Professional Documents
Culture Documents
10
SISTEMA FINANCEIRO
NACIONAL
2010
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
1.1 EMENTA............................................................................................................................................4
1.2 CARGA HORÁRIA TOTAL......................................................................................................................4
1.3 OBJETIVOS........................................................................................................................................4
1.7 BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA.............................................................................................................4
1.3 Objetivos
• Aprofundar a compreensão da estrutura Sistema Financeiro Nacional;
• Analisar as diferentes características de funcionamento das Instituições Financeiras que
compõem o Sistema Financeiro Nacional.
Segundo o Banco Central do Brasil, o Sistema Financeiro Nacional pode ser dividido
O Sistema Financeiro Nacional sofreu uma grande transformação depois de 1964, através
das Leis Básicas de Reordenamento da Política Econômica Brasileira, acima citadas na 4ª
Fase, as quais discriminamos a seguir:
OBS.: depois dessas leis, que deram um novo formato ao SFN, o Brasil estava crescendo
muito economicamente.
PROBLEMA :
Bancos de Desenvolvimento
Bolsas de Valores
Fundos Mútuos
Clubes de Investimentos
Administração
de Recursos de Terceiros
Carteiras de Investidores Estrangeiros
Administradoras de Consórcio
Órgãos normativos,
Entidades supervisoras, e
Operadoras,
Superintendência
Comissão de
Superintendência Nacional de
Banco Central do Valores
de Seguros Previdência
Brasil - Bacen Mobiliários -
Privados - Susep Complementar -
CVM
PREVIC
Outros Sociedades
intermediários seguradoras
financeiros e
administradores de
recursos de Entidades Abertas
terceiros de Previdência
Complementar
SF é permeado de diversas operações financeiras, que são realizadas nesse ambiente, o qual
1
Efeito de multiplicação monetária (economia) – nos depósitos (conta corrente dos bancos), existe um
mecanismo do BCB para evitar que a moeda fiquei circulando chamado recolhimento compulsório. Bancos
são obrigados a reter e recolher aos cofres do BCB um determinado percentual - em torno de 45% - de todos
os depósitos à vista. O resto do dinheiro depósito pode ser emprestado pelo banco para as pessoas que irão
realizar transações no mercado de bens e serviços. É a criação de moeda, pois se imaginamos um depósito de
mil, pelo menos 55% podem voltar ao correntista por meio de empréstimo. Outro conceito que monitora a
economia é o do valor-moeda: a quantidade de moeda deve circular numa velocidade tal que não faça o PIB
sofrer retração e nem aparente um consumo que não é efetivo. Com esses monitoramentos, o BCB consegue
controlar o dinheiro em circulação nas mãos dos agentes econômicos.
2
Livro Mercado Financeirao : aspectos conceituais e históricos/ Andrea F Andrezo, Iran Siqueira Lima – 3
ed. – São Paulo:Atlas,2007
O Conselho Monetário Nacional (CMN), que foi instituído pela Lei 4.595, de 31 de
dezembro de 1964, é o órgão responsável por expedir diretrizes gerais para o bom
funcionamento do SFN
Dentre suas funções estão: adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades
da economia; regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de
pagamentos; orientar a aplicação dos recursos das instituições financeiras; propiciar o
aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros; zelar pela liquidez e
O CMN é constituído pelo Ministro de Estado da Fazenda, que atua como seu Presidente,
pelo Ministro de Estado do Planejamento e Orçamento e pelo Presidente do Banco Central
do Brasil (BCB). Os serviços de secretaria do CMN são exercidos pelo BCB.
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) - órgão responsável por fixar as diretrizes
e normas da política de seguros privados; é composto pelo Ministro da Fazenda
(Presidente), representante do Ministério da Justiça, representante do Ministério da
Previdência Social, Superintendente da Superintendência de Seguros Privados,
representante do Banco Central do Brasil e representante da Comissão de Valores
Mobiliários. Dentre as funções do CNSP estão: regular a constituição, organização,
funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem
como a aplicação das penalidades previstas; fixar as características gerais dos contratos de
seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro; estabelecer as diretrizes
gerais das operações de resseguro; prescrever os critérios de constituição das Sociedades
Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores,
com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações e disciplinar a
corretagem de seguros e a profissão de corretor
3
IPCA – O Índice de Preço ao Consumidor Ampliado é calculado pelo IBGE e foi instituído com a
finalidade de corrigir as demonstrações financeiras das companhias abertas. O índice verifica as
variações dos custos com os gastos das pessoas que ganham de um a quarenta salários
mínimos nas regiões metropolitanas de Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre,
Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Paulo, município de Goiânia e Distrito Federal.
BANCOS MÚLTIPLOS
BANCOS COMERCIAIS
Os bancos comerciais são instituições financeiras privadas ou públicas que têm como
objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e
a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas
físicas e terceiros em geral. A captação de depósitos à vista, livremente movimentáveis, é
atividade típica do banco comercial, o qual pode também captar depósitos a prazo. Deve ser
constituído sob a forma de sociedade anônima e na sua denominação social deve constar a
expressão "Banco" (Resolução CMN 2.099, de 1994).
A Caixa Econômica Federal, criada em 1.861, está regulada pelo Decreto-Lei 759, de 12 de
agosto de 1969, como empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda. Trata-se de
instituição assemelhada aos bancos comerciais, podendo captar depósitos à vista, realizar
operações ativas e efetuar prestação de serviços. Uma característica distintiva da Caixa é
que ela prioriza a concessão de empréstimos e financiamentos a programas e projetos nas
áreas de assistência social, saúde, educação, trabalho, transportes urbanos e esporte. Pode
operar com crédito direto ao consumidor, financiando bens de consumo duráveis, emprestar
sob garantia de penhor industrial e caução de títulos, bem como tem o monopólio do
empréstimo sob penhor de bens pessoais e sob consignação e tem o monopólio da venda de
bilhetes de loteria federal. Além de centralizar o recolhimento e posterior aplicação de
todos os recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), integra o
COOPERATIVAS DE CRÉDITO
Agências de Fomento
Associações de Poupança e Empréstimo
Bancos de Desenvolvimento
Bancos de Investimento
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)
Companhias Hipotecárias
Cooperativas Centrais de Crédito
Sociedades Crédito, Financiamento e Investimento
Sociedades de Crédito Imobiliário
Sociedades de Crédito ao Microempreendedor
Bancos de Câmbio
AGÊNCIAS DE FOMENTO
BANCOS DE DESENVOLVIMENTO
BANCOS DE INVESTIMENTO
COMPANHIAS HIPOTECÁRIAS
As sociedades de crédito imobiliário são instituições financeiras criadas pela Lei 4.380, de
21 de agosto de 1964, para atuar no financiamento habitacional. Constituem operações
passivas dessas instituições os depósitos de poupança, a emissão de letras e cédulas
hipotecárias e depósitos interfinanceiros. Suas operações ativas são: financiamento para
construção de habitações, abertura de crédito para compra ou construção de casa própria,
financiamento de capital de giro a empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de
material de construção. Devem ser constituídas sob a forma de sociedade anônima,
adotando obrigatoriamente em sua denominação social a expressão "Crédito Imobiliário".
(Resolução CMN 2.735, de 2000).
BANCO DE CÂMBIO
Administradoras de Consórcio
Sociedades de arrendamento mercantil
Sociedades corretoras de câmbio
Sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários
Sociedades distribuidoras de títulos e valores mobiliários
ADMINISTRADORAS DE CONSÓRCIO
Pessoas físicas investidoras não têm acesso direto ao ambiente de negociação. É sempre
através de uma corretora que você vai realizar a ordem. Antes, apenas as corretoras podiam
fazer isso, mas hoje as distribuidoras de títulos também podem.
Bolsas de valores de mercadorias e futuros eram associações civis sem fins lucrativos. As
corretoras de títulos e valores mobiliários eram detentoras de títulos patrimoniais
pertencentes a essa associação civil. Títulos eram restritos às corretoras, as quais, por sua
vez, eram ´donas´ das bolsas. Esse processo veio de fatos antigos – corretoras se originaram
de corretores de títulos públicos nomeados pelo Ministro da Fazenda. Em 1964, a bolsa
passou a ter um conjunto d epessoas jurídicas detendo títulos. Apenas essas corretoras
podiam realizar operações no ambiente de bolsa.
Isso foi assim até 2007, ano em que ocorreu a grande transformação. Essas associações
civis de transformaram em sociedades anônimas fechadas. Processo se deu através de uma
desmutualização: títulos patrimoniais que os corretores detinham foram convertidos em
ações ordinárias. Corretoras deixaram de ser associadas da bolsa e passaram a ser
acionistas. O mesmo ocorreu com a BM&F. Isso só ocorreu com autorização do CMN.
Desmutualização – processo pelo qual a bovespa e BM&F deixaram de ser uma associação
civil sem fins lucrativos e transformaram-se em sociedades por ações, acarretando
mudanças em sua estrutura societária e na distribuição de suas atribuições e,
principalmente, nas regras de acesso aos seus ambientes de negociação.
Todas as operação realizadas no ambiente da bovespa passam pela CBLC, que envia
mensalmente ao investidor todas as suas posições de ações. Ela assegura a lisura do
ambiente de negociação. A custódia e liquidação dos títulos negociados na bolsa é feita
pela Companhia Brasileira de Liquidação de Custódia. A CBLC foi criada a partir de uma
reestruturação patrimonial na bovespa ocorrida em fevereiro de 1998 e tem como objetivo
social a prestação de serviços de compensação e liquidação física e financeira de operações
realizadas nos mercados a vista e a prazo da Bovespa e de outros mercados, bem como a
operacionalização dos sistemas de custódias de títulos e valores mobiliários em geral.
Outro ponto importante – bovespa faz sistematização formal e pública das suas suas
operações, lançando mão de políticas equitativas de mercado (preços praticados são
públicos, padrão de horário para negociação, procedimento oepracionais iguais para todos).
São cerca de 300 mil negociações por dia e, por isso, o sistema tem que ser muito bem
regulado para não dar problema.
Funcionamento do Mercado
Ambiente de bolsa é permeado por diversas operações dos mais variados tipos de agentes
econômicos que se utilizam de informações disponibilizadas pelas empresas para formar a
sua tomada de decisão. Portanto, o investimento se dá através do levantamento de
informação. No entanto, o processo decisório passa por uma fase de confrontamento com a
economia interna e externa. Bolsa é reflexo dos agente econoômicos que acompanham o
panorama internacionalizado da economia,
Mercado primário -> mercado utilizado pelas empresas para se capitalizarem através de
emissão de novos títulos ou valores mobiliários. Para lançar novos títulos no mercado, as
empresas fazem emissões públicas, conhecidas como operações de underwriting
(subscrição) ou IPO (incial public offering). Operação é liderada por instituições
financeiras as quais organizam a colocação do título no mercado. Companhia, antes, tem
Mercado secundário -> quando o detentor de uma ação de uma empresa deseja se desfazer
de sua posição, ele busca no mercado secundário, por intermédio de um corretor, um outro
investidor que deseje comprar suas ações. Esta transferência dos títulos entre investidores
se dá através das bolsas de valores ou do mercado de balcão. É o mercado secundário que
dá liquidez às ações.
Empresa
Abertura de capital
Companhia aberta -> é aquelas cujos valores mobiliários são admitios à negociação nos
mercados organizados (bolsas de valores e mercado de balcão), e que se encontra registrada
no órgão competente (no Brasil, a CVM).
Ações
Conceito -> são títulos de renda variável, pois ná há garantias de que a empresa irá gerar
lucros e valorizar suas ações, emitidos por sociedades anônimas, que representem a menor
fração do capital da empresa emitenta.
Ainda existem ações com cautela (no caso de companhia incetivadas – incentivos fiscais).
Emissão deve ser na proporação de 50% do capital social em ações ordinárias (inclusão da
Lei 10.3030 de 2001). Antes, a proporção era de 1/3 de ordinárias e 2/3 de preferenciais.
Dividendos -> vem do lucro líquido da empresa. Trata-se de direito de todos os acionistas
da empresa. Lucro líquido já foi tributado, então não há pagamento de IR sobre a
distribuição de dividendos.
Juros sobre capital próprio -> introduzido recentemente como uma forma de remuneração
do acionista sendo possível tal valor ser deduzido como despesa na conta de resultado e não
decorre do lucro do período. Juros saem do patrimônio líquido com incidência da TJLP.
Empresa que distribui juros sobre capital próprio paga IR. Existe a possibilidade de
distribuir juros sobre capital próprio e dividendos.
Split ou desdobramento -> não altera o patrimônio total do acionista. É outra forma de
distribuição de ações a acionistas, sem incorrer em custo. A diferença da bonificação é que,
nesse caso, a companhia decide multiplicar o número de ações sem mexer em capital social
ou reservas (não há movimento contábil). A empresa decide desdobrar pra dar mais
liquidez às ações da empresa. Via de regra, quando há a criação de mais ações, a tendência
do preço é cair, pois haverá mais oferta de ações no mercado.
Obs.: Sendo a empresa bem conceituada, a tendência logo depois é de aumentar o preço,
pois as pessoas vão querer comprar as ações, aumentando a demanda.
Direitos de subscrição -> decisão da empresa de realizar um aumento de capital social pela
emissão de novas ações. Não é IPO. Empresa faz chamada de capital pros seus acionistas
atuais. Há a captação de novos recursos. Há aumento do capital social e do caixa da
empresa (movimentação contábil e financeira). Existe para manter a proporação dos
acionistas no capital da empresa. Não é a mesma coisa que bônus de subscrição.
As ações podem ser avaliadas em vários preços. Pode ter valor: de livro (valor que tá na
constituição da empresa), patrimonial (PL dividido pelo número de ações = VPA),
intrínseco (decorre de avaliação futura da empresa – processo de valuation ou fluxo de
caixa descontado. É mais complicado: analistas projetam o LAJIDA pra frente e trazem a
tempo presente. Número encontrado é comparado com o valor de cotação da empresa), de
liquidação (pressuposto do encerramento das atividades da empresa, de quanto seus ativos
valeriam de vendidos num momento determinado), de subscrição (valor de decisçao da AG
quando a empresa quer fazer um reforço de capital) e de mercado (valor da cotação).
Obs.: Certificados de depósitos -> recibos que decorrem da posição de um lote no país e é
levado ao país de origem. Ex. ADR, BDR, GDR, EDR.Nos EUA, as empresas devem se
envolve no processo e assumum o ônus de prestar informações à SEC.
Modalidades operacionais
Mercado à vista -> sistema eletrônico de negociação. Não tem mais pregão viva-voz.
Dentro do mercado à vista, podem ser dadas diversas modalidades de ordens de compra e
venda: ordem a mercado (mais comum – a pessoa, querendo realizar a ordem, fecha a
operação aonde tiver a melhor oferta), administrada (vc diz como vc quer a ordem, e quem
a faz no momento e preço mais adequado é o operador), discricionária, limitada, casada,
on-stop.
Mercado a termo
Operação para pagamento futuro (de 16 a 999 dias), com a fixação do preço hoje (cotação
da ação no mercado a vista). Dentro da operação a termo existe a cobrança de juros pelo
prazo decorrido até o vencimento do contrato que você tá fazendo (juros atraleados à
SELIC). Não se trata de operação em mercado futuro, mas operação para pagamento futuro.
Aluguel de ações
São regidas pelo Decreto-Lei 73, de 21 de novembro de 1966, e pela Lei Complementar
109, de 29 de maio de 2001. As funções do órgão regulador e do órgão fiscalizador são
exercidas pelo Ministério da Fazenda, por intermédio do Conselho Nacional de Seguros
Privados (CNSP) e da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP).
SOCIEDADES SEGURADORAS
4
O PGBL – Plano Gerador de Benefício Livre e o VGBL – Vida Gerador de Benefício Livre são planos de
previdência privada complementar, e serão abordados no capítulo 4.
SOCIEDADES DE CAPITALIZAÇÃO
Não residente
ANBIMA
APIMEC