presença de certos diluentes e de certas
substâncias aromáticas.
229
Alergias e doenças ditas ambientais
ALGUNS TRATAMENTOS NATURAIS RECOMENDADOS
EM CASOS DE ALERGIAS
Receitas da medicina monãsticas, arte medicinal dos lrmàos de São João de Deus
(Pato 0e17e Frateliii
117fUSiO dS MIStUrO
TanCha_Q0M (f0117as), Veróníca (érva), CavalInha (erv.7), Semptr,0íVa (erV8),
GalOpse (rva), GraMa (ríZOIn.7), Ácoro Verdadelro (rizorna), TUSS11.7~
(f0117aS), Torment1117a (flZOMa), Bétula (f0117as), De17teOeleãO (raIZ),
ou
Amorperfeito (erv,9), Eufrasi.g~oficin.71 (erv.7) Ervadesão~joão (erva),
cava&7ha (erva), BÓIS70é_Pastor (erv29), CoenIros (frutos), Urtíga (folhas),
ArtemIsía (erva), Arnieiropreto (casc.7), B&tó17iC.7 (erVa), Gr8Ma (riZO/77.7)
Depois de misturar estas plantas em proporções iguais, deite uma colher desta
mistura num copo de água a ferver. Cubra e
deixe em infusão durante 3 horas. Em seguida filtre e aqueça ligeiramente. Tomar
3 copos por dia (20 minutos antes das refeições).
ó1005 055e17C1215 *
Berg7mota, B010,O, Bélula,
17ra17);9, AleCriM
Em vaporização.
ATENÇÃO: estas preparações dizem respeito apenas aos sintomas; o tratamento
propriamente dito, tal como foi dito anteriormente, consiste em eliminar a (ou
as) causa(s)!
230
Anemia
Anemia
E @iagnóstico médico indispensável, de modo a conhecer as causas exactas.
Manifestase por diversos sintomas: pele macilenta e fria, rosto pálido,
abatimento, palpitações ao mínimo esforço, vertigens, etc.
ÁDroffoi ,as * CaValí17haFucus VeSIGUIOSUS
* 2 drageias de cada, no primeiro dia.
Eleuterococo
* 3 drageias, no segundo dia. Alternando com:
Própolis
2 drageias, no segundo dia.
ou 117fus,10 * Cava11n17a + Alecrom + seglirelha + Salva
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água, deixar ferver
5 minutos; deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 4 chávenas por dia, fora
das refeições. Receitas da medicina monãstica, arte médica dos Irmãos de São
João de Deus (Fata Sono FratelIV
Ilifusão dS mistura
Urtíga (folh&S, 100 9), Rosa (fruto loog) cássís (f0117as, 50 camomila (50 g)
Dentedel&ão (raiz 50 g),
Angélica arGal9gélIC.7 (r.?IZ, ‘50 g), Grama (rioma, so g), Gentáurea (erva,
20 g)
*Misturar as plantas. Uma colher
para um copo de água a ferver. Deixe em infusão durante 20 minutos e filtre.
*Tomar quente, 2 ou 3 vezes ao
dia, depois das refeições.
ó100.9 055017CARIS (@@ 7otr~17/à
1 gota, 2 ou 3 vezes ao dia.
Cura de 15 dias, várias vezes
ao ano.
Outros õleos essenciais:
Angélica, Manjeticão, Genoura, Limão, Funcho,
1 aranja, Salsa
7117NIOMãO Urtiga (20 g de urtIyas coffiidaS /70 MêS dO Malo)
Introduzir as urtigas em meio litro de álcool a 450 durante 10 dias. Deite em
seguida esta mistura numa garrafa opaca, e tome um copo pequeno ao deita r.
231
Anemia
* Pode misturar esta tintura com
uma tinturamãe de raiz de dentedeleão, sumo de alperce e vinho tinto.
* Para meia garrafa de vinho tinto
acrescente sumo de alperce, ou, melhor ainda, alperces frescos cortados em
pequenos pedaços (cerca de 400 g). Acrescente em seguida 30 ml de tintura.
* Tomar 2 ou 3 cálices, de licor,
por dia.
SO/7/705 dO áSSOIMO *
Frios, diários, ou com fricções Kuhne.
0M71705 dO V8POr *
1 vez por semana, seguidos de fricções totais, frescas ou frias.
Duches o 7fusios *
Alternadamente, 1 dia cada uma: coxas + braços, no 1.O dia; fulgurante, no
dia seguinte ‘seguida de uma fricção vigorosa.
Alimelmação
Deve ser simples e sóbria. Evitar: charcutaria, salmoura, conservas, caça,
carnes gordas, fritos e tudo o que seja difícil de digerir. Consumir de
preférència: frutos frescos, secos, legumes, legumes secos, saladas, cereais,
arroz, aveia, azeite e óleos vegetais de primeira pressão a frio (milho, noz,
caroços de uva, etc.) germe de trigo, levedura de cerveja, ovos, alho, cebola,
mel, peixe, pão integral, lacticínios, queijos, etc.
* Alimentos privilegiados: papas
de aveia, levedura de cerveja, germe de trigo salpicado em cima dos alimentos,
cebola, alho, couves e alfacedecordeiro.
* Papas de aveia o mais frequentemente possível.
JejUJ 7 7 *
1 vez por semana, no início. Cura de fruta: especialmente uvas, alperces,
pêssegos, marmelos e quivis.
OU~ fistOMOIMOS
* Azeda comum o azedapequena Utilizar as folhas colhidas no momento da
floração, secas e preparadas em decocção. As folhas também podem ser comidas em
saladas. É a “planta medicinal” dos animais: as ovelhas doentes procuramna.
* Azedacrespa
O consumo desta espécie aumenta a taxa de hemoglobina e o número de glóbulos
vermelhos. A raiz e as flores são excelentes remédios que facilitam o trabalho
do estômago.
232
Anginas, Dores de garganta
. CONSELHOS
Cura de magnésio.
Dormir de janela aberta. Ver também:
As regras para uma boa saúde (p. 130).
Endurecimento (p. 132).
Repouso (p. 134).
Anginas, Dores de garganta
primeira fase começa, geralmente, com uma pequena dor de garganta, com
dificuldade de engolir a saliva. Podem sobrevir dores violentas, respiração
difícil, com pieira, espirros, zumbidos nos ouvidos, etc. A pele fica quente, o
pulso tornase mais acelerado e a temperatura sobe.
Àolwffeias * L&"J, Espil71701r0 M.7/V.7
2 de cada, de manhã.
l_av.?nda Verbena
2 de cada, de tarde.
OU Infu.5J0 * EspInhelro @ Malva Lavand.7 “ verbena
Uma pitada de cada. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 15.
Acrescentar o sumo de meio limão. Adoçar com mel. Tomar 5 a 6 chávenas por dia.
G8137,91vios i R&stabol + ESPInh&1r0 Em decocção: 3 pitadas de cada para meio
litro de água. Leve a ferver durante 20 minutos. Deixe em infusão 30 minutos.
* Várias vezes ao dia.
* Com uma infusão de:
Sal14.7 (fOffids, 20 g), C.7177017711.7 @10 g), HortélãpImei71,7 ffioffias, lOg),
Cr.gvodedefui7to (flor&s, log)
* Misturar as plantas e deitar 3 colheres numa chávena de água a ferver. Deixar
em infusão 20 minutos. Filtrar.
233
Anginas, Dores de garganta
Utilizar em gargarejos, várias vezes ao dia.
ó/005 055017CI.815 Mauli
1 gota, 2 ou 3 vezes ao dia.
117SAlaÇãO de OSSênCia d& SálvaEuca11p10 Deitar algumas gotas num prato ou num
difusor de aromas.
Outros Meos essenciais:
Carnomíla, 1_1@não, Eucaliplo, CtaVOdeCabOCInha, ILOUrO, L a Va17da L@@J
8817hOS
* Banho total a 300. Este banho
total é seguido de um duche morno.
* Duches e afusôes frescas da
nuca.
* Pode beber água fresca em goles pequenos durante os banhos.
80/7/105 £05 ~ *
* A mistura seguinte permite activar a transpiração:
Lavanoa + Sábuqueiro + EucalIpto
* 2 pitadas de cada para meio litro
de água. Ferver durante 20 minutos.
* Deitar numa bacia e acrescentar
água quente.
* Este banho de pés dura de 20 a
30 minutos. Deve ser seguido de uma loção fresca ou morna com fricção.
8917h05 dO V0POr *
Este banho deve ser seguido de uma loção fresca com fricção.
CI1MUrJO dO NOPN170 *
F,11M8C0P81.7 C1,117eso
* Raiz ou flores de “Yuen hoa”, “Dafne genkwa”: a planta deve ser fervida em
vinagre 10 vezes. Retirase o vinagre e deixase macerar a planta em água
durante uma noite. Em seguida deve secar ao sol. * 3 pitadas para uma chávena de
água. Deixe ferver 10 minutos. Deixe em infusão durante 20 minutos. * Beber 2 ou
3 chávenas por dia.
Receltas AtoterapéuMM5 oréqão vulgar
* Infusão de 15 g de planta em
1 litro de água a ferver. Deixe em infusão 20 minutos.
* Tomar, quente, 3 ou 4 chávenas
por dia.
* A sua acção pode ser reforçada
com tomilho, camomila e salva.
Salvaoricli7a1 ou Tom1117o~
Vulgar
* Infusão de 15 g de folhas cortadas finas em 1 litro de água fria. Leve a
ferver e deixe repousar (para gargarejos).
234
Anginas, Dores de garganta
* A salva era conhecida dos Gregos antigos. Chamavamlhe então “chá da Grécia”.
A sua infusão é ainda em certas regiões uma bebida muito popular. Linné dálhe o
seu nome latino salvia que é um derivado de salvare (salvar), para realçar os
seus efeitos benéficos.
Tomilho erva~ursa
* Infusão de 15 g de planta cortada em 1 litro de água fria. Deixe em infusão
sem ferver.
* Esta planta possui inúmeras virtudes. Na Sabóia era utilizada tradicionalmente
(as extremidades floridas misturadas com amordehortelão amarelo): preparavase
uma maceração que servia para coalhar o leite. (0 nome popular do amorde
hortelão é “coalhaleite”).
Receitas da medicina monãstica, arte médica dos Irmãos de São João de Deus @Fate
Sono ,Frotelli)
IMUsão do mistura T111a (1@7170reSCê17G1è7, 20 g), camomIla (10 g),
Frainboesa ffiolhas, 10 g), Anis (fruto, 10 g), PIMP11701a (raIZ, 10 g), sé7/Va
(f0117as, /o g), HortelãpÁrnenta (foffias, lOg) Misturar as plantas e da
mistura deitar uma colher num copo de água a ferver. Deixar em infusão 30
minutos. Filtrar. Beber quente, 2 vezes ao dia, depois das refeições.
OU~ tratamentos MO1V180118c05.1 CamomIla (1n8tr1@!ár13) e CamomIlaroma17.7
10 9 de planta para 1 litro de água. Deixar em infusão sem ferver. Na Suíga
também se utiliza para aromatizar a cerveja.
Alimentação
A alimentação deve ser fresca, pouco abundante, composta sobretudo de sopas de
legumes, compotas, bebidas: infusões, sumos de fruta fresca.
CONSELHOS
Banhos de ar livre.
Arejar bem os quartos. Se se é sujeito a anginas frequentes, devese mudar a
alimentação, praticar o endurecimento (ver p. 132) e fazer, várias vezes ao ano,
curas de drageias de própoliselleuterococo, à razão de 4 por dia de cada,
durante períodos de 4 semanas.
235
Ansiedade angústia, medos
Ansiedade angústia, medos
Pode caracterizarse por estados de agitação geral, de excitação, entusiasmo,
seguidos de estados de prostração ou abatimento.
U ‘~gei (@I as
ErvacIdroíra Alecrim
* 2 de cada, de manhã.
Ervamo1eír1@717.? Lúpulo
* 2 de cada, de tarde.
Cura de dragelas:
Elouterococo
4 drageias por dia, durante 4 a
6 semanas.
OU 117fUSãO
Ervacidrelra + Alecrim + ErvamoleIrínha + Lúpulo
1 pitada de cada para uma chávena de água. Leve a ferver durante 3 minutos.
Deixe em infusão durante 15 minutos. Tomar 4 chávenas por dia, repartidas ao
longo do dia, uma delas ao deitar.
óleos essenc1.915
Lavanda
2 gotas por dia. Utilizar também a lavanda num difusor de essências.
U@@ Sanhos *
* Todos os dias: banhos dos pés
alternados com banhos dos braços, com uma decocçâo de:
ErvacíOreíra # 13v317da +
1 ouro
* 2 pitadas de cada planta para meio litro de água. Leve a ferver durante 20
minutos e acrescente 3 ou 4 litros de água quente. * Estes banhos duram cerca de
10 a 20 minutos e terminam com uma fricção fresca.
ES17hos de essento
* Banhos de assento, frios ou mornos, de 1 a 3 minutos. * 1 ou 2 vezes ao dia.
ÁRonhos de vapor *
3 vezes por semana, seguidos
de uma fricção fresca e vigorosa.
Afus~ *
Afusões do rosto (diárias). Afusão fulgurante (diária) seguida de uma fricção
vigorosa. Afusão rectal.
236
Apetite falta de, perda de (anorexia)
l@ @’ AI1M0I7M00 *
* Não sobrecarregar o organismo.
Escolher um regime sóbrio. Mastigar lentamente.
* Evitar os excitantes: chá, café e
estimulantes: álcool, vinho, cerveja, charcutaria, fritos, carnes gordas,
enchidos, etc.
* Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, limão, laranja, salsa, couve,
alface, abóbora, cebola, cereais integrais, pão integral.
jejum *
* Aconselhase 1 vez por semana.
* 1 dia da fruta. * Cura de fruta fresca.
CONSELHOS
Evitar os ruídos fortes, as contrariedades.
Ver também:
Regras de uma boa saúde (p. 130).
Endurecimento (p. 132).
Exercícios fisicos (p. 133)
Respiração (p. 137).
Apetite falta de, perda de (anorexia)
evemos desconfiar das falsas perdas de apetite, que consistem em não comer nada
às refeições e passar o dia a encher a barriga de cornida. Devemos por
conseguinte evitar este erro que consiste em depenicar chocolate, doces,
pastelaria, etc., entre as refeições.
Para as verdadeiras perdas de apetite, vigiar as causas exactas e a
prisão de ventre.
As crianças não devem ser obrigadas a comer, nem ser castigadas, nem
suplicarselhes que corriam.
237
Apetite falta de, perda de (anorexia)
j@@j D~01.15 *
1.a semana:
BetónIca C17icoria solvagem
2 drageias de cada por dia.
2.8 semana:
EndrO CentáUWa Manjron.7
2 drageias de cada por dia.
Alternadamente.
Cura de dragelas, 2 ou 3 vezes
ao dia:
Géleiareal
2 por dia, durante 30 dias.
Alternadamente com:
Eleuterococo
2 a 4 por dia, durante 30 dias.
ou Infusão * Betónica , C17icorla + Endro
* 1 pitada de cada planta para uma chávena de água. Ferver durante 3 minutos.
Deixar em infusão
15 minutos. * Tomar 2 vezes ao dia.
COntáUrOa + ManjêrOna
* 1 pitada de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 3 minutos. Deixar
em infusão 15 minutos. Adoçar a gosto com mel ou açúcar amarelo.
Tomar 2 ou 3 chávenas por dia, entre as refeições.
ó1005 055017CATIS Orégãos
1 ou 2 gotas, 2 vezes ao dia.
Outros õleos essenciais:
Alho, Garnomi7a, Cenoura, Alcaravia Coentros
8217h05 0f05 ~ *
Fazer uma decocção de:
Salva + 1>erónIca
* 2 pitadas de cada planta para meio litro de água, ferver durante 20 minutos,
apagar o lume, acrescentar 2 pitadas de urtigas. Deixar em infusão 30 minutos. *
Acrescentar a 3 ou 4 litros de água quente e tomar um banho dos pés durante 20 a
30 minutos. Terminar com uma afusão fresca dos pés e uma fricção vi gorosa.
00/7/705 dO .75501M0
* Banhos de assento frios ou com fricções (Kuhne), diários.
Ranhos de vapor *
2 vezes por semana, seguidos de fricções frescas e vigorosas.
238
Apetite falta de, perda de (anorexia)
A fu~S *
Duches diários de braços + coxas, alternando com afusão fulgurante. Afusão
rectal, seguida de fricçôes vigorosas.
Receitas fitoteIspêutic15 Acoro verdadeiro
Infusão de 10 g de rizoma cortado fino para 1 litro de água a ferver. Deixe em
infusão, meia hora; beber morna. Tomar duas chávenas por dia. * Na antiguidade
esta planta era utilizada para as afecçôes pulmonares, hepáticas e
ginecológicas. Para os povos ameríndios, a raiz de ácoro é considerada “fonte de
juveritude”. Os idosos mastigavam as raízes (um pedaço equivalente a um dedo por
dia) para se manterem jovens e saudáveis.
ATENÇÃO1 Esta planta fresca é tõxica.
A17gá#CaalIC.917géAW
Infusão de 15 g de planta para 1 litro de água. Ferva durante 2 minutos e deixe
em infusão 10 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. É uma planta medicinal de
origem nórdica, cultivada no século xvi. Espalhouse por toda a
Europa. Na época das grandes epidemias era um dos principais remédios contra a
peste. Deve o seu nome à sua acção benéfica (planta dos anjos). A maceração
alcoólica desta espécie é muito apreciada como bebida na região dos Cárpatos.
Gei7clanaamarel.7
* Infusão de 15 g de raiz cortada
para 1 litro de água. Ferver e deixarem infusão durante 10 minutos.
* Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
* Pode também ser preparada com
vinho: 30 g de raiz macerada em
1 litro de vinho branco durante 8 dias. Filtrar.
* Pode também acrescentar a esta
preparação 10 g de alecrim e
10 g de salva.
* Tomar 2 pequenos cálices por
dia. É uma das plantas mais potentes com poder aperitivo. As propriedades da
genciana já eram conhecidas de Teofrasto e de Dioscórides. Deve o seu nome a
Gentius, último rei da Ilíria, que foi o primeiro a reconhecer o seu valor
terapêutico. Para Dioscórides, a genciana é um antídoto contra as mordeduras de
cobras o também um remédio para as doenças de estómago o do fígado. É certo que,
independentemente da sua acção no sistema digestivo, a genciana fortalece o
239
Apetite falta de, perda de (anorexia)
organismo e ajudao a combater as infecções. Os habitantes das montanhas
utilizamna também em decocção para limpar feridas e partes inflamadas, pois é
um bom antiséptico. As folhas servem para o transporte de queijos. A aguardente
de genciana tem propriedades vermífugas.
0~ loceitas fitotelapêuticas
As tisanas de plantas que possuem princípios amargos podem ser tomadas meia hora
antes das refeições.
Absíntoo,fícinal ou Art&inísíaMutelína
10 g para 1 litro de água. Deixar em infusão, sem ferver. Tomar 1 chávena por
dia, fora das refeições, durante 3 semanas. Repetir. Os autores antigos tinham
notado que o uso frequente de absinto podia provocar dores de cabeça e dos
olhos. Vinho de absinto. 30 g de folhas secas para 3 litros de vinho; filtrar
após 24 horas. Consumir um copo por dia, só por receita médica. Esta planta é a
base de um licor, o absinto, produzido desde
1570.
ATENÇA0I O uso prolongado e limoderado deste licor conduz à dependència o ao
alcoolismo, descrito sob o nome de “absintismo”.
Aftemísía comum
*10 g de planta para 1 litro de água fria. Ferva e deixe em infusão. *Tomar 1
chávena, meia hora antes de cada refeição.
C.3stan17eiro
*50 g de casca para 1 litro de vinho branco; deixe macerar durante uma semana.
Beber 1 copo antes das refeições. *Tomar 1 chávena, meia hora antes de cada
refeição.
Gentáurea pequena, CW71aUriUM
*10 g de planta para 1 litro de água. Ferva e deixe em infusão. *Tomar 1
chávena, meia hora antes de cada refeição. *Pode utilizarse como vinho
medicinal: 2 litros de vinho para
30 g de planta, acrescentar 10 g de camomila, o sumo de 3 laranjas, 30 g de
casca de laranja amarga. Engarrafar, tapar e deixar macerar durante 3 semanas ao
sol. Filtrar. *Tomar um copo antes de cada refeição. Esta planta é conhecida
desde a Antiguidade pelas suas propriedades cicatrizantes. De acordo com a
mitologia, o centauro Quíron utilizoua para curar as
240
Apetite falta de, perda de (anorexia)
suas feridas durante o combate contra Hércules.
Híssopo
* 10 g de planta para 1 litro de
água fria. Ferver e deixar em infusão.
* Tomar 1 chávena, meia hora antes de cada refeição.
* Desde 1754, também se utiliza
em óleo essencial. Os talos foram utilizados em aspersórios nas cerimônias da
igreja católica.
ATENÇA01 O óleo essencial é opileptizante.
Míl_folhas
* Infusão de 15 g de planta para 1
litro de água. Deixe repousar.
* De acordo com a mitologia,
Aquiles utilizou esta planta para tratar as suas feridas.
* Tomar 1 chávena, meia hora antes das refeições.
Hortelãp~17ta
* Tisana de 10 g de planta para 1
litro de água fria. Deixar em infusão sem ferver.
* Tomar 1 chávena meia hora
antes de cada refeição.
Trevodeágua
* 20 g de folhas para 1 litro de
água fria. Ferva e deixe em infusão 15 minutos.
* Beber uma chávena antes de
cada refeição.
* Pode ser tomada sob a forma de
tinturamãe (30 gotas para um copo de água). * Para o padre Kneipp, esta planta
constitui um excelente depurativo do sangue. Foi por vezes utilizada em
substituição do lúpulo na preparação da cerveja.
ZIMbroCOMUM
* 20 g de bagas e de ramos preparados em tisana, em 1 litro de água a ferver. *
Tomar 1 chávena, meia hora antes de cada refeição.
AI1M0I7MÇAO *
* Alimentação sóbria.
* Evitar: contrariamente ao que se
pensa geralmente, os pratos supostamente fortificantes, tais como carnes gordas,
bebidas alcoólicas, guisados, charcutaria e miúdos (vísceras), etc,
* Preferir: legumes cozidos em
água (ou no vapor), frutos frescos e secos, peixes, etc.
* Alimentos privilegiados: leve dura de cerveja, germe de trigo,
nabo preto, rábano, laranjas, limôes, toranjas, quivis, uvas, alperces.
* O gengibre é um estimulante do
apetite.
jejum
Muito aconselhado (1 vez por semana), bem como a cura de fruta.
241
Arteriosclerose, Angina de peito, Enfarte do miocárdio
Arteriosclerose, Angina de peito, Enfarte do miocárdio
V@r Alergias (p. 207) Cancro (p. 279).
E indispensável um controlo médico. Verifique a sua tensão arterial, o teor de
colestrol, etc.
ÁVIw90i35
A título indicativo, mas de preferéncia sob receita médica:
EleuterOCOCO
* 3 drageias por dia 1.1 dia Ervamo1è1@1nha
* 2 drageias por dia 1.1 dia. aZIOlIdónía
* 2 drageias por dia 2.O dia * N.B.: o eleuterococo pode ser tomado sozinho
durante um período prolongado (cura de 6 semanas), à razão de 6 drageias por
dia.
SaIV.7 ESP11717&1r0 IlVar Alternadamente.
2 drageias por dia 2.1 dia
OU IMUSiO * Ervamolelrin17a + Salva + EspInheiroalvar + QuelidónIa
1 pitada de cada planta para uma chávena de água. Ferver durante 3 minutos.
Deixar em infusão 15 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia, fora das refeições,
durante 3 semanas. Repetir.
8.71711OS*
Banhos dos pés derivativos morn@s, seguidos de fricções suaves.
2 por semana, inicialmente.
80/7/105 dO OSSOIMO
Banhos de assento mornos.
2 por semana, inicialmente.
Afus~ *
* Afusões das coxas e dos joelhos. * 1 de cada por semana, morno, inicialmente.
;r/WtOMO/MOS
COMP101M7MIOS
Tanto quanto sabemos, não existem remédios fitoterapêuticos para
242
Arteriosclerose, Angina de peito, Enfarte do míocárdio
tratar directamente esta doença. Todavia, certas plantas influenciam
favoravelmente a cura, fazendo baixar a tensão arterial.
Alcachofra
* 250 g de folhas frescas (ou 100 g de folhas secas) para 1 litro de água fria.
Ferver durante 3 minutos. * Tomar uma chávena antes de cada refeição.
Affio
* 25 gotas de alcoolatura antes das refeições, por períodos de 2 dias entre os
quais se faz um repouso de 2 dias. * Na antiguidade também era utilizada contra
as mordeduras de cobras.
Affiodosursos
* Consumir as folhas cortadas em saladas.
C&17trântía
* Tem as mesmas propriedades que a valeriana. Em Itália consornemse as folhas
em saladas. Graças à sua riqueza em vitamina C, é um excelente remédio contra o
escorbuto.
ESPM170h`0~alVar
* 20 gotas de alcoolatura para um copo de água, 3 vezes ao dia.
QUOlIdól71.9
* Os seus princípios activos diminuem as contracções e a tensão arterial. Supõe
se que poderia ser utilizada para a arteriosclerose, mas não se conhece ainda
muito bem a sua posologia. ATENÇÃO1 A quel111c16nia pode provocar graves
Intoxicações.
*0 suco de quelidónia é utilizado
para eliminar as verrugas.
*Misturada com água serve para
tratar as oftalmias.
Valerianaofícinal
*Ferver lentamente 10 g de planta cortada em meio litro de água fria e deixar em
infusão 10 minutos.
*Tomar 1 a 3 chávenas por dia.
M117701M1~
* Os abusos, a má alimentação, a
insuficiência de exercício físico, o stress, os ruídos, a poluição, o álcool, o
tabaco, o aumento de peso são os factores directamente ou indirectamente
responsáveis pelos acidentes cardiovasculares.
* Alimentação pobre em collosterol: suprimir ovos, queijos fortes (c@?memb&1t,
bríe, etc.), fritos, carnes gordas, chocolate, gorduras animais, manteiga
cozinhada, charcutaria, aparas e miudezas (vísceras), café, chá, pimenta
(atenção ao sal), vinho, doces (pastelaria, etc.) cerveja, álcool e, como é
óbvio, o cigarro.
243
Arteriosclerose, Angina de peito, Enfarte do miocárdio
A alimentação vegetariana é o ideal. Alternativamente: carne magra, legumes
verdes, peixes (brancos): linguado, carapau, pescada, azevia, etc.; iogurtes,
lacticínios, um pouco de manteiga crua. Alimentos privilegiados: frutos e
legumes frescos, saladas, limão, cebola, alho, óleo de milho, pão integral,
cereais integrais, levedura de cerveja, germe de trigo, cenouras, papas de
aveia.
JejUM
Deixar o estômago repousar é proporcionar uma segunda juventude ao seu coração.
Cura da fruta.
O jejum ou a cura de fruta devem ser praticados após todos os abusos
alimentares.
PARA EVItAR OS ACIdENtES CARdIOVASCULARES
Alimentação vigiada (os vegetarianos não sabem, na maioria das
vezes, o que são as doenças card iovascu lares).
Desconfiar dos desportos violentos (sobretudo depois dos 40 anos
de idade).
Estar especialmente atento ao excesso de peso.
Evitar os abusos alimentares, de bI@@bidas alcoólicas, de açúcar e
pôr de parte o tabaco.
Evitar também os medicamentos de conforto e o abuso de todos
os medicamentos.
O pão integral, os cereais integrais, a levedura de cerveja são
excelentes alimentos preventivos dos acidentes cardiovasculares.
CONSELHOS
Desporto moderado: marcha, hathayoga, etc. Evitar preocupações,
contrariedades, enervamentos.
Praticar exercícios respiratórios (ver p. 137).
244
Artrites
Artrites
er também Alergias (p. 209) São inflamações nas articulações. Podem sobrevir no
seguimento de inúmeras causas e devem ser vigiadas.
M1171a1710(20 ml), Owei
8.9 * RaIz do Aryélica (20 m@, Sabugueiro ZIMbro
Azedacrespa (20 m@,
2 de cada, dia sim dia não, e: Can&1a (15 Mg,
SãlSaCarríl17.7 B0IónIC.7 Alcaçuz (10 m/)
* 2 de cada, dia sim dia não. Deitar as tinturas num frasco de *
Alternadamente, semana sim, vidro opaco. Agitar com força. semana
não. Tomar algumas gotas num copo Cura de dragelias:
de água quente, 3 vezes ao dia.
Durante 1 mês, 4 drageias por
dia. Rebentos de cássia em maceOU IMUSãO
ração ou tinturamãe (20 a 30 Sabugueiro + Zimbro + gotas, 2 ou 3
vezes ao dia). Salsaparr1117.7 k BelónIca
1 pitada de cada planta para 1 chávena, ferver durante 3 minutos e deixar em
infusão 15 minutos. Tomar 3 a 4 chávenas por dia.
Zimbro
1 a 3 gotas, 2 vezes ao dia. r[@]j rintíllwmfe *
Mistura de tinturas:
Ervade~sãojoão (30 ml), Aipo (30 1771),
As pessoas sujeitas ao artritismo, ao reumatismo, à gota e às contusões devem
preparar a maceração seguinte, indicada por Chornei
Tiatado das Plantas Úsuais@.
Meio litro de azeite virgem (pode ser substítuído por óleo de amêndoasdoces),
30 g de sabugueiro, um punhado de camomila (20 cabeças). Expor ao sol durante 8
a 10 dias ou, para activar a preparação, aquecêla em banhomaria, em lume
brando durante 30 minu245
Artrites
tos, e deixar repousar várias horas.
Esta mistura utilizase tal qual, em fricção sobre as partes doentes ou
misturada com álcool canforado para aquecimento. Chomei aplicava esta preparação
para resolver inchaços, convulsões e tremores de origem nervosa.
COMPIOSS.M
O COM.VAM7,75 *
Decocçâo de@
SabugueírO @ Lav.Ind,9
2 pitadas de cada planta para meio litro de água, ferver durante 20 minutos,
deixar em infusão 30 minutos. Aplicar em compressas, várias vezes ao dia. A
cataplasma utiliza a mesma decocção, que se mistura com argila de modo a obter
uma pasta homogénea. Repetir várias vezes ao dia.
88/717OS do .75S0J7t0 *
Banhos de assento frios (ou mornos).
0817h05 dre vapor *
2 vezes por semana, seguidos de fricções frescas.
A fusies *
Diárias. braços e coxas, alternadamente com fulgurante afusão rectal.
CI1MUIão de Neptu17o *
AI1M0I7MÇãO
A mais conveniente é a alimentaçâo vegetariana.
Evitar: caça, carnes vermelhas, gorduras, gorduras animais, manteigas
cozinhadas, fritos, charcutaria, pratos com molhos, pimentos, pimenta (atenção
ao sal), vinho, cerveja, álcool, doces.
Alimentos privilegiados. levedura de cerveja, alho cru, cebola, alface, uvas,
papas de aveia, cereais integrais, pão integral, legumes e frutos frescos.
L@U Jejum *
É provavelmente a terapêutica ideal e indispensável.
Fazer também cura de fruta fresca.
246
Artrose, Reumatismos articulares, Poliartrites
o Artrose, Reumatísmos artículares, Poliartrites
Ver tarribém Alergias (p. 207), Reurnatismos (p. 538).
V Estas afecções podem ser acompanhadas de febre, vermelhidão e deformação das
articulações, que se tornam dolorosas.
Sabemos actualmente que este tipo de afecção tem origens plurifactoriais. A
artrose é uma patologia que afecta um grande número de indivíduos. Suspeitase
que acima dos 55 anos de idade os indivíduos sofrem de problemas articulares
passageiros ou crónicos em proporções que atingem os 40%.
Até há pouco tempo existiam poucos tratamentos fláveis, as dores eram associadas
ao envelhecimento, a problemas decorrentes de fracturas, de erros alimentares,
de factores hereditários, etc,
Esta afecção caracterizase por uma limitação dos movimentos que surge após o
aparecimento de dores. As deformações articulares são frequentes. As crises são
geralmente agravadas pelo frio e a humidade e melhoram com o calor.
Notase também que o envelhecimento favorece naturalmente a anquilose e a perda
da mobilidade bem como as sobrecargas ponderais.
São actualmente propostos diversos tratamentos pela medicina alopática. Os anti
infiamatórios, em particular, com os seus efeitos secundários bem conhecidos,
deveriam ser reservados apenas aos momentos de crise aguda.
A poliartrite reumatóide pode surgir após um choque emocional (ou agravarse em
resultado desse choque).
Para o Dr. Polak, as dores da artrose não se devem, como geralmente se pensa, à
cartilagem, mas sim aos espasmos musculares. É por isso que este médico afirma
que as dores são sempre reversíveis tratando o músculo através da mioterapia.
Quanto aos partidários da complementação alimentar, estes consideram que a
vitamina C associada à vitamina E é um tratamento que favo rece o
restabelecimento do metabolismo e simultaneamente impede a sua deterioração.
247
Artrose, Reumatismos articulares, Poliartrites
o~eA ‘75 *
1@fl BéNIa Fr&ixo Ra1@7ha~oosPr7dOS AlqUOqU&17j& Salguelro HárPagó&ó
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia, por períodos de 3 semanas. Repetir.
ou Infusão Sétula >< Fr&lxo * Rainhados~pr7dos , Alqu&quenje Salqu&Iro +
Haroagófilo
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. * Tomar 3 ou 4 chávenas ao
dia.
óleOS 055017CAW715 Bélu127, monta
* 2 ou 3 gotas de cada, alternadamente com:
N127U11 PInho ZíMbro
* Cura de õleo de onagra : 4 a 6 cápsulas de cada por dia, durante períodos de 4
a 6 semanas. Repetir 3 vezes por ano.
COffiPI.OSMOS
As aplicações de cataplasmas de cebola, de folhas de couve crua e de argila são
recomendadas.
ÁRMI1OS OÇO OSSOIMO *
Frios ou mornos, 2 ou 3 vezes por semana.
Lovagens *
3 por semana com uma infusão de camomila. 10 a 12 cabeças de camomila para meio
litro de água. Ferver, deixar arrefecer e aplicar. Conservar se possível durante
cerca de 20 minutos.
E5717hos de mpor *
2 ou 3 por semana, seguidos de loções frescas.
Duches O afi~ *
O Dr. Bilz recomenda em particular aplicações frescas e de curta duração sobre a
parte doente, várias vezes ao dia.
Recoffim rItotelapéuticas
GáSSI19
* Demolhe a frio em meio litro de
água 40 g de folhas secas de cássia. Aqueça em lume brando até ferver. Deixe em
infusão um quarto de hora.
* Beber 3 chávenas por dia (entre
as refeições).
Mistura de:
Folhas de Cássía (80 g), Folhas de Frel)(o (40 g), Floies de RainhadosPr7dos
(150 9), Flores de urze
248
Artrose, Reumatismos articulares, Poliartrites
* 1 colher, de sopa, desta mistura para uma chávena de água a fe rve r. * Tomar,
de preferência, à noite.
2) Flores o& Sábugue110 (309),
V&rbe17aoÀci@7a1 @1,5 g), Ma17j0r0n3 @10 g)
* Misturar as plantas e acrescentar a meio litro de água a ferver. Deixar em
infusão durante 20 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
3) cardobonto po g),
Anémona pulsátil @15 g), Flores de Verbasco br.917C0 @15 g)
* Ferver e deixar em infusão durante 30 minutos em 1 litro de água.
* Tomar 2 vezes ao dia durante 6
dias. Fazer uma pausa durante
4 dias e recomeçar (a cura dura ao todo 20 dias).
* Existe também uma preparaçao
à base de cãssia e de “harpagophytum” pronta a utilizar que se encontra nas
farmácias ou lojas de dietética.
* Para um cientista alemão, o
Dr. Hauschka, o bambucietabashir, utilizado há 2 ou 3 milénios no Extremo
Oriente, facilita a reconstrução ó ssea. As farmácias e lojas de dietética
vendem preparações ou tinturamãe de bambudetabashir.
Ca Va15n17.7
Recomendada graças à sua riqueza em sílica que favorece a assimilação do cálcio.
Flores de Camomil.7 romana
* Em infusão: 20 cabeças de
camomila para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia,
durante períodos de 15 dias a 3 semanas.
Pás de Coreja @ Cáss/a UrtIgas + MIrlilo + CamomIla + Orégão + TOM11170
* Em infusão, 2 ou 3 pitadas desta
mistura para 1 chávena de água. Ferver e deixar em infusão 5 minutos.
* Tomar 3 ou 4 chávenas ao dia.
1?ai1717aolosprados
* 1 grande colherada num copo de
água a ferver deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 1 chávena durante 15
dias, de 2 em 2 meses.
Gemotelwpla
* Um tratamento de base pode ser
feito com:
PInus montana, Ríbes nIgrum, WIS Vi171fOra (éM f.7rMáClá)
* O sumo de luzerna pode ser
tomado como complemento alimentar (30 g por dia).
* Fazer uma decocção com uma
mistura (partes iguais) de folhas de Freixo, de H~agophytum e de luzerna. Deitar
50 g de mistura em 1 litro de água. Ferver.
* Beber 5 chávenas ao dia.
249
Artrose, Reumatismos articulares, Poliartrites
Unção local de óleo de camomila canforada, enriquecida com louro e essência de
manjerona.
Alímonffipão *
Num dossíordedicado à poliartrite, o Professor Seignalet, do laboratório de
imunologia de Montpellier, comenta que as terapias clássicas têm efeitos
limitados e que a remissão completa é rara e discutível. De facto, o tratamento
deste tipo de patologia limitase, na maioria das vezes, a uma acção sobre as
dores.
O tratamento que testou em doentes com poliartrite reumatóide dita evolutiva
consiste em seguir um regime dietético. Em 85 doentes que tentaram este
tratamento, apenas 46 conseguiram seguilo; as directivas fundamentais eram as
seguintes:
comer alimentos crus, de preferência biológicos; suprimir todos os produtos
lácteos; suprimir os cereais, à excepção de pequenas quantidades de arroz.
Os resultados positivos obtidos são particularmente interessantes porque,
segundo diversos estudos, atingemse quase 80% de
resultados positivos, após um ano de alteração do regime alimentar inicial. Esta
orientação alimentar deve ser feita de forma imperativa e sem qualquer
tolerância e pode incluir peixe e carne crus. (Ver Alergias, p. 207). Alimentos
privilegiados: Todos os alimentos crus, couves, beterraba, cenoura, frutos
frescos e secos, cebola, alho, aipo, ba~ gas maduras de groselha, de cássia,
etc.
jejum
É um excelente regenerador.
* Praticar 1 ou 2 dias por semana.
* Cura de fruta, especialmente de
uvas, no Outono.
OU&« fl~Mentos
* As massagens, a electroterapia
e a acupunctura podem complementar um tratamento.
* A horneopatia, por seu lado, utiliza diversas substâncias, entre as quais
Sulphur, Kalium carb, Bryonia alba, Arnica, Nux vomica, Medorrhinum, Thuya, em
diluições que variam de 5 a
30 CH.
* A autornassagem das partes
situadas próximo das zonas doentes permite também aliviar as dores, com óleo de
sabugueiro do Dr. Chomel: 30 g de sabugueiro para meio litro de azeite
250
Artrose, Reumatismos articulares, Poliartrites
(ou óleo de amêndoasdoces). Acrescentar 20 cabeças de camomila. Deixar macerar
8 dias ao sol ou aquecer a mistura em banhomaria durante 30 minutos
para acelerar a preparação. Deixar repousar 2 dias, filtrar e misturar em partes
iguais com álcool canforado. Fazer 1 ou 2 massagens por dia.
RECEI7A ANrL4R7R0SE
Esta receita é citada por inúmeros autores. Teria principalmente
uma acção remineraiizante. Preparase da seguinte maneira:
Uma casca de ovo, de preferência biológico. Depois de retirar as
aderências no interior, reduziia a pó; espremer 2 limões. Deixar a casca dentro
do sumo de limão durante toda a noite: esta dissolvese,
Tomar 2 colheres, de sopa, por dia, se possível em jejum ou
antes das refeições, durante 8 dias. Parar durante 4 dias e recomeçar.
A mesma preparação pode ser feita utilizando vinagre de cidra.
O tempo de diluição e a posologia são idênticos.
SOPA
2 cenouras, 3 dentes de alho, salsa, 2 cebolas. Moa tudo. Acrescente 1 litro
de água, ferva cerca de 10 minutos e deixe repousar meia hora. Beba esta mistura
morna ao longo do dia.
CONSELHOS
As actividades devem ser adequadas a cada caso. Não devem de modo nenhum ser
constrangedoras, mas devem, contudo, ser diárias de modo a não permitir que se
instalem endurecimentos musculares prejudiciais.
251
Asma
Asma
odem ser consideradas várias causas: alérgicas, respiratórias, nervosas,
alterações no modo de vida, acção de certas substâncias odoríferas, etc. (ver
também Alergias, p. 209).
‘0189ei
495 *
Hor,@ TassIlag&m
2 drageias de cada, dia sim dia não, com:
V.71kiána Salva
* 2 drageias de cada. * Seguir o tratamento durante 1 semana, alternando com:
atlelidónl.? ~bascobranco
* 2 drageias de cada, dia sim dia não, com:
V,glorIána AngélIc.7
* 2 drageias de cada.
OU IMUSiO * Hwa 1 Tussíla_~ + V.71enana + SaIV.7
* 1 pitada de cada planta para
1 chávena grande de água. Ferver 2 minutos e deixar em infusão 15 minutos. *
Beber 4 chávenas por dia, durante 1 semana, alternando com.QU&IldónIg +
Vorbascobranco + Valáriána + A ngélIc.7 * 1 pitada de cada, ferver durante
2 minutos e deixar em infusão
15 minutos.
Tomar 4 chávenas por dia.
ReceIMs lf rItotelopoutica9
Alcar.9via
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água.
* Tomar 1 chávena depois das refeições. É utilizada para a produção do kumm&l
(álcool à base de cominhos).
Angé1À@aoo,s~bosqu&s
15 g de raiz para 1 litro de água a ferver. Deixe em infusão 10 minutos.
* Tomar meia chávena por dia.
Arnicadamontanha
ATENÇÃO1 Este planta é perigosa em doses elevadas, por via oral. Provoca
vertigens e vómitos. Só deve ser tomada sob aconsolhamento de um especialista.
* A infusão e a decocção de flores
fazse à razão de 5 g para 1 litro de água; de folhas, 10 9 para
252
Asma
1 litro de água; de raízes, 4 g para 1 litro de água.
* Tomar 1 a 3 chávenas por dia,
sob receita médica.
* Antigamente, os habitantes dos
Alpes utilizavamna como tabaco, fumando as folhas ou aspirandoa pelo nariz
como rapé.
Aspéru127odorífera
* Infusão de 20 g de planta para 1
litro de água. Não deixar em infusão mais de 8 minutos, de modo a evitar um
gosto amargo.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
* Esta planta pode também ser
eficazmente utilizada para perfumar a roupa e preservála contra os insectos. Em
certas regiões produzse “ vinho de Maio”, uma excelente bebida preventiva
obtida por maceração de aspérula em vinho branco.
Assafétid.7
Planta originária do Irão e do Afeganistâo e cultivada em França como planta
ornamental. ATENÇA01 É uma planta abortival Tem também uma forte acção sedativa.
BetónícaoficInal
Infusão de 20 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e
deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 2 chávenas por dia, depois das
refeições.
Carnornila (matricárlá) e c.7morní127rom.717.7
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água a ferver.
* Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
Catalpa
As folhas e os frutos contêm uma substância chamada catalpina, útil no
tratamento da asma e da tosse convulsa.
* 10 g de folhas para 1 litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixarem infusão 10 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
Drós&radefol17asr&dondas
* Infusão de 10 g de planta seca
para meio litro de água a ferver. Deixar em infusão 10 minutos.
* Beber 2 chávenas por dia.
* Tinturamãe*: 1 litro de álcool a
700 para 200 g de planta. Tapar a garrafa e deixar macerar 2 semanas à
temperatura ambiente. Agitar, 2 vezes por dia.
* Tomar 15 gotas misturadas a
água, 2 vezes ao dia.
Efedra
* Em infusão ou tinturamãe.
ATENÇÃO1 Não utilizar esta planta sem consultar um especialista.
* Utilizamse diferentes espécies
de efedra na medicina asiática para tratar as afecçôes pulmonares.
No Iraque, em cavernas do neanderthal, encontraramse restos de efedra,
provavelmente
253
Asma
utilizada para cerimônias e oferendas funerárias. Os indios da América do Norte
bebemna em decocção, como estimulante e como suporte para a adivinhação.
É17U13CaMpa17a
* Infusão da raiz: 30 9 de raiz para
1 litro de água fria. Deixar macerar 12 horas, aquecer sem deixar ferver.
* Beber uma chávena morna por
dia que pode adoçar com mel.
* Pode também ser tomada
macerada em vinho branco durante pelo menos 1 semana,
* Na Alsácia preparase o vinho
11 reps” misturando a parte subterrânea seca da planta com mosto de uva preta
fermentada durante o Inverno.
Erv.?cldrelra
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água a ferver.
* Beber 2 chávenas por dia, quente e adoçada com mel.
* As folhas maceradas em vinho
serviam antigamente para tratar as mordeduras de escorpião, de aranhas e de
cães.
Estr29Mónio
* Utilizase sob a forma de cigarro
ou em pó. ATENÇA01 Esta planta é tõxica. Não utilizar sem o conselho de um
especialista. Encontrámos um trabalho sobre
os efeitos antiasmáticos dos cigarros de estramónio, de beladona e de meimendro.
Estas 3 plantas pertencem à mesma família do tabaco. Estes cigarros foram
considerados por Trousseau como “quase milagrosos”. Eles foram até há pouco
tempo muito utilizados em França. O autor deste trabalho confirma que fumar
estes cigarros tem um efeito calmante em ataques de asmas.
M917j6eron.7
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água a ferver.
* Tomar 3 chávenas por dia durante 1 mês. Repetir.
Menta
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água a ferver.
* Beber 2 chávenas por dia.
Pímpínela
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
S.7114.7OfIC117.71
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água.
* Tomar 3 chávenas por dia fora
das refeições durante 3 semanas. Repetir.
Ta17c17.7gem
* Decocção de 20 g de raizes ou
de folhas para 1 litro de água
254
Asma
(ou eventualmente de vinho branco).
*Beber 3 chávenas por dia durante 3 semanas.
Tussilagem
*Infusão de flores, 10 g para 1 litro de água a ferver. Deixar em
infusão durante 15 minutos.
*Beber em média 4 chávenas por
dia, depois de filtrar a tisana de
modo a retirar os detritos que podem irritar a garganta. Dioscórides
aconselhavaa em fumigações para tratar doentes asmáticos. Plínio, o Antigo, era
partidário de utilizar as folhas frescas. Na antiguidade servia para fazer
amadurecer os abcessos dos seios.
Para evitar os ataques de asma
D~0A15 *
*Cura de drageias de prõpolis: 2
a 4 drageias por dia durante
1 mês.
*Ou em extracto líquido, 10 a 20
gotas 2 vezes ao dia.
*Fazer o tratamento no Outono e
na Primavera. A seguinte preparação dá bons resultados:
117fusão é
QU&Ildó171a @ LaVanda Valeroana + TomIlho
* 1 pitada de cada planta + 5 ou
6 rodelas de nabo; ferver durante 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos;
adoçar com mel. * Beber à noite, de preferência.
Receitas da medicina monãstica, arte médica dos Irmãos de São João de Deus (Fato
Beno F~01IV
IMUSãO d.9 SOgUI1M0 Misturl?..
TussIla~ (foffias, 20 g), TIlía (flores, 20 g), Altel,9 (ralz 10 g), PíMpínela
(raíz lo g), MaIv,7 (flores, 10 g), Sabugueír0 (flores, 10 9), Marroio branco
(erva, 10 g), Alcaçuz (r.71z, 10 g), Hortelãpímnta (foffias, log)
* Misturar as plantas e deitar uma
colher da mistura numa chávena de água a ferver. Deixar em infusão 30 minutos,
filtrar e adoçar com sumo de framboesa ou de cássis.
* Beber 3 chávenas por dia, depois das refeições.
ó10OS 055017CIOIS
Por instilação num difusor de aromas, algumas gotas de Ilavanda ou de oucalipto.
255
Asma
Outros óleos essenciais:
Alho, AngélIca, Bomeol Ca/opute ESP117h01ro alvalHortelã P~17la, IríS, V.71&
,ríana, Verbenaaroinátíca
7ZIMUrOSMãO
Mistura de tinturasmãe:
HIssopo (25 m,9, nulacampana (20 rng, Tomíl17o (20 ml), CaMOM17.7 (20 m,9,
Extracto fluído de Dróser.7 (10 m,9, Extracto flulolo de Alcaçuz (5 M/)
Deitar todos estes líquidos num
frasco de vidro opaco. Agitar bem. Tomar algumas gotas numa chávena de água, 3
vezes ao dia, antes das refeições.
8m7hos de vapor *
Banhos de vapor curtos, de 20 a
30 minutos aproximadamente. Repetir 3 vezes por semana, seguidos de um duche
morno ou de uma fricção.
8M71705 dO V27POr dos ~
1 ou 2 vezes por semana, seguidos de uma fricção fresca.
Para parar os ataques de asma
Mergulhar os pés e as mãos em
água quente e fazer aplicações de compressas quentes no esterno. Mergulhar, em
seguida, os pés e as mãos em água fria (5 minutos em água quente e meio minuto
em água fria). Repetir se necessário.
08/711OS de OSSeIMO
Banhos de assento frios, 3 vezes por semana.
Afus~ *
Afusâo das coxas, de manhã.
Afusão dos joelhos e do rosto, à noite.
A111n01M80o
Alinientação sóbria e variada. Alimentos privilegiados: levedura de cerveja,
legumes e frutos frescos, alho, cereais integrais, pão integral, etc.
JOjUJ77
Fazer, de vez em quando. E também cura de fruta.
256
Asma
OutMS MOMMOIMOS
Todas as medicinas oferecem um
grande leque de tratamentos para esta doença:
* A horneopatia preconiza, entre
outros: Kalium carbonicum, Arsenicum album, lpeca, Lobelia, Kalium nitricum,
Sambucus, Turbeculum.
* O tratamento isoterapéutico,
especialmente em casos de alergia às poeiras caseiras, pode ser prescrito, ou
uma dessensibilização por isoterapia urinária em diluições de 712 ou 30 CH.
* Acupunctura
* Osteopatia
* Quiroprãtlca
* Mioterapia
* Curas termais
* Espelleoterapia, etc.
A asma segundo a mecânica biótica
A “verdadeira” asma instalase no seguimento de uma falsa asma, tratada com
cortisona e broncodilatadores.
Para a mecânica biótica, a “falsa asma” provém dos stresses vibratórios tóxicos,
acumulados nos pulmões. Pode ser erradicada graças a uma limpeza destas
acumulações.
A origem tóxica ocorre nas crianças, especialmente no seguimento de poluições
por vacinação (B.C.G.), climáticas e urbanas. A transmissão hereditária da
memória da água para a memória do ar, passada erradamente no nascimento ou no
seguimento de partos com epidural, bem como problemas afectivos ou de identidade
podem também ser responsáveis por alergias. A qualidade da gestação e do
nascimento tem uma grande importância na gênese desta doença. Todavia a asma é,
antes de mais, a manifestação de um problema de identidade e de
hipersensibilidade face ao meio ambiente.
Repondo em fase o movimento biótico das células pulmonares, a aplicação biótica
faz desaparecer as manifestações da falsa asma e torna os pulmões aptos a
efectuarem trocas.
257
Astenia nervosa
CONSELHOS
A marcha é muito aconselhada.
Ver Endurecimento (p. 132).
Vigie também o excesso de humidade, as poeiras ambientais, o
ar condicionado e, obviamente, o tabaco.
Exercícios respiratórios (p. 137).
Astenia nervosa
R~IMS fitoffiMpétItica9 Á,coro verd27dehro, ou 1.7 v,17nd.7
Utilizase em tisana ou em banhos. Para os banhos: 30 g de raiz ou
30 g de flores para 1 litro de água a ferver. Deixe ferver durante 15 minutos e
deixe em infusão 20 minutos. Filtre e mis ture na água do banho.
ATENÇÃO1 Não tomo banho à noite o não ultrapasse os 15 minutos.
Alecrim
Em vinho, infusão ou em banhos. Vinho de alecrim: 100 g de planta fresca para 1
litro de vinho de boa qualidade; deixar macerar durante 15 dias. Filtrar. Tomar
1 pequeno cálice, de licor, por dia, durante 15 dias. Repetir.
* Banhos de alecrim: 100 g de
alecrim para 2 litros de água. Ferver durante 15 minutos e deixar em infusão 10
minutos. Acrescentar à água do banho.
* 1 ou 2 banhos por semana.
Ginse/79
* Ferva 20 g de raiz para 1 litro de
água durante 1 minuto. Deixe em infusão durante 15 minutos.
* Tomar uma chávena, de manhã
e à noite.
* Esta planta é considerada uma
panaceia e um afrodisíaco. Foi apreciada pelos imperadores da China, que, todos
os anos, organizavam uma expedição à Manchúria para a sua colheita. Foram os
diplomatas russos que popularizaram esta planta na Europa.
258
B
Blenorragias, Gonorreia Esquentamento
Boca (Afecções bucais, Estomatites, Piorreia, etc.)
Bronquites, Traqueítes, Catarro das vias respiratórias
Bursite (Higrorna)
Bienorragias, Gonorreia Esquentamento
Blenorragias, Gonorreia Esquentamento
stas afecções caracterízamse por um corrimento mucopurulento dos
órgãos sexuais. Este surge alguns dias após o coito com urn(a) parceiro(a)
contamínado(a). É indispensável um tratamento médico.
Notese que, mesmo em casos de relações sexuais duvidosas, o parceiro ou a
parceira podem não ficar obrigatoriamente contaminados. É portanto indispensável
que exista um terreno predisposto à doença. A relação sexual neste caso
específico é apenas o catalisador de várias fraquezas, que poderiam terse
manifestado numa outra ocasião, sob uma
forma diferente. Compreendese por conseguinte o interesse de um tratamento das
causas profundas, de modo a que o corpo fique apto a defenderse em caso de
agressões exteriores.
Banhos de 05501M0 *
* Banhos de assento quentes
* Ou banhos de assento Kneipp,
2 vezes por semana.
8817h05 de vapor *
2 por semana, seguidos de
duches frescos e refeições vigorosas.
LL(@'j Dragelas SoIsg d p,7stor AgrImôniã
2 drageias de cada, alternando dia sim dia não com:
7aiw17agem Zimbro Bardai7a
2 drageias de cada.
L a V.717da
2 gotas, 3 vezes ao dia. ou..
S27ssafrás @citido por G170m01)
* 1 ou 2 gotas, 3 vezes ao dia.
ou TerebIntIna
* 2 gotas, 2 vezes ao dia.
Diárias: do peito e das costas fulgurante. (@@ Alimen&Ção *
Vegetariana, de preferência.
260
Boca (Afecções bucais, Estomatite, Piorreia, etc.)
* Contraindicações: carnes gordas, álcool, cerveja, vinho, especiarias, sal
(reduzir), agúcar (reduzir), conservas, aparas e miudezas (vísceras),
charcutaria, maionese, caça, etc.
* Alimentos privilegiados: saladas cruas, levedura de cerveja, romãs, laranjas,
limões, cereais
integrais, amêndoas, amendoins, tâmaras, frutos sécos, uvas.
jejum
Pode ser utilizado como terapêutica de purificação e de limpeza. Cura de frutos,
especialmente de uvas e alperces.
CONSELHOS
Vigie a higiene sexual e o tratamento simultâneo do(da) parceiro(a).
Boca (Afecções bucais,
o Estomatite, Piorreia,, etc.)
igie particularmente a dentição, o fígado, a vesícula biliar, o estômago, etc.
Faça uma higiene rigorosa da boca, escove os dentes com frequência. Consulte o
seu dentista para limpar o tártaro.
Veja também “Aftas”, p. 198 “Dentes”, p. 356.
Cura de prõpolis:
4 drageias por dia durante 1 mês. Repetir várias vezes ao ano.
OU JAIMUSiO * Salva Espinheiw alvar + Ervabenta + Malva
1 pitada de cada planta para uma chávena grande de água. Fer~gei ,is Salva
Espin17eiio alvar
* 2 drageias de cada, durante a manhã.
Ervabenta Malva
* 2 drageias de cada, durante a tarde.
261
Boca (Afecções bucais, Estomatite, Piorreia, etc.)
ver durante 3 minutos. Deixar em infusão 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia,
fora das refeições, durante 3 semanas. Repetir.
óleos essenclois
Cr.7VOdecabecinha
1 ou 2 gotas, 3 vezes ao dia.
Limão
2 gotas, 2 vezes ao dia. In LIVOgons do bow
Decocção (para fortificar as gengivas):
Carvalho (lo'117as) k Brun&1a * Bístorta
* 1 pitada de cada planta para uma chávena de água. Ferver durante 15 minutos e
deixar em infusão 20 minutos. * Fazer várias lavagens por dia, seguidas de uma
massagem das gengivas com um pedaço de pano de algodão. Terminar com uma lavagem
com água morna.
O padre Kneipp aconselha:
Lavagens da boca com uma
decocção de:
S.?/V.? + Cav,911n17,9
@]1 PefiffiffiCO
Confeccione este dentífrico para
fortificar as suas gengivas. Ingredientes:
Uma pequena colher de sal marinho não refinado, cerca de 15 gotas de uma
mistura de óleos essenciais de crevinho, orágáos, monta, segurolha. Deixar
embeber, acrescentar água e argila verde, misturar tudo muito bem de modo a
obter uma pasta untuosa.
8,117/705 *
* Banhos dos pés derivativos, 2
vezes por semana.
* Banhos de assento frios ou banhos de assento com fricções, dia sim dia não.
ÁRiviffios de vapor *
3 vezes por semana.
Duches o Offisões *
* Diários.
* Afusão das pernas e dos braços, alternando com uma afusão do rosto e da
cabeça.
* Afusão rectal.
CintUI§O £0 NO.ONJ7O
Recomendado.
262
Boca (Afecções bucais, Estomatite, Piorreia, etc.)
Receitas fitoffimpéu~S
Carvaffiocomum
* Decocção da casca. ferver 20 g durante 15 minutos em 1 litro de água. * Fazer
3 lavagens da boca por dia,
GerânIo Ervgdesãoroberto
* 10 g em 1 litro de água fria. Deixar em infusão e em seguida ferver durante 10
minutos. * As folhas frescas podem ser mastigadas. * Fazer 3 lavagens por dia.
SalVa 011C1M1 O 7ÕM11170
* Preparação como para as anginas (p. 233). * Fazer 3 ou 4 lavagens por dia.
Tor~ntIlha
* 1 g (equivalente a uma ponta de faca) de pó do rizoma (em água ou vinho
tinto), 4 vezes ao dia. * Utilizada também para o corrimento branco das mulheres
(10 9 do rizoma para 1 litro de água).
Affineaffi00*
Como em todas as doenças digestivas, a alimentação tem um papel preponderante.
* Ver eventualmente Prisão de
ventre (p. 522).
* Contraindicações: álcool, vinho, cerveja, tabaco, gorduras animais, manteiga
cozinhada, fritos, conservas, charcutaria, maionese, especiarias, açúcar, doces,
etc.
* Aliniontos privilegiados: alho,
cebola, levedura de cerveja, limôes, laranjas, toranjas, legumes e frutos
frescos, óleo de milho, cereais integrais, trigo, arroz, trigo sarraceno,
cevada, aveia, pão integral, etc.
* Vigie a mastigação.
* Não comer alimentos dema~ siado quentes nem tomar bebidas geladas.
jk, /um
* Acompanha e completa judiciosamente o tratamento natural da piorreia e de
outras afecções bucais. * 1 dia por semana, a fruta. * Cura de fruta de estação;
pêssegos, peras, uvas.
263
Bronquites, Traqueítes, Catarro das vias respiratórias
Bronquites, Traqueites, Catarro das vias respiratórias
er também Anginas (p. 233).
O corpo deve, em qualquei circunstância, ter a possibilidade de resistir às
agressões exteriores. As bronquites, as traqueítes e outras afecções de Inverno
são uma expressiva ilustração da diminuição das defesas naturais.
Por que razão é capaz um indivíduo de fazer face sem problemas a um
Inverno rigoroso enquanto outro, nas mesmas condições, fica doente? A resposta é
simples: o organismo resistente adaptase às condições climáticas enquanto o
fraco cede. Temos de concluir que o frio não é a causa profunda da afecção, mas
apenas o seu “detonador”.
80/7h05 *
* Banhos dos antebraços e dos pés com uma decocção de:
L31,ar`da @ SablIgUeIrO + EUC.711p10 * 2 pitadas de cada planta para meio
litro de água. Ferver durante 15 minutos, deixar em infusão 20 minutos.
Acrescentar 4 ou 5 litros de água. Proceder aiternadamente, 5 minutos para os
braços e 5 minutos para os pés. Passar por água fresca.
01v90i
OS * É17U18CaMpana ESCabIOSa
2 drageias de cada.
Marro/o TOMílho S&1ó17À@a * 2 drageias de cada. * 1 vez por dia,
alternadamente, dia sim dia não.
£!U IM/5J0 * Enulacampano Escabiosa + “arrolo Tomiffio @ BêtónIca
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena grande de água. Acrescentar 3 cravos
decabecinha. Ferver 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos. * Tomar 4 ou 5
chávenas por dia.
ó10OS OSSOMISIS Orégãos
2 gotas, 3 vezes ao dia.
LLWi =J 8.717hOS dO V.T.00r
2 vezes por semana, seguidos
de uma afusão fresca e de uma fricção.
264
Bronquites, Traqueítes, Catarro das vias respiratórias
Ouches e vfu~s
Das coxas e do peito. Rectal, 2 vezes por semana.
Receit,75 fitoterapêutic.vs A11s0íro
* Comer os frutos.
Amorperfeito
* Infusão de 10 g de raiz para 1
litro de água fria. Ferver 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos,
* Tomar 2 chávenas quentes por
dia.
EUGalIpto
* Infusão de folhas secas: para 1
litro de água deitar 10 g de folhas secas e deixar em infusão
10 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
* Banho: 20 g de folhas secas (podem misturarse com uma
quantidade igual de folhas de tomilho). Deixar em infusão em
1 litro de água a ferver e acrescentar ao banho (duração do banho: cerca de 15
minutos).
Falsoescarnbro&lro
* A compota dos seus frutos é
utilizada na Europa Central como antiescorbútico.
Glecoma @ervadesãojoão)
* Infusão das pontas (frescas ou
secas) em água a ferver.
* Tomar 2 chávenas ao dia.
* A tinturamão (composta de
metade de sumo e outra metade de álcool a 700, que se deixa
repousar durante 1 mês) tem as mesmas propriedades que a infusão. É também
diurética.
Pínho
* Infusão dos rebentos. Deixar
macerar a frio e em seguida ferver 3 minutos e deixar arrefecer.
* Tomar 3 chávenas por dia, durante 8 a 10 dias.
PO/í ‘919/27
* Dec~o de 10 g de planta para
1 litro de água.
* Tomar 3 chávenas por dia, durante 8 a 10 dias.
Sanículaeuropeía
* Infusão de 10 9 para 1 litro de
água, adoçada com mel.
* Tomar 3 chávenas por dia, durante 8 a 10 dias.
Saponáriaofícl@7a1 Decocção do rizoma (10 g de plantas) para 1 litro de água.
Deixar em infusão durante pelo menos 6 horas, ferver e deixar arrefecer.
* O nome desta planta curiosa
provém da sua capacidade de fazer espuma na água. Foi utilizada no passado para
lavar tecidos de lã e branquear rendas.
TomIlho o Tom1117oerv.7ursa
* Mesma preparação que para a
asma (p. 252)
TUSSil790m
* Infusão de 10 g de folhas ou
flores para 1 litro de água a ferver. Deixarem infusão 10 minutos.
* Tomase à razão de 3 chávenas
ao dia.
265
Bronquites, Traqueites, Catarro das vias respiratórias
Verb.7SCO
* Infusão das flores acabadas de
abrir, secas e conservadas no escuro, 1 ou 2 pitadas para uma chávena de água.
Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão 10 minutos.
* Beber 2 ou 3 chávenas por dia.
* As flores cozidas em leito utilizamse em aplicações externas contra as dores,
as hemorróidas e as úlceras. (@@ 411M0IMOÇãO * Alimentação quente: privilegiar
as sopas e os purés de legumes. Frutos frescos, laranjas, limões, toranjas,
quivis. Contraindicações: alimentação gorda, difícil de digerir, fritos,
conservas, charcutaria, etc. Alimentos privilegiados: figos, uvas, maçãs
reinetas, jujuba, tâmaras, cebolas, puré de trigo, mel.
MUM *
Obtêmse melhorias notáveis por meio de jejuns curtos.
1 dia a fruta. Cura de uvas e de alperces.
RECEM
Macerar durante a noite 1 ou 2 cebolas cortadas finas num
pouco de azeite. Comêlas no dia seguinte, adoçadas com mel (segundo Chornel).
rRAMMEN70 KNEIPP
De manhã, lavar o corpo todo com água fresca, em seguida fazer uma fricção e
voltar para a cama. Todos os dias, fazer uma afusão superior fresca, se o corpo
estiver quente. De manhã o à noite, tomar uma tisana de casca de carvalho +
cavalinha. Casos dificeis: fazer uma loção fria no corpo ao sair da cama, depois
voltar para a cama durante 1 hora. Todos os dias, duches e afusões dos joelhos.
Todas as semanas, 2 banhos frios curtos (30 segundos). Tisana de urtigas (2 a 6
chávenas por dia): 20 9 de planta fresca para 1 litro de água. Ferver durante 2
minutos. Deixar em infusão
10 minutos.
266
Bursite (Higroma)
CONSELHOS
Suprimir o tabaco.
Ver Endurecimento (p. 132). Arejar os quartos. Lavagens eventuais com uma
infusão de camomila: Deitar 8 a 10 cabeças em meio litro de água, ferver e
deixar em infusão 15 minutos. Fazer a lavagem, morna, 1 a 2 horas antes de
deitar.
Bursite (Higroma)
r E
indispensável um acompanhamento médico. Tratase de uma reacção inflamatória
específica que afecta um tendão, uma rótula, um cotovelo, etc.
Os autores americanos relatam bons resultados obtidos graças à acupunctura e a
quiroprática. Todavia é, muitas vezes, necessária uma intervenção cirúrgica. Em
fitoterapia aconselhamse geralmente diversas plantas antiinflamatórias.
Existem, contudo, poucos dados convincentes sobre o tratamento desta doença.
Certos homeopatas prescrevem Rlius toxicodendron em diluição de 30 CH, bem como
Bryona 5 CH, Calium iodatum 5 CH, etc., mas na nossa opinião tratase apenas de
tratamentos preventivos ou para evitar recaídas.
Atençãol Esta planta é perigosa. Não utilizar sem consultar um especialistalli
* Em tinturamãe em álcool a 400.
* Pode também utilizarse misturada com tintura de consolda.
267
7117tUMMiO
Em uso externo:
AMICa 1n0171.717a
Cabeça (dores de) Cabelo (queda do), Caspa Cãibras Cálculos biliares (litíases)
Cálculos urinários Cancro Catarata Celulite Ciática Cicatrização de feridas e
hemostáticos Cistite Colesterol Colibacilose Cólicas hepáticas Cólicas
intestinais Comichão Conjuntivite, inflamações oculares Constipação (de cabeça)
Contusões Golpes Convulsões Coqueluche Tosse convulsa Coração Afecções
cardíacas Coreia (Dança de São Gui) Corrimento branco Costas (dores nas)
Cuperose
Cabeça (dores de) 1 Cabelo (queda do), Caspa
Cabeça (dores de)
er Enxaquecas (p. 377).
Cabelo (queda do), Caspa
queda do cabelo é frequente, particularmente em certos homens depois dos 40
anos. As outras causas possíveis são: herpes, tinha, tratamentos médicos, etc.
Deve observar uma higiene minuciosa e utilizar champôs à base de essências de
plantas ou de óleo de cade.
F131c00 Fricções com uma decocção de:
Tomíl17o + Bélula
3 pitadas de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 20 minutos e
acrescentar
3 ou 4 pitadas de urtigas. Deixar em infusão durante 30 minutos e filtrar.
Fricção diária, depois da lavagem com champô.
Afusão
Da cabeça, 3 ou 4 vezes por semana.
Massagem do couro cabeludo.
Alin701MO00
Consumo de legumes crus, cereais integrais (arroz), levedura de cerveja, frutos
secos, amêndoas, nozes, etc. Se tiver a pele gordurosa e caspa: vigie
obrigatoriamente a alimentação. Suprimir: gorduras, manteiga cozinhada, fritos,
charcutaria, salmoura, cerveja, vinho, etc.
Apresentamos algumas receitas antigas, esquecidas por quase todos, e
que poderiam, como parece, fazer milagres.
270
Cabelo (queda do), Caspa
Para fazer parar DOCOCÇãO V117053 C0P11,ar de MOIMPOIller
Adianto + Híssopo
1 litro de vinho tinto de boa qualidade e 10 boas pitadas de cada planta.
Aquecer em banhomaria até ficar reduzido em metade. Fazer fricções diárias com
esta
a queda dos cabelos
mistura. Este tratamento faz parar a queda de cabelo e, ao que parece, fálo
voltar a nascer. Como alternativa ao adianto, utilizar:
Foto + Mksopo
Mesmas proporções, mesma
mistura, mesma utilização.
Para fazer voltar a nascer o cabelo
* 50 nozes verdes, esmagadas,
misturadas em meio litro de azeite. Acrescentar 50 g de alume. Mexer e deixar
esta mistura repousar durante 3 meses. Moer e depois filtrar.
* Friccionar o couro cabeludo todas as manhãs. Esta mistura faz nascer o cabelo.
* Uma decocçâo de musgo dos
prados teria as mesmas propriedades.
* Estas receitas não têm qualquer
perigo,
ouãws fficeitas Bardanacofnum
* Em tinturamãe: 30 g para meio
litro de álcool a 700. Deixe macerar uma semana e acrescente um copo de água
destilada. Filtre.
(citado por autores antigos)
Deve ser utilizada como loção.
Bélulabranca Um copo (cerca de 250 mi) de seiva de bétula fresca em 250 ml de
álcool a 450. Aplicar em loção (é possível fazer esta loção utilizando as
folhas. Neste caso, deixeas macerar durante 5 dias e depois filtre).
Noguelra Utilizar uma decocção de folhas (30 g) para 1 litro de água a ferver,
para lavar o cabelo (receita grega).
Urtíga Em tinturamãe: 200 g de folhas frescas para meio litro de álcool a 700.
Deixe macerar 3 dias. Utilizar em loção depois de diluída em água.
CONSELHOS
Não utilizar champÔs anticaspa, são demasiado agressivos. Alimentação sóbria.
Alimentação com tendência vegetariana.
271
Cãibras
Cãibras
odem manifestarse por meio de contracções persistentes dos músculos ou
contracções corri relaxamentos variáveis. Podem também ocorrer
em certas posições: corpo inclinado, mão crispada (cãibra dos escritores), etc.
Á0m90i ‘75 * ArgOn&W (001e1711117a) AbSI@7tO
* 3 drageias de cada no momento da crise e durante os 3 ou 4 dias seguintes.
GOA91a_rW1
* 3 drageias por dia, durante 1 mês (repetir várias vezes por ano).
OU IMUSãO * Arwn,117.7 (potent,717.9) + AbSI@7t0
* 3 pitadas de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos.
Deixar em infusão 15 minutos. * Tomar 3 chávenas por dia.
ó10OS OSSO17C1815
CaMOM17.1
2 gotas, 3 vezes ao dia.
8.9J7h05 *
Banhos de assento frios e curtos, 2 vezes por semana.
Ágo17hos de mpor *
Tomado no momento da cãibra, o banho de vapor permite o relaxamento rápido dos
músculos. Banhos de vapor da parte ou do membro afectado, seguidos de uma loção
fresca e de uma fricçâo.
OUCI1OS o ‘MUS495 *
Duche quente da parte doente (mão, pé, nuca, etc.) terminando com uma afusão
curta, mais fresca. Afusão dos joelhos. Afusão das coxas e do baixoventre,
afusão rectal.
Affi77e17M00
* Ligeira, fácil de digerir, sem excitantes.
* Contraindicações: álcool, vinho, cerveja, tabaco, especiarias, conservas,
manteiga cozi272
Cãibras
nhada, charcutaria, maionese, carnes gordas, ovos, pratos com molhos, doces e
pastelaria, tc.
e’ Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, germe de trigo, cereais
integrais, pão integral, frutos frescos: laranjas, limões, ananás, alperces,
uvas, legumes verdes: alhosporros, salsa, couves, espargos, funcho, feijão
verde, alcachofras, etc. w jejum *
Descontrai e relaxa. Também aconselhamos: * Cura de fruta. * 1 dia, a fruta.
A£ GUNS CONSELHOS DO PADRE KNEIPP
*Se os estados espasmódicos afectam a cabeça ou a nuca, dar
banhos de vapor a essas partes do corpo (efectuamse com um recipiente cheio de
água a ferver, com a cabeça coberta. O vapor provoca a sudação).
*No abdômen: banhos de vapor de assento + camisa molhada
quente de “flores de feno”.
*Espasmos no estómago:
Camisa de flores de feno quente, 2 ou 3 vezes por semana. Cinturão de Neptuno.
Dia sim dia não, semicúpio frio (banheira) muito curto (3 segundos).
*Cãibras no útero:
Todos os dias de manhã, andar descalça sobre a pedra molhada (ou sobre a erva
húmida, ou sobre tijoleira fria); ao deitar aplicar uma loção fresca completa.
2 banhos de assento frios por semana.
*Espasmos do peito, cãibras dos pés o das mãos Todos os dias uma afusâo
superior e uma afusão dos joelhos,
3 vezes por semana. Andar descalço sobre a erva húmida 5 a 15 minutos,
dependendo da estação.
* Cãibras abdominais com cólicas:
Banhos de assento com “flores de feno” + maillots quentes
sobre o baixoventre + infusão de argentina.
Recomendamse também:
Banhos dos pés quentes seguidos de loções frias.
273
Cálculos biliares (litíases)
Infusão recomendada:
Milfollws * Erva desãoyoão k Camomila @ Funcho
1 pitada de cada planta. Deixar levantar fervura. Deixar em infusão 15 minutos.
Tomar, de preferência, à noite.
* Kneipp preconiza tomar argentina em infusão em leite quente.
* O cioreto de magnésio pode também dar bons resultados.
CONSELHOS
Praticar o endurecimento (ver p. 132).
Cálculos biliares (litiases)
aracterizamse frequentemente por dores na região do estômago (espasmos
estomacais), muitas vezes, seguidas de vómitos. Em caso de cólica hepática, o
doente sente dores violentas na região do fígado e do estômago, e estas dores
podem subir até ao ombro direito.
As causas: abuso de alimentos gordos, de gorduras animais, vinho, temperamento
colérico, desgostos, preocupações, etc.
1 pitada de cada planta para uma
chávena de água. Ferver duDentedeloão saxífiag8 rante 3 minutos e
deixar em in
2 drageias de cada. fusão 15 minutos.
Urtígas P.711etáría Beber 3 ou 4 chávenas por dia.
2 drageias de cada. Alternadamente, dia sim dia não.
01/ IMUSãO * DoMOdeleãO I’ S8Xffir8g.7 + Urtígas + Pgríetár127
Viir ó100.9
Alecrín7
2 ou 3 gotas, 3 vezes ao dia. Ou:
274
Cálculos biliares (litíases)
L imão
2 gotas, 3 vezes ao dia.
80/71,05 de Ossento *
* Banhos de assento quentes, com
massagem do baixoventre, 2 vezes por semana.
* Banhos de assento frios. @w 00/7/705 dO V2POr
2 banhos de vapor por semana.
Receitas da medIcina monástica, arte médica dos Irmãos de São João de Deus
ffiata Se/7o Frat0111)
QuelIdóma rkervz?, 20 g), Camom11.7 @20 g), ErvacIdrelra ffioffias, 20 g).
* Misturar as plantas e deitar 1
pitada desta mistura em 1 chávena de água a ferver. Deixar em infusão 3 minutos
e depois filtrar.
* Beber 1 chávena quente, 3 vezes ao dia.
DUCI705 o ?fusões *
Afusões das coxas e do baixoventre.
Receitas fitOMIspêuticos Alcachofra
Infusão de 100 g de folhas em
1 litro de água fria. Ferver e deixar em infusão 15 minutos. Beber 3 chávenas
por dia.
C171córIa selvagem Infusão de 20 g de raiz em 1 litro de água fria. Ferver
durante 3 minutos. Deixar em infusão coberta. Beber 2 chávenas ao dia. A mistura
de raizes de chicória e de ruibarbo é ligeiramente purgante, aconselhada às
crianças.
Fumáría
10 g de planta para meio litro de água fria. Ferver e deixar em infusão 15
minutos. Filtrar. Tomar 1 chávena antes de cada refeição. ATENÇÃO1 Esta planta é
ligeiramente tõxlcal A medicina popular utilizaa para tratar as afecçôes
crónicas da pele.
Potasíte
Infusão de 10 g de raiz em 1 litro de água a ferver. Ferver 2 minutos e deixar
em infusão 15 minutos. Beber 2 chávenas por dia. <2i1elIdónia
Infusão de 15 g de raizes secas (eventualmente 30 g de planta) em 1 litro de
água fria. Ferver e deixar em infusão 10 minutos. Tomar 3 chávenas ao dia, entre
as refeições. ATENÇÃO1 É uma planta tóxica, deve ser tomada sob prescrição de um
especialistal
275
Cálculos urinários
l@ M AlimelMação *
Alimentação sóbria. Vigiar a boa mastigação dos alimentos.
* Contraindicações. manteiga
cozinhada, fritos, pratos cozinhados, maionese, charcutaria, carnes gordas,
gorduras animais, pastelaria, cremes, chocolate, chá, café, especiarias, vinho,
cerveja, álcool, açúcar, etc.
* Alimentos privilegiados alcachofras, nabos pretos, azeite, limôes, toranjas,
tomates, ceboIas, alho, morangos, alcaparras, uvas, dentedeleão, azedas, aipo,
salsa, espargos, funcho, alhosporros.
Beber muita água (limonada). w JOjU,07 *
É evidente que deixar repousar os órgãos digestivos durante algumas horas só
pode ser saiuta r.
* Dias a fruta.
* Cura de fruta, por exemplo, uvas
ou morangos.
CONSELHOS
Atenção à cólera, ao nervosismo, às contrariedades. Ver também:
Exercícios físicos (p. 133).
Repouso (p. 135).
Respiração (p. 137).
Cinturão de Neptuno (p. 148).
Cálculos urinários
aracterizamse, muitas vezes, por dores frequentes e Insuportáveis na
região da bexiga, acompanhadas de vontade frequente de urinar, suores frios,
febre, prisão de ventre, dificuldade em urinar, urina com sangue, etc.
Ver também Âmbar (p. 172).
ÁO
ÁrigeÃOS Bétula samo de Tílíaselvagem VIlOurea (Solídago)
* 2 drageias de cada.
GInómodo Grama * 2 drageias de cada. * Alternadamente, dia sim dia não.
276
Cálculos urinários
OU IMUSãO * Sétula k samo de TIlíase/va
yoM * Vir~rea + Ginórrodo + Grama
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e
deixar em infu são 10 minutos. * Tomar 4 ou 5 chávenas por dia.
ó/005 OSSOMIZIS (@@ GerânIo
2 gotas, 3 vezes ao dia.
ZImbro
2 gotas, 3 vezes ao dia.
COMPrOSS.65 *
Chomel preconizava:
* Uma compressa quente sobre o
baixoventre com uma infusão de Coroaderei + Camomilia.
* Aplicar e repetir várias vezes ao
dia.
8817h05*
Banhos de assento quentes (de
10 a 20 minutos), seguidos de um banho de assento frio (de 2 ou 3 minutos).
Banhos de assento com fricções, seguidos de fricções no baixoventre.
Duches o afusões *
Duche das coxas e do baixoventre, diários.
Fulgurante.
Receitas da medicina monãs. tica, arte médica dos Irmãos de São João de Deus
(Fato 8e17e Fratelli)
Camornila (20 g) sétula (fO1)@as, 10 g), ca Valinha (erva, 10 g), Gr~PeqUeA9
(rlZOMa, /o g), Rosa (frutos, 10 g), Aspérul.7 (10 g), Sabuquelro (flores, /o
g), Urtig9S (f011WS, 10 g).
* Misturar as plantas, 1 pitada da
mistura para 1 chávena de água a ferver; deixar em infusão 5 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia, entre
as refeições.
FOIMOCO~O C1M17058 Trígonella foenumgraecum Fenogrego
10 g de fenogrego para meio litro de água.
Tomar 2 chávenas ao dia.
Recei~ fitoteMpêutícas A1quequ&i7j@9
Consumir as bagas (conhecidas sob o nome de cerejas de Inverno) cruas ou em
decocção: 30 g de frutos secos para 1 litro de água.
277
Cálculos urinários
Geteraque 00h',adin17.?)
*Ferver a planta e beber 1 copo
desta decocção por dia.
E179OS
*Infusão de 15 g de raiz para 1
litro de água fria. Ferver 3 minutos e deixar em infusão 10 minutos.
*Tomar 2 chávenas ao dia.
M11170
*A tradição peruana preconiza
beber água obtida por decocção das “barbas” de milho (jovens).
*Retire as “barbas” de 3 maçarocas de milho e deiteas em meio litro de água.
*Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
S.@/S.?
*Infusão de 10 g de grãos de salsa
para 1 litro de água a ferver. Deixar macerar coberta durante 20 minutos.
*Tomar 1 chávena à noite.
ZIMbro
*A infusão das bagas de zimbro
esmagadas em leite de cabra a
ferver, em aplicações durante vários dias sobre as partes doentes, faz
desaparecer os cálculos (receita popular).
Alimentaçjo
* Beber muita água.
* Contraindicações: chá, café,
chocolate, carnes gordas, charcutaria, aparas e vísceras, man~ teíga cozinhada,
espinafres, azedas, sardinhas, anchovas, fritos, conservas, salmoura, açúcar,
pastelaria, etc., vigiar o consumo de sal.
* Alimentos priviligoados: castanhas, grão, cebola, alho, morangos, framboesas,
frutos maduros, pêssegos, alperces, laranjas, cereais integrais, pão integral,
sumo de mirtilos, etc.
jejum
* Na condição expressa de beber
muita água.
* Cura de morangos ou de uvas.
CONSELHOS
Não negligenciar: os exercícios respiratórios (p. 137); os endurecimentos (p.
132); andar a pé, descalço, na á gua e na erva húmida, na Primavera.
278
Cancro
Cancro
A DEVASTAÇÃO DO CANCRO
Uma das certezas que temos sobre esta doença é que as mortes
provocadas por cancro estão em progressão constante. A mortalidade tripl icou
desde os anos 30. Era então de 60 mortes por ano por 100 000 habitantes.
Actualmente os números sã o da ordem de 190 por 100 000 habitantes; certos
cancros têm um crescimento quase exponencial, como
o do pulmão, por exemplo, cuja taxa de mortalidade foi multiplicada por
7. Se em matéria de tratamentos a medicina e a cirurgia podem reivindicar alguns
êxitos e se os cancerólogos consideram que 40 a 50% dos cancros são curáveis,
estes números não levam em conta as recaídas após cinco anos. Isto não altera em
nada a realidade dos factos, porque actualmente cada vez mais pessoas contraem
cancro e morrem.
Em 1971 o presidente americano Richard Nixon declarou a guerra ao cancro. Cinco
anos deviam bastar, segundo ele, para vencêlo e erradicá ~lo defin ítívam
ente. Apesar de todas as promessas dos cientistas da época e de vários milhares
de dólares gastos em investigaçã o, os êxitos prometidos transformaramse num
grande fracasso. Desde então continuase a investigar, mas sem se saber muito
bem o quê.
Conseguemse, contudo, algumas remissões em certas formas de cancro: é o caso do
cancro dos testículos nos jovens, da doença de Hodkin e dos cancros do estômago.
Para Yvan Illitch, a taxa de sobrevivência durante cinco anos para o
cancro da mama é de 50%. Não se demonstrou, contudo, que esta taxa diferisse da
dos cancros não tratados.
Certos povos não conhecem o cancro
Ainda existem actualmente povos que não conhecem nem o cancro
nem as doenças cardiovascu lares (os Hunzas, os Abkhazes, os habitantes de
Vilcacamba, do Altai, de Lacutia, etc.). Também é um facto que estes povos só
foram parcialmente tocados pelas benesses da civilização ocidental. Talvez se
deva aqui observar uma relação de causa/efeito.
279
Cancro
2 pessoas em 3 morrem de uma doença degenerativa
No nosso mundo civilizado e hipermedicalizado, 1 pessoa em 4 é ou será vítima
de cancro. E o Dr. J. P. Willem (presidente e fundador da associação Médicos de
Pés Descalços) conclui que, se acresce ritarm os a iriortalidade por doenças
cardiovascu lares, podese afirmar que 2 pessoas em 3 vão morrer no seguimento
de uma doença degenerativa. Somos obrigados a reconhecer que se trata do mais
desastroso fracasso para o
niundo científico médico.
A única constatação que se impõe e que é irrefutável é que o fiagelo progride,
apesar de todos os esforços desenvolvidos para o erradicar. Progrediu até muito
mais rapidamente nestes últimos trinta anos, corri a
generalização da utilização dos métodos intensivos de produção na agricultura,
os adubos, os pesticidas, a propagação dos efeitos nocivos da indústria civil ou
militar, da energia nuclear, etc.
Todavia, já desde os anos 20 que os investigadores tinharil feito uma
aproximação entre o cancro, a alimentação e certos tipos de poluição.
E já falavam também do papel do siress. Estes trabalhos só agora começam a ser
considerados pelos poderes públicos:
“Temos a prova de que os cancros e os vários tumores variam de
país para país e de região para região. Entre os riscos de cancro, nenhum é mais
importante do que a nutrição e o tipo de alímentação” (Advances in cancer
research, 1980 Academic Press, New York).
A alimentação é a causa
A diferença das taxas de mortalidade por cancro da mama em função dos países não
deixa qualquer dúvida sobre o papel da alimentação no
mecanismo de cancerização.
Com efeito, com 28,7 mortes por 100 000 habitantes, a GrãBretanha é o líder
incontestado da mortalidade por cancro da mama entre todos os países
industrializados. A Espanha tem 17,1, a França está na 23.’ posição com 19,7 por
100 000 habitantes. Os países do Extremo Oriente são os
que têm as taxas de mortalidade mais baixas: a China tem 4,6, e o Japão
6,3. Vejase que estes dois países consomem poucas gorduras animais e
poucos ou nenhuns produtos lácteos.
280
Cancro
Há cinquenta anos Delbet, professor catedrático de medicina, coristatava que a
deficiência de magnésio dos nossos alimentos era, ria sua opinião, uma das
principais causas do cancro. Realçava tarribém que esta carência tinha corno
causa os adubos agrícolas à base de potássio.
Para André Voisin, que era professor na Escola Veterinária de MaisonsAlfort, os
adubos azotados acumulados na agricultura desnaturam os
solos e geram carências em cobre. Considerava também que esta carência é uma
causa provável do crescimento do mecanisino de cancerização.
A despistagem funciona?
Quanto à despistagem precoce, o Dr. André Gernez comenta que, apesar de haver
progressos reais no diagnóstico do cancro da mama, este só é descoberto tarde de
mais. Quando atinge 1 g, a sua massa comporta então 1 milhar de células (para 1
cm de diâmetro), ou seja, já está no 8.’ ano da sua evolução. Abaixo desta
dimensão é praticamente irripossível de diagnosticar e daí a dificuldade das
despistagens precoces. Além disso, o tratamento actualmente proposto só se faz
quando o tumor maligno é localizado.
As nossas actuais condições de vida implicam uma multiplicação dos factores de
risco de cancerização. Contudo, André Gernez afirma que a
reversibilidade da cancerogénese é possível em certos casos porque as células
mutantes são frágeis no início e basta um reforço do organismo para as
erradícar. Realça que para que um cancro seja viável são necessárias
circunstâncias excepcionais. Só então se torna irreversível. O tempo necessário
a essa irreversibil idade exige cerca de cinco anos. O que significa que todos
nós, em certos momentos das nossas vidas, produzimos cancros, mas, na maioria
das vezes, eliminamolos. Para o Dr. Gernez, basta precipitar a erradicação
destas células antes que o cancro seja diagnosticável graças às nossas técnicas
actuais, pondo o corpo em estado de acidosel .
‘ Escolhemos certas teorias sobre a origem e o tratamento, das muitas
existentes, entre as quais algumas são muito controversas. Quanto a nó s,
estamos convencidos de que para fazer recuar este flagelo e explicar a origem
das doenças, é impossível recorrer a um único factor, porque é o conjunto de
circunstâncias ambientais e genéticas que são responsáveis pelo seu
desenvolvimento. Pensamos também que só um
retorno a um modo de vida saudável e a um estrito respeito pela Natureza pode
inverter de forma significativa esta situação.
281
Cancro
A prevenção não é suficiente
A prevenção preconizada pelos Poderes Públicos não é totalmente inútil, mas é
insuficiente pois Iiinitase a desaconselhar o álcool e o tabaco.
Tal corno vimos anteriormente, inúmeros tipos de poluição podem ser causas
detonadoras, como aconteceu no caso de Tchernobil. A explosão desta central
nuclear causou, realmente, a morte de muitas pessoas e será responsável por um
aumento de cancros, particularmente o cancro da tiróide.
Podese também pôr em causa a poluição electromagnética, a poluição do ar, da
água, dos alimentos pela industrialização da agricultura, mas
também pela utilização de agentes cada vez mais eficazes utilizados para a sua
conservação, aromatização, coloração e emulsionização. Utilizamos na alimentação
do gado um número cada vez maior de antibióticos. Certas bactérias tornamse
mutantes e acabam por se tornar resistentes a muitos destes antibióticos.
Transformamse então, nos nossos intestinos, num reservatório potencialmente
virulento, para o qual os tratamentos clássicos não são eficazes.
O intestino: um órgãochave na luta contra o cancro
As bactérias da flora intestinal formam, por si só, um ecossistema. Têm
múltiplos papéis vitais no nosso organismo. Constituem também uma verdadeira
barreira imunológica capaz de se opor à implantação de bactérias estranhas
(particularmente germes patogénicos), sejam elas de espécies microbianas
externas às da flora intestinal ou provenientes de famílias estranhas às suas
próprias espécies. Demonstrouse também a
acção antitóxica desta barreira. Certas toxinas mortais (como as citotoxinas e
as enterotoxinas de Clostridium difficile) são neutralizadas e tornamse
inofensivas graças a esta barreira intestinal.
A flora participa em vários outros processos fisiológicos, como a degradação do
colesterol ou a transformação dos sais biliares e das hormonas sexuais. São
verdadeiros “aliados internos” que sintetizam as vitaminas do grupo B (13,2) e a
vitamina K. As suas interacções com o organismo são extremamente complexas.
Existe, por conseguinte, um equilíbrio real entre o nosso sistema imunitário e
as bactérias dos nossos intestinos.
Apesar das investigações e dos diversos métodos de análise desenvolvidos durante
o último século (estudo da flora fecal, métodos de análise
282
Cancro
diferencial, quantitativa, testes respiratórios, técnicas de criação de anirnais
estéreis, métodos genéticos e cromatográficos), o nosso conhecimento sobre este
assunto continua muito modesto. O que é certo é que qualquer desequilíbrio da
flora bacteriana intestinal pode ter consequências graves sobre a saúde.
OS ANTIBIóTICOS: UMA GRANDE AMEAÇA PARA A SUA SAúDE
O regime alimentar pode alterar a sua composição, mas este fenômeno não é
suficientemente conhecido para que nos seja possível tirar conclusões
definitivas. O que podemos dizer é que os antibióticos são uma grande ameaça
para a nossa flora intestinal.
Os antibióticos alteram sempre o ecossistema intestinal
* Em primeiro lugar destroem as bactérias que asseguram as defesas
imunitárias. É certo que não eliminam as espécies (e mesmo se
assim acontecesse, estas recon stitu irse iam), mas são nocivos para o
equilíbrio interno porque o modificam. Novas bactérias passam a
dominar, e estas são, por vezes, espécies nocivas ou, pelo menos, são incapazes
de assegurar o funcionamento da nossa imunidade.
* Os antibióticos diminuem também inúmeras funções metabólicas,
por exemplo, a redução e a produção de ácidos gordos voláteis. Esta redução é
responsável pela má absorção do açúcar e do sódio, pela não degradação dos
ácidos biliares e pela retenção de água nos intestinos.
* Se ainda não conhecemos a influência dos antibióticos sobre a
motricidade intestinal, as experiências demonstram, em contrapartida, uma
diminuição da resposta imunitária no seguimento da destruição da flora
intestinal.
Sabemos também que o organismo permanece em equilíbrio graças à flora
bacteriana, que tem um papel em inúmeros processos metabólicos.
283
Cancro
Se este equilíbrio é perturbado, a flora pode tornarse a fonte de estados
patológicos. O desequilíbrio do pH gástrico, a imunodepressão, a desnutrição, a
quimioterapia, as anomalias anatómicas, as doenças tais como a
cirrose podem favorecer a expansão dos gerines presentes em pequenas
quantidades, que graças à sua actividade enziinática transformam os nitratos em
nitritos. Estes podem então associarse a aminas secundárias de origem alimentar
e formar nitrosaminas cancerígenas. É assim que a
deturpação da acção enzimática da flora pode tornarse responsável por certos
cancros gástricos.
Os antibióticos geram aberrações no intestino
A transformação bacteriana é o segundo perigo ligado à degenerescênia da flora
bacteriana. No seguimento de uma fragilização da barreira bacteriana
(antibioterapia ou SIDA), as bactérias patogénicas podem infiltrarse nos
gânglios linfáticos e causar uma infecção geral.
Uma proliferação anonnal da flora pode também ser a causa da síndroma de má
absorção. As bactérias desviam em seu proveito, por acção enzimática, as
vitaminas e os alimentos e privam os seus hospedeiros das substâncias que lhes
são necessárias. Finalmente, o desequilíbrio entre o
nosso corpo e as bactérias intestinais pode favorecer a acção dos microrganismos
patogénicos, tais como as salmonelas, as chigelas e as iersínias.
O papel da flora bacteriana intestinal é por conseguinte tão importante que
certos investigadores pensam que o seu desiquilíbrio é a causa maior do
aparecimento de diversas doenças, tais como os cancros, a SIDA e as doenças
infecciosas. Mas a medicina moderna tem poucos conhecimentos sobre esta matéria.
O PONTO DE VISTA DOS NATUROPATAS
Todas estas teorias confirinam a abordagem empírica de certos naturopatas que
pensam que, ao se impedir a doença febril de se manifestar com a ajuda dos
antibióticos, evitase ou diminuise a febre. A evacuação da doença pelas vias
naturais tais como a transpiração não pode
284
Cancro
fazerse. A consequência é que esta perinanece e manifestase alguns anos
depois sob a forma de doenças degenerativas. Foram aliás observadas rernissões e
curas de cancros no seguimento de uma hiperterinia importante.
Quanto aos naturopatas do século passado, que começavam a observar certos
cancros, as suas conclusões nã o diferiam muito.
* Para o padre Kneipp, um mau tratamento médico podia ser uma das
causas desta doença. O que o fazia afirmar que um cancro era a fase final de
doenças abortadas. Ele dizia também que a cura só é possível se o mal for
atacado logo no seu início. Utilizava compressas de argila, de alume, de aloés,
de tormentilha, de cavalinha (tratava em particular lesões externas).
Acompanhava o seu tratamento com uma alimentação saudável, pouco salgada e sem
especiarias.
* O Dr. Bilz preconizava uma alimentação estritamente vegetariana,
banhos de vapor e afusões frescas.
* Para Kuhne, a alimentação vegetariana estrita impoese, acompanhada de banhos
de assento com fricções.
DOIS CASOS DE CURA NATURAL
A cura de uvas de Johanna Brandit
Johanna Brandt, no seu livro A Cura de Uvas, contanos a sua vitória sobre a sua
doença. Tendo contraído um cancro no estômago em 1921, os médicos davamlhe seis
semanas de vida. Começou então a fazer curas de jejum umas a seguir às outras e,
se a doença regredia durante o jejum, parecia retomar o seu vigor quando
recomeçava a alimentarse. Concluiu que o seu cancro prosperava em razão de uma
alimentação rica em proteínas animais. Johanna começou então a alimentarse
apenas de uvas e, como por milagre, o tumor desapareceu em seis semanas. Ela
apresentou então ao mundo inteiro a sua descoberta e conseguiu convencer alguns
cépticos. O seu método foi experimentado com êxito em casos em que os
especialistas tinham falhado.
285
Cancro
Guy Claude Burger redescobre os instintos originais do homem
Mais perto de nós, Guy Claude Burger, dotado de uma sólida foririação
científica, canceroso aos 26 anos, põ e em causa todas as teorias alimentares
existentes, incluindo o(s) vegetarianismo(s). Recorre à instintoterapia, segundo
a qual a cozedura e a arte culinária que dela decorre perturbaram o nosso
instinto inicial. Esta teoria preconiza uma alimentação estritamente crua e
exclui os produtos lácteos. Propõenos redescobrir o nosso instinto original de
modo a sermos capazes de escolher a nossa alimentação em função das nossas
necessidades organicas.
O jejum parcial é preventivo
No que toca a prevenção, a maioria dos autores parece estar de acordo: para o
Dr. Gernez e para o Dr. J. P. Willem, autor de Laprévention active des cancers,
a colocação do corpo em estado de acidose é a melhor maneira de o evitar. Este
método consiste em reduzir a nossa alimentação uma vez por ano, no final do
Inverno. Este jejum parcial obriga o organismo a queimar as suas reservas e
favorece a eliminação de células malignas.
Este regime consiste em consumir alimentos ricos em indolos: couve, brócolos,
salsa, alecrim, e dar um lugar importante aos legumes crus. Esta cura inicial
comporta a supressão dos produtos considerados alcalinos: bicarbonato de sódio,
carbonato de cálcio, magnésio.
Este regime é acompanhado de um complemento de selénio associado às vitaminas
A, C e E, e a um conjunto de oligoelementos: crómio, cobalto, enxofre e,
acessoriamente, vanádio e sílica.
Esta cura dura 30 dias e termina com a ingestão de colquicina e de
hidrato de cloral.
286
Cancro
44 MÉTODOS DE PREVENÇÃO DO CANCRO
27 conselhos para uma alimentação saudável
1 .O jejum (ver o capítulo que lhe é dedicado na página 128), a
efectuar particularmente em caso de stress, de contrariedades, de medos e,
evidentemente, quando tiver praticado abusos alimentares.
2. Evite o álcool e o tabaco.
3. Faça frequentemente curas de fruta, coma legumes, especialmente couves,
brócolos, beterrabas, nabos. De uma maneira geral, dê preferência a alimentos
ricos em vitamina A, B (segundo certos autores), C e E, e privilegie os
alimentos integrais: cereais, arroz, trigo, pão, biscoitos, bem como óleos de
primeira pressão a frio: azeite, óleo de girassol, de cártamo, etc.
4. Varie a sua alimentação consumindo produtos provenientes de
todos os grupos alimentares.
5. Coma alho. Inúmeros estudos confirmam: o alho tem um poder
antioxidante. Mostrase eficaz na prevenção do cancro, de certas patologias
cardíacas e de patologias ligadas ao envelhecimento. Segundo o Dr. Pianto,
director de Investigação no Memorial SloanKettering Cancer Center, o alho
diminui de forma significativa os
riscos de cancro da mama e da próstata e impede o aparecimento de tumores. A
Universidade de Michigan realça a sua acção sobre o cancro do estômago. Em
Sidney demonstrouse que o alho reduzia a dimensão dos tumores da pele.
6. Dê preferência aos alimentos naturais, provenientes de cultura
biológica ou tradicional. Prefira os alimentos provenientes de pequenas
explorações agrícolas vendidos directamente nos mercados.
7. Evite sistematicamente os alimentos com corantes (E123),
conservantes (E220), conservadores (E250), antioxidantes (E321), bem como os
produtos que contêm estabilizantes, espessantes, emulsionantes, gelificantes,
agentes de textura, agentes de sapidez, aromatizantes (particularmente os
artificiais), etc.
8. Coma alimentos frescos e crus.
9. Evite comer e beber alimentos demasiado quentes ou gelados.
287
10. Consuma produtos tais corno o pólen de flores, a espirulina, a
levedura de cerveja, as algas marinhas, os trigos e grãos gerrilinaZ1
dos, a geleia real, a acérola, o espinheiro (estes dois frutos são ricos em
vitarnina C), etc.
11. Consuma alimentos ricos em magnésio. (0 papel do magnésio
foi demonstrado pelo Prof. Delbet.) A carência dos nossos alimentos provém da
utilização maciça de adubos potássicos na agricul tura. O magnésio encontrase
nos solos férteis e nos organisinos vivos, na clorofila (todas as plantas com
pigmentação verde, saladas, etc.). A sobrecarga de potássio rompe a harmonia
sódiopotássiocálciomagnésio, e daí a impossibilidade de produzir uma
alimentação adequada às necessidades reais dos homens e dos animais. O ser
humano tem necessidade de assimilar diariarnente magnésio, e a sua carência
implica sempre um processo prédegenerativo.
O magnésio intervém também na utilização dos açúcares pelo organismo. Se existir
carência de magnésio, os açú cares e a glicose (incluindo os naturais) tornamse
inutilizáveis e podem a longo prazo tornarse cancerígenos e favorecer o
aparecimento de doeuças ateromatosas. Eis a título indicativo o teor em certos
alimentos de magnésio (mg/kg):
Amêndoas .............................. 2500
Trigo integral ................... ........ 1600
Amendoins ................... ............ 1800
Arroz integral .......................... 700
Salada . ........ .............................. 350
Avelãs ....................................... 1400
Figos, tâmaras, alperces .......... 850
Frutos frescos e legumes ........ 60 a 250
* A quantidade de magnésio diária aconselhada é de 350 mg, o
que corresponde a 3 ou 4 fatias de pão integral.
* O consumo de cloreto de magnésio (ou produtos equivalentes)
só deve fazerse sob prescrição médica ou de um especialista e
deve ser proscrito em casos de insuficiência renal.
Cancro
12. Evite as cozeduras prolongadas. Prefira as baixas terriperaturas
e a cozedura no vapor.
13. Evite os pratos complicados, ferinentados, envelhecidos, a charcutaria, as
carnes fumadas ou grelhadas.
14. Evite as misturas complicadas numa mesma refeição.
15. Evite toda e qualquer sobremedicação, se possível dê sempre
preferência a tratamentos sem toxicidade e sem efeitos secundários.
16. Beba água de boa qualidade.
17. Só coma quando sentir fome, abstenhase quando não tiver apetite. Nunca se
esforce para comer.
18. Coma com tempo, mastigue com cuidado.
19. Faça curas de frutos (especialmente de uvas).
20. Faça frequentemente curas com infusões desintoxicantes.
21. Evite as manteigas cozinhadas.
22. Evite os açúcares e os alimentos que os contêm.
23. Modere o consumo de sal e de especiarias.
24. Evite o café, o chá e o chocolate.
25. Evite os queijos fortes.
26. Repouse, durma bem.
27. Adopte uma alimentação vegetariana ou lactovegetariana que
lhe pareça apropriada. Não existem, contudo, estatísticas oficiais comparativas
da taxa de cancros nos vegetarianos e nos não vegetarianos. Mas estes
apresentam, todavia, uma maior resistência às doenças cardiovascu lares, aos
reumatismos e ao eczema.
17 maneiras de viver melhor para evitar o cancro
1. Evite fazer análises de sangue e dar sangue repetidamente.
Segundo Georges Beau, a perda de plasma provoca uma estimulação da divisão
celular que permite compensar as perdas e restabelecer o equilíbrio.
2. Preocupese em ter uni bom trânsito intestinal.
1 289
Cancro
3. Favoreça a oxigenação natural por meio de exercícios respiratórios,
transpiração e actividades físicas. Excreitese: o cansaço físico é
indispensável ao bom funcionamento corporal e ao relaxamento.
4. Habitue o seu corpo a ser mais resistente, ande a pé, descalço,
pratique o endurecimento (ver o capítulo dedicado a este assunto
na p. 132).
5. Evite as exposições ao sol.
6. Tenha hobbies, paixões, etc.
7. Se tiver de fazer longas viagens de avião, com mudança de fusos
horários ou de estação, habituese progressivamente.
8. Privilegie os materiais naturais no seu meio ambiente. Evite o
amianto, use vernizes naturais e tintas sem diluentes: existem actualmente no
mercado produtos garantidos não tóxicos.
9. Prerira sempre os tecidos e lençóis naturais (lã, algodão, seda,
linho) aos tecidos sintéticos, especialmente os triboeléctricos, na
roupa que usar em contacto com a pele.
10. Evite as exposições frequentes à poluição electromagnética limitando:
* Os exames médicos repetidos, tais como radiografias ou scanners.
Estes só devem ser feitos se forem absolutamente necessários.
* A exposição frequente e permanente diante de aparelhos de televisão. A ilha de
Santa Helena, famosa por ter sido a prisão de Napoleão, tem uma particularidade:
as crianç as desta ilha não têm praticamente perturbações comportamentais. Para
o fisiólogo Tony CharIton, isto devese a uma estabilidade da célula farniliar,
a uma ética de trabalho na escola e também à ausência total de aparelhos de
televisão. Para este investigador, a incidência entre o comportamento, o stress
e a depressão não pode ser mais evidente. A sua conclusão é a seguinte: quanto
maior for um número de televisores maior será o número de depressões. As
hiperfrequências compreendidas entre 100 kHz e 300 kHz têm um poder de
penetração nos tecidos.
* Os telemóveis, os fornos microndas, os ecrãs de computador, os
C. B.
* Os radares civis e militares e as antenas de satélite.
* A proximidade de cabos de alta tensão.
Cancro
li. Evite viver em locais onde a intensidade sonora é elevada. Na
Argentina alguns médicos pediram a proibição da venda de walkinans portáteis que
ultrapassem os 80 decibéis. Segundo a Dr.’ Monica González, “a música rock
arriplifica os sons graves, o que não modifica imediatamente a capacidade de
audição, mas pode desenvolver posteriormente uma diminuição da capacidade de
percepção dos sons agudos e desenvolver por conseguinte uma surdez precoce”.
12. Evite o sobrcaquecimento dos apartamentos.
13. Evite os estrogéneos (escolha outro método contraceptivo, o método Billings,
por exemplo).
14. Se tiver de fazer uma biópsia, tirar uma verruga, um sinal ou qualquer outro
tipo de excrescência, aconselhese sempre antes com
o seu médico naturopata.
15. Não ataque de maneira brutal a febre, em caso de doenças infecciosas, gripe,
constipação, anginas, por meio de uma antibioterapia sistemática. A febre
acelera a fagocitose e participa na destruição da célula cancerosa.
16. Utilize antioxidantes naturais tais como a vitamina C.
17. Verifique as obturações dentárias e substitua as que contêm mercúrio.
MÉTODOS DE DESPISTAGEM E TRATAMENTOS COMPLEMENTARES E “ALTERNATIVOS” DO CANCRO’
Para parafrasear o Prof. Bilz, é muito mais simples evitar uma doença, mesmo
muito grave, mas é certamente muito menos espectacular do que curá~la. É por
conseguinte preferível não ter de recorrer a um tratamento médico, mesmo se este
for classificado como suave ou diferente.
2 Apresentamos apenas alguns métodos marginalizados pela medicina oficial.
Fornecemolos, evidentemente, apenas a título informativo, e não devem oporse a
um
eventual tratamento em curso. Alguns deles apresentam (tal como os tratamentos
oficiais) alguns inconvenientes e devem ser administrados por praticantes
experientes.
291
Cancro
A despistagem através da fotometria
Elaborado pelo Dr. Arthur Vernes, este método consiste em fornecer ao corpo a
possibilidade de lutar contra o cancro de modo a tornar o terreno refractário
aos tumores.
A evolução da doença cancerosa pode por conseguinte ser seguida corri uma grande
eficácia. São utilizados 16 solutos para fazer regredír os
tumores que podem ou tornarse facilmente operáveis ou mesmo desaparecer.
A ionoquinésia
Foi elaborada pelo Dr. Janet, discípulo de Arthur Vernes. A íonoquinésia
mobiliza os iões positivos e complementa o tratamento do Dr. Vernes. O campo
eléctrico fica regulado, e os valores bioelectrónicos voltam ao normal.
Inúmeros cancros são influenciados pelos efeitos deste método: o cancro do
cólon, da mama, da próstata, os tumores no fígado, no colo do útero, etc. Nos
casos avançados este método tem a vantagem de exercer
uma acção calmante sobre as dores.
A biologia electrónica
Elaborada em França pelo Prof. Vincent, não se trata de um método para curar o
cancro, mas apenas para avaliar o estado do terreno. Permite seguir a evolução
da doença e a eficácia do tratamento aplicado. Em funçã o dos dados recolhidos,
as alterações permitem agir com precisão sobre a alimentação e sobre a
medicação.
Na verdade, o terreno canceroso é alcalino, e à medida que o alimento ou os
medicamentos alteram as curvas do pH e do rH2, aumentandoo e
diminuindo a sua resistividade, precipitam a alcalinização e a cancerização.
Devese por conseguinte escolher uma alimentação e medicamentos que tenham um pH
e um rH2 fracos e uma resistividade importante de modo a tornar o terreno ácido.
292
Cancro
A cristalização sensível
Foi elaborada em 1930 pelo Dr. Pfelffer. Quando uma fina camada de cloreto de
cobre em dissolução se cristaliza numa placa de vidro, produzse um ajuntamento
repartido de forina mais ou menos difusa. Acrescentando pequenas diluições
orgânicas, os
cristais ordenamse tomando uma configuração especial. A experiência repetida
milhares de vezes demonstra que as imagens obtidas variam em
função da qualidade do produto examinado. Conseguese assim definir o
sinal específico da doença bem como o do órgão doente.
É portanto possível obter, a partir de um exame extremarnente simples, o estado
de uma patologia degenerativa vários anos antes do seu aparecimento. Podese
então intervir eficaz e preventivamente, através de meios simples utilizando
métodos imunoestimulantes.
O tratamento Solomidès desacreditado
Em 1977 as Edições J. J. Pauvert publicaram um livro, LAffaire Solomidès, de
André Conord. Esta obra descreve um trabalho de investigação sobre o cancro e as
dificuldades que Solomidès teve com o corpo médico que rejeitou sistematicamente
as suas descobertas. Todavia os seus diplomas não têm conta: Licenciado em
Ciências Físicas, Ciências Naturais, doutor em Medicina e ligado ao Centre
National de Ia Recherche Scientifique do Instituto Pasteur. Poderíamos pensar
que tais qualificações o poriam ao abrigo dos detractores e que os seus
trabalhos seriam, pelo menos, examinados pelos seus pares. Nada disso. Sob a
direcção do Prof. Van Deinse, em 1945, Solornidès estuda a oleólise das culturas
tuberculosas. As suas investigações permitemlhe elaborar um produto sem
qualquer toxicidade que inibe a proliferação bacteriana. Em 1949 injecta ao seu
próprio pai, canceroso, uma das suas preparações e, em
poucas semanas, o tumor desaparece. Perante um tal êxito, o Instituto Pasteur
despedeo.
Então Solornidès continua o seu trabalho sozinho e sem meios. Ninguém no
universo científico quer testar os seus produtos. Solomidès é combatido, posto
na lista negra, tratado como um vulgar charlatão. No entanto, as peroxidases de
Solornidès são melhoradas, e inúmeros médi293
Cancro
cos prescreveninas (oficiosamente), ultrapassando a fúria dos seus mandarins.
Mas a oidein dos médicos recusase a receber os pacientes curados. A
recorripensa deste médico foi ter sido perseguido... por prática ilegal da
medicina, apesar das inúmeras provas de nielhorias e de curas obtidas pelo seu
método. O que nos faz concluir que é permitido morrer com a
bênção da Faculdade, mas proibido viver sem a sua autorização...
O Dr. Gernez face à medicina oficial
Escrevíamos no ri.’ 4 da nossa revista Reussir votre Santé o seguinte: “Dr.
Gernez, lá por ter tido razão antes dos seus colegas não vale a pena dizerlhes
isso!”
Efectivamente, Gernez incomoda, é o homem que impede a cancerização. Há mais de
quarenta anos que afirina praticamente o contrário dos seus colegas e realça
que, apesar dos milhares de dólares investidos, os grandes laboratórios só
gastaram dinheiro e não descobriram nada.
Destacou também inúmeras vezes nos seus esci,itos e nas conferências que deu a
derrota da cancerologia oficial: “A confusão é tal que nos interrogamos se se
deve manter a amputação de uma mama cancerosa e
constatamos com pavor que os cancerosos do pulmão tratados vivem menos tempo
segundo as estatísticas, que aqueles que são abandonados...
Prevenir para não ter de remediar: é a teoria do Dr. Gernez
A célula saudável tem uma função específica e dividese em 2 grupos: célula
somática e célula reprodutora.
O cancro prolifera por uma razão simples: as suas células são reprodutoras.
Assistese assim a uma proliferaçã o celular. A explicação da doença, se esta
teoria for aceite, é simples: ela é apenas a tentativa desesperada do organismo
de aliviar o esgotamento das suas funções normais.
O Dr. Gernez afirma que se deve tratar o cancro antes de este ser detectável,
que não serve de nada procurar detectálo sistematicamente, já que quando este
se torna identificável através dos meios clássicos já se
encontra num estado irreversível. A detecção precoce proposta pelos
294
Cancro
médicos oficiais é um objectivo sem qualquer interesse, já que ela implica a
constatação de que já é dernasiado tarde para agir. A única solução consiste em
prever uma política preventiva geral.
Temos duas possibilidades:
*A primeira: conservar um ambiente celular desfavorável à célula
cancerosa, agindo em particular sobre os factores alimentares. Já se provou
milhares de vezes que, quando a alimentação é quantitativamente reduzida e
qualitativamente melhorada nos animais cancerizados, a curva do cancro baixa de
50% em relação ao grupo testemunha. Esta demonstração é concludente se nos
referirmos aos povos que ignoram o cancro e as doenças card iovascu lares.
* A segunda: acrescentar ao tratamento complementos vitamínicos e
2 antimitóticos menores.
A electroacupunctura do Dr. Võll
Em 1953, com a ajuda de um engenheiro, Võll concebeu um aparelho capaz de medir
a actividade celular e demonstrou que os sinais electromagnéticos são um reflexo
do metabolismo. Sabese, com efeito, desde
1922, graças aos trabalhos de Gutwirtsch, que as trocas são responsáveis por
descargas ao nível da membrana. Quando uma célula fica doente, esta corrente
fraca alterase.
A partir destas experiências Võll seleccionou 200 pontos repartidos pelo corpo
de modo a estabelecer um diagnóstico e determinar a presença de um foco
patológico tóxico, bacteriano, viral, químico, intoxicação por vacinas, por
metais pesados ou por medicamentos alopáticos. A intervenção efectuase, por
conseguinte, sob a forma de um inquérito policial, detectando os agentes
culpados e neutralizandoos com a ajuda de substâncias homeopáticas.
O ozono e o cancro
Sabemos que a parede das células cancerosas se caracteriza por uma alteração na
permeabilidade das membranas. A ionização e os transportes activos no selo
destas paredes são específicos ao seu estado patológico e
isto reflectese na receptividade aos agentes extracelulares, quer se trate
295
Cancro
de elementos nutritivos, tais como os oligoelementos, quer de cofactores
vitamínicos, essenciais ao bom funcionamento da célula.
A cancerização depende da fragilidade do material genético, da sua
sensibilidade, que depende de condições exteriores, tais como os raios
cósmicos ou lonizantes cujo impacte pode ser modificado em função da anoxia ou
da oxigenação. Desta foriria podemos conceber que uma boa oxigenação poderia
diminuir os riscos e a frequência dos acidentes genéticos cuja sorna comanda a
cancerização.
O ozono, em doses maciças, modifica certas constantes físicoquímicas, tais como
o pH do sangue e a sua resistividade.
Devemos assinalar que o ozono, não obstante os seus partidários o
negarem, tem uma acção ao nível dos radicais livres e é por conseguinte
genotóxico (o que pode também ser considerado como prova da sua eficácia).
A lei de ferro do Dr. Hamer sobre o cancro e a SIDA
Tendo contraído cancro no seguimento da morte brutal do seu filho,
as suas investigações permitiramlhe formular uma lei que tem por base a
síndroma DirkHamer.
Para Hamer, o cancro começa com um choque afectivo violento, de origem
psicológica e vivido num isolamento total. A partir desse momento o cérebro
sofre uma ruptura no seu campo eléctrico e emite ordens contraditórias que
perturbam o bom funcionamento dos órgãos que se
encontram sob a tutela da zona cervical atingida. Constatase então que a
evolução do conflito e a evolução do cancro estão associadas.
Em função deste raciocínio, o fim do cancro não é necessariamente a morte. É
possível parar o processo de proliferação das células malignas quando o
conflito, que foi o ponto de partida da doença, cessa. O cérebro comanda então a
regeneração dos órgãos atingidos. A fase de cura tem todavia a mesma duração que
a fase conflitual. Mas o Dr. Hamer explica, através desta teoria, o aparecimento
de outras doenças tais como a diabetes, a esclerose em placas, a doença de
Parkinson, etc.
Assinalese que existem cada vez mais investigadores interessados na
relação do psiquismo com o aparecimento de certas patologias degenerativas.
296
Cancro
O germânio
Há vários anos que o Dr. Serge Jurasunas tenta estirnular as funções imunitárias
para ajudar o organismo a vencer o mal. O estudo da célula mutante permitiulhe
compreender certos mecanismos que esta utiliza para se defender ou para
desestabilizar uma célula normal.
Nesta perspectiva, Serge Jurasunas utiliza o germânio. O germânio é um metal
muito quebradiço, análogo ao silício e exímio na sua acção de estimulação das
jefesas imunitárias. A sua acção situase ao nível da produção de iiiterferon S3
. Esta técnica foi vivarnente criticada, mas, contudo, inúmeros trabalhos
científicos sobre o germânio foram publicados na base de dados Médline. Algumas
destas comunicações, mais de 200 repertoriadas na MédIffie, afirmarri que o
germânio é antiradicular e genotóxico.
Os ácidos Le Foll
O tratamento Le Foll agrupa um conjunto de preparações homeopáticas injectáveis
ou bebíveis. Estas preparações são compostas por três ácidos acéticos à base de
cloro, de flúor e de iodo, complementadas por um tratamento de acupunctura.
As enzimas: uma terapia de acção sistémica
Max Wolf, nascido em Viena em 1885, professor em medicina, interessase e
apaixonase pela genética aplicada. Retoma os trabalhos do Prof. Errist Freund,
que tinha descoberto uma substância capaz de atacar e de destruir as células
cancerosas. Depois de vários anos de investigaçõ es, elabora dois produtos que
agem sobre as afecções inflamatórias e
degencrativas. Trata celebridades do mundo artístico. Em 1976, graças ao
‘ interferon: proteína produzida pelas células infectadas por uni vírus e que
torna essas células resistentes a todas as afecções virais.
297
Cancro
seu composto enzimático, Max Wolf trata o seu próprio cancro gástrico que cede
ao seu tratamento.
As enzimas penetram no organismo directamente e estimulam as defesas
imunitárias. Estas enzimas têm, além disso, propriedades antiinflamatórias e
antiedematosas e apresentam poucos ou nenhuns efeitos secundários ou contra
indicações. Esta concepção está na base de várias outras concepções de
tratamento enziiiiático do cancro.
A Dr.’ Kousmine e o cancro
Jovem médica confrontada com o problema do cancro, a Dr.’ Kousmine tentou
primeiro, como boa investigadora curiosa, compreender por que se
forma um tumor. O seu trabalho levaa a concluir que o cancro é a reacção do
organismo a uma agressão. A hipótese que avança confirma a de um grande número
de médicos naturopatas. A doença não é senão a expressão de um malestar, um
mecanismo que visa restabelecer a saúde por esta via.
Os elementos incriminados provêm, em primeiro lugar, das alterações alimentares
dos povos civilizados. Refinação, modo de preparação, alimentação carenciada em
vitaminas e oligoelementos, intoxicação da flora intestinal por aumento do
consumo de açúcares e ausência de cereais integrais.
Ela pensa, e com razão, que qualquer tratamento deve começar por uma alteração
dos hábitos alimentares. A Dr.’ Kousmine aconselha também lavagens intestinais
com camomila e a instilação de óleo de girassol virgem no seguimento dessas
lavagens. O tratamento comporta também um regime desintoxicante e a utilização
de vitaminas e de ácidos gordos poliinsaturados.
A medicina do Dr. Nieper
Especialista em doenças autoimunes, entre as quais o cancro e as
doenças cardiovascu lares, o Dr. Nieper é membro de inúmeras sociedades
científicas.
298
Cancro
Elaborou os orotatos de magnésio e de cálcio, que são transportadores de
minerais que agem rios estados carenciados. Para a protecção da membrana
celular, o Dr. Nieper utiliza a Vit. Mi, que a mantéiri estanque. A análise
espectral permite avaliar as carências e tratálas.
Os orotatos, tal corno a Vit. Mi, são nutrientes e não têm contraindicações. O
orotato de Njeper tem a propriedade de transportar a substância
activa até ao seu destino, o que reforça a sua eficácia.
Esta abordagem terapêutica, bem como todas as outras, leva em conta o perfil
específico de cada indivíduo e é acompanhada de um regime alimentar
reequilibrador comparável ao que atrás descrevemos.
A oxígenação bicicatallítica
René Jacquier é um investigador muito particular. O seu trabalho e a sua
metodologia assentam no “método dos paradoxos”, que, segundo este investigador,
leva rapidamente à solução dos problemas através de uma
lógica muito simples. Para descobrir é preciso, antes de mais, um sentido
crítico e um certo hábito. Não se deve tãopouco ter ideias preconcebidas e
acreditar absolutamente nos livros e nos pontífices... Não se deve por
conseguinte hesitar em questionar o establishment e o conhecimento oficial.
O Prof Warburgjá avançava, em 1955, a hipótese de o cancro ser uma
doença que só se desenvolve quando a respiração celular se torna anormal.
As células saudáveis alimentamse de substâncias doces, e o oxigénio do sangue
serve para queimálas; enquanto as células cancerosas fermentam os açúcares e
transformamnos em ácido láctico.
A partir desta reflexão tratavase de descobrir um meio de reoxigenar a célula.
Renê Jacquier elaborou um processo de oxigenação biocatalítica chamado “malga de
ar Jacquier”, que consiste em respirar peróxidos de terpenos que permitem a
assimilação do oxigénio.
A cura pode ser feita para tratar doenças microbianas que não 3e curam pelas
terapias habituais doenças metabólicas, cansaço, doenças cardíacas, alergias
e como tratamento complementar de casos de cancro e de SIDA.
299
Cancro
Pierre Tubéry
Sabernos que muitas plantas têm virtudes iinunoestliniilantes.
O Dr. Tubéry elaborou, a partir de plantas africanas, três produtos cujos
efeitos sobre o cancro parecem prornissores. Algumas destas substâncias agem em
particular sobre os cancros de evolução lenta, na leucernia e nos cancros da
próstata.
A outra característica é que os extractos fitoterapêuticos de Tubéry minoram os
efeitos secundários da quirnioterapia.
Uma destas substâncias, o DPG, é uma solução injectável corriplementar a uni
tratarnento clássico e reforça os seus efeitos. Mas este produto pode ser
utilizado em substituição da quiiiiloteiapia nos casos em que esta não pode ser
aplicada.
Rudolph Steiner e a antroposofia
Para os discípulos de Rudolph Steiner, os cancros têm a particularidade de ser
diferentes em função do seu hospedeiro. O homem deve portanto ser considerado na
totalidade das suas dimensões. A expressão da doença por meio de realidades
físicas é apenas um reflexo de um malestar geral. As substâncias que se
utilizam em terapia, sejam elas químicas, fitoterapêuticas ou outras, inscrevem
se na célula e, por reflexo, marcam
o corpo etérico e o corpo astral. Estas substâncias são portadoras de
informações que vão recondicionar o ambiente celular e inculcar uma nova
memória.
Mas o cancro não é apenas o efeito de um acaso. Se ele existe fisicarnente é
porque ele tarribém está presente nas outras dimensões. Ora o eclipse do
espiritual no mundo da matéria não ocorre sem obstáculos. A matéria engendra de
certa forma o cancro que é a expressão de uma
suprai rid iv ld ual idade que se tentou dissimular.
Destruir as células cancerosas não pode, nesta perspectiva, resolver o
problema. Se se considerar o cancro no seu aspecto multidimensional, é
necessário, com a eventual ajuda de tratamentos clássicos, restabelecei o
equilíbrio entre os diversos mundos espirituais e materiais.
Uma das plantas utilizadas é o visco (Visicum albuni), uma planta semiparasita.
O que demonstra uma abordagem terapêutica corri uma
300
Cancro
relação óbvia corri o cancro, que é tarribém uma manifestação parasita das
nossas células.
A imunoterapia em doses inímitesimais
Os Drs. Jenaer e Marichal partiram da seguinte reflexão: a medicina está
impotente face a patologias pesadas, inas as suas investigações não são
totalmente desprovidas de interesse.
A ideia destes médicos foi a de utilizar, em doses liorneopáticas, péptidos que
constituem factores de regulaçã o. Podem por conseguinte utilizar produtos que,
em doses ponderadas, apresentam efeitos secundários tais que se tornam
inutilizáveis, o que não lhes permite ser receitados por períodos prolongados.
Para Jenaer e Marichal, a imunoterapia infinitesimal, apesar de ter no
seu currículo resultados promissores, é um tratamento complementar que pode ser
acrescentado e reforçar a panópIla dos tratamentos actualmente existentes.
As acções terapêuticas do selénio
O selénio age a nível molecular o que Ilie confere efeitos anticancerígenos.
Conheccse a sua acção preventiva do cancro da coluna vertebral e da marna.
Observouse também a relação directa entre um baixo nível de selénio e a
frequência do cancro da laringe.
A administração de selénio tem um efeito protector contra as intoxicações do
mercúrio e, mais especificamente, para combater a acção nefasta do mercúrio a
nível renal. Por outro lado, os investigadores alemães demonstraram que a adição
de selé nio no regime alimentar dos porcos tem uma acção preventiva contra as
intoxicaçoes causadas por antibióticos. Os investigadores russos, por sua vez,
demonstraram a capacidade antídota do selénio inorgânico corno neutralizante das
perturbações ocasionadas pelos campos magnéticos rias células sanguíneas do
homem. Além disso, o selénio foi utilizado com êxito como protector contra
certos tipos de radiações. Finalmente, parece ter a capacidade de proteger os
organismos contra a poluição biológica nas doenças virais, já que se
301
Cancro
observou que certos vírus se tornam virulentos em condições de carencia
de selénio.
O selénio é provavelmente o mais potente antioxidante nutricional. É um
oligoelernento cuja poderosa acção anticancerígena e antirilutagénica foi
corriprovada e que, em doses extremamente baixas, reduz, com resultados
significativos, os riscos de doenças card lovascu lares. Além disso, é uni
agente antiinflamatório natural.
Um nutriente anticanceroso
É provavelmente este o efeito antipatológico mais importante do selénio:
a sua capacidade de prevenir e de tratar o cancro. O selénio previne e faz
regredir em larga medida os tumores espontâneos, induzidos quimicamente e
transplantados, o que foi demonstrado por estudos feitos sobre os animais. Estes
grandes estudos cpidemiológicos confirmaram a actividade do selénio no campo da
prevenção do cancro, e as experiências clínicas deram resultados promissores.
Selmaget Selzimag
Tratase de bebidas suplementativas, elaboradas por investigadores israelitas.
Contêm duas formas de Se, selenite e selenato, vitaminas antioxidantes (E e C) e
pirodixina, que reforçam a absorção do selénio de forma directa e indirecta, bem
como do zinco e do magnésio.
O 714 X
Gaston Naessens, investigador francês instalado no Canadá, constatou que, em
certos sujeitos saudáveis, um cancro implantado era rejeitado, enquanto
proliferava num sujeito doente.
Esta constatação levouo a pensar que as defesas naturais do organismo podiam
ser estimuladas e oporse à formação de células mutantes. Constatou também que
as células anormais consomem mais glicose e
hidratos de carbono do que as células normais, o que lhes perrnite crescer e
parasitar o organismo.
302
Cancro
A particularidade do 714 X é que este não é antimitótico nem antimetabólico; ele
ajuda a inibir o FCX e devolve ao sistema imunitário a sua função normal.
Para fazer as análises, a equipa de Naessens utiliza um microscópio que lhe
permite observar com uma precisão inigualável os líquidos biológicos. No sangue
das pessoas saudáveis observou somátidos, bem como
uma hormona indispensável à divisão celular. Os efeitos perturbadores diminuem
de forma significativa os seus ciclos. Os resultados obtidos por Naessens podem
já ser considerados significativos.
BeIjanski e as promessas da biologia molecular
Entre os vários trabalhos de biologia molecular, existem alguns que permitem
compreender melhor certos aspectos do cancro. A descoberta em 1953 da estrutura
em dupla hélice do AND por Watson, Crick e Wilkins, a decifração do código
genético, a descoberta do esquema da hereditariedade (passagem do ADN durante a
divisão celular) e o esquema da realização da informação genética (AM para ARN e
a síntese das proteí nas) fazem parte destes trabalhos.
Robert Weinberg induziu tumores em animais de laboratório por transferência de
um único gene. Descobriuse assim que esta doença está ligada a uma alteração
genética. Um gene normal “protooncogene” está presente na célula e é
transferido (como todos os genes) em cada divisão celular. Este gene, por razões
ainda mal definidas, transformase em
41oncogene”, responsável pela transformação de uma célula sã numa célula
cancerosa. Esta transformação é o início molecular da génese do cancro. Todavia
não se conhecem todas as condições desta transformação. Sabese que pode ser
provocada por várias substâncias químicas (substâncias cancerígenas) ou por
outros factores do mau funcionamento do sistema reprodutor das células.
É evidente que a descoberta de uma substância que bloqueia um
oncogene ou que é capaz de destruir selectivamente as células cancerosas ou os
seus ácidos nucleicos pode fornecer imensas possibilidades de tratamento para
esta doença. Há vários anos, aliás, que as maiores instituiçõ es de investigação
trabalham neste sentido.
303
Cancro
Mas tratase de processos muito complexos e ainda mal conhecidos.
O trabalho ao nível molecular é difícil (em certos casos, impossível). Ninguém é
capaz de dizer se as substâncias em questão existem e se, além disso, são
susceptíveis de ser utilizadas num tratamento. Devemos portanto ter grandes
reservas relativarnente às prornessas feitas por laboratórios que anunciam a
“descoberta de uma substância milagrosa”, mesmo
que essas certas substâncias, à prirrieira vista, pareçam prornetedoras.
Em França, o tratarnento do Dr. Beljanski conhece uma certa voga. Segundo certos
cornunicados da imprensa, o produto (uma substância extraída de unia árvore
originária do Brasil, o paupereira, utilizada neste tratamento, inibe o ADN e
torna impossível a síntese do ARN. Parece também que só penetra nas células
doentes. O PB 100 teria também a capacidade de inibir a acção dos vírus.
Até à data os conhecimentos em biologia molecular permitem afirmar que a
formação do cancro está ligada a um mau funcionamento do sistema genético,
favorecido em certos casos pela agressão de factores externos (substâncias
cancerígenas, radiações, poluição electromagnética ... ). Sabemos também que
existem antioncogenes, ou seja uma categoria específica de genes cujos produtos
têm a propriedade de bloquear a acção dos oncogenes (formação dos cancros).
Pensamos e afiriríamos e repetimos incansavelmente que só a limitação dos
factores genotóxicos e mutagéneos constitui a melhor forma de prevenção do
cancro.
AS PLANTAS IMUNOSTIMULANTES E O CANCRO
A unhadegato
A unhade~gato, também chamada ufia de gato” ou cat's claw”, é originária
da floresta tropical peruana. A sua grande fama provém do facto de ter
incontestavelmente efeitos sobre o sangue. Assinalamos que o que reteve
especialmente a atenção dos investigadores foram os resultados obtidos na
Áustria e na América Latina com o tratamento de certos tipos de cancro e de
SIDA.
Esta planta, venerada pelos índios Ashninka, parece ser um imunostimulante com
poder quase excepcional.
304
Cancro
A unhadegato activa a fagocitose (um dos mecanisinos de defesa celular do
corpo) do sangue. As células estimuladas tornamse mais agressivas contra as
células estranhas, e a sua acção é reforçada. Tarribém tiata as colites, as
heinorróidas e as gastrites. Esta planta também age dirrunuindo a tensão
arterial e inibindo a degradação dos vasos (daí o seu
interesse nos enfartes e nas artrites). Finalinente, esta planta minimiza os
inconvenientes ligados ao tratamento com AZT (nos casos de SIDA) e corri
radioterapia.
Durante as experiências clínicas, os médicos peruanos obtiveram resultados
interessantes no tratamento de catorze tipos de cancro.
Razões para esperar, quando já não há esperança? A fitoterapia face ao cancro e
às doenças virais
Os historiadores da medicina consideram que a quimioterapia ou riascéu em 1935
com a publicação por A. P. Dustin do relatório sobre a
capacidade antimitótica da colquicina 4(alcalóide tóxico extraído das sementes
de cólquica), ou em 1938 corri o início das investigações sobre a
influência das toxinas bacterianas sobre os tumores.
A medicina admite dificilmente as suas origens
Contudo, a grande maioria dos médicos e dos biólogos moleculares admitem
dificilmente encontrar as raízes das suas descobertas na botânica e na medicina
antiga. No entanto, Dioscórides já aconselhava às pessoas com cancro os bolbos
de Narcisus sp. E os resultados das investigações contemporâneas mostram que
esta planta contém colquicina entre os seus
vários princípios activos. Uma outra planta, a Aristolochia clematis? da
farmacopeia de Dioscórides, contém ácido aristolóquico, uma substância
antitumoral “descoberta” em 1969. O Journal of lhe American Cheinical Society
fala do poder de acção anticancerosa da elactricina, que provém da Eebalium
elaterum, planta já utilizada por Dioscórides e Plínio no tratamento do cancro e
citada na Bíblia.
Colquicina: alcalóide tóxico extraído das sementes de cólquico.
305
Cancro
A medicina redescobre as virtudes terapêuticas das plantas
Entre as plantas anticancerosas de que se serviam os Gregos, os químicos do
século xx isolaram várias substâncias recuperadas pela quirmoterapia: a raiz de
Ricinus communis, que fornece a viriblastina e a vincristina, preconizadas no
tratamento de leucemias, bem como a cantaridina, que provém da Catharanlhus
roseus.
Foram também descobertas substâncias citostáticas na couve, panaceia da medicina
romana. A acção antitumoral de certas substâncias de origem animal, tal como uma
substância obtida a partir do Afflabris phalerata, foi confirmada. Ora este
animal faz parte da farmacopeia tradicional chinesa.
O mesmo fenômeno repetese nas investigações virológicas. O questionamento da
medicina e da química modernas vai obrigarnos a
redescobrir as plantas da farmacopeia tradicional. Os investigadores “descobrem”
com surpresa as virtudes antivirais de plantas muito conhecidas e facilmente
acessíveis a todos. Por exemplo, os çxtractos de zimbro inibem os efeitos do
vírus do herpes. Citamos algumas espécies da flora francesa que têm uma acção
antiviral reconhecida: o goiveiro, o hissopo, a manjerona, a ervacidreira, a
hortelãpimenta, o morriãovermelho, o tomilho.
Mais de 3000 plantas anticancerígenas repertoriadas
Jonathan L. Hartwell isolou os princípios anticancerosos da podofila. Esta
podofila Podophyllumpeltatum é uma planta utilizada pelo menos há
2000 anos pelos índios norteamericaios no tratamento dos tumores malignos. As
experiências realizadas demonstraram, por outro lado, a sua
acção em diversos tipos de sarcomas. Estes resultados encorajaram HartWell a
realizar um trabalho que intitulou Plants used against cancer, que agrupa uma
lista de plantas que, ao longo da história, serviram de remédio contra o cancro.
E esta lista é composta por mais de 3000 espécies!
Estas pertencem a várias famílias, provêm de todas as regiões do mundo e
pertenceram a todas as tradições medicinais: a medicina árabe com a Anisotes
trisucla, os indígenas da Austrália com o Mesembryanthemum aequaliterale, os
índios sulamericanos com a Euxolus muricatus
306
Cancro
sob a forma de cataplasmas, o Uruguai onde se utilizava uma decocção de uma
espécie de bordo americano, o Acer pensylvanicuiii, e as plantas dos escravos
negros, como a Miniosa pudica.
No trabalho de Hartwell encontrarnos citações de Aviceria, de Galiano e de
Dioscórides sobre inúmeras espécies, tais como a Alisina plantagoaquatica, e
plantas da farmacopela da Europa da Idade Média, como a
Acanthus sl)., citada por Nicolau de Salerno no século xiii.
Constatase que várias plantas citadas pelos autores antigos fazem sempre parte
da farmacopeia da medicina popular actual, como a Agave americana, citada por
Garcilazo de Ia Vega e ainda utilizada no México, na Venezuela e nos Estados
Unidos. Uma outra constatação etnobotânica curiosa é que, muitas vezes, culturas
muito diferentes e muito distanciadas geograficamente utilizavam plantas que
pertencem ao mesmo gênero e
consideradas muito próximas. Podemos tentar explicar este fenômeno pela eficácia
destas espécies que fez com que fossem seleccionadas durante séculos pelos
curandeiros. Na lista de Hartwell encontramse, por exemplo, as provas da
utilização anticancerosa de 17 espécies do gênero Acacia. E de facto as acácias
foram prescritas nos cinco continentes, praticamente em todo o lado onde
existem.
Plantas correntes contra o cancro
Podemos constatar com espanto que certas plantas preconizadas, durante séculos
em diversas tradições, para tratar o cancro são especies banais.
* A cebola é citada por 42 fontes, entre elas o papiro de Eber do
Egipto Antigo, os trabalhos de Dioscórides, na Europa da Idade Média
(Bartolomela Alemã), na medicina popular checa, russa e
também peruana e chilena. A cebola foi utilizada sob diversas formas em
injecções, cataplasmas com sal ou mel, consumida crua ou preparada em vinagre,
sumo de
limão (Malásia) ou com azeitonas e pétalas de lírio branco (índias Orientais
Holandesas).
* Por outro lado, as citações de espécies banais, como o Quercus ilex
para o cancro do estômago, no Chile, e as bolotas ria Ucrânia, são inúmeras.
307
Cancro
* Entre as plantas antitumorais da flora francesa, podemos citar a raiz
de beterraba vermelha, as folhas de alcachofra, a casca de espinheiro, o rizoma
e a raiz de morangueiro. Os leitores interessados neste assunto podem consultar
a lista de Hartwell (ver Bibliografia, p. 641 ).
* Os aloés são também muito citados (73 vezes). São utilizados no
tratamento da leucemia na medicina chinesa. No Brasil aplicase a
polpa de Aloe africana sobre os turnores. O Aloe arabica, dissolvido em água, é
utilizado na Florida para os cancros do ânus e do pénis. Nesta região é, aliás,
consumido na alimentação, a título preventivo. As cataplasmas antitumorais de
aloés são preconizadas no Egipto. Nas índias Orientais é macerado em vinho. Na
América Central o Aloe arborescens é assado, descascado e colocado em óleo
vegetal. Nesta região deita~se nos banhos uma decocção para tratar os cancros do
estômago. Quanto à tinturamãe, esta é utilizada actualmente em todos os
continentes.
* O aloés também era conhecido na Europa. É citado na antiga medicina alemã
(Reichenau antidotaruni e Berlin antidotarum do século ix) e inglesa (Glasgow
antidotariitil do século x). As propriedades anticancerosas desta planta foram
redescobertas pelo padre Kneipp (sumo de aloés). É impossível citar aqui todas
as plantas anticancerosas ou descrever todas as formas de as utilizar. Todavia,
é certo que entre mais de 3000 espécies utilizadas pelo homem em todos os
continentes, ao longo da histó ria, ainda é possível encontrar plantas eficazes
que podem complementar um tratamento clássico ou substituílo nos casos em que a
medicina oficial não tenha soluções a propor.
óleos essencisis *
Certos terapeutas associam às suas prescrições óleos essenciais para o
tratamento do cancro. Utilizam entre outros.VIÓIeld Gravode~defulmo
OrégãOS~deeS,0a1717a ÁrVoi@&d.7cane1a Tom1117o
CONSELHOS
Ver também o conteúdo da moldura sobre o Saw Palmetto (p. 528).
308
Catarata
Catarata
m grande número de cataratas necessita de uma intervençao cirúrgica
que dá excelentes resultados pois está actualmente muito bem controlada.
A catarata manifestase por uma opacidade do cristalino. Esta perturbação afecta
mais espec i ficam ente as pessoas idosas, mas existem actualmente jovens com
estas afecções.
Podemos supor, corno causa possível, o agravamento dos efeitos dos raios
ultravioletas motivados pelo consumo de certos medicamentos. Devemos lembrar
que, tanto nas crianças como nos adultos, os efeitos indesejáveis dos
medicamentos sobre a retina foram demonstrados, particularmente os efeitos dos
corticóides, dos colírios midriáticos, dos antiespasmódicos, dos psicotrópicos,
da beladona, dos medicamentos para a doença de Parkinson, dos hipotensores, etc.
Os diabéticos apresentam mais riscos de contrair esta doença. Não encontrámos
nenhum tratamento credível nas medicinas complementares. Os conselhos que damos
aqui são meramente preventivos.
É indispensável consultar um médico.
,L L(2J õ/005 essenciais
1 arícío Gengibre P5n17o~ _Sílv&Stro
* Os óleos essenciais de larício, gengibre e pinhosilvestre teriam uma acção
preventiva benéfica. * 1 ou 2 gotas de larício, de gengibre ou de pinho
silvestre, 2 ou
3 vezes ao dia.
C0177pre,55.85
1, I_MI MIósói;ig ffiores, 30 g)
Utilizar as flores de miosótis.
Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos (30 g de flores para 100 ml de
água). Aplicar compressas mornas, de manhã e à noite.
,411177e17A100 *
Recorrese cada vez mais a uma planta injustamente esquecida: a c u rc u m a,
Curcuma longa (s e rvia també m para tingir os hábitos dos monges budistas).
Utilizase ainda o rizoma seco, por via oral,
309
Celulite
Segundo a tradição oriental, certos pratos saborosos temperados com um molho
picante à base de curcuma e outros ingredientes têm uma acção protectora contra
as cataratas. Alimentos privillegiados: os frutos ricos e os legumes crus, o
alho pelas suas virtudes regeneradoras, a cebola, a cenoura,
a couve e de uma maneira geral todos os alimentos ricos em betacaroteno e em
vitamina E: espinafres, abóbora, óleos vegetais de primeira pressão a frio,
azeite, óleo de cártamo, de girassol, de sésamo, de grãos germinados (trigo,
luzerna, cevada, aveia, soja, lentilhas, etc.) e levedura de cerveja.
Celulite
E xistem diversos tipos de celulite que podem localizarse em diferentes
partes do corpo: nas ancas, nas nádegas, em volta das coxas, no
ventre e no baixoventre, nas barrigas das pernas, etc.
A celulite afecta com mais frequência as mulheres
A celulit& afecta mais especificamente as mulheres, mas os homens não são
totalmente poupados. Inúmeros trabalhos questionam a pílula anticoncepcional bem
como a prescrição de hormonas para a menopausa. Durante os períodos de gravidez,
em razão da secreção de prolactina, a
mulher pode ser sujeita a este tipo de fenômeno, que se atenua e desaparece
depois do parto. As glândulas suprarenais são também importantes porque
favorecem a retenção de água. As hormonas que agem mais especi icamente sobre a
celulite são os estrogéneos, a prolactina, a insulina, a adrenalina, a
aldosterona, etc.
O que diferencia a obesidade da celulite é que a celulite caracterizase por um
desequilíbrio endócrino e um arinazenamento anormal de água nas células que
estão “saturadas” e não são capazes de eliminar este excedente.
310
Celulite
Podemos, por isso, considerar que se trata de uma inflamação do tecido que surge
progressivamente. A primeira fase “congestiva” passa muitas vezes despercebida.
Observase uma dilatação dos vasos sanguíneos e uma má circulação do sangue e da
linfa. É então que se produz a retenção de água, a pele tornase menos flexível
e instalase uma certa sensibilidade. Esta situação manifestase por um fenômeno
chamado “pele de laranja”. A primeira fase passa rapidamente e é importante agir
logo que surgem os primeiros sintomas, que indicam sempre uma disfunção.
Existem diversos tipos Z celulite, a Mole, a dura e a edematosa. Esta última
distinguese porque torna a pele mais sensível ao toque.
As causas psicológicas da celulite
Independentemente das causas hormonais que acabámos de descrever, a celulite
pode ter uma origem psicológica. Pode ser uma resposta ao stress, à angústia, a
uma contrariedade e surgir após um choque afectivo. Estes factores, muitas vezes
negligenciados, têm a sua Importância pois estão na origem de perturbações que
favorecem um consumo excessivo de comida, de bebida e de açúcar. É frequente as
pessoas (particularmente as mulheres) compensarem um desequilíbrio afectivo com
o consumo de guloseimas (os homens procuram mais facilmente refugiarse no
álcool). Verificamos portanto que se trata de um fenômeno complexo, e é por esta
razão que não se devem negligenciar nenhuns aspectos deste problema.
Paradoxalmente, afirmamos que todos os tratamentos dão bons resultados ou
falham. Alguns são mais eficazes que outros, é certo, mas para que o êxito seja
total necessitam de perseverança.
Quanto à cirurgia estética, somos obrigados a constatar que esta obtém
resultados notáveis e até espectaculares. Mas estes resultados só duram se
forem complementados por uma tomada de consciência e uma transformação dos
hábitos que desencadearam o desenvolvimento desta afecção.
E se começasse imediatamente?!
Este tipo de decisão é excelente. Comece de imediato mas sem brusquidão, sem
tentar mudar tudo imediata e sistematicamente. O motivo
311
celulite
é simples: a motivação forjase e só se transforma em vontade pouco a
pouco. O que é importante é começar. A abordagem que propornos para a obesidade
pode ser adaptada para vencer a celulite.
É indispensável fazer um balanço antes de começar, e este deve ser tão
pormenorizado quanto possível. Não hesite em olharse ao espelho, em
tirar fotografias, em tirar regularmente as suas medidas e anotálas para
comparar a sua evolução. Isto é muito importante e condicionará tanto o seu
êxito como a sua deirota.
Ver também Prisão de Ventre (p. 522), Nervosismo (p. 474), Diabetes (p. 361),
Obesidade (p. 482), Alcoolisino (p. 201), Tabagisino (572), Alergias (p. 207)
e o capítulo reservado ao Relaxamento (p. 137).
@ZJ ÁgIsgolas *
Rah7haalospn?aIos Sabugu&íro Hamainéli@, Salva
2 drageias por dia.
ou 117fusgo R.71n17.7dospr.?dos @ Sabilguelro + H.9mamélIs + Salva
1 pequena pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver
durante 1 minuto e deixar em infusão 10 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas ao dia,
entre as refeições.
óleos essenciais
L imão
2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
Z1@nbr0
2 gotas, 2 vezes ao dia. Alternadamente, dia sim dia não.
Nos casos mais graves
IMUSãO * Fueus vesiculosus Pes d& cereja @. 011osffion Sabuguelro
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 1 minuto e deixar
em infusão 10 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
11 @@ Águciles e O&Sje.9 Dos braços, das coxas, do ventre e do baixoventre,
todos os dias. Efectuar movimentos rotativos curtos, insistindo particularmente
nas partes afectadas. Duraçâo 1 ou 2 minutos.
312
Celulite
8.717h05
São especialmente indicados à razão de 1 a 2 por semana, aos quais se acrescenta
uma solução pronta a utilizar à base de FuctIs vesIculosus que se encontra à
venda nas farmácias ou nas lojas de dietética, e 11.1 de copo de vinagre de
cidra. Este banho termina com um duche fresco (ou frio) seguido de uma fricção
vigorosa.
80/7/705 dê? OSSOIMO
Frios, diários.
LOMI_q0175 117teSMIMIS
1 de 2 em 2 dias no início, depois, 2 por semana, com uma infusão de camomília.
10 cabeças de camomila para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão 10
minutos, filtrar e tomar morno.
Banhos de v.9por *
2 ou 3 vezes por semana. Terminar com um duche fresco e uma fricção vigorosa.
@C@1 C117M100 dO NOPN170
Conservar durante a noite. Melhora de forma notável os resultados obtidos.
O cinturão de Neptuno é particularmente indicado para combater a celulite
localizada em volta das ancas e ao nível do baíxoventre.
F¥@ AffineIffi?~
* Eviltar: o açúcar e os produtos
com açúcar: pastelaria, bebidas doces incluindo as ligN, o leite e os produtos
lácteos, charcutaria, os enchidos, a caça, os pratos com molhos, a maionese, os
fritos e sistematicamente todas as gorduras cozinhadas, manteiga, carnes gordas,
pratos apurados, álcool, cerveja, vinho, aperitivos, chá, café, chocolate,
queijos fortes e, obviamente, o tabaco.
* Alimentos privilegiados: a preparação das refeições é preponderante bem como a
forma de as consumir. Devem ser consumidas, se possível, tranquilamente.
Lembramos também que todos os alimentos devem ser cuidadosamente mastigados para
que a ensalivação permita a sua assimilação.
* Todos os frutos e legumes frescos crus, saladas, alface, chicória, agrião,
pepino, tomate, alho e cebola (em razão das suas propriedades desintoxicantes),
cenoura, aipo, salsa, nabo, couve branca ou roxa, chucrute (sem os
acompanhamentos), ra313
Celulite
banetes ‘cogumelos, alperces, ananás, maçãs, peras, amoras, cássias, limão,
cerejas, groselhas, pêssegos, melancia, uvas.
* Os cereais e as leguminosas
devem ser consumidos com moderação.
* Os grãos germinados trigo, girassol, etc. podem também ser consumidos, bem
como os óleos vegetais de primeira pressão a frio, azeite, girassol, sésamo,
cártamo, etc.
* Devem introduzirse progressivamente na alimentação os alimentos crus, de modo
a não agir de forma demasiado brusca sobre os hábitos alimentares.
É preferível utilizar os produtos
da agricultura biológica ou provenientes de pequenas explorações.
o jejum
*1 dia por semana pode completar eficazmente a cura anticelulite, bebendo água
ou infusões (ver acima). *Cura de fruta. *Dia de fruta: uvas, ananás, alperce,
etc. (em função da estação).
OUZIros t10Mmentos COMPIMI7MÉRIVS possiveis
São propostos inúmeros métodos para fazer face a este problema.
os métodos cifúlvicos
Tratase da lipossucção e da lipoaspiração que visam a obter efeitos rápidos por
intervenção corporal. Estes métodos só têm interesse se existir um desejo real
de agir sobre a causa, caso contrário o risco de reaparecimento da celulite é
quase inevitável a médio ou longo prazo. Pensamos, por isso, que antes de fazer
um tratamento deste tipo é preferível começar por transformar progressivamente
os hábitos de vida. Quando surgirem melhoras, é então possível encarar uma
intervenção para perfazer o resultado. Como é óbvio, uma intervenção deste
gênero só se justifica em casos sérios.
A 171d1utempla do có/0/7
Efectuase em consultório especializado, não tem inconvenientes e ajuda ao
reequilíbrio intestinal. Os benefícios são inúmeros: uma digestão melhor, uma
melhor assimilação e o restabelecimento do trânsito intestinal.
AS n78558g0175
Existem diferentes tipos, e certos cinesioterapeutas propõem asso314
ciarlhes sessões de electroterapia.
* A drenagem linfática VõdcIer,
praticada em consultório de estética, pode ser indicada como método de
acompanhamento excelente.
* A acupunctura, a auriculoterapia,
a mesoterapia, a homeopatia, a
Ciática
vertebroterapia, particularmente quando estas afecções são acompanhadas de
dorsalgia, lombalgia, desequilíbrio postural, etc. Neste caso a osteopatia, a
quiroprática, a etiopatia, praticadas por profissionais, são tratamentos que
também não devem ser negligenciados.
MATAMEN70 KNEIPP
Durante períodos de 4 semanas. semicúpios frios, curtos (30
segundos a 1 minuto).
CONSELHOS
Exercícios respiratórios e de relaxamento, acompanhados de
visualização criativa.
Andar de pés descalços na erva húmida.
Andar descalço na água, com a água até às canelas.
Exercícios físicos, desportos, bicicleta, fioting, etc.
Ciática
r também Artrose (p. 247), Nevralgias (p. 478), Costas (p. 349), eLombalgias (p.
455). A ciática manifestase por dores, cãibras extremamente violentas ao
nível dos rins e nas faces anterior e exterior da parte dianteira e inferior da
coxa. Esta dor pode descer até à parte inferior da perna.
A menor flexão resulta geralmente numa acentuação da dor, que pode durar de
alguns minutos a algumas semanas.
A título preventivo: vigiar o peso (ver eventualmente Obesidade, p. 479), evitar
os esforços violentos, os movimentos bruscos, etc.
315
Ciática
IMUSãO *
Durante 3 semanas, no início da Primavera e do Outono, fazer uma cura de:
B&tó17iCa
3 ou 4 pitadas para 1 chávena de água. Ferver durante 2 minutos e deixar
repousar 10 minutos.
Tomar 3 ou 4 chávenas ao dia.
ÁLOVOg0175 *
Com uma infusão de centaúrea, que também alivia as dores.
20 9 de planta para meio litro de água. Ferver e deixar repousar
20 minutos. Fazer com a ajuda de uma “pêra”, de manhã, de preferência, e
conservar durante 20 minutos.
RECEIrA ANrIGA CIrADA POR DIO~RIVES E GALIANO
Em aplicação externa, uma decocçâo de énulacampana em vinho tinto: 20 g de
planta para 1 garrafa de vinho. Deixar macerar
3 dias. Aplicar 2 ou 3 vezes por dia, em compressas. (Para acelerar a
preparação, pode aquecer em banhomaria durante cerca de 20 minutos e deixar
macerar 5 a 6 horas, antes de utilizar). Em seguida aplicar com um pano para
aliviar as dores.
A EMBROCAÇÃO ÁOO PR. CHOMEL rEM UMA A CÇÃO
SENÉFICA SOBREA3,00RES Meio litro de azeite + 30 cabeças de camomilia + 30 g de
ervadesàoJoão. Deixar macerar 8 dias ao sol ou perto de uma fonte de calor,
filtrar (para acelerar a preparação, aquecer em banhomaria durante 20 a 25
minutos, filtrar). Misturar em partes iguais com álcool canforado. Fazer
penetrar massajando a parte dolorosa, várias vezes ao dia.
O ÁI7R. ÁRIIIZ RECOMENÁa41
Todos os dias um banho de vapor na cama, ou um banho de vapor dos pés. Escolher
o mais bem tolerado e em seguida fazer uma fricção quente completa. Banhos de
assento quentes de 20 minutos. Compressas de panos quentes bem cobertos nas
partes dolorosas (1 a 2 horas). Fique em repouso massajando a parte dolorosa,
várias vezes ao dia.
Cicatrização de feridas e hemostáticos
CONSELHOS
Alimentação ligeira. Outros tratamentos possíveis: Massagens, acupunctura,
vertebroterapia, etc.
Cicatrização de feridas e hemostáticos
r Feridas (p. 396).
Recoltos lf Atoffi~dut~
Arl71c,gdamo17tai717a
* 1 colher, de sopa, de tinturamãe para um copo de água, em compressas.
BOIS.?depastor
Antigamente utilizavase contra as hemorragias (em decocção) e para tratar
inflamaçôes. Depois esta planta foi completamente esquecida. Mas as suas
virtudes hemostáticas foram oficialmente reconhecidas durante a 11 Guerra
Mundial, e desde então é frequentemente utilizada. * Reduzida a pó, estanca
eficazmente os sangramentos do nariz.
Castan17aaleáqu.7
* As folhas em cataplasmas são
antiinflamatórias.
conso/da
* As raízes frescas utilizamse
raladas, em compressas.
Cr.7VOd&~U17t0 * Arlstolóquiacomum Galnornilapequena ffiores) @
HainamélIs ffioffias)
* Em infusão aplicada em compressas.
Ervad&são:ffião
* Utilizase em compressas, em
óleo.
EvónImo
* Uma decocçâo de 15 g para 1
litro de água. Ferver 10 minutos e deixar repousar 20 minutos.
* Aplicar em compressas.
* Activa a cicatrização das feridas.
317
Cistite
GerânIo, Erva~desãorobertô
* Utilizamse as folhas moídas.
P~17101r0da~aMériCd
* Aplicamse directamente as folhas sobre as feridas.
Romã
* Utilizase a casca pulverizada
dos frutos.
* 80 g de planta para 1 litro de
azeite. Agitase frequentemente e deixase macerar ao sol durante 2 semanas.
Filtrar.
Sanícul.7 europela
* Utilizamse as folhas moídas.
Esta planta é uma das panaceias da Idade Média.
* Aplicase em uso externo em
banhos e para envolver as feridas, em casos de hemorragia, feridas, contusões,
equimoses. A sanícula acelera a cicatrização. ATENÇÃO1 A grande procura desta
planta é a razào pela
qual ela é frequentemente substituída pela De17taria
017e8~110.
Tomil170 CaMOM//27 Oregão Vulgar Aplicação idêntica à da Asma (p. 252)
ulmei;10 A decocção da casca, das folhas ou dos frutos trata as feridas de
cicatrização difícil e as dermatites. As propriedades desta árvore foram
descritas por Dioscórides.
30 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em
infusão 30 minutos. Aplicar em compressas. Repetir
2 ou 3 vezes ao dia. Pode também preparar um unguento composto por 80 g de pó de
casca de ulmeiro misturado em 1 kg de vaselina.
Cistite
As
suas origens e causas são diversas. Pode ou não ser acompanhada de dores.
Áo~ei ‘65 * Tomíl17o Lavanda MaIv.7
cInórrodo
2 drageias de cada, 1 vez ao dia. Alternadamente, dia sim dia não.
Zimbro Mirtilo Énula CaMp817.9
2 drageias de cada, 1 vez ao
dia.
318
Cistite
ou Infusão * ZIMbrO + MIrMO @ ÉMIa campana + Tomil17o lavanda + MaIV.7
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver e deixar repousar 15
minutos. Tomar 4 chávenas por dia.
2 gotas, 2 vezes ao dia.
ÁMO/7/105 dO V8POr
3 banhos de vapor de assento com uma infusão de cavalinha (5 ou 6 boas pitadas
para meio litro de água, ferver e acrescentar 4 a 5 litros de água a ferver).
3 vezes por semana.
OUCI1OS o ofusios *
Mornos de 5 a 10 minutos, das coxas e do baixoventre, insistindo no ânus e no
umbigo. Diários, seguidas de um banho quente.
Recoltos
Infusão de 10 g de folhas secas ou frescas em 1 litro de água a ferver. Deixar
repousar 10 minutos. Beber 3 chávenas por dia.
Herníola comum
*Infusão de 15 g de planta para 1
litro de água. Ferver e deixar em infusão 12 horas. Aquecer.
*Beber 3 chávenas por dia.
L ígástica
*Infusão de 15 g de raiz para 1
litro de água. Ferver e deixar repousar 10 minutos.
*Beber 3 chávenas por dia.
Medronheíro ou ervade~uiso
*Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água a ferver. Deixar repousar 12 horas. Aquecer.
*Beber 3 chávenas por dia.
Restabolespin17osa
*Infusão de 10 g de planta migada (ou raiz) em 1 litro de água a
ferver. Deixar repousar 20 minutos.
*Beber 3 chávenas por dia.
Zímbro cornum
*Infusão de 30 g de bagas para 1
litro de água a ferver. Deixar repousar meia hora.
*Beber 2 chávenas por dia. (@@ A111n017m00 *
A alimentação mais adaptada e que tem um efeito sinérgico com os tratamentos
naturais acima descritos é, sem qualquer dúvida, uma alimentação vegetariana.
Contraindicações: açúcar, doces, pastelaria, compotas, álcool, vinho, cerveja,
cidra, carnes gordas, charcutaria, enchidos, aparas e vísceras, caça, queijos
fortes, especiarias, pi319
Cistite
menta, pimento, mostarda, maio rabanetes, endívias, figos, ananese.
Atenção ao sal. nás, bananas, morangos, etc. Alimentos
privilegiados: cereais integrais, germe de trigo, iVO/M levedura
de cerveja, couve, cou Aã veflor, chucrute (sem as carnes . É
aconselhado na condição de que a acompanham normalmen se beber
bastante água fresca. te), tapioca, beterraba, tomates, Cura de fruta.
7RA7AMEN7O KNEW
* Para as pessoas robustas, meios banhos frios curtos (alguns
segundos).
* As pessoas fracas e delicadas começam com banhos mornos
curtos para progressivamente tomarem banhos cada vez mais frios.
* Em infusão preconizava uma mistura chamada “Mistura reguladora T, preparada e
composta da seguinte maneira:
2 colheres de funcho moído; 3 colheres de bagas de zirnbro1 .3 colheres de
raiz de engos;
1 colher de fenogrego;
1 colher de aloás. Fazer uma mistura homogénea.
1 pequena colherada desta mistura é suficiente para uma chávena. Ferver durante
3 minutos e deixar em infusão 15 minutos. Atenção, esta infusão tomase na
porção de 4 a 6 colheres à noite (1 chávena dura cerca de 2 dias).
* Durante o dia, as infusões de cavalinha são também recomendadas.
* Cinturão de Neptuno, morno.
CONSELHOS
Quando houver uma melhoria, praticar o endurecimento (ver p. 132).
Ver também a moldura sobre o Saw Palmetto (p. 528).
320
Colesterol
Colesterol,
igie a tensão, a obesidade, as doengas digestivas, etc., e... a taxa de
colesterol.
Será o colesterol ínjustamente acusado?
Desde há alguns anos que os meios de comunicação, os laboratórios de produtos
farmacêuticos e uma parte de corpo médico acusam o colesterol de ser o inimigo
ri.’ 1 da saúde. Nesta campanha, com tonalidades histéricas, dissimulamse
factos desconcertantes e que podem desacreditar o
lobby anticolesterol. Está fora dos nossos propósitos contestar que os
riscos de doenças coronárias aumentam em função de uma taxa de colesteroi
elevada.
Mas será que basta mudar o regime alimentar ou tomar um medicamento supostamente
contra o colesterol para diminuir os riscos ligados a
este tipo de patologia? Será este tipo de tratamento anódino, ou terá ele
inconvenientes? Será a mortalidade menos importante nos países onde, graças a um
regime alimentar apropriado, a taxa de colesterol diminuiu?
Não é nossa intenção pôr em causa os tratamentos de hipercolesterolemia, que são
necessários em certos casos bem específicos mas limitados. Em contrapartida,
parecenos importante sermos cépticos quanto ao
valor de uma propaganda anticolesterol exageradarnente amplificada e a
psicose dela decorrente.
Um dos componentes da membrana celular
Se nos fiarmos nos meios de comunicação, podemos pensar que o
papel essencial do colesterol é afectar a nossa saúde e que a sua
responsabilidade na arteriosclerose está comprovada. Contudo, esquecemse
frequentemente de dizer que o colesterol é um elementochave da composição da
membrana celular, Nenhum organismo vivo pode continuar a
viver se for privado deste elemento que está na base da arquitectura das nossas
células.
321
Colesterol
Dois investigadores americanos, Michael Brown e Josepli Goldstein, receberam o
Prêmio Nobel em 1985 pelos seus trabalhos que demonstravam os mecanismos de
transporte do colesterol no interior da célula. Descobriram que este transporte
só é possível graças à existência, na
membrana celular, de receptores de colesterol. Mas os seus trabalhos também
salientam que a h i perco lesterolem ia só é possível quando existe um defeito
genético ao nível destes receptores da merribrana celular, porque se estes
funcionam mal, ou não funcionam de todo, a célula fica sem material de base à
sua disposição para elaborar as suas membranas e sintetiza então o seu próprio
colesterol. Neste caso específico, o mecanismo de autocontrolo não existe
praticarnente (porque a taxajá não depende destes receptores), e o organismo
fica condenado a produzir colesterol.
Estes trabalhos demonstram que não somos todos iguais perante a
arteriosclerose e que o aparecimento desta doença não depende exclusivamente do
regime alimentar e do modo de vida.
E os factores de risco?
É lógico que uma célula privada de colesterol procure sintetizálo e
que a importância da taxa de colesterol esteja ligada ao número e ao
funcionamento dos receptores e que, neste caso, um regime hipocolesterolémico só
possa ter um efeito limitado. É certo que todos sabernos que o café, o cigarro,
a diabetes e o excesso de peso são factores de risco para as doenças coronárias
e contribuem para o aumento da taxa de colesterol. Mas poderemos nós deduzir que
o colesterol é responsável por estas patologias ou que se trata apenas de um
efeito secundário e não de uma causa inicial? Por outro lado, alguns cientistas
britânicos verificaram que em muitos casos a doença das coronárias está
provavelmente programada desde os primeiros momentos das nossas vidas.
A polémica em torno do colesterol pretende frequentemente que uma
taxa de colesterol baixa é sinónimo de boa saúde e que diminui os riscos de
acidentes cardíacos. Contudo, sabemos actualmente que as pessoas que conseguem
reduzir a sua taxa de colesterol morrem menos de acidentes coronários, mas mais
de cancro.
Esta constatação vem juntarse à dos fisiólogos do início deste século que
pensavam que o colesterol tinha um papel primordial na regulação da
322
Colesterol
permeabilidade celular e que, além disso, era um dos elementoschave da
autodefesa do nosso corpo contra a infestação de células cancerosas.
É certo que o nosso conhecimento dos mecanismos da cancerogénese é ainda
insuficiente para podermos afirmar ou rejeitar esta hipótese, mas
está bem demonstrado que a redução do colesterol aumenta o risco do cancro.
Recentemente os investigadores japoneses observaram vários milhares de
habitantes de Osaka. Esta hipótese foi, mais uma vez, confirmada: a relação
entre o cancro (especialmente nos homens) e uma taxa de colesterol baixa parece
ser evidente.
Certos médicos pensam também que a queda da taxa de colesterol antecede a morte
em pacientes que sofrem de doenças prolongadas. Os investigadores do Centro
Médico de Baltimore constataram que uma taxa baixa de colesterol em pessoas
idosas implica frequentemente a morte.
Terá o colesterol alguma incidência sobre a duração da vida?
Em 1981 os investigadores chegaram a conclusões perturbadoras. As pessoas que
têm uma taxa de colesterol baixa não vivem estatisticamente muito mais tempo do
que o resto da população, mas, para sua enorme
surpresa, os investigadores constataram que estas tinham uma taxa de suicídio
muito mais alta. Um grande nú mero de investigadores pensa actualmente que uma
taxa de colesterol demasiado baixa está na origem de depressões, suicídios e
morte precoce. Os psiquiatras finlandeses observaram que os indivíduos
particularmente agressivos se caracterizam por uma taxa de colesterol baixa. As
inúmeras experiências feitas em
animais confirmam a relação entre a taxa de colesterol e a agressividade.
Todas estas investigações realçam também que a moda dos medicamentos
anticolesterolémicos é duvidosa e que o abaixamento da taxa de colesterol feita
de forma inconsiderada pode ter consequências graves para a nossa saúde.
Devese falar do colesterol com muito cuidado
É um assunto escabroso e que exige uma grande prudência, já que os
estudos contraditórios sucedemse. Tal como acabámos de ver, o colesterol está
presente em todas as células e no sangue, bem corno na bílis. Este
323
Colesterol
esterol encontrase nas gorduras animais, no tecido cerebral e no leite e é
sintetizado pelo figado. O seu papel é particulaririente importante na
síntese das hormonas esteróides.
O excesso de colesterol é perigoso: bloqueia as artérias e dá origem à
arteriosclerose. Se houver formação de placas no sangue, existe risco de
trombose. Mas só o excesso de colesterol que provém das gorduras saturadas que
se encontram nos produtos de origem anirrial, na carne, no toucinho, nos
produtos lácteos, no chocolate, tem inconvenientes notáveis. Em contrapartida,
as gorduras não saturadas, presentes rios óleos virgens, têm uma incidência
protectora notável.
O único “senão” é que ignoramos por corripleto qual é o papel exacto do
colesterol nas doenças cardiovascu lares. É por isso que, tal como
virrios, nos podemos perguntar se ele estará verdade i ram ente na sua origem e,
se esse for o caso, é normal e oportuno agir para o controlar e neutralizar,
mas, se ele for apenas a consequência, estaremos a agir apenas sobre um sintoma
e o efeito protector será apenas ilusório.
No plano prático, quando se consome uma quantidade exagerada de alimentos ricos
em colesteroi e este não é eliminado, fixase na parede dos vasos e forma uma
placa que se torna mais espessa com o tempo e chega até a provocar a obstrução
dos vasos sanguíneos.
Mas, como nada disto é simples, certos investigadores avançam a
hipótese que o colesterol exerceria uma protecção contra os radicais livres e
seria até antioxidante (daí a sua influência protectora em caso de cancro). A
sua toxicidade só apareceria depois do fenômeno de oxidação, ele próprio
directamente ligado às nossas condições de vida.
Estudos surpreendentes
Fabricamos todos os dias cerca de 15 gramas de colesterol, mas o que é essencial
é que a sua taxa de concentração esteja num nível óptimo, tal como para a
glicemia e todos os outros elementos indispensáveis ao bom funcionamento do
nosso corpo.
Em Israel certos investigadores estabeleceram taxas de comparaçao entre as
esperanças de vida: as pessoas cuja taxa se situa entre 2 e 2,30 têm uma
esperança de vida superior às que têm uma taxa situada entre
1,5 e 1,9. Aqui também não devemos tirar conclusões demasiado rápidas,
324
Colesterol
porque verificamos que o modo de vida, apesar de ter, por vezes, repercussões
(mas nem sempre) sobre a taxa de colesterol, tem uma incidência indiscutível
sobre a esperança de vida.
Os ovos, por sua vez, estiveram muitas vezes, e sem razão, no banco dos réus,
mas verificouse que o que se utilizava nos estudos era ovo em pó desidratado!
Foram também realizados outros estudos contraditórios que demonstram que os
ovos, consumidos cozidos ou escalfados, mesmo em quantidades importantes, têm
uni papel menor sobre a taxa de colesterol. É mesino provável que a lecitina
contida nos ovos seja um agente fortemente protector. Além disso, contêm também
proteínas, aminoácidos e
nutrientes diversos que os tornam num alimentochave.
Os verdadeiros inimigos
O colesterol não é um inimigo a abater a qualquer preço. Pode ser o
reflexo de erros alimentares e (ou) ser geneticamente hereditário,
característico de certas famílias; mas é também provável que, nestes casos, os
hábitos alimentares familiares tenham um papel predominante.
A tudo isto podemos acrescentar a hipertensão, a sobrealimentação, o excesso de
peso, o cigarro, o álcool, os produtos lácteos (suspeitos para muitos
investigadores) e especialmente os cozinhados com manteiga, os fritos, o excesso
de gorduras animais, as charcutarias, os enchidos, os açúcares artificiais, bem
como todos os produtos que os contêm (bebidas doces, sodas, pastelarias,
compotas, chocolate, etc.), a diabetes, o stress, a inactividade física e certos
produtos farmacêuticos.
Combater naturalmente o colesterol
* Os nutrientes tais como o óleo de onagra, o óleo de caroços de
cássia têm uma acção anticolesterolemiante.
* A lecitina diminui a taxa de lípidos, tal corno os óleos de peixe (contêm
ácidos gordos poliinsaturados óniega 3), os óleos vegetais (de primeira pressão
a frio), tais como os óleos de linhaça, de noz,
de soja, de sésamo e de girassol.
* Os cereais integrais, o arroz, o milho painço, todos os frutos frescos
e os legumes verdes, as alcachofras, as saladas verdes, o limão, a
325
Colesteroi
toranja, as uvas, as cenouras, as beringelas, a couve, a cebola, a
cebolinha, o alho (tem uma acção específica sobre a estrutura das artérias,
demonstrada por H. Heinle, por adjunção de alho à comida) fazem baixar de forma
substancial a taxa de colesterol e têm uma acção benéfica sobre a hipertensão.
* O estudo sobre o alho foi confirmado pelo Prof. A. Arekhov de
Moscovo, que constatou que o consumo regular de alho impede a
acumulação de colesterol e a formação de placas ateromatosas nos
vasos saudáveis e também nos vasos já afectados. Curiosamente, este professor
constatou também que o alho diferencia os colesteróis, combatendo os nocivos
(LDL), mas privilegiando os bons (HDL). Por outro lado, é também um agente
antioxidante e opõese aos efeitos dos radicais livres.
* Isto explicaria o motivo de os regimes “mediterrânicos” serem protectores
contra as doenças coronárias e o facto de as pessoas que vivem no Norte da
Europa serem mais sensíveis as estas afecções.
* Assinalese que o ácido Olinoleíco contido no azeite teria também
uma acção protectora.
* Devem privilegiarse também as vitarninas uo grupo A, C e B, o
selénio e o magnésio.
LM ÁO~6,1 ,os *
Sardd17a GraMa
* 2 drageias de cada. Sax,fraqa Oliveira Grama * 2 drageias de cada. *
Alternadamente, dia sim dia não. @
ou IMU5J0 *
8arda17a ‘/ GiaMa + 5.9Xífraqa @ 011vgIra
Ferver durante 3 minutos, deixar repousar 15 minutos.
Tomar 4 chávenas por dia.
O chá chinós “Yunnan” precipita a digestão das gorduras.
Tomar 1 chávena depois de cada refeição, em infusão.
ó/005 OSSOMÁTIS
111não
2 ou 3 gotas, 3 vezes ao dia.
ou Gerânio
2 gotas, 2 vezes ao dia.
86/7/105*
Banhos de assento quentes com massagem do baixoventre, 2 vezes por semana.
Banhos de assento frios.
326
Colesterol
Banhos de vapor *
Banhos de vapor 2 ou 3 vezes por semana, seguidos de fricçôes frescas e
vigorosas.
ouc/jos o afusões E`6j1* i
Das coxas, alternando com fulgurante Afusão rectal.
Receitas AtotelaPéuticos
As plantas que combatem o colesterol@
Alfafa, Dentédeleão BéIÚIa@ Oliveíra, samo do Tffia, Bardanal Grama, SaxífrIV
71 Alecrim, SolIdago, casca de Freixo, Eupatóría
* Todas estas plantas podem ser
preparadas sob a forma de decocção à razão de 10 9 para
1 litro de água. Ferva durante
15 minutos e deixe repousar 30 minutos.
* Tomar 4 ou 5 chávenas por dia,
fora das refeições.
A11h7017toÇão
A alimentação actual, demasiado rica, demasiado abundante (gorduras animais,
pratos cozinhados preparados, etc.), favorece a colesterolemía.
* Contraindicações: todas as
gorduras animais, manteiga cozinhada, queijos, charcutarias, enchidos,
salmouras, carnes gordas (borrego, porco), chocolate, açúcar, bebidas doces,
pastelaria, compotas, ovos (especialmente a gema), fritos, álcool, vinho,
cerveja, conservas, peixes gordos (sardinha, carapau, etc.). Atenção também ao
consumo de sal.
* Alimentos privilegiados: alcachofras, saladas verdes, legumes crus, limões,
toranjas, uvas, maçãs, couves, cebolas, alho, cereais integrais, pão integral,
papas de aveia, óleos de milho e de girassol, etc.
* Bebidas: água (com um fio de
limão).
@@ JeJUIn *
Praticar regularmente.
1 dia, a fruta. Cura de fruta (uvas).
KI7h0 SIMICOIOSMIVI
Folhas de bétula + casca de freixo em 1 litro de vinho tinto de Bordéus (se
possível biológico). Deixar macerar 1 semana, filtrar e beber um cálice por dia,
fora das refeições.
327
Colibacilose
CONSELHOS
Tente praticar, se possível:
* o endurecimento, andar a pé descalço na erva húmida (p. 132);
* os exercícios fisicos (p. 133). Atenção às tensões, contrariedades e acessos
de cólera.
Colibacilose
v igiar eventualmente a prisão de ventre.
gás EtIcalipto Llrz&
* 2 drageias de cada. Grama chi@@órlaSOIV.7g&rn
Madr&Ssilva
* 2 drageias de cada. * Alternadamente, dia sim dia não. @
ou Infusio * E11c1911p10 + Urz& + Grama + ChIcórIa + iv<9ofressIlva
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e
deixar repousar 15 minutos. Tomar 4 chávenas por dia.
óleos essenciais ZImbro
2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
BO/7/105 de OSSOMO *
Banhos de assento quentes (Kneipp) com uma infusão de cavalinha, 3 vezes por
semana, seguidos de um banho de assento frio, curto.
88/7/105 de V27por
por semana.
* Afusão diária dos braços e das
coxas.
* Afusão dos braços e da cabeça,
3 vezes por semana. P@@ MIMUIW0 de Neptuno
328
Cólicas hepáticas
AliMeIffi?Çj0
Alimentação sóbria, não excitante, se possível com tendência vegetariana.
Alimentos a evitar: álcool, vinho, cerveja, águas gasei i: cadas, sodas,
enchidos, charcu taria, conservas, salmouras, manteiga cozinhada, fritos,
especiarias (pouco sal), carnes gordas. Atenção ao açúcar.
Alimentos privilegiados. couve, beterraba, aipo, maçãs, mirtilos, cássis, uvas
e todos os frutos, legumes verdes, cereais integrais, pão integral, peixe magro,
etc.
jejum
Recomendase beber muita água fresca (ou com limão).
1 dia, a fruta.
CONSELHOS
Após melhoria, praticar:
endurecimentos, andar a pé descalço na erva húmida (p. 132); afusões fulgurantes
(p. 140); banhos de assento frios (p. 145).
Cólicas hepáticas
aracterizamse por dores na região do fígado e do estômago. A dor pode subir até
ao ombro direito e ser acompanhada de vómitos.
G171CÓr1;9 (r.?!) AlqU&~171&
2 drageias de cada.
01/ 1/Musão * C171córId + Alqu&~nio * Amlél@opr&to k Soldo
1 pitada de cada planta para 1
AMÁgIroPreto Soldo HarpagófIlo
2 drageias de cada. Alternadamente, dia sim dia não.
329
Cólicas hepáticas
chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos.
* Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
* Neste caso, tomar 2 drageias de
harpagófito.
óleos 0s56.17C1,91.9
Alecrím
3 gotas, 2 vezes ao dia.
ou 1imão
* 2 ou 3 gotas, 2 vezes ao dia.
ou Pil7170
* 3 gotas, 2 vezes ao dia.
R.017h05 *
Banhos de assento quentes com
massagem do baixoventre, 2 ou 3 vezes por semana, seguidos de um banho de
assento frio, curto.
Ulq0 E.9171jos efe vapor *
2 banhos de vapor por semana.
Afusâo das coxas seguida de uma fricção vigorosa.
Afusâo rectal.
MIMUI00 dO NO.Offil70 *
Alimentação *
Sóbria e ligeira. Contraindicações: fritos, conservas, salmouras, carnes
gordas, caça, charcutaria e outras carnes de porco, pastelaria, doces,
chocolates, cremes, manteiga cozinhada, álcool, vinho, cerveja. Não comer
alimentos demasiado quentes nem bebidas geladas. Alimentos privilegiados: purés
de legumes, iogurte, frutos frescos, salada, chicória, dentedeleão, azedas,
morangos, aipo, salsa, alhosporros, funcho, cebola, limões, azeite, papas de
aveia. Beber muita água.
JOjUII7
Aconselhado. Cura de fruta da estação (morangos, uvas, etc.)
CONSELHOS
Praticar o endurecimento, (p. 132).
330
Cólicas intestinais
Cólicas intestinais
anifestamse por dores violentas na região do umbigo, seguidas de diarrelas e de
gases intestinais. A dor diminui geralmente quando se exerce pressão no local.
L@J ‘010g01.m *
Fenogr&go Garva117o
Verbasco branca Trevo
AlcaravIa
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão
Feno grego + Carva117o + Verbasco branco i Trevo + Alcaravía
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e
deixar em infusão 15 minutos. * Beber 3 chávenas por dia.
ó/005 0550J7C1015
canela
2 ou 3 gotas, 2 ou 3 vezes ao
dia.
COMP/VSSOS *
* Quentes, sobre o abdômen.
* Infusão de (receita de Kneipp).
“Flores de fei7o” + AnIs + Func17o + Hortalã,olmenta
1 boa pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 1 minuto e
deixar em infusão 10 minutos. Molhar um pano, espremer ligeiramente e aplicar.
Manter no local com a ajuda de uma ligadura. Repetir.
ÁSW/7/105 â9 OSSOIMO *
Kneipp Ç'flores de feno”). Ou banho de assento quente com massagem do baixo
ventre, seguido de um curto banho de assento frio.
Lavogem *
Infusão de carnornila: 10 cabeças de camomila para meio litr,,, de água. Ferver
durante 1 nuto e deixar em infusão 15 @nínutos. Aplicar e conservar durante 15
a
20 minutos.
331
Cólicas intestinais
Quando desaparecerem as dores
8017h05 *
Banhos de assento quentes com massagem do baixoventre. Banhos de assento frios.
@@JJ 88171705 dO V.RpOr *
2 por semana, seguidos de uma afusão fresca e de uma fricção vigorosa.
A fusão *
Das coxas e do baixoventre, 3 vezes por semana. Fulgurante, 2 vezes por semana.
Afusão rectal.
n(il) AlimeIMOÇãO
Mastigar bem.
Contraindicações: todos os alimentos pesados e indigestos, manteiga cozinhada,
creme, molhos de manteiga, fritos, conservas, salmouras, charcutarias, carnes
gordas, pastelaria, doces, caça, etc. Evitar os alimentos demasiado quentes e as
bebidas geladas. Alimentos privilegiados: amêndoas, nozmoscada, gengibre,
canela, legumes e frutos frescos, cereais integrais, azeite, levedura de
cerveja, etc.
jejum
Especialmente aconselhado. Repousa os órgãos digestivos. Cura de fruta.
CONSELHOS
Não negligenciar: o endurecimento, andar de pés descalços (p. 132); C inturão
de Neptuno (p. 148).
332
Comichão 1 Conjuntivite, InflamaÇões oculares
Comichão
er sobretudo as causas: hepatisino, perturbações digestivas, prisão de ventre,
etc. Ver também Abcessos (p. 188), Impigeris (p. 438), Eczema (p. 372), Herpes
(p. 426), etc.
Decocoo * @@ OuelIdónía i ÊnZ campana
4 ou 5 pitadas de cada planta para meio litro de água. Ferver em lume brando
durante 10 minutos. Deixar repousar 20 minutos.
* Aplicar numa compressa (várias
vezes ao dia).
* Se a comichão é súbita e violenta e surgir após um tratamento médico
(injecção, medicamentos, etc.) consultar imediatamente o médico.
Conjuntivite, Inflamações oculares
r também Olhos (p. 485). As inflamações podem ser diversas: inflamação da
pálpebra, da conjuntiva, da córnea, etc. Manifestamse por verinelhidão e
incliaços.
De manhã a pálpebra está colada, as lágrimas escorrem, os olhos estão vermelhos,
sentese uma sensibilidade excessiva à luz. As causas podem ser inúmeras:
esfregar os olhos, poeiras e diversas doenças.
A água chamada “quebraõculos” CO/” [91 40ress,65 * é
suposto que clarifica a vista e Rosa + Tancha~ éexcelente para
as inflamações * 2 ou 3 pitadas d,, cada planta e vermelhidões (Tragus).
Receita da água “quebraóculos”: para 1 chávena de água, ferver,
3 PItadas de 1,10res de apagar o lume e deixar em infu C&17taUr&a
aZUI são 30 minutos (Dr. Chomel). + 1 Pe~17a P11a0'.7 dO *
Aplicar em compressas. Açalr5ão
333
Conjuntivite, inflamações oculares
+ 1 pequena pit.7da de Cânfora
* Fazer uma infusão, ferver meio
litro de água e deixar macerar a mistura durante 24 horas. Filtrar. Utilizase
em compressas.
* O alecrim em infusão (aplicado
em compressa) fortalece a vista (segundo Chomel).
Recoffim fitoteMpêUticTs Áquad1V1@7a
Em 1 litro de bom vinho tinto deitar 50 g de folhas de tanchagem bem limpas e
ferver durante 35 minutos. Em seguida deitar um punhado de pétalas de rosa em
500 g de água (destilada) e ferver durante 5 minutos. Misturar as 2 soluções e
deitálas em frascos bem fechados.
Á5tèr~.@MO1O Loção para tratar inflamações oculares, em decocção para uso
externo (10 g de raiz ou 20 g de folhas para 1 litro de água).
G?mom11am.71ricári@q e Camorni7aromana
30 cabeças para 1 litro de água, em aplicação local.
EufrásIa~OfICIM71
Decocção para loções e compressas, 20 g para 1 litro de água (podem também
acrescentarse
20 g de funcho e de absinto).
Esta planta é conhecida e aconselhada como remédio para os olhos desde o fim da
Idade Média. No século xvi o célebre botânico suíço Jean Bauhin aconselhavaa em
compressas e em colírio para lavar e tratar as inflamações oculares. É um anti
inflamatório e um antiséptico utilizado com êxito nas oftalmias dos recém
nascidos e também nas conjuntivites e fotofobias dos adultos.
Mírtílo
Em loção, para tratar as inflamações oculares. Fazer uma decocção de 20 g de
bagas para
1 litro de água.
Pédeleãocomuin
Sob a forma de loção e de colírio e em decocçâo para uso externo. Esta planta
foi utilizada na Alemanha no século xvi. Está representada num quadro de Hans
MemIing (1484) onde o pintor mostra uma série de plantas medicinais aos pés de
três curandeiros, São Cristóvão, Santa Maude e Santo Egídio.
QUOlIdó17k?
Na medicina popular é utilizada (diluída em água) contra as doenças dos olhos;
daí um dos seus nomes vulgares de “grande alumiadora”.
ATENÇÃO1 Esta planta é tóxica sob cortas formas. Consulto sempre um
especialistal
334
Conjuntivite, inflamações oculares
sabugueíI_O
Decocçâo de 10 g de flores secas para 1 litro de água. Contra a conjuntivite e
as oftalmias crónicas.
Tanchagem
10 g de folhas em 250 ml de água (1 copo) a ferver à qual se pode acrescentar 8
g de flores de trevo (MelMolus offIcInalis) e
8 g de centãurea (Contauwa cyanus). Antigamente a decocção de tanchagem
misturada com ãguadorosas, à qual se acrescentavam algumas gotas de sulfato de
zinco, substituía eficazmente os colírios comercializados em farmácia.
Tre vo
Infusão para loções ou compressas (20 g para 1 litro de água).
V.71e11a17aOfíCíl7.91
* As fontes antigas mencionam a
utilização da valeriana para as oftalmias. O uso da valeriana está codificado na
obra La Médecino o Ia C17murgie des Pwvr&s (Paris, 1749). Nessa época era
prescrita para a “vista fraca”. Supunhase também que o pó da raiz desta planta
( ValerIanae s#ws1ri@q radZ@, seca ao sol e tomada todas as manhãs, restabelecia
a vista nos idosos.
* A loção ou o colírio obtidos a
partir desta planta é suposto curarem as manchas e as pintas dos olhos.
* Também se podem fazer compressas de infusão de camomila pequena, de carvalho
rubro e de funcho.
MANCHAS NA CóRNEA Compressas *
* A quelidónia em infusão, aplicada em compressas, faz desaparecer as manchas
brancas.
* A quelidónia (5 9) + rosa (cerca de 15 pétalas) em infusão: ferva
meio litro de água, apague o lume e deixe macerar durante 24 horas. Dissipa a
inflamação dos olhos e é també m útil nas doenças da pele e comichões.
Receita da Tabena Montanus para as manchas na córnea (só com
receita médica):
Escabilosa (3 ou 4 pitadas) + um pouco de b6rax + um pouco
de cánfóra, em infusão + Maceração durante 24 horas.
335
Constipação (de cabeça)
Constipação (de cabeça)
anifestase por inchaços e vermelhidão nas mucosas do nariz. Ternse uma
sensação de obstrução e de secura, dificuldades respiratórias, irritações e
inflamações das glândulas lacrimais, olhos lacrimejantes e secreções de
mucosidades aquosas. A constipação pode ser acompanhada de cefaleias, de dores
nas costas, de sede, de febre e de cansaço.
Ver também Anginas (p. 234), Bronquite (p. 264), Gripe (p. 420).
D189ei &vs o TOM/Mo Verbasco~br.7nco
Marrolo Sabuguelro
* 1 drageia de cada por dia. * Cura de própolis em dragelas:
2 a 4 por dia. * Ou em solução: 10 a 20 gotas,
2 ou 3 vezes ao dia.
01/ Infusio * TOM11170 * V&lbascobranco + Marrolíq + Sa&Ig£101r0
* 1 pequena pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 2
minutos e deixar em infusão 10 minutos. * Tomar 3 a 6 chávenas ao dia. Também se
aconselham infusões de:
AbsInto, Azevinho, EupatórIocan/7.7moso, QuInquina, Raính.7dosprados,
Roseir.7br.7V.9, S.7bUgUOirO, Tílía.
* 10 g de uma destas plantas para
1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão 10 minutos.
Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. E fumigações de:
Hortelã~pImenta, TomIlhocrespo, Oréqão~vulgar
* 20 g de planta para 2 litros de água. Ferver durante 2 minutos. * Respirar
esta mistura num recipiente durante alguns minutos.
ó1005 055017CARIS L/Mão
2 gotas, 3 vezes ao dia.
B.917hOS *
Banhos quentes, 2 ou 3 vezes por semana, seguidos de envolvimentos húmidos para
estimular a transpiraçãio.
6J]
Das coxas e dos braços. Alternadamente do peito e da cabeça, todos os dias.
336
Constipação (de cabeça)
ClImuljo ofe Neptu170
AI1M017MÇj0 *
Em caso de constipações repetidas há todo o interesse em ter uma alimentação
saudável.
Suprimir: charcutaria, maionese, manteiga cozinhada; vigiar o excesso de sal e
de açúcar, álcool, vinho, cerveja; banir o tabaco, etc.
Alimentos privilegiados: cereais integrais, trigo, arroz, aveia, germe de trigo,
legumes e frutos frescos, limão, laranja, toranja, alperce, maçã, pêra, uvas,
cerejas, saladas, feijãoverde, aipo, couve, etc.
jejum
É uma excelente terapêutica, que deve ser praticada 1 vez por semana.
1 dia, a fruta. Cura de fruta.
RECEI7AS A N7IGAS
* Cobrir a cabeça com um pano embebido numa infusão de orégãos:
10 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão 10 minutos.
* Para curar as constipações rebeldes, deitar uma colher de cevada (farinha) num
caldo de carne de vaca e ferver até ficar reduzido a 11, (cerca de 15 minutos).
Tomase de manhã e à noite (segundo o Dr. Chornel).
CURAS DO PADRE KNEIPP
* Banhos de pés quentes ou banhos de vapor de pés.
* Banhos de vapor.
* Afusões da cabeça, do peito e do pescoço.
CONSELHOS
~Exercícios respiratórios (ver p. 137). Banhos de ar livre e de sol (ver p. 15
1). Endurecimentos (ver p. 132).
337
Contusões Golpes
Contusões Golpes
v r Feridas (p. 396).
10 compreSSOS
Aplicar a decocção de:
Alecrím + Arníca + Tomílho k Lav.717d27
* 3 pitadas de cada planta para
meio litro de água, ferver durante 20 minutos e deixar em infusão 30 minutos.
* Aplicar em compressas.
* Cataplasmas de argila misturada com a decocção acima descrita.
* Cubos de gelo aplicados na parte lesionada.
* Para acalmar as dores, aplicar
loções frescas (repetir).
Receios fitotOMOUticas
Abóbora
* As folhas frescas utilizamse em
cataplasmas.
Alface
* As cataplasmas de alface morna e embebida em azeite curam
as contusões, os hematomas e as irritações de pele.
Ancólia
O suco fresco desta planta é utilizado para tratar feridas. (As sementes são
diuréticas. A planta utilizase em gargarejos para as dores de garganta. Era
muito apreciada na Idade Média. Está presente em certos quadros, por exemplo, a
Adoraçãodos ReIs Magos de Van der Goes.)
A17tíllda
Em decocção: 20 g de planta inteira para 1 litro de água. Ferver durante 20
minutos e deixar em infusão 30 minutos. Filtrar. Aplicar em compressas. Pode
utilizarse a planta fresca esmagada em aplicação directa, para cicatrizar
feridas e curar contusões. A utilização desta planta é antiga e remonta à Idade
Média.
Armolês
As cataplasmas de folhas misturadas com mel reduzem as contusôes (o mel tem
propriedades cicatrizantes).
338
Contusões Golpes
Arnícadarnonlanha
* Tinturamâe. 10 g de flores,
raizes e folhas secas em 100 ml de álcool a 900. Pode acrescentar também 5 g de
anis verde, Pin7pInella anísum ( Uinbellif&ra&), de canela, de cravode
cabecinha. Deixe macerar durante 15 dias num recipiente fechado.
* Aplicar em diluição, acrescentando 9 vezes o seu volume de água.
Consolda
* Cataplasmas de raiz fresca. (Em
certos países comemse as folhas e as extremidades desta planta).
ErvadesãÓ@íÓão
* A maceração desta planta fresca em óleo quente pode utilizarse em compressas.
HarnamélIs
* Em infusão: 20 g de folhas ou de
casca para 1 litro de água fria; ferver 15 minutos e deixar em infusão meia
hora.
* Utilizase em compressas.
Hissopo
* Em decocção: 20 g de folhas e
de extremidades fervidas durante meia hora em 1 litro de água. Filtrar.
* Aplicar em compressas.
Míl_folhas
* O suco fresco ou uma infusão
em água ou em vinho (10 g das
extremidades floridas ou das folhas para meio litro de água ou de vinho a
ferver).
* Aplicar nas feridas que não sangram e nas contusões.
P&rV1@7Ca
* As folhas são utilizadas sob a
forma de cataplasmas devido ao seu poder cicatrizante.
salão
* As folhas esmagadas ou o sumo
fresco, em aplicações directas.
* O saião é antiespasmódico,
antipirético e adstringente.
Sanícula&uropela
* Banhos ou envolvimentos de
decocção: 20 g para 1 litro de água, em aplicação quente.
SalvaOfIcínal
* Infusão de 20 g para 1 litro de
vinho a ferver. Deixar repousar
1 hora e filtrar.
* Aplicar em cataplasmas sobre o
peito. Repetir várias vezes ao dia.
SélodeSalomão
* A polpa deste rizoma serve para
fazer cataplasmas.
TâMIó
* Raiz reduzida a pasta e fervida.
* Ferver durante 10 minutos e
deixar repousar 20 minutos.
* Aplicar em cataplasmas, 1 ou 2
vezes ao dia.
339
Convulsões
Convulsões
ratase de convulsões violentas e súbitas, acompanhadas, muitas vezes, de dores
de cabeça, vertigens, palpitações, movirrientos bruscos e
desordenados. O rosto fica vermelho, azulado, a respiração tornase rápida e
ofegante, os maxilares ficam crispados.
* 2 drageias de cada.
Valériana (raiz) Ervacidr&íra
* 2 drageias de cada. * Alternadamente, dia sim dia não.
OU IMUSãO * ArtêMISia k Lava17da + V.7/0r1.7na (r.?Iz) + Ervacídrelra
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água; ferver durante 3 minutos e
deixar em infusão 15 minutos.
* Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
* A valeriana, segundo Tragus, é o
remédio específico para a epilepsia.
* Kneipp recomendava a tisana de
valeriana e camomila.
ó/005 eSSelW1015
2 gotas, 3 vezes ao dia.
oLI ErvaclalreIr,9
1 gota, 2 vezes ao dia.
00/7h05 *
*Quentes (adicionados de “flores
de feno” em infusão), seguidos de uma fricção fresca e vigorosa com massagem do
ventre e do baixoventre.
* Todos os dias.
Senhos de OSSOMO
* Banhos de assento frios ou com
fricções, diários.
Lavagem
* A lavagem morna é também
indicada.
IM/7/105 £fe vapor *
Banhos de vapor curtos (15 a 20 minutos), 2 vezes por semana. Logo que surjam
melhoras, podem aumentar para 3 vezes por semana e com uma duração de
40 a 45 minutos.
Dos pés e das coxas e fulgu340
Coqueluche Tosse convulsa
rante seguida de uma fricção vigorosa. Afusão rectal. Várias vezes ao dia.
MIMUI00 de Neptu170 *
Alime17MÊdo
A alimentação tem um papel preponderante. Deve ser sóbria, ligeira e variada.
Contraindicações: todos os
excitantes: café, chá, tabaco, álcool, vinho, cerveja, chocolate, bem como a
sobrealimentação, manteiga cozinhada, charcutaria, fritos, especiarias, pratos
com molhos, etc. Alimentos privilegiados: frutos frescos, legumes, pepino,
couve, chucrute, alface, alhosporros, cerejas, maçãs, peras, cereais integrais,
pão integral, sumo de fruta, levedura de cerveja, etc.
JejUI77
Recomendado, água fresca. Cura de fruta. Dia de fruta.
mas deve beber
CONSELHOS
Ver também:
Endurecimento (p. 132).
Coqueluche Tosse convulsa
anifestase por acessos de tosse bruscos e espasmódicos, febre mais
ou menos forte, acompanhados de constipação, garganta seca, rouquidão, olhos
vermelhos e lacrimejantes, etc.
ÁO
MOO/85 * IZI /00J0 Violeta iwaiva
Ervatirsa
* 1 drageia de cada, 1 vez por dia. ou o& Própolis * 3 drageias por dia.
01/ IMUSãO * PO&J@2 + VIol&t3 @ MglVa ,, Ervatirsa
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver, apagar o lume e deixar
em infusão
341
Coqueluche Tosse convulsa
10 minutos. Adoçar com mel.
Tomar 3 ou 4 chávenas por dia (+ Drageias de Própolis).
óleOS OSSO17C1015
2 gotas, 2 vezes ao dia.
EM7h05
Banhos quentes de pés (”flores de feno”). Passar por água morna e esfregar
vigorosamente.
1 vez por dia.
88/7/105 dO MSOIMO
Banhos de assento quentes. Terminar com um banho de assento morno.
801711OS dO MpOr *
2 ou 3 banhos por semana estimulam a transpiração e a eliminação (beber infusões
ou água fresca durante o banho).
3
Recoffivs
31@ fitotelapêuticos
G9S1d17170írO
Infusão de 20 9 de folhas para 1 litro de água a ferver; deixar
repousar 15 minutos. Tomase à razão de 3 chávenas por dia.
Dróseraalefolharedonda Infusão de 15 g de planta seca para 1 litro de água a
ferver, deixar repousar 15 minutos. Beber 2 chávenas por dia.
Hor.7 Infusão de 10 g de planta para 1 litro de água fria; ferver durante
3 minutos e deixar repousar 15 minutos. Beber 3 chávenas por dia, muito quentes.
TOMil170 Infusão de 10 g de planta para 1 litro de água a ferver. Deixar
repousar 15 minutos Beber 3 chávenas por dia.
AlIMOIMOfio *
Ligeira, essencialmente composta por puré de legumes, fruta e sumos de fruta.
Alimentos privilegiados: nabo (caldo), figos, uvas, funcho, cebola, sopa de
cevada, de trigo, de alho (picar 2 ou 3 dentes de alho em 1 copo de leite,
ferver e adoçar com mel), laranjas, limões, fruta fresca, frutos secos.
RECEIrAS úrEIS
1 cebola, cozida no forno ou em água, esmagada e misturada com um pouco de
azeite. Adoçar com mel. Esta receita acalma a tosse e alivia a asma (Chomei).
342
Coração Afecções cardiacas
Coração Afecções cardiracas
X7,
er Arteriosclerose (p. 242). Vigilância médica indispensável.
Drageias *
Eleuterococo
4 drageías por dia.
Espinheiro alvar Ervacidreira Valeriana
2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão *
Espinheiroalvar + Ervacidreira + Valeriana
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água; ferver durante 3 minutos e
deixar em infusão durante 15 minutos (neste caso, tomar também 2 drageias de
eleuterococo).
Receitas da medicina monástica, arte médica dos Irmãos de São João de Deus (Fate
Bene Fratelli)
Infusão da mistura:
Castanheiro (casca, 50 g), Agripalma (erva, 10 g), Milfolhas (erva, 20 g),
Arruda (erva, 10 g), Semprenoiva (erva, 10 9), Alcaravia (frutos, 10 g), Erva
cidreira (10 g), Helianto (flores, 10 g).
* Misturar as plantas. 1 colher da
mistura para uma chávena de água a ferver. Deixar em infusão 30 minutos,
filtrar.
* Beber quente 3 vezes ao dia,
entre as refeições.
óleos essenciais Limão
3 gotas, 3 vezes ao dia.
Zimbro
2 gotas, 2 vezes ao dia.
Outros óleos essenciais:
Alecrim, Alho, Bétula, Cebola, Limão, Tomilho, Zimbro
343
Coreia (dança de São Gui)
CONSELHOS
Fortemente desaconselhados:
abusos alimentares, álcool, vinho, cerveja, tabaco, gorduras anímais. tensões,
fricções, disputas, enervamentos, contrariedades, ruídos,
etc.
Indispensáveis:
calma, repouso, descontracção, andar a pé, relaxamento, etc. Recomendações
gerais, ver Arteriosclerose (p. 242), Alimentação, Exercícios Físicos,
Respiratórios, Afusões, Banhos, Jejum.
Coreia (dança de São Gui)
er também Convulsões, p. 340. Atenção aos acidentes e às feridas decorrentes,
especialmente com
garfos, facas, objectos cortantes ou pontiagudos.
A dança de São Guí caracterizase por movimentos espasmódicos e
incontrolados dos músculos dos braços, das pernas e do rosto. A ímprecisão de
certos movimentos é, muitas vezes, o primeiro indício da doença.
O controlo dos músculos deixa de se fazer, e o corpo acaba por ficar agitado com
movimentos contínuos.
O acompanhamento médico é indispensável.
Drageías * Erva cidreíra Ervadesãojoão Valeriana Marroio
ou Infusão * Erva cidreira + Ervadesãojoão + Valeriana + Marroio
1 drageia de cada, 1 vez por dia. 1 pitada de cada planta para
344
Coreia (dança de São Gui)
meio litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar repousar 15 minutos. Beber
3 ou 4 chávenas por dia.
óleos essenciais Camomila
1 a 3 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
Massagem
Fazer a maceração oleosa seguinte: para meio litro de azeite,
5 ou 6 boas pitadas de lavanda + 10 pitadas de ervadesãojoão + 20 cabeças de
camomila. Expor ao sol durante 4 ou
5 dias, ou, para acelerar a preparaçâo, aquecer a mistura em banhomaria durante
cerca de meia hora e filtrar. Fazer uma fricção todos os dias.
Banhos *
Fricções completas, mornas, várias vezes ao dia. Banhos mornos.
Banhos de assento
Banhos de assento quentes, seguidos de banhos de assento frios e curtos (2 vezes
por semana).
Lavagens
Lavagens com meio litro de água morna ou com uma infusão de
camomila: 10 cabeças de camomila para meio litro de água. Ferver durante 1
minuto e deixar repousar 10 minutos. Efectuar a lavagem com uma ,,pêra”, de
manhã em jejum. Conservar 20 minutos.
Duches e afusões *
Rectais e diárias.
Cinturão de Neptuno *
* 2 ou 3 vezes por semana.
Camisa quente *
* Camisa quente húmida, durante
1 hora ou mais, cobrirse bem e colocar nos pés uma botija de água quente
(aplicações diárias)
Alimentação *
* Higiene alimentar indispensável.
Alimentação sóbria e variada.
* Evitar: todos os excitantes, álcool, vinho, cerveja, chocolate, tabaco,
especiarias. E também açúcar, pastelaria, fritos, charcutaria, manteiga
cozinhada, etc.
* Alimentos recomendados: todos os frutos frescos, legumes, pepino, couve,
chucrute, alhosporros, cereais integrais, arroz integral, trigo sarraceno,
beter345
Corrimento branco (leucorreia)
raba, rabanetes, endívias, alface, amêndoas, passas, tâmaras, figos, ameixas,
germe de trigo, levedura de cerveja.
Jejum *
1 dia por semana. Tem um efeito calmante, relaxa e descontrai. Beber muita água.
1 dia, a fruta Cura de fruta.
CONSELHOS
Andar de pés descalços é indispensável, recomendado por Kneipp (durante a
estação fria, deve fazer dentro de casa). No Verão, andar dentro de água, à
beiramar ou do rio. Alternativamente, ficar de pé numa banheira meia cheia de
água fria (ou fresca) durante 4 ou 5 minutos.
Arejar bem os quartos. Evitar ruídos, emoções violentas, stress. Praticar os
endurecimentos, a marcha, a descontracção, os exercícios respiratórios.
Corrimento branco (leucorreia)
anifestase por secreções de líquido claro, purulento. A doença pode ser aguda
ou crónica e manifestase por inflamações nos lábios vaginais, uma sensação de
crispação no útero, dores violentas no baixoventre, nas costas, uma
sensibilidade excessiva das partes vaginais internas e externas, inchaços, etc.
Atenção: pode resultar de uma lesão interna (consulta médica indispensável).
Vigiar também a prisão de ventre.
346
Corrimento branco (leucorreia)
D ,wffei
as * SalsaparIlha Pervinw
UrtIga M//fo/17.7s
2 drageias de cada, 1 vez por dia.
OU IMUSiO S.71saparíll?a + PervInc.7 @@ + Urliga @ Milfoffias
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão 10
minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia .
ó10OS OSSO17C1,015
* 2 gotas, 3 vezes ao dia, alternadamente, dia sim dia não com:
S.ISSafrás
* 1 a 3 gotas, 3 vezes ao dia.
Tuía
* 2 gotas, 3 vezes ao dia (unicamente sob receita médica).
BOIMIOS dO OSSOIMO *
Mornos, tos).
diários (5 a 10 minuLOVOgOIM * V0g117RIS
Com infusões de:
M// foffias ou Folh.7 do carva1170
4 ou 5 pitadas de planta para meio litro de água. Ferver durante 3 minutos e
deixar em infusão 15 minutos.
Fazer a lavagem com uma “pêra”,
de manhã.
ÁOuci>OS e Ofusões
* Das coxas (diárias) e fulgurante,
3 vezes por semana.
* Higiene indispensável, loções
mornas várias vezes ao dia nas partes sexuais e no baixoventre. ffi AI1M017h700
Contraindicações: evitar todos os excessos, chá, café, álcool, tabaco,
especiarias (pimenta, mostarda, pimentos), sal (usar com muita moderação),
açúcar, pastelaria, pratos com molhos, conservas, charcutaria, caça, queijos
fortes, etc. Alimentos privilegiados: frutos frescos, legumes, cereais
integrais, germe de trigo, levedura de cerveja, nozes, alperces, papas de aveia,
berinjelas, cebolas, azeitonas, cenouras, aipo, ameixas, rabanetes, uvas,
laranjas, limões, maçãs, tomates, soja, cerejas, toranja, etc. ffl jejum
*
1 dia por semana (ou durante 36 horas).
1 dia a fruta, por semana. Cura de fruta da estação: aiperces, uvas, maçãs...
347
Corrimento branco (leucorreia)
O PADRE KNEIPP A CONSEL HA
* Todos os dias, 1 banho de assento morno e uma irrigação (lavagem vaginal) com
uma decocção de casca de carvalho: 5 ou 6 pitadas para meio litro de água.
Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos. Fazer de
manhã, com a ajuda de uma “pêra”.
* E todos os dias, alternativamente:
* abiução da parte superior do corpo,
* afusão dos joelhos e das coxas.
A £ GUMA S RECEIM S DO DR. CHOMEL
Em injecção vaginal, infusões de:
* água de alecrim
* argentina
* milfolhas
* urtiga
* 4 ou 5 pitadas de cada planta para meio litro de água. Ferver
durante 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos. Fazer a lavagem ao acordar com
a ajuda de uma “pêra”.
CONSELHOS
Banhos de ar livre e de sol (ver p. 151). Exercícios fisicos, praticados com
moderação. Exercícios respiratórios e de relaxamento (ver p. 137).
348
Costas (dores nas)
Costas (dores nas)
Ou a perda de 3 milhões e 600 mil dias de trabalho!
É uma das mais frequentes afecções de que se queixam os habitantes dos países
industrializados. Só em França, ao longo de apenas um ano, este mal ocasiona
cerca de 208 milhões de consultas médicas; 8 a 9 milhares de francos em despesas
de 95 000 acidentes de trabalho (fonte: Réussir votre Santé 11/1995).
Se tentarmos definir as dores nas costas, apercebemonos que se trata de um
fenômeno muito complexo. Certamente que está sempre ligado a
dores situadas na parte dorsal ou lombar do corpo ou na coluna vertebral. Mas
estas dores podem ocorrer em qualquer outra parte das costas, num
ponto bem preciso ou cobrir uma grande superfície. Podem ter uma intensidade
variável: violentas ou ligeiras. São descritas pelos pacientes como sensações de
queimadura, de picadas, de contracções, de tensão. As dores nas costas podem
atingir as partes circundantes e até provocar paralisias. Finalmente, podem
surgir bruscamente ou progressivamente. As dores nas costas podem resultar em
dores intensas, sem que exista lesão, e podem também desaparecer tão depressa
como apareceram.
As origens das dores nas costas são múltiplas
As dores nas costas podem ser ocasionadas por diversas patologias, por vezes
tratase de uma lesão lombar vertebral. Podemos citar também outras causas: a
artrite degenerativa da coluna vertebral, a luxação vertebral, os reumatismos, a
osteoporose, a fractura acidental, as sequelas de diversos traumatismos, etc.
Os praticantes realçam a incidência de más posturas. O exemplo muito
frequentemente citado é o de pesos erguidos com as costas dobradas e as pernas
esticadas. Más condições de trabalho e ausência de actividades físicas são
também razões da progressão deste tipo de patologia nos países industrializados.
Não é por acaso que empregados de escritório constituem, juntamente com os
trabalhadores de mudanças, um grupo profissional de “alto risco”.
349
Costas (dores nas)
Esta constatação permitenos pôr em evidência o papel primordial dos gestos
aparentemente anódinos que efectuamos diariamente, a fim de nos prevenirmos
contra esta doença.
As dores nas costas podem também provir de uma má formação da coluna vertebral
ou de um desarranjo hormonal.
Cada vez mais se demonstra a importância dos factores psíquicos na
gênese dos sintomas somáticos das dores nas costas. Este papel parece estar
confirmado pelos resultados excelentes obtidos nos Estados Unidos com
tratamentos placebo. Os terapeutas californianos realçam que a diminuiçao da
ansiedade e as distracções são elementos essenciais do tratamento.
Em certos casos (felizmente bastante raros), é inevitável uma intervenção
cirúrgica. Contudo, inúmeros estudos americanos demonstram que este tipo de
tratamento é, muitas vezes, praticado de forma abusiva e que nem sempre traz
algum alívio. Segundo o Prof R. Lechtenberg do Departamento de Neurologia do
Downstate Medical Center de Nova lorque, a intervenção deve ser acompanhada de
substâncias tais como os esteró ides (cortisona) cujos inconvenientes estão mais
que demonstrados.
MAIS VALE PREVENIR DO QUE REMEDIAR
A prevenção deve consistir no consumo de elementos nutritivos. As plantas
remineralizantes, tomadas em infusão, como a urtiga ou
a cavalinha, constituem um excelente meio de prevenção.
Os exercícios físicos constituem o segundo elemento. Existem diversos tipos de
exercícios possíveis. Certos terapeutas aconselham especialmente a postura
sentada ancestral (a postura utilizada antes da descoberta da cadeira, que
consiste em sentarse sobre os calcanhares, de braços cruzados sobre os joelhos
e com a cabeça inclinada para a frente. Esta posição pode ser mantida enquanto
não causar malestar. Uma variante desta posição é sentarse no chão, de pernas
cruzadas.
Contudo não devemos esquecer que, em certos casos, o melhor remédio em caso de
dor é ficar deitado. Por vezes, basta isto para parar a
progressão da dor.
Entre os procedimentos propostos pela medicina não convencional, três técnicas
manuais dão, de uma maneira geral, resultados excelentes.
350
Costas (dores nas)
Tratase da etiopatia, da osteopatia e da quiroprática. Estas terapias podem ser
preventivas ou curativas. Não têm contraindicações e não usam medicamentos.
As curas termais e a acupunctura são também indicadas, especialmente para as
osteoartrites.
A estimulação transcutânea eléctrica dos nervos é cada vez mais utilizada nos
Estados Unidos e dá resultados significativos.
O papel do tratamento por hipnose e autohipnose leva em conta os factores
psicossomáticos que podem estar na origem da doença e
permitem obter, por vezes, remissões espectaculares.
Para o Dr. Hauschka, as “dores nos rins” são funcionais. Não são os nervos da
coluna vertebral que estão em causa quando o disco está em mau estado. A dor
provém, na realidade, dos nervos ligados aos músculos e dos ligamentos que
funcionam em más condições. Estes não podem ser
vistos nas radiografias clássicas.
O seu tratamento assenta numa associação fitoortomolecular à base de bambude
tabashir, planta utilizada no Sul da índia há mais de 25 séculos, à qual ele
associa o harpagófito e o cássis. Excelente remineralizante, o bambúdetabashir
contém 97% de sílica, razão da sua
utilidade em casos de fragilidade óssea.
A mioterapia
O procedimento aqui é sensivelmente diferente. Com efeito, para os
partidários desta técnica, utilizar um medicamento, seja ele químico ou
natural, apenas encobre o problema sem o resolver. O mioterapeuta vai procurar a
origem traumática esquecida que é responsável pelo espasmo que ocasionou a dor.
Verificase que esta se localiza quase sempre longe do ponto doloroso.
A outra particularidade deste método que não se pode esquecer é que ele é
totalmente indolor. O médico “mioterapeuta” faz desaparecer a dor, qualquer que
seja a sua origem. O músculo reencontra a sua amplitude máxima e a sua função
normal. Finalmente, a importância desta técnica é que ela tem resultados
interessantes em muitas outras patologias, por exemplo, as vertigens, a asma, a
insônia e diversos tipos de dores.
351
Costas (dores nas)
A osteobiótica ou o lado “psico” das dores nas costas
As niemórias de stress inscrevemse nas células do cérebro e ocasionam sequelas
ao nível do esqueleto que estão ria origem das dores rias costas.
Todas as idades podem ser afectadas, mas em particular a partir das idades
críticas que se situam entre os 40 e os 50 anos e que marcam uma
reorganização hormonal.
Se estes vestígios traumáticos despertam, repercutemse no físico e no psíquico.
A técnica da osteobiótica consiste em limpar todas estas memórias a firri de
aliviar as dores nas costas.
A mecânica para socorrer as dores nas costas
O Affiletic training é fabricado e distribuído pelo seu inventor, J. Frelat.
Esta máquina propõe o “trabalho muscular excêntrico dos membros inferiores e
superiores”. Este tipo de movirriento assemelhase a descer as escadas e baseia
se na tensão máxima das fibras musculares. A eficácia deste dispositivo é que
ele permite uma reeducação funcional duas vezes mais rápida que os aparelhos
mais fláveis actualmente existentes no mercado. É recomendado a todas as vítimas
de traumatismos. O aparelho de Jean Frelat foi testado pela Unidade de Formação
e de Investigação em
Ciências Técnicas das actividades físicas e desportivas de Dijon.
352
Cuperose
Cuperose
v igie a digestão, a prisão de ventre, as doenças intestiriais, etc.
D~el,is *
11@@JI Amorporfeíto Iabaça Fuináría H.7177.7inélis
.2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
PróPo11@q * 4 drageias por dia. * Ou em solução à razão de 10 a
20 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia (curas de 1 mês).
ou Infusão Amorperfeito Labaça Fumária
* 1 boa pitada de cada planta para
1 chávena de água. Ferver, apagar o lume e deixar repousar 15 minutos. * Tomar 3
chávenas por dia.
ó1005 O.95017CAVIS C.717&1a
2 gotas, 2 vezes ao dia.
oCO/w00 *
200 g (ou 200 cl) alo óleo dO A~17d03SCoC&S “ @abaÇ.7 + Énulacampana
3 ou 4 boas pitadas de cada planta, misturadas no óleo de amêndoasdoces. Deixar
repousar durante 12 horas. Aquecer em
seguida esta mistura em banhomaria durante 30 minutos. Filtrar. Aplicar de
manhã e à noite nas partes doentes. Esta preparação é excelente para os cuidados
do rosto e para o cieiro (segundo o Dr. Chomel).
02/7/105*
Banhos dos pés derivativos de feno, dia sim dia não. Banhos de assento frios
todos os dias.
Einhos de vapor
Recomendados.
Mé;'@4 ÁoUches
óó
Das coxas e dos braços.
Alimentação *
Formalmente proibidos: todos os álcoois e bebidas alcoólicasvinho, cerveja,
cidra, aperitivos, etc,
353
Cuperose
* Contraindicações: tabaco, todos os alimentos pesados e indigestos, pratos com
molhos, charcutaria, enchidos, morcelas, carnes gordas, açúcar, manteiga
cozinhada, pastelaria. Atenção ao sal.
* Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, todos os frutos, couves,
chucrute, legumes verdes, cereais integrais, pão integral, frutos secos
(amêndoas, nozes, avelãs), salsa, alho, cebola, feijão verde, pepino, espargos,
mirtilos, melão, beterraba, etc.
JejUM *
Descongestiona (é um excelente rejuvenescedor), melhora o estado da pele. Beber
água. Cura de fruta.
CONSELHOS
Atenção ao sol, ao frio e ao vento.
Desaconselhamse: a montanha, os banhos de sol e os banhos de
mar prolongados. Ver Endurecimento (p. 132).
354
D
Dentes
Depressão nervosa
Descalcificaçâo Desmineralização
Diabetes e hipoglicernia
Diarreias
Disenteria
Dores e nevralgias
Dentes
Dentes
Xp
r tarribém Afias (p. 198), Boca (p. 261), Consulta médica indispensável.
ff
LOVOg0175 47 bOCO ] Cr,?vodecabecí17ha
Em decocção e lavagens da boca: 7 ou 8 cravosdecabecinha para 1 chávena de
água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos.
* Lavar a boca 4 ou 5 vezes ao
dia.
Orégão
* Em decocção: 3 ou 4 pitadas
para 1 chávena de água. Lavar a boca várias vezes ao dia.
Útil em casos de nevralgias dentárias.
Vei^àysco~br,9=
Em infusão: 5 pitadas para 1 chávena de vinho tinto de boa qualidade. Ferver
durante 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos. Lavar a boca várias vezes ao
dia. Acalma a dor (Tragus).
Dentes móveis (Piorreia)
Lovogons CO bom
A cocleãria em infusão para lavagens da boca, várias vezes ao dia, firma os
dentes nos alvéolos dentários (Dr. Chomel). Pode ser utilizada para lavar a boca
depois de escovar os dentes.
A brunela e a bistorta têm poderes idênticos.
A1M7Onffifão
Evitar: açúcares, álcool, tabaco, pastelarias, etc., bem como os alimentos
demasiado quentes ou gelados.
356
Depressão nervosa
Depressão nervosa
v e
r tarribém Prisão de ventre (p. 522), Insónia (p. 446), Nervosismo (p. 474),
etc. Manifestase de várias forinas: excitabilidade, cólera, alegria intensa
seguida de depressão, abatimento, lassidão, medos frequentes, insônia, inau
humor, vertigens, contracções, etc.
Os choques emocionais ou afectivos repetemse ao longo da vida. Têm sempre uma
repercussão sobre a saú de física e, como acontece frequentemente, podem
acarretar alterações de ordem fisiológica.
Por conseguinte, um indivíduo “stressado”, com medo, em pânico ou
colérico mobiliza as glândulas suprarenais que segregam um excesso de
adrenalina, libertam glicogénio no fígado que o descarrega no sangue sob a forma
de glicose de modo a poder fazer face a esta situação e reagir. Para satisfazer
estes gastos energéticos mobilizamos ácidos gordos e colesterol. É uma reacção
de autodefesa natural face a um eventual perigo. Este processo é acompanhado de
um aumento do caudal sanguíneo e do ritmo cardíaco.
Em condições normais de vida estas sobrecargas são canalizadas e não ocorrem
danos. Volta tudo rapidamente à normalidade, e tornamos a acertar os nossos
relógios biológicos pela hora da Vida. Mas a maioria das pessoas tem uma
existência artificial e muito distante da dos nossos antepassados “primitivos”,
que sabiam gerir as situações perigosas ou “stressantes”.
Não é possível evitar estas situações pois elas são quase sempre independentes
da nossa vontade. É necessário, por isso, reaprender a enfrentálas.
357
Depressão nervosa
,olwffei des * LLL@j Eleillei0C0C0
* Tomar 4 drageias por dia, durante 1 mês. Repetir no início da Primavera e do
Outono.
ErvacIdreIr.7 Ervamoleliínha A1&cr1@n Válorlan.7
* 1 ou 2 drageias de cada, 1 ou 2 vezes ao dia.
Gélelare.71
* 3 drageias por dia durante 1 mês. (Repetir 2 ou 3 vezes por ano, se
necessário).
ou 117fusio ErvacIdreIri + ErvamoleIrínk? “ AlecrIM ‘@ Váler18n8
* 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 15 minutos. * Tomar 3 ou 4 chávenas por dia
817/711OS*
Banhos dos braços. Banhos dos pés, todos os dias. Alternadamente, com uma
decocção de.Ervacídreíra @ Lavinda + L ouro
2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Aquecer, sem ferver, durante 20
minutos e acrescentar 4 a 5 litros de água muito quente. Estes banhos fazemse
alternadamente 5 minutos para os antebraços, 5 minutos para os pés. Terminam com
uma fricção fresca.
88/7/105 Oro assento
*Banhos de assento frios ou
*Banhos de assento com fricções,
todos os dias.
*De preferência, de manhã ao
acordar, na condição de o corpo estar quente.
Áganhos de mpor *
São um excelente meio de eliminação e de descontracção.
3 vezes por semana, seguidos de fricções frescas e vigorosas. (Beber água
durante os banhos.)
Afusão completa, quente e de curta duração, seguida de uma fricção fresca e
vigorosa em todo o corpo com uma luva de crina ou um pano grosseiro. Depois de
alguns dias, estas afusões deverão ser menos quentes e depois frescas. Afusão
rectal.
CMiSO IlúMIdO
Camisa embebida em água quente e espremida, que deve ser conservada no corpo
envol358
Depressão nervosa
vida em cobertores. Fazer 2 vezes por semana.
Banhos de or livre e de sol *
Exercícios físicos indispensáveis: andar a pé todos os dias. O cansaço físico é
uma terapêutica excelente.
E17dUfficimeIMO
Andar de pés descalços na erva húmida ou dentro de água.
Alimelmição
Sóbria e variada, mas evitar todas as sobrecargas alimentares. Evitar: chá,
café, tabaco, especiarias, álcool, vinho, cerveja,
chocolate, doces, pastelaria, charcutaria, salmoura, fritos, manteiga cozinhada,
carnes gordas, alimentos gelados ou muito quentes.
Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, germe de trigo, mel, limão,
alface, toranjas, laranjas, cereais integrais, arroz, trigo, aveia, todos os
legumes verdes, saladas, endívias, frutos frescos e secos: amêndoas, nozes,
avelãs, ameixas, alperces, etc.
jejum
Muito aconselhado porque repousa e descontrai.
1 vez por semana, se possível. Cura de fruta fresca.
CONSELLIOS
Cura de magnésio (20 g para 1 litro de água mineral Volvie, Mont
Roucous): tomar meio copo de manhã em jejum, salvo em casos
de insuficiência renal.
Vigiar o repouso, evitar as contrariedades, os ruídos, as luzes
fortes e a excitação.
359
Descalcificação Desmineralização
Descalcificação Desmineralização
descalcificação pode estar ligada ou surgir rio seguirriento de várias doenças:
tuberculose, diabetes, carência de fósforo, de magnésio, etc.
01wffoi ‘95 * C.714.7111717a R.7bal70 SIM9SIrO
UrIlg.7 De17ted&leão
Fucus wsiculosus ÉntilaCaMPan9 Ca14a111717a
1 ou 2 drageias de cada, 2 vezes ao dia.
ou 117fusão * C914d&717a + UrtIga k
DOnted01&ãO * Ráb3170SilVOSMO
* 1 pitada de cada planta em meio litro de água. Ferver durante 1 minuto e
deixar em infusão 15 minutos. * Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ó100.9 OSSOMIZIS LIMão
1 ou 3 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
fia/7/705 *
Banhos completos quentes, com algas marinhas (pode comprar algas marinhas
prontas a usar nas lojas de dietética ou em farmácia).
2 por semana, seguidos de um duche fresco e de uma fricção vigorosa.
Banhos de assento
Banhos de assento frios ou Banhos de assento com fricção.
3 vezes por semana.
SaMios de vapor *
Preparar uma decocção de cavalinha: 8 a 10 pitadas para meio litro de água.
Ferver durante 10 minutos e acrescentar
5 ou 6 litros de água a ferver. Esta mistura é colocada debaixo de uma banco e
deve ser seguida de uma fricçã o fresca.
2 vezes por semana.
DUCI1OS o afusies *
Das coxas e dos braços, 2 vezes por semana. Fulgurante, 2 vezes por semana.
360
Diabetes e hipoglicemia
Banhos de ar livro e de sol
Aconselhados quando estiver bom tempo.
AI1M017ffição
A alimentação tem um papel preponclerante: a sobrealimentaçâo, o leite e os
queijos não preenchem obrigatoriamente as necessidades em cálcio do organismo
(apesar de o leite de vaca conter 4 vezes mais cálcio do que o leite materno). É
preciso favorecer o consumo de cálcio assimilável através do consumo de tósforo,
magnésio, silício, etc.
Evitar: álcool, vinho, cerveja, tabaco, óleos refinados, pão branco. Alimentos
privilegiados: cereais integrais, pão integral, aveia, tapioca, agrião, feijão
verde, couveflor, chucrute, cenouras, alcachofras, salsa, cerefólio, cebolas,
laranjas, limões, toranjas, morangos, germe de trigo, azeite, óleo de girassol
(1.1 pressão a frio), frutos secos (amêndoas, nozes, avelãs), etc.
JejUI17
É aconselhado, se possível 1 vez por semana.
1 dia de frutos frescos e secos. Cura de fruta: uvas, alperces.
Diabetes e hipoglicemia
igilância médica indispensável. Para os conselhos gerais, ver Alergias (doenças
ambientais), p. 207, Alimentaçã o açúcar, p. 121.
A taxa normal de glicose no sangue situase entre O,90 e 1,10 g por litro. Acima
destes números considerase que existe hiperglicernia, e podem surgir vários
sintomas: sede, fome, emissões frequentes de urina, vertigens, impotência,
doenças da pele, perturbações do apetite, cansaço, doenças cardiovascu lares,
etc. A obesidade também constitui, com a idade, uma factor de agravamento.
Manifestanise frequentemente várias perturbações, directamente ligadas aos
nossos hábitos alimentares, muito depois da ingestão da substância responsável,
o que dificulta a identificação exacta das causas destas
361
Diabetes e hipoglicemia
perturbações. Mais do que qualquer outra patologia, a desregulação da glicemia
está na origem, directa ou indirectamente, de uma parte importante das doenças
que existem actualmente. A arteriosclerose, as afecções card iovascu lares, a
diabetes, todas estas perturbações do metabolismo estão directamente ligadas aos
nossos hábitos alimentares.
A diabetes é uma desregulação da glicernia. Antes do século xix esta doença era
ainda mal conhecida e mal repertoriada porque a sua manifestação era muito mais
rara do que nos nossos dias.
Quais serão os factores que fazem com que se assista actualmente a uma tal
epidemía que acarreta severas complicações?
Em primeiro lugar é útil relembrar alguns números: de acordo com as
fontes consultadas, o consumo de açúcar, que já tinha aumentado em relação ao
século anterior, era em 1820 da ordem de 3 kg por ano e por pessoa; em 1990 o
consumo médio de um americano era de 75 a 90 kg. Observase aqui uma alteração
de hábitos que faz a fortuna das empresas de açúcar e dos laboratórios
farmacêuticos, mas que, simultaneamente, arruína a saúde dos consumidores.
Por outro lado, a diabetes é frequentemente precedida por hipoglicemia
(insuficiência de glicose no sangue), que constitui um factor de cansaço, de
enxaquecas, etc. Esta reacção orgânica decorre do esforço exercido pelo
organismo para tentar livrarse do excesso de açúcar, libertando a
insulina. A insulina é uma hormona segregada pelo pâncreas e que fornece a
glicose às células, armazenada sob a forma de triglicéridos. Quando a
alimentação é normal (e preenche as necessidades do organismo), esta operação
decorre normalmente e a insulina preenche a sua função.
O açúcar e os alimentos refinados
O problema tornase crucial quando se ingere demasiado acúçar e
alimentos refinados, que se transformam em glicose. A reacção orgânica tomase
anárquica, e o corpo produz demasiada insulina. O excedente faz baixar a
glicemia para um nível inferior ao aceitável, e por conseguinte o nível de
glicose no sangue baixa e manifestamse os sintomas de can362
Diabetes e hipoglicemia
saço e uma maior procura de produtos doces por parte do organismo. É o
início da engrenagem e a progressão do desequilíbrio, pois a única solução que
se apresenta para evitar as perturbações é o consumo de açúcar.
Esta constatação é o resultado de um consumo de açúcar e de produtos refinados,
marcas de qualidade e de pureza veiculadas pela nossa sociedade. Com efeito, que
haverá de mais puro do que a brancura imaculada mais branca do que branca? A
brancura é sempre sinónimo de limpeza, por conseguinte é suposto ser protectora.
O branco está na moda: refina~ se tudo, desde a farinha até ao arroz, e desde o
pão até ao sal.
As relações entre os alimentos e a saúde consideradas por Hipócrates e por todos
os seus sucessores como sendo fundamentais têm pouco eco
actualmente entre os nossos médicos. (São efectivamente raros aqueles que dão
conselhos alimentares.)
As perturbações da nutrição podem ser facilmente avaliadas se repararmos que os
povos que não consomem açúcar ou alimentos refinados só raramente contraem
doenças cardíacas e diabetes. Foi o caso dos Islandeses até aos anos 20, dos
lemenitas, dos Japoneses, de certas populações da exURSS, os Abkhazes.
Curiosamente verificamos que a modificação dos hábitos alimentares dá origem a
perturbações, por vezes, só passados 20 ou 30 anos. O que significa que os
povos protegidos pela sua alimentação tradicional deixam de o ser quando
abandonam os seus hábitos ancestrais. É o caso dos japoneses imigrantes nos
Estados Unidos da América. Estes têm os mesmos problemas que os outros
americanos quando se alimentam como eles. A sua altura aumentou, passando de
1,60 m (altura média dos Japoneses do início do século) para 1,80 m actualmente,
comparável à altura dos outros americanos. As suas defesas imunitárias baixaram,
em grande parte em
razão do consumo de açúcar, de alimentos refinados e de produtos lácteos.
Realizaramse inúmeras experiências sobre a glicemia, particularmente por Cohen,
que, em 1972, publicou um artigo numa revista especializada sobre o papel dos
factores genéticos e alimentares na diabetes. Este cientista demonstrou que era
possível alterar o património genético dos ratos através da alimentação. Todos
estes trabalhos foram confirmados por outras equipas de investigadores,
especialmente por Laube e Pfeiffer. Estes também realçaram o papel dos hidratos
de carbono refinados (farinhas brancas, arroz descascado, etc.) neste tipo de
patologias, que, em
363
Diabetes e hipoglicernia
resultado da refinação, são privados dos nutrientes essenciais e tornamse
inassimiláveis.
Os tratamentos tradicionais
Nas perturbações da nutrição que gerarri este tipo de patologias (supostamente
incuráveis), é possível obter, através de uma alteração alimentar bem conduzida,
resultados interessantes.
* Para o Prof. Bilz, esta doença só aparece rio seguimento de um estilo
de vida específico: abusos alirrientares, consurno de bebidas alcoólicas e,
obviamente, abuso de doces.
O essencial do seu tratamento consistia numa alteração dos hábitos alimentares,
na prática de exercícios físicos, bem como na aplicação de banhos de vapor e
massagens.
* Para o padre Kneipp, a diabetes é simplesmente uma grave doença
digestiva. Não é possível curála com tratamentos de rotina, e é necessário
proceder individualmente. Ele preconizava uma alimentação simples e variada,
semicúpios frios e curtos, banhos de vapor e banhos de assento. Aconselhava
também decocções de tormentilha (à razão de 2 ou 3 chávenas por dia).
ó1005 OSSO17CIOIS * ZíMbro Eucalípío CeboIa Gerânio
2 gotas alternadamente, 2 ou 3 vezes ao dia.
B.61717os de OSSOIMO *
Todos os dias.
EO/7h05 dO &WpOr *
2 ou 3 vezes por semana, seguidos de uma loção fresca e de fricções vigorosas.
ou
Receito moli,45tico
Foffias de noguelia + foffias de MIrtilo + foffias de Urilga + folhas de
Amoreir,7 @ erva de AgrIpalma * erva de Morangossilvastros + vagens de Febfão
* erva de Galeça
ErV.7 ale Galkga + bagas de Zímbro + erva a’& Pédeleão + t7ores de TílIa +
erva de Morangossílvestres + fOffiaS de UVaUrSI@7a + foffias de MIrtIlo +
foffias de Vísco + ErvadeSãopão + Cenlaurea grande
364
Diabetes e hipoglicemia
Em infusão: misturar em partes iguais todas as plantas. 1 colher, de sopa, desta
mistura para 1 copo de água a ferver. Deixar em infusão durante 5 minutos. Tomar
2 copos por dia, entre as refeições.
Afusio
Fresca, das costas e das coxas,
2 ou 3 vezes por semana.
câmiso húmid.9
Aconselhada.
ReceIMS rItoter.10utices
PIOMOS 817W~05
* Decocgão em 1 litro de água de
10 9 de raiz de bardana, 30 g de suco de urtiga, 30 9 de cevada, misturadas com
sumo de limão e de agrião (20 g de cada).
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Abacate
* Mencionamos este fruto porque
é um alimento ideal para os diabéticos. Contém poucos glícidos e tem uma grande
percentagem de vitaminas e de proteínas.
AÚelamirtílo
* Mergulhar as folhas de airelamirtilo em água morna e deixar repousar durante
24 horas. Filtrar.
Beber um copo pequeno por dia. Segundo Jules Offner, as folhas de airelamirtilo
são utilizadas com êxito contra a diabetes, bem como o gerânio, ervadesão
roberto, Geranium robertl;gnuln (também utilizado para a cicatrização de
feridas).
Alcac17ofra
A decocção das folhas é hipogiicerniante, portanto aconselhada aos diabéticos.
Tomar meio copo 2 vezes ao dia, antes das principais refeições.
Esp1171761r0 @S11V.7) Um punhado de planta fresca para 1 litro de água. Na
medicina popular grega utilizase a decocção das extremidades tenras, à razão de
um copo por dia, em jejum.
Gal9.7
20 g de planta para 1 litro de água. Tomar 1 a 3 chávenas por dia. Esta planta
forrageira estimula os animais. É também fortemente hipoglicemiante e faz baixar
a taxa de açúcar no sangue.
Noguelra Fazer uma decocção: 10 a 15 g de folhas para 1 litro de água. Tomar 2
ou 3 chávenas por dia.
011velra
10 a 15 g de folhas para 1 litro de água. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
365
Diarreias
* As folhas de oliveira têm propriedades hipoglicemiantes.
7remoço
* 10 g de planta para 1 litro de
água.
* Tomar 2 chávenas por dia.
* A infusão é hipoglicemiante (pela
acção da lupanina). Podese também fazer café com as suas sementes.
Tupi@7ambo
* Beber a água da cozedura à
razão de 1 ou 2 chávenas por dia.
* Os tubérculos, muito ricos em
insulina, são hipoglicemiantes.
Também:
EUCalipto ZIMbro S7/14.7
01114e1;la, Ce17OUrZ7, COUVe, Espargos
E:
Cloreto de magnésio, zinco, selénio, vitaminas.
Alimenfi?ção
* Deve ser sóbria e variada. Evitar
todos os excessos alimentares.
* Evitar: álcool, cerveja, vinho,
aperitivos, chá, café, chocolate, especiarias, sal, todos os doces, pastelaria,
manteiga cozinhada, carnes gordas, fritos, enchidos, charcutaria, alimentos
refinados, pratos com molhos, óleos refinados e, de uma forma geral, todo o tipo
de alimentos industriais.
* Alimentos privilegiados: óleos
virgens de primeira pressão, especialmente o azeite, mas também alho, cebola,
saladas verdes, espargos, pepino, espinafres, alcachofras, couve (crua), dente
deleão, agrião, frutos frescos, mirtilo, groselha, amora, nozes, avelãs,
levedura de cerveja, etc.
Diarreias
0% a 30% da população sofre, a vários títulos, de problemas digestivos: prisão
de ventre, diarreia, inchaços. Todas estas perturbações podem ter origens muito
diversas (alimentares, parasitárias, stress ou abuso de certas substâncias
medicamentosas) e serem passageiras ou crónicas.
Poucas pessoas afectadas com este tipo de patologia consultam o médico, já que a
alteração do tipo de alimentação tem, na maioria das vezes, resultados
apreciáveis.
366
Diarreias
Receitas fitolelaPêutices
Alfarroba
* As sementes são esmagadas e
reduzidas a farinha.
* Utilizamse salpicadas nos alimentos, tal como as especiarias (o equivalente a
meia colher de café).
Cássis
* Beber o sumo extraído das bagas (sem açúcar).
* 3 copos por dia,
Carvaffiocomum
* Tisana ou pó da casca, 1 g, 5
vezes ao dia.
Ca valinha
* Infusão de 20 g de planta para 1
litro de água a ferver.
* Tomar 1 ou 2 chávenas por dia,
antes das refeições.
Cíl70glOSSOoficínal
* Infusão de 10 9 de ramos
migados para 1 litro de água a ferver. Deixar repousar 15 minutos.
* Beber 2 chávenas por dia.
Erv.9bentawnum
* Infusão de 10 g de raiz para 1
litro de água fria. Ferver e deixar repousar 10 minutos.
* Beber 3 chávenas por dia.
Espính&iro (sílva)
Tisana das folhas: 20 g para 1 litro de água a ferver. Tomar 3 chávenas por dia.
Hortelãp~nta
Utilizase como para a falta de apetite: infusão de 15 g para 1 litro de água a
ferver. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia, no final das refeições.
“irNOS secos
Um centena de mirtilos secos, previamente demolhados.
Mor.7ngueiro
Infusão de 15 g para 1 litro de água a ferver. Tomar 2 chávenas por dia. É
antidiarreico. Atribuíaselhe uma acção protectora contra a lepra, os humores e
a fecundidade das mulheres. As folhas servem para preparar uma tisana que acalma
a tosse dos fumadores.
NOSPOreíra
Infusão da casca: 10 g para 1 litro de água a ferver. Tomar 2 chávenas por dia.
PédeleãoCOMUM e Pédeleãodos,71POS
10 g de folhas para 1 litro de água fria. Ferver 2 minutos.
O pédeleãodosalpes foi utilizado no século xvii pelo médico italiano
Allioni.
367
Disenteria
Po te17 P717a ans &rIna
Decocção: 10 g para 1 litro de água fria. Ferver durante 10 minutos e deixar
repousar. Tomar 2 chávenas por dia.
P0101711117ar.7SIel,71710
Decocção de 20 g de planta para
1 litro de água.
Tomar 2 chávenas por dia.
SOMPr&nolva
1 g de raiz seca e reduzida a pó,
3 vezes ao dia (com um pouco de água). As folhas tenras podem ser consumidas em
saladas. É uma das plantas várias vezes citadas por Alberto, o Grande. Está
também representada no célebre quadro de Roger van der WeycIen, no qual a Virgem
está rodeada por quatro santos, entre os quais dois são médicos, Côme e Damião.
Tormentilha, GerânIo @èiv.7desãoroberto)
* Utilizar como para a boca (p. 261): 10 g em 1 litro de água
fria. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos.
* As folhas frescas podem ser
mastigadas.
Tom1117o ervaursa e Orégão
Villgar
* Utilizar como para as anginas (p. 233): infusão de 15 g de planta em 1 litro
de água a ferver.
* A sua acção pode ser reforçada
com t~11ho, camomila e salva.
UlmeírO
* Infusão da casca: 10 9 para 1
litro de água a ferver.
* Tomar 2 chávenas por dia.
Disenteria
ntigamente utilizavase unia decocção de casca de castanheiro, que é muito rica
em taninos.
CI9SC3 de Cas117nhoh0
Em decocção: 20 g de casca
368
para 1 litro de água. Ferver durante 20 minutos e deixar repousar 30 minutos.
Tomar meia chávena, 2 ou 3 vezes ao dia.
Dores e nevralgias
Dores e nevralgias
ReCeAt.95 Jr]:] rItotelopêutic75
A Có17i10
Planta utilizada para as dores nevráigicas, especialmente as do trigémeo e para
as perturbações respiratórias, ATENÇA01 Esta planta é muito tõxica. Em cortas
doses pode até ser mortalill No século xvii observaramse casos de pastores
mortos depois de terem adormecido perto do acónito (no seguimento da inalação
dos vapores). Esta planta deve ser prescrita por um especialista. Pertence à
categoria das plantas “mágicas”, pois diziase que as bruxas preparavam uma
pomada de acónito para friccionar o corpo antes de levantarem voo nas suas
vassouras. A cíência tenta explicar esta crença pela acção anestesiante do
acónito nas terminações nervosas. É por conseguinte possível que, ao perderem a
sua sensibilidade, “as bruxas” tivessem a impressão de voar.
Alecrim
Tinturamãe: 40 g de flores para meio litro de álcool a 900. Deixar macerar num
frasco ao sol durante 2 semanas. Filtrar.
* Friccionar as partes dolorosas.
AnéM0173
* As anérnonas foram citadas por
Dioscórides. Há 2300 anos o poeta grego Nicandro utilizavaas como antídoto
contra os venenos dos animais.
Anémonapulsát11
* Para as dores uterinas, a anémona pulsátil é eficaz. ATENÇA01 Esta planta é
perigosa. Deve ser preparada por especialistas.
A Veia
* Banho: 500 g de palha de aveia
para 3 litros de água. Deixar de molho durante 3 horas, filtrar e acrescentar à
água do banho.
Caldomorto
(utilizase também a ervadesàotiago).
* Decocção para dores diversas e
para as perturbações da menstruação.
Ervad&sãojoãoofIcli7a1
* 80 g de folhas esmagadas em 1
litro de azeite. Deixar macerar durante 3 semanas ao sol numa garrafa bem
fechada. Filtrar.
* Friccionar as partes dolorosas.
369
Dores e nevralgias
Hei@g
As folhas em uso externo são eficazes contra as dores e as úlceras.
L a vaiwla
Tinturamãe: 40 g de flores para meio litro de álcool a 900. Deixar macerar num
frasco ao sol durante 2 semanas. Filtrar. Friccionar as partes dolorosas.
MO1M91701r0
As folhas frescas utilizamse em cataplasmas.
ATENÇA01 Em uso interno esta planta é t6xica. Não utilizar sem consultar um
especialistalil
Salguelrobianco
Infusão de 20 g de casca esmagada em 1 copo de água. Ferver 5 minutos e deixar
em infusão 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
Tom1117ocrespo @é1vaursa)
Utilizase imediatamente em compressas ou em loção. Alivia as dores nevrálgicas
e a ciática.
370
* Eczerna
* Edema
* Enfarte do miocárdio
* Enjoo
* Entorpecimentos
* Entorses Luxações
* Enxaqueca (cefaleia, dores de cabeça)
* Epilepsia
* Erisipela
* Escaldão (golpe de sol)
* Escarlatina
* Esclerose em placas
* Escrófulas Adenites Alporcas
* Espasmofilia (Tetania)
* Esterilidade
* Estomatite Gengivite
Eczema
Eczema
Ver tanibém Alergias (p. 207), Impigens (p. 438), Pele (p. 506).
V Pode recobrir todo o corpo ou, pelo contrário, estar disserninado aperias em
certas partes: mãos, costas, pernas, torso. Pode ser escamoso, húmido e dar
origem a febre e comichão.
DM90A
as * SalSapar1117a ESCabIóS.7
Labaça Amorperfeito ErVaMOleIr117178
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia, alternadamente, 2 a 4 drageias de
prõpolis durante 1 mês, ou em soluçã o: 10 a 20 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
ou 117fusio * SalSapar11173 + ESCabIOSa + Labaça + Amorperfelto + Erva
molelr11717a
* 1 pitada de cada planta para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 15 minutos. * Tomar 3 chávenas por dia.
compressas *
Em uso externo:
Escabiosa + Gamomíla
*Fazer uma infusão: 2 pitadas de
cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 20
minutos.
*Aplicar em compressas ou cataplasmas de argila, de manhã e
à noite e conservar se possível durante cerca de 20 minutos.
Receitas rItotempêuticas Arístolóqtilacomum Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água fria. Ferver 1 minuto e deixar repousar durante meia hora.
Utilizar em compressa, 1 ou 2 vezes ao dia, durante 10 a 15 minutos.
Con.solda Infusão de 20 g de raiz descascada para 1 litro de água fria. Ferver 5
minutos e deixar repousar 15 minutos. Beber 2 chávenas mornas por dia, fora das
refeições.
NO ,queira
20 g de folhas secas para 1 litro de água fria. Ferver e deixar repousar 10
minutos. Tomar 2 chávenas por dia. Esta infusão pode ser aplicada em compressa,
conservada durante 10 a 20 minutos, 1 ou 2 vezes por dia.
CONSELHOS
Para a aplicação de afusões, banhos, banhos de assento, conselhos gerais,
alimentação, alimentos privilegiados, aplicações externas, ver: Impigens (p.
438), Comichão (p. 333) e Pele (p. 504).
372
Ederna
Edema
nchaço de certas partes do corpo provocado pela acumulação de líquidos
nos tecidos subcutâneos. Vigilância médica indispensável.
Ál21wffoi ‘95 * Glêsta Freíxo Bélula
ZIMbro Ortosíf017
1 ou 2 drageias por dia.
ou Infusio * Gí,está + FrKvO + Bétula + ZIMbrO + OrtOS1f017
1 ou 2 pitadas de cada pIIant@ para 1 litro de água. Ferverdu rante 2 minutos e
deixar em infusão 10 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
COMP/w55.65 cícl~
* Utilizar os tubérculos esmagados em cataplasmas (também para o tratamento das
glândulas entupidas). * 50 g de planta para meio litro de água. Ferver durante
15 minutos e deixar em infusão 20 minutos. * Aplicar em compressas nas partes
atingidas. Repetir 2 ou 3 vezes ao dia. * A preparação pode também fazerse em
cataplasmas, com meio copo de argila, à qual se acrescenta a preparação acima
descrita. Mexer de modo a obter uma pasta untuosa.
Aplicar em compressas nas partes atingidas. Repetir 2 ou 3 vezes ao dia.
óleos essenciais cebola
2 gotas, 3 vezes ao dia. @@I Duches e ?fusôés
Suaves e mornos, em função do
doente.
Alimentação *
Regime alimentar indispensável. Contraindicações: álcool, vinho, cerveja,
doces, pastelaria, sal, charcutaria, pratos com molhos, manteiga cozinhada,
maionese, pimentos, queijos fortes, etc. Alimentos privilegiados: alcachofras,
cebola, alho, salsa, funcho, legumes, frutos frescos, etc.
jejum *
Recomendado.
373
Enfarte do miocárdio 1 Enjoo (de barco) 1 Enjoo (de automóvel, transportes)
Enfarte do miocá'rdio
r Arteriosclerose (p. 242), Coração (p. 343).
Enjoo (de barco)
Bebida i Imão
Receita grega: beber um copo de água do mar misturada com sumo de 2 limões.
Enjoo (de automóvel, transportes)
190M4? *
Vinho de abalinto: macerar 25 g de absinto durante 2 ou 3 dias
em 100 ml de álcool. Em seguida juntar esta mistura a uma garrafa de vinho tinto
(Bordéus).
Tomar 1 ou 2 colheres diluídas
em meio copo de água, 1 hora antes da partida.
CONSELHOS
Para os casos díficeis, ver Náuseas, p. 472.
374
Entorpecimentos
Entorpecimentos
o s tratamentos diferem em função da duração do entorpecimento.
Se o membro for passageiramente submetido a um entorpecimento, no
seguimento de uma posição desconfortável:
UU FlIcop9
Fazer fricções frescas com massagem . Esta sensação cede ao fim de alguns
instantes,
Se o entorpecimento for prolongado, acompanhado de formigueiro e
picadas nas extremidades, consultar um médico de modo a identificar
as causas.
Para prevenir os entorpecimentos
.4 filsão
Afusões frescas dos braços e das coxas, 3 vezes por semana. ::(@11 ÁMO17hOS dO
V.~ *
Banhos de vapor, 2 vezes por semana.
A11k7entação Alimentação variada, com diminuição de gorduras animais e, se
possível, supressão do álcool e do tabaco.
375
Entorses Luxações
Entorses Luxações
ertificarse de que não se trata de uma fractura. Em caso de entorse, existem
vários tratamentos que dão resultados muito bons e rápidos. Estes podem
acompanhar as receitas que damos abaixo e são os seguintes:
* A acupunctura tem muitas vezes uma acção imediata na síndroma
dolorosa.
* As massagens, endireitamentos, quiroprática, osteopatia, etiopatia.
Estes especialistas devem sempre ser consultados em caso de recaídas frequentes,
que podem ter uma causa postural.
ÁOeCOCOO *
T27si7elra + Verbonaoficli7a1
A decocção de tasneira alivia as entorses e as luxações: misturar 10 g de
verbena oficinal e
10 g de tasneira em 1 litro de água.
* Aplicações quentes, repetidas.
Agr~171,7, Murta, PIM&nIO, AlecrIm, T2w7elra, Wrbo17,9comum, ArtemIslã, Boldo
G&17láUr0.7, P.7p0118SlIV&Stre, Cravoalédefunto
* Em infusão: misturar as plantas
em partes iguais. 20 g da mistura para 1 litro de água a ferver. Deixar repousar
durante 10 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia no
momento das refeições.
óleOS OSSOMIZIS M.717j6MA9 Tratamento externo: 2 ou 3 gotas de óleo essencial
de manjerona, em aplicação por massagens suaves.
COMPAISMOS*
* A agrlmõnla, misturada com a
farinha de trigo, fervida durante vários minutos em vinho tinto, produz um
emplastro que cura as entorses e as luxações.
* Cataplasmas de argila fria: aplicar após ter misturado a argila com água. A
preparação deve ter o aspecto de uma pasta untuosa.
rMAIMOMO de C1;offiei
* óleo de ervadesãojollo: 20 g
de planta para meio litro de azeite (ou óleo de amêndoas doces), acrescentar 20
cabeças de camornila. Deixar macerar 8
376
Enxaqueca (cefaleias, dores de cabeça)
dias ao sol (para acelerar a pre durante 20 minutos e filtrar). paração,
aquecer a mistura em Misturar, em seguida, em partes banhomaria, em
lume brando, iguais corri álcool canforado.
CONSELHOS
Entorses na prática do esqui, ou consequência de um movimento
em falso: pôr o pé ou a mão em contacto corri a neve, cubos de gelo, ou
alternativamente em água fria, continuando sempre a
massajar. Estas aplicações dão muito bons resultados e suprimem a dor.
As pessoas sujeitas a entorses frequentes devem andar de pés
descalços na erva húmida ou dentro de água e fazer exercícios para fortalecer as
canelas.
Enxaqueca (cefaleias, dores de cabeça)
er eventualmente Hipertensão (p. 430), Prisão de ventre (p. 522). A enxaqueca
pode ser passageira, moderada ou persistente e até extremamente violenta. Pode
sofrer as mais variadas alterações, desde um pequeno malestar até à mais
insuportável dor de cabeça. Estas afecções podem durar muito pouco tempo e
persistir durante anos.
As suas causas são variadas: choques, traumatismos, corpos estranhos nos ouvidos
ou no nariz, picadas de insectos, escaldões, luzes fortes, ruídos violentos,
prisão de ventre, emoções, stress, cólera, tristeza, alegria excessiva,
alimentação defeituosa, má ventilação dos quartos, dos locais de trabalho,
poluição atmosférica, abuso do álcool, do tabaco, falta de sono, doenças
intestinais, hepáticas, deslocação vertebral, etc.
Devem tratarse as causas iniciais (consultar eventualmente um
acupunctor, um quiroprático, etc.). Mas se as enxaquecas não têm uma
causa aparente e resistirem a todos os tratamentos, experimente os remédios
seguintes.
377
Enxaqueca (cefaleias, dores de cabeça)
L7Mffoias * Valeríana Primavera Ervaursa Cardoberlo
Verbena
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão
Absintooficil7.91 raiz de Pepínoselvagem
* Recelita do Dr. Chornei: ferver
folhas de absinto com raiz de pepino selvagem (atençáo, esta planta é perigosa),
em 2 partes de água e 1 parte de azeite.
* Tomar 1 chávena por dia. Sob
receita médica. E também:
Erva~cídreíra
* lnfusào de 20 g de folhas em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Beber 2 chávenas por dia, quentes e adoçadas com mel.
* Tinturamâ9 (utilizar em fricções
na testa e nas têmporas). Utilizar também infusões de:
R.71,717.7 dos pr.?dos (flores) Salguelrobra17co (casca, C1781nada as01r117.7
178tUr3,@ V.710r7a179OfIC117a1 (ra!Z), Lava17da ffiores), PrImavera (17or&s)
* Fazer uma preparação com uma
mistura de 10 g de cada planta. Deitar 2 ou 3 pitadas para 1 chávena de água,
ferver e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Beber 2 ou 3 chávenas por dia.
Válerlana + Prímavera “ Erva~ursa 1 Cardobento ./ Verb017a
* 1 ou 2 pitadas de cada planta
em 1 litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão 15 minutos. *
Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
ó100,5 055017C1015
1@@ Ilav:7170a
3 gotas, 3 vezes ao dia.
compressas *
Compressas frescas ou mornas
na testa, nuca e têmporas.
E.9171105 *
* Quando os pés estiveram frios,
proceder ao seu aquecimento por meio de banhos quentes dos pés e banhos de vapor
dos pés e paralelamente as loções frescas ou mornas na cabeça.
* A fricção prolongada das têmporas, com as mãos previamente mergulhadas em água
fria, permite diminuir a intensidade das cefaleias.
* Semicúpio curto e frio: 3 vezes
por semana (de 10 segundos a
1 minuto).
80/7/105 dO 05501740
* Ou banhos de assento com fricções, 3 vezes por semana.
LOVOgOJIS *
Com uma infusão de Carnomila.378
Enxaqueca (cefaleias, dores de cabeça)
Meio litro de água para 7 ou 8 cabeças de camomila. Ferver e aplicar quando a
preparação estiver morna. Conservar durante cerca de 20 minutos. Inúmeras dores
de cabeça persistentes foram aliviadas de forma notável graças a lavagens. @w
B217h05 dO V0POr *
Banhos de vapor 3 vezes por semana.
Duches e &fusões *
Duches e afusões superiores: braços, tórax, nuca, cabeça, aiternadamente, dia
sim dia não, com uma afusão das coxas, seguida de fricções mornas dos pés e das
pernas.
AlimenffiÇão
* Muitas cefaleias são de origem
alimentar, por isso deve vigiar os excessos.
* Evitar: tabaco, álcool, vinho,
cerveja, cidra, charcutaria, manteiga cozinhada, gorduras animais, fritos,
pratos com molhos, pastelaria, doces e todos os excessos alimentares.
* Alimentos privilegiados: frutos,
legumes verdes, saladas, etc.
jejum
Indispensável, dá frequentemente resultados inesperados. 1 dia por semana. Cura
de fruta (uvas).
1 dia, a fruta.
O PADRE KNEIPP RECOMENDA
*Uma infusão de cominhos + funcho: 2 pitadas de cada planta
para 1 chávena de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 15
minutos.
*Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
*Também: afusões, banhos, banhos de assento frios (seguidos de
um duche muito quente), banhos quentes, banhos de vapor, fricções, etc.
A£ GUNS CONSELHOS DO OR. EW PARA O rRArAMEN7O
DE VÃRIOS rIPOS DE ENXAQUECA
* Dores de cabeça gãstricas: origem alimentar, indigestão. Sintomas, hálito
nauseabundo, opressão, fezes preguiçosas, enjoo, hemorróidas possíveis.
* Evitar as causas e vigiar a alimentação.
* Exercícios físicos e respiratórios.
379
Enxaqueca (cefaleias, dores de cabeça)
Banhos de vapor seguidos de fricções. Camisa de Neptuno. Lavagens intestinais
diárias. Dores de cabeça reumatismais: não têm sintomas específicos. São
violentas e agravadas pelos movimentos, os esforços, a flexão, a tosse, os
espirros, uma sensação de tensão na nuca. Quanto à dor, esta piora com a pressão
(Ver Reumatismos, p. 538). Banhos de vapor, duche morno da cabeça (diários).
Fricções. Em caso de prisão de ventre, fazer lavagens intestinais. Dores de
cabeça nervosas: periódicas. Acompanham o período menstrual, as emoçõ es. A dor
é surda ou violenta, e aumenta geralmente com a pressão. Banhos de vapor dos pés
e das pernas, acompanhados de compressas frescas na cabeça e na nuca. Banhos
mornos com afusão fresca da cabeça e da nuca. Lavagens intestinais eventuais, em
caso de prisão de ventre. Dores de cabeça com sensação de frio: Afusôes quentes,
repetidas várias vezes por dia. Compressas quentes no pescoço. Dores de cabeça
opressivas: manifestamse por fortes pulsações nas veias temporais e no pescoço.
Surgem após uma excitação, um golpe de sol, consumo de álcool. Banhos de assento
frios prolongados, acompanhados de um banho de vapor dos pés (ou de um banho
quente dos pés).
A £ GUMA S RECEMA S A NMA S Sumo de hera tomado pelo nariz cura as enxaquecas
mais violentas (receita popular). As folhas de matricãrla em decocção, aplicadas
em cataplasmas na cabeça, são particularmente convenientes quando os doentes se
queixam de frio na cabeça (segundo Cheneau). A cataplasma de verbena em
decocçâo: 20 g de planta em 1 litro de água. Ferver durante 20 minutos e deixar
em infusão 10 minutos. Aplicar 2 ou 3 vezes ao dia, com uma compressa embebida
na mistura. Uma cebola cortada em duas metades iguais pôr de molho em álcool a
900 durante 15 minutos e aplicar durante algum tempo na testa e nas têmporas
(segundo Chomel). Cataplasmas com uma decocção de manjericão + lavanda. 3
pitadas de cada planta em meio litro de água. Ferver durante 20 minutos,
misturar em partes iguais com vinagre. Aplicar por meio de uma compressa ou de
um pano, 2 ou 3 vezes ao dia.
380
Epilepsia
Epilepsia
epilepsia era chamada, antigamente, mal caduco, mal comicial, mal sagrado, etc.
Manifestase por uma inconsciência e uma insensibilidade súbitas, acompanhadas
de convulsões. Deve colocarse o doente na cama, de modo a que este não possa
magoarse. Colocase, se possível, um lenço na boca, de modo a evitar que o
doente morda a língua. Não se deve forçar o doente
a abrir as mãos. Devese aliviarlhe o colarinho e o cinto das calças.
0m90i
às * Val&rIana CardOb&17t0
Tasneir.7 Milfolhas
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU IMUSiO Valeriâna + Cardo bento + Tasneíro k MíMolhas
1 pitada de cada planta em meio litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
ó10OS OSSOIMi.VIS
23@ ErvacIdreIr.7
2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia. (Essências aconselhadas: nardo, artemísia, mas só
sob receita médica).
Sonhos *
Banhos quentes adicionados de “flores de feno” em infusão, todos os dias.
* Banhos de assento frios, 3 vezes por semana.
LOMOgOM
* As lavagens são recomendadas
com uma infusão de camomila:
10 cabeças de camomila em meio litro de água. Ferver e deixarem infusão durante
10 minutos.
* Fazer a lavagem morna com uma
11 pêra”, de manhã em jejum.
ÁSIânhos de vapor
2 vezes por semana. @R MIMUI§O de NOPN170
2 vezes por semana.
W¥ Aliment.7Ção
Não excitante, pode fazer a doença evoluir de forma favorável.
381
Epilepsia
Evitar: excitantes, café, chá, tabaco, álcool, vinho, cerveja, sobrealimentaçâo,
pratos com molhos, especiarias, manteiga cozinhada, charcutaria, fritos, aipo,
etc. Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, fruta fresca, legumes verdes,
couve, beterraba, limão, alface, endívías, pepino, espinafres, uvas, alperces,
figos, cereais integrais, etc.
jejum
* Acalma e descontrai. * 1 dia por semana, se possível. * 1 dia, a fruta. * Cura
de fruta.
CONSELHOS
Banhos de ar livre e de sol: são indispensáveis.
Praticar o endurecimento, andar de pés descalços na erva húmida,
na água, na tijoleira, na pedra húmida, etc.
Durante o ataque
COMPIV5M5
Se a cabeça estiver fresca: compressas muito húmidas, mornas, em volta da
cabeça, da nuca, dos pés e no baixoventre, ao nível das partes genitais.
Repetir frequentemente. Fazer também massagens no pescoço. Se a cabeça estiver
quente.compressas frias. Manter a cabeça alta, esfregar os pés com as mãos
previamente molhadas em água fria.
Roceit,15
ArtemIsiacomum
Certas fontes dizem que a raiz de artemísia reduzida a pó tem fortes
propriedades antiepilépticas. Polvilhar por cima dos alimentos, como condimento.
Para evitar os ataques
GalíUm Vorum
A planta inteira ou as extremidades floridas em infusão: sob receita médica.
NabododIabo ATENÇÃO1 Esta planta é muito perigosa, pode provocar acidentes
mortais. Deve ser receitada por um especialista.
382
Erisipela
V.710r1a17a
* As raízes da valeriana possuem
propriedades antiespasmódicas que podem ser aproveitadas na epilepsia e também
nas neuroses, nas histerias e na coreia (dança de São Gui). Foi um médico
italiano, Fabio Colonna, que descobriu, no século xvii, a acçã o antiepiléptica
da valeriana.
* Infusão: 20 g de raiz em 1 litro
de água fria, durante 12 horas.
* Tomar 1 ou 2 chávenas por dia.
* Banho: 100 g de planta em infusão em 1 litro de água fria, durante 24 horas.
Acrescentase a preparação à água do banho.
visco
Esta planta foi venerada pelos Celtas. Utilizase há muito tempo para tratar a
epilepsia e as convulsões. Podem comprarse preparações nas ervanárias ou nas
farmácias. Esta planta é utilizada em certos países como forragem, e observase
então um aumento da produção de leite nas vacas e nas ovelhas, daí a
possibilidade de ter uma acção hormonal.
O PADRE KNEIPP RECOMENDA
Andar de pés descalços todos os dias. Andar na água (no Inverno, ficar de pé na
banheira, ‘14 cheia de água fria) durante 5 a 10 minutos.
Erisipela
er Eczerna (p. 372), Impigens (p. 438), Pele (p. 504). A erisipela manifestase
por vermelhidão na pele acompanhada de inchaços, precedidos de arrepios, febre,
sonolência, náuseas e eventualmente vómitos. A febre pode desaparecer logo que
surgem as primeiras vermelhidões, ou pelo contrário, persistir; também pode
haver sensação de calor, comichão, dores, a língua fica carregada e constatase
uma perda de apetite. O hálito é fétido.
A erisipela pode atacar todas as partes do corpo.
383
Erisipela
OMPOi @@JJ/ ‘95 * Sabugueíro Labaça
Ervaursa Tussíl,9~ (Passodeasno)
1 ou 2 drageias de cada 1 vez ao dia.
OU ll7fUSãO
sabugueliO + labaça + Ervaursa Tussílagem
1 ou 2 pitadas de cada planta em 1 litro de água. Ferver durante 1 minuto e
deixar em infusão 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
Ervaurs.7
1 ou 2 gotas, 3 vezes ao dia.
COMP/M_9.95
* Alternadamente quentes e frias,
de meia em meia hora. Repetir.
* Na erisipela do rosto, molhar um
pano em água morna (25 a 30OC) e aplicar. Repetir a partir do momento em que a
compressa aquece as partes tratadas (geralmente ao fim de 10 a
15 minutos).
ÁMonhos de mpor
Curtos, de 20 a 30 minutos, 3 vezes por semana.
LOVOg0175 *
* Fazer com água morna, todas
as manhãs.
MIMIUS
* MailloIsde corpo constituídos por
uma camisa molhada morna, conservada durante 1 a 2 horas, se possível. Estes
InalIlots devem ser repetidos até desaparecer a febre.
Alimen~10 *
Simples, exclusivamente composta de caldos de legumes e de sumos de fruta
(fresca). Beber líquidos suficientes e comer poucos alimentos sólidos. Em geral,
o doente não sente fome e não deve ser obrigado a comer. Evitar: todo o tipo de
álcool, vinho, cerveja, tabaco, chocolate, café, doces, pastelarias, carnes,
crustáceos, charcutarías, salmoura, pão, etc. A realimentação deve ser feita por
meio de pequenas refeições, essencialmente compostas de fruta e de legumes.
384
Escaldão (golpe de sol) 1 Escarlatina/ Esclerose em placas
Escaldão (golpe de sol)
er Queimaduras (p. 534).
Escarlatina
r fundamentalmente uma doença infantil, geralmente epidérnica. A febre Epode
atingir os 400 ou mais, e surgem na pele mancliasi vermelhas escarlates que se
espalham rapidamente e provocam inflamações. Diminuiçã o da urina, náuseas,
vómitos, amígdalas inchadas.
Tratamento idêntico ao do Sarampo (ver p. 554). Vigilância médica indispensável.
Recoltas lf fitotempêuticas
Borragem
*No início da doença, fazer uma lavagem com uma infusão de flores de borragem.
*20 g de planta em 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão
20 minutos.
* Aplicar com uma “pêra”, de preferência de manhã, e conservar durante 20
minutos.
* Os rebentos jovens podem ser
consumidos em saladas e as folhas servem de aromatizante.
* Esta planta também tem a fama
de tratar a irritação e a congestão dos rins.
Esclerose em placas
er Poluição electromagnética Alergias e doenças ambientais (p. 207).
385
Escrófulas Adenites Alporcas
Escrófulas Adenites Alporcas
das estas afecções estão ligadas aos gânglios linfáticos. vigilância médica
indispensável.
ÁO/0 .90AOS * Cr.7vodedefu171o Fraxínea
Salv.7 Lúpulo Fucus VeSICUIOSU$
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infus#O Cr.?vodedefui7to @ Fraxínea :^] , SaM7 ,< /_úPU/O
1 pitada de cada planta em meio litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia (+ drageias de Fticus veslculosus).
MOSSO90M
Com a seguinte preparação: meio litro de azeite (ou óleo de amêndoas doces + 30
g de ervadesâoJoâo + 20 cabeças de camornila. Expor ao sol durante 8 dias ou
aquecer em banhomaria durante 30 minutos. Utilizar tal qual em fricções.
OSIMIOS *
Com algas marinhas (preparação pronta a utilizar que se encontra nas lojas de
dietética ou nas farmácias). Lave o corpo com água morna, envolvase numa toalha
sem enxugar o corpo e deitese.
L.N~Ofi7 *
Lavagem com água morna. Conservar durante 20 minutos.
COMIS.MS
Camisas de Mores de feno” quentes, com envolvimento, à noite.
Ágonhos dlo vopor *
Banhos de vapor seguidos de um banho quente, 3 vezes por semana.
Alimentação *
Alimentação rigorosa, não excitante. A alimentação vegetariana é a mais
adaptada. Evitar: tabaco, álcool, vinho, cerveja, charcutaria, pratos com
molhos, manteiga cozinhada, doces, pastelaria, carnes gordas, queijos fortes,
caça, etc.
386
Espasmofilia (Tetania)
Alimentos privilegiados: legumes verdes, levedura de cerveja, sopas de legumes,
papas de aveia, saladas, fruta, etc.
ioiuln
* Recomendado. * 1 dia, a fruta.
Espasmofilia (Tetania)
anifestase por contracções musculares, de forma e intensidade variáveis.
Diversas causas são possíveis.
ÁO #13901 &9.9 *
GaVal11717.7 MIMOlhaS (Aquileía) Urtíga Elouterococo Fucus VeSI;5VI0SUS
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez
por dia.
Cura de dragelas: * 2 drageias de elouterococo + 2
drageias de Fucus wsIculosus. * Várias vezes por ano, especialmente na Primavera
e no Outono: geleia real (segundo indicação do apicultor) e cápsulas de onagra
(4 por dia). * Cura renovável de 1 mês.
ou /MUSA0 *
Gavalínha + MIlfolhas (4quilela) + Urtíga
1 pitada de cada planta em meio litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 10 minutos.
Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
óIOM OS5017C1015
Alpa
2 gotas, 3 vezes ao dia, alternadamente, dia sim dia não, com: &rvacidreíra
2 ou 3 gotas, 3 vezes ao dia.
@@I] 88/7/108*
Banhos completos quentes com preparações à base de algas marinhas (de manhã, de
preferência).
8,717hOS dO OSSOIMO
Mornos e depois frios, com uma duração de 5 a 10 minutos, dia sim dia não.
387
Espasmofilia (Tetania)
8s17hos de vapor *
1 a 2 por semana, com uma duração de 20 a 30 minutos, seguidos de uma fricção
fresca.
Duchos eafilsões *
Diárias, dos braços, das coxas, do rosto e do pescoço. M A1M7e17M0o *
Atenção à sobrealimentação. Evitar: carnes vermelhas, açúcar e seus derivados,
pastelaria, sal, charcutaria, fritos, salmoura, maionese, álcool, cerveja,
vinho, especiarias, óleos refinados, pão branco, café, chá, tabaco, gorduras
animais, manteiga cozinhada, queijos fortes, etc.
* Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, germen de trigo, óleos de
caroço de uva e de girassol, papas de aveia, trigo, pão integral, frutos e os
legumes frescos, couve, chucrute (sem charcutaria), aipo, cenouras, amêndoas,
nozes, avelãs, figos, tâmaras, cebolas, alho, alcachofras, espinafres, uvas
(secas e frescas), alperces, ameixas, salsa, saladas, limão, laranjas, toranjas,
ananás, etc.
* Mastigue bem os alimentos.
Jejum
* Aconselhado 1 ou 2 dias por
semana.
* Cura de fruta.
CONSELHOS
Proceda a uma boa ventilação dos quartos.
388
Esterilidade 1 Estornatite Gengivite
Esterilidade
onsulta médica indispensável.
RECEIM AN77GA
Sementes de &mio, em pó. 3 ou 4 pitadas em infusão em leite
ou vinho. Tomar esta infusão 4 ou 5 dias seguidos, 3 horas antes do jantar.
Durante o tratamento, absterse de relações sexuais.
Esta receita é citada por Mathiole, Feitagius e Simon Pauli, que
acrescentam que esta semente é o melhor tratamento para o corrimento branco.
Estomatíte Gengivite
er Aftas (p. 198), Boca (p. 261), Dentes (p. 356).
onsulte o dentista.
389
* Fadiga Convalescença Esgotamento Fraqueza
* Febre
* Feridas
* Feridas abertas
* Fibroma uterino
* Fígado
* Fístulas anais
* Flatulências Gases intestinais
* Flebite
* Fracturas
* Fragilidade capilar
* Frieiras
* Frigidez
* Furúnculos
Fadiga Convalescença Esgotamento Fraqueza
Fadiga Convalescença
Esgotamento Fraqueza
fadiga pode decorrer de uma actividade física ou intelectual demasiado intensa
ou, pelo contrário, de uma inactividade prolongada. Em qualquer dos casos deve
procurar as causas: doenças, alimentação, etc.
Nas crianças e nos adolescentes que se queixam de fadiga, atenção à música e aos
sons violentos (hardrock, músicas ditas “tecrio” ... ); suprimir os
auscultadores individuais extremamente nocivos para o equilíbrio nervoso, para
as faculdades de memorização e para a atenção. A música violenta pode também
predispor às perturbações cardíacas, auditivas, ete. Ver tarribém: Anemia (p.
231), Insónia (p. 446).
ÁOM .VOA
465 * M27nj&ivi7a Ar1@@1o1óqtií.9 M.7rroló Segurelha
* 1 ou 2 drageias por dia. * Fazer curas várias vezes por ano de .
Fucus vosIctilosus @â1gas marIniws), ElouterOCOCO
* 3 drageias de cada, durante períodos de 1 mês.
ou Infusão Mai7jerona + ArístolóquIa Malroló + Seguroffia
1 pitada de cada planta para 1
chávena de água.
ó100,5 VS5VOCAVIS AlecrIm
2 gotas 3 vezes ao dia.
392
Massagem ErV.?d&SãO@1óãO + G.717701ník7
Com óleo de ervadesãojoáo, segundo Chomei: Para meio litro de azeite (ou óleo
de amêndoasdoces), 30 g de ervadesãojoâo e 20 cabeças de camomila. Deixar
macerar durante 8 dias ao sol. Filtrar. Para acelerar a preparação: aquecer a
mistura em banhomaria durante 20 minutos. Filtrar.
2 massagens por semana. @33@ Banhos dos antebraços e dos pés com a seguinte
decocção:
Eucaliplo ,, AlecrIM k S.?/va
2 ou 3 pitadas de cada planta
Fadiga Convalescença Esgotamento Fraqueza
para 1 litro de água. Ferver durante 5 minutos e acrescentar 4 ou 5 litros de
água quente. Tomar alternadamente durante 5 minutos banhos dos antebraços e dos
pés. Passar por água fresca. Friccionar. Repetir 3 vezes por semana.
SOMIOS C0177.010t05
Com algas marinhas (preparaçâo pronta a utilizar que se pode comprar nas lojas
de dietética ou nas farmácias).
8M71105 dO V0POr *
Durante uma hora, todos os dias, seguidos de uma fricção fresca total.
COMISO qUOMO Molhada e espremida. Conservar durante 1 hora, 1 vez ao dia, e
terminar com uma fricçã o total.
9@ A1197701M900
Os excessos alimentares não
resolvem de modo nenhum o problema da fadiga. Muito pelo contrário, a
mobilização anormal dos órgãos da digestão podem fazêla aumentar.
* Evitar: todos os excitantes, café,
chá, tabaco, álcool, vinho, cerveja, charcutaria, pratos com molhos, enchidos,
salmoura, fritos, manteiga cozinhada, abuso de matérias gordas.
* Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, germe de trigo, geleia real,
mel, limão, laranjas, quivi, mirtilos, uvas, alperces, cássis, salsa, cerefólio,
legumes verdes, cereais integrais, flocos de aveia, papas de trigo, arroz
integral, pão integral, etc.
Jejum
Contrariamente ao que normalmente se pensa, o jejum combate eficazmente a
fadiga. Deve ser praticado, se possível, 1 dia por semana.
1 dia, a fruta.
Crianças fracas
S6J7h05 @avando
Banhos de lavanda: 150 g de planta fresca para 2 litros de água. Ferver durante
15 minutos e deixar repousar durante 20 minutos. Acrescentar à água do banho.
Duração do banho: 10 a 20 minutos, 2 ou 3 vezes por semana. Estes banhos também
são antiparasitários.
393
Febre
Fadíga e fraqueza geral
tinto: 10 g de cada planta maceCO/8 rados em vinho
durante 8 dias. MarmelelroCOMUM Filtrar.
Tomar um copo pequeno, de li
Infusão fria dos frutos em vinho cor, 1 vez ao dia.
CONSELHOS
Se a fraqueza for muscular e tiver por origem a exaustão física:
repousar e descontrairse. Ver Relaxamento, Exercícios respiratórios, p. 137.
Se a fadiga tiver por origem uma inactividade física prolongada,
aconselhamse a marcha e os exercícios físicos. Quando surgirem melhoras:
* Afusões frescas.
* Endurecimentos, andar de pés descalços (ver p. 132)
Febre
febre não é uma doença independente, mas sim o estado que resulta do esforço
extremo do organismo para se libertar de uma doença e
restabelecer o estado normal. Ela traz um calor excessivo e um aumento do ritmo
cardíaco. Este calor alterna com sensações de frio e é acompanhado também de
sede persistente, dores, cefaleias, urina escura, etc.
Harless dizia o seguinte:
“Dêemme os meios de provocar a febre e curarei todas as doenças. “
A transpiração nas doenças febris é útil e indispensável.
394
Febre
Olveias * Bard.7178 Cel7táUrOd Gênciana Rai1717aaosprados Carolo
eslrelado
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez
ao dia.
ou Infusão Bard27na @ Centáurea + Gênciana + Rainhaolos~prados + Cardo
estrelado
* 1 ou 2 pitadas de cada planta em 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 15 minutos. * 4 chávenas ao longo do dia.
ó10OS OSSORCAVIS Eucalipio
1 gota 3 vezcs ao dia.
óleos essenciais recomendados:
tomilho, niauli, canela, Iavenda.
80171105 *
Banhos dos antebraços e dos pés com a seguinte decocção: @aV.?nda + Sabugueiro
Eucalipio
2 ou 3 pitadas de cada planta
para meio litro de água, acrescentar 4 a 5 litros de água quente e tomar
alternadamente um banho dos braços e dos pés durante 5 minutos. Friccionar com
água morna. Deitarse imediatamente.
* Fricção morna total do corpo.
* Banhos mornos acompanhados
de um duche cuja temperatura deve ser inferior à do banho. Envolverse num
roupão, sem secar o corpo, e colocar uma toalha em volta do pescoço. Deitarse e
cobrirse e permanecer assim, de 30 a 60 minutos. Colocar eventualmente nos pés
uma garrafa de água quente, envolvida num pano húmido.
ÁILZ~607 *
* Ver Prisão de ventre, p. 522.
* Com meio litro de água morna.
Conservar durante 20 minutos.
8817h05 dO V8POr *
Banhos de vapor dos pés, de 20 a 30 minutos, seguidos de uma fricção morna.
Se a febre continuar
AlIMOMOÇãO
Um doente com febre tem pouco ou nenhum apetite.
A alimentação fundamental deve consistir em caldos de legumes, alguma fruta e
sumos de fruta.
395
Feridas abertas
O DR. 8IIIZ RECOMENDA E CONSIDERA
COMO MUI7O EFICAZ
*2, 3 ou até 4 envolvimentos do corpo húmidos mornos durante cerca de 15 a 30
minutos (no máximo), sendo os primeiros os mais curtos. *Em seguida, banhos
mornos acompanhados de duches. Secar o corpo, friccionálo bem, sobretudo os
pés, e ir para a cama. *Se os pés não aquecerem, aplicar uma garrafa bem quente
envolvida num pano muito húmido e quente.
Feridas abertas
ependendo da importância da lesão, pode ser necessário executar uma sutura ou
proceder a uma intervençã o médica. Os tratamentos abaixo descritos deram provas
e podem ser utilizados em todo o tipo de feridas. Nã o esquecer que a supuração,
tal como a
transpiração, é um meio utilizado pelo corpo para eliminar os detritos e os
venenos acumulados no organismo.
ÁO
54.offoi ‘75 * @LfJJ Gardobento Tanchagom
2 drageias, alternadamente, dia sim dia não, com:
C.7Vali1717a UrtIga * 2 drageias de cada, tomadas ao longo do dia. * Nas
feridas purulentas, que não cícatrizam:
El&uterococo Levedura de c&rveja * 2 a 4 drageias de cada por dia, em cura
prolongada.
* Também uma cura de cioreto de
magnésio: * 20 g para 1 litro de água (meio copo de manhã em jejum, durante 3
semanas, excepto em casos de insuficiência renal grave) ou 117fusão C3r0'0
b&17t0 Ta17C173geM + CaVaffi717a Ult1
qa
1 pitada de cada planta para 1
chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão 15 minutos.
396
Feridas abertas
Beber 3 a 5 chávenas por dia.
OS.9enci óleos ais (@@ “,;Ira
Algumas gotas numa compressa. Aplicar.
COMIPANSMOS
12 ou COMPfessas Compressas de:
Cardobento + Cavalinha + foffia de Carva117o + M11 _folhas *1 pitada de cada
planta para 2 chávenas de á gua, Ferver durante 20 minutos e deixar em infusão
meia hora. *Aplicar e repetir a compressa várias vezes ao dia. Ou cataplasmas
de: argila, misturada com a decocçâo anterior.
*A couve também pode ser utilizada: folhas, lavadas e esmagadas, aplicamse na
ferida.
*Compressas com decocções de
urtiga + tanchagem + ervadesão4ourenço.
*Chomei dá também a seguinte
fórmula:
Consoldapr.7noe + Ervaaosãolourenço + Brune12? + Saxífraga + Ervaaosão
j@2àÓ + Wróníca + Salva + Oréqão + Híssopo + Monta
* Artemh91a + Escrofulária
* Betónica + ArIstolóquia
*Esta preparação pode ser obtid
em farmácia: para 1 litro de vinho branco, deitar 60 a 70 g de plantas
misturadas em partes iguais. Deixar esta mistura em infusão durante 3 dias,
perto de
uma fonte de calor moderado. Em seguida aquecer em banhomaria de modo a reduzir
a mistura de ‘13. Filtrar e conservar num frasco bem fechado. Esta água
vulnerária utilizase sobre as feridas, inchaços, supurações, etc.
8,7/7/105 £0 MpOr
2 por semana, dependendo do estado da ferida. No início dar banhos de curta
duração: 20 a 30 minutos.
AlimelMaÇão *
Tal como vimos acima, as feridas purulentas acentuam uma disfunção orgânica.
Devese portanto vigiar muito particularmente a alimentaçao.
* Vegetariana, de preferência.
* Contraindicações: carnes gordas, charcutaria, caça, vinho, cerveja, álcool,
queijos fortes (came~rt 1Ivarot, brie), conservas, fritos, etc.
* Alimentos privilegiados: cereais integrais, trigo sarraceno, aveia, frutos
frescos e secos, legumes, saladas, óleos virgens (azeitona, girassol, caroço de
uva), levedura de cerveja. W jejum *
Praticado 1 dia por semana, acompanhado de uma cura de fruta, constitui um meio
excelente de purificação interna.
397
Fibroma uterino
CONSELHOS
Praticar:
Cinturão de Neptuno (p. 148.). Banhos de ar livre e de sol (p. 15 1).
Endurecimento (p. 132).
Fibroma uterino
gílância e consulta médicas indispensáveis.
2j aravelas *
Argentina Bolsacepastor
carva1170 (10117as) 1 âmiobranco Cr.7vodedefunto
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU Argentína , Bolsadepasior @ Carv.71170 (10N17as) + LâMIObranco + Cr.?vo
dedefunto
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos
e deixar em infusão 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
ó100.9 essencisis Cípr&ste (sob receita médica)
2 gotas, 2 a 3 vezes ao dia.
Á9W17hVS dO OSSOMO *
Banhos de assento mornos, com massagens suaves no ventre e no baixoventre.
Banhos de assento frios, 3 vezes por semana.
MIMeIMIÇJ0
Deve vigiar a alimentação. Evitar: álcool, vinho, gorduras animais, manteiga
cozinhada, queijos fortes, charcutaria, enchidos, salmoura, carnes gordas,
conservas, sardinhas, peixes gordos, condimentos, especiarias, pimenta,
mostarda, vinagre. Diminuir substancialmente o consumo de sal, de açúcar e
suprimir pastelaria, Alimentos privilegiados: leve398
Fígado
dura de cerveja, germe de trigo, cereais integrais, flocos de aveia, todos os
frutos frescos e secos, saladas, vegetais crus, legumes verdes.
Jejun7
1 dia por semana, se possível. Cura de fruta (uvas).
O PADRE KNEIPP RECOMENDA
Entre outras coisas, a aplicação da camisa húmida, 2 vezes por semana.
Fígado
r também Cólicas hepáticas (p. 329), Flatulências (p. 403), Diarreias p. 366).
Para descongestionar o fígado
DIwffoi ‘os * Agrímóní& Dentéde1.9ão
Angélica Ouelidónia Ervamoloírín17.7
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão Agrimónía + Dente~deleão
Angélica + Quolídónia + Ervamoloírín17a
* 1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2
minutos e deixar em infusão 20 minutos. * Tomar 3 chávenas por dia.
ó*~ 055017c1.915 * Bétula (sob prescrição médica)
1 gota, 2 vezes ao dia.
ÁS:61711os dos ~ *
Até meio da barriga da perna, com uma decocçâo de:
Alocrim + louro
L1@@J MIMUI00 dO NO.Offi170
2 vezes por semana.
399
Fígado
Receit,Ts
9f1 fitotempêuticlas
A /C.? ch o fr.7
* Decocção: 30 g para 1 litro de
água a ferver.
* Tem uma acção diurética, depurativa, digestiva e estimulante das secreções
biliares.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
* Também é possível beber a água
da cozedura de alcachofra (à razão de meio copo, 2 vezes ao dia).
solda
Pela sua capacidade de fazer aumentar a formação de bílis e a sua fluidez, esta
planta é utilizada sob a forma de tinturamãe, de extracto fluido ou de infusão
em diversas afecções do fígado. É originária do Chile.
Gardobel710
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água. Ferver e deixar macerar durante 20 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
Cardomarí.7no
* Infusão de 10 g de sementes
para 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 20 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia, meia
hora antes das refeições, durante 1 mês.
Erv.?desãolouren.ço
* A infusão estimula a secreção
biliar.
* 10 g de planta para 1 litro de
água.
* Tomar 2 chávenas por dia.
Eupatórígcan17amosa
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão coberta, durante 20 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
* Ou macerar 40 g de folhas em 1
litro de vinho durante 1 semana.
* Tomar 1 copo pequeno, de licor,
1 vez ao dia.
Grain.7
* Tisana de 10 g de raiz para 1
litro de água, que deve ferver devagar. Podese acrescentar alcaçuz e cevada.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Híbisco
* Esta planta regula a secreção da
bílis.
* Infusão de 20 g de planta para 1
litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Perpétua
* Infusão de 10 g de planta para 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão 20 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
Vínhê?
* Infusão de 20 g de folhas para 1
litro de água fria. Ferver e deixar em infusão 20 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia, durante pelo menos 1 mês.
400
Fístulas anais
Para:
Afusões Banhos Banhos de vapor Alimentação Jejum
CONSELHOS
Ver Cólicas hepáticas, p. 329.
Fístulas anais
ratase de lesões húmidas que frequentemente ocasionam pruridos. Ver Alergias
(p. 207), Eczerna (p. 372), Pele (p. 504).
DIw901
às * Centáuroqpoquena 1,9baça
Esc.7b1osa Ainorperfolto * 1 ou 2 drageias de cada por dia. * Cura de
prõpolis em drageias ou em solução: * 3 drageias de cada por dia, durante 1 mês,
várias vezes por ano.
OU 11MUSãO Gentáurwpequena + La'@gÇ'q + Esc,9biosa + Amorp&rfelto * 1 pitada
de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 15
minutos. * Tomar 2 ou 3 chávenas por dia, fora das refeições.
ó10OS OSSOMIOIS sassafrás
1 gota, 3 vezes ao dia. Aplicação externa:
Lavanda
2 vezes por dia (diluída em óleo de amêndoasdoces).
ÁRN/7h05 0f0 OSSeIMO *
Banhos de assento quentes com uma infusão de cavalinha: 5 ou
6 pitadas para meio litro de água. Ferver e acrescentar à água do banho de
assento. Duração: 20 a 25 minutos. Passar por água morna.
3 vezes por semana.
401
Fístulas anais
L~g0175 *
*Com uma infusão de cavalinha
ou uma decocção de carvalho.
*Para meio litro de água, 5 pitadas de uma ou de outra.
*Fazer uma lavagem morna, 3
vezes por semana.
* Dos braços e das coxas, alternadamente com uma afusão superior do peito e das
costas. * 3 vezes por semana.
MWUffio de NO.Offil70 ou comisã d10 ffio/VS dO M170’” *
2 ou 3 vezes por semana.
9@ AlIMOMOÇA0 *
Como em todas as doenças da pele, o factor alimentar é determinante.
* Evitar: gorduras animais, manteiga cozinhada, carnes gordas, carnes vermelhas,
excitantes, café, tabaco, chá, álcool, vinho, cerveja, pimenta, mostarda. Vigiar
o consumo de sal, açúcar, pão branco, queijos fortes, crustáceos, enchidos,
charcutaria, maionese, pratos com molhos, etc.
* Alimentos privilegiados: agrião (macerado em iogurte, tomado
de manhã em jejum: receita do Dr. Chornel), levedura de cerveja, fruta fresca,
laranjas, toranjas, ananás, legumes verdes, cenoura, saladas, cereais integrais,
papas de aveia, salsa, morangos, etc.
J¥11177
Indispensável. É um meio curativo activo para resolver todos os problemas da
pele. Se possível, 1 dia por semana. Cura de fruta.
CONSELHOS
Atenção: usar roupa interior em fibras naturais e mudála todos
os dias. Evitar o contacto de fibras sintéticas com a pele.
Para as aplicações complementares externas, ver em Impigens as
receitas úteis do Dr. Chornel, p. 440. Banhos de ar livre e de sol (ver p. 15 1
402
Flatulência Gases intestinais
Flatulência Gases intestinais
ão sintomas isolados de perturbações da digestão. Estas emissões podem ser
passageiras ou persistentes. As diversas causas são as seguintes: mastigação
deficiente, ausência de actividade física, úlceras gástricas, consumo excessivo
de cerveja, de couve, de chucrute, etc.
0109ei
as *
Aipo Zimbio AngélIc.7
Poejobravo
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou 117fusão
Aipo + ZImbro + AngélIcz? + Po ejo b r.? vo
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver e deixar em infusão
durante 20 minutos. * Tomar 3 chávenas por dia.
óleos asse/IC1,61.9
MOSC.7d27
* 1 gota, 2 vezes ao dia.
ou Ma17jorona
* 2 gotas, 2 vezes ao dia.
SP/MIOS Oro assento
Banhos de assento quentes com massagem do ventre e do baixoventre, seguidos de
um banho de assento frio curto.
Lovapens *
COM ‘12 litro de água morna. Conservar durante 20 minutos.
ouchos o ofusões *
* Das coxas e do baixoventre,
seguidas de uma fricção vigorosa. 3 vezes por semana.
* Afusão rectal.
cilituloo £f6 Noptulio *
Praticar.
ReceIffis
A~líc7arcai7gffic.7 Infusão de 10 g de raiz para 1 litro de água fria. Ferver
durante
2 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
Anis verdé
* Infusão de 10 9 de sementes
esmagadas para 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
403
Flebite
Func17o
* 15 g de frutos esmagados para
1 litro de água fria. Ferver. * Tomar 3 chávenas
Rábal70SlIVOStr& É aconselhado contra a preguiça do aparelho respiratório. É
diurético e antiescorbútico. Reduzido a papas, pode ser utilizado
em cataplasmas para tratar a ciática.
A11177e1M9~
Alimentos privilegiados: aipo, anis, alho, funcho, nozes, avelãs, gengibre,
pimenta (moderadamente), canela.
ALGUMAS RECEI7A5 ÜrEIS
* 150 g de nozes moídas e maceradas durante 1 noite inteira em
1 litro de vinho rosé curam os gases (segundo Chomel). Tomar
1 a 3 cálices por dia. * A infusão de anis + funcho é aconsethada por Kneipp: 1
pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver 2 minutos e deixar em
infusão 10 minutos, Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
CONSELHOS
Colocar uma garrafa de água quente sobre o baixoventre (eventualmente
envolvida numa toalha molhada em água quente).
Actividade física, indispensável.
Flebite
VI, (
r também Varizes (p. 598). Vigilância médica indispensável.
404
Flebite
ÁOlogoi
OS * Hamamélís Zimbro Amorperfeíto Bólula
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez
ao dia.
OU IMUSiO hamamélis k Zimbro ,A morPeneito * B01u1.7 ff0117as) * 2 pitadas de
cada planta para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. Também:
hamamélIs, Consolda, T7evocoroaoerei
* Infusão de 10 g de planta (à
escolha) em 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
*Tomar 5 chávenas todos os dias.
Ruafétída (sob prescrição médica)
*Infusão de 20 g de planta em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 10 minutos.
*Tomar 2 chávenas por dia.
ATENÇA01 Esta planta é perigosa, pode provocar hemorragias o gastrenteritesi
*Tem também propriedades
vermífugas e regula o ritmo da menstruação. É conhecida pelas suas propriedades
abortivas. Está presente no “bagaço” italiano: a grappa.
2
ó1005 OSSOMIOIS ?111 Cípreste
2 gotas, 3 vezes ao dia (sob receita médica).
ou Canela
3 gotas, 3 vezes ao dia.
MIMUI*O dO NOPtUI7O
2 ou 3 vezes por semana.
AlimelMã.Ção *
* Regime severo, com tendência
vegetariana se possível.
* Contraindicações: os excitantes como chá, café, chocolate, tabaco, álcool,
vinho, cerveja, aperitivos, bem como charcutaria, carnes gordas, enchidos, caça,
carne de cavalo, fritos, conservas, açúcar, sal, pimenta, pimentos, mostarda,
queijos fortes, pratos com molhos, etc.
* Alimentos privilegiados: germe
de trigo, pão integral, legumes cozidos em água, saladas, vegetais crus,
levedura de cerveja, cenoura, beterraba, ananás, cerejas, mirtilos, maçãs,
tomates, toranjas, salsa, funcho, couve rôxa, espinafres, alho, limão, laranjas,
etc.
Jejum
1 dia por semana, Cura de sumo de cenoura, de couve, de limão, de toranjas.
405
Fracturas
CONSELHOS
Evitar ficar muito tempo de pé.
Lavagens contra a prisão de ventre, se necessário.
Banhos de pés (biquotidianos), mornos, seguidos de uma passagem por água
fresca.
Massagens (1 vez ao dia) assíduas, começando pelo meio das
coxas face interna , com os polegares previamente molhados em água fresca ou
em óleo de amêndoasdoces. Subir lentamente até ao baixoventre (segundo o Dr.
Bilz).
Fracturas
ratamento médico indispensável. Ver também o capítulo sobre o Múmio, p. 167. Não
existe nenhum tratamento que possa reduzir as fracturas sem uma intervenção
médica. Desde sempre que os especialistas tiveram por dever intervir. Recorria
se a um “endireita”. Durante muito tempo estes “endireitas” fizeram concorrência
aos médicos. Alguns tinham uma tal dexteridade que os períodos de consolidação
eram muito curtos. Outros, infelizmente, tinham falta de habilidade, e os
pacientes ficavam estropiados para o resto da vida. Poucos “ endireitas” correm
o risco (no Ocidente) de se dedicarem a tais práticas nos nossos dias. Devemos
dizer que, neste campo específico, certos médicos competem, em virtuosismo, com
os antigos praticantes tradicionais.
Assinalamos, a título de pequena história, que na América do Sul,
particularmente no Peru, os xamãs “reparam os membros partidos” envolvendoos
numa serpente que os mantém no lugar até à cura total.
Os nossos conselhos limitarseão, por conseguinte, a algumas receitas que têm
como finalidade activar a consolidação e, eventualmente, a cicatrização.
406
Fracturas
CIMPIOS/7785 *
As cataplasmas quentes de argila podem ser utilizadas depois de se retirar o
gesso (nos estados inflamatórios aplicamse cataplasmas frias). A argila tem
propriedades descongestionantes descritas por inúmeros autores.
Receitas fitotelaPêuticas
As plantas remineralizantes são particularmente recomencladas.
C.7valínim?
* 30 g de planta para 1 litro de água fria. Deixar repousar 6 horas e em seguida
ferver lentamente durante 30 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos. *
Beber 4 chávenas por dia.
ESP7danadeá_qua
* 30 g de raiz seca para 1 litro de água. Ferver durante 15 minutos e deixar em
infusão 10 minutos. * Tomar 1 chávena de manhã e à noite, durante 20 dias.
Pulmonáií2?
* Ferver durante 20 minutos 30 g de raízes em 1 litro de água. * Tomar 1 chávena
todas as manhãs durante 1 mês.
GeMOtOMPAI
* Obtèmse bons resultados com
a gemoterapia, por meio de preparações à base de rebentos de abeto (Abíes),
cãssis @Rib&s) e sequõia. O seu farmacêutico poderá executar este tipo de
preparação.
* Tomase à razão de 30 a 40
gotas num pouco de água, 1 vez ao dia.
Outras plantas que podem ser utilizadas:
Urtíga, Rábanosllvestro, Fucus vesiculosus
AlIMOIMOÇJ0
* Evitar: álcool, açúcar, café, pratos pesados e indigestos, charcutaria,
queijos fortes, carnes gordas, fritos e todos os excessos alimentares.
* Alimentos privilegiados: couve,
aipo, cenouras, rabanetes, agrião, aveia, grãos germinados, pólen, geleia real.
* O sumo de nabo é também um
remineralizante extraordinário. Preparase moendo 3 ou 4 nabos de tamanho médio
numa centrifugadora, de modo a obter cerca de 314 de copo. Prefira os nabos
novos.
* Tomar essa dose 1 vez ao dia.
407
Fragilidade capilar
Fragilidade capilar
comprimento da rede capilar no corpo humano é de 6300 metros. A resistência das
vénulas está adaptada à pressão sanguínea. As perturbações circulatórias, os
dedos dormentes e os hematomas frequentes são
as suas consequências.
Ver eventualmente Hemorróidas (p. 423), Sangue (p. 549).
‘01wffoi
os * H.91namélis Gardo~bento
ErvadeSão10ão
Milfoffias (AquIlela)
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez
ao dia.
01/ Infusão H,gmamélIs @. Cardobento @, Ervaoe~sào@1oào Milf01173S (AqUil01.7)
* 1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2
minutos e deixar em infusão durante 15 minutos. * Tomar 3 chávenas por dia.
Também:
GIni(go bIloba
Em infusão ou tinturamãe.
óleos CIPresté
2 gotas, 3 vezes ao dia (sob receita médica).
Áy817h05*
Banhos do corpo quentes, com
preparações à base de algas marinhas (prontas a utilizar, à venda nas lojas de
dietética ou nas farmácias), seguidos de uma loção fresca e de uma fricção
vigorosa.
SoMIOS de wPor *
2 banhos por semana, seguidos de 1 fricção fresca.
J:ó@@ó@è
66 ô
Dos braços e das pernas, alternando com uma afusâo fulgurante.
A11117017~O
Evitar: álcool, vinho, cerveja, pratos com molhos, charcutaria, carnes gordas,
gorduras animais, manteiga cozinhada, enchidos, conservas, anxovas, peixes
gordos, açúcar, pastelaria. Atenção ao sal.
408
Frieiras
Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, fruta fresca, couve, chucrute,
legumes verdes, cereais integrais, pão integral, frutos secos, amêndoas, nozes,
avelãs, uvas, salsa, cerefólio, alho, cebola, saladas, espargos, mirtilos,
cássis, etc.
jejum
Descongestiona e melhora a flexibilidade dos vasos sanguíneos.
1 dia, a fruta, Cura de fruta.
CONSELHOS
Praticar os exercícios respiratórios e os endurecimentos.
Frieiras
ontrariamente ao que habitualmente se pensa, o álcool não protege contra o frio
e as suas consequências. Só a sua acção analgésica permite suportálo
temporariamente.
As pessoas sujeitas às frieiras podem fazer duas vezes por ano, na Primavera e
no Outono, as seguintes curas:
0m90i8.9 * Própolís Levedura de cerveja
2 drageias de cada, durante 1 mês.
Prevenção das frieiras
O Dr. Chomel preconiza fazer, no Verão, aplicações de morangos frescos esmagados
nas partes atingidas no Inverno.
Estas aplicações fazemse sob a forma de cataplasmas que se colocam durante 4 ou
5 noites sucessivas.
409
Frieiras
Quanto às lesões, tratamse da seguinte maneira:
D0C0C00
Decocção de nabo aplicada nas lesões. Repetir. [o C~PIOSM85
De figos cozidos em mel, colocados nas feridas, aliviam rapidamente. De cenoura
ralada, aplicada directamente. Podese também misturar couve o cenoura com
argila, para fazer um emplastro.
compresmS *
* Compressas húmidas e mornas
que se conservam e renovam nos locais lesionados.
Fric~
* Fazer fricções frescas (nunca
aquecer um pé, uma mão, aproximandoos de uma fonte de calor) até o membro ficar
quente.
* Ou fricções frescas parciais da
parte superior do corpo.
881711OS *
Banhos locais mornos, seguidos de fricções frescas. Quando os membros aquecerem,
podem aplicarse compressas quentes.
Fazer afusões frescas dos membros, da cabeça e do pescoço.
&7difIVOAM0~ *
Andar de pés descalços na Primavera e no Verão.
AlIMO1M300
Evitar: álcool, pratos demasiado quentes ou gelados, alimentos difíceis de
digerir. Alimentos privilegiados: alho, cebola, nozes, avelãs, amêndoas,
bananas, alperces, aipo, cenouras, azeitonas, agrião, alface, espinafres,
endívias, legumes secos, fruta fresca, cereais integrais, germe de trigo,
levedura de cerveja, tomate, salsa, figos, tâmaras, ananás, mel e os produtos da
colmeia, etc.
Â9JUM
Praticar como medida de prevenção. Cura de fruta, indispensável.
1 dia, a fruta: neste caso específico, as curas de fruta devem ser feitas na
Primavera, no fim do Verão e no Outono (especialmente aconselhada a cura de
uvas) .
410
Frigidez
Frigidez
r a incapacidade, na mulher, de atingir o orgasmo. A ausência de desejo, Eos
problemas afectivos e psicoló gicos e as lesões funcionais (raras), etc. estão
na sua origem.
Vigiar: o álcool, a diabetes, a obesidade e as doenças nervosas.
DIw901
os * LL(@JJ GInS&ngVerMO1170
4 a 6 drageias por dia. Ou:
Eleutêrococo
4 a 8 drageias por dia. Complementos sinérgicos eventuais:
Própolís, Gel&ialeal Levedura do cerveja, Fucus vesículosus
Em drageias ou qualquer outra forma de preparação.
ó16M OSSOMASIS
Gei7CI.9M
2 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁRO/7/105 dO OSSOIMO *
* Banhos de assento quentes, seguidos de um banho de assento frio curto. * 3
vezes por semana.
LLo=J Ág:Rnj>os de V.I.Dor *
2 vezes por semana.
Duches o ?fusões *
Das coxas, do baixoventre e dos braços.
MIMO/MOÇãO
Alimentação sóbria, evitar todos os excitantes e euforizantes que tenham efeitos
contrários aos pretendidos. Evitar: álcool, vinho, cerveja, tabaco, açúcar,
pastelaria. Atençâo aos excessos de chá e de café. Alimentos privilegiados:
alho, alcachofra, germe de trigo, levedura de cerveja, aipo, amêndoas, nozes,
avelãs, óleo de amendoins, canela, gengibre, açafrão, pimenta preta.
JeAUM *
É recomendado como desintoxicante. Cura de fruta.
411
Furúnculos
CONSELHOS
O relaxarnento e os exercícios respiratórios são indispensáveis (ver p. 137).
Andar de pés descalços, na erva húmida, e praticar o endurecimento são também
exercícios aconselhados (ver p. 132).
Furúnculos
s furúnculos devemse à infecção dos folículos pilosos por um
estafilococo. Formase uma bolsa de pus que amadurece a acaba por rebentar.
Ver Abcessos, p. 188.
Aplicase em compressas ou em cataplasmas, que se preparam da seguinte maneira:
Argila verde (meio copo) à qual se acrescenta uma parte da preparaçao anterior,
de modo a obter uma pasta untuosa. Aplicar 2 ou 3 vezes ao dia.
TOM11170OrV.7Ursa orégãoVulg7r S7nícula&urop&17
10 g de folhas moídas para meio litro de água. Ferver durante 10 minutos e
deixar em infusão 20 minutos. Aplicase em compressas ou em cataplasmas, que se
preparam da seguinte maneira: Argila verde (meio copo) à qual se acrescenta uma
parte da preparaçáo anterior, de modo a obter uma pasta untuosa, Aplicar 2 ou 3
vezes ao dia.
=@jjr Receitas MotelaPêuticas F&nogr&go ou Malva
10 g de planta para meio litro de água. Ferver durante 10 minutos. Aplicar em
compressas, 2 ou 3 vezes ao dia.
L inária
Em pomada para uso externo (utilizada também para as hemorróidas).
selodes19101não
Utilizar o rizoma seco e reduzido a pó: 10 g para meio litro de água. Ferver
durante 10 minutos e deixar em infusão 20 minutos.
412
G
Gaguez
Gangrena
Gastrites
Gengivas
Gota
Gretas
Gripe
Gaguez
Gaguez
efeito da fala, pode ocorrer a qualquer momento: a meio de uma palavra ou de uma
conversa. Apesar dos esforços, a palavra fica bloqueada. Na maioria dos casos
está presente uma respiração ofegante ou irregular.
de loções frescas acompanhadas de fricções.
OUCI7OS o &fusões *
Diárias, do rosto e do peito, alternando com os braços e as coxas afusão
rectal.
AI1M0I7M00
Alimentação saudável, equilibrada, pouca ou nenhuma carne (sempre bem passada),
fruta fresca, iogurtes, lacticínios, frutos secos, amêndoas, nozes, avelãs, pão
integral. Alimentos privilegiados: cereais integrais, trigo germinado, levedura,
uvas, cenouras, ananás, alho, cebola.
jejum
Recomendado. Fazer também curas de frutos frescos.
Lav.7nda Prím~ra
2 ou 3 drageias de cada por dia.
ou 117filsio * Lavand2?
3 pitadas para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão
15 minutos. Tomar 3 ou 4 chá venas por dia (segundo Chomei, Abrégá d& IMSt01r0 ~
Pla171&S).
ó10OS OSSOO7CAVIS Lav.7nda
1 ou 2 gotas, 2 vezes ao dia. @@3 ÁRRIMIOS dO OSSOMO
Quentes, 1 vez por semana. Banhos de assento com fricções,
2 vezes por semana. @w ÁRI/7/105 dO V8POr
2 vezes por semana, seguidos
414
Gangrena
Gangrena
ratase de uma mortificação local de uma parte do corpo que se torna
insensível. As origens podem ser diversas: queimaduras, traumatismos, feridas,
etc.
Vigilância médica indispensável.
DIw90i
w.9 * Cava11n17a Urtga ZImbro
Salsaparr1117.7
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU Cavalín17.7 + Urtiga + Zimbro + S,71saparr11178
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e
deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
ó/WS OMOMMIS
Cravodecabecínha
2 gotas, 3 vezes ao dia. Também os óleos essencias de oucalipto e de tomilho.
@=LU COMPrOSSOS *
Aplicações externas: em decocção e em compressas de:
casca de CarVI?1h0 Arístolóquí8
Aplicações de cataplasmas:
Co~ Argíla
B017hOS dO V0POr
Locais, se forem suportáveis. ffl .411/no~00 *
De preferência, vegetariana. Evitar: todos os excitantes, álcool, vinho,
cerveja, especiarias, carnes gordas, charcutaria, gorduras animais, manteiga
cozinhada, fritos, chocolate, chá, café, enchidos, crustáceos, moluscos, caça,
etc. Alimentos privilegiados: frutos frescos, legumes cozidos em água, cereais
integrais, levedura de cerveja, germe de trigo, etc. Ai jejum *
Indispensável, 1 ou 2 dias por semana.
1 dia de fruta.
415
Gastrites 1 Gengivas
CON$EÁLHOS DO ÁUR RIÁLZ
Uma higiene corporal perfeita. Compressas de cavalinha ou, alternativamente,
compressas de
água morna frequentemente renovadas.
Gastrites
er Inchaços (p. 443), Digestão difícil, Flatulências (p. 403), úlceras (p. 592),
etc.
Gengivas
v r também Aftas (p. 198), Boca (p. 261), Dentes (p. 356).
Receitas f1 fitolefaPêuticas
caiV.71170
As folhas de carvalho em infusão em vinho tinto com mel, aplicadas sob a forma
de gargarejos,
eram antigamente utilizadas com eficácia em casos de “relaxamento das gengivas”
(piorreia).
M.?rm&lelrocoinum
Utilizar sob a forma de gargarejos os frutos cortados em fatias e macerados em
vinho.
SANGRAMENTO DAS GENGIVAS
Recoltos lf fitoterãpdutlcas
Agrião
O agrião fortalece as gengivas enfraquecidas e sanguinolentas.
* Tinturamãe: 80 g em meio litro
de álcool a 700. Deixar macerar durante 3 semanas.
* Utilizar com água destilada: lavar a boca várias vezes ao dia.
416
Gengivas
Cardo morto (utiliza se também a Ervadesãoliago)
* Decocção recomendada para
dores diversas (também para as perturbações da menstruação).
* Infusão de 20 g de plantas em 1
litro de água fria. Ferver e apagar o lume. Deixar em infusão durante 20
minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
Pimentoirada~&mérica
* A goma resinosa é a substância
que se obtém depois de se entalhar a casca de uma árvore (como a bétula, o
choupo, etc.), quando sobe a seiva.
* Aplicar massajando as gengivas
durante alguns minutos, 1 vez ao dia.
T&rOffi71ina
* A resina, utilizada como goma
para mastigar, fortalece as gengivas.
GENGIVITES
Receitas fitote~UtICOS
Arníca~d,grnontanha
* Tinturamãe: 80 g de flores em
llitro de álcool a 700. Deixar macerar durante 15 dias. Filtrar.
* Deitar 2 colheradas num copo
de água morna e lavar a boca durante 15 minutos todos os dias.
* Utilizar a tintura não diluída para
os locais inflamados.
Malva
* Infusão de 10 g de folhas em 1
litro de água fria. Ferver durante
3 minutos e deixar em infusão
10 minutos.
* Lavar a boca com esta mistura
morna.
Mirtílo
* 20 g de bagas secas em meio
litro de água fria. Ferver durante
10 minutos.
* Lavar a boca com este líquido
quente.
Silva & Framboeselro
* A infusão das folhas é utilizada
como colutório (antiséptico que age na faringe) + consumo de amoras de estação.
* Infusão de 30 a 40 g por litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
* Pode ser utilizado por via oral,
mas também na água de lavagem dos dentes.
Tormontíffia
* 20 g de raiz para 1 litro de água.
Ferver 5 minutos e deixar em infusão 10 minutos.
* Para lavagem da boca, depois
de escovar os dentes.
417
Gota
Gota
s candidatos à gota têm, muito antes do aparecimento dos primeiros ) sintomas
desagradáveis e precursores desta doença, hemorróidas, perturbações do sono,
palpitações, mau humor, perturbações digestivas, opressão, etc.
A gota manifestase sob a forma de uma dor violenta no dedo grande do pé que
fica inchado e vermelho. A urina fica escura e surgem então diversos sintomas:
transpiração, sede intensa, febre, pulso rápido. Estas crises podem durar entre
4 e 9 dias e ser mais frequentes no fim do Inverno.
A gota afecta sobretudo as pessoas que comem muito.
ÁO/090/OS * Sétonic.7 Enços Zimbro
CalVal171n17a Raíl7h8dosprados
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU 11MUSJ0 Betonica + Engos + Zimbro * Carva1171n17.7 + Raínhadospr.7dos
2 ou 3 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e
deixar em infusão 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
ólws OSSO/7CI.TIS Sassafrás
* 1 gota, 3 vezes por dia.
N.8550g0177
* Massagem das partes gotosas
418
com óleo de ervad"ãojoão (receita do Dr. Chomel): Para meio litro de azeite,
deitar
30 g de ervad"ãojoão e 20 cabeças de cornornilo. Deixar macerar 8 dias ao sol
e filtrar. Para acelerar esta preparação, aquecer em banhomaria durante 20
minutos e acrescentar um quarto de álcool canforado.
SOMIOS dO OSSOIMO *
Quentes com “flores de feno” ou palha de aveia, 3 vezes por semana. Banhos
completos quentes com infusã o de palha de aveia, 3 vezes por semana.
OUC/105 e afusões *
Loções totais frias (fulgurantes),
Gretas
3 vezes por semana, de manhã ao acordar.
* Ou afusão dos joelhos, 3 vezes
por semana e semicúpio frio, curto (30 segundos).
* Afusâo rectal.
AlIme17M0o
A alimentação tem um papel determinante em todas as afec~ ções gotosas. Não
existe solução durável sem um regime ali~ mentar severo. Evitar: todos os
álcoois, vinho, cerveja, bebidas espirituosas, digestivos, aperitivos, carnes
gordas, enchidos, caça, charcutaria, salmoura, fritos, ovos, crustáceos, queijos
fortes, maionese, moluscos, manteiga, chocolate, chá, café, açúcar, pastelarias,
etc. Usar pouco sal. Afirrientos privilegiados: a alimentação vegetariana é de
longe superior a todos os regimes (não existe gota nas pes~ soas que praticam o
regime vegetariano há muito tempo), alho, cebola, couve, couve roxa, alhoporro,
saladas verdes, frutos frescos, maçãs, peras, ananás, limão, laranjas, toranjas,
morangos, cássis, mirtilos, salsa, cereais integrais, etc.
jejum
Indispensável, 1 dia por semana. Beber muita água. Cura de fruta.
D~MOIMO KM1,pp ~0 gOtá
* Envolver as partes inchadas com compressas de infusão de “fiores e feno
* Repetir de 2 em 2 ou de 3 em 3 horas.
Gretas
v r Frieiras (p. 409).
419
Gripe
Gripe
as essoas idosas esta afecção pode ter um carácter grave. Os sintomas
ca'racterizamse por arrepios, dificuldades respiratórias, cabeça pesada,
vertigens, febre, pieira, etc.
Ver Bronquites (p. 264), Febre (p. 395), Rouquidão (p. 544) e eventualmente
Prisão de ventre (p. 522).
D/0901
às * Verbascobr,9nco
TUSSIl.Igem Afarrolo
Ervziursa Veró171ci
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU Wffi.7scobr.inco
Tussilagem * «arrolo Ervaurs,9 , VerónIc.7
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 2 minutos e
deixar em infusão um quarto de hora. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
2
óleos essencimis @1] Pínho
3 gotas, 3 vezes ao dia. Em vaporização: os óleos essencíais de:
Híssopo ~ Euc.711pto
Lavanda
CONSELHOS
Para os conselhos gerais, ver Bronquites, p. 264: Banhos dos braços e dos pés.
Banhos de vapor.
Tratamentos Kneípp.
Alimentação.
Jejum.
420
H
. Hálito (mau)
Hernofilia Hemorragia
Hemorróidas
Hepatismo
Herpes Zona
Hidropisia
Hipertensão
Hipocondria
Hipotensão
Histeria
Hálito (mau) 1 Hemofilia Hemorragia
Hálito (mau)
evem tratarse as causas: o tabagismo, o abuso do álcool, as doenças biliares,
as afecções do estômago, da boca, as doenças digestivas, da dentição, etc.
infusão * Alcaçuz ou Anis Coei7tros
Infusão à razão de 3 ou 4 pitadas de planta para 1 chávena de água. Ferver
durante 3 ou 4 minutos e deixar em infusão 10 minutos.
Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ó1005 855817C10.1q * Hortelãpirnonta Canel.7 ou ErV.?C1dre1@a
1 gota, 2 ou 4 vezes ao dia.
Hemofilia Hemorragia
igilância médica para as hemorragias acidentais. Transporte imediato do doente
para o hospital mais próximo.
Dw61
595 * ‘1:5111 Aqu1101a (MIfoffias)
T.717C17.7~ TOrMO17t1117a
Bolsad&pastor Urtiga
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou IMUS90 * AquIlek? + T717c17.79em k Torment1117.7 + BOIMdePastor + Urtiga
* 1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 2 minutos e
deixar em infusão durante 15 minutos. * Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
422
Hemorróidas
Hemorróidas
s bemorróidas podem ocorrer devido a uma predisposição hereditária, mas também
doentia, de origem alimentar. Os homens são mais sujeitos a esta doença do que
as mulheres. Caracterizamse por um inchaço do baixoventre, inapetência, prisão
de ventre, comichão.
Dão origem a uma inflamação das mucosas rectais, com dor durante a evacuação.
Ver Fragilidade capilar (p. 408), Sangue (p. 549), eventualmente Prisão de
ventre (p. 522).
D12901
as * Verbascob1.7nco Bolsade Pastor Mírtílo A quíleia (MIlfoffias)
hamamélis
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Vorbascobranco + Bolsadepastor + Mírtílo + Aquíleía + Harnamélís * 1
pitada de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em
infusão durante 15 minutos. * Tomar 3 chávenas por dia.
ó180.9 essenciais ZIMbro
2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
Apresentamos várias aplicações locais que deram resultados muito úteis ao longo
dos séculos:
Figos esmagados, misturados com mel (segundo o Dr. Chomel). Cebola migada fina
misturada com manteiga fresca. Marroio misturado com mel. Verbascobranco +
Alteia em decocção em leite fresco.
ÁRV/71;05 *
Banhos de assento quentes, todos os dias. N.B.: os banhos de assento quentes,
durante as crises, acalmam as dores. Logo que surjam melhoras, os banhos de
assento devem ser tomados mornos e depois frios.
“~8178 * dIUMUS
A arlisto16quia em infusão e lavagem cura as hemorróidas internas (segundo o Dr.
Chomel):
3 ou 4 pitadas de planta para
423
Hemorróidas
meio litro de água. Ferver durante 3 ou 4 minutos e deixar em infusão durante 10
minutos.
* Fazer a lavagem com uma “pêra”
e conservar durante cerca de 20 minutos.
* Camomila em infusão e em lavagem (preparação idêntica à anterior).
8017hOS £fO Vã"r *
* Banhos de vapor de assento
durante 5 minutos, 2 vezes por semana.
* Banhos de vapor dos pés,
à noite, 2 vezes por semana.
ÁOI/CI1OS e afilsões
* Das coxas, 2 vezes por semana.
* Afusão rectal.
ffl CIMUIO0 dO NOPtUM
Dia sim dia não.
Recolffis
AqiMek? Milfoffias
Banho de assento: fazer uma infusão com 50 g de flores em 1 litro de água a
ferver. Deixar em infusão 1 hora, filtrar e acrescentar à água do banho.
8011h79e/19
*Receita popular italiana. Fazer
uma pomada com sumo de beringela cozida em azeite, à qual se acrescenta cera
virgem e sulfato de cobre. Esta mistura aplicase nas partes doentes.
GaMOMIlap9~17a
*Em banhos de vapor de assento:
20 g de flores em água a ferver. Duração do banho: 15 minutos.
H29m.imélIs
*Infusão de 20 g de casca (eventualmente também de folhas) em
1 litro de água fria. Ferver durante 5 minutos e deixar em infusão durante 10
minutos.
*Tomar 2 chávenas por dia.
*Pode utilizarse esta infusão sob
a forma de compressa. Neste caso deve utilizarse o dobro das plantas.
*A hamamélis era conhecida das
civilizações précolombianas.
O extracto das folhas e da casca é vasoconstritor e adstringente.
Marmelelrocomum
*Utilizamse os caroços do marmelo (fruto do marmeleirocomum) e a casca,
fervidos em leite. Colocase esta mistura em pequenos sacos de pano e aplicamse
(quentes) sobre as hemorróidas. Renovamse estas cataplasmas de meia em meia
hora.
* Também todas as plantas
adstringentes.
424
Hepatismo
* Infusão de 20 g de planta em 1
litro de água fria. Ferver e deixar em infusão durante 20 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
Potênti117a ansorina
* Infusão de 20 g de planta em 1
litro de água fria. Ferver e deixar em infusão durante meia hora.
* Fazer compressas.
Alimentação
Deve ser muito sóbria e ligeira. Evitar: especiarias, gorduras animais, fritos,
carnes gordas, manteiga cozinhada, peixes gordos, sardinhas, carapaus, caça,
carnes envelhecidas, álcool, vinho, cerveja, charcutaria, enchidos, queijos
fortes, crustáceos, chá, café, chocolate, açúcar e doces. Consumir pouco sal.
Alimentos privilegiados: fruta
fresca, mirtilos, cássis, pêssegos, alperces, uvas, toranjas, ananás, legumes
verdes, cereais integrais, pão integral, levedura de cerveja, amêndoas, nozes,
avelãs.
jejum
* Aconselhado para descongestionar. * 1 dia, a fruta.
CONSELHOS
Vida regular, sem excitações. Exercícios físicos.
Praticar o endurecimento e andar de pés descalços (ver p. 132).
Hepatísmo
v e
r Cálculos biliares (p. 274), Cólicas hepáticas (p. 329), Prisão de ventre (p.
522), Diarreias (p. 366), Fígado (p. 399), etc.
425
Herpes Zona
Herpes Zona
fecções cutâneas nas quais se formam pequenas bolhas. Podem ser
precedidas de febre. Encontramse principalmente no baixoventre, nas partes
genitais, no rosto, etc.
Ver também Impigens (p. 438) e Eczema (p. 372).
DIw901
os *
Esc.7b10sa Labaç.7 Doceam9rYa Amorperf&íto
2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão
Escabiosa + Iabaça + Doceamarga + AmorPerffiíto
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 15 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. Em aplicação externa:
óleo de Ervade~sãojoão
* Meio litro de azeite (ou óleo de
amêndoasdoces) + 30 g de ervad"ãojoão + 20 cabeças de carnomila. Expor
durante 8 dias ao sol e filtrar. Para acelerar a preparação, aquecer a mistura
em banhomaria durante 20 minutos.
* Aplicar sobre as lesões.
PessegueírO
* As folhas, piladas e esmagadas,
utilizamse sob a forma de cataplasmas (também para casos de úlceras).
50/7/105 * 47u017t05
Seguidos de um duche morno,
2 vezes por semana.
B017h05 dO 35501M0
Banhos de assento mornos, seguidos de um banho de assento frio curto. Todos os
dias.
ÁRanAios de va~ *
3 banhos de vapor por semana.
Das coxas e dos braços, 3 vezes por semana. Afusão rectal.
CIntuffio de Noptulio*
AI/MO/MOÇOO Deve ser sóbria e ligeira.
426
Hidropisia
Evitar: todos os abusos, álcool, vinho, cerveja, chocolate, café, chá, gorduras
animais, fritos, manteiga cozinhada, conservas, enchidos, maionese. Vigiar o sal
e o açúcar, etc. Alimentos privilegiados: alimentação vegetariana, de
preferência, sobretudo nos casos difíceis. Fruta fresca, legumes verdes,
saladas, couve, espargos, agrião,
levedura de cerveja, ananás, toranja, cereais integrais, nozes, avelãs, figos,
uvas, alperces, etc.
jejum *
1 dia por semana.
1 dia, a fruta. Cura de fruta.
Hidropisia
cumulação de líquidos nos tecidos e nas cavidades do corpo. Diversas doenças
podem dar origem a esta afecção: doenças do coração, dos pulmões, do fígado, dos
rins, do baço e a gota.
Os poros da cara ficam inchados, os tecidos distendidos e as pernas incham.
Esta doença,é acentuada pelos excessos de comida e de bebida. Devem tratarse as
causas principais.
Ver também Edema (p. 373).
ÁO~01
495* sabugueíro verônIca
Cardo bento Zimbro
Salsaparríl17.7
1 ou 2 drageias, 1 vez ao dia.
ou 117fusão * GíeSla
Infusão de 10 g de flores em 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante
20 minutos. Tomar 2 chávenas por dia.
* A giesta é também cardiotónica
e diurética (utilizar, contudo, em doses fracas).
Resta boi espinhosa * Infusão de 20 g de raiz em 1 litro de água a ferver.
Deixar em infusão durante 20 minutos. * Tomar 3 chávenas por dia.
Sabugueíro + Veróníca + Cardo bento + Zimbro + Salsaparríl17.7 * 1 pitada de
cada para 1 litro de
427
Hidropisia
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão 15 minutos.
Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. Ou:
salsa
* Infusão de 15 g de sementes ou
de raizes em 1 litro de água fria. Ferver e deixar em infusão durante 15
minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
ó10OS O.95017C1,015
ZIMbro
2 gotas, 2 vezes ao dia.
80/7/705 *
Banhos de pés (até ao meio da barriga da perna) com uma decocção de:
Zimbro @. Giést.7
3 pitadas de cada planta para meio litro de água. Manter em lume brando durante
20 minutos. Acrescentar à água do banho de pés. Depois do banho, passar por água
fresca e friccionar. Duração do banho: 10 minutos,
3 vezes por semana, de preferência à noite.
ÁRRIffiOS dO OSSOfitO *
Banhos de assento mornos de
15 a 20 minutos, 2 vezes ao dia,
seguidos de afusões frescas e de fricções.
£8V27g0175
Lavagens todas as manhãs com água morna ou com uma infusão de camomila: 3 ou 4
pitadas de planta (cerca de 10 cabeças) para meio litro de água. Ferver durante
1 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos. Fazer a lavagem com uma “pêra”
e conservar durante cerca de 20 minutos.
ÁRO17h05 dO VO~1 *
(Se forem suportáveis), curtos,
seguidos de uma fricção fresca.
@@n C117tUI*O OFO NeptUI7O
Dia sim dia não. H@ Alimentação
Não deve de modo nenhum ser excitante. Evitar: álcool, vinho, cerveja, legumes
feculentos, charcutaria, pratos com molhos e, de uma maneira geral, uma
alimentação rica, fritos, manteiga cozinhada, açúcar, pastelaria. Atenção ao
sal, etc.
428
Hidropisia
Alimentos privilegiados: fruta e legumes frescos, frutos secos, cebola, nozes,
avelãs, limão, toranja, agrião, rábano silvestre, . 1 dia por semana, se
possível. cereais integrais, pão integral, 1 dia, a fruta. papas de aveia,
etc. Cura de fruta fresca (uvas,
alperces, pêssegos, etc.).
O PADRE KNEIPP RECOMENDA
Semicúpios frios, curtos (30 segundos a 1 minuto), 4 vezes por
semana.
Banhos de vapor, de assento, 3 vezes por semana, com uma
decocção de “flores de feno”. E também:
Infusões de cavalinha + zimbro, alternando com infusões de
absinto + aloés.
1 de cada, 1 vez por dia.
AILGUMAS RECEIMS ú7EIS
Vinho de qlesta: ramos de giesta reduzidos a cinza (ou então
flores de giesta), misturados com vinho branco. Deixar repousar durante 1 ou 2
dias. Tomar 3 colheradas, de manhã e à noite (Dodonée).
Bagas de zlrnbro esmagadas e misturadas com vinho tinto (20
a 30 por litro). Tomar 3 colheradas, de manhã e à noite (Mathiole).
Vinho d alecrim: um punhado de alecrim pilado fino e misturado
com vinho branco. Deixar repousar 12 horas. Tomar 3 colheradas, de manhã e à
noite (Kneipp).
CONSELHOS
Exercícios Físicos (ver p. 133). Endurecimento e andar de pés descalços (ver p.
132). Exercícios respiratórios (ver p. 137). Banhos de ar livre e de sol (ver p.
151).
429
Hipertensão
Hipertensão
enção às perturbações persistentes, tais como dores de cabeça, zum `bidos nos
ouvidos, vertigens, insônia, fadiga, perturbações da visão, etc. Controlar
frequentemente a tensão arterial. Vigiar a exaustão física e intelectual, evitar
os ruídos, as contrariedades e a excitação.
Ver também Prisão de ventre (p. 522), Colesterof (p. 321).
DIw901
40.9 * Espinheiioalvar Ervabenta Bolsadepastor Oliveira (folhas) Salva
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Espin17eíroalv,ar + Ervabenta + Bolsadepastor Oliveira (f0117OS) + Salva
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos
e deixar repousar durante 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
2 gotas, 2 vezes ao dia (sob receita médica).
8817hOS dOS ~
Com uma infusão de:
Cornomil,9 + Espinheiroalvar + Salva
2 pitadas de cada planta para meio litro de água. Aquecer em
lume brando durante 20 minutos. Acrescentar 4 ou 5 litros de água.
* Este banho dos pés dura entre
10 ou 15 minutos. Em seguida passar os pés por água fria.
* 3 vezes por semana.
ÁRVIMIOS CtO OSSOIMO
* Banhos de assento frios ou com
fricções, 3 vezes por semana.
1,0~017.9 *
* Com uma infusão de alho: 5 ou
6 dentes de alho migado fino para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 15 minutos.
* Fazer esta lavagem, dia sim dia
não.
DUC/MS O.ofus~
* Dos braços e da cabeça, alternando com as coxas.
* Afusão rectal.
430
Hipocondria
AlimelMaÇão
O factor alimentar tem um papel preponderante na tensão arterial. O regime
alimentar deve ser feito sob vigilá ricia médica. Evitar: todos os excitantes,
chá, café, chocolate, tabaco, álcool, vinho, cerveja, gorduras animais, manteiga
cozinhada, fritos, charcutaria, caça, carnes gordas, mostarda, maionese. Pouco
sal e pouco pão. Alimentos privilegiados: comer alho a todas as refeições
(sobretudo cru) e, caso seja insuportável, consumilo em drageias; legumes e
frutos frescos, limão, óleo de milho e de girassol, cereais integrais, arroz,
aveia, cebola, tomate, beterraba, aipo, dentedeleão, cenoura, peras, maçãs,
couve, etc.
jejum
E indispensável. Produz bemestar e favorece a eliminação.
1 dia por semana. Cura de fruta.
CONSELHOS
N.B.: deve praticarse um regime severo até surgir uma melhoria
substancial.
Vigiar continuamente a tensão arterial.
Exercícios fisicos moderados.
Importante: praticar o relaxamento (ver p. 137), estar calmo
e descontraído. Evitar todas as contrariedades.
Hipocondria
doente observase e interpreta os sintomas. Anda silencioso, triste, gostada
solidão... anda atormentado pela angústia, por inquietações irrazoáveis e sofre
de dores, de calores e de suores frios.
Para o tratamento, ver: Depressão nervosa (p. 357), Neurastenia (p. 477) e
eventualmente Prisão de ve;itre (p. 522).
431
Hipotensão
MUITO ACONSELHADO PELO PADRE KNEW
Banhos de assento frios ou com fricções, todos os dias, bem como loções e
fricções totais, frescas e diárias.
CONSELHOS
Exercícios físicos (ver p. 133).
Endurecimento, andar de pés descalços na água (ver p. 132). Exercícios
respiratórios (ver p. 13 7).
Hipotensão
er também Fadiga, p. 392. A hipotensão pode provocar malestar, vertigens,
síncopes. É necessário fazer um exame médico para determinar a sua origem.
Á0m961 ‘15 *
Alecrim Zímbro Monta
2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
Golola rm71 Eleuterococo
Alternando com 4 a 6 drageias por dia, durante 1 mês.
ou /IMUSSO *
Alecrírn + Zimbro + Monta
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 3 minutos e
deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia, entre as
refeições.
08/7/105 d05 PóS Alocrim + Lavanda
2 ou 3 pitadas de cada planta para meio litro de água. Aquecer durante 20
minutos e acrescentar 4 ou 5 litros de água. Duração do banho: 10 a 15 minutos.
Em seguida passar os pés por água fria e friccionar.
432
Histeria
8617h05 dO 85501M0*
Banhos de assento frios ou com fricções, dia sim dia não.
B817h05 dO V0POr *
Curtos (sobretudo em caso de
fadiga), 2 vezes por semana.
Das coxas e dos braços, alternando com uma afusão fulgurante, dia sim dia não.
Aliment.9p10
Evitar: todos os excitantes, chá, café, tabaco, álcool, vinho, cerveja.
Alimentos privilegiados: cereais integrais, germe de trigo, arroz integral,
nozes, avelãs, espinafres, beterraba, couves, salsa, cerefólio, alho, cebola,
laranjas, alperces, tâmaras, peras, maçãs, ameixas.
jejum
1 dia de jejum, quando. Cura de fruta.
de vez em
CONSELHOS
Endurecimento, andar de pés descalços (ver p. 132).
Exercícios respiratórios (ver p. 137).
Histeria
pressão, malestar, espasmos no estômago, vómitos, arrotos ácidos, boca amarga,
gases intestinais, dores violentas nos intestinos, pele seca, excesso de saliva,
choros, tristeza, emoção exagerada, gemidos, soluços sem causa aparente, risos
súbitos, sensibilidade excessiva ao sabor dos alimentos: são estas as
manifestações mais comuns.
Ver também Nervosismo, p. 474 e, eventualmente, Prisão de ventre, p. 522.
433
Histeria
DIOgoi
4,5 * Aloás (socotrin.9) Erva
1 cídroíra Erwdosãojoão
V.71ería17.7
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
Eleuterococo
4 a 6 drageias por dia, em curas de 1 mês.
ou 1/7fi/são * Aloás + ErvacIdroira + POMPOdo #. Erva~desãojoão .,% Valeriana
1 pitada de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar
em infusão durante 15 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas ao dia.
Ranj>OS de OSS017to*
Banhos de assento frios ou com fricções, dia sim dia não.
ÁRI/7/105 OÇO V0POr2 vezes por semana, seguidos de uma loção fresca e de uma
fricção.
Dos braços e das coxas, alternadamente, com uma afusão fulgurante. Afusão
rectal.
CI1MU190 de Noptu170
AI1M01m300
Evitar: todas as sobrecargas alimentares, álcool, café, chá, tabaco, açúcar,
carnes gordas, gorduras animais, fritos, caça, charcutaria, etc. Alimentos
privilegiados: levedura de cerveja, cereais, fruta fresca, nozes, amêndoas,
alperces, espargos, alface, erva benta, dentedeleão, o germe de trigo,
produtos da colmeia, feijões, frutos secos, legumes secos, etc.
jejum
Aconselhado.
1 dia por semana. Cura de fruta.
CONSELHOS
Andar de pés descalços sobre pedras molhadas ou sobre a erva
húmida, várias. vezes ao dia, vigiando constantemente o aquecimento dos pés.
Loção diária do corpo com água misturada com vinagre (recomendada por Kneipp).
Andar dentro de água.
434
1
Icterícia
Impetigo
Impigens
Impotência
Inchaço (do ventre) Acrofagia
Incontinência urinária
Insectos
Insónia
Insónia (sono dificil)
Icterícia
Ileterícia
icterícia manifestase pelos sintomas seguintes: enfartamento, opressão, rnal
estar, vómitos, perturbações digestivas, sede, obstruções e
perda de apetite. Depois de alguns dias, a pele e a parte branca dos olhos ficam
amarelas e observase também um escurecimento da urina, etc.
ÁOlogoi
os * cr,19VOdedefunto Alquequ0i7g& C,?rdoro1.7i7do Resla boi (r.?iz)
Ervafnolelrínl?3
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
01/ Infusão Cr.ivodedefunto
” Alqueque17jé “ Cardoro
1.7120,O “’ Rest.9bo, (raIZ) I. &V,?Moleirj;717,1
1 pitada de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e
deixar em infus o durante 15 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. Ou:
LIMrIa Infusão de 10 9 de planta em 1 litro de água a ferver, Deixar em infusão
durante 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia. Utilizar também em caso de prisão
de ventre, angiocolite e perturbações das vias urinárias.
Veró17ica
Foi muito utilizada no passado para tratar a icterícia e a gravela. Também se
pensou que podia
tratar a tuberculose. Durante muito tempo foi considerada como uma panaceia.
Agora deixou de estar na moda. Utilizase todavia para as digestões difíceis, as
enxaquecas e as febres.
20 g de flores secas para 1 litro de água. Tomar 3 chávenas por dia, entre as
refeições.
COM~SSOS *
Compressas quentes sobre a re
0o do fígado e envolvimentos quentes. Molhar um pano em água quente e aplicálo
protegendoo com um cínturão em flanela. Repetir eventualmente de 3 em
3 horas,
Áwn/708 *
Semicúpios frios curtos (de 15 segundos a 1 minuto), 2 vezes por semana.
Lavagem
Com uma infusão de camomila:
10 cabeças de camomila para
436
Icterícia
meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos. Fazer a
lavagem morna com uma
11 pêra” de lavagem, de manhã em jejum. Conservar durante cerca de 20 minutos.
Ág317hos
Com alecrim + verbena, em infusão:
2 ou 3 pitadas de cada planta para meio litro de água. Ferver e acrescentar 4 ou
5 litros de água quente. Passar os pés por água morna. Duração do banho: 10 a 15
mi~ nutos, à noite, 3 vezes por semana.
ÁRMI#Os de assento
Banhas de assento mornos: todos os dias, durante 20 minutos, com massagem suave
do ventre e do baixoventre, tendo mergulhado previamente as mãos em água fria.
ÁRRIMios de vapor *
Banhos de vapor, seguidos de uma fricção morna, 3 vezes por semana,
OUCI1OS o Ofus~ *
Das coxas, 2 vezes por semana. Superior, 2 vezes por semana. Fulgurante, 1 vez
por semana. Rectal.
AlimenmÇão *
* A alimentação deve ser magra e
fácil de digerir,
* Suprimir: álcool, vinho, cerveja,
especiarias, pastelaria, fritos, gorduras animais, manteiga cozinhada, chá,
café, chocolate, maionese, enchidos e, de uma maneira geral, todos os alimentos
pesados e indigestos.
* Alimentos privilegiados: alcachofra, caldos de legumes, sumos de fruta, limão,
laranjas. Quando surgirem melhoras, começar a comer progressivamente fruta,
legumes cozidos em água, cereais integrais, papas de aveia, ameixas, germe de
trigo, levedura de cerveja, etc.
jejum
É necessário.
1 dia por semana,
1 dia, a fruta.
CONSELHOS
Quando surgirem melhoras: Endurecimentos (p. 132).
437
Impetigo / Impigens
Impetigo
r Impigens (p. 438), Eczerna (p. 372), Pele (p. 504).
Impigens
r uma inflamação da pele que surge em vários sítios. As impigens Efurfuráceas
ou a pitiríase surgem especialmente no pescoço, no peito, nas costas, nos braços
e nas mãos e formam pequenos pontos amarelos ou castanhos. Mais tarde surgem
grandes manchas amarelas, semelhantes ao farelo (do qual lhe vem o nome,
“furfur”).
Impigem com prurido (líquen): pequenos nódulos duros que provocam uma
comichão violenta.
Impígem purulenta: forma pequenas bolhas que deitam pus.
Impigem corrosiva (lúpus): nódulos que se espalham progressivamente, ficando o
centro com o aspecto de uma cicatriz. Ataca o rosto.
Impigem seca, impigem escamosa: tão frequente corno o eczema.
Forma escamas pálidas que depois se tornam avermelhadas, sanguinolentas. Afecta
as articulações do pescoço, dos joelhos e atinge menos frequentemente as outras
partes do corpo. Ver também Eczerna (p. 372), Erisipela (p. 383), Herpes (p.
426) e
Alergias (p. 207).
Á~01
405 * L.7b.7ç.7 Énulacampan,9 Escablosa Ervamoleírlnha
Lúpulo
1 ou 2 drageias por dia, alternadamente, semana sim semana não, com:
Fucus vesIculosus Própolís
2 ou 3 drageias de cada, na semana seguinte. Recomeçar.
438
Impigens
OU 117fUSãO *
1.7baÇa ‘ É17Ulacampana + Escabíosa + Erva1n0101r11717.9 + LúpUlO
1 pitada de cada planta para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão durante
15 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia,
ÁRO/7/705 *
Semicúpio frio ou fresco, curto, seguido de uma ligeira fricção.
2 vezes por semana.
ÁMO17hos de 85501M0
Banhos de assento frios, ou Banhos de assento com fricções.
3 vezes por semana.
So17hos de vapor*
Banhos de vapor na cama ou em posição sentada, 2 vezes por semana, seguidos de
uma ligeira fricção.
A fusão *
Afusão diária das coxas e dos braços, alternando com uma afusâo superior.
UM
401110t0.1
Ma1110t31,,: preparase como uma camisa de “flores de feno”
humedecida com água morna, que se conserva até evaporar a água (caso seja
suportável e sem causar malestar).
3 vezes por semana.
AlIMOIMIÇão
* Quanto mais antiga for esta
afecção, mais vigiada deverá ser a alimentação.
* Evitar: álcool, vinhos, cerveja,
tabaco, açúcar, pastelaria, pão branco, ovos, queijos fortes, carnes gordas,
charcutaria, caça, salmoura, enchidos, maionese, Limitar o consumo de sal.
* Alimentos prilvillegiados: agrião (macerado em iogurte, tomado
de manhã em jejum: receita do Dr. Chornel), levedura de cerveja, frutos frescos,
ananás, laranjas, toranjas, cenouras, couves, legumes verdes, alface, dentede
leão, cereais integrais, aveia, salsa, cerefôlio, cebola, morangos, etc.
jejum
* útil e indispensável. * 1 dia por semana ou mais dá excelentes resultados.
Também se recomenda: * 1 dia, a fruta. * Cura de fruta.
439
Impigens
ALGUMAS RECEIrAS úrEIS
Aconselhadas por Chornei, Tragus e Paulli.
* Aplicação externa:
IlabaÇa + ÉMI.7 campana
3 ou 4 pitadas de cada planta para meio litro de água, em
decocção. Aquecer sem ferver (30 minutos), acrescentar 10 g de flores de enxofre
e deixar macerar durante 1 hora. Aplicar 2 ou 3 vezes por dia.
* Escabilosa macerada em alcool canforado:
Para um frasco de 100 ci utilizar 15 g de planta. Deixar macerar
durante 2 dias. Aplicação idêntica à anterior.
* Ervad"áoJoão + buxo macerados em álcool:
Para 100 ci de álcool macerar 15 g de cada planta durante 1
semana. Filtrar e aplicar.
* Sobre o lúpus o Prof. Bilz preconizava aplicaçôes de cataplasmas
de argila misturada com uma decocção de cavalinha.
Repetir 2 ou 3 vezes ao dia.
CONSELHOS
Higiene minuciosa da pele com sabonete suave (sabonete preto). Ver também
Banhos de ar livre e de sol, p. 15 1.
Atenção, mude a roupa interior todos os dias, evite roupas em
fibras sintéticas, prefira as roupas em fibras naturais (algodão, lã, seda,
etc.)
Impotência
Impotência
.mpotência atinge os homens e manifestase pelos seguintes sintoA mlras: pênis
flácido, em certos casos incapacidade de erecção ou tensão insuficiente apesar
do desejo.
A ejaculação precoce, apesar de permitir o coito, pode ser considerada como uma
forma de impotência. As causas são diversas: alimentação incorrecta,
desentendimento entre os parceiros, abuso de certas substâncias medicamentosas,
exaustão física e intelectual, preocupações, desgostos, stress, mágoa,
nervosismo, lesões orgânicas (raras), diabetes, etc.
Vigiar também a obesidade e a prisão de ventre. Ver também o capítulo sobre os
remédios universais de origem animal e vegetal, p. 89.
DIZffoi
4,5 *
EleutêrOCOCO
4 a 6 drageias, 1 vez ao dia.
Espírulii7a Seguro117.7 AleCrIM
2 drageias de cada, 1 vez ao dia. Fazer também curas por períodos
de 1 mês, de:
G117Sffig VerMO1170 * 6 drageias por dia, alternando com:
Própolís * 6 drageias por dia.
ólWS OSSO17CATIS Alpo
2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
5617h05 *
Banhos de algas (preparação
pronta a usar que se pode comprar nas lojas de dietética ou nas farmácias), 3
vezes por semana, seguidos de uma afusão fresca e de uma fricção vigorosa.
BO/7/705 dO JISSOIMO
Banhos de assento frios ou com fricções, todos os dias. E banhos de assento
mornos com massagem do baixoventre,
3 vezes ao dia.
88/7/105 dO V.TpOr
2 vezes por semana.
Das coxas e do baixoventre, alternando com fulgurante, insis441
Impotência
tindo nas nádegas e nas partes dorsais. Acabar com fricções vigorosas.
ReceIffis Átotempéuticos
* Paulistado (RiC17eria gra17d15),
casca originária das Antilhas, macerada em álcool.
* 1 colher, de café, 1 ou 2 vezes
ao dia.
* loimbina (sob receita médica)
em infusão ou tinturamâe.
* Esfbndílio em maceração em
vinho ou álcool: 30 9 para 1 litro de vinho ou meio litro de álcool.
* Orquídeas, pervinca, ylangylang, hortelãpimenta, rinchão, gengibre, muira
puarna, cimicifuga: todas estas plantas podem ser tomadas em infusão, em álcool,
em vinho ou em tinturamãe, etc.
AffineIM?00
* Evitar todos os excessos alimentares. Efectivamente, a obesidade e a
sobrealimentação constituem a causa maior da impotência.
* Evitar: álcool, vinho, cerveja,
aperitivos, digestivos, gorduras, manteiga cozinhada, fritos, especiarias,
açúcar, pastelaria, etc.
* Alimentos privilegiados: alcachofra, germe de trigo, cereais integrais,
amêndoas, nozes, avelãs, saladas, peras, abacates, azeitonas, beterraba, couves,
espinafres, alperces, uvas, frutos frescos, legumes frescos e secos, etc.
JeJUM
* Fortemente aconselhado. * 1 dia por semana. * Cura de fruta. * 1 dia, a fruta.
RECEMAS úMIS
Vinhos afrodisíacos:
ZiMbrO @ GW7ela @. Segure117a * Alocrím , Múscada , Cola
15 g de cada planta (5 ou 6 pitadas) para 1 litro de bom vinho tinto. Deixar em
repouso ao abrigo da luz durante cerca de 10 dias, filtrar, adoçar. Tomar 3 ou 4
colheres por dia.
CONSELHOS
De modo a permitir uma melhor regeneração, evitar a excitação sexual durante
algum tempo (variável segundo os indivíduos).
442
Inchaço (do ventre) Aerofagia
Inchaço (do ventre) Aerofagia
A contece muito em pessoas que engolem as refeições, não importa
onde, não importa como, que comem sem mastigar e bebem demasiado. Pode ser
acompanhado de gases intestinais.
Quando surgirem melhoras, os banhos devem ser tomados cada vez menos quentes.
ÁLOVOg0175 *
Com uma infusão de camomila.
3 pitadas de camomila (cerca de
10 cabeças) para meio litro de água. Ferver, apagar o lume e deixar em infusão
durante 15 minutos. Filtrar. Fazer a lavagem morna (com uma “pêra”).
89/7h05 dO V0POr *
2 por semana, seguidos de loçôes frescas.
LL(@j Á@1wg0Ias *
Enulacampa17a GengIbre
* 2 drageias de cada: 1.O dia. NogueIr7 Orégão * 2 drageias de cada: 2.O dia.
* Alternadamente, dia sim dia não.
OU IMUSãO * ÉMIaC~Pal73 + Gengibre + NógiíeIra + Orégãos
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e
deixar em infusão durante 15 minutos.
Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ó10OS OSSO/MIRIS Alcaravia
1 gota, 2 vezes ao dia. Outros óleos essenciais:
A17is verde, ManyérIcão, Ganela, LImão, Muria, orégãos, Estragão
5917h05 dO OSSO/MO *
Banhos de assento quentes, com massagem do ventre e do baixoventre.
j DUCIles o afusões *
Diários: coxas, alternando com fulgurante e afusão rectal.
1@@ Alimentação *
Mastigue bem os alimentos, de forma a ensaliválos convenientemente.
443
Incontinência urinária
* Contraindicações: beber líquidos durante as refeições, pratos demasiado
quentes, bebidas geladas, álcool, vinho, cerveja, águas gaseificadas, tabaco,
chá e café.
* AllimentaçAo aconselhada: pão
integral, cereais integrais, fruta fresca, saladas, óleos vegetais, carnes bem
passadas e grelhadas, etc.
Alimentos privilegiados: limão, marmelos, estragão, cravodecabecinha, levedura
de cerveja.
11 Jejun? *
É uma excelente terapêutica para todas as perturbações gástricas. Praticar 1 vez
por semana, alternando com 1 dia de fruta (curas de uvas durante a estação).
CONSELHOS
Ver também:
Exercícios fisicos, (p. 133).
Repouso (p. 134).
Cinturão de Neptuno (p. 148).
o Ir 00 Incontinência urinaria
r também Próstata, p. 527.
IMUMIO * LM!J Milfolhas
3 ou 4 pitadas de planta para meio litro de água. Ferver durante 2 minutos e
deixar em infusão durante 15 minutos.
Tomar 1 chávena durante a
tarde.
N@@ 801717os de assento *
Banhos de assento mornos, de
10 a 15 minutos, seguidos de um banho de assento frio, curto e de fricções.
Semicúpio frio, de 5 a 10 segundos, de preferência de manhã ao acordar.
Das coxas e dos joelhos, 3 vezes por semana.
444
Insectos
O PADRE KN, EW RECOMENÁ a4 VA
Comer 10 bagas de zimbro todos os dias.
3 CONSELHOS 170 PROFESSOR BILZ
Não beber à noite, comer pouco e absterse de fruta fresca (sobretudo maçãs).
Urinar antes de ir para a cama. Fricções completas, mornas, 2 vezes por dia.
CONSELHOS
Atenção, nem vexames nem violência resolvem o problema. Devemos ser pacientes.
Insectos
orno protecção, para os afastar:
Píretro
Verdadeiro insecticida natural que substitui eficazmente (com poucos
inconvenientes) os produtos de síntese como o DDT
Tas17eir.7
O odor forte e específico desta planta protege a roupa dos insectos. As
capítulas reduzidas a pó podem substituir certos insecticidas. É uma planta
anti~ parasitária, vermífuga, que por isso mesmo é chamada, normalmente, de
“planta dos vermes”,
445
Insónia
Ins ônia
s causas das perturbações do sono são múltiplas e podern ter como origem uma
perturbação funcional. Só recentemente se constatou que o sono se divide em 5
ciclos: A primeira etapa chamada adormecimento é essencial. É de curta
duração e
dá acesso ao sono leve, durante o qual as funções cervicais abrandam.
Vem em seguida o sono profundo, que permite o repouso do corpo; é
* momento em que se faz a recuperação das forças despendidas durante
* dia. Depois vem a fase 4, que é a do sono muito profundo. As nossas funções
vitais fazemse ao ralenti. O sono paradoxal que lhe sucede é muitas vezes
acompanhado de alterações de posição, agitação, aceleração do pulso, da
respiração: é o momento em que sonhamos.
Cada período é importante, mas o mais crucíal é a fase de adormecimento, e a
maioria das insônias derivam das perturbações ligadas a esta
etapa. Quando sofremos stress ou contrariedades, ou quando atravessamos períodos
de excitação, de sobrecarga de trabalho, quando temos maus
hábitos alimentares, quando abusamos do cigarro, do álcool, das drogas, dos
medicamentos, sem por outro lado praticarmos actividades físicas, a
fase de adorrnecimento não pode efectuarse em condições óptimas. É por este
motivo que pretender agir sobre a insônia sem decidir mudar os hábitos que estão
na origem desta perturbação só pode ter efeitos ilusórios e, na pior das
hipóteses, com a utilização da panóplia de soníferos e de
tranquilizantes químicos que têm efeitos catastróficos.
As perturbações do sono não devem ser encaradas com ligeireza pois constituem,
tal como os outros sintomas, indicações extremamente significativas de que o
nosso corpo reclama de forma imperativa alterações no
nosso modo de vida.
Ver também Nervosismo (p. 474), Repouso (p. 134), Relaxamento (p. 13 7).
446
Insónia
DM90i8.9 * Trevocoroaderoí Ervacídreir.7 Wffiascobr.Inco
Valería17a
1 ou 2 drageias, 1 vez ao dia,
conforme as necessidades.
ou AnAUM~O * Trevocoroador&1 Ervacldr&lra Verbascobr.?nco
V.710riân8
*1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. *Tomar 2 ou 3 chávenas por dia
(podese acrescentar a esta preparação algumas gotas de flor de laranjeira).
ó1005 OSSOMÁTIS
2 ou 3 gotas, 3 vezes ao dia. Também os óleos essenciais de:
L ar7niãsamarg7s, C~Mí/27, Iver0111, M7n .1&ricão A medicina monãstica
preconiza:
*A mistura de folhas de ervacidreira + ervadeaspérula aromática + ervade
trevocoroaderei + ervadeagripalma + raiz de valeriana + Lúpulo + Artemísia
+ flor de sabugueiro + flor de urze + ervadesãojoão + ervadeprimavera.
*Em proporções iguais, misturar
1 colher, de sopa, em infusão durante 3 horas e aquecer ligeiramente.
*Tomar 3 chávenas por dia, 20
minutos antes das refeições.
ÁRI/7h05 *
* O padre Kneipp aconselha tomar
1 banho morno à noite, antes de ir para a cama.
80/7/705 dO 1550fitO
* 3 vezes por semana.
LIVOg0177 *
* Com uma infusão de camomila:
10 cabeças de camomila para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 10 minutos.
* Fazer esta lavagem morna com
uma “pêra”, de manhã, em jejum. Conservar durante cerca de
20 minutos.
E17du~MOIMO
* Passear de pés descalços na
erva húmida. Exercícios físicos. Muitas vezes o simples facto de andar a pé
antes de ir para a cama permite obter um sono reparador.
COMIS0 húMida
* Os efeitos relaxantes da camisa
húmida fazemse rapidamente sentir.
19@ AlIffielMação
Contraindicações: as refeições copiosas, excitantes tais como chá, café,
tabaco, álcool, vinhos, açúcar, gorduras animais, pratos com molhos, manteigas
cozinhadas, charcutaria, enchidos,
447
Insónia (sono difícil)
caça, carnes envelhecidas, excessos de sal, de especiarias e, de uma maneira
geral, todos os alimentos pesados e indigestos. Alimentos prívilegiados: uma
alimentação ligeira é essencial para obter um sono reparador de boa qualidade.
Devem privilegiarse todos os alimentos vegetais crus, acompanhados de óleo
vegetal de boa qualidade, se possível biológico e sempre de primeira pressão a
frio, em particular os óleos de azeitona, de cártamo, de girassol. Também se
devem consumir
saladas, especialmente alface, agrião, ervabenta, legumes como couve, cenoura,
funcho, bem assim frutos tais como maçã, alperce, uvas e, mais especificamente,
fruta de estação e da terra.
JeJUI77
É uma terapia essencial, particularmente nos indivíduos que sofrem de insônia de
origem alimentar. Curas de fruta fresca de estação: uvas, maçãs, alperces.
Insônia (sono dificil)
ratar sempre as causas. Ver também: Pesadelos (p. 517), Depressão nervosa (p.
357), etc.
Á0/0901 ‘75 * Ervacídrelra Valeríana
Mla Endro Artêmi'slá
1 drageia de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão * ErvacídwIra + Valerlana Tília + Endro k Artemísia
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 2 minutos e
deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 1 chávena à noite ao deitar
(eventualmente também 1 durante a tarde).
80/7h05 *
Banhos dos antebraços e dos pés com uma infusão de:
Louro + Ervacidrelra + L a vanda
3 ou 4 pitadas de cada planta
para 1 litro de água. Ferver e acrescentar a 4 ou 5 litros de água quente.
448
Insónia (sono difícil)
* Mergulhar 5 minutos os braços
e depois os pés e, passar em seguida por água fresca.
0817h05 de assento
* Banhos de assento frios ou com
fricções, 4 vezes por semana.
Lavagem *
* Lavagem morna com uma infusão de camomila: 10 cabeças para meio litro de água.
Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Fazer a lavagem morna com uma “pêra”, de manhã, em jejum.
Conservar durante cerca de 20 minutos.
* Fazer em seguida uma lavagem
fresca.
Sanhos de vapor *
3 vezes por semana.
L ,,: o, ‘1,4,,
ó@ó @`óJ111õO@ Dos joelhos,
ou das coxas e do baixoventre.
L@@J cintulgo de Neptu170
3 vezes por semana.
Recoltas lf fitotelaPêuticos
Alf27co
Utilizar o látex de alface fresco (que se obtém por compressão
ou numa trituradora eléctrica, seco ao abrigo da luz).
* Tomar o equivalente a 1 colher,
de sopa, diluída num copo de água, ao deitar.
Esc17sc17olizíadacalífórnía
* Infusão de 15 g de planta para 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Beber uma chávena à noite.
Func17o, ou Anísverde
* 10 g de frutos esmagados em
meio litro de água fria. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 10
minutos.
* Beber 2 chávenas por dia, 1 ao
deitar. /_ úp UIO
* Infusão de 20 g de cones em 1
litro de água.
* Beber 1 chávena durante a tarde e outra ao deitar.
M.717jríCãO
* Infusão de 15 g de folhas frescas para 1 litro de água. Ferver durante 2
minutos e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Beber 1 chávena durante a tarde
e outra ao deitar.
PassMor.7
* Infusão de 15 g de planta em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Beber 1 chávena à noite.
* Beber 1 chávena durante a tarde e outra ao deitar.
Valoríana ofícInal
* Infusão de 15 g de raiz em 1 litro
de água fria. Aquecer lentamente até ferver, apagar o lume e deixar em infusão.
* Tomar 1 chávena à noite ao deitar.
* Pode também ser utilizada sob a
449
Insónia (sono difícil)
forma de banhos: 40 g de planta para 2 litros de água. Ferver durante 5 minutos
e deixar em infusão durante 20 minutos. Acrescentar à água do banho. Tomar um
banho morno durante cerca de 10 minutos e terminar com uma loção fresca. Este
banho deve ser tomado, de preferência, durante a tarde.
2 ou 3 vezes por semana.
Vorb017.7 É a pimenta dos monjes de Rabelais e de Arnauld de Villeneuve. A
planta é conhecida pelas suas capacidades anafrodisíacas e é citada por Plínio e
Dioscórides. É também aperitiva. Infusão de 20 g das folhas ou das extremidades
floridas para
1 litro de água a ferver.
Allim917tição
Deve ser sóbria e ligeira, sobretudo à noite; as sobrecargas alimentares
predispõem às insónias. Evitar: todos os excitantes, álcool, vinho, cerveja,
tabaco, café, chá, chocolate, fritos, charcutaria, manteiga cozinhada. Comer
pouco à noite. Alimentos privilegiados: alface, maçã, abóbora, fruta, legumes
verdes, cereais integrais, levedura de cerveja, etc.
JeJUM
* Predispõe ao relaxamento.
* Cura de fruta.
BANHOS KNEIPP
Os muito nervosos devem tomar banhos completos quentes durante 20 a 25
minutos, antes de ir para a cama. Estes banhos devem ser seguidos de aplicações
frescas.
Para os outros, a melhor forma (para Kneipp) de vencer a insônia
é o semicúpio frio curto (de 10 segundos a 1 minuto). ou o banho de assento
frio (10 a 15 minutos).
CONSELHOS
Ver também: os exercícios respiratórios, o relaxamento (p. 137).
Evitar os espectáculos violentos, os ruídos, a música de forte
intensidade, a cólera, a excitação, as contrariedades, etc.
Praticar o endurecimento: andar de pés descalços na erva húmida
ou na água.
450
L@M
* Lactação
*Laringite
*Litíases
*Lombalgias (Lumbago)
*Magreza
*Melancolia
*Memória (perdas de)
*Menopausa
*Menstruação
*Metabolismo (perturbações do)
*Micoses
*Mucosas (inflamação das)
Lactação 1 Laringite
Lactação
Para favorecer a subida do leite
ffiffiSiO * Também se po
G.71e9.7
Infusão de 15 g de plantas em 1 litro de água fria. Ferver durante
5 minutos e deixar em infusão
10 minutos. Beber uma chávena à noite, ao deitar.
dom utilizar as seguintes tisanas:
Fenogieço, Anísverde, Alcaravia
* Infusão de 10 g da mistura para
1 litro de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão 10 minutos.
* Beber 3 chávenas por dia.
Para parar a subida do leite utilizavase:
Mercuría1 annua (o suino fresco díluído em água) Unicamente sob prescrição
médica.
ATENÇÃO1 É uma planta tõxica cuja acção é ainda mal conhocidal
Laringite
urge por ocasião de um resfriamento, ataca as mucosas nasais e a laringe.
Manifestase por irritação da garganta, perda de voz, secreção de mucosidades,
etc.
Ver também: Anginas (p. 234), Bronquites (p. 264), Gripe (p. 420).
5m90i ‘15 *
Escabíos& Agrimón1.7
Espin1701r0 (SI/V.7)
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU IMUSãO * Énu1.7C'yMpan,a @. EscaNosa + AgriMó17í8 EspInhoIro (silv.7)
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver du452
Laringite
rante 2 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 a 4 chávenas por dia.
* Em caso de laringites frequentes, fazer curas de drageias de própolis: 4 por
dia, por períodos de 1 mês.
Gengibr
* Infusão de 15 g do rizoma em
1 litro de água fria. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Beber 2 chávenas por dia.
ól~$ 055017CA1IS pInho
2 gotas, 3 vezes ao dia. InstilaçÁo da esséncia de:
Solva 11 EucalIpto Por meio de um difusor de aromas, instalado no quarto.
Alternativamente pode deitar algumas gotas num prato, previamente dissolvidas em
álcool, e dissolver esta mistura em 2 vezes o seu volume de água.
COMPUSSOS *
* Compressas no pescoço: alternadamente mornas e muito quentes.
* Duração: 1 a 2 horas. Fazer em
seguida uma fricção no corpo. Repetir.
GRIMIVOS ReSta b01 “ ESP11717&1110
15 @S//V?)
Em decocçâo. 2 ou 3 pitadas de
cada planta para meio litro de água. Ferver durante 20 minutos e deixar em
infusão durante
10 minutos.
* Fazer vários gargarejos por dia.
Malvagrande ffiores e
foffiss) ou Salva Oficinal (foffias) ou PIMPInelapequenadéSaxífr&ga (raIZ)
* Em infusão: 20 g de uma destas
plantas para 1 litro de água fria. Ferver durante 15 minutos (para a malva: 1
minuto). Deixar em infusão durante 10 minutos.
* Fazer gargarejos 5 vezes ao dia.
ÁSW171705 dOS ~ Lav.~27 * Sabugueiro + Eucalipto Em decocção: 2 pitadas de cada
planta para 1 litro de á gua. Aquecer durante 20 minutos. Acrescentar 4 ou 5
litros de água.
* Duração do banho: 20 a 30 minutos.
0817h05 dO OSSOIMO
* Banhos de assento frios ou com
fricções, 3 vezes por semana.
EsMios de m~ *
Banhos de vapor seguidos de um duche morno, insistindo particularmente na região
em volta da laringe, da nuca e das costas. (0 banho de vapor pode ser
453
Litíases
substituído por um banho muito quente).
8917/105 dO V3POr dos pós
3 vezes por semana, com uma duração de 20 minutos, seguidos de uma fricção
fresca.
AI1M017ATÇão *
Fresca, composta sobretudo de sopas, caldos de legumes, compotas, tisanas, fruta
fresca, laranjas, toranjas, limões, quivis, etc.
O PADRE KNEIPP RECOMENDA
1 loção total fresca todos os dias.
Cinturão de Neptuno com uma infusão de “flores de feno”, 2 vezes por semana.
3 semicúpios frios por semana de 10 a 30 segundos.
Afusões no peito.
Gargarejos de: verbascobranco + maiva, em infusão, várias
vezes ao dia.
CONSELHOS
Exercícios respiratórios (ver p. 137).
Quando surgirem melhoras: endurecimento, andar de pés descalços (ver p. 132).
Imperativo: supressão total do tabaco.
Litiases
r Cálculos (p. 334).
Lombalgias (Lumbago)
Lombalgias (Lumbago)
er Costas (p. 349), Artrose (p. 247). Dores súbitas na região lombar. A
lombalgia surge no seguimento de esforços, de movimentos bruscos, etc.
Nos lumbagos frequentes, principalmente na Primavera, vigiar o fígado e a
vesícula biliar.
ÁVIOSS690M
* Com óleo de ervades&<>Jc>âo (Chomel).
* Para meio litro de azeite ou de
óleo de amêndoasdoces, deitar
30 g de eryad"&o@o&o e 20 cabeças de camornila. Deixar macerar durante 8 dias
ou, para acelerar a preparação, aquecer a mistura em banhomaria durante 20
minutos. Misturar em seguida em partes iguais com álcool canforado.
* Massajar 2 ou 3 vezes ao dia.
COMPANSMOS £0 0k. C1701n01
Mel e vinagre. Ferver sementes de fenogrego (4 ou 5 pitadas
para 1 copo de vinagre e 5 ou 6 colheres de mel) até estarem perfeitamente
dissolvidas, mexendo de vez em quando.
Aplicar sobre as partes dolorosas, protegendoas com um pano.
801717OS *
Banhos quentes, aumentando progressivamente a temperatura da água.
ÁRRI717OS £fO V0~ *
* Banhos de vapor com compressas quentes e húmidas sobre os rins, seguidos de
uma fricção morna total.
* Envolvimentos quentes.
455
Magreza 1 Melancolia
Magreza
ode ser a consequência de várias perturbações hepáticas, gástricas, endócrinas,
de subnutriçào, de preocupaçõ es, de desgostos, de rejeição da alimentação, etc.
É necessário tratar as causas.
Ver também: Anemia (p. 231), Apetite falta de, perda de (p. 237).
AlimoIMP~*
Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, germe de trigo, frutos secos,
amêndoas, nozes,
fruta fresca, uvas, figos, alperces, quivi, laranjas, limões, alho, cebola, mel,
cereais integrais, trigo sarraceno, aveia, trigo, etc.
Melancolia
7,er Depressão nervosa, p. 357. v Sinais: abatimento, tristeza, mutismo,
depressão, desânimo, instabilidade anormal, ideias fixas. Pode ser acompanhada
de perturbações digestivas, náuseas, vertigens, etc.
Á2/29018.9 *
3 Erv.?d&sãojoão
ValeiIana Er
vacIdroIra
PolIpodo AlecrIm
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez
ao dia.
EleulerOCOCO
Alternadamente, dia sim dia não, com,.
Própolís
4 drageias de cada por dia durante 1 mês, ou em solução, à
razão de 20 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
ou Infusão Ervadesãojoão + Valeri.7na + Erv.9cidreira + POMPOdo + Al&Crim
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 1 minuto e
deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 2 a 4 chávenas por dia.
456
Melancolia
Decocção Gelrei9
De acordo com fontes antigas (Fernel e Clément), a decocção de cerejas secas
cura a melancolia.
30 g de cerejas para 1 litro de água. Ferver durante cerca de
10 minutos e deixar em infusão durante 30 minutos. Beber 1 ou 2 chávenas por
dia. É também possível preparar um
vinho de cerejas com 200 g de cerejas para 1 garrafa de vinho tinto de boa
qualidade. Deixar macerar durante cerca de 10 dias e filtrar. Tomar o
equivalente de um copo de licor por dia.
50/7/705 *
Com uma preparação à base de algas rnarinhas (que se pode comprar pronta a
utilizar nas lojas de dietética ou nas farmácias), 3 vezes por semana.
ÁMOMIOS Ofe OSSOIMO *
Alternadamente, dia sim dia não: Banhos de assento frios. Banhos de assento com
fricções.
ÁRI/MIOS dO Vã~ *
Banhos de vapor 3 vezes por semana.
DUCI1OS e ofus&5*
Afusões quentes e curtas, seguidas de afusões frescas das coxas e dos braços,
dia sim dia não, alternando com afusões fulgurantes.
C117~ drO NO.ON170 *
Mergulhado em água quente e espremido, 2 vezes por semana.
A111n01M000 *
Evitar todas as sobrecargas alimentares, os excessos e os excitantes. Evitar:
café, álcool, chá, vinho, cerveja, açúcar, pastelaria, charcutaria, fritos,
manteiga cozinhada, carnes gordas, salmoura, pratos pesados e indigestos, etc.
E, obviamente, o tabaco. Aliiinentos privilegiados: levedura de cerveja, germe
de trigo, limão, alho, cebola, ervabenta, salsa, cerefólio, toranja, laranjas,
quivi, alperces, cereais integrais, trigo, arroz, aveia, legumes verdes, fruta
fresca, frutos secos, saladas, legumes secos, etc.
jejum
Benéfico, 1 dia por semana. Cura de fruta.
1 dia, a fruta.
457
Memória (perdas de)
CONSELHOS
Banhos de ar livre e de sol (ver p. 15 1). Exercícios físicos indispensáveis e
diários (p. 133).
Exercícios respiratórios (p. 137).
Endurecimento, andar de pés descalços na erva húmida (ver p. 132).
Memória (perdas de)
diminuição da memória pode ser devida ao cansaço, à exaustão, à falta de
exercício ou à ausência de capacidade de concentração. Se a falta de memória
ocorrer no seguimento de uma doença, é necessário tratar as causas.
No caso de nervosismo e de excitabilidade excessiva, ver: Ansiedade (p. 23 6).
0/0901.95*
* Cura de:
Ginseng vermelho
* 4 a 6 drageias por dia durante 1 mês. * Possível cura de:
Eleuterococo Gelel,7 re.91
Própo1I@9 G~90b110b17
* Em drageias: 4 a 6 por dia, por períodos de 4 a 6 semanas, ou em tinturamãe.
AI1M0IMOÇãO
* Evitar o álcool, os abusos de excitantes tais como o café, o chá, o tabaco.
* Alimentos privilegiados: germe
de trigo, levedura de cerveja, mel, cereais integrais, fruta e legumes frescos
em abundância.
* Receita antiga: a eufrãsia pulverizada e fervida em vinho restabelece a
memória e a visão (segundo A. de Villeneuve).
458
Menopausa
CONSELHOS
Exercícios respiratórios seguidos de relaxamento (ver p. 137).
Actividade física indispensável, em função das possibilidades (ver
p. 133).
Evitar os ruídos violentos e a excitação e procurar a tranquilidade
que favorece a concentração.
Trabalhar diariamente a memória pela leitura, decorando pequenos textos,
números de telefone, datas, etc.
Existem diversos métodos para melhorar as faculdades de memorização, em
particular os do Dr. Lefebure; ver a sua obra Le mixage phosphénique en
pédagogie, ou o desenvolvimento da memória e da inteligência pela mistura dos
pensamentos com os fosfenos(*).
(*) Os fosfenos são os círculos luminosos que se vêem de olhos fechados, depois
de se fixar previamente um ponto luminoso (lâmpadas, sol, etc.).
Menopausa
nossa época adquiriu o péssimo hábito de considerar sistematicamente as etapas
da vida como doenças. Cada idade é assim desta feita medicada. Desta forma
tratase a gravidez, o feto, a infância, a puberdade e, para finalizar, a
velhice, que mobilizam um grande número de especialistas. Com a esperança de
vida actual as mulheres têm, por conseguinte, um tempo de viver a menopausa
quase idêntico ao do seu período de fecundidade.
A característica fundamental da menopausa é a paragem do período menstrual.
Certos efeitos acompanham todavia este fenômeno no seu
início: afrontamentos, palpitações, náuseas, transpiração, dores lombares e
insônias. E a todas estas perturbaçõ es ligeiras podem associarse certas
alterações do comportamento.
459
Menopausa
A menopausa é vivida de forma distinta pelas mulheres. Para algumas mulheres
tudo se passa bem. E a cessação do período menstrual, em vez
de as perturbar, livraas de uma limitação. Mas existem outras, em
contrapartida, que aceitam menos bem esta passagem e consideram, erradamente,
que perderam a sua feminilidade.
Com a idade os ovários perdem a sua sensibilidade às hormonas segregadas pela
hipófise. A vantagem de um tratamento à base de plantas é que ele se associa
plenamente à regulação orgânica. Então, e se a vida de uma mulher começasse na
menopausa?
Ver Afrontamentos, página 196.
3@_k “ CIprest& + Ervapesseguelra.?cre +
f0117.7S de Vin17.7 VIrgem * 1 pitada de cada planta para
1 chávena de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10
minutos. * Tomar 3 chávenas por dia.
Agríp.71m.?cardl,7ca * 1 colher, de café, de planta para
1 chávena de água a ferver. Deixar em infusão durante 10 minutos. * Tomar 1
chávena de manhã e outra à noite, durante 3 meses.
Decocção de Pédeleão _COMUM (OU alpIno) * 2 colheres, de café, para 1
chávena. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos. * Tomar 1 chávena todas
as manhãs e à noite durante 3 meses.
Salv27
Utilizar regularmente a salva em infusão. Pela sua riqueza em hormonas vegetais
esta planta tem o
poder de regularizar as perturbações hormonais neste período da vida. * 1 pitada
de flores ou de folhas
para 1 chávena de água a ferver. Deixar em infusão durante
15 minutos. * Tomar 1 chávena por dia, 21 dias por mês. @@3 ÁURMIOS dO OSSOMO
Muito úteis, 1 vez ao dia.
ÁELMhOS dO V8POr *
1 vez por semana, seguido de uma loção fresca.
L(@@j antUI#O de NO.Oft1170
2 ou 3 vezes por semana. (@j FOIMO~1.7 C11117OSO
A raiz de Salva míffiorr17ízae ou a raiz de Reffina17níapraeparat8
460
Menopausa
ou, ainda, a raiz de Scutellaria &?À@a1&nSh9.
* Em decocção: 4 g de raiz (mesma proporção para todas as plantas) para meio
litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
ROCOItos lf fitotempêutICOS
Ervadesãojoão
* Infusão de 10 g de flores em 1
litro de água fria. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Pédeleãocomum e pédeleãodosalpos
* Infusão de 20 g de folhas em 1
litro de água fria. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
AI1M017ffiÇãO
Evitar: álcool, especiarias, todos os excitantes, café, chá, chocolate, tabaco,
pratos pesados e indigestos, charcutaria, enchidos, caça, carnes gordas, queijos
fortes, manteiga cozinhada, fritos, maionese. Vigiar o consumo de sal. Alimentos
privilegiados: todos os frutos de estação, especialmente uvas, pêssegos,
alperces, cerejas, cássis, amoras, toranjas, laranjas, quivis, legumes frescos,
saladas, agrião, endívias, alfaces, cenouras, cebolas, alho, etc. Utilizar óleos
de azeitona, de cártamo ou de sésamo virgens, de primeira pressão. Utilizar
também abundantemente a levedura de cerveja.
Para os fenômenos psicológicos associados à nienopausa
Irritabilidade e insônia
Balota
Em infusão: 3 pitadas de planta para 1 chávena de
água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos. Beber bem quente à noite,
ao deitar.
Para fazer face aos fenómenos depressivos
Salgu1r1n178
Infusão de 4 pitadas de flores para 1 copo de água. Ferver durante 1
minuto e deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 2 chávenas por dia, ao
almoço e à noite.
461
Menopausa
Para os afrontamentos (ver também Sangue, pág. 549)
Vinha virgem (15g de folhas) água. Ferver e de
Balota (15g de Abies) são durante 5 min ./é100.7 @1,5 g dO 110reS)
Tomar 1 chávena,
Infusão da mistura à razão de 1 dia (entre as refei@
colherada para 1 chávena de
ixar em infuutos.
3 vezes ao ões).
Para as hemorragias (consulta médica necessária)
G.9rdomorto, 30
MIlfoffias, 20 g Artemísía, 20 g Bolsadepqstor 1,f g
* Absínio, lo g
* Cravodedefunto, 20 g
1 colher, de café, da mistura para
1 chávena de água. Deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 3 chávenas por
dia,
CONSELHOS
Praticar actividades físicas, footing, caminhar de pés descalços, natação,
relaxamento, bicicleta, massagens e todas as formas de hidroterapía. Para evitar
os problemas decorrentes da disfunção hormonal e, em particular, a osteoporose
(ver o capítulo que lhe é dedicado, página 488) ou, pelo menos, para os limitar,
deve observarse uma higiene de vida rigorosa e evitar imperativamente o álcool
e o tabaco. A medicina chinesa aconselha, para reequilibrar o interior do corpo
e eliminar o excesso de caloryang, a prática de actividades desportivas e evitar
o consumo de alimentos yang (fritos, carnes vermelhas e gordas).
462
Menstruação dolorosa e difícil (Dismenorreia)
Menstruação dolorosa e difícil (Dismenorreia)
Es
tes remédios vão ajudar a suportar as dores na região renal, no ventre, no
baixoventre, as dores de cabeça, a opressão, os vómitos, etc.
0m901
46.9 * Monta Camomila AnIs Amiéhopreto Espínheho (Sí/va)
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão Monta + Gamomíla + Anís + Amíeíropreto + Espinheiro @S#Va)
1 pitada de cada planta para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão durante
10 a 15 minutos. Beber 2 ou 3 chávenas por dia, entre as refeições.
ó/O« 055017CAVIS calepute
2 gotas, 3 vezes ao dia.
50/7/705 dO OSS~O
Mornos, com massagem do ventre e do baixoventre. * 3 vezes por semana.
ÁRwilos dos ~
* Com uma infusão de:
Énulacampana + Iavanda * 1 pitada de cada planta para meio litro de água.
Ferver e acrescentar a 4 ou 5 litros de água quente. * Duração do banho de pés:
4 ou
5 minutos. * 3 ou 4 vezes por semana.
ÁDUChes o afi/SÓ05 *
* Das coxas e do baixoventre, dia
sim dia não.
* Afusões fulgurantes, 1 ou 2 vezes por semana.
Recoltas lf fit040180uticos
U7NCáría
* Infusão das capítulas: 10 g para
1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Urtígabranca
* 30 g de planta em 1 litro de água
fria. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
* A infusão concentrada (120 g
463
Menstruação frequente
para 1 litro de água) serve de loção de lavagem em casos de leucorreia
(corrimento branco) e para tratar feridas.
AlIMORMO0 *
Evitar: os excessos, especialmente álcool, vinho, uma alimentação demasiado rica
e o tabaco.
Alimentos privilegiados: fruta fresca: laranjas, toranjas, morangos, alperces,
uvas, legumes frescos, salsa, cerefólio, saladas, cereais, couve, levedura de
cerveja, germe de trigo, trigo, tomates, etc.
Jeil/M
Día de fruta fresca e de sumos de legumes.
CONSELHOS
Vigiar também a prisão de ventre (ver Prisão de ventre, p. 522). Equilíbrio
de vida indispensável e evitar as saídas nocturnas, os
locais com fumo, as contrariedades, o stress, etc.
Exercícios respiratórios (ver p. 137).
Exercícios fisicos (ver p. 133). Repouso, relaxamento (ver p. 134137).
Menstruação frequente
Á~Ma
Receita grega:
Peieimselv,9gem
Ferver as raízes desta árvore em vinho tinto. Utilizar esta decocção como café.
Tornála sem açúcar, várias vezes ao dia.
464
Menstruação insuficiente (Amenorreia)
Menstruação insuficiente (Amenorreia)
sua causa pode ter diversas origens: a obesidade, os choques emocionais, os
problemas afectivos, etc.
ÁI2M901
ws * Énu127camp.7na ZImbro Sálva Minjorona 7omIlho
2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU Énu1.7 c.7mpon.7 , ZImbro + Salva + Manjerona TOMíl170
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 10 minutos. Tomar 3 chávenas por dia. EEI//ft] ólWS O~017C1015
Cípieste
2 gotas, 3 vezes ao dia (sob receita médica).
av/7h08 dos ~
* Até meio da barriga das pernas, com uma infusão de:
Énu127C8Mpana @ Lovanda
* 1 pequena pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver
e acrescentar 3 a 5 litros de água quente. Duração do banho: 5 minutos. Terminar
com uma fricção fresca dos pés e das barrigas das pernas.
00/7/IOS Ore ISSOnto
Mornos, durante 5 a 10 minutos por dia, com uma ligeira massagem do baixo
ventre. Aplicar compressas quentes sobre o baixoventre.
OUC/105 o Ofusões *
Das coxas, todos os dias. Ver eventualmente Prisão de ventre (p. 522), se for o
caso.
A111n017t000
Suprimir: tabaco, álcool, cerveja, vinho, excitantes tais como café, chá,
pimenta, chocolate, vigiar o consumo de açúcar e de sal, diminuir ou suprimir a
charcutaria, os pratos indigestos,
465
Menstruação demasiado abundante (Hipermenorreia)
conservas, caça, fritos, manteigas cozinhadas, etc.
Alimentos privilegiados: cenouras, aipo, salsa, cerefólio, legumes frescos,
germe de trigo, levedura de cerveja, legumes verdes, chucrute (sem os
acompanhamentos), couves, saladas, endívias, limão, morangos, framboesas, etc.
jejum *
1 dia, a fruta.
CONSELHOS
Exercícios fisicos.
Menstruação demasiado abundante (Hipermenorreia)
onsulta médica indispensável. Tomar 3 ou 4 dias antes e durante o período
menstrual:
ÁDIWffoiãs * carv.71170 (casca) Tórmentiffia Bolsadepastor cava11n17a
1 a 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão Carv.71ho (casca) +
7õrmontilha + Bolsadepastor + cavalin178
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 3 minutos e
deixar em infusão durante 15 minutos.
Tomar 2 chávenas por dia.
ó10OS
Ggno1.7
2 gotas, 3 vezes ao dia. K@ ÁRRIMIOS dO 855017A0*
Mornos, todos os dias.
466
Menstruação demasiado abundante (Hipermenorreia)
Á9:017hOS dO V0POr *
Tomar fora do período menstrual.
1 ou 2 vezes por semana.
ÁQue*Os O &fusões
Das coxas e dos braços, todos
os dias.
@9jj CI1MUI*O drO
Recoltos
Bolsadepasíor
Infusão de 20 g de planta num copo de água fria. Ferver durante 1 minuto e
deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 3 chávenas, todos os dias.
Cardo morto (utiliza se t.?mbém a &rvadesãotiago)
Infusão de 20 g de planta num copo de água fria. Ferver e deixar em infusão
durante 15 minutos. Tomar 2 chávenas todos os dias (sob receita médica).
Cravodedefunto
Infusão de 20 g de planta num copo de água fria. Ferver e deixar em infusão
durante 15 minutos. Tomar 2 chávenas todos os dias.
Pédeleãocomum
Infusão: 20 g de planta para 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante
15 minutos. Tomar 2 chávenas por dia, 10 dias antes do início e até ao fim da
menstruação.
Sab117.7
Planta utilizada na medicina popular nas regiões alpinas (também como planta
abortiva), sobretudo em Itália. Também é utilizada em uso externo para destruir
as verrugas. ATENÇÃO1 Esta planta é muito t6xica o em cortas doses é mortalili
Evito utilizãla, mesmo se lho for aconselhada.
Lirtigabranca
Infusão de 20 g de planta num copo de água a ferver Deixar em infusão durante 15
minutos.
AJA.11n00M0~
* A alimentação deve ser sóbria.
* Suprimir: todos os excitantes
tais como tabaco, café, chá, álcool, bem como charcutaria, especiarias, excesso
de sal, de açúcar, pastelaria, conservas, pratos com molhos, carnes vermelhas
(especialmente de cavalo), caça, etc.
* Alimentos privilegiados: cereais integrais, creme de aveia, germe de trigo,
cerefólio, salsa,
467
Metabolismo (perturbações do) 1 Micoses
cenoura, alho, couve, nabo, alhoporro, saladas, frutos secos, amêndoas, nozes,
azeite, levedura de cerveja, legumes secos, etc.
JOJUJ77
Particularmente indicado, 1 dia por semana. Cura de fruta fresca e de legumes
crus.
CONSELHOS
Dormir e repousar.
Exercícios respiratórios.
Metabolismo (perturbações do)
Recel~
3f1 ROMIZOUticas
Dontodeleão Infusão de 10 g de raízes (eventualmente das folhas) em 1 litro de
água fria. Ferver 1 minuto e deixar em infusão durante 15 minutos. Beber 2
chávenas por dia, durante 1 mês.
Grama Infusão de 20 g de rizomas em
1 litro de água fria. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 15
minutos. Beber 2 chávenas por dia, durante várias semanas.
Gramín1.7 aromátiw
Banho: 200 g de flores para 3 litros de água fria. Ferver 3 minutos e deixar em
infusão 20 minutos. Filtrar e acrescentar à água do banho.
Micoses
r Impigens (p. 438), Eczerna (p. 372).
468
Mucosas (inflamação das)
Mucosas (inflamação das)
SOMUO It SeMPIenoiv,?
* Em vinho: 50 g de planta em
1 litro de vinho tinto: deixar macerar durante cerca de 10 dias e filtar.
* Beber 2 ou 3 chávenas por dia,
* Esta planta é citada inúmeras
vezes por todos os autores e tem fama de ser excelente contra as hemorragias. É
citada por Dioscórides e Teofrasto, que a utilizavam contra a diarreia e o fluxo
sanguíneo. É também um bom remineralizante por causa do seu elevado teor de
silícia.
469
N@O
Náuseas
Nefrite Pielite
Nervosismo
Neurastenia
Nevralgia
Obesidade
Odores
Olhos (inflamação) Oftalmia
Osteoporose
Otalgia
Otite
Ouvidos Surdez
Náuseas
Náuseas
podem ser provocadas por certos odores, por perturbações digestivas,
etc. Podem resultar em malestar e vómitos. Para tratar esta afecção é
necessário identificar as suas causas.
Infusão Menta + UvaOSPIM
2 pitadas de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 2 minutos e
deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
Também:
AIC.7c17ofia (f0117.7S) * Beber meio copo da água de cozedura de alcachofra, 2
ou 3 vezes ao dia.
Erv.7bon43comum, Hortolãpimei7t29 * 15 g de uma ou de outra para 1 litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos. * Tomar 2
ou 3 chávenas por dia.
O PADRE ANEW RECOMENDA
Loções frescas totais.
Semicúpios curtos e frios (10 a 30 segundos). Tomar 10 gotas de tintura de
absinto ou de genciana, desde o
aparecimento das perturbações.
CONSELHOS
Evitar os odores que provocam náuseas. Praticar uma alimentação muito
moderada, fácil de digerir.
Tomar banhos todos os dias, acompanhados de fricções totais
frescas.
472
Nefrite Pielite
Nefrite , Pielite
ratase de um ataque inflamatório dos rins. Vem acompanhado de febres altas ou
de arrepios, dores violentas na região renal e na bexiga e também de edemas, de
vómitos, de sede, de perturbações digestivas, de urina ensanguentada, etc.
Vigilância médica indispensável.
Dw611 ‘es * @3]1 Ervadesãojoão Avenca
Bétul.7 M.71va 7õmiffio
1 ou 2 drageias de cada, 2 vezes ao dia.
ou Infus#o
ErvadèsãÓ@íoãÓ + Avenca + Sétula + Malva “ TOMIlho
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e
deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
óIOM OSSOMIOIS
ZIMbro
2 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁRI/7/705 0f0 OSSOIMO *
Banhos de assento mornos, diários, com um cântaro de vapor nos pés (ou um banho
quente dos pés). Ou banhos quentes ou frios dos pés com uma duração de 5 a 10
minutos.
Ou banhos de assento com fricções, dia sim dia não.
LO~0175 *
Com uma infusão de carnomila.
10 cabeças de camomila para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 15 minutos. Fazer a lavagem, morna. Conservar durante 20 minutos.
5917hOS £0 V0POr *
Banhos de vapor acompanhados de compressas húmidas, localizadas na região dos
rins. Podese também acrescentar um maillothúmido e uma garrafa de água quente
envolvida num pano húmido nos pés. Terminar com uma fricção total. Fazer 3 vezes
por semana.
AI1M01m800 A
Alimentação ligeira. Contraindicações: todos os alimentos demasiado salgados,
473
Nefrite Pielite
especialmente charcutaria, fritos, pratos com molhos, enchidos, álcool, vinho,
cerveja, condimentos, café, mostarda, vinagre, maionese, manteiga cozinhada,
carnes gordas, etc.
Alimentos privilegiados: toda
a fruta fresca e legumes verdes: limôes, laranjas, quivis, toranjas, maçãs,
peras, alperces, uvas,
feijão verde, couve, ervabenta, beterraba, germe de trigo, levedura de cerveja,
cogumelos, etc.
jejum *
Recomendado, mas beber bastantes líquidos.
1 dia, a fruta.
O PADRE KNEW RECOMEM4
Afusões seguidas de fricções frescas totais, 2 ou 4 vezes por dia.
Semicúpios frios, curtos, 2 ou 3 vezes ao dia (se o doente estiver
rte . Se houver febre: banhos mornos, 1 ou 2 vezes ao dia.
CONSELHOS
Quando houver melhoria do estado de saúde:
Endurecimentos, andar de pés descalços na erva húmida, dentro
de água.
Afusões frescas: dos braços, das coxas e fulgurantes.
Nervosismo
nervosismo manifestase por uma excitabilidade fácil, por empolgamentos seguidos
de fraqueza, de queixumes, de soluços, de medos frequentes, de palpitações, de
insônia, de transpiração excessiva, de tremores, de vertigens, de cãibras, etc.
Ver eventualmente Ansiedade (p. 236), Depressão nervosa (p. 357).
474
Nervosismo
0m90i
os * ErvacIdroín? @ Valeriana
Gamomíla ErvadeSãojoão Aspérula
1 a 2 drageias por dia.
ou Infusão* Erva cídrelra + V.71erla17.7 + Camomíl27 + Ervadesão @íóãó +
Aspórula
Infusão: misturar as plantas e deitar 20 g da mistura em 1 litro de água. Ferver
durante 1 minuto e deixar em infusão durante
15 minutos. Beber 2 chávenas por dia.
ó/O~ OSSOMISIS M.717jer017.7
3 gotas, 3 vezes ao dia. /_ a Vanda Em instilação num difusor de aromas: algumas
gotas de essência de lavanda nos quartos ou, alternativamente, algumas gotas num
prato, dissolvidas em álcool, diluídas no dobro de água.
8317h05 @@3 Ervgcldreír& ffioffias)
Infusão de 100 g de folhas de ervaclidreira em 2 litros de água a ferver.
Deixar em infusão durante 30 minutos. Acrescentar à água do banho. Duração do
banho: 15 a 20 minutos.
* Banhos dos pés alternadamente
com banhos de braços, com uma decocção de:
Erva cídr&ira + Lavanda L ouro
* 2 pitadas de cada planta para
meio litro de água. Ferver durante 20 minutos e acrescentar a 4 ou 5 litros de
água.
* Duração do banho: 10 a 20 minutos.
* Terminar com afusôes frescas.
ÁRanhos de assenio*
* Banhos de assento quentes com
um cântaro de vapor nos pés (ou banho quente de pés).
* Duração do banho: 15 a 20 minutos.
* Terminar com um banho de
assento frio, curto.
Quando houver melhoria:
* Banhos de assento frios.
* Ou banhos de assento com fricçôes.
* Todos os dias.
Lo vagem
* Morna, com uma infusão de
carnomila em meio litro de água:
10 cabeças de camomila, ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Conservar durante 20 minutos. @w 89/7/105 de voPor3 vezes por semana,
seguidos de uma fricção fresca.
475
Nervosismo
Duches o ?fusões *
Dos braços e da cabeça, alternando com as coxas, 3 vezes por semana. No início
estas afusões podem ser feitas mornas, e depois a temperatura será
progressivamente diminuída.
Aliffiel~ão
Alimentação sóbria. Mastigar bem os alimentos. Contraindicações: todos os
excessos e os alimentos excitantes tais como café, chá, tabaco, álcool, vinho,
cerveja,
mostarda, maionese, charcutaria, pratos com molhos, enchidos, salmoura,
pastelaria, etc.
Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, germe de trigo, cereais
integrais, trigo, arroz, cevada, trigo sarraceno, nozes, amendoins, beterraba,
aveia, saladas (alface), espargos, couves, cebolas, cerejas, peras, tâmaras,
figos, legumes secos, ananás, tomates, espinafres, toranjas, alperces, mel,
salsa, etc.
M Jeju/n *
É uma excelente terapêutica:
1 dia por semana.
1 dia, a fruta.
ERArAMENAOS KNEIPP
Durante 4 semanas:
Loção total diária.
3 semicúpios curtos por semana. Afusões das coxas. Andar dentro de água
(pode ser feito numa banheira), de 30
segundos a 5 minutos. Para as pessoas vigorosas: Cinturão de Neptuno molhado em
água fresca com vinagre: 3
vezes por semana.
Infusão de absinto: 2 ou 3 pitadas de planta para 1 chávena de
água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 2
chávenas por dia.
476
Neurastenia
CONSELHOS
Evitar os ruídos violentos, o stress, a música demasiado alta e síncopada, as
luzes vivas, as contrariedades, as discussões, etc. Fazer exercícios iFisicos
moderados. Praticar actividades de lazer, de acordo com as preferências
pessoais: jardinagem, bricolage, pesca, modelagem, etc. Exercícios respiratórios
diários seguidos de relaxamento. Eventualmente reeducação respiratória, halha
yoga (ver p. 137). Endurecimento: andar de pés descalços (ver p. 132).
PARA ACALMAR UMA CRISE DE NERVOS
Infu., 9 @ fo * Camomila, ou Erv.7cídrelra, ou Valeríana, ou Tíl1.7
2 ou 3 pitadas para 1 chávena. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão
durante 10 minutos.
Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Um duche quente, seguido de um duche frio.
Neurastenia
er Ansiedade (p. 236), Depressão nervosa (p. 3 57), Nervosismo (p. 474) etc.
Para os conselhos gerais, ver Depressão nervosa.
Infus#o * ArtemIsía Ervacídreir.7 LdranjeIm Váleriana + TIlía
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 1 minuto e
deixar em infusão durante 15 minutos.
477
NevraIgia
Nevralgia
nevralgia manifestase por dores frequentes e difusas, seguidas de intervalos
sem dor, e em seguida voltam novos acessos de dor. Pode provocar tremores
musculares involuntários. As mais frequentes são as dores faciais, no pescoço,
no occipício, nos braços, no peito, nas
costas, no cóccix, nas ancas.
É necessário, se possível, identificar as causas.
Ver também: Dores (p. 369), Lombalgias (p. 455), Enxaqueca (p. 377), Reumatismos
(p. 538), etc.
D~61
ws * @@jjI Harpagéfito
2 drageias, 3 vezes ao dia.
ou /~ão HarpagófIto
3 pitadas da planta para 1 chávena de água. Ferver em lume brando durante 10
minutos e deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
Ralnhadosprados
Também tem propriedades antálgicas.
3 pitadas de planta para 1 chávena de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em
infusão durante 15 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. Em aplicação externa:
óleo de ervadesãoJoão do Dr. Chomel: para meio litro de azeite (ou óleo de
amèndoa"oces),
30 g de ervadesãojoâo e 20 cabeças de camomila. Deixar macerar durante 8 dias
ao sol. Filtrar. Fazer penetrar a preparação por meio de massagens suaves. Para
acelerar a preparação, aquecer a mistura em banhomaria durante 20 minutos.
AlIMOMOÇOO *
Contraindicações: todos os excitantes: álcool, vinho, cerveja, especiarias, que
favorecem o aparecimento das dores e excitam a sensibilidade. Alimentos
privilegiados: alimentação sóbria e simples: legumes e fruta fresca.
JOJU117
Sedativo, alivia as dores.
1 dia, a fruta.
478
Obesidade
rRA M MEN 7 OS KNEW
Camisa de “flores de feno”, 2 vezes por semana.
Afusões mornas e suaves, seguidas de loções e de fricções.
DE A COMO COM O DR. BILZ
Todas as nevralgias se acalmam com compressas de vapor, seguidas de banhos a
301360 C.
De manhã e à tarde, uma loção total suave e morna.
Banhos de vapor seguidos de um envolvimento das partes doentes. Banhos de
vapor dos pés e das mãos, de 20 a 30 minutos,
alternando com banhos de vapor na cama. Aplicar uma compressa húmida no baixo
ventre (duração: 1 a 2 horas) seguida de fricções e de massagem suave do ventre
e do baixoventre, dos braços e das pernas. N.B.: Assinalase que os exercícios
respiratórios acompanhados de relaxamento produzem calma e descontracção.
Praticar várias vezes ao dia.
CONSELHOS
Exercícios físicos moderados.
Obesidade
A sua origem tem vários factores
A massa de gordura e o desenvolvimento excessivo de sobrecargas ponderais no
corpo decorrem em primeiro lugar do excesso de comida, que não permite, por esta
razão, a eliminação do excedente que se transforma em gordura.
479
Obesidade
Modifique os seus hábitos alimentares
A transformação dos nossos hábitos alimentares tem por objectivo fazer de nós
potenciais obesos. Esta doenç a encontrase em todas as camadas da sociedade,
independentemente das origens étnicas.
Pensar que se pode emagrecer sem alterar os hábitos é um contrasenso. Todos os
médicos milagrosos que propõem tratamentos que “funcionam” sem,
fundamentalmente, agirem no comportamento alimentar, têm por único objectivo
lançar o “isco” aos tolos para lhes ficarem com
o dinheiro.
Os excessos de peso são nocivos: predispõem a inúmeras perturbações e doenças
tais como a diabetes, o colesterol, as hemorróidas, as varizes, os reumatismos,
as doenças cardiovascu lares, o cancro, etc.
Faça um balanço
Perder peso é um processo que consiste em primeiro lugar em tomar consciência do
nosso estado. É importante conhecermonos bem e desta forma identificarmos os
agentes responsáveis destas sobrecargas.
A primeira abordagem consiste, portanto, em fazer um balanço. Um meio muito
eficaz é anotar sistematicamente, durante cerca de 15 dias, tudo o que comemos,
sem alterar os nossos hábitos. Devese anotar tudo: desde a pequena guloseima
que se consome maquinalmente até ao depenicar de vários alimentos, pequenos
copos de sumo de fruta, álcool, açúcar, etc. As bebidas também devem ser
anotadas neste repertório. Para aperfeiçoar esta técnica, podese também anotar
o dia e a hora.
Este método pode parecer fastidioso à primeira vista, mas é muito eficaz pois
permite ver muito rapidamente a quantidade de alimentos ingeridos ao longo do
dia e, por conseguinte, intervir sem brusquidão e
progressivamente sobre alguns dos nossos maus hábitos.
Neste repertório podemos também anotar o nosso peso, as nossas medidas, as
nossas alterações e os nossos progressos.
Tenha cuidado com o stress...
Mas existem outros factores que podem condicionar a ingestão de alimentos. Com
efeito, o nervosismo, a educação, etc. podem ser factores indirectos da
obesidade.
480
Obesidade
e com as misturas
As misturas alimentares e as más combinações de alimentos são também
responsáveis por uma má assimilação (comer pratos com molhos, cozinhados com
manteiga, misturar muitos alimentos na mesma refeição, etc.).
Não salte refeições
Saltar uma refeição sem alterar os hábitos alimentares não serve de muito. A
eliminação não tem tempo de se fazer, e o pouco peso perdido é automaticamente
retomado na refeição seguinte.
Obesidade inata e obesidade adquirida
A obesidade pode ser inata família obesa (raro), ou adquirida, que é a mais
vulgar.
A nossa sociedade favorece as relações alimentos = satisfação; alimentos =
recompensa; alimentos = felicidade; alimentos = saúde. Este tipo de fenômeno
observase desde a mais tenra infância: a guloseimarecompensa oferecida à
criança de forma sistemática é o primeiro passo que predispõe a uma obesidade
futura e à dependência do açúcar.
Mude os seus hábitos
O problema que tem de ser resolvido é o da sensação de fome que sentimos quando
se aproxima a hora das refeições. A fome é teoricamente uma campainha de alarme
que nos avisa que o nosso corpo está a exigir que as reservas gastas sejam
reconstituídas. Mas esta definição é teórica porque a fome que sentimos não tem
estritamente nada a ver com as
nossas necessidades reais. Ela é apenas desencadeada pelos nossos hábitos
alimentares.
O refúgio, o reconforto e a segurança que procuramos nos alimentos é um processo
idêntico ao que se pode encontrar no tabaco, no álcool ou na droga. O processo é
semelhante, só muda o suporte de dependência.
Para emagrecer só deve contar consigo
A tomada de consciência é, portanto, a primeira coisa que podemos fazer e que
nos pode conduzir a alterar progressivamente os erros que datam, por vezes, de
vários anos.
481
Obesidade
Mas voltemos à nossa agenda: deve consultála frequentemente para tomar notas.
Para se motivar, peça que lhe tirem uma fotografia de frente, de perfil e em
fato de banho. Observe estas fotografias e imagine a sua
futura transformação, a silhueta que terá com alguns quilos a menos.
Depois, quando tiver começado a transformar os seus hábitos alimentares, olhe
para essas fotografias, compare e animese.
Saiba que todos os programas de emagrecimento são tão eficazes como
decepcionantes. Por paradoxal que possa parecer, o êxito ou a derrota só
dependem de si.
Ver também Prisão de ventre (p. 522), Colesterol (p. 321), Diabetes (p. 361),
Nervosismo (p. 474), Tabagismo (p. 572).
Infu
u#o ErwcidroIra Espinheiroalvar Verbena Camomíl27
2 pitadas de cada planta para
1 litro de água. Ferver durante
1 minuto e deixar em infusão durante 15 minutos.
Se estiver ansioso(a) ou nervoso(a)
Tomar 4 ou 5 chávenas por dia.
óleos
essenci
oÁs
Tíntura de Lavanda
2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
Nos casos mais severos, se não conseguir deixar de comer aquilo
de que gosta
o ,woi
ws * Sabugueiro Cavalinha Fucus VOS/CU/Osas
2 drageias de cada, 1 vez ao dia. Alternadamente, dia sim dia não, com:
Vínha Vírgem Bétul.7 OrtOS1f017
2 drageias por dia.
OU IMUS#O SabUgUeIrO + Ca Val11717a + Bétula + OrtosIfon + VInha
Vilgem
1 pitada de cada planta para 1
litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos.
Tomar 3 a 5 chávenas por dia.
ó~
1 imão
3 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia. Alternando, dia sim dia não, com:
Zimbro
2 gotas, 3 vezes ao dia. E também:
Uvaoaamérica
O pó da raiz, em infusão ou tinturamãe.
482
Obesidade
2 pitadas de pó de raiz para 1
chávena de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10
minutos.
80/71,05*
* Banhos quentes com uma mistura de algas marinhas (que se podem comprar prontas
a usar nas lojas de dietética ou nas farmácias) 3 vezes por semana, seguidos de
um duche fresco e de uma fricção vigorosa.
Lé~gen7 *
* Com uma infusão de camornila,
de preferência de manhã.
* 10 cabeças de camomila para
meio litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Fazer a lavagem com uma “pêra”
e conservar durante 20 minutos.
0017hos de 055017t0 *
* Devem ser tomados mornos com
massagem do baixoventre.
SO/7/705 dO V0~ *
2 vezes por semana, seguidos de um duche fresco e de uma fricção vigorosa. @9
MIMUI*O de NOPN170
Morno (aproximadamente 250 C), conservar durante 1 a 2 horas, se for suportável.
2 ou 3 vezes por semana.
Duchos e vfusies *
Devem ser diários, das coxas e do baixoventre.
AIAMO1M00o *
Como complemento alimentar: óleo de onagra (em cápsulas): 4
a 6 por dia, durante 1 mês. Repetir de 3 em 3 meses.
* Evitar: sal e açúcar, pastelaria,
bebidas doces, maionese, enchidos, pratos com molhos, charcutaria, gorduras
animais.
* Diminuir o consumo de manteiga, compotas, carnes gordas, porco (incluindo o
presunto), aves, pato, peru, salsichas, rins, salmão, arenques, sardinhas em
óleo, queijos, farináceos, legumes secos, pratos apurados, fritos, produtos
lácteos, etc.
* Alimentos privilegiados: todos
os frutos frescos: toranjas, ananás, laranjas, limões, maçãs, peras, pêssegos,
framboesas, groselhas, cerejas, e também couve, chucrute (sem os
acompanhamentos), batatas cozidas, tomates, beterrabas, espinafres, espargos,
cenouras, alhosporros, etc.
* O chá, l'YÚnanI’ de China favorece a eliminação das gorduras.
JOJUJ77
Se praticado 1 ou 2 dias por semana, é desintoxicante. Beber bastante água (Mont
Rouscous ou Volvic)
483
Odores
OS CONSELHOS 00 PROF ÁRILZ
Antes de mais abstenhase de bebidas espirituosas: vinhos, cervejas, álcool,
licores, bem como de manteiga, gorduras, toucinho, ó o, carnes gordas, natas,
alimentos farináceos, açúcar, sal pastelarias.
CONSELHOS
Exercícios risicos diários. Fazer, conforme os gostos: passeios,footing,
bicicleta, natação, etc. Automassagem depois dos banhos.
Odores
ara os maus odores libertados pela transpiração corporal, das axilas, dos pés,
etc., mantenha uma higiene corporal conveniente. Vigie especialmente a sua
alimentação: evite as charcutarias, os excessos de sal e de açúcar, etc.
Ver eventualmente Aftas (p. 198), Boca (p. 261), Dentes (p. 356).
Aplique o desodorizante seguinte: * 50 ci de álcool ao qual se acrescentam 50
gotas de essência de IIrnÁo, 10 gotas de patchuli, 10 gotas de sãndalo. Misturar
com água em partes iguais. * Em loção ou vaporização, 1 vez ao dia.
ÁRN17h05 £0 OSSOMO *
Diários, frios, ou banhos de assento com fricções.
ÁRRI71;05 dO VZ~r
2 ou 3 vezes por semana.
‘è':ó
Afusões diárias dos braços e das pernas, alternadamente, dia sim dia não. Afusão
fulgurante.
484
Olhos (inflamação) Oftalmia
Olhos (inflamação) Oftalmia
aracterizase por vermelhidão, tumescências e, de manhã ao acordar, pelas
pálpebras coladas, secreção de lágrimas, uma sensibilidade ex cessiva à luz e
vermelhidão do globo ocular.
Vigilância médica indispensável, em particular nas oftalmias purulentas.
Para a aplicação de diversas formas de tratamento, ver Conjuntivite (p. 333).
Recoltas fitotolwpâutlcos
Algumas plantas podem ser utilizadas como colírio:
cainom11.7 Biedo Trevocoroaderei.
MaIV.7 QU&lidól71.7
* 10 g de 1 das plantas para meio
litro de água. Ferver durante
1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos. * Colocar 2 ou 3 gotas, 3 ou 4
vezes ao dia.
CONSELHOS GERAIS DO PROF. BILZ
Para os doentes dos olhos, uma alimentação não excitante, cuidados rigorosos com
a pele, fricções diárias, banhos, afusões, etc., são úteis. Para conservar uma
boa visão e melhorála, devem praticarse lavagens de olhos todos os dias, de
manhã e à noite. Fazemse unicamente com água e devem durar de 1 a 2 minutos. *
3 a 5 banhos de 200C para os pr»bitas. * Para os míop«: 25OC.
Estes banhos devem ser seguidos de um repouso de 5 a 10 minutos, com os olhos
fechados. Evitar a exaustã o física e intelectual, as luzes insuficientes ou
demasiado fortes, a passagem brusca da obscuridade para a luz. Andar
frequentemente ao ar livre: nas planícies verdejantes, nos bosques, etc.
Massagem no pescoço, na nuca, nos ombros e nas têmporas.
485
Osteoporose
Osteoporose
v r Descalcificação Desmineralização (p. 360).
Os riscos para a mulher e para o homem
São inegáveis os riscos de fracturas na mulher, na menopausa, devidas à
osteoporose. Considerase geralmente que 1 mulher em 4 pode ser
afectada de descalcificação associada às alterações hormonais.
A medicina alopática propõe exames da densidade óssea de modo a determinar as
eventuais perdas ósseas e a avaliar os riscos de fracturas. As medidas
terapêuticas propostas comportam estrogéneos e, por vezes, progestativos bem
como o consumo de cálcio, etc.
Mas esta terapia hormonal não está isenta de inconvenientes. Certos
investigadores pensam que poderia mesmo favorecer o aparecimento de
certos cancros.
Considerase geralmente que a osteoporose é acentuada por diversos factores: o
álcool, o tabaco, a ausência de actividades físicas. Além disso, o consumo de
certas substâncias medicamentosas tais como a cortisona, as hormonas
tiroidianas, etc., favorecem também a sua ocorrência. O factor genético pode
também influenciar esta patologia.
A osteoporose atinge principalmente as mulheres, mas os homens também podem ser
atingidos, particularmente os diabéticos e os doentes com insuficiência renal.
Ela é também responsável, independentemente das fracturas frequentes, por uma
compressão vertebral.
Questionar os efeitos dos produtos lácteos
Os partidários das medicinas alternativas questionam, cada vez mais, os produtos
lácteos como meio preventivo da osteoporose: apesar do consumo importante deste
tipo de produtos e subprodutos, esta patologia não está de modo algum em
regressão.
Os comentários do Prof Kervran sobre este assunto são edificantes. Ele considera
que a perda de silício é responsável pela desmineralização
486
Osteoporose
e que o tratamento da artrose deve associar o magnésio sob a forma de cloreto ou
de carbonato, de silício e de carbonato de potássio. Para o
Prof. Kervran, estes produtos são susceptíveis de fazer regredir a osteoporose.
Terapêuticas de acompanhamento
A osteopatia, a quiroprática, a acupunctura, a mesoterapia, a
electroterapia (de Võll), a moraterapia.
A estimulação eléctrica tem, muitas vezes, resultados interessantes
no aspecto de atenuar e suprimir as dores.
A homeopatia utiliza em particular: Acte racemosa, Bryona,
Camomilla, Hypericum, Thuya, Sepium, em diluições que variam de
5 a 15 CH.
DIw9010.9 * Cássís cavalín17.1 Urtiga
Raínhadosprados
2 drageias de cada por dia, por períodos de 3 semanas. Fazer várias vezes ao
ano.
OU IMUSfO * Cássis + Cávalínha + Urtiga @@ * Raínhadosprados
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 2 minutos e
deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia, antes das
refeições.
ó10OS OSSOMARIS
Bétula
1 gota, 1 a 3 vezes ao dia.
O u .
1 ímão
2 gotas, 2 vezes ao dia. @@3 ÁRIMIOS *
Banhos quentes com uma mistura de algas (Fucus vesiculosus), de cavalinha e de
urtiga, seguidos de fricções frescas. * 20 g de cada planta para 2 litros de
água. Ferver durante 5 minutos e deixar em infusão durante
20 minutos. Filtrar e acrescentar à água do banho.
08/717OS de OSSOIMO
* Banhos de assento frios. * 2 ou 3 por semana.
88/7/705 £f0 V8POr *
1 ou 2 por semana, seguidos de loções frescas.
487
Osteoporose
DUCI1OS O.Ofusão.9 *
Frescas das pernas e das costas, várias vezes por semana. [@1 A.TIm.I~1.7
Ch117050
raiZ o& CffithUla OffiCinalíS
Decocção de 10 g por litro de água. Deixar repousar meia hora. Tomar 2 chávenas
por dia durante 1 mês. Repetir várias vezes.
ROCOM95 lf fitoffimpêutICOS
Bambucelabas171r
O extracto de bambu, comercializado sob o nome de bambullex, foi elaborado na
Alemanha pelo Prof. Hauschka. Ele age a vários níveis graças à sua composição:
harpagófito, cássis e bambudetabashir. Este produto existe nas farmácias e nas
lojas de dietética especializadas.
As outras plantas:
Urtiga Luzerna sementes de Abóbora, Consoldamaior Alecrim Salva
10 g de uma das plantas para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar
em infusão durante 10 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
GOMOtOMPIO Aiw127verme117.7, Fruto da SI/V.7 Sequ01.7 cassis
Esta preparação é feita em farmácia. Tomase, à razão de 30 gotas por dia, num
pouco de água, durante 3 semanas. Repetir 4 ou 5 vezes por ano.
AllInOIMOÇAO
É um factor essencial:
* Evitar: doces, pastelaria, álcool,
produtos refinados, charcutaria, gorduras animais, manteiga cozinhada, fritos,
pratos com molhos, chá, café, chocolate, vinho (pode ser tomado em doses
moderadas), cerveja.
* Alimentos privilegiados: cássis,
salsa, dentedeleão, saladas verdes (ricas em magnésio), couve, cenouras,
aipos, cereais integrais, trigo, arroz, alperces, castanhas, fruta fresca e
seca, maçãs, peras, óleo de sementes de abóbora.
488
Otalgia
RECEIM REMINERALIZANAE
Esta receita é citada por inúmeros autores. Tem principalmente uma
acção remineralizante e preparase da seguinte maneira:
Arranje uma casca de ovo, de preferência biológico. Depois de lhe
retirar as aderências do interior, reduzaa a pó, esprema 2 limões e deixe toda
a noite a casca moída dentro do sumo de limão: esta dissolvese.
Tomar 2 colheres, de sopa, por dia, se possível em jejum ou antes
das refeições, durante 8 dias. Pare durante 4 dias e recomece. Pode fazerse a
mesma preparação utilizando vinagre de cidra: o
tempo de dissolução e a posologia são idênticos.
CONSELHOS
Não desleixar: a actividade física que deve ser praticada de forma
contínua; os seus efeitos para combater e atrasar o aparecimento da osteop(,rose
são inegáveis. Andar de pé s descalços na erva húmida.
Relaxamento (ver p. 139).
Otalgia
D ores no ouvido, que podem ocorrer sem inflamação e ser um sintoma
de diversas afecções: reumatismos, gota, doenças nervosas, resfriamentos.
Aplicar os tratamentos para a Papeira (p. 495).
489
Otite
3 RECEMAS Ü7 EIS
A parietãrla em decocção em azeite: 30 g de planta para 200 ml de azeite (’15 de
litro). Deixar macerar durante cerca de 10 dias. Filtrar e deitar algumas gotas
amornadas no ouvido, 2 ou 3 vezes ao dia; ou em óleo de amêndoasdoces e em
instilação no ouvido: alivia a dor. As folhas de nogueira fervidas em vinagre,
aplicadas no ouvido ou atrás da orelha produzem um alívio rápido (segundo
Chornel):
40 g de folhas para meio litro de água. Ferver durante 20 minutos (reduzir a 113
aproximadamente) e acrescentar o equivalente em vinagre de boa qualidade.
Aplicar em compressas, 2 ou 3 vezes ao dia.
Otite
nflamação do ouvido externo, médio ou interno, a otite ataca as partes
cartilaginosas ou ósseas e, muitas vezes, também as membranas do tímpano. É
acompanhada de dores fortes, de vómitos, de febre, etc.
Vigilância médica indispensável.
MA7AMEN7OS DO PR. SIÁLZ
Compressas húmidas e mornas (22 a 250C), que devem ser mudadas quando aquecem
e renovadas até diminuir a inflamação.
Loções frequentes na região do ouvido, banho morno das orelhas. À noite:
malIlot húmido e morno, nas pernas e nos pés.
Lavagens da boca.
490
Ouvidos Surdez
Aspiração de água quente pelo nariz.
Lavagens diárias.
Em caso de febre: banhos mornos (30OC), esfregando vigorosamente a pele.
RSCEM Ür111
óleo essencial de oucalipto diluído em óleo de améndoasdocos (5 gotas de óleo
essencial para 50 gotas de óleo de amêndoasdoces), por instilação no ouvido,
várias vezes ao dia.
Ouvidos Surdez
r também Zumbidos nos ouvidos (p. 611).
Rece~ fitotempêuticos
A água que escorre das extremidades dos ramos de freixo, queimados, é boa para
curar a surdez. Deitar algumas gotas no ouvido ou num algodão que se coloca no
ouvido. A casca de freixo em decocção teria as mesmas virtudes (Lobel, citado
por Chomel): 20 g de casca para 1 litro de água. Ferver durante 15 minutos e
deixar em infusão durante 20 minutos.
* Deitar algumas gotas no ouvido,
2 ou 3 vezes ao dia.
* C. Hoffman aconselha para a
surdez a instilação no ouvido, várias vezes ao fia, de algumas gotas de infusão
de cardobento: 20 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante dois minutos
e deixar em infusão durante
10 minutos.
* Deitar algumas gotas no ouvido, 2 ou 3 vezes ao dia.
491
Palpitações Papeira Paralisias
Parasitas
Parkinson (Doença de), Doenças degenerativas (Alzheimer, Esclerose em placas)
Pele
Pernas pesadas Pés Pesadelos Sono agitado
Picadas de insectos
Pneumonia
Poliartrite Pólipos
Prisão de ventre
Próstata
Prurido
Psoríase
493
Palpitações
Palpitações
anifestamse por um aumento da actividade cardíaca, muitas vezes acompanhada de
dificuldades respiratórias. As causas são inúmeras: excitabilidade anormal,
exaustão, medo, des~ gosto, afecções nervosas, cardíacas, etc.
Diagnóstico médico indispensável.
DM901 Esplnheiroalvar V.71erlana
Ervacídrelra Marrolo
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão Espinhelroolvar + Valeriana + ErvaCIdreíra + Marrolo
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e
deixar em infusão durante 10 minutos.
Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ó1M5 OSSOnc1.815
Flor de 1.7tanjelr& (Nero11)
1 ou 2 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia. Ou:
Lata/7j&ir8
3 gotas, 3 vezes ao dia.
Nos casos agudos ou nos quais a causa está ligada a uma emoção,
um stress, um medo, o abuso do alcool,
de excitantes, de medicamentos, etc.
Banhos de pés mornos (30C),
seguidos de afusões frescas dos joelhos.
Nos casos
COMP/M9M8 *
Compressas calmantes. Preparamse com um pano dobrado e molhado em água quente
ou
mais graves
numa infusão de camomila: 10 cabeças de camomila para meio litro de água. Ferver
durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos.
494
Papeira
Aplicar sobre o peito, ao nível do
coração, e na nuca. Assinalamos também:
* Os envolvimentos dos pés e das
barrigas das pernas em panos mornos e húmidos.
ÁLOMOgOM *
* Lavagens frescas: meio litro de
água à temperatura ambiente Fazer a lavagem com uma “pêra e conservar durante
cerca de 10 minutos. Renovar 1 vez, se necessário.
* As lavagens mornas com uma
infusão de camornila têm uma acção calmante: 10 cabeças de camomila para meio
litro de
água. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
Fazer a lavagem morna de manhã, de preferência em jejum.
,;24
6 A
Duches da nuca, mornos e frescos.
LL@@1@?j1 AI1M017ffiÇãO *
* Deve ser sóbria e ligeira.
* Suprimir todos os excitantes.
L@U Jejum *
Cura de fruta fresca.
Papeira
Inflamação epidémica, raramente isolada, das glândulas parótidas. Geralmente
ataca as crianças e caracterizase por dificuldade em engolir, em mastigar,
dores de cabeça, insônia, perturbações do apetite e febre ligeira.
Nos adultos podem ocorrer complicações (vigilância médica indispensável).
com
Á@O/OSSOS *
101 Verbascobr.?nco + Altela +
Verbena + Fenogrego
Decocção: 2 pitadas de cada
planta para meio litro de água.
Ferver em lume brando durante
20 minutos. Aplicar em compressas atrás das orelhas. Repetir várias vezes ao
dia.
495
Paralisias
ILOVOgOIM *
Lavagens mornas, todos os dias. @w ÁRY17hos de vapor *
Com aplicação de compressas quentes no pescoço, seguidas
de fricções mornas (250C). Fazer todos os dias.
no AliMOIMOÇão
Alimentação ligeira, não excitante. Ar fresco.
Contra a inflamação da garganta
Ver eventualmente Anginas (p. 236).
compressos *
Compressas mornas no pescoço com envolvimentos húmidos e quentes das pernas e
dos pés, seguidos de uma fricção total morna.
1 ou 2 vezes ao dia.
F*11 .4111melMoçOo
Alimentos privilegiados: fruta e legumes frescos, germe de trigo, agrião, soja,
azeite, couve, limões, laranjas, toranjas, etc.
RECEM Ü 7 X
Raizes de labaça fervidas em vinho e aplicadas atrás da orelha,
em compressas, aliviam as dores.
Paralísias
erturbações dos movimentos que podem surgir subitamente ou progressivamente. As
causas de uma paralisia são variadas: rutura de um vaso sanguíneo, comoção,
inflamação, tumores, emoções, hipertensão, colesterol, diabetes, obesidade.
496
Paralisias
Se a causa for de origem cerebral, a paralisia atinge a metade do corpo oposta
ao hemisfério cerebral doente (hemiplegia).
Se a causa for uma doença da medula espinal, as partes do corpo situadas
abaixo do local doente ficam paralisadas, parcial ou totalmente.
Se a origem for muscular, a paralisia afecta sobretudo uma região específica,
geralmente próxima da afecçã o. Surge no seguimento de um
resfriamento, de exaustão, de abuso de substâncias tóxicas, etc.
Vigilância médica indispensável.
D/w901
w.9 * Príma vera Cardarnomo
BetónIca (Brióní.?, sob receita médica)
2 drageias de cada, 1 vez ao
dia.
OU Prímavera + Cárvamomo + Betóníw
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 10 minutos.
Tomar 3 ou 4 chávenas por dia. As plantas seguintes têm uma acção favorável
sobre as paralisias:
peónía Mía vísco de Carva117o (sob receita médica) Salva Lavanda
Louro
20 g de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em
infusão 10 minutos. Tomar 2 a 4 chávenas por dia.
~ essenciflis é
2 gotas, 2 vezes ao dia.
ZIMbro
3 gotas, 2 vezes ao dia.
Nas sequelas das paralisias da lingua, com dificuldade
de elocução
Álcool a 900 + 10% de essência Licor de Ervauma de ervaursa.
(Faraceiso) Tomar 10 a 30 gotas, 2 ou 3 vePodese preparar da
seguinte maneira:
zes ao dia, num pouco de água.
Para as paralisias musculares
FrIc~ o InOs~gen9
Fricções mornas frequentes (25OC) nas partes atingidas.
* Compressas mornas.
* Massagens, ginástica médica,
etc.
* Com óleo de ervad~>João (Chomel): 30 g de erviiiid~>
497
Paralisias
João e 20 cabeças de camomila para meio litro de azeite.
* Deixar macerar durante 8 dias e
filtrar.
* Para acelerar a preparação,
aquecer a mistura em banhomaria durante 20 minutos e em seguida filtrar.
* Aplicase em fricções, 1 ou 2
vezes ao dia.
8017hOS dO V0POr *
Banhos de vapor 3 vezes por semana, seguidos de fricções.
L@@'J MIMUI*O dO NOptUnO
Aconselhado.
AlIMOIMOÇãO
Vigilância geral da alimentação. Contraindicações: todos os abusos, as
sobrecargas alimentares, todos os excitantes (café, chá, chocolate, álcool,
tabaco), carnes gordas, charcutaria, crustáceos, alimentos pesados e indigestos,
queijos fortes, especiarias, maionese, pastelaria, excesso de açúcar, de sal,
peixes gordos: carapau, arenque, sardinha, salmão, atum, etc. Alimentos
privilegiados: couve, chucrute (sem os acompanhamentos), legumes, saladas, fruta
fresca, etc.
jejum
Cura de fruta fresca.
KNEW ACONSELHA
Banhos de vapor. Aplicações de compressas quentes de fenogrego em decocção:
40 g para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante
20 minutos. Aplicar em compressa durante 20 a
30 minutos. Repetir 2 ou 3 vezes ao dia. Afusões frias superiores, alternando:
* com afusões dos joelhos e das coxas;
* com uma camisa de “flores de feno”. Logo que sudam melhoras:
Semicúpio frio e curto (alguns segundos).
498
Parasitas
Parasitas.
ão organismos que crescem, vivem e se desenvolvem no corpo do homem: ácaros,
oxiúros vermiculares, bichasolitária, triquinose, etc. Em todos os casos
observe uma higiene corporal rigorosa: lave as
partes sexuais e anais, escove as unhas, desinfecte a roupa de cama. Afaste
os cães e os gatos.
DM901
485 * Gravodedofunto Fraxínoa
Tasneira AbsInto
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão Gravodedofunto k Fraxínea + T27sneira + Absínto
1 ou 2 pitadas de cada planta para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 10 minutos. Tomar 4 chávenas por dia.
2jJ, ó10~ esse/ICIBIS
EucalIpto
2 ou 3 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
Tuiã
3 gotas, 2 vezes ao dia (sob receita médica).
LSWVO/75 *
Ferver meio litro de leite com 5 ou 6 dentes de alho esmagado. Fazer a lavagem
de manhã, em jejum.
Abóbora ou AbóboramonIna
30 g de sementes. Retirar a casca das sementes, que se misturam a uma parte
igual de açúcar de cana. Fazse em seguida uma pasta à qual se pode acrescentar
um pouco de leite.
* Tomar uma pequena porção durante 4 dias.
* Terminar a cura com uma infusão de amieirop~.
Absinto
* Ferver absinto (50 g) em 1 litro
de leite com alguns dentes de alho.
* Fazer cataplasmas e aplicar no
ventre, à noite ao deitar. Antigamente este método era sobretudo utilizado para
as crianças.
Figueíra
O látex desta árvore é um excelente vermífugo. Colhese na Primavera fazendo uma
incisão no tronco. Conservase em frascos de vidro. Utilizar algumas gotas (5 a
10), diluídas num pouco de água. Tomar 2 ou 3 vezes ao dia.
499
Parasitas
* Se for aplicado imediatamente
após uma picada de abelha, atenua os seus efeitos.
* Também ajuda a extirpar os calos e as durezas.
I IquídâMbal
* A resina do tronco foi antigamente utilizada (sobretudo na medicina árabe)
para fazer pomadas a ntipa rasitá rias, especialmente contra a sarna.
* Depois da extracção, este líquído
utilizase em fricções e combate eficazmente os parasitas, os piolhos, por
exemplo.
Quássia
* Esta planta tem o nome de um
escravo negro que a utilizou pela primeira vez. É também um insecticida natural
e estimula as secreções gástricas e biliares. A planta tomase em infusão, à
razão de 1 ou 2 pitadas para 1 chávena de água. Ferver durante
1 minuto. Tomar 1 ou 2 chávenas por dia.
RomanzeIr.7
A raiz tem uma acção paralisante sobre a ténia.
30 g de casca da raiz em meio litro de água. Deixar macerar durante 24 horas e
aquecer a uma temperatura baixa. Após 20 minutos aumentar a temperatura e deixar
ferver até ficar reduzido a metade. Dividir em 3 doses, que devem ser tomadas ao
longo do dia, acompanhadas de um purgante.
Esta decocção (muito simples) é também eficaz contra as amibas.
santolina
3 g de sementes de santolina, misturadas com 1 colher, de sopa, de mel, 1 vez ao
dia.
pam 4? bICÃO 5011M1A1 gaenla ou M171.a).IMU5,10 * :01:1 Sánentes de abóbon?
(pevldes)
40 g de sementes para 1 litro de água. Ferver durante 4 minutos e deixar em
infusão durante 15 minutos. Beber 3 chávenas por dia.
AMIRMMOÇOO
* A alimentação deve ser sóbria.
* Contraindicações: carnes de
porco, de cavalo, carnes vermelhas, charcutaria. Comer apenas carnes cozidas,
muito bem passadas. Lavar cuidadosamente todos os legumes.
* Alimentoai privilegiados: alho a
todas as refeições, laranjas, limões, couve, chucrute, grãodebico, abóbora,
cenoura crua, salsa, rábano, batatas, óleo de nozes, ameixas.
jejum *
Acompanhado de lavagens intestinais: dá bons resultados.
500
Parasitas
REmÉmo FAmoso coNrRA A alcHAsourÁRiA
Durante muito tempo o remédio mais popular contra a bichasolitária foi o
fét<>rnacho. Segundo o livro do Dr. Gilbert, era preparado da seguinte maneira
no século xvii:
“A raiz de fetomacho é um medicamento cujas propriedades
foram bem determinadas pelos Antigos e negligenciadas durante muito tempo pelos
Modernos. Foi preciso que um empírico suíço renovasse a utilização do feto
contra a bichasolitária e disso guardasse segredo, para chamar a atenção do
público para as suas virtudes. Um tal Nousser percorreu toda a Europa e curou
uma multidão de pessoas atacadas pela bichasolitária. A sua morte não suspendeu
a utilização desse remédio. A sua viúva vendeu o segredo ao célebre Poutau
filho, cirurgião genial, que o administrou até à morte com vantagens suficientes
que lhe aumentaram a fortuna e a reputação. Finalmente, a viúva Nousser vendeu o
segredo ao Governo francês, que o publicou em 1775.” Algum tempo antes, a
célebre fórmula de Henrrenfchward tinha também sido divulgada. Verificouse,
também então, que estes dois remédios célebres eram conhecidos de Galiano e de
Andri, que tinha publicado o seu excelente Traíado da Geração dos Wermes 17o
Corpo Hurnano, e m 17 O 1. “A raiz de fetomacho forneceu purgantes mais ou
menos
drásticos a todos os médicos em todos os tempos. Está na base do famoso remédio
de Nousser. Administrada sozinha, à razão de 3 ou 4 dracrnas, é suficiente para
matar a bichasolitária, e a natureza provoca a sua expulsão alguns dias depois,
tal como observámos em três pacientes; noutros é necessário purgálos com gorna
guta, escamónia ou a panaceia mercurial. Nousser preparava as suas fórmulas com
12 sementes de panaceia mercurial, 12 sementes de escamónia e 5 sementes de
gornaguta; mas várias pessoas sofreram cólicas horríveis e ardor nas entranhas
depois dos efeitos deste terrível purgante. Muitas vezes basta utilizar a
escamónia para expulsar a ténia, na condição de o doente ter tomado durante 8
dias uma dracrna de raiz de feto.” “As cinzas de fetos fornecem uma grande
quantidade de álcali, por isso servem para lavar a roupa e as loiças. Podem,
Parkinson (Doença de), Doenças degenerativas (Aizheimer, Escierose em placas)
tal como as cinzas de giesta, ser prescritas a título diurético para a ascite e
os edemas. O pó desta raiz é um excelente curtume para preparar as peles de
cabra. As folhas podem servir de cama para os animais. Se a raiz seca for
cortada oblíqua, ela representa, talvez um tanto obscuramente, a águia
imperial.”
N.B.: A raiz de feto só pode ser tomada sob receita médica.
a Parkinson (Doença de),
o Doenças degenerativas (Alzheimer, Esclerose em placas)
doença de Parkinson caracterizase por tremores, uma diminuição dos movimentos e
uma rigidez dos membros. A responsabilidade é atribuída a uma degenerescência
nervosa.
A doença de Alzheimer caracterizase por uma atrofia generalizada présenil, com
aparecimento de demência progressiva. O doente perde pouco a pouco as suas
referências com o mundo exterior.
A esclerose em placas, por sua vez, consiste numa afecção degenerativa da
espinal medula. Traduzse por um défice motor, perturbações da sensibilidade,
tremores, etc.
A sua causa permanece desconhecida até hoje. Contudo o Dr. Maschi, nos anos 60,
já suspeitava que as poluições eléctricas podiam estar na sua
origem. Mas outros investigadores, entre os quais o Prof. Bill Huggins, põem em
causa as amálgamas dentárias à base de mercúrio neste tipo de patologias e em
certos casos de leucemia. Parece que em certos casos a sua eliminação teria
dados resultados significativos (maiores intervalos entre as crises).
Não conseguimos encontrar nenhum tratamento credível para estas doenças, nem
entre os métodos naturais nem na medicina oficial.
502
Parkinson (Doença de), Doenças degenerativas (Aizheimer, Escierose em placas)
Os mecanismos das doenças degenerativas do sistema nervoso permanecem obscuros.
Em contrapartida, certos trabalhos parecem demonstrar a importância dos factores
ambientais na gênese destas patologias. Pensamos que estes merecem uma reflexão
e novas investigações.
A geografia da esclerose em placas mostra que a frequência da doença progride
nos dois hemisférios. Esta constatação implica a consideração dos factores
ambientais.
Assim, a República Checa é um dos países mais atingidos por esta patologia. Os
investigadores checos conseguiram estabelecer uma cartografia da doença e
detectar os locais de alto risco que, tal como a região de Téplice, são os mais
poluídos do país. Contudo, é demasiado cedo para poder pormenorizar todos os
factores.
Os investigadores escandinavos tentam demonstrar a relação entre o
aparecimento da doença e a ausência de ácidos gordos não saturados na
alimentação (o que poderia explicar a cartografia desta doença).
R~Itos fitotelopêuticas Béladona
* Dada a toxicidade desta planta,
não fornecemos nenhuma receita.
* Na Bulgária preparase um vinho no qual se dissolvem os princípios activos da
beladona para tratar a doença de Parkinson.
* Também é utilizada no tratamento das dores e para aliviar a asma e a tosse
convulsa.
* Em solução, é utilizada na oftalmologia para dilatar as pupilas e examinar o
fundo do olho.
* Esta planta deve aliás o seu
nome às damas do Renascimento que, para terem um olhar mais brilhante (graças ao
fenómeno de dilatação da pupila), se serviam dela com colírio.
ATENÇÃO1 Esta plante em cortos dosas é muito tõxlca o até mortaliii 56 deve ser
tomada sob receita médica.
* O seu nome latino Atropinum
indica bem a sua toxicidade, porque Atropos, uma das três Parcas era a que
presidia ao início e ao final da vida e lhe cortava o fio.
CordIáli.9
* Experimentouse e utilizouse a
cordiália com alguns resultados positivos no tratamento da doença de Parkinson e
na paralisia agitante. ATENÇA01 Esta plante é muito tõxlcal Em cortas doses pode
mesmo ser mortal (paralisia cardíaca ou respiratõrlai 111). Só deve ser tomado
sob receita médica.
503
Pele
Pele
e eventualmente Alergias (p. 207), Impigens (p. 438), Eczerna (p. 372), etc . A
pele é composta por três camadas sobrepostas:
* a epiderme
* a derme
* e a membrana gorda A derme é formada por tecidos conjuntivos e celulares,
ricos em vasos sanguíneos e nervos.
As glândulas sudoríparas situamse, na sua maioria, nas camadas profundas e
atingem a superficie através de uma conduta excretora que permite a eliminação
do suor.
As funções da pele têm uma importância capital:
eliminação dos detritos;
regulação do calor corporal; funções endócrinas. A pele possui, além disso,
um metabolismo específico. Nela vivem 70 fermentos que produzem calor e
electricidade.
A pele não é um elemento indissociável do nosso organismo. Ela faz parte dele. O
seu estado e a sua flexibilidade são o reflexo do nosso estado de saúde. Assim,
uma pele gordurosa, seca ou macilenta traduzem um estado doentio, abusos, uma má
alimentação e uma higiene de vida inadequada.
Os inimigos da sua pele
*0 álcool
*0 tabaco
*Os abusos alimentares
*As carências
*Os detergentes
*A sedentaridade, a ausência de exercícios fisicos
*A exposição prolongada ao sol, aos raios U.V. (bronzeamento artificial)
*0 abuso da maquilhagem, etc.
504
Pele
Para conservar uma pele flexível, sedosa e saudável
Afusões mornas, diárias.
Afusões frescas das coxas e dos braços, alternadamente, seguidas
de afusões do peito (3 vezes por semana). Banhos de vapor, 3 vezes por semana.
Ágonhos *
Banhos quentes com uma infusão de folhas de:
Noguelra >, Bétula * 3 ou 4 pitadas de cada planta para 2 litros de água. Ferver
durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos. Filtrar e misturar com
a água do banho. * Este banho tem propriedades acistringentes e refirmantes.
80171705 dO V0POr *
2 vezes por semana, seguidos
de loções e fricções frescas.
n(8 Aliffielitap#O
A alimentação deve ser sóbria.
Contraindicações: carnes gordas ou envelhecidas, manteiga cozinhada,
charcutaria, caça, queijos fortes, gruyèi&, bleu ioqu&fort, mu17ster, cantál,
maionese, álcool, tabaco, pastelaria, doces, chá, café, etc. Alimentos
privilegiados: fruta fresca, alperces, pêssegos, ananás, maçãs, laranjas,
limões, cenouras, couves, nabos, alho, salsa, germe de trigo, levedura de
cerveja, etc.
jejum
É o método mais eficaz para o rejuvenescimento. Praticar o mais frequentemente
possível. Cura de fruta fresca.
PELE SECA
II@I máscara de argila
Argila verde esmagada (4 a 8 colheres, de sopa) + leite integral (cerca de meio
copo) ou iogurte. Fazer uma mistura untuosa, de fácil aplicação. Acrescentar
algumas gotas de essência de cenoura + patchuli.
1 ou 2 máscaras por semana.
505
Pele
ó/00 d~77.8qUIMOMO
O dO MODUMOÇãO óleo de Germe de trIgo ou
de Amêndoasdoc&s para
1 frasco de so C/ óleo essencial de Cenoura (15 got?S)1 óleo essencial de
Fatc17u4 (10 got9s), óleo essencial de ZIMbro (15 gotas
Utilizar algumas gotas desta mistura num algodão, 1 vez ao dia.
56/7h0 dO V8POr L(@JJ d10 ffisto
* Em 2 litros de água a ferver deitar
algumas gotas de essência de cenoura + esséncia de patchuli (previamente
diluídas em álcool).
* Colocar o rosto por cima de um
recipiente com água quente e cobrir a cabeça com uma toalha.
* Duração do banho: 10 minutos.
Em seguida passar o rosto por água morna.
* Fazer 2 ou 3 vezes por semana.
PELE OLEOSA
Evitar as maquilhagens.
Máscam deargila
* Argila esmagada verde (4 a 8 colheres de sopa) dissolvida em água morna, de
forma a obter uma pasta untuosa. Acrescentar 3 ou 4 gotas de essência de lavanda
+ 3 ou 4 gotas de essência de toranja. * 1 ou 2 vezes por semana.
LOMO OWSMOqUIM.RIMO
Para 3 ou 4 colheres de leite integral ou de iogurte, acrescentar:
ó/00 OSSOnCIal d& IlaVanCa @2goíàs), óléo essencial de Cenoura (2 gotas),
ol&o essenclal de Camornila (3 goiás), óleo essencial de Toranja (3 gotas).
Utilizar, de preferência, à noite.
ó/00 dO M8I7UMI7ÇãO o de pro&~o óleo de grainhas de Uva num
frasco de 50 C/ óleo essencial de Lavanda (15 gotas), óleo essencial de Cenoura
(15 gotas), óleo essencial de Toranja (1,5 got7s).
Aplicase com um algodão depois da desmaquilhagem, à noite.
506
Pele
8917h0 dO V8POr @@JJ0 do Msto
Em 2 a 3 litros de água a ferver deitar algumas gotas de essência de lavanda +
essência de Toranja (previamente diluídas em álcool).
2 ou 3 vezes por semana.
PELE NORMAL
@@II Ráscalo demVA?
Às 5 a 8 colheres de argila diluída em água morna acrescentar 3 gotas de óleo
essencial de cedro + 3 gotas de óleo essencial de bergamota, previamente
diluídas em 2 colheres, de sopa de óleo de amóndoaedoces: Misturar tudo de modo
a obter uma pasta homogénea e untuosa.
Aplicar durante 20 minutos. Passar por água. Este tipo de máscara pode fazerse
2 ou 3 vezes por semana.
óleo de M.TI7UM17ÇãO o de ~~
óleo a,& Amênaloasoloces num frasco o& 50 c1 óleo essencial de Cédro @10 got
9s), óleo essencial de Limã o (15 gotas),
óleo eSS&nCIal de SalVa (15 goías), óleo essencial de Berpamo1.9 @lo gotas)Este
óleo pode utilizarse depois da desmaquilhagem, à noite, antes de ir para a
cama.
03/7/10 de vapor @w ofo ~to
Em 2 ou 3 litros de água a ferver deitar 2 gotas de óleo essencial de cedro + 2
gotas de óleo essencial de IlImIlio + 2 gotas de óleo essencial de bergarnota,
previamente diluídas num pouco do álcool a 900 (os óleos essenciais não são
hidrossolúveis). Acrescentar à água a ferver.
* Colocar o rosto por cima do recipiente durante alguns minutos (3 a 5), e em
seguida passar o rosto por água fresca.
* Pode fazer 2 ou 3 vezes por semana.
507
Pele
RUGAS
Ver também Queimaduras (p. 534), Velhice (p. 600). Para retardar os efeitos do
envelhecimento da pele e conservar durante o maior tempo possível a juventude e
a saúde, siga os conselhos seguintes:
Aplicação interna
0f89011OS
Fazer curas de 6 a 8 semanas de cápsulas de onagra (4 a 8 por dia) várias vezes
por ano. Alternando com drageias de eleuterococo (6 a 8 por dia).
Alimelit~O
Contraindicações: evitar todos os abusos, especialmente álcool, cerveja, vinho,
café, chá, excesso de açúcar e derivados, pastelaria, bebidas açucaradas,
excesso de sal, charcutaria, pratos com molhos, manteiga cozinhada, sobrecargas
alimentares (a obesidade é um factor de envelhecimento), carnes gordas,
enchidos, fritos.
Aplicação externa H Máscafã de my/10
Para 5 colheres de argila verde, misturadas com água:
2 a 4 gotas o& óleo &ssoncial do P.71ma rosa
Alirnentos privilegiados: todos os legumes e frutos frescos: alperces, uvas,
maçãs, peras, laranjas, limões, cenouras, couve, ananás, toranjas, salsa,
tomates, alho, cebola, germe de trigo e levedura de cerveja. Corno bebida, beber
água.
jejum
* É o meio mais seguro para conservar a juventude. * 1 ou 2 vezes por semana. *
1 dia de fruta fresca. * Cura de fruta fresca. * Evitar també m os cansaços
excessivos e repetidos, o stress, as contrariedades, etc., e também os abusos de
banhos de sol.
3 gotas de óleo essenclal de cenoura,
3 gotas de óleo essencial o& L8ra17j&lra.
Conservar até endurecer. Passar o rosto por água.
508
Pele
A seguinte preparação devolve o
tónus à sua pele:
Acrescentar a 50 ci de óleo de
gerrno de trigo:
10 gotas de óleo essencíal de Falmarosa,
15 gotas de ôleo essenci.71 do Cenotira,
20 gotas de ól&o ossenclal de LaranjeíZ.7. Fazer 1 ou 2 aplicações por dia.
MANCHAS PONTOS NEGROS
~0 Fazer uma loção com uma decocçâo de:
Verónica + Bétula
3 ou 4 pitadas de cada planta
para meio litro de água. Ferver durante 20 minutos e deixar em infusão durante
meia hora.
Em aplicação como loção, várias
vezes ao dia.
CICATRIZES
c ,em ‘01 Bétula
A casca de bétula, queimada, reduzida a pó e misturada com azeite, faria
desaparecer as cícatrizes (Chomel). Aplicar com um algodão, 1 ou 2 vezes ao dia.
Talvez existam outras receitas, mas não demonstradas. Para esta utilizámos o
condicional,
com todas as reservas que isso implica.
óleo de Rosamoscad27dochlle
Este óleo existe à venda nas lojas especializadas. Teria também a propriedade de
atenuar as rugas (e fazêlas desaparecer). Aplicar com um algodão, 1 ou 2 vezes
ao dia.
MANCHAS DE NASCENÇA
COMPffissas*
Utilizar a raiz de borragem, da qual se conserva apenas o coração, macerado em
vinagre.
Aplicado à noite, em compressas, faria desaparecer as manchas de nascença
(receita antiga).
509
Pele
SARDAS
infusão *
A decocção de améndoasamargas faria desaparecer as sardas: 20 g de planta para
1 litro de água. Ferver durante 3
minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Por via oral: 2 ou 3 chávenas
por dia. * Em loçâo externa: utilizar como desmaquilhante, à noite antes de ir
para a cama.
ACÇÃO BENÉFICA DAS PLANTAS NA PELE
As plantas seguintes têm uma acçâo benéfica sobre a pele:
* Madressilva (uso externo).
* Fumãrla (uso interno e externo).
* Labeça (uso externo).
* Persicãrla (uso interno, doenças
da pele).
* Salva (uso interno e externo).
* Escabiosa (uso interno e externo).
* VerõnIca (uso interno e externo).
* 20 g de planta para 1 litro de
água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Em uso interno: 2 ou 3 chávenas por dia.
* Em uso externo: utilizar como
água desmaquilhante ou em compressas, à noite antes de ir para a cama.
ReceIffis
Amorperfoito Infusão de 10 g de planta em 1 litro de água a ferver. Deixar em
infusão durante 15 minutos. Tomar 2 chávenas por dia. Pode também ser utilizada
em banhos (com folhas de saponãrla e de nogueira) ou se aplicam directamente as
folhas em cataplasmas.
A v&ía
Ferver 500 g de palha de aveia em 2 litros de água durante 1 hora e acrescentar
à água do banho. Tomar 2 ou 3 banhos por semana, com uma duração de 10 a
15 minutos.
Sétulabranca
A água de bétula é um líquido que se colhe por entalhes (a cerca de 5 cm de
profundidade) efectuados no tronco da árvore na Primavera. Tomar 1 ou 2
colheres, de sopa, diluídas em meio copo de água,
1 vez ao dia. Este líquido também é benéfico para o aparelho urinário. Utiliza
se, há muito tempo, para
sio
Pele
tratar os cálculos biliares.
* Se se deixar fermentar, obtémse “cerveja” (ou champanhe) de bétula. Esta
bebida foi muito apreciada no passado no Norte da Europa.
Cavalwhadosprados
* Infusão de 10 g de planta em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
Cícut.7
* Na medicina grega esta planta
era utilizada em cataplasmas aplicadas nas partes atingidas, para tratar a
psoríase e o cancro da pele. Atenção!! Esta planta é muito tõxlcal Em cortas
doses é mesmo mortalili 56 utlikar sob receita médica.
Espadanadãguo
* Rizoma: ferver 20 g de planta
em 1 litro de água durante 10 minutos.
* Em caso de eczema crónico e
outras dermatoses, tomar 2 ou
3 chávenas por dia.
* Esta planta é também depurativa e útil no tratamento dos reumatismos.
Gramé?
* Fazer uma infusão: 10 g de
rizoma em 1 litro de água fria. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão
durante 20 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
SálgUOir11717a
* As extremidades das flores (antidiarreicas, hemostáticas), esmagadas e
utilizadas sob a forma de cataplasmas, curam os eczemas e as úlceras varicosas.
SalgueirínhaolicInal
* 10 g de raiz em 1 litro de água
fria. Deixar macerar durante 12 horas.
* Tomar 2 chávenas por dia.
Z~oço
* A decocção serve para tratar as
doenças da pele (também nos animais).
* 20 g de planta para 1 litro de
água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante
20 minutos.
* Tomar 1 ou 2 chávenas por dia.
* Antigamente esta planta era utilizada (misturada com salitre) para pintar os
cabelos de louro.
urtiga
* Infusão de 20 g de planta em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia durante 1 mês.
* (Pode também utilizarse directamente o sumo obtido de plantas jovens.)
511
Pernas pesadas
HEMATOMAS
COMP~MSà
As seguintes plantas reduzem os hematomas:
Arnicadamontanha, Tamíolro, Consolda, Erva ~d&SãO@JOãO’ casc.1 Ole Mla,
sementes de Lwh@ça
A planta (qualquer uma) deve ser recluzída a pó e misturada com
água muito quente de modo a fazer uma pasta.
* Aplicar nas feridas durante 10 a
20 minutos. Repetir se necessário.
* Uma outra forma de proceder
consiste em fazer uma mistura com argila, de modo a obter uma pasta homogénea.
* Aplicar nas feridas durante 10 a
20 minutos. Repetir se necessário.
04V7M4S RECEITAS AN77M5
* Farinha de fava embebida em água, limpa e elimina as manchas
na pele.
* A raiz de lírio, em decocção, tem as mesmas propriedades.
Pernas pesadas
m caso de perturbações prolongadas deve consultar o inédico. As mulheres, mais
do que os homens, são sujeitas a perturbações da circulação sanguínea pois têm,
como é suposto, as pernas frágeis. A responsabilidade incumbe a vários factores:
menstruação, menopausa, gravidez, saltos altos.
Nas pemas são mais especificamente os tomozelos e as barrigas das pernas que dão
uma sensação de peso. Este fenômeno acentuase com o
calor, o estar de pé, o álcool, o tabaco, a inactividade física e certos
medicamentos. Tratase de uma afecção da circulação sanguínea que é’ fundamental
não negligenciar.
512
Pernas pesadas
Um dos principais mecanismos consiste numa insuficiência venosa: o sangue
estagna, a oxigenação normal não pode efectuarse, e os músculos tornamse
dolorosos.
A hereditariedade pode ser um dos factores que faz desencadear ou
acentuar este fenômeno. As profissões mais atingidas são as que obrigam a pen
rianecer de pé por períodos prolongados. Mas outros elementos podem também
favorecer o problema: o aquecimento pelo chão, os banhos de sol prolongados, os
banhos demasiado quentes, as roupas apertadas e a obesidade.
Ver também Fragilidade capilar (p. 408), Flebite (p. 404), Varizes (p. 598),
Sangue (p. 549).
01290À ‘85* S.7bUgU&1r0 G&râ17i0 eivade~sãoroberto Hamamélís S&Iva
2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou &?bUgueiro + G&rânío, ervadesãoroberto + H.9mamélis + S,91va
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 1 minuto e deixar
em infusão durante 10 minutos. Tomar 3 chávenas por dia, fora das refeições.
~ OS5017C1,815*
P/@7/50
2 gotas, 3 vezes ao dia. Nos casos sérios:
cípreste
2 ou 3 gotas, 2 vezes ao dia (unicarnente sob receita módica).
Outras plantas: ver Sangue (perturbações da circulação), p. 549. * Cura de
cápsulas de óleo de
onagra: 4 por dia, durante
1 mês. Repetir.
N.R~OfiS
* A automassagem das pernas, das barrigas das pernas e dos pés permite aliviar
as pernas cansadas e pesadas. Faça a massagem com óleo de ervadesãoJoão do
Dr. Chomel, que se prepara da seguinte maneira: * 30 g de ervadesãoJoão para
meio litro de azeite (ou de õleo de amèndoasdoces). Acrescentar 20 cabeças de
camomila e deixar macerar durante 8 dias ao sol ou aquecer a mistura em banho
maria durante 30 minutos para acelerar a preparação. Deixar repousar 2 dias e
filtrar. Misturar em partes iguais com álcool canforado. * Fazer 1 ou 2
massagens por dia.
513
Pernas pesadas
0817h05 dOS ~
Banho dos pés morno com uma decocção de:
Fucus vesiculosus Hamamélís + Vinhavirgem
* 2 pitadas de cada planta para
meio litro de água. Ferver durante 10 minutos. Acrescentar à água do banho.
* Tomar este banho morno durante
5 a 10 minutos. Passar as barrigas das pernas, os pés e os tornozelos por água
fria e friccionar.
* Banho dos pés frio (cerca de
10 litros de água num recipiente ao qual se acrescentam cubos de gelo).
* Banho dos pés quentelfrio:
este tipo de banho pode também fazerse com 2 recipientes: um de água fria e
outro de água quente, alternadamente, o que tem por efeito uma vasoconstrição
pelo frio e uma vasodilatação pelo calor. Este banho melhora a circulação e a
resistência dos vasos sanguíneos.
* Começase por tomar um banho
dos pés quente durante 1 ou 2 minutos, e depois mergulhamse os pés no
recipiente com água fria durante alguns instantes. Recomeçase esta operação
cerca de uma dezena de vezes.
É preferível fazer este tipo de
banhos à noite, porque, para além da sua acção sobre a circulação sanguínea,
também tem efeitos relaxantes.
Também se podem acrescentar ao recipiente de água quente 4 ou 5 colheres de sopa
de sal marinho grosso não refinado.
08/7/105 dO V8~ *
2 por semana, seguidos de um duche frio e de fricções vigorosas.
AI1M0I7M00
* Evitar: açúcar, excesso de sal,
álcool, vinhos, cerveja, pratos com molhos, charcutaria, enchidos, gorduras
animais, manteiga cozinhada, fritos, chá, café, chocolate, tabaco, queijos
fortes.
* Alimentos privilegiados: o alho
é provavelmente um dos melhores remédios para todos os problemas sanguíneos.
Deveria fazer parte da alimentação diária de todos. E também agrião, salsa,
ervabenta, escarola, cebola, beterraba, cenoura, aipo, couve, pepino, funcho,
soja. Os óleos vegetais de primeira pressão a frio e especialmente o azeite, o
óleo de girassol, de sésamo, de cártamo, de germe de trigo e toda a fruta
fresca, especialmente laranja, toranja, limão, cá ssis, uvas, etc.
JOJU177
* 1 dia por semana. * Cura de fruta: uvas, alperces, 1 dia por semana.
514
Pés
1 CONSELHOS
Actividades físicas regulares: andar a pé, de bicicleta, natação, etc.
Endurecimento: andar de pés descalços, na Primavera, no orvalho, nas pedras
húmidas, à beira dos rios, das correntes de água, do mar. Dormir com os pés
ligeiramente sobreelevados por meio de uma almofada. Existem também nas
farmácias e nas lojas especializadas peúgas, meias ou collants de manutenção que
têm uma acção relaxante. Podem ser usados ocasionalmente mas nunca
permanentemente.
Pés
r Entorses, Luxações (p. 376).
PÉS FRIOS
Ver Fragilidade capilar (p. 408), Sangue (p. 549). É sempre sinal de uma
circulação sanguínea perturbada. Se os sintomas persistirem, consulte o médico.
ÁO
wmf ‘75 * H27mamélIs ZíMbro Tanchagem AzevInhopequeno
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU IMUSãO * Hamomélís @ Zimbro Tanchagem + Azevínhopequeno
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 1 minuto e
deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia, entre as
refeições.
ó1M5 055017CI.R.15* CIprosté (sob receita médica)
2 gotas, 3 vezes ao dia.
515
Pés
Alternando, dia sim dia não com:
canela
2 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁMO17h05 dros pós
Mornos e frios, alternadamente (2 a 5 minutos), seguidos de uma massagem
vigorosa dos pés e das barrigas das pernas. Fazer à noite, de preferência ao
deitar.
ÁRanhos d,O vapor *
Dos pés, 2 ou 3 vezes por semana, seguidos de afusões frescas e de fricções
vigorosas.
ÁoUches O offisões *
Das coxas, dos joelhos e do baixoventre (todos os dias). Fulgurante, 2 ou 3
vezes por semana. Afusão rectal.
cintUI*O de Noptu170
Envolvimentos húmidos dos pés e das pernas (até aos joelhos),
3 vezes por semana, na condição de aquecerem rapidamente.
AI.1n701m000
Suprimir: tabaco, cozinha pesada, álcool, manteiga cozinhada. Alimentos
privilegiados: cebola, alho, salsa, levedura de cerveja, couve, mirtilos,
legumes verdes, cereais, etc.
Jeil/m *
1 dia, a fruta.
CONSELHOS
Endurecimento (ver p. 132).
Exercícios fisicos: andar de pés descalços na areia, na tijoleira, na
erva húmida.
Os pés frios aquecem rapidamente se ficarmos em pontas dos pés
durante 2 ou 3 minutos, e elevandonos e abaixandonos lentamente (repetir estes
exercícios várias vezes seguidas).
516
Pesadelos Sono agitado
PÉS INCHADOS
Ver Edema (p. 373), Gota (p. 418). Pés inchados depois de uma longa caminhada,
cansaço, etc.
ÁROMIOS *
10 g d& 17or&s dê AbsInto,
10 g do Lavand27,
10 g de Orégãos,
10 g do Tomíl17o (Tl?ymus vulgarís),
10 g de Salva,
10 g de Ale crím,
10 g de Híssopo.
* Deitar estas plantas em 2 litros
de água a ferver e deixar em infusão durante 4 horas.
* Acrescentar 2 litros de vinho tinto
e fazer um banho dos pés com esta mistura quente.
ouches o afusões *
* Das coxas e dos joelhos, de
manhã ao acordar.
* Andar dentro de água ou na erva
húmida.
* Banhos dos pés, mornos e frios,
alternadamente, com uma duração de 3 a 5 minutos. Terminar com uma ligeira
massagem com óleo de amêndoasdoces.
* Fazer à noite, ao deitar.
TRANSPIRAÇÃO EXCESSIVA DOS PÉS
Ver Transpiração (p. 586).
Pesadelos Sono agitado
S
onhos oprimentes, com uma sensação de peso nos membros e no peito,
acompanhados de uma sensação de incapacidade de movimentação.
O acordar surge como uma libertação. Os pesadelos são, muitas vezes, seguidos de
medos, palpitações, dores de cabeça, dores musculares, exaustão, etc.
517
Pesadelos Sono agitado
ra as *
ÇOI
Ervacidreira Tília
2 drageias de cada.
Primavera SalgueÁro
ArtemísÂ9
2 drageias de cada. Alternadamente, dia sim dia não.
OU IMUS#O *
ErvacidreÁra ,, Mía .@. PrImavela + salgu0íro + Artemísía
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 1 minuto e
deixar em infusão durante 15 minutos. * Tomar 2 ou 3 chávenas por dia (1 delas à
noite, 1 hora antes de ir para a cama).
ó10~ essenciais
Manjerona
2 ou 3 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁMO/7/105 *
* Banhos de assento frios, 4 vezes por semana.
LIV.8g0J77*
* 1 lavagem com uma infusão de C8M0M11a. * 8 a 10 cabeças de camomila para meio
litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 15 minutos.
Fazer a lavagem, morna, 1 a 2
horas antes de ir para a cama.
Á9:0/71105 dos ~ ÁRO/7/705 0f05 blOÇOS
Banhos com uma decocçâo de:
ErvacidroIra + Lavanda + L ouro
* 2 pitadas de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 20 minutos e
deixar em infusão durante meia hora. Acrescentar 4 ou 5 litros de água quente e
efectuar os banhos de pés durante 5 minutos. * Passar os pés por água fresca (ou
fria) e friccionálos vigorosamente.
86/7/105 dO VOÁPOr *
3 banhos de vapor por semana.
Da face, dos braços e das coxas.
ClIMUI§O dO NO.OtU17O
Eventualmente à noite, antes de ir para a cama.
518
Pesadelos Sono agitado
Alimentação*
* Alimentação ligeira, especialmente à noite. Não ir para a cama imediatamente a
seguir à refeição da noite e, pelo contrário, andar um pouco a pé.
* Contraindicações: café, chá,
chocolate, especiarias, pratos com molhos, maionese, charcutaria, manteiga
cozinhada, fritos, álcool, vinho, cerveja e todas as sobrecargas alimentares,
especialmente à noite.
* Alimentos privilegiados: legumes crus, saladas (alface), cereais integrais,
trigo, aveia, levedura de cerveja, alperces, ameixas, pêssegos, uvas, etc.
Mastigar lenta e completamente os alimentos. Não engolir os alimentos antes de
estes estarem bem triturados.
JeAVm
* Permite sempre um melhor relaxamento e um sono mais profundo, reparador e
sempre agradável. * 1 dia, a fruta.
CONSELHOS
Não negligenciar:
o endurecimento e andar de pés descalços na erva húmida (p. 132);
os exercícios físicos e o relaxamento (p. 137).
Evitar: todos os ruídos violentos, as músicas demasiado altas, os
walkmans, as contrariedades, a cólera, os espectáculos televisivos excitantes ou
stressantes.
519
Picadas de insectos 1 Pneumonia / Poliartrite
Picadas de insectos
irar o ferrão e colocar:
vinagre ou limão ou salsa
ou gerânio ou cebola
PARA AFASTAR OS INSECTOS (especialmente os mosquitos)
ólws essenc1.71.9* @//ft Lav.~21, ossêncía de Lavand,9, Erv.?Cldr&lra,
EticalípIO Por vaporização com um difusor
ou num prato. Misturar um dos óleos com álcool, acrescentar um pouco de água de
modo a evitar uma evaporação dema siado rápida.
Pneumonia
v r Bronquites (p. 264).
Poliartrite
520
r Artrite (p. 245), Reumatismos (p. 538).
Pólipos
r o OUPOS
s pólipos alojamse na laringe, no nariz, nos ouvidos ou no recto. Podem
ocasionar dores, malestar e eventualmente hemorragias. É, frequentemente,
necessário realizar uma intervenção cirúrgica.
rRAMMEN70 DO DR. SILZ
Banhos de vapor.
MaMots completos ou parciais.
Banhos de assento mornos frequentes com uma decocção de
casca de carvalho (especialmente para os pólipos da vagina):
20 g de casca para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em
infusão 20 minutos. Acrescentar à água do banho, que deve ser tomado morno
durante 3 a 5 minutos, todas as manhãs, e depois mais espaçados quando surgir
uma melhoria. Passar o corpo por água fresca.
PóLIPOS DO NARIZ
Ilispiroção
* Inspiração diária de água de
cavalinha, que deve ser preparada da seguinte maneira: 3 ou
4 pitadas de cavalinha para 1 chávena de água. Ferver durante 2 minutos e deixar
em infusão durante 10 minutos.
* Inspirar o líquido por cada uma
das narinas várias vezes e expulsálo.
Cileos, essenciais Essêncía de Tuía (sob recolta médica)
2 gotas, 3 vezes ao dia.
Recolffis lf MotempêutICOS
Cipr&ste & Fi .gos fr&scos
* O cipreste triturado com figos
frescos, em aplicação local elimina os pólipos (receita da Grécia antiga).
* Algumas folhas de cipreste e 1
ou 2 figos frescos. Triturar tudo de modo a obter uma pasta homogénea.
* Aplicar 1 ou 2 vezes por dia.
Feto
* O pó de feto aspirado pelo nariz
curaria os pólipos do nariz (receita popular).
521
Prisão de ventre
Prisão de ventre
?@@T? século passado, o Prof. Bilz denunciava a utilização excessiva de @
‘laxantes para combater esta afecção. Realçava que a prisão de ventre, incluindo
a prisão de ventre rebelde, provocada por um relaxamento
e uma preguiça dos nervos, dos vasos e dos músculos do aparelho digestivo,
devemse essencialmente a uma alimentação defeituosa.
Cem anos depois, os mesmos erros alimentares, as mesmas causas, os mesmos
efeitos. Os comentários que ele fazia são ainda actuais.
“As pessoas prestam pouca atenção às funções do seu corpo e
não evacuam diariamente. Além disso, a posição sentada prolongada (em automóvel,
em transportes colectivos), a alimentação e
a inactividade fisica são todos eles factores que predispõem a esta
doença. Quando a situação se repete, as pessoas perdem a faculdade de regular as
suas evacuações. O mal tornase crónico e acompanhase de dores de cabeça, mal
estar, inapetência, vontade de vomitar, etc. “
Notese que as nossas sanitas de posição sentada são confortáveis, mas
inadaptadas à defecação. Pelo contrário, as sanitas “à turca” preenchem
perfeitamente as condições de uma boa evacuação.
Para prevenir a prisão de ventre, habituese, todos os dias, a evacuar, todas as
manhãs à mesma hora; se necessário, faça uma lavagem (ver página seguinte).
Assinalamos também que a prisão de ventre é um sinal de alarme: ela indica que
deveríamos alterar os nossos hábitos alimentares.
522
Prisão de ventre
Prisão de ventre ligeira e passageira
Olagei
às * LYJ Cer`láUrea Hort;elãpimeMa
2 drageias de cada,
AlecrIm A~íropreto
Malva
2 drageias de cada. Alternadamente, dia sim dia não.
ou Infusão * Contáuie.7 , Hortelãpímentg
,, Alecrim + AmÃeIropreto Molv19
1 pitada de cada planta para 1 chávena grande de água. Ferver durante 3 minutos
e deixar em infusão durante 15 minutos.
ó1005 OSSOMARIS Alecrím
2 gotas, 2 vezes ao dia.
Prisão de ventre forte
ÁO/w90A
às * UY Genciar,.? + Marrolo
2 drageias de cada.
PiNte110 Cássio Monjericão Alternadamente, dia sim dia não.
OU IMUSfO * Genciana + Morroío + PlIrIteiro + Cássio + MonIárIcão
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e
deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ólvos AlocrIm
2 gotas, 3 vezes ao dia.
88/7/705 dO 85501M0 *
Quentes: muito aconselhados (sobretudo nos casos rebeldes), com massagem do
ventre e do baixoventre. Logo que surgirem melhoras, tomar banhos de assento
mornos e depois frios (todos os dias).
Lavagem*
Fazer uma infusão de camomilla: 10 cabeças para meio litro de água. Ferver e
deixar em infusão durante 15 a 20 minutos. Depois de evacuar, pode fazer uma
pequena lavagem morna (200C aproximadamente) com esta infusão, que deve
conservar (o equivalente a 1 copo).
523
Prisão de ventre
ÁMO17hOS £0 V0POr *
Seguidos de uma loção fresca.
Duches o efi/s&s *
Dos braços e das coxas, todos os dias, insistindo no baixoventre. Terminar com
uma fricção vigorosa.
Recoltas Motempêuticos AmIeIropr&tô Ferver 20 g de casca em 1 litro de água
durante 15 minutos e deixar arrefecer. Beber morna, à noite.
cáqui
* Os frutos são laxantes e reguladores do trânsito intestinal. São
particularmente aconselhados às pessoas idosas e às crianças.
Cáscafa_sogarda
* Infusão de 20 g de casca seca
em 1 litro de água fria. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 15
minutos.
* Beber 1 chávena, à noite.
* Esta planta foi utilizada pelos
primeiros colonos hispanoamericanos.
cássis
* Comese em compota, que deve
ser feita sem açúcar (também para as inflamações dos intestinos).
Escambroeiro purgante
* 20 bagas secas ou frescas, de
manhã em jejum (podem servirse com compota).
* No século xvi Matthiole dava a
seguinte receita de xarope de escambroeiro: esmagar 1 kg de bagas, deixálas
repousar durante 4 dias num recipiente de vidro num local aquecido e acrescentar
250 g de mel, aquecendo, a seguir, em lume brando para obter uma consistência de
xarope. Passar por uma peneira e aromatizar com 15 g de gengibre, 15 g de canela
em pó e 7 g de cravodecabecinha. Guardar em garrafas bem fechadas.
* Em certas regiões esta planta
substitui o ruibarbo, daí o seu segundo nome corrente: “ruibarbo dos
camponeses”.
* Podese também misturar com
maiva.
Funcho
* Em infusão: 100 g de funcho para
1 litro e meio de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante
meia hora.
* Beber 4 ou 5 chávenas por dia.
Linhaça
* Demolhar 10 g de sementes em
meio litro de água fria durante 4 horas e engolir a mucilagem juntamente com as
sementes.
marmelo @fruto do marmeleíro comuin)
* Demolhar durante pelo menos 8
horas 10 g de caroços de marmelo. Engolir a mucilagem.
Ruffiaffio
* Esta planta é conhecida e utilizada há 5000 anos na China. Foi descrita
durante as viagens
524
Prisão de ventre
de Marco Polo. Foi apreciada na Europa durante a Idade Média, mas só no século
xix passou a ser medicinal. Em pequenas doses o ruibarbo é tónico, adstringente
e estomacal; em doses mais elevadas é laxante; em doses ainda mais fortes é um
purgante forte.
O ruibarbo, de França R17eum raponticum é nitidamente menos activo.
Sena
* Infusão de 10 g de folhas ou 5 a
6 dentes para 1 litro de água fria. Deixar repousar durante 12 horas.
* Beber 1 chávena, à noite.
Trep&deíradec,ampain17a
* A linhaça e a trepadeiradecampainha têm uma acção purgante através do
aumento dos movimentos do intestino delgado. Têm também uma acção sobre o
intestino grosso.
* Infusão de 6 folhas frescas em 1
chávena de água a ferver.
* As folhas, secas à sombra e reduzidas a pó, misturadas com mel constituem um
bom purgante para as crianças (muitas vezes considerado como o “purgante menos
nocivo de todos”). Os farmacêuticos utilizam frequentemente uma espécie
asiática, Gonvolvulus scarnmoi7ía.
.411menffipf0
Tal como vimos acima, os erros alimentares são uma das causas
da prisão de ventre. Todos os tratamentos indicados visam favorecer a eliminação
dos detritos. Podem melhorar o trânsito intestinal de forma relevante ou
notável. Mas para que estes efeitos sejam duradouros, é indispensável agir sobre
a alimentação.
Devese, em primeiro lugar, ter uma boa mastigação, de modo a que os alimentos
sejam ensalivados convenientemente e capazes de serem assimilados.
* Contraindicações: o consumo
de pão branco, de massas e arroz refinados, de salmouras, de conservas, de
manteigas cozinhadas, de charcutaria, de álcool (não tanto o vinho), de cerveja,
de tabaco, de chocolate, de café, de doces, de bebidas gaseificadas, de
pastelaria, de bombons, etc.
* Alimentos privilegiados: pão
integral, cereais integrais, aveia, arroz, trigo sarraceno, todos os legumes
verdes, frutos frescos, saladas (dentedeleão), alcachofra, couves, ruibarbo,
ameixas, groselhas, sumos de fruta (ameixas) sem corantes nem conservantes.
jejum
Aconselhado com um consumo abundante de água e de lavagens intestinais. Cura de
fruta fresca (uvas, ameixas, etc.).
1 dia, a fruta.
525
Prisão de ventre
RWE1J5A DO PROF. BIÁ£Z
Uma receita excelente preconizada pelo Prof. Bilz consiste em preparar de
véspera ameixas socas (7 a 10) à s quais se acrescentam 2 boas colheres de
farello ou de farinha de centeio. Esta mistura deve macerar durante toda a noite
num pouco de água. Esta deliciosa marmelada deve ser tomada de manhã em jejum (e
a qualquer momento durante o dia). Favorece a eliminação.
OU.05 fficoltas úteis
1 ErV27CIdMíra @ C.?SC@? dO lí~ @ NOZMOSWd8 ra18d8 + G0017MOS + GraVO
d6C8beCín17.7 + G.717e1.7
4 ou 5 pitadas de cada (cerca de 10 g de cada planta) em
maceração em 1 litro de vinho branco + 113 de boa aguardente.
Deixar 3 dias esta mistura em “digestão”, ao abrigo da luz (cave, armários)
dentro de uma frasco tapado. Aquecer em
seguida a mistura (retirando primeiro a rolha do frasco) em banhomaria durante
uma meia hora. Filtrar e conservar. Esta água, comparável à célebre receita da
“Rainha da Hungria”, para além de combater a prisão de ventre, era prescrita
contra a epilepsia, a apoplexia, os vapores e a insuficiência urinária. Tomase
cerca de 1 colher, de sopa, de manhã em jejum, diluída num copo de água.
2 Hipócrates e Dioscórides recomendavam a seguinte fórmula:
3 boas pitadas de sabugueiro para 1 copo de vinho branco (aquecer em banho
maria). Purgante potente.
CONSELHOS
Ver também:
O endurecimento e andar de pés descalços na erva húmida (p. 132)
Passeios a pé, actividades físicas, exercícios ao ar livre, etc. (p. 133).
Cinturão de Neptuno (p. 148).
526
Próstata
Próstata
inflamação da próstata pode ter diversas origens, tais como uma
inflamação da garganta, dos ouvidos ou um abcesso nos dentes. Traduzse por
dificuldades de micção (com desejo frequente), evacuação dolorosa e ejaculação
difícil. Surge geralmente com a idade.
Diagnóstico médico indispensável. A homeopatia preconiza Mercurius cor, Apis
mel, Hepar su@f, geralmente a 5 ou 15 CH.
Ver eventualmente Prisão de ventre (p. 522), Incontinência urinária (p. 444).
DM901
W., * rante 1 minuto e deixar em infuBétula cipreste
BIStort.7 são durante 10 minutos.
UrZ& AlqUOqUO171& 3 vezes por dia, durante 8 dias. * 1 a 2
drageias de cada, 1 vez ao Alternando com:
dia. Raínhadospr.7dos + Péde~ *
Alternando de 8 em 8 dias com: 1&ã o + VerónIca , Grarna
R.7íningaosptados Pédo 1 pitada de cada planta para 1 /&ão
Veróníc8 Grama chávena de á gua. Ferver du * 1 ou 2 drageias de
cada, 1 vez rante 1 minuto e deixar em infuao dia.
são durante 10 minutos.
Váriffia ~rma ^r 3 vezes ao dia.
p Eleuterococo ou Gíns&ng (wrmoffio de preferêncía)
6 drageias por dia durante períodos de 4 a 6 semanas.
Altemadamente, curas de:
Própolis
3 drageias por dia, durante um período de 3 a 4 semanas.
ou Infuj9J0 *
Bétula + CIprest, + Bístorta + Urze + Alquequenje
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver duóIOM OSSOMISIS
1@@ TUI.7
2 gotas, 3 vezes ao dia (sob receita médica). Ou:
Murla
2 gotas, 3 vezes ao dia.
0817h05 dO OSSOMO *
Mornos, 2 vezes ao dia, com massagem do baixoventre.
527
Próstata
8017h05 de vapar *
2 por semana, seguidos de fricções frescas.
OUChes e affisões *
Das coxas e dos joelhos, todos os dias, com massagem do ventre e do baixo
ventre. Afusão rectal morna.
CilIffi~ dr& NO~170*
2 vezes por semana.
Roce~ RoteI~Ut~ Cloreto de magnésio
1 saco de 20 g dissolvido em 1 litro de água de Mont Rouscous, ou Volvic. A
mistura deve, de preferência, ser feita numa garrafa de vidro.
Tomar 314 de copo, de manhã,
em jejum. Salvo em caso de Insuficléncia renal.
Mistura das seguintes plantas, em Infusão:
Fr&ixo, Bétu127, Agr~17ia, Alquequenle * 15 g para 1 litro de água. * Tomar 2 ou
3 chávenas por dia.
“.?/V.? (flores) * 20 g por litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10
minutos. * Tomar 2 ou 3 chávenas por dia. * Acção descongestionante.
urze
* 20 g por litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos. * Tomar
2 chávenas por dia.
E QUAN70 AO ~ PALMEM?
Tratase, do Solonos re~ (Bartel) Smali, da família Ar~c~. É uma plante
alimentar bem conhecida dos índios. É também utilizada para aromatizar a
aguardente o é uma espécie de melífèra. Há muito tempo que se atribui às suas
folhas um poder antitumoral, rejuvenescedor, tónico, diurético e sedativo.
Verificouse que tem uma acçã o sobre a próstata, mas também em casos de
atrofias tissulares e em inúmeras patologias femininas. Além disso, seria também
afrodisíaca. No século xix os colonos americanos utilizavamna para tratar as
Próstata
úlceras, as bronquites crónicas e a asma. Verificaramse bons resultados no
tratamento da diabetes. Os índios eram muito prudentes na sua utilização,
usandoa sobretudo para tratar a disenteria e as doenças de estômago. As
investigações modernas confirmam a sua acção estrogénica. Devido às suas
múltiplas aplicações e pelo seu carácter hormonal (presença de esteróis) e
segundo a opinião da Food and Drug AdmínIstraíion, que a classificou como an
17erb of undeli'~safety (planta cuja inocuidade não é garantida), podemos
considerar esta planta anticancerígena, realçando que é utilizada sobretudo para
perturbações da próstata e cistite crónica. A sua prescrição deve contudo ser
reservada a terapoutas competentes na matéria.
AlIMOft~O *
Vigie particularmente a qualidade dos alimentos.
Contraindicações: álcool, vinho, cerveja, aperitivos (vinho branco, champanhe),
charcutaria, enchidos, caça, carnes gordas, pratos com molhos, conservas, peixes
gordos (salmão, arenque, carapau, sardinha), queijos fortes, etc.
Alimentos privilegiados: alho, cebola, morangos, frutos maduros, laranjas,
limões, toranjas, cerefólio, salsa, tomates, cenouras, pêssegos, alperces,
cerejas, cereais integrais, as sementes e o óleo de abóbora, etc.
jejum
1 dia por semana. Cura de fruta (morangos, laranjas, toranjas, uvas).
CONSELHOS
Endurecimento: andar de pés descalços na erva húmida (ver p. 132). Exercícios
risicos, sem excesso. Exercícios respiratórios (ver p. 137).
529
Prurido
Prurido
prurido aparece na pele formando pequenos nódulos e dá comichão. Pode atingir as
mãos, os dedos, os braç os, as articulações, o coro
cabeludo, os órgãos genitais, o ânus, o nariz, os ouvidos, etc.
Eliminar: a roupa demasiado apertada, a roupa de fibras sintéticas, sobretudo a
que fica em contacto directo com a pele. Prefira roupas amplas, de fibra
natural.
Ver também Impigens (p. 438) e Alergias (p. 207).
ÁO/2901 ‘15 * Bétul.7 Fuináría Énu127campana Amorperf&íto
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Bétula + Fumária + Énul&campana + Amorperfelto
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
Alternando, semana sim semana não, com drageias de:
Própolís Fucus vesículosus
3 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ól~ OSSOMISIS ZíMbro
2 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁRIMIOS dO OSSOIMO *
Frios ou banhos de assento com fricções.
2 ou 3 vezes por semana.
Duchos o Ofusões *
Diários, das coxas e dos braços, alternando com uma afusão superior. Maillot 314
preparase como uma camisa de “flores de feno” humedecida em água morna, que
deve ser conservada, se for suportável, até completa evaporação.
3 vezes por semana.
Aliffielmoção
Evitar todos os excessos, álcool, cerveja, charcutaria, excesso de sal.
Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, legumes verdes, cenoura,
framboesa, limão, laranja, toranja, couve, aipo, salsa, agrião, cebola,
morangos, uvas.
530
Psoríase
Agrião macerado toda a noite em iogurte teria a propriedade de curar as doenças
da pele (segundo o Dr. Chomel).
JOJI/M *
1 dia por mês. Cura de fruta.
Psoriase
psoríase assemelhase a uma impigem escamosa. Formamse na pele camadas cómeas
secas, de cores diferentes, que podem atingir várias partes do corpo: o couro
cabeludo, o nariz, as orelhas, as mãos, etc. Pode dar comichão mais ou menos
violenta.
Ver tambem Alergias (p. 207), Eczema (p. 372), Pele (p. 504).
DIS
vol
465 * Lavanda Escabiosa
Fumária labaÇa
G17rdobento
1 drageia de cada por dia durante 10 dia. Repetir se necessário.
ou Infus#O * Lav.Inâ? + EscabíOsa :3@@j + Fumáría + Labaça + Gqrdobento
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver e deixar em infusão
durante 10 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ó1805 O~017C1015* IVI?Ado
2 gotas, 3 vezes ao dia.
COMPIOSMS *
Em aplicaçáo externa, compressas com infusões de:
Énulacampana EscaNOS8
* 10 g de cada planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão durante
10 minutos. * Aplicar em compressas 2 ou 3 vezes por dia (acalma a comichão).
ÁgW/7/705 dO .85S01M0*
Mornos, frescos ou com fricções,
3 vezes por semana.
531
Psoríase
Banhos de vapor
1 ou 2 por semana.
*Dos braços, das coxas e dos
joelhos, todos os dias.
*Afusões fulgurantes, 2 vezes por
semana.
*Afusão rectal.
MIMulgo de Noptuno *
Maillots completos, seguidos de uma fricção morna.
3 vezes por semana.
AlimenIaç#o *
Uma alimentação com tendência vegetariana é indispensável. Evitar: álcool,
cerveja, vinho, charcutaria, carnes gordas, gorduras animais, caça, pratos com
molhos, manteiga cozinhada, fritos, maionese, conservas, açúcar, sal, etc.
Alimentos privilegiados: cenouras, laranjas, limões, toranjas, uvas, mirtilos,
salsa, tomates, groselhas, couves, cebolas, cássis, etc.
jejum
1 dia ou 2 por semana. Cura de fruta.
CONSELHOS
Banhos de ar livre e de sol (ver p. 15 1). Exercícios respiratórios (ver p.
137).
532
Q@R
Queimaduras
Raquitismo
Reconstituição (após fadiga ou doença prolongada)
Resfriamentos
Reumatismos
Rins
Rouquidão
Rugas
Queimaduras
Queimaduras
Dr. Bilz preconizava mergulhar a parte queimada em água morna e depois fria, até
ao total desaparecimento da dor. (0 que podia demorar várias horas.) Quando as
partes queimadas não podiam ser mergulhadas em água, deviam então ser lavadas e
cobertas por compressas muito húmidas, regularmente mudadas.
Para além das aplicações de água: aplicar uma batata crua ralada ou uma clara de
ovo.
Para o padre Kneipp, o melhor remédio consiste em aplicar chucrute fresca e, de
meia em meia hora, aplicar argila misturada com água. Neste caso, a argila
diluída em água forma um líquido argiloso.
Seguemse algumas receitas que deram provas: Cebola esmagada com um pouco de
sal, aplicada sobre as queimaduras recentes, acalma as dores e impede a formação
de bolhas (segundo Chomel).
Verbascobranco em infusão aplicado em compressas (segundo Tragus).
Azeite misturado com vinho tinto produz um bálsamo adequado às queimaduras
(Bálsamo do evangelho ou do samaritano).
Camomila em infusão aplicada em compressas. Couve crua bem esmagada aplicada
e coberta por uma cataplasma de argila.
Queimaduras do sol
O sol é uma das causas mais frequentes das queimaduras. O abuso do sol é nocivo
e é responsável de inúmeras doenças da pele. Para além disso, predispõe a certas
formas de cancro, de doenças pulmonares, etc.
Queimaduras solares
Aplicação de óleo de amêndoasdoces adicionado de algumas gotas de essência de
lavanda.
Banhos de água fresca frequentes.
Alimentação fresca. Como é óbvio as queimaduras graves devem ser tratadas em
centros hospitalares.
534
Queimaduras
Queimaduras ligeiras e golpes de sol
Recoltás fitoteMpêut1c85 AltoíaofIcínal
* Compressas: 10 g de raízes (eventualmente de folhas), para
1 litro de água fria. Deixar macerar cerca de 7 horas e utilizar o líquido para
fazer compressas. Azeíte
* Acrescentar uma clara de ovo a
20 ml de azeite e besuntar a parte queimada.
* ou o “bãlsamo do samarftno”,
que se prepara da seguinte maneira: azeite misturado com vinho ao que se junta
uma clara de ovo (facultativo). (Os papiros de Ebers já mencionavam a utilização
do azeite contra as rugas. Também é eficaz contra os eczemas (em fricções).
Batata
* Tubérculos ralados, aplicados em
cataplasma.
Carvalhocomum
* Casca preparada como para as
anginas (ver p. 233) As galhas que se formam na folha do carvalho ao ser picada
por insectos (que utilizam a folha para pôr os ovos) são muito ricas em taninos
e são por isso muito eficazes para as feridas sanguinolentas, para as
queimaduras e para as dermatites.
Antigamente, eram utilizadas para produzir taninos e, na Idade Média, até para
preparar tintas.
ceb0127s
* Utilizar a polpa de cebolas cruas
em cataplasmas (doloroso mais eficaz).
clavodedefunto
* Utilizase para fazer pensos em
pequenas ulcerações. Em certos países esta planta é utilizada também para
colorir a manteiga e alterar o aspecto do açafrão.
Ervabentacomum
* 10 g do rizoma em infusão em 1
litro de água a ferver.
* Utilizase fria, para lavagens.
* A raiz também serve, em alguns
países nórdicos, para aromatizar a cerveja.
Marmeleírocomum
* Compressas: 20 g de sementes para 1 litro de água fria (deixar macerar durante
24 horas).
* Utilizar o produto gelatinoso liberto pelas sementes aplicado em compressas.
* São provavelmente as maçãs de
ouro do jardim das Hespérides.
Tor,770ntílha
* Decocção de 20 g do rizoma (5 a
10 minutos) em 1 litro de água.
* Aplicar em banhos ou compressas.
UlmelroCOMUM ou de M0,7tan17.7
* Infusão: 20 g de planta em 1 litro de água.
* Aplicase em banhos.
535
Raquitismo
Raquitismo
raquitismo caracterizase por um atraso no crescimento e manifestase por:
ventre inchado, palidez, preguiça, dificuldades motoras, gritos e queixumes,
deformação do esqueleto, sensibilidades corporais e diarreia.
D ‘wffoias * G.7v.711n17.7 I úPU10 ÉMIacampana Angélica
2 de cada, 1 vez ao dia.
OU IMUSãO * Cav.711n17a + Lúpulo k Énu127C.7~17.7 + Angélica
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 5 a 10 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas ao dia.
ó10OS OSSOMA1IS Menta & MOSC.7da
2 gotas, 3 vezes ao dia, alternando entre os dois.
COMPIOSMOS*
Envolvimentos em M.IfflotS 314 (conselhos do Dr. Biiz). Massagem do corpo, suave
e prolongada, com óleo de amándoasdoces, todos os dias.
Áganhos *
Cuidados diários da pele por meio de banhos frequentes mornos a 350C.
ÁoUches e afusões *
Das coxas, dos braços e do corpo todo.
Affine17Mçjo *
Deve ser saudável e variada. Alimentos privilegiados: trigo integral sob todas
as formas, sopa, papas de aveia, fruta fresca, toranja, laranjas, tangerinas,
groselhas, maçãs, peras, uvas, levedura de cerveja, germe de trigo, azeitonas,
alho, cebolas, cenouras, beterrabas, couves, legumes verdes, saladas, aipo,
salsa, sumos de frutos.
CONSELHOS
Banhos de ar livre e de sol. Estada na montanha aconselhada.
Exercícios risicos.
536
Reconstítuição (após fadiga ou doença prolongada) 1 Resfriamentos
Reconstituição (após fadiga ou doença prolongada)
Receltas lf MOMI~Uticas
1mperatór1à
* Maceração durante 12 horas de
20 g de rizoma em meio litro de água fria.
* Tomar 1 a 3 chávenas por dia,
fora das refeições.
Amoreírabranc.7 & AmoreIr.7Pret7 (Receita da medicina popular grega).
200 g de casca de amoreira, 50 g
de quinquina, 100 g de açúcar de cana (ou o equivalente de xarope de bordo ou de
mel) e meio litro de vinho tinto de boa qualidade (Bordéus) Deixar macerar
durante 2 dias e beber um copo, de licor, todos os dias, antes das refeições.
Se170grãO
Tomar o equivalente a 1 colher de sopa desta planta fresca moída, durante a
refeição, 1 vez ao dia.
Resfriamentos
r também Gripe (p. 420).
R~Itos fl! fitotelwpdutlcos
AzevInho
Tisana: 20 g de folhas em 1 litro de água fria. Ferver durante 15 minutos e
deixar em infusão durante 10 minutos. Beber 2 ou 3 chávenas por dia. Esta planta
foi utilizada por Alberto, o Grand&.
CorlIna
* 20 g de raiz em 1 litro de água fria. Ferver durante 4 ou 5 minutos e deixar
em infusão durante
15 minutos. * Tomar 2 ou 3 chávenas por dia. * As cabeças de carlina podem ser
consumidas tal como as folhas de alcachofra.
Ervadesãojoão (de foffias red017das b~0177 C178,7717d8
537
Reumatismos
Vuln erària dos inonges de _chartres) Em infusão ou tinturamãe: 20 g para
1 litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos.
Tomar 2 ou 3 chávenas por dia. Esta planta faz parte da composiçao do célebre
licor dos monges de Chartres. O desenvolvimento desta espécie na serra de
Chartreuse fez supor a certos naturistas que ali teria sido introduzida, no
passado, pelos monges de Chartres.
R.?in17adosprados
10 g de flores para meio litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 10
minutos. Beber 2 ou 3 chávenas ao dia.
sabugueiro * 20 g de flores em meio litro de água a ferver. Deixar em infusão
durante 10 minutos. * Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Salgueirobranco * Tisana da casca: 20 g para 1 litro de água. Ferver durante 3
minutos e deixar em infusão durante 10 minutos. * Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
T1118 * 10 g de flores para 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante
10 minutos. * Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
VíOletaaromática * 15 g de planta em 1 litro de água fria. Deixar em infusão. *
Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Reumatismos
r também Artrites (p. 245), Dores (p. 369), Alergias (p. 207). Os reumatismos
podem afectar diversas partes do corpo e produzir diversos sintomas: dores,
membros rígidos, articulações inchadas, deformações, impotência, etc.
As causas e origens possíveis são inúmeras (clima, alimentação, etc.).
Á0/w901 ‘es * Glest.? Salsaparr1117a Buxo
Betóníca
1 ou 2 drageias, 1 vez ao dia. Cura na Primavera o no Outono:
Harpagofito Fucus vosiculosus cápsulas de On.7gra
2 drageias de cada, durante 3 a
4 semanas.
ou Infi/são * Gíest,9 Salsaparríffia Buxo
Betónica
1 pitada de cada planta para 1
538
Reumatismos
chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 15
minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
óleos essenciais
sétula
* 1 a 3 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
M.OSSOgOM
* Suaves, com a mistura do Dr. Chomei: * Para meio litro de azeite deitar
30 g de er~~João + 30 cabeças de camomila. Deixar macerar durante 8 a 10 dias
ao sol ou perto de uma fonte de calor. Para acelerar a preparação, aquecer a
mistura em banhomaria durante 30 a 40 minutos; depois, filtrar. * Este
linimento misturase em partes iguais com álcool canforado.
ÁMO/7h05 *
* Banhos quentes de algas. * 2 ou 3 vezes por semana.
L.avapens *
* Com uma infusão de carnornila:
10 cabeças de camomila para meio litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar
em infusão durante 10 minutos.
Fazer a lavagem com uma “pêra” e conservar durante cerca de 20 minutos, se
possível.
8617h05 dO V,?~r *
* De 30 a 60 minutos. * 3 ou 4 vezes por semana.
C117~ dO NO.Offil70
Envolvimentos húmidos.
Recoltis lf fitoffimpêuticas
Abeto
* Nos casos de reumatismo, lumbago e tosse crónica, os habitantes dos Alpes
utilizam cataplasmas compostas de ‘13 de resina e 213 de cera virgem (esta
mistura estendese sobre um pano).
Alqu&qUenjo (Ervan~
* Utilizar em decocção: 60 g de
frutos secos para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão
durante 20 minutos. Filtrar.
* Beber 2 ou 3 chávenas por dia.
Bétulabranca
* Deitar 1 litro de água a ferver
sobre 20 g de folhas cortadas e deixar em infusão durante 20 minutos.
* Beber 3 chávenas por dia, entre
as refeições.
539
Reumatismos
Gássiã
*Infusão de 50 g de folhas secas
num litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 20 minutos.
*Beber 3 ou 4 chávenas por dia.
*Podese associar a folhas de
freixo.
*As folhas frescas têm pequenas
glandes, na face interior, que podem ser utilizadas para aliviar as dores
provocadas por picadas de insectos.
Dentedeleão
*Infusão de 20 g de raiz num copo
de água fria. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos.
Ergos
*As folhas frescas são utilizadas
como cataplasmas.
*Deixar macerar em água fria
durante 12 horas.
*Aplicar a preparação com a ajuda de uma compressa na zona dorida e conservála
de 20 minutos a 1 hora. Repetir 2 vezes por dia.
FreIxoM.717á
*Infusão: 30 g de folhas num litro
de água fria. Deixar ferver e de infusão durante 20 minutos.
*Beber 2 ou 3 chávenas por dia,
entre as refeições.
Gramíní.?adorante Em cataplasmas e banhos: 10 g
de planta para 1 litro de água.
* Beber 2 ou 3 chávenas por dia.
Harpagoa/7ytum ou Griffo ou diablo
* Infusão de 10 g de planta em
meio litro de água fria. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 12
horas.
* Tomar 3 chávenas ao longo do
dia, todos os dias, durante 1 mês.
mostardapreta
* Cataplasma de uma pasta feita
de 150 g de grãos e meia chávena de água morna. Pode também utilizarse uma
mistura de mostarda e de linhaça para preparar estas cataplasmas.
Moxa (devo ser p~esdo ~ OS~IIIII~O
* Uma espécie próxima da artemísia vulgar serve para preparar as moxas, com as
quais os Chineses e os Japoneses fazem os cones ou charutos que queimam sobre
as partes do corpo afectadas pela gota e pelos reumatismos.
PIMento vorme117o
* Tinturamãe: fazer fricções com
um tampão embebido nesta tintura.
* Eficaz também contra as nevralgias.
540
Reumatismos
*Tomar 2 chávenas todos os dias.
ROdOd&17drO
*0 cogumelo Exobasídium ffiododendrí é um parasita do rododendro. Esta planta,
atacada pelo cogumelo, forma galhas. Estas galhas servem para fazer uma
preparação antireumatismal.
*Nas regiões alpinas maceramse
em óleo de sementes de Prunus biíganti.?ca. Tem o mesmo nome e as mesmas
propriedades que a gordura de marmota. Utilizase em fricções.
*0 rododendro também foi utilizado no passado sob a forma de uma infusão das
folhas para tratar as ciáticas e as artrites, mas a sua toxicidade dosaconselha
a sua utilização.
sa/s.?
*Infusão de 10 g de folhas cortadas ou de 10 g de raiz cortada para meio litro
de água a ferver. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10
minutos.
*Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Tuía
*As cataplasmas das folhas (também utilizadas contra as verrugas).
Esta planta, originária da China, foi utilizada no passado
como planta abortiva e vermífuga. Para alguns, é uma planta
11 mística”, porque na China esta espécie foi plantada para decorar os túmulos
imperiais e os templos budistas.
* Ainda se encontram espécimes
de grandes dimensões. A espécie americana, T17ujaplicata, foi uma das primeiras
árvores introduzidas na Europa (século xvi) e é utilizada pelos índios na
construção dos totens. ATENÇÃO1 Esta planta é ligeiramente t6xica em uso Intemo.
UIMárIa
* Infusão das flores: 20 g para 1
litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Urt19.7
* Decocção de 20 g de folhas em
meio litro de água. Ferver durante 1 minuto.
* Tomar 2 a 4 chávenas por dia.
* Também se utiliza para a gota.
UrtIgaW_2717d0
* Infusão de 20 g de planta em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
LIva,7n7erIcan.7
* Fazer uma decocção da raiz:
541
Reumatismos
10 g por litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante 20
minutos.
Tomar 2 chávenas por dia.
ZIMbro
Em tisana, como para a falta de apetite (p. 237).
.4111n01MOÇãO
Alimentação de tendência vegetariana. Combater imperativamente o excesso de
peso. Evitar: todos os excessos alimentares, álcool, vinho, cerveja, aperitivos,
café, chá, chocolate, açúcar, pastelaria, charcutaria,
enchidos, caça, carnes vermelhas, conservas, queijos fortes, lacticínios, pratos
com molhos, maionese, a cozinha rica confeccionada com manteiga, etc. Alimentos
privilegiados: alho, cebola, salsa, estragão, funcho, toranja, limão,
alcachofra, dentedeleão, cerejas, uvas, alhosporros, couves, tomates,
groselhas, aipo, legumes verdes, cenouras, etc.
jejum
É especialmente indicado, 1 ou
2 dias por semana. Cura de fruta, de legumes crus,
1 dia por semana.
RECEI7AS ANnevis úrEIs
Decocção de dentedeleão: 20 g de folhas e raizes de dentedeleão para 1 litro
de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos.
Misturar em partes iguais com leite. Tomar 1 chávena de manhã e outra à noite.
Um saquinho de aveia fervido em vinho tinto aplicado na parte dolorosa acalma e
alivia as dores reumatismais (Dr. Chornel).
542
Rins
o ins
v r Cálculos urinários (p. 276), Lombalgias (p. 415), Nefrites (p. 473).
ROCOMOS lf fitoteIspêuticas
Ananás
* Infusão: cortar a pele de 1 ananás e fervêla em 1 litro de água durante 5
minutos. Deixarem infusão durante meia hora.
* Beber 3 chávenas por dia.
07àde:Iáva
* Infusão de 20 g de planta num
copo de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 chávenas todos os dias.
Herniolacomum
* Infusão: 15 g de planta num copo
de água quente, durante 15 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
VírgáUra
* 30 g de planta em meio litro de
água fria. Ferver e deixar em infusão durante 5 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
PlZIMOS dlUMtICWSPSrâ .8 rOtOflÇãO dO W117.8
paríetáría
* 20 g para 1 litro de água. Ferver
durante 1 minuto e deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
* Para além da sua utilização
motivada pela acção diurética (e também emoliente e refrescante), foi utilizada
para limpar os copos que torna brilhantes, e é daí que retira o seu nome: “erva
das garrafas”. É também uma
excelente fonte de potássio.
Restaboi&Spinhosa
* Infusão: 20 g de raiz em 1 litro
de água fria. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante 5 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
Várbené?
(Antigamente utilizavase o nome de verbena para outra planta: a Verbena
offícin.?1í@.
* Infusão ou licor:
1 lítro de álcool a 701 + folhas de Verbena de tamanho MédIO + casca de
1 zímão + 1 kg de açúcar de cana ou o equIv.71ente do mel ou de xarope de bordo
* Deixase macerar durante 1 mês
e filtrase.
* Tomar 1 ou 2 pequenos copos
de licor por dia, antes das refeições.
543
Rouquidão
Rouquidão
ode ser variável e chegar até à ausência total de voz.
Ver Anginas, p. 234.
Infusão Alpo Em infusão 3 ou 4 ramos de aipo para 1’ litro de água. Ferver
durante 10 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos. Tomar 4 ou 5 chávenas
mornas por dia. Tragus curava as extinções de voz com esta preparação.
Passas de uvis (Coríntos)
4 a 6 pitadas para 1 chávena. Ferver e filtrar (as passas podem sem consumidas
depois), acrescentar meio limão e adoçar com mel. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Tomíl17o
10 a 15 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em
infusão durante
10 minutos.
Tomar 2 a 4 chávenas por dia (adoçar eventualmente com mel).
Para o Dr. Chomei, beber aveia fervida com leite (consomese como se fosse uma
sopa) é um remédio maravilhoso contra a rouquidão.
Nabo @ Affiosporros Caldo de nabo e de alhosporros (Chomel). Tomar vários
caldos quentes ao longo do dia.
Veibascobranco + MkIva
Em infusão: 10 g de plantas misturadas para 1 litro de água. Fazer vários
gargarejos por dia, com a mistura previamente aquecida. Produz alívio e dissolve
as mucosidades.
rRArAMEN7O KNEIPP
Para a rouquidão acompanhada de catarros, um semicúpio frio e curto é o remédio
mais eficaz (e mais barato). Tratamento de 48 horas: 2 semicúpios frios curtos
(1 por dia). 2 banhos de braços, frios e curtos.
1 maIllotdo pescoço e dos ombros, que se pode fazer com uma
544
Rouquidão
toalha molhada em água quente enrolada em volta do pescoço e mantida com uma
ligadura.
Infusão de flores de maliva + fónogrego: 2 pitadas de cada
para 1 chávena de água. 3 vezes ao dia, de manhã, à tarde e
it.
Banhos de vapor, das mãos e dos pés.
Prevenção contra a rouquidão
MUSIJO *
Praticar a afusão dos braços, das coxas e do tronco.
Rwoltas lf fitótelopêutICOS
AgriMóni.7
* 20 g de planta seca para 1 litro de água fria. Ferver até se obter uma redução
de ‘14, adoçar com mel e aromatizar com 30 g de salva e de tília. * Tomar 2
chávenas por dia. * Esta planta é provavelmente a eupatória dos antigos
botânicos. A lenda diz que o imperador Eupator, obcecado pelo medo de ser
envenenado, imunizouse consumindo grandes quantidades desta planta. Esta planta
já era conhecida no Egipto antigo.
Affioporro
* Em caldo ou em xarope, 100 g de alhoporro para 200 g de água e 200 g de
açúcar (ou de mel).
* Tomar 2 ou 3 colheres, de sopa,
por dia.
Alteíaofícínal
* A decocção das raizes e das
folhas (30 g para 1 litro de água) utilizase em gargarejos para as inflamações
da cavidade bucal (e os abcessos nas gengivas),
* Lavar a boca 2 ou 3 vezes por
dia (sobretudo depois de lavar os dentes).
Amorehwbranca e Amoreírapreta
* Em xarope. Preparase com uma
decocção de 15 a 20 9 de planta para 1 litro de água. Ferver em lume brando
durante cerca de
15 minutos (até ficar reduzido a metade) e deixar repousar durante meia hora.
Filtrar. Acrescentar cerca de 10 colheres de mel e aquecer lentamente.
* Tomar 1 a 2 colheradas, 2 ou 3
vezes ao dia.
CaMOMIlapeqUO178
* Infusão de 10 g de flores para 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
545
Rugas
* Aquecer e fazer gargarejos pelo menos 6 vezes por dia.
Figueir.7 * A decocção das folhas utilizase para as tosses persistentes e as
traqueítes. * 20 g de folhas para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 10 minutos. * Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
HIssopo * Infusão das extremidades floridas e das folhas: 20 g para 1 litro de
água a ferver. Deixar em infusão durante 1 hora num recipiente fechado. * Tomar
1 ou 2 chávenas por dia.
L ínhaça * 15 gramas de sementes. Demolhar num pouco de água fria durante 8
horas. Aquecer. * Fazer gargarejos, 5 vezes ao dia.
Orégão Vulg7r * Infusão de 20 g de planta em 1 litro de água a ferver. Deixar
repousar durante 10 minutos.
* Aquecer e fazer gargarejos durante 10 minutos, 5 vezes por dia.
PédeloãoCOMUM
* Preparação idêntica à da agrimónia.
* Tomar 2 chávenas por dia.
PIMP1170la, PIMPIn&1,91nalOr rumbollíferae)
* A raiz utilizase em infusão ou
em decocção: 20 g de planta para 1 litro de água.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
salvaOfIci17.71
* Infusão de 20 g de planta em 1
litro de água fria. Ferver e deixar repousar durante 10 minutos num recipiente
fechado.
* Gargarejar, pelo menos, 5 vezes
por dia.
T0177R70
* 2 colheres, de sopa, de folhas
para 1 litro de água fria. Ferver e deixar repousar.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
CONSELHOS
Endurecimento: andar de pés descalços (ver p. 132). Evitar o tabaco (ou pelo
menos o abuso) e o álcool.
Rugas
v r Pele (p. 504).
546
s
Salpíngite
Sangue (pertubações da circulação)
Sarampo
Sarna
Seborreia
Sedativos
Sede
Seios
Senescência
SIDA
Síncopes
Sinusite
Soluços
Sudorífico
Sufocaçâo
Surdez
Salpingite
Salpingite
salpingite é uma inflamação das trompas uterinas. Esta infecção deve ser levada
a sério porque pode acarretar complicações de emissões purulentas, peritonite e
esterilidade.
É necessário um diagnóstico médico.
@@11 Lavogons,
Loções vaginais diárias com uma decocção de casca de carvalho: 20 g de casca
para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante 20
minutos.
Alifi7017t~O *
Deve ser ligeira e sóbria. Evitar: todos os excessos alimentares, gorduras
animais, cozinha com manteiga, pratos com molhos, charcutaria, vinho, cerveja,
álcool, café, chá, chocolate, caça, doces, queijos fortes.
Alimentos privilegiados: cereais integrais, germe de trigo, levedura de
cerveja, fruta fresca, laranjas, toranjas, maçãs, peras, uvas, limões, alho,
cebola, salsa, cerefólio, saladas, etc.
O PADRE KNEIPPACONSEZ NA
Irrigações (lavagens vaginais) com uma decocção de cavalinha.
Banhos de assento mornos com massagem suave do baixoventre durante 5 minutos,
todos os dias. Aconselha a infusão da seguinte mistura: * 3 colheres de funcho
moído * 3 colheres de bagas de zimbro * 3 colheres de raiz de engos * 1 colher
de fónogrego * 1 colher de aloés em pó
Tomar todos os dias à noite uma infusão desta mistura, à razão de 3 colheres por
chávena.
548
Sangue (perturbações da circulação)
CONSELHOS
Repouso (ver p. 134). Exercícios respiratórios (ver p. 137). Endurecimentos:
andar de pés descalços na água (ver p. 132).
Sangue (perturbações da circulação)
er também Frieiras (p. 409), Hemorróidas (p. 423), Flebite (p. 404), Menstruação
(p. 463), Fragilidade capilar (p. 408), etc. Atenção às roupas apertadas que
moldam o corpo e ao excesso de peso.
JO/w961as * Bétula HamamélIs Vorbena Salva
1 drageia de cada, 1 vez ao dia.
OU IMUS#O * Bátula + Hamamélís + Verb&17.7 + Salva * 1 pitada de cada planta
para meio litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10
minutos. * Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ó/WS OSS0J7C18l5 cIprosté
3 gotas, 3 vezes ao dia (sob re. ceita médica).
Bw/7h05*
Mornos, com uma decocção de:
Fucus vesículosus + VInhavírgem + Urtíg.7
1 pequeno punhado de cada planta para 1 litro de água a ferver. Filtrar e
misturar com a água do banho. Duração do banho: 20 a 30 minutos. Tomar 3 banhos
por semana. Para terminar, passar o corpo por água fresca e fazer fricções
frescas.
L(0i ÁR917h05 dO V8POr
2 vezes por semana.
549
Sangue (perturbações da circulação)
Duches eofusies *
Dos pés e dos braços, 4 a 5 vezes por semana. y
RecoffiTs fitoteMpêuticas
Plantas com uma acção sobre a circulação sanguínea:
Agripalma
* Infusão de 10 g de planta para
meio litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 20 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia. * A presença desta planta nas proximidades dos
castelos parece provar que foi amplamente cultivada nos jardins medievais de
plantas medicinais.
Alecrím
* Infusão: 20 g de folhas para 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão coberta durante 15 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
* Banho: 30 g de folhas para 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão coberta durante meia hora e em seguida
acrescentar ao banho.
Alho
* Consumir em abundância durante as refeições, de preferência cru.
G,?nforeiro
* Originário da China, foi introduzido na Europa por intermédio dos Árabes, no
século xi. A cânfora foi durante séculos um medicamento muito caro.
* É um estimulante respiratório,
circulatório e um antiséptico pulmonar. Tem também propriedades excitantes do
sistema nervoso central.
* Utilização externa, o uso interno
é reservado aos terapeutas competentes.
Gastânheír0
* O extracto dos frutos é vasoconstritor e aumenta a resistência dos capilares.
* O extracto de castanheirodaíndia existe à venda nas farmácias. Faz parte dos
tratamentos clássicos das perturbações venosas.
* A posologia situase em função
do extracto: 20 a 30 gotas em tinturamâe.
cav811n17aaospr.7dos
* Em banho: 30 g de planta em
infusão durante 1 hora em 1 litro de água. Acrescentar ao banho.
Dígítáliá
* Esta planta é utilizada desde o
século xvii como cardiotónico e contra a arritmia. Nenhum outro produto
conseguiu substituir a digitália. ATENÇÃO1 Esta planta é tõxlcal Não utilizar
sem receita médica.
* Por causa da sua toxicidade, não
fornecemos nenhuma receita desta planta.
550
Sangue (perturbações da circulação)
Er27nto
* Propriedades cardiotónicas.
Planta pouco utilizada e raramente citada. Não utilizar sem o conselho de um
especiafistall
Erv.7dosdontos
* Estimulante da circulação coronária.
* 10 g de planta para 1 litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Espin17eimalv.7r
* Em infusão, 20 g de flores ou de
folhas para 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante
20 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia, durante vários meses.
* O espinheiroalvar reforça a acção do coração e é também um tónico vascular e
um regulador da pressão sanguínea.
* Esta planta é também calmante (para insônias e nervosismo).
* Os seus frutos têm uma acção
semelhante à das flores.
Gingko, GingAo bíloba
* Infusão de 20 g de folhas frescas em 1 litro de água. Deixar em infusão
durante 15 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
* Fortemente estimulante da circulação sanguínea, esta curiosa árvore é uma
verdadeira relíquia da era mesozóica.
* Para os budistas é uma árvore
santa, cultivada nos pátios dos templos. Na Europa foi aclimatada pelo viajante
e naturista alemão Karnpfer. Pensouse durante muito tempo que só conseguia
sobreviver em cultura, mas há pouco tempo descobriramse locais naturais de
gingko na China Oriental.
Golveil081narelo
* Esta planta foi antigamente utilizada (ver lei das “assinaturas” na p. 57)
contra a icterícia. Parece ter uma acção sobre o coraçâo, mas está ainda mal
estudada.
Heláboro
* Planta cardiotónica, com fama de
tratar também as doenças mentais. Atençâol Esta planta é muito t6xica o em
cortas doses é mortaliii 10 9 matam um cão,
100 9 matam um cavalo. Evitar utilizãla, mesmo se for aconselhada.
L a Vanda
* 1nfusào: 10 g de flores para 1
litro de água a ferver. Deixar macerar, cobertas, durante 25 minutos.
* Beber 2 chávenas por dia.
* Esta planta tem fortes propriedades antiasténicas.
* Banho: 20 g de flores para 1
litro de água a ferver. Deixar repousar durante 1 hora e acrescentar ao banho.
551
Sangue (perturbações da circulação)
Z írí0
ATENÇÃO1 Este planta é tõxical Só utilizar sob receita de um especialista.
L úpu/O
* Infusão: 10 g para 1 litro de água
a ferver. Deixar em infusão durante 20 minutos num recipiente coberto.
* Tomar 2 chávenas ao longo do
dia. Podem também consumirse os rebentos jovens, tal como os espargos.
M&rroíobranco
* A decocção desta planta inteira
é utilizada sobretudo para tratar as pessoas idosas.
* 20 g de planta para 1 litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
O#Veira
* infusão: 20 g de folhas para 1 litro de água fria. Ferver e deixar em infusão
durante meia hora.
* Tomar 3 chávenas por dia.
PersíCária
* As manchas vermelhas escuras,
que fazem lembrar sangue, deixadas por esta planta fizeram crer, de acordo com a
1ei das assinaturas” (ver p. 57) que po~ dia ter uma acção terapêutica nas
doenças do sangue e do aparelho circulatório. A bioquímica moderna confirmou
esta
crença antiga. Graças aos seus taninos, ao ácido gálico e a certos compostos
glicossídicos, esta planta foverece a coagulação sanguínea. * 10 g de planta
para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10
minutos. * Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
P&IVíMa * As folhas contêm a vincamina utilizada no tratamento da hipertensão e
das doenças da circulação. * 10 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante
2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos. * Tomar 2 chávenas por dia.
Pín170 * Banho: 30 g de caruma fresca (mas também se pode utilizar caruma seca
ou as extremidades de ramos jovens) para 1 litro de água quente. Ferver durante
3 minutos e deixar em infusão durante meia hora. Filtrar e acrescentar ao banho.
RauVóMa * Utilizar sob receita de um ospeciaiísta. É um antihipertensor.
* Planta de origem indiana, utilizada pelos indígenas contra as mordeduras de
serpentes, picadas de insectos e para tratar a epilepsia. Nos anos 50 esta
planta esteve especialmente em voga.
552
Sangue (perturbações da circulação)
* 10 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão durante 10 minutos. * Tomar 2 chávenas por dia.
V,gleria17aOfiCil7a1
* Infusão de 20 g de raiz para 1 litro de água fria. Deixar em fusão durante 12
horas. * Aquecer e beber 1 chávena por dia. * Pode também utilizarse a tintura
mãe para a hipertensão.
Vísco
* 20 g de planta para 1 litro de água fria. Deixar em infusão durante 15 minutos
e filtrar. * Tomar 2 chávenas por dia. * Misturar casca de visco (20 g) e
5 folhas de oliveira para 1 chávena de água a ferver.
Alimentação *
* Evitar: carnes gordas, charcutaria, peixes gordos (sardinhas, carapaus, salmão
fumado, etc.), excesso de sal, tabaco, álcool, vinhos.
* Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, cereais integrais, alho, cebola,
cenoura, tomates, couves, salsa, alcachofra, alperces, pêssegos, limões,
laranjas, etc.
jejum
Restabelece ou favorece a flexibilidade dos vasos sanguíneos. Fazer 1 dia por
semana.
1 dia, a fruta. Cura de fruta.
CONSELHOS
Endurecimento: andar de pés descalços (ver p. 134).
PARA A HIPOTENSÃO
Recoltos fitotempoutICOS
Flor d& Adónis
Planta cardiotónica. Utilizar em tinturamãe.
ATENÇÃO1 Esta planta é tõxical 56 utiliur sob conselho de um especiallista.
Segundo a mitologia grega, as flores de adónis nasceram do sangue do filho de
Zeus, Adónis.
G1@7S__n9 Infusão de 20 g de raiz em 1 litro de água fria. Ferver durante 1
minuto e deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 3 chávenas por dia.
553
Sarampo
PARA REGULARIZAR O TRABALHO DO CORAÇAO
Recoltos ] fitoterapéuti~
8 g de wsca de F.7127, 5 g do flores de Líriodoscarnpos (sob receita médica),
10 9 o& #ores de Espinh&iro~ alvIgr
10 g o& flores de L.7ranjeira,
10 g de flores de Gí&sta, Em decocção em 1 litro e meio litro de água.
Tomar 1 chávena e meia por dia.
Cebolaalbarrã
Acção semelhante à da ceboladomar (unicamente sob receita médica).
C&b01&M.7r11717.7
Cardiotónica (em tinturamãe ou em extracto fluido) unicamente sob receita
médica.
Sarampo
oença infantil contagiosa que surje geralmente entre os 2 e os 4 anos.
Caracterizase por tosse, expectoração, olhos vermelhos, erupção cutânea na
cara, excesso de temperatura, etc.
17m00i
46.9 * Cardo b&1M0 ESCabIOSa Sístort.7 Borra~
1 drageia de cada, 1 vez ao dia. ou, de preferência:
IMU.19A0 * Cardobento kESCaNosé? sIstorta + Borragem * 1 pitada de cada planta
para meio litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10
minutos. * Tomar 3 a 5 chávenas por dia.
ólws essencia(s Mauli
2 gotas, 2 vezes ao dia.
AMP/7h05 *
Quentes, seguidos de uma fricção do corpo e repouso na cama.
LU ÁMO1711os de vapor
Tomar na cama.
Deve ser ligeira e fácil de digerir:
sobretudo caldos de legumes.
554
Sarna
O PA ORE KNEW A CONSEL HA
Uma decocção de ervadesãojoão, adoçada com mel: 10 g de planta para 1 litro
de água. Ferver durante 10 minutos e deixar
i fu ão durante 20 minutos. Tomar várias vezes ao longo dia.
A11.78ot do tronco.
OLIMAS RECEMAS ANMAS
A decocção de figos e de passas de uvas alivia o sarampo e as dores de garganta
(Foresties): 5 a 8 figos secos (em função do tamanho) e um punhado de passas
(todas as variedades: corintos, málagas...) para 1 litro de á gua. Ferver
durante 3 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos. Beber 3 ou 4 chávenas
por dia. (As passas de uvas e os figos podem ser depois consumidos em compota).
A decocção de raizes e de sementes de funcho cura o sarampo e as febres malignas
(Simon Pauli): 10 g para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão durante 10 minutos. Beber 2 ou 3 chávenas por dia.
Sarna
sarna manifestase por uma formação de nódulos na pele, ocasionados por um
parasita, o sarcopto. Estas bolhas localizamse sobretudo entre os dedos, na
dobra dos cotovelos, nas pernas, no escroto, no pênis, etc. A sama pode ser
contagiosa.
Ver também Eczerna (p. 372), Impigens (p. 438), Pele (p. 504).
COMSO/OSMS*
Aplicações de compressas com uma infusão de:
555
Laboça Esc,9biosa Própolis
1 a 3 drageias de cada, 1 vez ao dia.
Sarna
QU&Iídó171a + L.7baÇa + VOró17ICa @ ESCrOfUláría
10 g de mistura das plantas (3 pitadas de cada, aproximadamente) para meio litro
de água. Ferver durante 5 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos.
2 ou 3 vezes ao dia.
@H Bw7h05 *
Banhos quentes frequentes. @w 86/7h05 de vapor *
Banhos de vapor seguidos de afusões frescas.
Revoltas lf fitotolwpêutícâs
Affio
* O sumo de alho, misturado
com mel e manteiga, cura as sarnas mais rebeldes (segundo o Dr. Chomel).
* Esmagar 5 ou 6 dentes de alho,
aquecer em lume brando com manteiga sem sal (80 g) e acrescentar 5 ou 6 colheres
de mel. Misturar de modo a obter um unguento homogéneo.
* Aplicar nas partes atingidas, 2 ou
3 vezes ao dia.
AInopreto
* A casca de aInopreto pulverizada, misturada com vinagre, cura a sarna
(segundo o Dr. Chomel).
* 5 g de planta para 1 chávena de
vinagre (de boa qualidade). Aquecer a mistura em banhomaria durante 15 minutos.
* Aplicar 2 vezes por dia, com um
algodão.
Lab.7ça
* A labaça em infusão e em compressas.
* Fazer uma infusão com 5 g de
planta para 1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão
durante 20 minutos.
* Aplicar 2 ou 3 vezes ao dia.
A111n017t800 *
*Vigiar a alimentação.
*Evitar: bebidas alcoólicas, cerveja, vinho, tabaco, açúcar, pastelaria, pão
branco, carnes gordas, charcutarias, caça, pratos com molhos, cozinhados com
manteiga, fritos, enchidos, maionese. Consumir pouco sal.
*Alimentos privilegiados:
agrião, levedura de cerveja, fruta fresca, laranjas, limões, toranjas, morangos,
mirtilos, cerejas, uvas, alperces, couves, couveflor, cenouras, beterraba,
espinafres, bredo, saladas, dentedeleão, cereais integrais, salsa, cerefólio,
etc.
JoAUM
1 dia, a fruta.
556
Seborreia 1 Sedativos
1 CONSELHOS
É indispensável a higiene da pele, da roupa, da roupa interior e
da roupa de cama.
Seborreia
v r Cabelos (p. 270).
Sedativos
r Insônia (sono difícil) (p. 448).
Recoltos lf fitoffilapêuticos
AnémOnopUlsátil * Sedativo respiratório e nervoso. ATENÇÃO1 Esta planta é
perigosal Reservar a sua preparação aos especialistas. Esta planta tem uma forte
acção sobre o coração, daí o seu nome latino ‘;wIkatílIa’.’ * Em razão da
toxicidade desta planta, não fornecemos receitas.
caqUI * A decocção das folhas desta planta é calmante. * 20 g de planta para 1
litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em infusão durante
10 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia, uma
delas ao deitar.
Papoila
* As suas pétalas são calmantes
e eram antigamente utilizadas para as afecções pulmonares e para as cólicas.
ATENÇÃO1 É uma droga poderosal
* Nos países nórdicos é utilizada
como base de um vinho fermentado.
* Por causa da toxicidade desta
planta, não fornecemos receitas.
557
Sede
Pessegueiro Xarope ligeiramente sedativo e laxante.
30 g das flores para meio litro de água a ferver. Aquecer a mistura em banho
maria durante meia hora. Filtrar e acrescentar
500 g de açúcar de cana (ou o equivalente de mel). Em seguida aquecer a mistura
sem ferver até obter a consistência pretendida.
Tomar 2 colheres, de sopa, diluídas num pouco de água, 2 vezes por dia.
Rai17178CoSbOSqUeS Utilizar a infusão das folhas: 1o para 1 litro de água.
Ferver 2 rante 2 minutos e deixar em infusãodurante 10 minutos.
Tomar 2 chávenas por dia. Na Alemanha utilizase o Maítrank, que é uma maceração
desta planta em vinho branco.
Sede
e a sede for intensa e sem causa aparente, vigiar a diabetes e o colesterol.
CONSELHOS
Sede no seguimento de febres altas:
Os figos frescos acalmam a sede (Dioscórides).
A cevada em infusão tem as mesmas propriedades, bem corno as
infusões de tomilho: 20 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 4
minutos e deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Beber sumos de laranja, de limão e de toranja.
Seios
Seios
inflamação e dores durante ou antes do período menstrual, ou no seguimento de
uma emoção, de um choque, de um resfriamento.
O PADRE AMEIPP RECOMENDA
Compressas com decocções de fónogrego, 2 ou 3 vezes ao dia:
20 g de planta para meio litro de água. Ferver durante 20 minutos.
Banhos de assento mornos, à noite. Camisas molhadas quentes e húmidas, à
noite.
Massagens com óleo de amêndoasdoces ao qual se acrescentam algumas gotas de
essência de benjoirn borneol (4 a 10 gotas de cada). Fazer de preferência à
noite, antes de ir para a cama.
CONSELHOS
Compressas quentes, frequentemente mudadas.
Banho de vapor seguido de um envolvimento total, se for tolerado.
Banhos mornos, com duche no seio.
BELEZA DOS SEIOS
Gretas Inflamações
MINS5890M
Massagem com õleo de améndoasdoces, ao qual se acrescentam algumas gotas de
essência de cenoura borneol (5 a
10 gotas para 100 ml de óleo de amêndoasdoces).
1 ou 2 aplicaçôes por dia.
559
Senescência
RECEIrA AN77GA
O pó de alloás socotrina em maceração em vinho tinto alivia
rapidamente as gretas nos seios (citada por autores antigos).
Para manter seios bonitos e refirmálos
MIR99.190M
Massagem diária com a seguinte mistura:
50 m/ de ó/00 do amândoasdoces,
3 ml de essência de Alpo,
2 ml de essência de Cenouza,
2 ml de essência d& Gerânio
Rolibos de vapor *
Banhos de vapor, seguidos de
afusões frescas no peito.
Afusões *
Afusão fresca, todos os dias, no peito, seguida de uma massagem suave e
prolongada.
L@ QJ, Aliffiolmopio *
Vigiar a alimentação.
CONSELHOS
Exercícios físicos. Evitar: todos os excessos alimentares, o álcool, as gorduras
animais, os excitantes, o chá, o café, o tabaco, etc.
Senescência
v r Velhice (p. 600).
560
SIDA
SIDA
Informações e estudos anticonformistas sobre esta doença
Publicámos várias vezes na nossa revista “Réussir votre Santé “ artigos sobre
trabalhos de investigadores não convencionais sobre a SIDA, que põem em causa as
teorias vulgares sobre este flagelo. Também informámos sobre a existência de
três estudos que demonstram que se o vírus é responsável pela transmissão desta
síndroma, o preservativo é uma
protecção das mais aleatórias. Com efeito, afirmámos entre outras coisas,
baseandonos em publicações científicas, que em caso algum o vírus permanece
dentro do preservativo porque a estrutura deste não permite contêlo. Observado
ao microscópio electrónico, o preservativo apresenta falhas que certos
investigadores qualificaram de “autoestradas”. Devemos realçar que o vírus não
é testado directamente, mas sim através de um bacteriófago de 170 nm (nm:
nanómetro, 1 /101), enquanto o vírus HIV tem um diâmetro de 100 nm.
A SIDA e a sexualidade
A contaminação por transmissão sexual não é assim tão evidente
como nos quiseram fazer crer. Com efeito, existem casais em que um dos parceiros
é seropositivo e o outro permanece seronegativo, apesar de terem relações
sexuais não protegidas.
Seria portanto mais certo dizer que a sexualidade pode, em certos casos, ser um
factor agravante, mas que não é o único factor.
Os homossexuais são mais atingidos do que as outras categorias. Se a
homossexualidade fosse o único factor, por que razão os homossexuais só
começaram a ficar seropositivos a partir dos anos 80 e por que razão
só alguns deles foram atingidos? Finalmente, por que razão continuam a ser
atingidos, apesar de serem os que mais precauções tomam?
Para o Dr. Peter H. Duesberg, professor em Biologia Molecular na
Universidade de Berkeley, membro da Academia Nacional das Ciências e considerado
como uma autoridade internacional em matéria de retrovírus por inúmeros médicos
e cientistas americanos e europeus, não existe
561
SIDA
nenhuma prova científica de que o HIV seja responsável pela contaminação. Com
efeito, sob o nome de SIDA agrupouse um número importante de doenças que sempre
existiram. Mas estas só apareciam quando a
imunidade natural se encontrava comprometida.
O Prof. Duesberg realça que acreditar que o vírus é responsável é uma
mentira grosseira.
Então, quais são as causas mais verosímeis?
Hipóteses sérias sobre as causas prováveis da SIDA
*Para Duesberg, 96% dos casos de SIDA eram consumidores depopers (nitrito de
amilo), que é uma droga particularmente apreciada pelos
homossexuais por ter propriedades vasodilatadoras. Outros estudos também
destacam que 97% consumiam popers e, simultaneamente,
58% destes consumiam várias drogas diferentes. A droga tornase, por
conseguinte, numa causa provável, senão a causa maior.
*Outros investigadores questionam o uso imoderado de uma
antibioterapia sistemática que fragiliza as defesas imunitárias e permitiria o
aparecimento de doenças oportunistas. Só se morre de SIDA porque o organismo se
encontra desarmado. Para o Dr. Lance, as pessoas cujo sistema imunitário é
sólido não têm nada a temer desta “contaminação”.
*Num artigo da nossa revista definimos, pela nossa parte, com todas
as reservas, os grupos de risco: os hernofilicos, os toxicómanos e os
homossexuais masculinos. Mas também assinalamos que as injecções, as
transfusões e as inseminações podem ser causas suficientes desta síndroma, nos
casos em que o sistema imunitário se encontra enfraquecido em função de uma má
higiene de vida, de uma má
nutrição, de infecções rej5etidas, etc., e também nos grupos não repertoriados
que praticam a sodomia heterossexual. As pessoas que foram repetidamente
vacinadas, tal como as que tomaram antibióticos de forma abusiva, podem também
apresentar um risco acrescido.
* Para outros investigadores, entre os quais Michel Bourian, o aparecimento de
novas doenças e o ressurgimento de antigas constitui
562
SIDA
apenas a expressão de um défice imunitário geral, ligado aos vários tipos de
poluição e ao nosso sistema de vida.
O Dr. De Brouwer, por sua vez, comenta que a OMS efectuou campanhas de vacinas
sistemáticas em África, no Brasil... sem previamente ter feito um balanço de
saúde dessas populações. O princípio das vacinas era ainda defensável no século
passado, quando ainda se ignorava tudo sobre a biologia molecular. Hoje em dia
não restam dúvidas que esta prática é das mais discutíveis. É nos países onde
existem mais pessoas vacinadas contra a varíola que se encontram mais casos de
SIDA. Para o Dr. De Brouwer, o sistema imunitário fica não só diminuído no
seguimento das vacinas como também é enganado já que os agentes de defesa do
nosso organismo não possuem uma memória universal.
O que sabemos é que os seropositivos podem continuar a viver normalmente. Serse
seropositivo já não significa estar doente e morrer dentro de um prazo mais ou
menos longo. Muitos seropositivos recusaram o
veredicto que os condenava à morte e passados quinze anos continuam vivos.
Fizeram alterações na sua higiene de vida e nos seus hábitos alimentares.
Recusam as drogas e o tabaco, combatem o stress, a solidão e a depressão.
Será a SIDA transmissível pelos insectos?
No início das investigações sobre a SIDA, examinaramse várias vias possíveis de
transmissão do HIV. Os insectos foram um dos vectores suspeitados. Abandonouse
rapidamente a “pista entornológica”. Todavia existem inúmeras possibilidades de
contaminação pelos insectos. Estes estão na origem de diversas doenças. O
exemplo mais conhecido é o
Plasmodium vivax (doença transmitida pelos mosquitos). Entre estas doenças
encontramse também as afecções virais, entre as quais a febreamarela. O vírus
da hepatite B foi encontrado no corpo de um percevejo. Os vírus transportados
pelos insectos constituem uma categoria de ARBO (ArtópodosBorne) . Será o HlV
um ARBO? Por que não? O tempo de sobrevivência do vírus fora de um hospedeiro é
o argumento principal dos adversários desta possibilidade. É certo que os
mosquitos só raramente
563
SIDA
aspiram o sangue, uma vez por semana aproximadamente. Mas o efeito da picada
dupla, apesar de raro, existe contudo. O insecto obrigado a
abandonar o seu hospedeiro precipitadamente antes de ter terminado a sua
“refeição” procura uma nova presa. Além disso, ninguém, tanto quanto sabemos,
estudou o tempo de sobrevivência do vírus no sangue ingerido pelo insecto. O
outro argumento a favor da “inocência” dos insectos é a diferença entre a
quantidade máxima de vírus transportada pelo mosquito
e a quantidade mínima necessária à contaminação. Ninguém ainda se
debruçou sobre este aspecto da questão. Além disso, segundo os princípios da
microbiologia, em certas condições basta um único microrganismo para desencadear
a doença. O transporte pelos insectos de linfócitos contaminados é, por
conseguinte, uma eventualidade biologicamente aceitável.
A SIDA: esta doença pode ter origens cósmicas
Svante Arrhenius, no século xix, propôs a hipótese original segundo a qual a
vida começou algures no universo e foi depois transportada por ventos
provenientes do Sol ou por meteoritos. Esta teoria é chamada “teoria da
panspermia”. PensasQ geralmente que esta antiga teoria foi abandonada. Nada é
mais falso, porque a panspermia é cada vez mais evocada no mundo dos biólogos e
dos físicos que trabalham sobre as
questões da biogénese. Se as condições terrestres fossem desfavoráveis à vida,
podemos perfeitamente imaginar o início deste fenômeno noutros lugares.
Entre os partidários e fundadores da teoria moderna da panspermia, podemos citar
Francis Crick, que descobriu a estrutura do ADN (prêmio Nobel), e Frederick
Hoyle, astrofísico, professor da Universidade de Cambridge e da Universidade de
Técnologia da Califórnia. Segundo Hoyle, os genes (sob a forma de vírus, virions
ou mesmo células) chegam continuamente à terra por intermédio dos cometas.
Quando um cometa (como o de Kohoutek) se aproxima do Sol, o calor faz com que
gases voláteis e partículas finas sejam vaporizados do seu núcleo. A pressão do
vento solar dirige estas partículas radicalmente para o lado oposto do Sol. Os
cometas (campo em que Hoyle é uma autoridade a nível mundial) têm um
papel de transportadores e de reservatórios de materiais biológicos. É certo que
se encontram aminoácidos nos meteoritos.
564
Síncopes
Dois investigadores americanos, Claus e Nagy, afirmam ter descoberto nos
meteoritos estruturas comparáveis a micróbios fósseis. A terra era, e
segundo Hoyle continua a ser, “infectada” por materiais que constituem a vida.
Por que motivo os estudos sobre a origem da vida são tão importantes para a
medicina moderna? Por um lado, os investigadores e os
cientistas ocupamse da vida em condições extremas, por outro, examinam a
estrutura e as origens dos vírus.
A teoria da panspermia tem a vantagem de propor a explicação do aparecimento das
grandes epidemias, já que estas podem ser o resultado de novas infecções da
terra por um “material biológico cósmico”. Há até quem faça a associação entre o
aparecimento das epidemias e a passagem dos cometas no sistema solar. A origem
cósmica da SIDA é uma hipótese ainda pouco divulgada entre os virólogos, apesar
de ser tão provável e ló gica como as outras hipóteses, por exemplo: a origem
militar, animal ou uma doença antiga não detectada mais cedo por falta de meios
técnicos suficientemente elaborados.
Para os conselhos, ver Cancro (p. 281).
sr
incopes
\ 7C
r também Náuseas (p. 472). Consulta médica indispensável. É necessário procurar
as causas. A síncope manifestase por sentimentos de incerteza, vertigens e
perturbações da visão. O chão parece ceder sob os pés, os membros ficam frios e
surgem zumbidos nos ouvidos, perturbações auditivas, suores e vómitos.
Geralmente os acessos passam rapidamente.
Se as causas parecem inexplicáveis
~ 0550M1015* ou tintur.7 de Gêncíana
Cravodecabecínha 10 a 15 gotas num pouco de
2 gotas, 3 vezes ao dia. água, 3 vezes ao dia.
565
Síncopes
Banhos de assefito*
* Frios ou um duche rectal (todos
os dias).
Lavagens*
* Mornas, com uma infusão de
camomila: 10 cabeças para meio litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar
em infusão durante 10 minutos.
* Fazer a lavagem, de preferência, de manhã, em jejum, e, se possível, durante
cerca de 20 minutos.
Duchos o Ofusões*
Da cabeça e das coxas, alternando, dia sim dia não, com o peito e os braços.
A1M701M8p10*
Evitar: todos os excessos alimentares, especialmente cozinhados com manteiga,
pratos com molhos, charcutaria, carnes gordas, caça, conservas, bebidas
alcoólicas, tabaco, café, chá, maionese, etc.
jejum *
* 1 dia por semana ou mais. * Cura de fruta fresca.
CONSELHOS
No momento da síncope:
Deitar o paciente e praticar: massagem no pescoço; compressas frescas na cabeça,
nas têmporas, na nuca e no peito, seguidas de fricções. Fora das crises:
Vigiar a obesidade, o stress, a emotividade, os ruídos, a sobrealimentação, o
tabaco, as bebidas alcoólicas, os locais nauseabundos.
o PR. OW RECOMENU4
Compressas no corpo, à noite.
566
Sinusite 1 Soluços
Sinusite
er Constipação (de cabeça) (p. 336), Alergias (p. 207), no que diz respeito às
receitas gerais.
ó10OS OSSOMARIS*
EucalIpto Niauli Zimbro
Algumas gotas de cada, à noite,
num difusor de aromas ou, aiternatívamente, 5 a 10 gotas de
cada num prato, misturadas em álcool, duas vezes o volume de água.
Esta mistura colocase no quarto de dormir. Purifica e desinfecta a atmosfera
e favorece a respiração.
Soluços
spasmos do diafragma que resultam, na maioria dos casos, de uma dilatação do
estômago derivada de um excesso alimentar, da ingestão demasiado rápida de
alimentos e de uma mastigação insuficiente, de uma
acumulação de gases, bem como de histeria, de neurastenia, de lesões orgânicas,
etc.
IMUS.10 *
Endro k Ervaolesãojoão Valerían,9
1 pitada de cada planta para 1
chávena de água. Ferver durante
3 minutos e deixar em infusão durante 15 minutos.
Tomar 2 ou 3 chávenas, repartidas durante o dia.
OS CONSELHOS Á170 DR. SILZ
Tape os ouvidos com os dedos indicadores ou mínimos e peça
a alguém que lhe dê água fresca. Beba lentamente, a pequenos goles. O êxito é
instantâneo. E também:
Beber vários goles, sem respirar.
Para os lactentes: aplicação de toalhas quentes no baixoventre,
aquecimento por fricções nos pés e nos braços.
567
Sudorífico 1 Sufocação
Sudorífico
para activar a transpiração:
B.79?S do zimbro
Em infusão, favorecem a transpiração: cerca de 20 bagas para
1 chávena de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 15
minutos.
Beber, quente, 2 ou 3 chávenas por dia.
Raíz d& Bardana
Em infusão: 10 g de planta para
1 litro de água. Ferver durante 4 minutos e deixar em infusão durante 15
minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Sufocação
aracterizase pela impossibilidade súbita de respirar. A acção deve ser
rápida, senão o paciente corre o risco de morrer em poucos minutos.
Em crianças pequenas
Suspendêla pelos pés e darlhe pancadas no peito até a respiração voltar ao
normal.
Se a criança for mais crescida ou se se tratar de um adulto:
3 métodos ericazes
1. Passar para trás da pessoa, colocar um punho cerrado sob o plexo
e pressionar com muita força (violentamente).
2. Outro método consiste também em passar para trás da pessoa, passar
os braços em volta do peito e apertar brutalmente.
568
Surdez
3. Um terceiro método consiste em dar um murro com algum vigor
ao nível do plexo.
Medidas de prevenção
As pessoas sujeitas a faltas de ar acidentais devem praticar o relaxamento,
exercícios respiratórios, afusões regulares das coxas, dos braços e afusões
fulgurantes.
É também muito importante mastigar lenta e prolongadamente os alimentos.
Surdez
v r Ouvidos (p. 491).
569
T
Tabagismo
Tendinite
Ténia
Tensão muscular
Tiques
Torcicolos
Tosse
Transpiração excessiva
Tremores
Tumores
Tabagismo
Tabagismo
v r Alcoolismo (p. 202).
Já não é necessário fazer o auto do tabaco. Os seus malefícios, tais como os do
álcool, são evidentes e realçados tanto pelas autoridades, como pelas instâncias
médicas, o que não acontece ainda em relação a
outros tipos de maleficio (como a alimentação industrial, por exemplo).
A dependência do tabaco é, em primeiro lugar, psicológica. É um
automatismo ou um meio ilusório de fazer face às dificuldades. Mas também é
associado aos momentos agradáveis da existência.
A dependência é também (e sobretudo) física, porque a nicotina é uma droga que
tem a particularidade de aniquilar a vontade e que pode provocar diversas
perturbações em caso de privação: irritabilidade, nervosismo, ansiedade,
insônia, perdas de memória, dores de cabeça, bulimia, etc.
O tabaco deixa um sentimento de derrota e entrava o bom funcionamento
intelectual.
Fumar incomoda também as outras pessoas e polui a atmosfera. O tabaco é, ainda,
responsável por acidentes e incêndios.
A luta contra o tabaco não começou ontem. Este fenômeno já causava inquietação
no século passado, apesar de não ter a amplitude actual. A Associação Francesa
Contra o Abuso do Tabaco nasceu a 11 de Julho de 1868. Em 1872 transformouse na
Associação Francesa Contra o Uso do Tabaco e das Bebidas Alcoólicas, já que os
malefícios aumentam quando se associam estas duas drogas. Em 1939 transformouse
e passou
a ser a Liga contra o tabaco, para dar lugar em 1968 ao Comité Nacional Contra o
Tabagismo, que conhecemos actualmente.
A Academia de Medicina só lançou o alarme em 1972, o que permitiu a tomada de
consciência real do problema, sobretudo graças à posição de Simone Veil.
Com o aparecimento da pílula contraceptiva e a moda das mulheres libertas que
fumam, os riscos cardíovascu lares multiplicaramse cerca de
22 vezes nas mulheres.
O hábito do tabaco entrou nos nossos costumes, lentamente, é certo, mas está bem
enraizado, e é muito difícil não ver as pessoas sem um
572
Tabagismo
cigarro na boca. Fazendo o papel de advogados do diabo, diríamos, mesmo, que
será impossível nas próximas décadas ou mais.
UM MUNDO SEM TABACO?
Um mundo sem tabaco parece uma utopia quando sabemos o número de pessoas que
trabalham na exploraçã o do tabaco desde a sua plantação ao seu
acondicionamento e os lucros que os governos retiram da sua
comercialização (cerca de 47 mil milhões de francos por ano, só em
França). Este desfalque no orçamento de Estado seria obrigatoriamente recuperado
sob a forma de impostos. O desaparecimento do consumo de tabaco criaria novos
desempregados (cerca de 200 000). Estas duas considerações bastam só por si para
confortar os partidários do tabagismo nas suas posições. Existem enormes
interesses em jogo, e o poder do dinheiro, como bem sabemos, não é uma palavra
vã na nossa sociedade do lucro. Além disso, sejamos realistas, o tabagismo
tornouse numa segunda natureza para muita gente. Não será através de truques de
magia ou de gritos de alarme... nem de leis restritivas e repressivas que se
fará desaparecer esta droga, que mata, contudo, tanta gente todos os anos.
As doenças geradas pelo tabaco
Será o tabaco o único responsável pelo acréscimo de certas patologias
degenerativas? Talvez. Mas William Dufy, na sua obra publicada pelas edições
Trédaniel, Sugar blues (Le sucre, cet ami quí vous veut du mal), revela que o
açúcar, sob a forma de melaço é acrescentado ao tabaco em percentagens que podem
ir de 5 a 20%. Para este autor, a adição de açúcar ao tabaco é uma das
principais causas do aumento do cancro dos órgãos em contacto directo com o fumo
(língua, laringe, pulmões). Outros órgãos também podem ser atingidos (cólon,
bexiga, seios ... ). De uma maneira geral, o açúcar facilita a carcinogénese.
Para apoiar a sua demonstração, o autor comparou as estatísticas de mortes
ocasionadas por este tipo de patologia e chegou à conclusão que quanto mais
açúcar contém o tabaco mais ele se torna perigoso.
As conclusões deste autor podem deixarnos perplexos. Com efeito, a Inglaterra e
o País de Gales têm as taxas de cancro do pulmão mais altas
573
Tabagismo
do mundo, porque os seus cigarros contêm até 17% de açúcar. Na Rússia e na
China, onde os cigarros são semelhantes aos dos Indianos, esta taxa é muito mais
baixa. Além disso, os cigarros chineses contêm também pouca nicotina e alcatrão.
Certos investigadores londrinos afirmam que é errado pensar que “dez anos depois
de se ter abandonado o tabaco o risco de contrair cancro era idêntico, no antigo
fumador, ao dos indivíduos que nunca tinham tocado num cigarro”. Na realidade,
este risco diminui certamente, mas continua superior ao dos não fumadores. Na
mulher grávida prejudica o feto predispondoo a diversas patologias
respiratórias e fazendo dele um potencial futuro fumador. O tempo de gravidez
diminui, o bebé nasce mais pequeno, e o seu sistema nervoso fica perturbado.
O tabaco envelhece
Fisicamente o tabaco exerce uma acção nas vias respiratórias, no coração, na
pele, no sangue, nos sistemas digestivo e urogenital e nos órgãos dos sentidos.
É também um inibidor e um destruidor da vitamina C.
Além disso, está provado que os cancros da mama e do útero são as principais
ameaças para a saúde das mulheres. “As mulheres que fumam depois dos 65 anos de
idade tornamse mais fracas e menos ágeis do que as que nunca tocaram num
cigarro”, revela um estudo americano. Apareceram diferenças notáveis entre as
mulheres que fumam e as que não fumam. Para este especialista, a diferença
explicase por problemas cardiovasculares ocasionados pelo tabaco.
Um outro estudo inglês revela que “o tabaco pode provocar uma epidemia nas
mulheres fumadoras, verdadeira ‘espada de Dâmocies'suspensa sobre a cabeça das
mulheres”. Segundo o professor KayTee Khaw, “o tabaco é a principal causa
previsível das doenças das coronárias, que, até à data, atingiam sobretudo os
homens”.
O risco cardíaco é multiplicado por 6
O risco é mais elevado quando o fumador é jovem. Quanto aos cigarros com pouco
alcatrão, estes não diminuem mesmo assim o risco: nas pessoas com menos de 60
anos o tabaco é responsável por 70% dos ataques cardíacos. O que é interessante
neste estudo é que ele mostra que o facto
574
Tabagismo
de parar de fumar diminui o risco, que se torna comparável, ao fim de cinco
anos, ao dos não fumadores. (Rory Collins. Artigo publicado pelo British Médical
Journal).
Diabetes e tabaco
“Fumar um maço de cigarros por dia multiplica por 2 o risco de contrair
diabetes, enquanto o consumo moderado de álcool reduz este risco.” É o que
afirma um estudo americano efectuado pela Escola de saúde pública de Harvard,
que demonstra que uma pessoa que fuma entre
15 a 25 cigarros por dia tem duas vezes mais hipóteses de se tornar diabética.
Mas, se essa pessoa deixar de fumar, o risco diminui (mas permanece cerca de 30%
superior ao de um não fumador).
Tabaco e impotência
O tabaco tem efeitos desastrosos sobre o sistema respiratório e sobre o coração
e seria também responsável pela impotência sexual entre a
população de homens jovens que sofrem de problemas de erecção. Um estudo
realizado em homens que sofrem de impotência ou de dificuldades de erecção
revelou que 81% destes homens fumavam. Nos jovens, as lesões ocasionadas pelo
tabaco podem desaparecer se deixarem de fumar. A nicotina afecta também o
sistema nervoso central: os neurónios “dopaminergíneos”, que podem ter um papel
importante.
Quando os pais fumam...
... não há problema, as crianças também sofrem!
Um estudo publicado nos EUA afirma que os bebés cujos pais fumam correm um risco
maior de serem vítimas de “morte súbita do recémnascido”. Este estudo também
realça que o fumo do cigarro afecta a criança, mesmo se a mãe deixou de fumar
durante a gravidez. Para o Prof. Thédore Slotkin, farmacólogo da Universidade de
Duke (Estados Unidos), a nicotina entrava a produção de hormonas estimulantes (a
adrenalina, por exemplo), que obrigam o coração e os pulmões a funcionarem em
caso de carência breve de oxigénio.
575
Tabagismo
Os não fumadores também sofrem
É bem sabido que os não fumadores partilham os riscos dos fumadores, sobretudo
porque o seu organismo não está nem preparado nem adaptado à inalação permanente
do fumo. É o que afirma o Dr. Stanton A. Glantz, professor de Medicina na
Universidade de São Francisco. Para este investigador, “o tabaco é mais nocivo
para os não fumadores do que para os fumadores. O risco cardíaco é multiplicado
por 2 ou por 3 nos não fumadores quando este inalam de forma regular o fumo de
tabaco”. Nos Estados Unidos cerca de 17 000 fumadores passivos morrem todos os
anos e 150 000 sofrem de doenças das coronárias.
Fumar custa caro
Consumir tabaco é fazer uma despesa inútil, pagar impostos suplementares,
prejudicando a saúde e fazendo aumentar o défice da Segurança Social.
Actualmente a população mundial de fumadores é de 1,1 mil milhões. Cerca de 300
milhões de fumadores vivem em países desenvolvidos (200 milhões de homens e 100
milhões de mulheres). Um estudo britânico realça que o tabaco pode ser nocivo de
24 maneiras. Além disso, aumenta os riscos de suicídio, de homicídio e de
acidentes diversos.
“MOTIVARSE” PARA DEIXAR DE FUMAR
Para se motivar, pense no seguinte:
* acabará com a sua dependência. Deixará de ser escravo, será mais
livre!
* ganhará em vitalidade e recuperará a sua forma física rapidamente,
* terá uma qualidade de vida superior,
* a sua pele terá uma textura mais fresca e clara, e evitará as rugas.
Mas pense sobretudo na sua saúde:
menos infecções broncopulmonares, menos probabilidades de contrair cancro,
576
Tabagismo
melhor saúde para os seus filhos e um melhor exemplo para eles, mais sensações.
olfactivas e gustativas, economias para a sua bolsa, um hálito fresco, roupas
que não cheiram a fumo, um habitat saudável, uma função sexual melhorada.
Deixar de fumar: sim... mas sem engordar
Muitos fumadores continuam por medo de engordar e até existem antigos fumadores
que recomeçam a fumar voluntariamente na esperança de emagrecer.
Em primeiro lugar, engordar não é obrigatório e, quando acontece, varia muito de
pessoa para pessoa.
Em qualquer dos casos, devem evitarse absolutamente dois erros:
A precipitação sobre os doces ou pastéis, incluindo as bebidas açucaradas,
quando se sente vontade de fumar um cigarro. O açúcar chama o açúcar, por
libertação de insulina, provocando um estado de hipoglicemia, ou seja, uma
vontade imperiosa de comer açúcar.
Substituir o cigarro pelo café. O seu efeito ansiogénico provoca
vontade de fumar em razão do efeito sedativo passageiro do cigarro.
O chá deve ser consumido com moderação. Acontece o mesmo com a cocacola que
associa dois inconvenientes: açúcar + cafeína. Prefira a água natural ou
gaseificada, o sumo de limão, as tisanas, os sumos de legumes e de frutos
naturais, em quantidades razoáveis.
Todos os autores reconhecem que certos tipos de alimentos favorecem a
dependência do tabaco:
Todas as bebidas alcoólicas, vinho, cerveja, aperitivos, etc., devem
ser evitados pelo menos durante o período de privação.
Os fritos e de uma maneira geral as gorduras animais, pratos com
molhos ou pratos cozinhados com manteiga.
As especiarias devem ser consumidas em pequenas quantidades.
Adopte uma alimentação saudável, composta essencialmente de: frutos e legumes
frescos da estação, azeite virgem de primeira pressão ou óleo
577
Tabagismo
de sésamo, levedura de cerveja, germe de trigo ou grãos germinados. Alimentos
particularmente privilegiados: o alho, a cebola, as couves, o limão e os
citrinos (vitamina C), os cereais integrais (arroz, trigo, cevada, de
agricultura biológica), a aveia em papas ou em flocos, especialmente recomendada
devido às suas virtudes desintoxicantes e remineralizantes.
As mulheres devem privilegiar as vitaminas B, que se encontram nos
cereais e nas sementes de girassol, de abóbora e no óleo de germe de trigo.
Caso se tenha uma grande vontade de comer, precipitarse sobre uma
peça de fruta, um iogurte, um ovo cozido ou, eventualmente, um pequeno pedaço de
queijo ou de pão é preferível porque não implica entrar no
círculo infernal dos alimentos açucarados.
Os banhos relaxantes (sauna e banhos de vapor), acompanhados de duches frios,
podem acompanhar judiciosamente as curas de desintoxícação.
10 pontos fundamentaís para deixar de fumar
1 .Uma motivação a toda a prova é a condição sine qua non.
2. Começar no momento adequado: o ideal é uma boa bronquite ou
traqueíte (ou uma infecção respiratória) que nos obriga a deixar de fumar. É uma
ocasião ideal para parar definitivamente.
3. Evitar a companhia de fumadores e parar ao mesmo tempo que o
cônjuge.
4. Nada de meias medidas: nunca mais aceitar um cigarro na vida.
5. Nada de tentações: acabar com os cinzeiros e com os isqueiros.
Evitar durante algum tempo as recepções cheias de fumo e agitadas, os espaços
para fumadores, quer em viagem quer nos restaurantes.
6. Jogar o jogo do autocondícionamento reafirmando regularmente,
em voz alta, a nossa escolha definitiva.
7. Fazer o n.’ 6 respirando profundamente, sobretudo quando nos vem
uma grande vontade de fumar.
8. Mudar de alimentação e mastigar lentamente. Evitar os excitantes (bebidas
alcoólicas, chá, café, especiarias), as carnes e os alimentos
578
Tabagismo
pesados (fritos e molhos). Beber muitos líquidos de modo a eliminar a nicotina.
Privilegiar os frutos e os legumes bem como os
açúcares lentos. Utilizar a levedura de cerveja e o germe de trigo. Limitar o
consumo de açúcar e de feculentos.
9. Estar activo de modo a evitar as sonolências causadas pela falta de
tabaco, praticando regularmente um desporto ou a hidroterapia.
10. Ter um centro de interesse real, uma actividade apaixonante.
Outros métodos que ajudam
Pode optar por um apoio suplementar neste processo.
Acupunetura, auriculoterapia, mesoterapia...
Tratase da introdução de agulhas em pontos específicos, que provocam a repulsa
do tabaco.
Acupunctura
Geralmente são necessárias várias sessões, não obstante terem sido observadas
vitórias desde a primeira sessão em pacientes motivados. Os pontos escolhidos
são variáveis em função da técnica utilizada pelo praticante. Estes têm por
objectivo restabelecer um equilíbrio energético e sobretudo descontrair a
pessoa. Este tratamento pode ser associado a sessões de psicoterapia. O preço
depende do número de sessões.
Auriculoterapia
Introdução de algumas agulhas em pontos específicos da orelha ou, mais
recentemente, introdução de um fio de nylon ou de um gancho, com
anestesia local, no centro do pavilhão do ouvido. Este tratamento não é
doloroso. Pode durar até 3 semanas (I ou 2 sessões).
Rosário antitabaco (derivado do método Coué)
Arranje um pouco de cordel e dêlhe 6 a 7 nós. No primeiro dia, antes de pegar
num cigarro, repita uma ou duas frases curtas em cada nó, por
579
Tabagismo
exemplo: “Não devofumar O tabaco repugname.”, de modo a desvalorizar a imagem
do tabaco. Cada frase deve ser pessoal e criada em função da sua sensibilidade.
Depois, acenda normalmente um cigarro.
No dia seguinte, acrescente um nó. No 3.’ dia, acrescente mais outro nó...
Este método (grátis) exige perseverança e dá (a quem tem coragem para o
praticar) excelentes resultados (ao fim de 4 a 15 dias).
Homeopatia
Provoca uma desabítuação progressiva. Consiste em tomar uns granulados. O
tratamento pode ser feito em simultâneo com a acupunctura, a fitoterapia, a
relaxoterapia, etc. O mé dico preconiza, geralmente:
Tabacum 5 CH Caladuin seguina 5 CH
Avena sativa, sob a forma de tinturamãe, à razão de 20 a 40 gotas,
1 a 2 vezes ao dia.
Hipnose
Indução da rejeição do tabaco por sugestão, num estado entre a vigília e o sono.
Mas o número de terapeutas é limitado, e o preço é, por vezes, elevado.
Mesoterapia
Microinjecção (em certos pontos de acupunctura) de agulhas múltiplas e de uma
mistura de produtos, entre os quais um anestésico. Tem um efeito complementar à
acupunctura, já que se acrescentam os produtos injectados. Método não doloroso.
Preço variável em função do número de
sessoes.
Fitoaromaterapia
Uma cura de desintoxicação pode ser acompanhada de inúmeras plantas. Em
particular: a canela, o limão, a segurelha, o sassafrás, o espinheiroalvar ou a
árvoredacanela.
580
Tabagismo
Estas plantas podem ser tomadas sob a forma de drageias, de tinturamãe ou de
óleos essenciais. O médico fitoterapeuta escolhe a(s) que considera mais
adaptada(s) ao seu caso.
O preço do tratamento é variável. Quanto às plantas, o seu preço é abordável...
e não ultrapassa o preço de um maço de cigarros!
Produtos de substituição
Respirar óleos essenciais pode ajudar a vencer a dependência: coentros, funcho,
eucalipto, gerânio, orégãos ou sassafrás. Quando tiver vontade de fumar respire
algumas gotas de uma destas essências, em frasco, dissolvidas em álcool (ou num
dispersor). O seu farmacêuticoervanário pode prepararlhe esta mistura e
aconselhálo.
Terapia de grupo
Em todos os países existem associações ou ligas que apoiam quem deseje deixar de
fumar. Se é o seu caso, contacte uma dessas associações e siga um dos muitos
planos de combate à dependência do tabaco. Prefira as terapias de grupo, pois,
além de serem mais animadas, permitem que os seus membros partilhem experiências
e se apoiem mutuamente.
ó/O~ L1@/ftJ sassafrás
2 gotas, 3 vezes por dia (ajuda à desintoxicação)
CONSELHOS
Certos autores recomendam o consumo frequente de papas de aveia, considerada
como regeneradora e desintoxicante.
581
Tendinite 1 Ténia 1 Tensão muscular
oo Tendinite
r Reumatismos, p. 538.
Te"n i a
r Parasitas, p. 499.
Tensão muscular
6 deve aplicar estes tratamentos se a tensão muscular ocorrer depois de um
esforço muscular não habitual. Em todos os outros casos é indispensável
consultar o médico.
A~Vio*
Bêtóníca + W19 + Erv.7ursa + SO/Va
* 1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver e deixar em infusão
durante alguns minutos. * Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
j@@j ólWS Ossencisis*
Zímbro
3 gotas, 2 vezes ao dia.
582
MOSSOg007
Massagem com óleo de ervadesãojoâo.
30 g de erva d"âo@oêo e 30 cabeças de camomila para meio litro de azeite.
Deixar macerar durante 8 dias ao sol (ou perto de uma fonte de calor). Para
acelerar a preparação aquecer em banhomaria durante 30 minutos e filtrar. Para
tornar esta preparação calorífica, misturála em partes iguais com álcool
canforado.
Tiques
A 111nentof #o @
* Evitar: bebidas alcoólicas, especiarias, carnes vermelhas, cozinhados com
manteiga, todos os alimentos difíceis de digerir, pratos com molhos,
charcutaria, enchidos, peixes gordos, queijos fortes, conservas, etc.
* Alimentos privilegiados: germe
de trigo, cereais integrais, trigo,
arroz, cevada, aveia, fruta fresca, cerejas, uvas, maçãs, peras, alperces,
tomates, rabanetes, rábanos, legumes verdes, etc.
JeJUM *
Pode ser praticado sem inconvenientes, 1 ou 2 dias por semana.
1 dia, a fruta.
CONSELHOS
Repouso, sono (ver p 134).
Banhos quentes (ver p. 145). Banhos de vapor (ver p. 147).
Cinturão de Neptuno (ver p. 148).
Tiques
VC
r Nervosismo, p. 474. s tiques consistem em estremecimentos e movimentos
incontrolados.
JO/0901 ‘85* ErwcIdreIr.7 Válerlâna Artem[sía Cámomíl29
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez por dia.
ou Infuma Erwcídr&íra + Valeriana + Art&mísIa k Camomil.7
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver e deixar em infusão
durante 10 minutos. Tomar 4 ou 5 chávenas por dia.
ÓIOM OSSO0C101.9*
ser
pamota
2 gotas, 3 vezes ao dia. * Alternando, dia sim dia não, com:
Manjerona * 2 gotas, 3 vezes ao dia.
583
Torcicolos
AMOnfios de 1955ofito*
Mornos, 3 vezes por semana: 15 a 20 minutos. Terminar com um banho de assento,
curto, frio (1 ou 2 minutos). Logo que surjam melhoras: banhos de assento, frios
ou com fricções, todos os dias.
08/7/705 CfO Vã~
1 ou 2 vezes por semana.
6, óóóô,
Mornos, na cara, braços, coxas e pernas (frescos), todos os dias.
ALÉJf DISSO, O DR. BILZ RÁ1SCOXEN5I7A
Fricções vigorosas e massagens nas partes atingidas e aplicação
de compressas quentes, renovadas várias vezes ao dia.
CONSELHOS
Evitar o stress, os ruídos violentos, a música forte, etc.
Torcicolos
er Reumatismos (p. 538).
O torcicolo manifestase por dores vivas na região do pescoço, que podem
entravar e até impedir os movimentos da cabeça.
Ocorre no seguimento de uma má postura durante o sono, de um resfriado, de um
movimento brusco, etc.
Compressas*
Compressas quentes, repetidas várias vezes ao dia.
584
Tosse
MA SSA GEM COM A PREPA P.4 ÇÃO DO DR CHOMEL
Para meio litro de azeite deitar 30 9 de ervad"ãojoão + 30 cabeças de
carnornila. Deixar macerar durante 8 dias ao sol ou perto de uma fonte de calor
(para acelerar a preparação, aquecer em banhomaria durante 30 minutos e deixar
repousar) e, em seguida, filtrar. Para tornar esta preparação calorífica,
misturála em partes iguais com álcool canforado. Massajar a parte dorida,
várias vezes ao dia.
Tosse
r Anginas (p. 234), Gripes (p. 420), Resfriamentos (p. 537).
Cípiosté
* Utilizamse os ramos jovens em
tisana para tratar as tosses rebeldes.
* Os cones têm fama de tratar as
hemorragias (a sua grande riqueza em taninos explica a sua acção acistringente,
vasoconstritora e antihemorrágica).
* 10 g de planta para 1 litro de
água. Ferver durante 1 minuto e deixarem infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Funcho
* Utilizar como para a insônia (ver
p. 449).
Gríndéli.7
* Planta californiana, bastante diR~Itos fitotempêutICOS AlIcsçuzglabro
* Infusão de 20 g de raiz em 1
copo de água fria. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 15
minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
Alf.?rrobeira
* Utilizar o xarope dos frutos: espremer o sumo do fruto.
* Tomar 2 ou 3 colheres por dia.
Anísvorde
* Infusão de 15 g de sementes
esmagadas em 1 litro de água a ferver, Deixar em infusão duran_ te 15 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
585
Transpiração excessiva
fícil (mas possível) de encontrar na Europa porque é raramente cultivada.
* 10 g de planta para 1 litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
Murta
* Infusão das folhas (aconselhada
sobretudo aos fumadores).
* 10 g de planta para 1 litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
PíMP117e1.7
* Infusão de 20 g em 1 litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
* Um médico italiano do século xvii
dizia que “esta planta dissolve os humores”.
* Utilizase para a asma e para as
febres catarrais.
Tanchagemlanceolad.7
* Infusão de 20 g de folhas em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
* Pode também tomarse sob a
forma de xarope: 30 g de folhas para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos
e deixar em infusão durante 20 minutos. Filtrar e acrescentar 100 g de mel.
* Aquecer em lume brando e tomar à razão de 1 colher, de sopa, 2 ou 3 vezes ao
dia.
TOMíl170
* Infusão de 20 g de flores em 1
litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 3 chávenas por dia.
* Também se pode utilizar em infusão num banho (duplicar a quantidade de
planta).
Tomi1170&rvaursa
* Infusão de 10 g em 1 litro de
água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos
(acrescentar 2 colheres de mel).
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Vorbascobranco
* Infusão de 20 g de flores secas
em 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 chávenas por dia.
o Transpiração excessiva
pode ter diversas origens: doenças infecciosas, excesso de bebidas
(especialmente cerveja, bebidas alcoólicas), obesidade ou suores nocturnos.
É necessário procurar as causas.
586
Transpiração excessiva
~vei
46.9*
Centáureapequena @ G9valínha Salva Noguelra
1 a 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão
Gentáureapequena + Ga Valinha + Salva + Noguelra
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 30 segundos e
deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ó1005 O.55017C1,815*
Pinho
1 a 3 gotas, 2 ou 3 vezes ao dia.
ÁRRIffios do .05601740*
Mornos, no início, durante 3 a 5 dias, e depois frios ou com fricções. Dia sim
dia não.
ÁROMIOS d119 VZ”/’*
2 vezes por semana.
DUCI?eS o ofusões *
Dos braços e das pernas, alternando, dia sim dia não, com o tronco e as costas.
Afusões completas (fulgurantes),
3 vezes por semana.
.411/MI7~0*
Evitar, especialmente em caso de obesidade ou de excessos alimentares e de
líquidos: bebidas alcoólicas, vinho, cerveja, açúcar, pastelaria, chocolate,
gorduras animais, carnes gordas, charcutaria, caça, sal, conservas, queijos
fortes, pratos com molhos, maionese, gastronomia rica, etc. Allimentos
privilegiados: legumes verdes, fruta fresca, saladas, alcachofras, cebola, alho,
cenouras, laranjas, toranjas, uvas, couves, couveroxa, cerefólio, salsa,
alperces. Como bebidas: água ou as infusões acima indicadas.
jejum *
1 dia por semana. Cura de fruta.
CONSELHOS
Endurecimento (ver p. 132). Andar de pés descalços no orvalho, especialmente
na Primavera.
587
Tremores
Tremores
er também Nervosismo (p. 474), Tratase de movimentos ou estremecimentos
involuntários, podendo ocorrer em diferentes partes do corpo.
Podem também resultar de um choque emocional.
Á0/890185* Ervadesãó@1oão Erv.7cidroIra Valerlana Anis
V&rdO
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU 11MUSãO Ervadesãojoão Erv.?cídreíra Valeríam? A17is
~de
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 3 a 5 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ól~S OSSOMIZIS M.?njrOn.7
2 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁROMIOS de ~Olito*
* Mornos, durante 10 a 15 minutos.
* Se surgirem melhoras: banhos
de assento frios ou com fricções, todos os dia.
Lavagens*
Mornas, com 10 a 15 cabeças de camomila para 314 de litro de água. De manhã ao
acordar.
56/7/105 dO V0P013 vezes por semana, seguidos de fricções frescas.
Do peito e dos braços, alternando, dia sim dia não, com as coxas e os joelhos.
Aliffiolimp#0*
Suprimir: todos os excitantes (chá, café, álcool, tabaco), vinho, cerveja,
chocolate, conservas, pratos com molhos e, de uma forma geral, todos os excessos
de mesa, especiarias, cozinhados com manteiga, sal, açúcar, charcutaria,
maionese, etc.
588
Tumores
Alimentos privilegiados: funcho, beterraba, couve, saladas, dentedeleão, papas
de aveia, fruta fresca, uvas, toranjas, laranjas, pêssegos, alperces,
tangerinas, etc.
jejum *
Terapêutica indispensável a todas as doenças nervosas. Praticar 1 ou 2 dias de
jejum por semana. Cura de fruta.
CONSELHOS
Fricção total do corpo com água morna.
Maillots de corpo, à noite: conservar durante 1 a 3 horas.
Tumores
onsulta médica indispensável.
Ver Cancro, p. 279.
TUMORES BENIGNOS
Ver Abcessos, p. 188.
589
O OR. BAZ RECOMEM4
Aplicação de compressas mornas (25 a 300 C), que devem ser
mudadas quando começam a tornarse desagradáveis.
Envolvimentos e cinturão de Neptuno.
Banhos de vapor na cama.
O PADRE KNEIPP RECOMEN524
Para “amadurecer” os tumores, compressas de fenogrego, em
infusão: 20 g de planta para meio litro de água. Ferver durante
10 minutos e deixar em infusão durante 20 minutos.
PAR.4 os umoRÁFs no EsMÁmoo, KNEIPP REcomENÁ24
Afusões durante 4 semanas da parte superior do corpo.
Semicúpio curto de 30 segundos a 1 minuto, 2 vezes por semana.
Compressas COM 2 13 de água + 113 de vinagre, durante 1 hora
e meia.
Infusão de cavalinha + bagas de zimbro: 2 pitadas de cada
para 1 chávena de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10
minutos. Tomar 4 ou 5 chávenas ao dia.
U@V"z
úlceras
Uremia
Urina (incontinência)
Urina (retenção de)
Urticária
Varizes
Velhice (Senilidade)
Verrugas
Vertigens .Vómitos
Zona
Zumbido nos ouvidos
úlceras
p, Ulceras
o ú
dem ter diversas formas: úlcera do estômago, úlceras varicosas ou
Icera do duodeno. Consulta médica indispensável. Ver também Abcessos (p. 188),
Pele (p. 504).
úLCERA DO ESTÔMAGO
Consulta médica indispensável.
0/Rgalas * cr.7VOdedefunto ou&lídóní,7 UrtIga sa/v.7
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU ffiffiSãO Cr.7VOd&defunto + QU&Ildóní<g + Urtíga + salva
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 10 minutos. Tomar 4 ou 5 chávenas por dia.
ólem essenciais :@1@ Genour.,
2 gotas, 3 vezes ao dia, alternando, semana sim semana não, com:
C81nomila
2 gotas, 3 vezes ao dia.
COMPffissas*
Infusão de “flores de feno”, aplicadas no abdômen durante 1 hora e meia.
100 g de ffiores de feno” para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos e
deixar em infusão durante 20 minutos.
Quando surgirem melhoras:
* Afusões dos joelhos e do tronco,
todos os dias.
* Semicúpio frio de 1 minuto, 2
vezes por semana.
ÁRO171705 £0 .8556fitO *
* 1 vez por dia, durante 10 a 15 minutos. * Terminar com um banho de assento
curto e frio.
ÁILT/7/705 de Va~ *
Dos pés, 3 vezes por semana.
Afu
5605
Das pernas e dos braços, todos
os dias.
592
úlceras
Recel~ Motelapêuticos Alcaçuzgl.gbro Em infusão: 10 g de paus de alcaçuz para
meio litro de água morna. Deixar em infusão durante 30 minutos. Tomar 2 ou 3
chávenas por dia. Teofrasto prescreviao contra as úlceras e para acalmar a
sede.
Camomílapequena
* Em infusão: 10 g de planta para
1 litro de água. Ferver durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Couve
* Consumir em sumo.
* O sumo preparase num espremedor de legumes com couve crua.
* Tomar 2 ou 3 copos por dia, fora
das refeições.
1m17.9ça
* Em infusão: 10 g de sementes
para 1 litro de água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos.
* Beber 1 ou 2 chávenas por dia.
L íríobranco
* Preparase cozendo os bolbos
em leite (ou previamente cozidos em água). A cozedura dura cerca de 30 minutos.
Conso memse com leite, em caldo.
* Constituem um excelente alimento, mas também podem servir de cataplasmas para
tratar as úlceras.
Offiod&boi
* Utilizase por via externa sob a forma de loção e de cataplasmas para tratar
as úlceras (e também as inflamaçõ es e as aftas). * 10 g de planta para 1 litro
de água. Ferver durante 3 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Aplicar 2 ou 3 compressas por dia.
.411me17&ç#o
* Mastigar lentamente os alimentos.
* Suprimir: as bebidas geladas ou
muito quentes.
* Evitar: bebidas alcoólicas, vinho,
cerveja, aperitivos, tabaco, café, o excesso de sal e de açúcar, charcutaria,
pratos com molhos, pratos apurados, cozinhados com manteiga, especiarias.
* Alimentos privilegiados: couve,
cenouras, maçãs, peras, papas de cereais, aveia, cevada, compotas, frutos e
legumes frescos, ananás, uvas, alperces, mel.
jejum
1 ou 2 dias por semana. Cura de fruta.
593
úlceras
O PADRE KNEW RECOMENDA
Uma alimentação sóbria, essencialmente composta de compotas e de lacticínios. E
também o consumo diário, a qualquer hora, da seguinte infusão, em pequenas
quantidades:
Galega + Absinto e Galega , Salva Adoçadas com mel e tomadas alternadamente.
Absinto elou galega: 10 g de planta(s). Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão durante 10 minutos. Tomar 1 chávena por dia. Salva: 10 g de planta para
1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10
minutos. Tomar 1 ou 2 chávenas por dia.
úLCERAS VAInCOSAS
Consulta médica indispensável. Ver Flebite (p. 404), Arteriosclerose (p. 242),
Varizes (p. 598), etc.
J0m901 ‘es * Harnarnélis Cavalinha
Betónica Bétula
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infusão Hamamélís + Cavalínha + Betónícz? + Bétula
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 10 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
ó1005 055017CI.81.1 Murta
1 ou 2 gotas, 3 vezes ao dia.
COMPressas*
Com uma decocçâo de:
Casca de Carva117o + Urze / Hera
30 g de mistura em partes iguais para 1 litro de água. Ferver durante 20 minutos
e deixar em infusão durante meia hora. Aplicar em compressas, 2 ou 3 vezes ao
dia. E aplicação de: folhas de couve, previamente lavadas e esmagadas, colocadas
sobre a ferida.
8M7h05 OÇO 055017t0 *
Frios ou mornos, todos os dias.
594
úlceras
Affinentãoo *
Alimentação sóbria. Evitar: sal, conservas, pratos com molhos, maionese,
especiarias, cozinhados com an
M x: teiga, fritos, tabaco, álcool, e cesso de açúcar, pastelaria, bebidas
instantâneas, charcutaria, salmoura, etc. Alimentos privilegiados: germe de
trigo, cereais integrais, trigo,
aveia, arroz, levedura de cerveja, couve, aipo, cebola, cerefólio, salsa, alho,
cebola, maçãs, peras, uvas, frutos e legumes frescos.
jejum
Fortemente aconselhado, 1 vez por semana. Cura de fruta.
O PA ORE KNEIPP RECOMENDA
Camisas húmidas, previamente embebidas em água salgada, quente ou fria,
conservadas durante 1 a 3 horas, 3 vezes por semana. Também se podem polvilhar
as partes doentes com pó de aioés ou de carvão de madeira de tília. Compressas
com infusões de cavalinha. Kneipp também recomenda vivamente a infusão de
cavallnha:
20 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em
infusão durante 10 minutos. Tomar 4 ou 5 chávenas por dia.
RECE17X5 ANI7GAS
As bagas de zimbro esmagadas, aplicadas em cataplasmas, aliviam as úlceras. 0
marrolo em unguento, coberto de mel.
O cardo bento em infusão. A tussilagem em infusão, aplicada em cataplasmas: 10 g
de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão
durante 10 minutos.
595
Uremia 1 Urina (incontinência)
Urernia
r Ácido úrico (p. 192).
Urina (incontinência)
er também Próstata (p. 527). Para a incontinência nocturna, evitar as bebidas à
noite e especialmente a cerveja.
‘01w90i8.9 * Lfl Milfoffias (AquIleia)
Alternadamente, dia sim dia não, com:
Ervadosãojoão
3 drageias por dia.
Milfolhas (Aquíleia)
Alternadamente, dia sim dia não, com:
Ervadesãojoão * 3 ou 4 pitadas de planta para 1 chávena de água. Ferver e
deixar em infusão durante 5 minutos. * Tomar 1 ou 2 chávenas por dia.
ólws O~OnCI.RIS
sassafrás
1 ou 2 gotas, 3 vezes ao dia.
881711OS dO OSSOIMO *
Mornos, durante 10 a 15 minutos. Tomar os banhos cada vez mais frios, 3 ou 4
vezes por semana.
Afusios
* Mornas, acompanhadas de fricções vigorosas no tronco, 1 ou
2 vezes por dia.
* Semicúpio frio (30 segundos),
andar de pés descalços (em água fria).
* Afusâo rectal, 3 vezes por semana.
n(@@ Alilmentação
* Sóbria.
* Evitar: excesso de bebidas, cer596
Urina (retenção de)
veja, álcool, alimentos pesados, cozinhados com manteiga, pratos com molhos,
doces, pastelaria, charcutaria, salmoura, etc.
Alimentos privilegiados: frutos frescos, legumes verdes, saladas, beterraba,
couve, aipo, pão integral, cenouras, etc.
Urina (retenção de)
onsulta médica. Micção difícil e dolorosa.
O/V90/OS * Alquequ&njé Cardobento
Bredo Verbascobranco choupo
2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU 157AU.590 Alqu&quenje @. Cardobento + Bredo + Verbqscobranco .@. G17OUPO
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água. Ferver e deixar em infusão
durante 10 minutos. Tomar 4 ou 5 chávenas por dia.
~ OSSOM1,91.9 *
Sassafrás
1 gota, 3 vezes ao dia, alternando, dia sim dia não, com:
TOMI1170
2 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁRI/7/105 dO JISSOMO *
Mornos, todos os dias.
SsIffios de vapor *
Fazer em posição sentada, com uma infusão de cavalinha: 30 g de planta para 1
litro de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante 10 minutos.
Esta preparação pode ser misturada com água e ser utilizada para um banho de
assento morno.
A fus~ *
Rectais e diárias.
A111nefitação,*
Evitar: sal, charcutaria, pratos com molhos, maionese, conservas, doces,
cozinhados com manteiga, fritos, etc. Alimentos privilegiados: alho, cebola
(crua), couve, funcho,
597
Urticária 1 Varizes
laranjas, toranjas, limôes, aipo, uvas, framboesas, amoras, mirtilos, frutos em
geral, legumes frescos, etc.
JOJU177
1 dia por semana. Cura de fruta.
O PADRE KNEW RECOMENÁVA
Todos os dias, 2 ou 3 semicúpios mornos (5 a 15 minutos).
Infusão: engos + salva: 20 g de plantas misturadas para 1 litro
de água. Ferver durante 2 minutos e deixar em infusão durante
10 minutos. Tomar 2 a 4 chávenas por dia.
Urticária
v r Pele (p. 504), etc.
Varizes
VA
er também úlceras varicosas (p. 592), Flebite (p. 404), Sangue (p. 549).
s causas são múltiplas.
DM901~ * Hamafnálls Cast.7n17ada :531 Indía Bólsadopastor Cavalínha
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU 117fUSãO * hamamélIs + Castanhadaíndia + Bolkadepostor + Cav.?Anha
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver durante 2 minutos e
deixar em infusão durante 20 minutos. Tomar 3 ou 4 chávenas por dia.
598
Varizes
O DR. 81,W RECOMEM4
Banhos de vapor dos pés, diários. Terminar com loções frescas. Fricções suaves,
com água fria.
FERIDAS DECORRENTES DE VARIZES
Utilizar as mesmas plantas recomendadas para a cicatrização de feridas (p. 396).
117fus~ *
Tr&vocoroad&roi, Ruafétida
Trevocoroaderei: 20 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2
minutos e deixar em infusão durante 10 minutos. Tomar 2 ou 3 chávenas por dia.
Ruafétida: só sob receita médica.
ULCERAÇõES
=L_J@J cataplasmas A voloir,7
Fazer cataplasmas da casca:
20 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 10 minutos e deixar em
infusão durante
20 minutos. Aplicar 2 ou 3 vezes ao dia.
AMIROIMOÇãO
Evitar: bebidas alcoólicas, tabaco, excesso de sal e de açúcar, conservas,
cozinhados com manteiga, cozinha pesada e indigesta (pratos cozinhados),
charcutaria, salmoura, carnes gordas, queijos fortes, etc. Alimentos
privilegiados: alho, cebola, cenouras, couves, salsa, cerefólio, groselha
vermelha, mirtilos, chicória, castanhas, citrinos: laranjas, toranjas, limôes;
dentedeleão, rabanetes, tomates, pêssegos, alperces, germe de trigo, levedura
de cerveja, uvas, etc.
jejum
1 dia por semana. Cura de fruta.
599
Velhice (Senilidade)
O PADRE KNEIPP RECOMENDA
Afusões frescas das costas, das coxas e das pernas, todos os
dias.
Envolvimentos e compressas quentes, feitas com decocções de
casca de carvalho: 30 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 20
minutos e deixar em infusão durante 10 minutos. Fazer 2 ou 3 aplicações por dia.
CONSELHOS
Evitar ficar de pé por períodos prolongados.
Velhice (Senflidade)
tardar os efeitos do tempo e conservar, até uma idade avançada, a
vitalidade, o vigor, a memória, o entusiasmo, a vivacidade, a paixão... Evitar a
sobrealimentação, combater a obesidade (uma das causas do envelhecimento
precoce), a sedentaridade e a inactividade.
Fazer, vãrlas vezes por ano, curas de:
[fii n/w901 ‘es *
Géleia real Eleuterococo
2 a 4 drageias por dia, durante períodos de 4 a 6 semanas. E também:
Fucus vesiculosus Própolís
2 a 4 drageias de cada.
O quaranã (sementes) prolongaria a vida.
O ginseng, o freixo, a angélica e a furnãrIa teriam as mesmas propriedades.
ól~ OSSOMISIS *
Cenoura (tejuvenescedor, age sobre a pele). Aipo (revitalizante).
600
Velhice (Senilidade)
*Limão laranja tangerina (rege nerad ores).
*Moscada (estimulante cerebral).
*Segurelha.
*Utilizar de acordo com as necessidades, 1 a 3 gotas, 2 vezes ao dia.
8817h05 dO V0POr *
Banhos de vapor 2 vezes por semana.
São revitalizantes e regeneradores.
A fusões *
Afusões da face e do peito, alternando com os joelhos e as coxas, dia sim dia
não. Duche rectal.
Ã1M77017~TO
A alimentação é, sem qualquer dúvida, um factor importante. De
acordo com o nosso modo de vida e a nossa alimentação, aceleramos ou retardamos
os processos de envelhecimento.
* Evitar: bebidas alcoólicas, vinho,
cerveja, aperitivos, tabaco, excesso de sal e de açúcar, charcutaria, salmoura,
cozinhados com manteiga, fritos, pratos com molhos, gorduras animais, pastelaria
e, de uma forma geral, todos os pratos ricos, cozinhados, etc.
* Alimentos privilegiados: a levedura de cerveja, germe de trigo, cereais
integrais, frutos e legumes frescos, cerejas, alperces, couve, castanhas,
cenouras, aipo, morangos, pêssegos, cerefólio, alho, cebola, salsa, etc.
jejum
É um excelente regenerador.
1 ou 2 vezes por semana. Cura de frutos. Um dia, a fruta.
CONSELHOS
Banhos de ar livre e de sol (ver p. 15 1). Ver também: Repouso (p. 134).
Respiração (p. 137). Regras de boa saúde (p. 13 0).
601
Velhice (Senilidade)
A FONTE DE JUVENTUDE E A BIOLOGIA MODERNA
Podemos evitar o envelhecimento?
Ladislas Robert define o envelhecimento do homem como “uma baixa da capacidade
de se adaptar a um ambiente em mudança e a coordenar as reacções às solicitações
exteriores”. São inúmeras as teorias que tentam explicar este processo. Todavia,
todas as tentativas de explicação do envelhecimento devem ter em conta vários
fenômenos bem conhecidos dos biólogos.
Cada espécie animal possui um tempo de vida específico. É certo que este nem
sempre é fácil de medir, mas existe. Assim, a duração máxima de vida observada
em condições cientificamente credíveis é, para o elefante, de 55 anos; para o
rato, de 3 anos; para a aranha “tarântuia”, de 20 anos; para as térmites, de 60
anos; para o peixegato, de 60 anos; para o
grãoduque, de 68 anos; e, para o homem, de 118 anos. É óbvio que estes
números têm apenas um valor aproximado e, pelo menos para certos organismos,
parecem estar largamente subestimados. Mas sabemos perfeitamente que existe na
Natureza uma fronteira inultrapassável.
Assim, podemos definir o tempo de vida pela quantidade de energia consumida.
Esta quantidade varia entre os 15 e os 20 milhões de calorias por um quilograma
de peso ao longo de toda a vida (o rato consomea
durante 3 anos, o elefante durante 55 anos, etc.). O homem é um organismo
excepcional porque consome cerca de 40 milhões de calorias (mais do dobro do que
os animais).
Os factores que aceleram o envelhecimento
O envelhecimento está associado à degradação de todas as funções fisiológicas e
psíquicas, à diminuição da eficácia do sistema imunitário
e ao aparecimento de várias doenças. O sistema imunitário começa a
tornarse progressivamente mais autodestrutivo e tem cada vez mais dificuldade
em diferenciar os corpos estranhos. Certas doenças, aliás, têm
602
Velhíce (Senilidade)
por consequência o aparecimento prematuro de sintomas comparáveis aos
do envelhecimento. As mais espectaculares são a progéria e a doença de
HutchinsonGilford. As crianças atacadas por esta doença apresentam sintomas de
envelhecimento precoce e morrem de arteriosclerose galopante entre os 12 e os 14
anos de idade.
Existem duas outras doenças que também aceleram o envelhecimento: tratase da
síndroma de Down (mongolismo) e a doença de Werner. Esta está associada a
mudanças nos tecidos conjuntivos bem como a certas
transformações bioquímicas do metabolismo celular e ao aparecimento de
substâncias desconhecidas nos organismos jovens, em particular as lipofuxinas
(que dão um tom amarelo à pele, característica específica das pessoas da
terceira idade).
O ‘fenômeno de Hayflick” ou a divisão celular
Todas as investigações sobre o envelhecimento devem ter em conta o “fenômeno de
Hayflick”. Este investigador americano descobriu efectivamente que as células se
caracterizam pelo seu número limitado de divisõ es. Por outras palavras, as
nossas células são mortais, e o nosso relógio biológico é definido pelo número
de divisões que nos são atribuídas (entre
40 e 70 para o homem). Hayflick conseguiu mesmo demonstrar que em certas
espécies o número máximo de duplicação da população celular era
proporcional à duração máxima de vida.
Existem contudo certas células que escapam ao fenômeno de Hayflick. É o caso das
células cancerosas e de certas células animais, como, por exemplo, as dos
roedores (mais um argumento em favor dos adversários da experimentação animal
aplicada ao homem).
Compreender o processo de envelhecimento
Várias observações provenientes do mundo animal e vegetal podem sernos úteis
para compreendermos os processos de envelhecimento. No cogumelo podospora, por
exemplo, o envelhecimento pode ser contagioso e ser transferido de um organismo
para outro. Por outro lado, Michael
603
Velhice (Senilidade)
Rose, ao fazer cruzamentos com moscas que tinham uma grande longevidade, obteve
indivíduos que viviam duas vezes mais do que os
outros, da mesma espécie. Até se descobriu um dos genes responsáveis por esta
excepcional longevidade. Além disso, descobriuse que o ambiente (as radiações e
os factores químicos) pode ter uma influência sobre o envelhecimento. Estudos
sobre o fenômeno da neotenial (toda a vida de um organismo decorre no estado
juvenil, a maturação só chega em
certas condições extremas) dos vertebrados (como o axoloto) também nos podem
ajudar a compreender a complexidade do problema. Finalmente, sabemos ainda muito
pouca coisa sobre a percepção que o homem tem do tempo. Percepção esta que é
subjectiva e, além disso, dependente da temperatura ambiente.
A teoria dos evolucionistas
É interessante estudar o envelhecimento a partir da teoria evolucionista,
porque, de acordo com a teoria da selecção natural, os mecanismos dão a
preponderância aos indivíduos jovens (capazes de se reproduzirem). Os genes que
codificam (se é que eles existem) a destruição da vida poderiam deste modo ser
seleccionados, se se provar que dão preferência aos indivíduos jovens. Desta
forma a natureza poderia favorecer os genes que codificam as hormonas de
reprodução e que, simultaneamente, são responsáveis pelo aumento do risco de
cancro nos indivíduos idosos.
O envelhecimento também é objecto de especulação entre os
evolucionistas do século xix. Para alguns deles, este fenómeno está ligado à
reprodução sexual. Para outros, a responsabilidade incumbe à especialização
celular.
Finalmente, os fisiólogos evolucionistas avançam a hipótese segundo a qual o
envelhecimento seria definido pela dimensão adulta dos animais porque, para
certos fisiólogos (fenômeno observado nos peixes), o envelhecimento começa no
momento em que pára o crescimento, já que os
reguladores funcionam sempre.
1Neotenia: coexistência, no mesmo animal, de caracteres larvares e de faculdades
reprodutoras.
604
Velhice (Senilidade)
Outros pensam também que o envelhecimento está relacionado com a utilização
energética de oxigénio (oxidante poderoso) pelo nosso corpo.
A biologia moderna avançou várias teorias para explicar as causas e
os mecanismos do envelhecimento. Existe uma teoria segundo a qual a
morte está codificada no ADN, e é a execução deste programa genético que nos faz
envelhecer e morrer.
Leslie Orgel, por seu lado, propõe “a teoria das catástrofes causadas por erro”,
segundo a qual os erros de produção de proteínas fazem envelhecer as nossas
células. A perda da capacidade de autoreparação do ADN é, para certos
investigadores, a causa principal do envelhecimento.
Mas também se fala da alteração da concentração hormonal e do declínio do
sistema imunitário (para certos bió logos é a única causa do envelhecimento).
Uma única constante: todas as teorias degenerativas do envelhecimento levam em
conta as condições ambientais, que alteram o funcionamento do metabolismo, bem
como os radicais livres e a radioactividade.
É evidente que estamos nos antípodas de uma teoria única. Assim, enquanto uma
teoria viável do envelhecimento não tiver sido proposta, todos os remédios
contra o envelhecimento (cada vez mais numerosos) terão apenas efeitos
superficiais, ou seja, não serão capazes de diminuir certos riscos ambientais
(poluição pelos radicais livres, pela acção dos antioxidantes, mas neste caso
não devemos esquecer que o nosso próprio organismo também produz radicais
livres).
Na realidade, o envelhecimento é talvez inerente à natureza e, neste caso, é
preferível aceitálo. Aldous Huxiey, no seu romance After Many a Summer,
apresenta homens pluricentenários (graças ao consumo das entranhas das carpas),
que pagam esta longevidade com uma regressão fisiológica e mental que os faz
voltar ao estado de macacos. É uma visão optimista das consequencias eventuais
da intervenção humana no património genético e evolucionário.
Podemos evitar a degradação das nossas capacidades mentais?
A degradação do sistema nervoso é para o homem uma das consequências mais
penosas do envelhecimento. Será possível escaparmos a esta
605
Velhice (Senilidade)
degradação, tantas vezes humilhante? Os estudos sobre o comportamento humano
mostram todavia que o envelhecimento não se acompanha obrigatoriamente da perda
das nossas faculdades intelectuais. Bernard Shaw, que ainda escrevia com a idade
de 94 anos, é um bom exemplo.
As pessoas que não sofrem de doenças neurodegenerativas (como a
doença de Alzheimer ou de Parkinson) compensam as perdas de certas regiões
cerebrais: o cérebro dispõe, com efeito, de reservas ainda mal conhecidas da
ciência. Também acontece frequentemente as pessoas idosas perderem uma parte da
sua agilidade intelectual, mas, em contrapartida, conservarem as suas
performances intactas. É evidente que as alterações observadas na fisiologia e
na anatomia do cérebro se repercutem em todos os órgãos, e os processos são
agravados pelas doenças neurodegenerativas. Mas os médicos têm, muitas vezes,
dificuldade em distinguir o início destas doenças do envelhecimento natural.
Além disso, não conhecemos nem as causas nem os mecanismos destas patologias.
Devemos dizer, para concluir, que ainda não sabemos quais são os processos do
envelhecimento do cérebro.
Que meios temos para retardar o envelhecimento?
Uma das principais questões é saber se o nosso modo de vida altera o nosso
processo de envelhecimento e acelera a deterioração do sistema nervoso. Os
investigadores da Universidade de Utab demonstraram o efeito benéfico dos
exercícios físicos na preservação das capacidades mentais. Em contrapartida, as
drogas parecem ter uma acção nefasta, bem como a dependência de certos
medicamentos como o valium, os ansiolíticos e os estimulantes.
O papel do regime alimentar ainda foi pouco explorado e continua pouco
conhecido. Sabemos que um regime pouco calórico retarda a degencrescência dos
neurónios. Também foi demonstrada a acção benéfica de certos antioxidantes (como
a vitamina E). Mas a grande maioria destes resultados deriva da experimentação
animal. Devemos, por conseguinte, ser prudentes quanto à sua interpretação e
extrapolação para o homem.
606
Verrugas
Verrugas
r o
atase de excrescências que aparecem geralmente nas mãos e nos pés. s autores
antigos fornecem inúmeras receitas para curar as verrugas.
ólws e~encixis @@JJ Tuio
Aplicar várias vezes ao dia.
R~1~ @3f fitotempéu#cos Cr.?vodedefunto
Esfregar as verrugas com as flores de cravodedefunto.
QuelidónIã (t.7mbém cInimada Ervodasverrugis)
O sumo de quelidónia fresco, em aplicações diárias. Ou, alternativamente,
tinturamãe de quelidónia: algumas gotas em aplicações diárias.
Ou, alternativamente, aplicações de tinturamãe de cravodedefu n to.
AlIffien~o *
Privilegiar uma alimentação rica em magnésio: pão integral, cereais integrais,
nozes, avelãs, tâmaras, castanhas, algas marinhas, espinafres, levedura de
cerveja, germe de trigo, produtos da colmeia, uvas, beterrabas, rabanetes, fruta
fresca, etc,
O DR. BILZ RECOMENUAI
Colocar as partes atingidas, mãos e pés, dentro de água durante
15 minutos e aplicar, em seguida, o sumo de 1 cebola. Repetir de manhã e à
noite, até desaparecerem as verrugas.
CONSELHOS
Tentar também: alho esmagado, aplicado como unguento, conservado e renovado
várias vezes por dia.
607
Vertigens
Vertigens
onsulta médica indispensável. Ver eventualmente Náuseas (p. 472), Síncopes (p.
565), Vómitos (p. 609). É necessário procurar as causas, que podem ser
múltiplas: abuso de bebidas alcoólicas, abuso de certas substâncias
medicamentosas, doenças do ouvido, hipertensão, ruídos estridentes, músicas
violentas, stress, cansaço, abuso de tabaco, de narcóticos, contrariedades ou
choques emocionais.
É necessário agir imediatamente sobre a causa logo que esta tiver sido
identificada.
Á0m901
w.9 * Cavalínha Prímavela monta ErvaCídreira Tília
1 ou 2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
OU IMUSãO Cavalinha + PrImaver.7 + Menta + Ervacidreira + Tília * 2 pitadas de
cada planta para 1 litro de água. Ferver e deixar em infusão durante 10 minutos.
* Tomar 3 a 5 chávenas por dia, entre as refeições.
ól~ 055017C1,11.9 M.9níer017a
3 gotas, 3 vezes ao dia.
ÁRRIMIOS dO OSSOIMO *
Banhos de assento frios ou banhos de assento com fricções, todos os dias.
Lavagelis *
Fazer uma infusão com 20 cabeças de camomila em meio litro de água. Ferver
durante 1 minuto e deixar em infusão durante 10 minutos. Fazer a lavagem, de
manhã, em jejum, e conservar durante 20 minutos, se possível.
Ronhos de vapor
3 vezes por semana.
Afusões diárias dos braços, das coxas e da cabeça, mornas no início e, em
seguida, mais frescas,
608
Vómitos
AlIMOIMOÇãO
Deve ser sóbria. Pratique uma boa mastigaçâo. Evitar: tabaco, álcool, vinho,
cerveja, café, chá, pratos cozinhados, excessos alimentares, maionese,
cozinhados com manteiga, gorduras animais, carnes gordas, conservas,
charcutaria, enchidos, pastelaria, etc.
Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, cereais, nozes, couves, alho,
cebola, saladas ‘ tomates, espinafres, fruta fresca, cerejas, alperces, maçãs,
peras, limões, toranjas, etc.
jejum
Pode ser praticado 1 ou 2 dias por semana. Cura de fruta fresca.
CONSELHOS
Exercícios físicos moderados. Relaxamento (ver p. 137). Evitar os movimentos
bruscos.
VÓMitos
er também Náuseas, p. 472. As causas são diversas. Consulta médica indispensável
se os vómitos persistirem. Se surgirem após abusos alimentares ou de bebidas
alcoólicas: fazer uma dieta.
Infil
Hortelãpimenta + Tomiffio + Tílía
1 pitada de cada planta para 1 chávena de água.
Tomar 3 a 5 chávenas por dia. F//41MWS 055017CI.815 *
Ervacídreír.i ou Sândalo
2 gotas, 2 ou 3 vezes por dia.
609
Zona
Zona
er também Herpes, p. 426. Aparecimento de vesículas num dos lados do tórax,
geralmente precedidas de dores mais ou menos violentas.
Também pode ser oftálmica. Consulta médica indispensável.
0m901 ‘es * Esc@?bíos.7 Fumáría ÉnulaCampana Labaç.7
2 drageias de cada, 1 vez ao dia.
ou Infuzão EscaNosa + Fumáría + Énul.?camp.7no + Labaça
1 pitada de cada planta para meio litro de água. Ferver e deixar em infusão
durante 10 minutos. Tomar 3 a 5 chávenas por dia.
óIOM OSSOnc1.11.q
2/41 Nardo
1 gota, 3 vezes ao dia, alternando, dia sim dia não, com:
Zimbro
2 gotas, 3 vezes ao dia.
COMP~5 *
Certos autores recomendam a aplicação de folhas de couve dobradas e de
compressas de escabiosa em infusão.
Couve Aplicação de folhas de couve,
conservadas 1 a 2 horas. Repetir.
Escablosa *20 g de planta para 1 litro de água. Ferver durante 2 minutos e
deixar em infusão durante 10 minutos. *Aplicar em compressas. Repetir várias
vezes ao dia.
AMIDOIMOÇãO
* Evkar: todas as sobrecargas alimentares, pratos pesados e difíceis de digerir,
pratos com molhos, cozinhados com manteiga, maionese, charcutaria, enchidos,
fritos, gorduras animais, açúcar, chá, café, álcool, etc.
* Alimentos privilegiados: levedura de cerveja, germe de trigo, fruta e legumes
frescos, cereais integrais, cenouras, cerejas, cebola, alho, salsa, saladas,
etc.
jejum
Aconselhado, 1 dia por semana. Cura de fruta. Um dia, a fruta.
610
Zumbido nos ouvidos
Zumbido nos ouvidos
dia.
Banhos *
* Em todos os casos:
* Banhos dos pés, derivativos, todos os dias.
* Banhos de assento, com fricções, dia sim dia não.
ÁRRIMIOS dO V0POr *
Seguidos de duches frescos e de fricções vigorosas.
odem ter diversas origens: bolas de cera, problemas do ouvido interno,
hipertensão, deslocação vertebral, envenenamento alimentar ou medicamentoso.
Deve consultar um médico.
O sumo de cebola num pouco de algodão instilado no ouvido acalma as dores e o
zumbido.
óIOM OSSOMAVIS L@*jj Alcar.7viá
Diluir num pouco de álcool ou de azeite.
3 ou 4 instilações no ouvido por
dia.
7717MIo~o
Cimicifuga, tíi7turamãe
20 a 30 gotas, 2 vezes ao dia.
Gín~ biloba, Antuiamãe
20 a 40 gotas, 2 ou 3 vezes ao
Dilcheq O.Ofusões *
Da face e dos braços, alternando com as coxas, dia sim dia não.
AlIffientaÇão
Simples e sóbria: fruta da estaçáo, saladas, frutos secos, óleos virgens, pouco
sal, pouco açúcar, suprimir as especiarias. Contmindlcações: charcutaria,
cozinhados com manteiga, fritos, pratos com molhos, conservas, bebidas
alcoólicas, etc.
jejum
Recomendado. Cura de fruta.
611
Zumbido nos ouvidos
CONSELHOS
Evite os excessos de trabalho, a exaustão, o nervosismo, a insônia, a obesidade
e a prisão de ventre.
612
CONCLUSÃO
ENVELHECER... MAS CONTINUANDO JOVEM
Combater os efeitos do tempo não é uma coisa fácil. E, se até agora não se
descobriu nenhuma pílula mágica, certas receitas contra o envelhecimento fizeram
a fortuna dos seus promotores... e isto, podemos afirmar, sem trazerem quaisquer
benefícios visíveis. Muito pelo contrário, certos tratamentos que produzem uma
“melhoria” passageira são extremamente controversos e, muitas vezes, nocivos a
longo prazo. Com efeito, os sistemas de funcionamento do nosso corpo são muito
complexos, e não basta
nem por sombras acrescentar uma substância que aparentemente nos
falta, para preencher essa deficiência. Seria demasiado simples porque, nesse
caso, já teríamos resolvido todos os problemas de saúde que pudessem
eventualmente surgir.
O que é realmente a juventude?
Inúmeras investigações e observações descrevem a vida dos povos que têm um tempo
de vida longo e que ignoram a maioria dos males que atingem os homens e as
mulheres dos países industrializados. As suas
regras são simples e têm em comum o seguinte:
Todos os homens e mulheres, independentemente da idade, têm uma
actividade física e trabalham. Têm um regime alimentar sóbrio e praticam
períodos de jejum. São sociáveis, felizes e solidários.
Inspirámonos neles e propomoslhe, a partir do seu modo de vida, estabelecer um
programa de juventude... que lhe permitirá durar sem ficar velho.
613
CONCLUSÃO
22 conselhos para viver muito tempo e com saúde
1 .Aprenda a distinguir os alimentos naturais dos alimentos artificiais.
2. Reintroduza os alimentos integrais na sua alimentação e consuma, de
preferência, cereais, arroz, trigo, pão, biscoitos, bem como óleos de primeira
pressão a frio: de azeitona, de girassol, de cártamo, de sésamo, etc.
3. Varie a sua alimentação, consumindo produtos provenientes de todos
os grupos alimentares.
4. Coma alimentos frescos e crus (todas as refeições devem incluílos).
5. Consuma mais vegetais crus, legumes, alho, cebola e fruta.
6. Privilegie a cozedura dos alimentos a baixas temperaturas.
7. Cozinhe com simplicidade. Evite as misturas e os pratos complicados.
8. Utilize as bebidas fisiológicas. Escolha a sua água de mesa e
beba em quantidade suficiente.
9. Coma alimentos de cultura biológica ou cultivados de forma
tradicional.
10. Respeite as refeições e coma com tempo. Não hesite emeonsumir
produtos como o pólen de flores, a espirulina, a levedura de cerveja, as algas
marinhas, o germe de trigo, a geleia real, a acérola e o falsoescambroeiro
(estes dois frutos são ricos em vitaminas do grupo C), o ginseng, o
eleuterococo, a cavalinha, etc.
11. Consuma grãos germinados, especialmente o trigo germinado.
12. Diminua o seu consumo de sal e evite o açúcar.
13. Preencha as suas carências com suplementos alimentares (durante
períodos curtos e, se possível, sob os conselhos de um especialista).
614
CONCLUSÃO
14. Drene o seu organismo (existem inúmeras infusões que podem ajudar: tomilho,
alecrim, boldo, sabugueiro, rainhados prados ... )
15. Faça, de tempos a tempos, uma dieta que regenere o seu organismo.
16. Pratique curas de fruta, especialmente no início da Primavera e no
Outono (alperces, uvas), 1 dia por semana.
17. Pratique também curas de legumes crus (sobretudo couve,
saladas verdes, beterrabas, cenouras, aipo, alcachofras, etc.)
18. Abandone os excitantes tais como o café, o chá, o álcool, o
tabaco, etc.
19. Tratese naturalmente e só recorra a outros tratamentos quando for
obrigado a isso.
20. Introduza mais actividades físicas na sua vida e pratiqueas
sistematicamente todos os dias: andar a pé, de bicicleta, nadar, etc.
21. Continue a ter uma actividade voluntária ou remunerada, mesmo
depois de passar a idade da reforma.
22. Respeite o seu tempo de repouso dormindo suficientemente.
Prepare os seus elixires de juventude
Se acreditarmos nos seus autores, estes elixires são particularmente eficazes.
E1IXIr dik M117h8 £fO HU17gdO
(citado inúmeras vezes)
Misture (em partes iguais) os
óleos essenciais seguintes, de modo a obter 5 ci de preparação:
Cedro + Alecrim + Terebíl7tíM?
O seu farmacêuticoervanário pode prepararlhe esta mistura, à base de óleos
essenciais ou de tinturamãe.
Pode ser feita numa garrafa de
vinho de boa qualidade.
615
CONCLUSÃO
* Tomar 1 cálice, de licor, 1 vez ao
dia.
Eluir d&g longo Vide su~
* Prepare os ingredientes seguintes:
Açafrão oriental (3 g), Zedoária (3 g), Agáricobranco (3 g),
Genclana (3 Q), Ruibarbo (3 g), Aloés socotrii7.7 (Mg), Maná (30 _q), Ter1.7
,ça d& Veneza (3 @ç)
Macerar durante 9 dias em 1 litro de aguardente. Tomar 10 gotas num pouco de
água, todas as manhãs.
As plantas, sob todas as formas, também o podem ajudar
Existem outras plantas com os mesmos poderes: o eleuterococo, o ginseng, a noz
de cola, a segurelha, as folhas de carvalho (em infusão), o guaraná, o samo de
tília, etc.
Existem todas nas ervanárias sob a forma de drageias, de pós e de tinturamãe.
A1170
O alho fresco é também recomendado. Esmagar 1 dente de alho e barrar juntamente
com azeite uma fatia de pão integral. Tomar ao pequenoalmoço.
Ca valínha o Urtíga São ambas remi neral izantes.
FreIxo
O freixo tem, em particular, a fama de ser uma planta que “fabrica” centenários.
Utilizeo sob a forma de infusão,
à razão de 2 ou 3 chávenas por dia (tomar imperativamente até aos 120 anos e
mais, se possível): 40 g de folhas secas para
1 litro de água a ferver.
Ginseng
Em infusão: 10 9 de folhas frescas ou 20 g de folhas secas para meio litro de
água a ferver. Deixar em infusão durante 15 minutos. Tomar 1 chávena 2 vezes ao
dia.
fiabaneté e Alcachofra
Têm uma acção depurativa.
616
CONCLUSÃO
Ramos de Aípo Confeccione caldos de ramos de aipo, que possui propriedades
revitalizantes.
Vínho de Alecrím
1 litro de vinho de Jerez ou de
Porto para 6 ou 7 ramos ou um punhado de folhas de alecrim. Macerar dentro de
uma garrafa bem fechada durante 1 mês. Filtrar. Beber 1 pequeno cálice, antes
das refeições.
Estes elixires, bem como todos os produtos naturais, protegem contra as doenças
e reforçam o capital vital. Porque, de que nos serve viver até uma idade
avançada com uma mobilidade deficiente, com as nossas faculdades diminuídas e
falta de energia para levarmos a bom termo novos projectos?
Se seguir os nossos 22 conselhos de juventude, viverá mais tempo, activo e feliz
e em plena posse do máximo das suas capacidades.
E, para tal, basta ter presente no espírito o último conselho, que é também sem
dúvida o mais precioso:
ESTABELEÇA METAS, TENHA OBJECTIVOS
Faça projectos que o motivem, que o estimulem a aprender, a empreender, a
partilhar. Aprenda a desenvolver os seus talentos independentemente da sua
idade.
Este é certamente o maior segredo da longevidade e, sem ele, os nossos segredos
de cura pelo poder da natureza só servem para sobreviver e não
para viver.
O futuro, caro amigo leitor, pertencelhe. Está entre as suas mãos. É a si que
cabe fazer dele uma fonte de plenitude e de felicidade.
617
LÉXICO Ir DOS TERMOS CIENTIFICOS
UTILIZADOS
Acção enzimática: acção de uma enzima (catalisa as reacções). Acidose:
impregnação ácida dos tecidos derivada de um excesso de ácido
ou de uma deficiência de bases. Adaptogéneo: factor (uma substância, uma planta)
que aumenta as capacidades adaptativas do organismo ao meio exterior. Adenite:
inflamação dos gânglios linfáticos. ADN ARN: á cidos nucieicos que têm um
papelchave nos processos de
hereditariedade. Adstringente: que exerce nos tecidos vivos uma acção que visa
apertálos. A “Grande Teriaga”: os livros de Nicandro (médico da escola grega da
Ásia) fornecem várias fórmulas das teriagas (relacionadas com os
antídotos contra os animais venenosos) e dos alexifármacos (venenos e
contravenenos). Aldolase: ver Enzima. Aldosterona: hormona da glândula supra
renal. Tem uma papel regulador
em diversos processos metabólicos (ex,: o metabolismo iónico, o metabolismo da
água, o metabolismo dos açúcares). Alporca (escrófula): termo utilizado até ao
final do século passado e que
agrupa várias patologias (adenopatia, anginas ulcerosas, mononucleose). Aminas:
compostos obtidos pela substituição por radicais hidrocarbonados
univalentes do hidrogénio e do amoníaco (NH3).
619
LÉXICO DOS TERMOS CIENIFICOS UTILIZADOS
Anabolismo: parte construtiva do metabolismo, conversão de compostos
simples em compostos mais complexos; o anabolismo está ligado ao
armazenamento da energia (ex.: a fotossíntese). Antiespasmódico: que tem uma
acção inibidora nos espasmos e nas
contracções. Antiradicular: que impede ou neutraliza a acção dos radicais
livres. Antibiótico: substância que inibe o desenvolvimento e/ou que mata os
microrganismos. Antiblenorrágica: que tem uma acção terapêutica sobre a
blenorragia (doença infecciosa microbiana causada por gonococos). Antifúngico:
que tem uma acção inibidora ou que destrói os fungos. Antigonocócico: que tem
uma acção inibidora ou que destrói os gonococos. Antimitótico (citostático): que
impede a mitose (divisão indirecta da
célula) (ex.: a colquicina). Antipsoríaco: que tem uma acção inibidora na
psoríase. Associação Iritoortornolecular: associação de plantas e de vitaminas.
Terapêutica utilizada pela medicina ortomolecular. Astenia: falta de forças,
estado de depressão, de fraqueza.
Bactericida: que mata as bactérias. Bacteriostático: que inibe o desenvolvimento
das bactérias. Biostático: que estabiliza os parâmetros biológicos.
Cardiorniopatia: doença do músculo cardíaco. Catabolismo: parte destrutiva do
metabolismo; conjunto de reacções metabólicas que degradam os componentes
químicos complexos em componentes mais simples. Este processo está ligado à
libertação de energia. O exemplo do catabolismo é a respiração celular. O oposto
ao
catabolismo é o anabolismo (anabolismo + catabolismo = metabolismo).
620
LÉXICO DOS TERMOS CIENTIFICOS UTILIZADOS
Catarrais: ligados à inflamação das mucosas.
Cenurose: parasitismo acidental e excepcional de um organismo humano
por larvas do tipo cenuro (larvas de certas ténias normalmente presentes nos
tecidos celulares dos coelhos, das lebres e de outros roedores). Citostático:
ver Antimitótico.
Coloidal: estado de uma substância dispersa num solvente, quando as
suas moléculas (moléculas grandes ou macromoléculas) se agrupam em micelas e têm
uma carga eléctrica do mesmo sinal. Os colóides têm uma aparência de cola ou de
geleia e não conseguem atravessar uma membrana sernipermeável. Compostos
fenólicos: compostos aromáticos que contêm um ou vários
grupos hidroxílicos (OH). Córticosuprarenal: periferia da glândula supra
renal (córtex) cujas hormonas são reguladoras do metabolismo. Criptogamas: no
antigo sistema, um dos dois ramos do reino vegetal (por
oposição aos fanerogamas); plantas que possuem órgãos de frutificação pouco
aparentes, plantas com esporos, algas, cogumelos, líquenes, fetos, equissetos e
licopódios. Cromatografia: método de análise química por separação, relacionado
com as técnicas e os princípios utilizados para a separação. Existem vários
tipos (cromatografia por absorção, cromatografia por troca, cromatografia sobre
coluna, cromatografia sobre papel, em camadas finas, em fase gasosa, HPLC,
etc.).
Derivativo: que efectua uma derivação (acção de deslocar um foco inflamatório
para o exterior ou para os órgãos menos importantes). Descongestionante: que faz
cessar a congestão (tensão, turgescência, afluxo
de sangue numa determinada parte do corpo). Desidrogenase: ver Enzima. Doenças
ateromatosas, Ateroma: lesão crónica das artérias; nome por
vezes atribuído à arterite crónica.
621
LÉXICO DOS TERMOS CIENTíFICOS UTILIZADOS
Doparnina: neurotransmissor que participa na transmissão entre as células
nervosas. É também um produto intermediário da síntese da adrenalina.
Encefalomielite: variedade de encefalite.
Enzima: catalisador orgânico, substância produzida por uma célula viva,
a enzima (proteína ou ácido nucleico) catalisa uma reacção específica.
Classificamse as enzimas por categorias, de acordo com as reacções cata.lisadas
(oxidoreductases, transferases, hidrolases, peptidases, isomerases, ligases,
etc.). Eritrócito: glóbulo vermelho do sangue. Escória sanguínea, crassamen,
crassarneenturn: coágulo. Espirométrico: que tem uma relação com a capacidade
respiratória pulmonar.
Estase: paragem ou abrandamento da circulação ou do fluxo de um líquido
orgânico. Expectorante: que ajuda a expectorar (os materiais que obstruem as
vias
respiratórias, os brônquios). Extravasamento: derramamento de um líquido
orgânico para fora dos
vasos.
Fagocitose: absorção das bactérias e de outros corpos estranhos pelos
fagócitos; é um dos processos da defesa celular. Febrífugo: que combate e cura a
febre.
Fibroplastas: células cuja função é a forrnação de tecido conjuntivo. Fleumónio
(Fleumão): inflamação do tecido conjuntivo que separa os
órgãos.
Fosfatase: ver Enzima.
622
LÉXICO DOS TERMOS CIENTIFICOS UTILIZADOS
Gemoterapia: parte da fitoterapia que utiliza os rebentos. Genotóxico: que tem
uma acção tóxica no aparelho genético. Glicoproteína: proteína composta (contém
açúcar). Gónadas: glândulas sexuais (testículos e ovários) que produzem as gâi
netas (células reprodutoras sexuadas). Gravela (ou doença das pedras): termo
utilizado antigamente para designar os cálculos renais.
Hematológico: relacionado com o sangue. Hemoptise: escarro de sangue proveniente
das vias respiratórias (por
hemorragia das vias respiratórias ou dos órgãos vizinhos). Hepatolenticular
(necrose): variedade de necrose do fígado. Heterósidos antracénicos: grupo de
compostos orgânicos. Higroscópico: relacionado com a humidade do ar.
HipergIobulia, Hiperglobufinemia: aumento da quantidade de glóbulos
no soro sanguíneo. Hipertermia (por oposição a hipotermia): subida da
temperatura do corpo
acima do normal. Hipogonadismo: estado de subdesenvolvimento das gónadas.
Homeostase: estado de equilíbrio do meio interno do organismo.
latrogénica (do grego iatros = médico): dizse da doença originada por
um tratamento médico. Imunodeprimido: que tem o sistema imunitário deprimido.
Imunoestimulante: que estimula o sistema imunitário.
623
LÉXICO DOS TERMOS CIENTíFICOS UTILIZADOS
1somerase: ver Enzima.
1soterapia: que diz respeito aos isótopos (todos os átomos que têm uma
massa atómica diferente mas com o mesmo número atómico, portanto a mesma carga
nuclear e o mesmo número de electrões periféricos).
1sotópico: relativo aos isótopos (átomos possuindo massas atómicas diferentes,
mas com o mesmo número atómico, logo, a mesma carga nuclear e o mesmo número de
electrões de valência).
Leucocitose: aumento anormal do número de glóbulos brancos no sangue
ou numa serosidade. Leucopenia: diminuição do número de leucócitos no sangue.
Médline: base de dados, um dos bancos de informação mais importantes
sobre publicações médicas. Mitridático: de Mitridato, grande especialista em
venenos.
Moraterapia: técnica de medição e de tratamento baseada nos mecanismos de
alteração dos campos electromagnéticos. Movimento biótico: movimento próprio de
uma estrutura viva. Mucilagem: substância viscosa contida em inúmeros vegetais.
Neurónio: um dos tipo de células nervosas.
Neuropatia: doença do sistema nervoso central, caracterizada por uma
grande impressionabi 1 idade e perturbações das funções psíquica e fisiológica.
Nitrato: sal de ácido nítrico (ou azófico) HNO,. Nitrito: sal de ácido azotado
11NO,
624
LÉXICO DOS TERMOS CIENTIFICOS UTILIZADOS
órgãos excretores: órgãos que asseguram a evacuação dos detritos metabólicos.
Parestesia: anomalia da percepção das sensações. Patogénico: que é causa de uma
doença. Peptidase: ver Enzima.
Péptidos: nomes de compostos químicos que têm uma ligação peptídica (CONH),
as cadeias de aminoácidos, os produtos da hidrólise das
proteínas. Peptónio: produto da transformação das proteínas pela pepsina. Perfil
proteico: exame de certas proteínas. pH: índice que exprime a concentração de
iões de hidrogénio numa solução por meio de uma escala logarítmica, Se o pH for
inferior a 7, a solução é ácida; se for superior, é alcalina. Pneumónico:
relacionado com os pulmões. Polinevrite: nevrite periférica infecciosa ou tóxica
que atinge vários nervos.
Prolactina: hormona segregada pela hipófise e que acciona a lactação.
Protozoário: ser vivo pertencente ao Phy1um Protozoa, organismos
unicelulares que formam, por vezes, colónias, mas não possuem um desenvolvimento
tissular (ex.: foraminíferos, arnibas, radiolares, esporozoários, infusórios).
Queloterapia: terapia pelo uso de quelantes (complexos metaloorgânicos).
625
LÉXICO DOS TERMOS CIENTíFICOS UTILIZADOS
Resistividade: resistência específica de uma substância. rH2: valor estatístico
do electrão. Representa o potencial eléctrico orgâ~
nico.
Sarcorna: tumor maligno que se desenvolve à custa do tecido conjuntivo,
composto de células proliferantes. Sedativo: que acalma, que modera a actividade
funcional exagerada de
um órgão ou de um aparelho. Siderose: infiltração dos tecidos pelo ferro.
Simbiótico: que vive em simbiose (associação durável e reciprocamente
benéfica de organismos). Substâncias citostáticas: ver Antimitótico.
Teratogenético: que provoca anomalias no desenvolvimento embrionário,
que pode, pela sua acção no embrião, produzir monstros. Tísico: atacado de
tuberculose, tuberculoso. Tradipraticantes: praticantes das terapias
tradicionais. Transcriptase inversa: ver Enzima. Transfosforilase: ver Enzima.
Translocação bacteriana: movimento de substâncias entre as diversas
bactérias. Tratamento enzimático: tratamento pela utilização de enzímas.
Tromboelastograma: resultado do estudo das variações na viscosidade
do sangue durante a coagulação.
626
r INDICE DAS PLANTAS
UTILIZADAS
e modo a indicar de forma correcta o nome das plantas citadas nesta obra
utilizámos o índice Sinonímico da Flora Francesa, de M. Kergulen, e a Flora
Europaea. Recorremos também às Floras Clássicas de Fournier e Bonnier. Para as
espécies estrangeiras utilizámos, como referência o índice Botânico do Jardim
Real de Kew.
* Abacate, Persea gratissima, sinónimo Persea americana (Lauraceae)
* Abeto, Picea excelsa (Pinaceae)
* Abóbora ou Abóboramenina (Cucurbitaceae)
* Abóbora, Cucurbita pepo (Cucurbitaceae)
* Absintooficinal, Artemísia absinthum (Compositae)
* Acónito, Aconitum napellus (Ranunculaceae)
* Ácoroverdadeiro, Acorus calamus (Araceae)
* Adónis, Adonis vernalis (Ranunculaceae), ESPÉCIE PROTEGIDA!!!
* Agrimónia, Agrimonia eupatoria (Rosaceae)
* Agripalma, Leonorus cardíaca (Labiatae)
* Aipo, Apium graveolens (Umbelliferae)
* Alcachofra, Cyanara scolymus (Compositae)
* Alcaçuzglabro, Glycyrrhiza odorata (Fabaceae)
627
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
Alcaparreira, Capparis spinosa (Capparaceae) Alcaravia, Carum carvi
(Umbelliferae) Alecrim, Rosmarinus officinalis (Labiatae) Alfacedecordeiro,
ervabenta, Valerianella olitoria (Valerianaceae) Alface, Lactuca sativa
(Compositae) Alfarrobeira, Ceratonia siliqua (Fabaceae), ESPÉCIE PROTEGIDA!!!
Alhodosursos, Allium ursinum (Alliaceae) Alho, Alllium sativum (Liliaceae,
certos autores mais modernos aceitam
a existência da família Alliaceae) Alhoporro, Allium porrum (Alliaceae)
Aliseiro, Sorbus domestica (Rosacea) AIno, Alnus glutinosa (Betulaceae) Aloés
(ver Fitoterapia das Plantas Exóticas) Alquequenje, Physalis alkekengi
(Solanaceae) Alteiaoficinal, Althaea officinalis (Malvaceae) Amieiropreto,
Frangula alnus; sinónimo Rhamnus frangula (Rhamnaceae) Âmio, Ammi visnaga
(Umbelliferae) Amorperfeito, Viola tricolor (Violaceae) Amorabranca e Amora
preta, Morus alba e Morus nigra (Moraceae) Ananás, Ananas comosus (Bromeliaceae)
Ancólia, Aquilegia vulgaris (Ranunculaceae) Anérriona, Anemona pulsatila
(Ranunculaceae) Angélicaarcangélica, Angelica archangelica (Umbelliferae)
Angélicadosbosques, Angelica sylvestris (Umbelliferae) Anisverde, Pimpinella
anisum (Umbelliferae) Antílida, Anthyllis vulneraria (Fabaceae) Aquileia, Mil
folhas, Achillea millefolium (Compositae) Arbustoespinhoso (falso
escambroeiro), Hippophae rhamnoides (Elaeagnaceae) Arelavermelha, Vaccinum
vitisidaea (Ericeae) Argentina, ver Potentilha, Potentilia anserina
Aristolóquiacomum, Aristolochia clematis (Aristolochiaceae) Armoles, Atriplex
hortensis (Chenopodiaceae) Amicademontanha, Arnica montana (Compositae)
628
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
* Artemísiacomum, Artemisia vulgaris (Compositae)
* Artemísiamutelina, Artemisia unibelliformis, ou A. mutellina, (Compositae)
* Ásaro, Asarum europa~ (Aristolochiaccae)
* Aspérulaaromática, Galium odoratum, sinónimo de Asperula odorata, (Rubiaceae)
* Assafétida, Ferula assafoetida (Umbelliferae)
* Áster amelo, Aster amellus (Compositae), ESPÉCIE PROTEGIDA!!!
* Aveia, Avena sativa (Gramineae)
* Aveleira, Corylus avellana (Betulaceae)
* Azedacomum, Rumex acelosa (Polygonaceae)
* Azedacrespa, Rumex crispus (Polygonaceae)
* Azedapequena, Rumex acetosella (Polygonaceae)
* Azevinho, Ilex aquifolium (Aquifoliaceae)
* Bambu, Bambusa sp. (Graminae)
* Bardanacomum, Arctium lappa (Compositae)
* Batata, Solanum tuberosum (Solanacae)
* Beladona, Atropa belladona (Solanaceae)
* Bergamota, Citrus aurantium bergamia (Rutaceae)
* Beringela, Solanum melongena (Solanaceae)
* Betónicaoficinal, Stachys officinalis (Labiatae)
* Bétulabranca, Betula alba (Betulaceae)
* Bistorta, Polygonum bistorta (Polygonaceae)
* Boldo, Peumus boldus (Monimiaceae)
* Bolsadepastor, Capsella bursapastoris (Cruciferae)
* Borneol, Dryobalanops camphora (Guttiferae)
* Borragem, Borrago officinalis (Boraginaceae)
* Briónia, Bryonia alba (Cucurbitaceae)
* Briónia, Bryonia dioica (Cucurbitaceae)
* Brunela, Brunella vulgaris (Labiatae)
* Buxo, BzLxus sempervirens (Buxaceae)
629
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
Camomila (matricária), Matricaria chamomilla (Compositae) Camomilaromana,
Chamaelum nobile (Compositae) Canela, Cinnamonum zeylanicum (Laureceae)
Canforeiro, Cinnamonum camphora (Lauraceae) Caqui, Diospyros kaki (Ebenaceae)
Cardamina, Cardamine amara (Cruciferac) Cardamomo, Elleteria cardamomum
(Zingiberaceae) Cardobento, Cnicus benedictus (Compositae) Cardomariano,
Silybum marianum (Compositae) Cardomorto, Senecio vulgaris; também se utiliza a
Ervadesãotiago,
Senecio jacobae (Compositae) Carlina, Carlina acaulis (Compositae) Carvalhinha,
Teucrium chaemadrys (Labiatae) Carvalhocomum, Quercus robur (Fagaceae) Cascara
sagrada (Rhamnaceae) Cássis (groselha preta), Ribes nigrum (Grossulariaceae)
Castanhad'água, Trapa natans (Trapaceae) Castanhadaíndia, ver Castanheiro
Castanheiro, Aesculus hippocastaneum (Hippocastanaceae) Castanheiro, Castanea
sativa (Fagaceae) Catalpa, Catalpa bignonioides (Bignoniaceae) Cava] inhado
campo, Equisetum arvense (Equisetaceae) Cebola, Allium cepa (Alliaceae) Cebola
albarrã, Scilla biloba (Liliaccae) Cebola do mar, Drimia maritima, outro nome;
Urginea scilla (Hyacinthaceae), ESPÉCIE PROTEGIDA!!! Cedro, Cedrus atlantica
(Pinaceae) Cedro, Cedrus libani (Pinaceae) Cenoura, Daucus carotta
(Umbelliferae) Centáureabredo, Centaurea cyanus (Compositae) Centinódia,
Polygonum aviculare (Polygonaceae) Centrântio, Centhranthus ruber
(Valerianaceae) Cereja, Cerasus avium (Rosaceae)
630
INDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
Ceteraque (doiradinha), Asplenium ceterach, sinónimo Ceterach
officinarum (Aspleniaceae) Chá, Thea sinensis (Cameliaceae) Chamedris, Teucrium
scorodônia; também, de outra espécie,
T chaniaedr (Labiatae)
YS Chicória selvagem, Cichorium intbus (Compositae) Choupo, álamo, Populus sp.
(Salicaceae) Cíciame, Cyclamen europaeum (Primulaceae) Cicuta, Conium maculatum
(Umbelliferae) Cinoglosso, Çynglossum officinale (Boraginaceae) Cipreste,
Cupressus sempervirens (Cupressaceae) Coentros, Coriandrum sativum
(Umbelliferae) Cola, Cola nitida (Sterculiaceae) Consolda, Symphytum officinale
(Boraginaceae) Cordeirocasto, Vitex agnuscastus (Verbenaceae) Cordiália,
Cordyalis cava (Papaveraceae) Couve, Brassica aleracea (Cruciferae) Cravode
ca@ecinha, Syzygium aromaticum, ou Eugenia caryqphy11ata (Myrtaceae) Cravode
defunto, Calendula officinalis (Compositae)
Dedaleira (Digitália), Digitalis purpurea (Scrophulariaceae) Dentedeleão,
Taraxacum officinale (Compositae) Dróseradefolharedonda, Drosera rotundifolia
(Droseraceae)
ESPÉCIE PROTEGIDA!!!
Efedra, Ephedra distachya (Ephedraceae) Eleuterococo, Eleuterococcus senticosus
ou Acanthopanax senticosus (Araliaceae)
631
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
Endro, Anethum gravolens (Umbelliferae) Engos, Sambucus edulis (Caprifoliaceae)
Énulacampana, Inula helenium (Compositae) Énula, ver Énulagrande Eranto,
Eranthis hiemalis (Ranunculaceae) Ervabentacomum, Geum urbanum (Rosaceae)
Ervacidreira, Melissa officinalis (Labiatae) Ervadassetesangrias,
Lithospermum officinale (Boraginaceae) Ervadesãolourenço, Ajuga chamaepytis
(Labiatae) Ervaursa, Arctostaphy1os uvaursi (Ericaceae) Ervapinheira, Sedum
sp. (Crassulaceae), Uvaderato (Sedum acre),
Ervadesãojoão (Sedum telephium) Escabiosa, Scabiosa sucissa (Dipsaceae)
Escambroeiro, Rhamnus cathartica (Rhamnaceae) Eschscholtziadacalifórnia,
Eschscoltzia califórnia (Papaveraceae) Escrofulária, Scrophularia nodosa
(Scrophulariaceae) Espadana, Carex arenaria (Cyperaceae) Espinheiroalvar,
Cratageus monogyna; também a outra espécie:
Cratageus oycantha (Rosaceae) Estramónio, Datura stramonium (Solanaceae)
Eucalipto, Eucalyptus globulus (Myrtaceae) Eufrásiaoficinal, Euphrasia
officinalis (Scrophulariacea) Eupatório, Eupatorium cannabinum (Compositae)
Evónimo, Euonymus europaeus (Celastraceae)
Faia, Fagus sylvatica (Fagaceae) Fenogrego, Trigonellafooenunigraecum (Fabaceae)
Figueira, Ficus antihelminthica (Moraceae) Figueira, Ficus carica (Moraceae)
Freixo, Fraxinus ornus (Oleaceae) Fucus vesiculosus, ver a Terapia pelas algas
(p. 74) Fumária, Fumaria officinalis (Papaveraceae) Funcho, Foeniculum vulgare
(Umbelliferae)
632
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
*Galega, Galega officinalis (Fabaceae)
*Galium verum (Rubiaceae)
*Gencianaamarela, Gentiana lutea (Gentianacae)
*Gengibre, Zingiber officinale (Zingiberaceae)
*Gerânio ervadesãoroberto, Geranium robertianum (Geraniacae)
*Giesta, Cytisus scoparius ou Sarolhamnus scoparius (Fabaceae)
*Gingko, Gingko biloba (Gingkoaceae)
*Ginseng, Panax quinquefolium (Araliaceae)
*Girassol, Rélianthus annuus (Compositae)
*Goiveiro, Erysimum cheiri; sinónimo Cheiranthus cheiri (Cruciferae)
*Grama, Agropyron repens (Graminae)
*Grindélia, Grindelia robusta (Compositae)
*Groselhadebagasvermelhas, Ribes rubrum (Grossulariaceae)
*Hamamélis, Hamamelis virginiana (Harnamelicideae)
*Harpagófito, Harpagophytum procumbens (Pedaliaceae)
*Heléboro, Helleborusfoetidus (Ranunculaceae)
*Hera, Glechoma hederacea (Labiatae)
*Hera, Hedera helix (Araliaceae)
*Herníola, Herniaria hirsuta; sinónimo H. vulgaris (Caryophy11aceae)
*Hibisco, Hibiscus sabdariffa (Malvaceae)
*Hipericão, ervadesãojoão, Hypericium perforatum (Hypericaceae)
*Hissopo, Hyssopus officinalis (Labiatae)
*Hortelãpimenta, Mentha piperata; outro nome da família Labiatae (Lamiaceae)
Imperatória, Peucedanum ostrolhium, sinónimo Imperatoria ostruthium
(Umbelliferae)
633
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
* Labaça, Rumex obtusifolius (Polygonaceae)
* Lâmio, ver Urtiga branca
* Laranja, Citrus aurantium (Rutaceae)
* Laranjaamarga, Citrus aurantium: var. amara (Rutaceae)
* Lathraea, Lathraea squamaria (Scrophulariaceae)
* Lavanda, Lavandula angustifolia (Labiatae)
* Ligástica, Levisticum officinale (Umbelliferae)
* Limoeiro, Citrus limonium (Rutaceae)
* Linária, Linaria vulgaris (Scrophulariaceae)
* Linhaça, Linum usitatissimum (Linaceae)
* Liquidâmbar, Liquidambar orientale (Harnamelidaceae)
* Lírio, Convallaria majalis (Convallariaceae)
* Líriobranco, Lilium candidum, também Convolvus arvensis, (Convolvulaceae)
* Lúpulo, Humulus lupulus (Cannabaceae)
* Luzerna, Médicago sativa (Fabaceae)
* Macieira, Malus domestica (Rosacae)
* Madressilva, Lonicerajaponica (Caprifoliaceae)
* Malva, Malva sylvestris (Malvaceae)
* Manjericão, Ocimum basilicum (Labiatae)
* Manjerona, Origanum maiorana (Labiatae)
* Marmeleirocomum, Cydônia oblonga (Rosaceae)
Marroiobranco, Marrubium vulgare (Labiatae) Mate, Rex paraguanyensis
(Aquifoliaceae) Matricária, Chrysanthemum parthenium (Compositae) Meimendro,
Hyoscyamus niger (Solanaceae) Mercurial, Mercurialis annua (Euphorbiaceae)
Milho, Zea mais (Graminae)
634
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
Mirra, Comíphora myrrha (Buceraceae) Mirtilo, Vaccinum myrtiflus (Ericaceae)
Morangueiro, Fragaria vesca (Rosaceac) Mostardapreta, Sinapis nigra
(Cruciferae) Moxa, Artemisia moxa (Compositae) Murta, Alyrtus ~munís (Myrtaceac)
Moscada, A@fyristicafragrans (Myristicaceae)
* Nardo, Lavandula spica (Labiatae)
* Neroli, essência de flor de laranjeira
* Nespereira, Mespilus germanica (Roseaceae)
* Niauli, Melaleuca viridiflora quínquenervia (Myrtaceae)
* Nogueira, Juglans regia (Junglandaceae)
* Olhodeboi, Anthemis tinctoria (Compositae)
* Oliveira, Oleo europaea (Oleacae)
* Olmo, Umus glabra (Ulmaceae)
* Olmocomum, Umus campestris ou Olmodemontanha, Umus scabra, (Ulmaceac)
* Orégãovulgar, Origanum vulgare (Labiatae)
Palmarosa, Cymbopogon martini motia (Gramineae) Papaia, Carica papaya
(Caricaccae) Papoila, Papavr rhaeas (Papaveraccae) Parietária, Parietaria
officinalis (Urticaceae)
635
INDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
* Passiflora, Passiflora sp.; principalmente, Passiflora incarnata
(Passifloraceae)
* Patchuli, Pogostemon cabli (Labiatae)
* Pédeleãocornum, Alchemilla vulgaris (Rosaceae)
* Pédeleãodosalpes, Alchemilla alpina (Rosaceae)
* Peónia, Paeonia officinalis (Paeoniaceae)
* Pequenacentáurea, Centaurium erythraea (Gentianaceae)
* Pereiraselvagem, Pyrus communis (Rosaceae)
* Perpétuas, Antennaria dioica (Compositae)
* Persicária, Polygonum lapathifolium (Polygonaceae)
* Pervinca, Vinca minor (Apocynaceae)
* Pessegueiro, Prunus persica (Rosaceae)
* Petasite, Pelasites hybridus (Compositae)
* Pimentadaamérica, Schimus molle (Anacardiaceae)
* Pimentovermelho, Capsicumfrutescens (Solanaceae)
* Pimpinela, Pimpinella major (Umbelliferae)
* Pimpinela, Sanguisorba minor, sinónimo Poterium sanguisorba (Rosaceae)
* Pinheiro, Pinus sylvestris (Pinaceae)
* Pinheiro de anéis, Pinus uncinata (Pinacea)
* Pinus montana, ver Pinheiro de anéis
* Piretro, Tancetum cinerariaefolium sinónimo Chrysanthemum
cinerariaefolium (Compositae)
* Pissenfit, Taraxacum officinale (Compositae)
* Poejobravo ou Hortelãdemontanha, Calamintha officinalis (Labiatae)
* Polígala, Polygala vulgaris (Polygalaceae)
* Polipódio, Polypodium vulgare (Polypodiaceae)
* Potentilha, Potentilla anserina (Rosaceae)
* Potentilha rastejante, Potentilla reptans (Rosaceae)
* Primaveraoficinal, Primula veris, sinónimo Primula officinalis (Primulaceae)
Quelidónia, Chelidónium majus (Papaveraceae)
636
íNDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
* Rábano, Armoracia lapathifolia (Cruciferae)
* Rainhadosbosques, Asperula odorata (Rubiaceae)
* Ranúnculo, Ranunculus scleratus (Ranunculaceae)
* Rauvólfia, RauvoTia vomitoria (Apocynaceae)
* Restaboi espinhosa, Ononis spinosa (Fabaceae)
* Rinchão, Diplotaxis tenuifolia (Cruciferae)
* Rododendron sp. (Ericaceae) ALGUNIAS ESPÉCIES
PROTEGIDAS!!!
* Romã, Punica granatum (Lythraceae)
* Ruafétida, Ruta gravolens (Rutaceae)
* Ruibarbo, Rheum palmatum (Polygonaceae)
* Ruibarbo francês, Rheum raponticum (Polygonaceae)
* Sabina, Juniperus sabina (Cupressaceae)
* Sabugueiro, Sambucus nigra (Caprifoliaceae)
* Saião, Sempervirum tectorum (Crassulaceae)
* Salgueirinha, Lythrum salicaria (Lythraceae)
* Salgueirobranco, Safix alba (Labiatae)
* Salsa, Petroselinum sativum (Umbelliferae)
* Salsaparrilha, Smilax ornata (Smilacaceae)
* Salvaoficinal, Salvia officinalis (Labiatae)
* Sândalo, Santalum album (Santalaceae)
* Sanículaeuropeia, Sanicula europea (Umbelliferae)
* Santolina, Santolina chamaecyparissus (Compositae)
* Saponáriaoficinal, Saponaria officinalis (Caryophy11aceae)
* Sassafrás, Sassafras albidum ou S. officinalis (Lauraceae)
* Saxífragadetrêsdedos, Saxifragia tridactyla (Saxifiragacae)
* Selodesalornão, Polygonatum officinale (Liliaceae)
* Semprenoiva, Polygonum bistorta (Polygonaceae) * Sena, Cassia sp. (Fabaceae)
637
INDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
* Senegrão, Trigonella foenumgraecum (Fabaccae)
* Silva, arbustoespinhoso, Rubus fructicosus (Rosaceae)
* Tâmio, Tamus communis (Dioscoreaceae)
* Tânchagem, Plantago major, mas também outras espécies de tanchagem
(Piantaginaceae)
* Tânchagemlanceolada, Plantago lanceolata (Piantaginacae)
* Tasneira, Tancetum vulgare (Compositae)
* Terebintina, Pistacia terebinthus (Anacardiaceae)
* Tília, Tilia sp. (Tiliaceae)
* Tomilhoervaursa, Thymus serpy11um (Labiatae)
* Tomilhovulgar, Thymus vulgaris (Labiatae)
* Topinambo, Helianthus tuberosus (Compositae)
* Tormentilha, Potentilla erecta, sinónimo Potentilla tormentilla (Roseaceae)
* Tremoço, Lupinus luteus (Fabaceae)
* Trevod'água, Menyanthes trifoliate (Menyanthaceae)
* Trevo, coroaderei, Melilotus officinalis (Fabaceae)
* Tuia, Thuja orientalis (Cupressaceae)
* Tussilagem, Tussilagofarfara (Compositae)
Ulmária, Spiraea ulmaria (Rosaceae) Umbigodevénus, Umbilicusveneris
(Crassulaceae) Unhadodiabo, ver Harpagófíto Urtiga, Urtica dioica (Urticaceae)
Urtigabranca, Lamium album (Labiatae) Urze, Ca11una vulgaris (Ericaceae) Uva
daamérica, Phytolacca decandra (Phytolaccaceae)
638
INDICE DAS PLANTAS UTILIZADAS
Valerianaoficinal, Valeriana officinalis; também a outra espécie:
Valeriana phu (Valerianaceae) Verbascobranco, ver Verbasco Verbasco, Verbascum
thapsus e Verbascum densiflorum (Scrophulariaceae) Verbena, Lippia citriodon
(Verbenaceae) Verónica, Veronica officinalis (Scrophulariaceae) Vincetóxico,
rincetotoxicum hirudinaria subsp. hirudinaria,
Vincetotoxicum officinale (Asclepiadaceae) Vinha, Vitis vinifera (Vitaceae)
Violetaaromática, Viola odorata (Violaceae) Violeta chinesa, Viola patrinú
(Violaceae) Virgáurea, Solidago virgaurea (Compositae) Visco, Viscum album
(Loranthaceae) Vulnerária (ou Hipericãodefolhasredondas), Hypericum
nummularum (Hypericaceae)
Zimbrocomum, Juniperus conimunis (Cupressaceae) Zimbrogrande, Juniperus
oxycedrus (Cupressaceae)
639
BIBLIOGRAFIA
p ara as nossas investigações utilizámos as bases de dados AMBASE,
MEDUNE e BIOLOGICAL ABSTRACTS. Por razões puramente técnicas e editoriais, não
nos é possível citar todas as publicações consultadas. A título de exemplo, a
base de dados MEDILINE, para os anos 1993, 1994, 1995, cita 42 909 publicações
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