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da economia global
Textos Avulsos – no .4 – Agosto, 2010
Introdução
Nos cinco anos que vão de 2004 a 2008, o Brasil exibiu fortes indícios de ter
superado o longo período de baixo dinamismo econômico, que se iniciou com a crise
da dívida nos anos 1980 e permaneceu durante toda a era da dominância das
políticas de corte liberal até meados dos anos 2000. Nesse quadro, de maior
dinamismo doméstico, e cenário internacional benigno, sobreveio a crise financeira
global, reconhecidamente a mais intensa e relevante desde a Grande Depressão.
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Observatório da Economia Global – no. 4 – Agosto, 2010
Para analisar essas questões esse texto divide-se em vários itens nos quais se
examinam os principais aspectos do crescimento recente – internacional e doméstico
- destacando para o caso brasileiro os seus principais obstáculos. Assim, com base em
literatura conhecida e consagrada, recuperam-se os principais aspectos do padrão da
economia internacional, no período da globalização, enfatizando suas principais
características domésticas e articulações internacionais para examinar
prospectivamente como a crise os afetará. Em seguida, analisa-se com mais detalhe
as características do desenvolvimento recente no Brasil com ênfase nos seus
determinantes. São postas em relevo questões como o peso da demanda doméstica
vis a vis a externa; os fatores responsáveis pelo desempenho da primeira com
destaque para os elementos dinâmicos do consumo e do investimento e, os fatores
limitantes à manutenção do dinamismo observado no período recente.
1É caudalosa e quase inesgotável a literatura que trata da globalização em suas várias dimensões. Na
caracterização feita acima, seguimos de perto a interpretação proposta por Aglietta e Berrebi (2007),
Chesnais, F. et al (2004); Guttmann (2008); Belluzzo (1997); Tavares e Belluzzo (2004).
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financeira, que eclodiu em 2007 e que teve como epicentro os EUA e o segmento do
sistema financeiro das hipotecas subprime, pôs em cheque os esquemas de
crescimento até então prevalecentes e, com eles o arranjo internacional subjacente.
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Tabela 1
EUA: taxas de variação do endividamento dos agentes
Anos/Trimestres Total Famílias Empresas Gov. Locais Gov. Federal
2000 5.0 9.1 9.3 1.4 -8.0
2001 6.3 9.6 5.7 8.8 -0.2
2002 7.4 10.8 2.8 11.1 7.6
2003 8.1 11.8 2.3 8.3 10.9
2004 8.8 11.0 6.2 7.3 9.0
2005 9.5 11.1 8.7 10.2 7.0
2006 9.0 10.1 10.6 8.3 3.9
2007 8.7 6.7 13.1 9.5 4.9
2008 6.0 0.3 5.4 2.1 24.2
2009 3.1 -1.7 -2.5 4.8 22.7
2009Q1 3.8 -1.2 -0.7 4.7 22.6
2009Q2 4.3 -1.6 -2.9 4.0 28.2
2009Q3 2.7 -2.5 -3.0 5.6 20.6
2009Q4 1.3 -1.6 -3.5 4.6 12.6
2010Q1 3.5 -2.4 0.0 4.3 18.5
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consumo, e, da demanda agregada. O ponto crucial a destacar é que não há nada que
sugira ou indique uma reversão desse comportamento. Aliás, ele é típico de
momentos marcados por crises financeiras que engendram desequilíbrios
patrimoniais expressivos.
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Tabela 2
Corrente de Comércio
% do PIB de países e regiões selecionados
1980 1985 1990 2000 2007
Países de alta renda 39,6 39,2 38,1 48,3 56,0
Alemanha 45,3 51,9 49,7 66,4 87,0
Estados Unidos 20,8 17,2 20,5 26,3 29,0
Japão 28,4 25,3 20,0 20,5 34,0
América Latina e Caribe 27,7 27,6 31,5 41,3 47,0
Brasil 20,4 19,3 15,2 21,7 26,0
México 23,7 25,7 38,3 63,9 58,0
Leste Asiático e Pacífico 33,6 33,1 47,2 66,8 84,0
China 21,7 24,0 34,6 44,2 71,0
Coréia 72,0 63,4 57,0 74,3 82,0
Ásia meridional 20,9 17,4 20,3 30,1 46,0
Índia 15,6 13,0 15,7 27,4 46,0
África sub-saariana 62,6 53,8 51,8 63,2 70,0
África do Sul 62,7 54,0 43,0 52,8 66,0
Rússia n.d n.d 36,1 68,1 52,0
Mundo 38,5 38,0 38,3 49,1 58,0
Fonte: Macedo e Silva (2010) apud Banco Mundial. World Development Indicators
Online.
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O efeito contraditório, aludido acima, pode ser ilustrado pela natureza das
relações comerciais da China com países da América Latina, tal qual analisado pela
CEPAL (2010). Alguns aspectos destas relações merecem destaque: a) a China se
tornou o parceiro comercial mais dinâmico da região nos anos 2000; b) a despeito de
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3 Esse quadro geral comporta variações, pois as maquilas da América Central e do México são
responsáveis por um comércio mais concentrado em partes e peças.
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Gráfico 1
PIB e investimento: trajetórias
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12 trimestres 19 trimestres
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-20
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Gráfico 2
PIB – Decomposição do crescimento
20,0
Plano Real
15,0
Ciclo Longo
Stop and Go
10,0
Taxa de crescimento (%)
5,0
0,0
-5,0
-10,0
-15,0
-20,0
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Esta não é uma propriedade exclusiva desse período. Como se pode ver, no
Gráfico 2, durante o Plano Real ocorre o mesmo, isto é, uma discrepância entre a
contribuição da demanda externa e da doméstica, inclusive, com maior intensidade
àquela época. Como esses períodos têm em comum uma elevada taxa de crescimento
da demanda doméstica, bem como uma significativa valorização do real, a explicação
destaca essas duas variáveis como fatores explicativos desse comportamento.
Embora, a importância desses últimos fatores seja inegável, é necessário caracterizar
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melhor a trajetória das exportações líquidas e buscar uma explicação mais refinada
para o fenômeno.
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ampliam na mesma magnitude entre 1996 e 2008 – cerca de oito pontos percentuais –
com alguma flutuação associada à posição da taxa de câmbio. A ampliação
simultânea dos dois coeficientes, em igual magnitude, e seus valores muito
próximos, com um valor ligeiramente maior do coeficiente de penetração, escondem
importantes diferenças qualitativas entre esses dois coeficientes.
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Tabela 3
Coeficientes de exportação e penetração
Segundo Setores CNA e 1.0 – Em % – Preços constantes de 2006
Coeficiente exportado Coeficiente de penetração
Setores de Atividades 1996 2008 (2008-1996) 1996 2008 (2008-1996)
Confecção de artigos do vestuário e acessórios 2,3 2,1 -0,2 3,8 5,7 1,9
Preparação de couros seus artefatos e
17,6 34,1 16,4 3,3 10,1 6,8
calçados
Produtos de madeira 19,8 37,2 17,5 2,2 3,3 1,1
Celulose, papel e produtos de papel 14,0 23,2 9,1 10,8 9,2 -1,6
Edição, impressão e reprodução de gravações 0,6 0,7 0,1 5,6 1,7 -3,9
Coque, refino de petróleo e combustíveis 3,1 11,0 7,9 18,5 14,8 -3,7
Máquinas para escritório e de informática 11,3 6,4 -4,9 39,2 43,7 4,5
Máquinas, aparelhos e materiais elétricos 11,5 17,2 5,8 20,7 26,5 5,9
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Tabela 4
Saldo do Comércio Exterior por Intensidade Tecnológica
1996 1999 2002 2005 2008
Setores
Valor (US$ bilhões)
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Gráfico 3
Crescimento da demanda doméstica
30,0
Investimento induzido Investimento induzido
pelas Exportações pelo Consumo
20,0
(% sobre período homólogo)
10,0
0,0
-10,0
-20,0
-30,0
20 T3
20 T4
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4No período em questão o crédito para pessoas jurídicas ampliou-se em igual magnitude, ou seja, dez
pontos percentuais do PIB levando esse indicador a uma marca histórica de 45% do PIB.
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Resta indagar por que as taxas de juros são tão elevadas, se o seu patamar
obedece a determinantes conjunturais ou estruturais. A resposta está em duas ordens
de fatores. Como estamos tratando da ponta final do crédito parcela do seu custo está
relacionada com as margens de lucro dos bancos (spreads) e outra parte com a taxa de
juros básica da economia. Ao analisarmos a evolução do spread do crédito às pessoas
físicas, no período recente, vemos que ele praticamente não se alterou, a despeito do
grande aumento de seu volume e redução dos riscos, incluindo a disseminação do
crédito consignado. O Gráfico 4 mostra que a redução da taxa de juros à pessoa física
que ocorreu após 2003 deveu-se exclusivamente à queda da taxa de juros básica que
carregou para baixo o spread medido em pontos percentuais. Mas, o spread calculado
como margem sobre a taxa de juros básica manteve-se sem alteração. Essas
evidências iniciais
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Gráfico 4
Indicadores do crédito a pessoa física
100 90
90 80
80
70
70
60
60
50
50
40
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30
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taxa de juros - PF - (% a.a.) spread - PF - (p.p.) Taxa de captação PF Margem Bruta (%)
No plano dos juros básicos, o alto patamar da taxa brasileira constitui uma
verdadeira anomalia. O Gráfico 5 ilustra este ponto de vista, ao mostrar de forma
indireta a taxa de juros do ativo com risco zero, a dívida pública, em vários países.
Como se pode perceber há uma correlação elevada, na maioria deles, entre o
tamanho da dívida pública e a carga de juros expressando uma relação direta entre o
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Gráfico 5
Dívida líquida e carga de juros do setor público: países selecionados
(Média de 2004/2008)
100
90 Italy
Japan
80 Greece
Belgium
70
Dívida Líquida (% do PIB)
60
Euro area
50 Germany Hungary
Brasil
United States
Portugal
40
Total OECD France
Austria
30
Canada
Spain
20 Poland
10
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0 1 2 3 4 5 6 7
Carga de juros (% do PIB)
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Gráfico 6
Transferências: principais itens
16,00
14,00
12,00
6,42 6,21
6,46 6,19
7,39 6,48
7,31
10,00
(% do PIB)
8,00
6,00
2,00
0,00
2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
Assistência+Previdência Outros
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Gráfico 7
Rendimento real médio e salário mínimo real
1700 5
1600
1500 4,5
1400
1300
4
R$ constantes do último mês
1200
3,5
1100
1000
3
900
800
2,5
700
600
2
500
400 1,5
300
200 1
20 02
20 5
20 08
20 11
20 02
20 05
20 08
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20 02
20 05
20 08
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20 08
20 11
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20 05
20 08
20 11
20 02
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20 8
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20 02
20 05
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Rendimento Médio/Salário Mínimo: média móvel 6 meses (eixo direito) Rendimento Médio real (média móvel de 6 meses) Salário Mínimo Real (média móvel de 6 meses)
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Gráfico 8
Investimento e seus componentes: variação real
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(% a.a.)
0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
-5
2009 T1 -12,25
-10 2009 T2 -15,65
2009 T3 -13,81
2009 T4 -0,41
2010 T1 21,36
-15
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representa apenas 40% desta taxa, quando a média dos países, que crescem mais
rápido, em especial na Ásia em desenvolvimento, ela chega a 60%.
Gráfico 9
Taxa de investimento por setor (% do PIB)
20,0
18,0
16,0
7,2
14,0 6,5
6,1
6,4 6,2
5,5
12,0
(% do PIB)
10,0 4,1
4,1
4,1
8,0 4,2 4,1 3,9
2,0
6,0 2,0
1,9
1,7 1,9
1,9
2,6
4,0 2,2
2,1 2,3
2,2 2,1 0,7
0,6
2,0 0,5 0,5
0,4 0,3
2,0 2,3
1,3 1,3 1,4 1,5
0,0
2003 2004 2005 2006 2007 2008
Petróleo e Gás Extrativa Mineral Indústria de Transformação Infraestrutura Construção Residencial Demais
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Gráfico 10
Taxa de investimento privado e público (% do PIB)
20 3,5
18
3
16
14
2,5
12
(% do PIB)
10 2
1,5
6
4
1
0 0,5
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009*
Investimento Privado (% do PIB) Investimento Total (% do PIB) Administração Pública (% do PIB) Estatais (% do PIB)
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Quadro 1
PAC 1. Programas e investimentos (2007-2010)
A usina tem custo estimado pela EPE, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, de
cerca de R$ 19,6 bilhões. A participação do BNDES poderá representar até 80% do
valor total do investimento do projeto. O BNDES poderá atuar de forma direta,
indireta (por meio de seus agentes financeiros) ou mista. No caso de operações
indiretas, o risco da operação ficará por conta das instituições financeiras que
repassarão os recursos. O BNDES decidiu ampliar para até 30 anos o prazo total de
financiamento por se tratar de investimento em infra-estrutura de longo prazo de
maturação, devido aos elevados montantes que serão aportados na implantação da
usina, inclusive em projetos socioambientais. Para financiamento de bens de capital,
poderão ser aplicáveis as condições do BNDES PSI (Programa BNDES de Sustentação
do Investimento) vigentes à época da aprovação da operação. O apoio do BNDES
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Quadro 2
PAC 2. Programas e Investimentos (2011-2014)
TOTAL R$ 955,0 bilhões
PAC Cidade Melhor
Enfrentar os principais desafios das grandes aglomerações urbanas, propiciando
melhor qualidade de vida R$ 57,1 bilhões
PAC Comunidade Cidadã
Presença do Estado nos bairros populares, aumentando a cobertura de serviços R$
23,0 bilhões
PAC Minha Casa, Minha Vida
Redução do déficit habitacional, dinamizando o setor de construção civil e gerando
trabalho e renda R$ 278,2 bilhões
PAC Água e Luz para Todos
Universalização do acesso à água e à energia elétrica R$ 30,6 bilhões
PAC Transportes
Consolidar e ampliar a rede logística, interligando os diversos modais, garantindo
qualidade e segurança R$ 104,5 bilhões
PAC Energia
Garantir a segurança do suprimento a partir de uma matriz energética baseada em
fontes renováveis e limpas. Desenvolver as descobertas no Pré-Sal, ampliando a
produção R$ bilhões 461,6
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Conclusões
6 Para uma análise detalhada do desempenho recente do subsistema de crédito imobiliário ver
Biancareli e Lodi (2009)
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garantias de retorno. Como questão mais geral subsiste o ainda elevado patamar da
taxa de juros, que impõe um alto custo de oportunidade ao investimento e também
impede o aprofundamento do financiamento privado no setor.
Bibliografia
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