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Luciano Gomes Pereira Junior

Coletânea de História da Humanidade

Idade da Pedra

Como o próprio nome sugere, Idade da Pedra é o período em que o homem depende do uso de
ferramentas de pedra para sobrevivência. Armamentos feitos de ossos de animais, madeiras, pedras
lascadas de quartzo ou sílex configuravam os principais avanços na época.

Alguns arqueólogos acreditam que este período teve início na África há mais de 2 milhões de anos, de onde
surgiram os primeiros objetos criados a partir de rochas.

A Idade da Pedra é subdividida em quatro períodos:

• Eolítico
• Paleolítico – Idade da Pedra Lascada
• Mesolítico
• Neolítico – Idade da Pedra Polida

Dentre as principais descobertas do homem neste período estão:

A manipulação do fogo para cozinhar os alimentos, espantar animais de grande porte e iluminar locais
escuros;

A descoberta das primeiras roupas (com peles de animais) para se protegerem do frio;

O abandono da prática nômade com a criação das primeiras habitações. O homem passou a se fixar em
lugares específicos após a prática da agricultura em terras férteis, que só foi possível com o fim da Era
Glacial no período Neolítico.
Neolítico

Mesolítico
M.A.A.
Paleolítico

Eolítico

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Apesar dos grandes avanços sociais, o homem ainda não dispunha de comunicação verbal. As pinturas
rupestres encontradas em cavernas datadas deste período mostram a necessidade humana de tentar se
comunicar de alguma maneira. Através destes desenhos, os homens ilustravam alguns costumes da época,
o que permitiu maior entendimento de sua cultura.

O advento da escrita e o avanço das formas de comunicação humana culminariam no fim do Período
Neolítico e, consequentemente, o fim da Idade da Pedra, possibilitando registros mais específicos da
evolução do homem. Tem início a Era Antiga, de onde floresceram as primeiras civilizações do
Egito e da Grécia.

Período Eolítico
Apesar de ser pouco utilizado por historiadores e antropólogos, o Período Eolítico é considerado o
primeiro período pré-histórico que compreende a cultura humana. Muitos especialistas definem esse
período como o início da Idade Paleolítica por dispor de poucas informações precisas, já que muitas delas
são baseadas em hipóteses e conjecturas.

Homo erectus

Entretanto, sabe-se que foi durante esse período que surgiu o Homo Erectus, espécie hominídea que viveu
entre cerca de 2 milhões de anos atrás até 300.000 a.C. . Segundo registros arqueológicos, eles eram
encontrados principalmente no continente africano e acredita-se que foram os primeiros a usarem o fogo.
A denominação Período Eolítico foi cunhada pelo antropólogo francês Gabriel de Mortillet, no século XIX.
Ele acreditava que algumas pedras datadas daquele período serviam de instrumentos ou armas para o
Homo Erectus. Entretanto, dificilmente consegue-se distinguir quando uma rocha sofre a interferência
humana ou de um animal e, além do mais, não se encontrou nenhum eolito junto aos restos mortais de
Homo Erectus deste período.

Também conhecida como Alvorecer da Idade da Pedra, o uso do termo Período Eolítico serve apenas
para designar um breve período anterior à Idade Paleolítica, extenso período que testemunha os primórdios
da cultura humana.

Pela escassez de informações detalhadas e falta de precisão histórica, o termo acabou caindo em desuso nos
estudos arqueológicos e antropológicos.

Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Homo_erectus
http://pt.wikipedia.org/wiki/Eolítico

Período Paleolítico

O Período Paleolítico é a era histórica mais extensa da humanidade: abrange por volta de
3 milhões de anos atrás até cerca de 10.000 a.C. . Foi nesse período que os grupos humanos
começaram a utilizar utensílios de chifres de animais ou de rochas para desenvolverem a
caça e se protegerem de outros grupos nômades, formando objetos pontudos – ou lascas –
que deu margem para que essa era também ficasse conhecida como Idade da Pedra
Lascada.

Grande parte dos restos mortais desse período foram encontrados na Europa – especialmente França e
Espanha -, por volta de todo o continente africano, na Índia e na China. A baixa temperatura da época fazia
das cavernas o lar dos hominídeos que viveram durante o período, tais como o Australopithecus, Homo
Habilis, Homo Erectus e Homo Sapiens.

Por compreender um vasto período das primeiras atividades humanas, os historiadores e arqueólogos
subdividem o Período Paleolítico em inferior e superior.
Paleolítico Inferior

Onde florescem as primeiras estruturas sociais e onde os primeiros artefatos começam a ser fabricados
pelo homem, como armas de pederneira, objetos de madeira e lascas de pedra. Apesar de serem nômades,
têm afeição familiar e fazem uso do fogo, principal descoberta humana do período.

Paleolítico Superior

Surge o homem de Cro-Magnon – oriundo da Ásia, migrando pela África até chegar na Europa -, que
morava nas cavernas graças ao constante esfriamento do planeta devido à 4ª Era Glacial. Ele desenvolveu
sua cultura no continente europeu e tinha qualidades humanoides primitivas mais favoráveis que as outras
espécies: tinham estatura média de 1,70m, cabeça comprida e maior capacidade cerebral. Além de tudo
isso, já caçava animais de grande porte através de armadilhas terrestres, o que comprova sua superioridade
de inteligência.

Com o passar dos anos, os homens deste período começaram a viver em grandes grupos. Para enfrentar o
frio, quando migravam para regiões de poucas cavernas, construíam moradias rústicas com peles de
animal, rochas e gravetos. No período Paleolítico Superior, o homem começa a desenvolver a pintura
rupestre nas cavernas, permitindo um entendimento contemporâneo maior de sua cultura.

Segundo alguns arqueólogos, é nesse período que o homem começa a se apegar à sobrenaturalidade, dando
origem à religião. Eles cultivavam o poder feminino da natalidade e as consideravam superiores por
gerarem a vida ao engravidar.

No fim da era paleolítica, o planeta estava começando a sofrer variações climáticas glaciais. Apesar de
extensos períodos de frio, a temperatura começou a amenizar e ficar mais favorável aos humanos
primitivos, suscitando em grandes mudanças entre o intervalo histórico de mais de 10.000 anos de
transição do Período Paleolítico ao Período Neolítico, chamado de Revolução Neolítica pelo historiador
Gordon Childe.

Período Mesolítico
O Período Mesolítico foi uma era de transição do paleolítico para o neolítico. Entretanto, nem todas as
regiões do globo consideram esse período, pois ele é diretamente ligado à Era Glacial, que provocou
drásticas alterações climáticas em alguns continentes.
Ele teve início há cerca de 10.000 a.C. e teve seu fim quando a temperatura global ficou mais amenizada e
o homem conseguiu desenvolver a agricultura, por volta de 6.000 a.C. Porém, o período sofre alterações de
região para região, mesmo na Europa: nos países nórdicos, por exemplo, ele teve fim com a adaptação da
nova fauna após a era glacial; na região sul da Europa, termina a partir do momento que tribos portuguesas
começam a se espalhar na região da França, contribuindo para a sociabilização humana, um dos grandes
avanços do homem neolítico.

No Período Mesolítico, o homem começa a utilizar a descoberta do fogo de forma estratégica: para
espantar os animais mais portentosos, iluminar as habitações provisórias nas cavernas (pois eles ainda
eram, em sua maioria, nômades), cozinhar os alimentos e, principalmente, se protegerem do frio da época.

Pautado pela necessidade de sobrevivência, o homem mesolítico começa a se habituar com o


sedentarismo (ato de permanecer em um local) e inventa novos tipos de armamentos para combater os
animais ferozes e caçar alimentos. Neste período, já existe a divisão das tarefas sociais por sexo:
homens são responsáveis pela segurança e por trazer alimento, enquanto as mulheres cuidam das
crianças e da organização das habitações.

Facilitava a permanência do homem em determinado local o fato de os grandes animais estarem


procurando regiões altas e montanhosas, pois eles dificilmente encontravam alimentos nas regiões baixas.
O homem procurava ficar perto de rios por serem fonte de alimento graças aos peixes, moluscos e ovos de
pássaros. As moradias eram cobertas de madeira, ramagens e galhos de árvore.

O constante avanço do convívio humano em sociedade e o desenvolvimento de técnicas rudimentares para


suprirem suas necessidades como alimentação, sobrevivência e habitação culminaram no término do
Período Mesolítico, dando início ao Período Neolítico, a última das eras pré-históricas.

Fontes:
http://members.fortunecity.com/mpdutra/Italia/meso_it.htm
http://www.suapesquisa.com/prehistoria/mesolitico.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mesol%C3%ADtico
Período Neolítico

Também conhecido como Nova Idade da Pedra e Idade da Pedra Polida, o Período Neolítico teve
início por volta de 8.000 antes de Cristo, após as mudanças climáticas que criaram melhores condições de
vida para os homens e animais. Com as geleiras, os portentosos animais foram extintos, dando lugar a uma
fauna mais parecida com a que temos hoje, e os rios, desertos e florestas tropicais foram formados, o que
possibilitou um contato humano mais intenso com a natureza.

Diferente da Era Paleolítica, o Período Neolítico é considerado um importante avanço social, econômico e
político. Nesse período, o homem descobre-se como um ser social que tem muito mais vantagem de
agir em grupo do que individualmente. As estruturas sócio-políticas são mais sólidas, ou seja,
determinados grupos ocupam certas regiões sob a influência de um líder, geralmente o mais velho, o
mais esperto ou o que tivesse mais força física.

Para obter boas condições de vida, o homem neolítico procurava moradia próximo aos rios, na intenção de
utilizar a terra fértil para a agricultura – outro importante avanço do período. Se antes o homem paleolítico
coletava alimentos praticando o ato da caça e da pesca para sobreviver, o homem neolítico passou a
produzir o que comer com mais assiduidade, plantando frutos, legumes e vegetais. Com isso, não havia
mais a necessidade de vagarem constantemente à procura de alimentos – criando o fenômeno do
sedentarismo, ou seja, a permanência em lugar fixado em detrimento do nomadismo.

São construídas as primeiras moradias, similares a pequenos cubículos feitos de palha e madeira.
Geralmente, os neolíticos trabalhavam coletivamente, saindo em numerosos grupos para as poucas
atividades de caça e pesca. As mulheres eram responsáveis por garantir o bem-estar das pequenas
aldeias, permanecendo com os filhos e cuidando da agricultura. Com mais tempo para interagirem
entre si, os neolíticos desenvolveram as primeiras atividades de lazer, descobrindo a arte da cerâmica
e a forma de comercializá-la.
Apesar de indícios científicos apontarem para a Era Paleolítica o surgimento do comércio, foi na Era
Neolítica que ele teve melhor aplicação. O homem neolítico cria o dinheiro, que era representado
inicialmente por sementes de cores diferentes, para facilitar a troca de mercadorias, muitas vezes
cerâmica, armamentos com pedras talhadas, objetos de pederneira e minério. Também data da Era
Neolítica a criação do primeiro barco.

Outro importante avanço é a domesticação dos animais, o que possibilitou maior proximidade deles com o
homem (como acontece com o cão) e trouxe mais variações alimentícias, como a criação de gados, cabras e
porcos.

As vestimentas também sofreram alterações do homem paleolítico; devido ao frio intenso da Era Glacial, o
homem paleolítico se cobria com pele de animal, enquanto o neolítico passou a fabricar as primeiras roupas
com lã, algodão e linho para facilitar na locomoção e trazer mais conforto em relação ao clima mais ameno.

A Era Neolítica é considerada o último período pré-histórico. Antes de seu fim, ocorreu a Idade dos Metais,
que consolidou a importância do bronze na fabricação de armamentos manuais.

O surgimento da escrita e a criação do Estado nas primeiras civilizações da Antiguidade marcou o fim da
Era Neolítica.

Arte Pré-histórica

A estética é a disciplina que estuda tudo o que desperta a percepção do ser humano, e esta percepção está
ligada ao belo. Etimologicamente, a palavra estética provém do grego “aisthesis”, palavra que a define
como percepção dos sentidos.

Neste processo de percepção e produção do “belo” artístico, há o trabalho do artista que busca expressar
em suas obras uma visão ou sentido do mundo. O artista persegue a interpretação de seu mundo e tempo,
não somente como o mundo parece ser ,mas como ele se “sente”.

A arte pré-histórica começou a ser delineada quando foram encontradas pinturas rupestres nas cavernas,
provavelmente feitas por homens pré-históricos. Não podemos confundir arte pré-histórica com arte
primitiva; a arte pré-histórica representa o que é visto, e não o que é conhecido, enquanto que a arte
primitiva (infantil) reproduz o que já é conhecido, mesmo não sendo visto ou do jeito que é visto. A arte
indígena é um exemplo de arte infantil.
A arte pré-histórica é naturalista e sensorial; a arte primitiva é racional, ou seja, um artista pode pintar uma
árvore sem vê-la. A Pré-História se divide em quatro fases :

Paleolítico – Pedra lascada;


Mesolítico ;
Neolítico;
Idade dos metais – descoberta do cobre, bronze e ferro;

Período Paleolítico

Subdivide-se em Inferior e Superior. No período Inferior encontra-se apenas pedras de formas belas e
particularmente delineadas. No período Superior surgem as pinturas rupestres em imagens monocromáticas
e posteriormente policromática, representando animais e o cotidiano nômade de caças.

Período Mesolítico

Nesta fase, além da expressão naturalista, há pinturas que registram novos temas como danças e rituais em
grupo.

Período Neolítico

Neste período o homem torna-se sedentário, é o surgimento da cerâmica e da arquitetura, a arte assume
característica megalítica em blocos de pedras ao ar livre.

Idade dos Metais

A descoberta do bronze e o estabelecimento de rotas comerciais de estanho e âmbar caracteriza um período


no qual a arte torna-se decorativa e geométrica em objetos de metal e em armas. Nesta época surge a
escrita, marcando o fim da Pré-História.

Arte Rupestre

Arte Rupestre é o mais antigo tipo de arte da história. Também é conhecida como gravura ou pintura
rupestre. Esse tipo de arte teve início no período Paleolítico Superior. A arte rupestre é encontrada em
todos os continentes.

O estudo da arte rupestre favoreceu o conhecimento de pesquisadores em relação aos hábitos dos povos da
antiguidade e a sua cultura. As matérias primas utilizadas para a expressão artística dos povos da
antiguidade eram: pedras, ossos e sangue de animais. O sangue, assim como o extrato de folhas de árvores
era utilizado para tingir. Silhuetas de mão e pés, portanto, devem ser as mais primitivas expressões
artísticas.
As principais obras eram desenhos e pinturas, tendo como tela as paredes e tetos de cavernas. Eram
representados, principalmente, animais selvagens, linhas, círculos e espirais. Seres humanos eram mais
representados em situações de caça. Ossos, pedras e madeiras eram utilizados em esculturas.

A idéia de que a arte rupestre é obra dos homens pré-históricos foi aceita por especialistas apenas em 1902.

Na América, além da arte rupestre pré-histórica, é encontrada a arte chamada de pré-colombiana, fruto do
trabalho de astecas, maias e incas. São esculturas, pinturas, e grandes templos construídos com pedras.

No território brasileiro existem vários sítios de arte rupestre pré-histórica. Existem pesquisadores que
defendem a tese de que a arte rupestre, no Brasil, não seria obra dos índios, e sim de gregos, vikings ou
fenícios que teriam passado por aqui. O maior sítio brasileiro de arte rupestre fica no estado do Piauí,
precisamente na Serra da Capivara.

No Brasil, os desenhos de diferentes épocas sugerem rituais, cenas de sexo, animais, cenas de luta ou
mesmo representações geométricas. Estudos têm apontado a possibilidade de alguns desenhos
representarem algumas noções de astronomia.

A arte rupestre brasileira, diferente do que ocorre em outros países, não é preservada devidamente. Apesar
de tratar-se de um patrimônio histórico (ou pré-histórico) o descuido, queimadas, a ação de empresas de
mineração, e as depredações típicas de turistas (como carregar lembranças) e dos pichadores (vândalos), é
uma ameaça a esse patrimônio de valor inestimável.

Arte no Paleolítico

O Paleolítico, ou Idade da Pedra Lascada, conhecido também por Período da Selvageria, refere-se na
pré-história mais ou menos ao período de 10 mil a.C, à época da primeira intervenção do homem no meio-
ambiente com utensílios de pedra até o princípio do Neolítico. Os homens deste período eram basicamente
caçadores e coletores, portanto tinham que se movimentar constantemente de um lugar para outro, ao sabor
da busca de alimentos para a sobrevivência – assim, eram nômades, em plena era geológica da Idade do
Gelo.
Pela primeira vez, ao que tudo indica, houve uma certa especialização profissional. Os artistas eram
também caçadores, tinham que trabalhar, mas certos historiadores afirmam que por terem essa capacidade
artística, que ao mesmo tempo revelava para estes povos um poder mágico, estes homens provavelmente
tinham alguns privilégios, destacando-se dos outros, talvez como os primeiros profissionais da História. A
possível isenção – em parte ou completa – do trabalho, por parte do artista deste período, demonstra que
esta sociedade já podia alimentar um grupo especializado.

Indícios levam a crer que as representações artísticas de animais, encontradas nas paredes das cavernas
deste período, como a Gruta de Altamira, na Espanha, localizada em 1879, refletem objetivos mágicos. Ou
seja, é bem possível que esses caçadores acreditassem na profunda interação entre a arte e a realidade.
Pintar uma manada de mamutes com um intenso teor realista podia, por exemplo, transpor para o real o
surgimento desses animais e, portanto, garantir a sobrevivência do grupo.

Da mesma forma, criar uma escultura representando a fertilidade, podia, segundo acreditavam estes
homens, influenciar na procriação do grupo, propiciando seu crescimento e sua perpetuação. Eles
percebem, assim, a estreita relação existente entre a arte e a natureza, a influência recíproca entre ambas,
uma possibilidade de interagir com o mundo que os cerca. Esta arte não era, a princípio, decorativa, mas
uma forma de atuar junto às forças sobrenaturais, assegurando, através destes objetos artísticos, uma boa
caça. Possivelmente ela era parte de um ritual mágico, não de objetivos estéticos conscientes, sendo a
qualidade estética provavelmente uma conseqüência.

É surpreendente para os historiadores da arte perceber o nível de maturidade artística presente em uma
sociedade tão primitiva, e o quanto suas obras revelam de qualidade e criatividade. Principalmente quando
se acreditava que as primeiras fontes desta história se encontravam no Antigo Egito e na Mesopotâmia. A
produção artística deste período inclui ferramentas de pedra talhada, objetos decorados, jóias, estatuetas
expressando imagens femininas ou animais, relevos, pinturas parietais – encontradas nas paredes das
cavernas, geralmente referentes à caça, expressando, aliás, um conhecimento profundo dos animais.

Em um primeiro momento, os artistas representavam as experiências observadas diretamente pelos


sentidos, produzindo uma arte naturalista-realista. Depois, quando encontra um tempo maior para reflexão,
sua obra começa a apresentar características esquematizadas, simbólicas, aproximando-se de uma arte mais
abstrata.

Pré-História: A Origem do Homem


sobre História Por Algosobre
conteudo@algosobre.com.br
http://www.algosobre.com.br/historia/pre-historia-a-origem-do-homem.html

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Os primeiros habitantes da terra

A pré-história é o período anterior ao aparecimento da escrita, por volta do ano 4000 a.C..Seu estudo depende da análise de
documentos não-escritos, como restos de armas, utensílios, pinturas, desenhos e ossos. O gênero HOMO apareceu entre 4 e 1
milhão de anos a .C.. Aceita-se três etapas na evolução do homem pré-histórico, entre os estudiosos. São elas:

I - PALEOLÍTICO (idade da pedra lascada)


a) Paleolítico inferior: 500.000 – 30.000 a.C.

b) Paleolítico superior: 30.000 – 8.000 a.C.

II - NEOLÍTICO (nova idade da pedra)

8.000 – 5.000 a.C.

III - IDADE DOS METAIS

5.000 – 4.000 a.C.

Esta divisão é evolucionista mas numerosos investigadores da história contestam tal visão. Afirmam que existe grande
diversidade cultural entre os grupos humanos e que, diante de determinado problema, cada homem se organiza de um modo, o
que resulta em culturas diferentes. Daí conclui-se que certos grupamentos humanos podem ter simplesmente acelerado um dos
estágios ou ter saltado um deles.

A Origem do Homem

A precariedade de informações limita o conhecimento da origem do homem. As primeiras pesquisas datam do final do século
XIX; e muitas descobertas de restos humanos ocorreram de modo casual, nem sempre realizadas por especialistas.

A descoberta de traços culturais comuns em grupos afastados indica que, provavelmente, apareceram vários deles em regiões
diferentes.

De modo geral, dizemos que há um tronco comum do qual se originaram os grandes macacos (pongidae) e os homens
(hominidae). Em determinado momento da evolução, os dois grupos se separaram e cada um apresentou sua evolução própria.
Os pongidae apresentaram a forma do gorila, chimpanzé e orangotango; os hominidae ou hominídeos, a forma do atual homo
sapiens.

Os Australopithecus

Trata-se do mais antigo hominídeo que se conhece. Foi encontrado na África do Sul e os estudos revelaram
que viveu entre 1 milhão e 600.000 a.C.. Apesar do crânio pequeno, possuía traços característicos dos
hominídeos. Era bípede e postura mais ereta.

O Homo Habilis e o Pithecanthropus Erectus

O homo habilis viveu há cerca de 2,5 milhões de anos e foi contemporâneo do australoptecus, mas com
capacidade craniana ampliada. Esta incluiu carne em sua alimentação, o que provocou mudanças em
sua arcada dentária.

Segue-se o terceiro tipo de hominídeo, o Pitecanthropus Erectus, que deve ter vivido entre 500.000 e
200.000 a.C.. O homo erectus, como hoje se denomina, possuía maxilares maciços e dentes grandes, cérebro maior que o tipo
anterior e membros mais bem adaptados à postura ereta.

Alguns exemplos:

I - JAVANTROPO – (Homem de Java): 1,5 metros de altura e deve ter passado a maior parte da existência no chão.

II - SINANTROPO – (Homo Pekinenses): Descoberto na china. Junto do esqueleto havia grande quantidade de facas,
raspadores e pontas, o que demonstra elevado estágio de desenvolvimento.

III - PALEANTROPO – (Homem de Heidelberg)


O Homo Neanderthalensis

Encontrado em Neanderthal, Alemanha. Houve descobertas semelhantes frança, Iugoslávia, Palestina e África do Sul. Deve ter
existido entre 120.000 e 50.000 a.C.

Este hominídeo possuía capacidade craniana elevada e já vivia em cavernas e deixou inúmeros traços de sua existência.

O Cro-Magnon

Com o homem de Cro-Magnon atinge-se o Homo Sapiens. Chegamos a este estágio por volta de 40.000 a.C., possuía altura
acentuada, membros retos e peito amplo, como também, a maior capacidade craniana encontrada até então, o que provou
através da arte, da magia e da vida social.

Padrões Culturais da Pré-História

Podemos classificar os estágios culturais da humanidade em selvageria, barbárie e civilização.. A civilização seria posterior à
escrita; as demais, características dos homens da pré-história.

Tal visão apresenta dois defeitos básicos, quais sejam:

I. pretende que a civilização em que vivemos seja o modelo, em função do qual se deva julgar todos os outros estágios da
evolução;

II. pressupões que todos os povos da pré-história tivessem passado pelas mesmas etapas, o que Não corresponde aos
documentos históricos encontrados.

Cada povo tem sua própria cultura e civilização, que devem ser compreendidas no seu momento histórico exato, do contrário,
não estaríamos fazendo história, mas tentando demonstrar a superioridade da civilização ocidental.

O surgimento da agricultura se deu entre 8.000 e 5.000 a.C.(neolítico), quando o homem deixou sua vida nômade,
sedentarizando-se às margens dos rios e lagos, cultivando trigo, cevada e aveia. Nesta época também domestica ovelhas e
gado bovino, otimizando sua cadeia alimentar.. Aí também surgem os primeiros aglomerados urbanos, com finalidade
principalmente defensiva. Nesta época também as viagens por terra e mar. Estamos falando da chamada comunidade primitiva,
onde o solo pertencia a todos e a comunidade se baseava em laços de sangue, idioma e costumes.

A partir deste ponto, a evolução das comunidades processou-se em duas direções: no sentido da extensão da posse e da
propriedade individual dos bens no sentido da transformação das antigas relações familiares.

Durante a idade dos metais (5.000 a 4.000 a.C.), o cobre passou a ser fundido pelo homem, seguindo-se o estanho, o que
permitiu a obtenção do bronze, resultante da liga dos dois primeiros. Por volta de 3.000 a.C., produzia-se bronze no Egito e na
Mesopotâmia, sendo esta técnica difundida para outros povos a partir daí.

A metalurgia do ferro é posterior e tem início por volta de 1.500 a.C., na Ásia Menor, tendo contribuído decisivamente para a
supremacia dos povos que a dominavam e souberam aperfeiçoá-la.

A Origem do Homem Americano

Segundo alguns estudiosos, o continente americano começou a ser povoado há 30.000, 50.000 ou até 60.000 anos atrás. Dos
povos mais antigos, os arqueólogos encontraram restos de carvão, objetos de pedra, desenhos e pinturas em cavernas e partes
de esqueletos. Dos povos mais recentes encontramos grandes obras como: pirâmides, templos e cidades. Alguns, como os
Astecas e os Mais, conheceram a escrita e deixaram documentos que continuam sendo estudados.

Hoje, os pesquisadores admitem que os primeiros habitantes americanos vieram da Ásia, devido à grande semelhança física
entre índios e mongóis.
A teoria mais aceita é de que os primitivos vieram a pé, pelo estreito de Behring, na glaciação de 62.000 anos atrás. Outros
afirmam que vieram pelas ilhas da Polinésia, em pequenos barcos, tendo desembarcado em diversos pontos e daí se espalhado.

Os vestígios mais antigos da presença do homem no continente foram encontrados em São Raimundo Nonato,PI, Brasil, com
idade de 48.000 anos, permitindo a conclusão de que eram caçadores e usavam o fogo para cozinhar, atacar e defender-se dos
inimigos, pelos utensílios encontrados

Pré-história
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Pré-História

Eolítico

Paleolítico

-Paleolítico
inferior

-Paleolítico médio

-Paleolítico
superior

Mesolítico

Neolítico

Idade dos Metais

-Idade do Bronze

-Idade do Ferro

Pré-história corresponde ao período da história que antecede a invenção da escrita (evento que marca o
começo dos tempos históricos registrados), que ocorreu aproximadamente em 4000 a.C.. Período histórico
que antecede o aparecimento da escrita e do uso dos metais, e que é reconstituído e estudado por meio da
antropologia, da arqueologia, da paleontologia Também pode ser contextualizada para um determinado
povo ou nação como o período da história desse povo ou nação sobre o qual não haja documentos escritos.
Assim, no Egito, a pré-história terminou aproximadamente em 3500 a.C., enquanto que no Brasil terminou
em 1500 e na Nova Guiné ela terminou aproximadamente em 1900. Para muitos historiadores o próprio
termo "pré-história" é errôneo, pois não existe uma anterioridade à história e sim à escrita.

A transição para a "história propriamente dita" se dá por um período chamado proto-história, que é descrito
em documentos, mas ou são documentos ligeiramente posteriores ou documentos externos. O termo pré-
história mostra, portanto, a importância da escrita para a civilização ocidental.

Uma vez que não há documentos deste momento da evolução humana, seu estudo depende do trabalho de
arqueólogos ou antropólogos, como por vezes de outros cientistas, que analisam restos humanos e
utensílios preservados para determinar o que acontecia.
Índice
[esconder]

• 1 Idade da Terra
• 2 Origem da espécie humana
• 3 Evolução Humana
o 3.1 Australopithecus
o 3.2 Pithecanthropus erectus
o 3.3 Homem de Neandertal
o 3.4 Homem de Cro-Magnon
• 4 Cronologia
• 5 Períodos pré-históricos
o 5.1 Paleolítico
o 5.2 Mesolítico
o 5.3 Neolítico
o 5.4 Idade dos Metais
• 6 Evolução
• 7 Religião
• 8 Arte
• 9 A transição para a civilização
• 10 Ver também
• 11 Notas
• 12 Referências
• 13 Bibliografia

• 14 Ligações externas

Idade da Terra
Ver artigo principal: Evolução da vida e formação da Terra

Ver artigo principal: História da Terra

O planeta Terra existe há aproximadamente cinco bilhões de anos. Mas na maior parte desse longuíssimo
tempo não havia sinal de vida sobre a Terra. As primeiras formas de vida que surgiram através de milhões
de anos foram se tornando mais completas e evoluídas, até chegar aos grandes animais e ao aparecimento
dos grandes hominídeos, por volta de 2 milhões de anos atrás.

A vida na Terra
Era Era
Era primitiva Era primária Era terciária
Era secundária quartenária

Mais de um 300 milhões de 150 milhões de 50 milhões de Um milhão de


Duração bilhão de anos anos anos anos anos

Características
Intenso Aparecimento Plantas floridas Formação de Aparecimento
vulcanismo; de florestas e frutíferas; cadeias de do Homo
Formação dos pantanosas e Plantas montanhas sapiens;
oceanos, lagos grande coníferas; rochosas; Período em que
e rios; quantidade de As primeiras Desenvolvimen vivemos.
Cadeias de plantas pelos aves; to dos
montanha; continentes; Primeiros primatas;
Primeiras Surgimento de mamíferos; Desenvolvimen
formas de vida insetos, peixes, Répteis to dos símios
(algas e répteis e gigantes (os (macacos);
Aparecem os
anfíbios;
hominídeos
bactérias). Fósseis de dinossauros).
(Australopithec
animais.
us)

Origem da espécie humana


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Charles Darwin chamou a atenção dos cientistas de seu tempo, ao afirmar que as espécies
evoluíram e que o homem descende dos primatas.

Chamamos de hominídeos todas as espécies de primatas em que inclui o homem moderno. Os cientistas
acham que foi aproximadamente há um milhão e meio de anos que algumas espécies de hominídeos
começaram a se distinguir dos outros animais por sua capacidade de fabricar armas rudimentares de pau e
pedra (para se defenderem e para caçar) e descobriram que certas coisas da natureza podiam ser utilizadas
como utensílios.

O mais antigo hominídeo, com sinais de inteligência, foi descoberto no sul da África, numa gruta onde se
encontravam ossadas fósseis, de vários hominídeos da mesma espécie, dando a entender que já viviam em
grupo. Juntamente foram tiradas pedras que tinham sido trazidas de rios bem distantes, já com intenção de
aproveitá-las como utensílios.

Evolução Humana
Ver artigo principal: Evolução humana

O ser humano evoluiu a partir dos primatas. A pré-história dos nossos ancestrais encontra-se ainda muito
obscura, por falta de documentos e vestígios, mas as pesquisas e estudos continuam, trazendo sempre novas
descobertas e luzes sobre o nosso passado. Já encontrados e estudados vários fósseis que permitiram
reconhecer vários estágios pelos quais passou o ser humano em sua trajetória.
Geralmente, aceita-se que foi na África que tiveram origem os primeiros hominídeos, os primeiros seres
com sinais de inteligência.

Australopithecus africanus

[editar] Australopithecus

Em 1924, Raymond Dart descobriu, na África do Sul, um fóssil primata que ficou conhecido como
Australopithecus (que significa "macaco do sul"). As análises provaram que não se tratava de ossada de
macaco, mas sim de um hominídeo. Maiores estudos levaram à conclusão de que se tratava de um ancestral
humano com estas características: bípede de postura semi-ereta, altura entre 1m e 1,5m, mãos livres que
lhes permitia usar objetos (pedras, madeira) para melhor defender-se e sobreviver. A posição semi-ereta e a
liberdade das mãos, mais o uso de sua iniciante capacidade intelectual, davam ao Australopithecus
vantagens sobre os animais mais fortes e sobre o meio-ambiente.

[editar] Pithecanthropus erectus

O Australopithecus ocupou as terras de parte da África e ganhou as regiões temperadas da Ásia e Europa,
evoluindo para Pithecanthropus erectus na ilha de Java.[carece de fontes?] Em 1891, foi encontrado um fóssil
desse Homo erectus na ilha de Java. Depois encontraram-se outros fósseis desse mesmo estágio de
evolução na Alemanha e na China (em Pequim).

Pelos estudos se chegou à conclusão de que tinham as seguintes características: eram bípedes, de posição
ereta, dentição já próxima do homem atual, crânio mais desenvolvido, mandíbula maior que a do
Australopithecus, eram robustos e mediam de 1,40 m a 1,70 m. Viviam em cavernas, já faziam utensílios e
armas de madeira e de pedra com duas faces cortantes.

[editar] Homem de Neandertal

Em 1856, foi encontrado no vale de Neander (Alemanha), um fóssil com características mais evoluídas que
o Pithecanthropus erectus. Recebeu o nome de Homem de Neandertal (que significa "novo homem do
vale"). Com as mesmas características foram encontrados fósseis na Bélgica, no norte da África e Ásia
Menor. Suas características principais eram: bípede ereto, altura de 1,60 m, cérebro parecido com o do
homem moderno, robusto, pernas curtas e o queixo quase igual ao do homem atual.

Os homens de Neandertal moravam em cavernas, já construíram muros de pedra como defesa e quebra-
vento, usavam armas e utensílios mais trabalhados, furavam lascas de pedra para fazer machados e
enterravam seus mortos, demonstrando já um começo de sentimento religioso. Já tinham conhecimento do
uso do fogo. Viviam em regiões de climas bem diferentes e sofreram o efeito das primeiras glaciações da
Terra e bruscas mudanças de temperatura.
Homem de Cro-Magnon.

[editar] Homem de Cro-Magnon

Em 1868, foram descobertos esqueletos na França, em Cro-Magnon (que significa "grande buraco").
Foram encontrados também fósseis do mesmo estágio de civilização numa gruta em Grimaldi (Itália), na
República Tcheca e em muitos outros lugares. Trata-se do nosso ancestral mais direto que apareceu por
volta de 40.000 anos atrás. Suas características principais eram: robusto, estatura elevada (1,80 m) e traços
físicos do homem atual. Pelos utensílios e sinais da civilização que deixou já demonstrava uma inteligência
mais evoluída. Por isso foi também chamado de Homo sapiens ("homem sábio"). Fabricou mais de uma
centena de objetos diferentes com as mais variadas utilidades, inclusive ornamentais.

Polia pedra, esculpia madeira e osso; suas armas traziam esculturas de animais; fazia arpões, anzóis, lanças
e agulhas de osso para costurar suas roupas de pele. Tinha sepulturas coletivas. Foi grande pescador e
caçador.

Daí por diante, os seres humanos foram se aperfeiçoando, melhorando suas técnicas de domínio sobre a
natureza, desenvolvendo sua cultura e se organizando em sociedades que foram as civilizações antigas.

[editar] Cronologia

• 300.000 – primeira (questionada) evidência de uma cerimônia de enterro de mortos.


Num sítio arqueológico como o de Atapuerca na Espanha, formam encontrados ossos
de 32 indivíduos no buraco de uma caverna.[1]
• 130.000 – Evidência de uma cerimônia de enterro. Neanderthals enterravam os
mortos em sítios como os de Krapina na Croácia.[1]
• 100.000 – O mais antigo ritual de enterro de seres humanos modernos é considerado
como originário de Qafzeh em Israel. Há duas cerimônias do que se supõe serem uma
mãe e uma criança. Os ossos foram manchados com ocre vermelho.[2][3]
• 100.000 a 50.000 – Aumento do uso do ocre vermelho em vários sítios arqueológicos
da Idade da Pedra. O ocre vermelho é considerado de grande importância nos rituais.
• 70.000 – traços de culto a cobras descobertos em Ngamiland, região da Botswana.[4]
• 50.000 – Humanos evoluem em gestos associados com o comportamento do homem
moderno. Muito desta evidência tem origem na Idade da Pedra Tardia em sítios
africanos. Este comportamento denominado de moderno abrange habilidades com a
língua, o pensamento abstrato, simbolismo e religião.[3]
• 42.000 – cerimônia de rituais de humanos no Lago Mungo (Austrália). O corpo aparece
respingado por grande quantidade de ocre vermelho. Isso é considerado como uma
evidência de que o povo australiano importou os rituais que eram praticados na
África.
• 40.000 – início do Paleolítico Superior na Europa. Há uma abundância de fósseis
incluindo cerimônias elaboradas de enterro de mortos; registro arqueológicos das
chamadas vênus paleolíticas e arte rupestre. As estatuetas de Vênus são consideradas
deusas da fertilidade. As pinturas de caverna em Chauvet e Lascaux são consideradas
representativas da manifestação de um pensamento religioso.
• 30.000 – O mais recente registro da cerimônia de enterro de um shaman (pajé ou
sacerdote).[5]
• 11.000 – início da Revolução Neolítica.

[editar] Períodos pré-históricos

Dentro da divisão da história elaborada pelos europeus, a origem da humanidade e as primeiras formas de
organização dos grupos humanos constituem, o período mais longo de nosso passado. Convenciona-se
dividir esse período em três grandes momentos: Paleolítico, Neolítico e Idade dos Metais.

[editar] Paleolítico

Ver artigo principal: Paleolítico

Dentro deste período, vulgarmente conhecido como Idade da Pedra Lascada, existem três divisões
possíveis, sendo que, mesmo dentro de uma das divisões adaptadas, existe uma certa tolerância quanto aos
limites temporais:
[1]
Paleolítico Inferior (de 2 500 000 - 2 000 000 até 300 - 100 000 anos atrás)
[2]
Paleolítico Médio (300 - 200 000 até 40 - 30 000 anos atrás)
[3]
Paleolítico Superior (40 - 30 000 até 10 - 8000 anos atrás)

ou ainda uma outra divisão em dois sub-períodos que tem por base o aparecimento do Homo sapiens

Paleolítico Inicial ou "Antigo" - onde se incluem o Paleolítico Inferior e o Médio da


divisão anterior.

Paleolítico Recente - que corresponde ao Paleolítico Superior da divisão anterior.

Significado

A palavra "paleolítico" vem do grego e significa antiga pedra.

Duração

É o período da história humana compreendido entre 500.000 a 18.000 anos antes de Cristo.

Características

• Descoberta dos meios de interação com a natureza.


• Vive em pequenos grupos nômades e se abriga em cavernas.
• Desenvolve a linguagem para se comunicar.
• Fabrica utensílios de pedra, osso, madeira. Aparecem machados, martelos, lâminas
cortantes e arpões feitos de pedra lascada.
• Fabrica anzóis e agulhas de osso, arco e flecha de madeira.
• Usa trajes de pele para se abrigar do frio.
• Caça, pesca e colhe frutas e raízes como meio de vida.
• Usa o fogo para cozimento de alimentos e defesa contra animais.
• Inicia a arte (pinturas) nas cavernas: figuras de animais, de cadáveres e cenas de
caça. São famosas as pinturas rupestres nas cavernas de Altamira (Espanha) e
Lascaux (França).
• Acredita na magia e tem sentimento religioso: enterrava os mortos e protegia os
túmulos com pedras. A arte nas cavernas tinha um sentido de magia para eles.
Nesta época, o ser humano habitava cavernas, muitas vezes tendo que disputar este tipo de habitação com
animais selvagens. Quando acabavam os alimentos da região em que habitavam, as famílias tinham que
migrar para uma outra região. Desta forma, o ser humano tinha uma vida nômade (sem habitação fixa).
Vivia da caça de animais de pequeno, médio e grande porte, da pesca e da coleta de frutos e raízes. Usavam
instrumentos e ferramentas feitos a partir de pedaços de ossos e pedras.

Nesta fase, os seres humanos se comunicavam com uma linguagem pouco desenvolvida, baseada em pouca
quantidade de sons, sem a elaboração de palavras. Uma das formas de comunicação eram as pinturas
rupestres. Esta arte, que consistia em representações pictóricas gravadas nas paredes e tetos rochosos das
cavernas habitadas ou também em superfícies rochosas ao ar livre, permitia a troca de idéias e a
manifestação de sentimentos.

[editar] Mesolítico

Ver artigo principal: Mesolítico

De 20 a 10 mil anos, também é vulgarmente conhecido como Idade da Pedra Intermediária.

Neste período intermediário, o homem conseguiu dar grandes passos rumo ao desenvolvimento e à
sobrevivência de forma mais segura. O domínio do fogo foi o maior exemplo disto. Com o fogo, o ser
humano pôde espantar os animais, cozinhar a carne e outros alimentos, iluminar sua habitação além de
conseguir calor nos momentos de frio intenso. Outros dois grandes avanços foram o desenvolvimento da
agricultura e a domesticação dos animais. Cultivando a terra e criando animais, o homem conseguiu
diminuir sua dependência com relação a natureza. Com esses avanços, foi possível a sedentarização, pois a
habitação fixa tornou-se uma necessidade.

Neste período ocorreu também a divisão do trabalho por sexo dentro das comunidades. Enquanto o homem
ficou responsável pela proteção e sustento das famílias, a mulher ficou encarregada de criar os filhos e
cuidar da habitação.

[editar] Neolítico

Ver artigo principal: Neolítico

Utensílios agrícolas típicos do Neolítico e seus possíveis empenhos através de antigas


representações egípcias.

De de 10 a 6 mil anos, vulgarmente conhecido como Idade da Pedra Polida.

Significado

Neolítico vem do grego e significa "nova pedra".

Duração

É o período da história do homem compreendido entre 18 mil e 5000 anos antes de Cristo.
Características

• O homem desenvolve melhores técnicas de domínio sobre a natureza.


• O clima da terra se torna mais ameno e favorável à vida.
• Vive em grupos maiores (clãs e tribos), primeiras aldeias. Passa de nômade a
sedentário.
• Melhoria nas habitações: o homem sai das cavernas e mora em casas (paliçadas e
palafitas) construídas por ele.
• Aperfeiçoou seus utensílios de pedra, osso e madeira, polindo-os. Surgiram foices,
lâminas cortantes, enxadas, machados e centenas de utensílios, armas e
instrumentos. Utilizou o barro para fazer potes e jarros de cerâmica.
• Fez jangadas, canoas e barcos e navegou pelos mares.
• Melhorou os trajes com os teares manuais que faziam roupas de fibras vegetais (linho)
e lã.
• O homem fixou-se na terra e desenvolveu a agricultura, inclusive com o arado de
tração animal. As tarefas agrícolas eram de responsabilidade das mulheres, enquanto
os homens se dedicavam à caça, à pesca e às tarefas pesadas.
• Dedicou-se à domesticação de animais para a alimentação e transporte.
• Com a invenção da roda apareceram carroças rudimentares.
• Manifestação de religião primitiva baseada nos fenômenos da natureza (fogo, raio,
trovão, tempestades, ventos, chuvas), nos astros, etc.
• Aparecem monumentos e construções com grandes pedras, provavelmente por
motivos religiosos. Surgem os monumentos megalíticos (menires e dólmens), que
eram grandes pedras fincadas no chão sustentando outras pedras gigantescas. Foi o
início das gigantescas construções que vão surgir com as civilizações seguintes.
• A arte desenvolveu-se com gravação de figuras em osso, pedra e madeira, e a arte da
argila desenvolveu-se com modelagem de potes, vasos, estatuetas e pinturas em
cerâmica.

[editar] Idade dos Metais

Ver artigo principal: Idade dos Metais

Abrange os dois últimos milênios que antecedem o aparecimento da escrita, por volta de 3500 a.C.

Duração

É o período da Pré-História do homem compreendido entre 5000 a 4000 anos antes de Cristo.

Características

• Com a descoberta do uso dos minérios, como o cobre, o bronze e o ferro, o homem do
neolítico dá um grande passo para o progresso, abrindo nova era chamada de Idade
dos Metais.
• As aldeias agrícolas crescem e dão lugar aos centros urbanos com vários
melhoramentos. Vão surgindo cidades-estados e pequenos reinos com poder
centralizado.
• Surgem novas armas, mais poderosas, o que permitiu a alguns reinos dominarem
outros pela guerra, formando-se assim os primeiros impérios com a presença de
escravos.
• As novas civilizações da Idade dos Metais procuram desenvolver-se perto dos grandes
rios e vales.
• A agricultura tomou impulso com novas técnicas (drenagem, irrigação) e novos
instrumentos. Aparece o comércio (à base de trocas), a navegação progride com
barcos a vela.
• Ao final da Idade dos Metais, por volta de 4000 a.C., aparecimento da escrita, dá-se a
passagem da Pré-História para a História propriamente dita. Os historiadores aceitam
como certo o aparecimento da escrita na Mesopotâmia e no Egito.
Evolução
Idad Habitaçã
Período Ferramentas Economia Sociedade Religião
e o

Ferramentas feitos
a mão e e objetos
encontrados na
Bando de
Natureza – porrete, Vida
Paleolíti coletores e
pedra móvel –
co caçadores (25–
lascada,machadinh cavernas, 100 pessoas)
a, raspador, lança, mucambos
arpão, agulhas, Caça e
, muitas
furadores coleta
vezes
Ferramentas feitos perto de
a mão e e objetos rios e
Idade lagos Tribos e
Mesolític encontrados na
da bandos
o Natureza – arco e
Pedra nômades
flecha, cesta de
peixe, barco A crença em vida
após a morte
Revolução aparece
Ferramentas feitos
Neolítica - primeiramente
a mão e e objetos
transição Tribos e no fim do
encontrados na
para aparição de Paleolítico,
Natureza – cinzel,
Neolítico agricultura. grupos com caracterizada
enxada, jugo,
Coleta, caça, líderes em pela aparição de
arada, foice, tear, Hortas
pesca e algumas rituais de enterro
objetos de barro
domesticaçã sociedades de mortos e
(olaria) e armas
o neolíticas no culto aos

Ferramentas de fim do período. ancestrais.


Idade do Padres e
cobre e bronze, serventes de
Bronze
roda de oleiro santuário
Formação de aparecem na
estados. pré-história.
Formação de
estados
Pecuária, começa
Idade
agricultura, durante o início
dos
artesanato, da idade do
Metai
Idade do Ferramentas de comércio Formação bronze no Egito
s
Ferro Ferro (trocas) de cidades e na
Mesopotâmia e
durante o fim
da idade do
bronze, os
primeiros
impérios são
fundados.
Religião

Vênus de Laussel

Apesar de convencionar-se a consolidação da religião no período Neolítico, a arqueologia registra que no


Paleolítico houve uma religião primitiva baseada no culto à mulher e à idealização da Deusa mãe,[6][7][8][9] ao
feminino e a associação desta ao poder de dar a vida.[10] Foram descobertas, no abrigo de rochas Cro-
Magnon em Les Eyzies, conchas cauris, descritas como "o portal por onde uma criança vem ao mundo" e
cobertas por um pigmento de cor ocre vermelho, que simbolizava o sangue, e que estavam intimamente
ligados ao ritual de adoração às estatuetas femininas; escavações apresentaram que estas estatuetas, as
chamadas vênus neolíticas eram encontradas muitas vezes numa posição central, em oposição aos símbolos
masculinos localizados em posições periféricas ou ladeando as estatuetas femininas.[11]

Arte
Ver artigo principal: Arte da Pré-História

Embora esse período seja chamado de Pré-Historia, não é correto chamá-lo assim, porque não existe
anterioridade à História e sim à escrita. No entanto existia uma forma de comunicação chamada de pintura
rupestre ou gravura rupestre, que podem ser considerados como a "escrita" pré-histórica.

Os desenhos ensinam muito sobre os humanos primitivos, como, por exemplo, que eram animistas, ou seja,
acreditavam que os elementos da natureza, como a água, o sol, o fogo, a terra, e outros, tinham alma e eram
deusas ou eram governados por deusas. Muitas dessas figuras mostram cenas de caça ou de adoração ás
deusas. A arte rupestre nas paredes também poderia demonstrar às deusas os animais a serem caçados.

No Paleolítico Superior (40.000 a 10.000) registra-se a arte rupestre (tais como as famosas pinturas de
Chauvet, Altamira, Pech Merle, e Lascaux), a Vênus de Willendorf e arte ao ar livre como a monumental
no Vale Côa e Mazouco (Portugal), Domingo García e Siega Verde, ambas na Espanha e Fornols-Haut
(França).

A transição para a civilização

As transições são lentas e graduais. Assim aconteceu do Paleolítico para o Neolítico, e deste para a Idade
dos Metais. A partir do XX milênio a.C., nos vales do Tigre, do Rio Eufrates e do Nilo, aconteceu a
passagem para a civilização; ou, como dizia Gordon Childe, a Revolução Neolítica. Tudo estava mudando.
Para garantir seu território, os homens pré-históricos que estabeleceram as primeiras aldeias esforçaram-se
muito e evoluíram no campo das descobertas.

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