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Conforme combinado, hoje estou disponibilizando a segunda parte das aulas ministradas pela
Prof. Norma Eduardo.
Prof. Ítalo
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emprego, função ou cargo (art. 37, XVII, CF88), possibilidade de sofrer sanções por improbidade administrativa
(art. 37, § 4º, CF88 e art. 1º Lei 8112/90).
Nas pessoas de Direito Público, tanto há titulares de cargos, quanto ocupantes de empregos públicos.
Nas pessoas de Direito Privado da Administração indireta, só há empregos públicos.
FUNÇÕES PÚBLICAS
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* exceto para os cargos
Estatutário Concurso público* Adm. Direta, suas au- em comissão e para os
CARGO
Institucional tarquias e fundações empregados(anteriores a
PÚBLICO (é o regime normal) de Direito Público. 88) efetivados
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Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo, não se § 2º - A extinção do contrato, por iniciativa do órgão ou
consideram as vantagens de natureza individual dos entidade contratante, decorrente de conveniência
servidores ocupantes de cargos tomados como paradigma. administrativa, importará no pagamento ao contratado de
Art. 8º Ao pessoal contratado nos termos desta Lei indenização correspondente à metade do que lhe caberia
aplica-se o disposto na Lei nº 8.647, de 13 de abril de 1993. referente ao restante do contrato.
Art. 9º O pessoal contratado nos termos desta Lei não Art. 13. O art. 67 da Lei nº 7.501, de 27 de julho de
poderá: 1986, alterado pelo art. 40 da Lei nº 8.028, de 12 de abril de
I - receber atribuições, funções ou encargos não 1990, passa a vigorar com a seguinte redação:
previstos no respectivo contrato; "Art. 67. As relações trabalhistas e previdenciárias
II - ser nomeado ou designado, ainda que a título concernentes aos Auxiliares Locais serão regidas pela
precário ou em substituição, para o exercício de cargo em legislação vigente no país em que estiver sediada a repartição.
comissão ou função de confiança; § 1º - Serão segurados da previdência social brasileira os
III - ser novamente contratado, com fundamento nesta Auxiliares Locais de nacionalidade brasileira que, em razão de
Lei, salvo na hipótese prevista no inciso I do art. 2º, mediante proibição legal, não possam filiar-se ao sistema previdenciário
prévia autorização do Ministro de Estado ou Secretário da do país de domicílio.
Presidência competente. § 2º - O Poder Executivo expedirá, no prazo de noventa dias,
Parágrafo único. A inobservância do disposto neste as normas necessárias à execução do disposto neste artigo."
artigo importará na rescisão do contrato nos casos dos incisos Art. 14. Aplica-se o disposto no art. 67 da Lei nº 7.501,
I e II, ou na declaração da sua insubsistência, no caso do de 27 de julho de 1986, com a redação dada pelo art. 13
inciso III, sem prejuízo da responsabilidade administrativa das desta Lei, aos Auxiliares civis que prestam serviços aos órgãos
autoridades envolvidas na transgressão. de representação das Forças Armadas Brasileiras no exterior.
Art. 10. As infrações disciplinares atribuídas ao pessoal Art. 15. Aos atuais contratados referidos nos arts. 13 e
contratado nos termos desta Lei serão apuradas mediante 14 desta Lei é assegurado o direito de opção, no prazo de
sindicância, concluída no prazo de trinta dias e assegurada noventa dias, para permanecer na situação vigente na data da
ampla defesa. publicação desta Lei.
Art. 11. Aplica-se ao pessoal contratado nos termos Art. 16. O tempo de serviço prestado em virtude de
desta Lei o disposto nos arts. 53 e 54; 57 a 59; 63 a 80; 97; contratação nos termos desta Lei será contado para todos os
104 a 109; 110, incisos, I, in fine, e II, parágrafo único, a efeitos.
115; 116, incisos I a V, alíneas a e c, VI a XII e parágrafo Art. 17. Esta Lei entra em vigor na data de sua
único; 117, incisos I a VI e IX a XVIII; 118 a 126; 127, incisos publicação.
I, II e III, a 132, incisos I a VII, e IX a XIII; 136 a 142, Art. 18. Revogam-se as disposições em contrário,
incisos I, primeira parte, a III, e §§ 1º a 4º; 236; 238 a 242, especialmente os arts. 232 a 235 da Lei nº 8.112, de 11 de
da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. dezembro de 1990.
Art. 12. O contrato firmado de acordo com esta Lei Brasília, 9 de dezembro de 1993, 172º da Independência e
extinguir-se-á, sem direito a indenizações: 105º da República.
I - pelo término do prazo contratual; ITAMAR FRANCO
II - por iniciativa do contratado. Romildo Canhim
§ 1º - A extinção do contrato, nos casos do inciso II, Arnaldo Leite Pereira
será comunicada com a antecedência mínima de trinta dias.
Art. 1o O pessoal admitido para emprego público na direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo, bem
Administração federal direta, autárquica e fundacional terá sua como sobre a transformação dos atuais cargos em empregos.
relação de trabalho regida pela Consolidação das Leis do § 2o É vedado:
Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio I – submeter ao regime de que trata esta Lei:
de 1943, e legislação trabalhista correlata, naquilo que a lei a) (VETADO)
não dispuser em contrário. b) cargos públicos de provimento em comissão;
§ 1o Leis específicas disporão sobre a criação dos
empregos de que trata esta Lei no âmbito da Administração
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II – alcançar, nas leis a que se refere o § 1o, servidores IV – insuficiência de desempenho, apurada em
regidos pela Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990, às procedimento no qual se assegurem pelo menos um recurso
datas das respectivas publicações. hierárquico dotado de efeito suspensivo, que será apreciado
§ 3o Estende-se o disposto no § 2o à criação de em trinta dias, e o prévio conhecimento dos padrões mínimos
empregos ou à transformação de cargos em empregos não exigidos para continuidade da relação de emprego,
abrangidas pelo § 1o. obrigatoriamente estabelecidos de acordo com as
§ 4o (VETADO) peculiaridades das atividades exercidas.
Art. 2o A contratação de pessoal para emprego público Parágrafo único. Excluem-se da obrigatoriedade dos
deverá ser precedida de concurso público de provas ou de procedimentos previstos no caput as contratações de pessoal
provas e títulos, conforme a natureza e a complexidade do decorrentes da autonomia de gestão de que trata o § 8o do
emprego. art. 37 da Constituição Federal.
Art. 3o O contrato de trabalho por prazo indeterminado Art. 4o Aplica-se às leis a que se refere o § 1o do art. 1o
somente será rescindido por ato unilateral da Administração desta Lei o disposto no art. 246 da Constituição Federal.
pública nas seguintes hipóteses: Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua
I – prática de falta grave, dentre as enumeradas no art. publicação.
482 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT; Brasília, 22 de fevereiro de 2000; 179o da Independência e
II – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções 112o da República.
públicas; FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
III – necessidade de redução de quadro de pessoal, por Martus Tavares
excesso de despesa, nos termos da lei complementar a que se Publicado no D.O. de 23.2.2000
refere o art. 169 da Constituição Federal;
Por fim, nos resta, ainda, abordar aspectos relativos aos cargos públicos.
Quanto à vocação do cargo para a retenção do ocupante, dividem-se em: cargos de provimento em
comissão (cargo em comissão), cargos de provimento efetivo (cargos efetivo) e cargos de provimento vitalício
(cargo vitalício).
Cargo efetivo é aquele preenchido com o pressuposto da continuidade e permanência do seu ocupante. Ao ser
nomeado alguém para um cargo efetivo, há o pressuposto de permanência da pessoa no desempenho das
atribuições. Este é, portanto, o sentido do termo efetividade. É a nomeação em cargo efetivo que possibilita a
aquisição da estabilidade ordinária ou comum; não é o concurso público; é o modo como o cargo é provido, ou
seja , o provimento efetivo. A aprovação em concurso público é um requisito de validade do ato de provimento
do cargo.
Não se deve confundir efetividade com estabilidade.
A efetividade é modo de preenchimento do cargo, ligado à possibilidade de permanência do seu ocupante no
exercício das atribuições respectivas. É atributo do cargo, o qual,por lei, já nasce assim.
A estabilidade é o direito que o servidor adquire, após o estagio probatório, de só ser demitido do serviço
público em hipóteses especificas (falta grave ou avaliação de desempenho insuficiente), sendo-lhe garantido o
devido processo legal e a ampla defesa. É atributo do servidor, o qual conquista este direito. A estabilidade do
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servidor é no serviço público e não no cargo, tanto assim que o servidor será posto em disponibilidade se
ocorrer a extinção do cargo que ocupa ou a declaração de sua desnecessidade.
Cargo em comissão é aquele destinado a ser ocupado em caráter transitório por pessoa de confiança da
autoridade competente para preenchê-los, a qual também pode exonerar ad nutum, isto é, livremente, quem o
esteja titularizando. O pressuposto do cargo em comissão é a temporariedade. Se a confiança deixa de existir
ou se há troca da autoridade que propôs a nomeação, geralmente, o ocupante do cargo em comissão não
permanece.
Além dos cargos efetivos e em comissão, há número pequeno de cargos ocupados por mandato, com duração
previamente fixada, o qual só poderá ser cassado por razões de suma gravidade e segundo processo fixado em
normas. Para alguns autores, trata-se de investidura a termo. Por exemplo: os cargos de Reitor e Diretor em
Universidades Públicas; nesses casos, colegiados universitários elegem três ou mais nomes para integrar uma
lista, a ser apresentada à autoridade competente para nomear, a qual escolherá um dos nomes. Em muitos
conselhos (por exemplo: Conselho Estadual de Educação), seus integrantes detêm mandatos.
Cargo vitalício é aquele, tal como o efetivo, predisposto à retenção do ocupante, mas cuja predisposição à
retenção é ainda mais acentuada. Aquele que nele tenha sido predisposto, uma vez vitaliciado, só poderá ser
desligado por processo judicial.
São cargos vitalícios, unicamente, os de Magistrado (art. 95, I – que se tornam vitalícios após 2 anos de
exercício), os de Magistrados de Tribunal (nos casos de nomeação direta, em seguida à posse), os de Ministro
(da União) ou de Conselheiro (dos Estados, DF ou Municípios) do Tribunal de Contas (art. 73, § 3º - em seguida
à posse) e de Membro do Ministério Público (art.128,§ 5º, I, a – após 2 anos de exercício).
Demissão e exoneração
Demissão é o desligamento do cargo com caráter sancionador, correspondendo a uma expulsão, aplicável nos
casos previstos em lei.
Exoneração é o desligamento sem caráter sancionador, ocorrendo a pedido do servidor ou de ofício.
Hipóteses de exoneração de ofício:
• para desinvestir alguém de um cargo em comissão;
• para desligar o servidor que se revelou inadequado ao cargo, após aferição de sua ausência de
capacidade para permanecer;
• para desligar o servidor que obteve avaliação periódica de desempenho insatisfatória;
• para desligar o servidor, nomeado e empossado, que não entrou em exercício no prazo legal;
• para desligar o servidor de um dos cargos que de boa-fé acumulou, sendo-lhe permitido optar pelo em
que deseja persistir.
Nos casos em que o servidor pediu exoneração, foi exonerado de cargo em comissão ou porque não iniciou o
exercício, foi punido com a perda do cargo (demissão), passou a exercer outro cargo por readaptação, acesso
ou promoção, ou ainda, nos casos de aposentadoria ou morte do servidor, o cargo ficará sem ocupante, o que
se denomina vacância.
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